segunda-feira, janeiro 09, 2023

O primeiro helicóptero teve o primeiro voo há um século...!


Autogiro
ou girocóptero é um tipo de aeronave cuja sustentação em voo é fornecida por asas rotativas.
Ao contrário dos helicópteros, o rotor gira independente do motor, em auto-rotação como resultante aerodinâmica do movimento à frente; a propulsão é fornecida por um hélice convencional movida por um motor.
O primeiro autogiro foi desenvolvido e construído por Juan de La Cierva, tendo feito o primeiro voo em 9 de janeiro de 1923, pilotado pelo inventor, no Aeroporto de Madrid de Cuatro Vientos.
 
Fotografia do 1º voo de autogiro (1923)
 

domingo, janeiro 08, 2023

Saudades de José Viana e da revista...

O Marechal Beresford morreu há 169 anos

   
William Carr Beresford (Bedgebury Cross, 2 de outubro de 1768 - Kilndown, 8 de janeiro de 1854), 1.º visconde Beresford (1st Viscount Beresford), barão e visconde de Albuera e Dungarvan, conde de Trancoso, 1.º marquês de Campo Maior e duque de Elvas, foi um militar e político anglo-irlandês que serviu como general no Exército Britânico e marechal do Exército Português, tendo lutado ao lado de Arthur Wellesley, 1.º Duque de Wellington na Guerra Peninsular.
Depois serviu como mestre de ordenanças no governo de Wellington em 1828.

Foi governador e comandante-chefe, durante seis meses, na Madeira, para evitar a ocupação da ilha pelas forças napoleónicas francesas.

Depois, em 7 de março de 1809, terá sido escolhido pelo governo britânico, de acordo com o parecer do general Wellesley, para comandar o Exército português. É-lhe atribuído o posto de Marechal do Exército, igual aos usados pelos duque de Waldeck, em 1797, e pelo conde de Goltz, em 1801. A sua missão era a de compatibilizar a organização e a tática existentes no exército português com a britânica, permitindo uma atuação conjunta no campo de batalha.

Em 1817, após rumores de uma conspiração maçónica que pretendia o regresso do rei e que se manifestava contrária à presença inglesa, mandou matar os conspiradores (entre eles o general Gomes Freire de Andrade).

Viaja para o Brasil onde consegue do Rei poderes mais alargados, sendo feito Marechal-General, título anteriormente usado pelo Barão Conde, pelo Conde de Lippe, pelo Duque de Lafões e pelo referido Duque de Wellington. Mas, devido à Revolução de 1820, é demitido das suas funções, não lhe sendo permitido sequer desembarcar em Portugal continental.

Regressou a Portugal em 1826, mas a sua pretensão de regressar ao comando do Exército não foi aceite.

Mais tarde, foi membro do primeiro governo de Wellington, de 1828 a 1830, com o título de "Master General of Ordnance", equivalente em Portugal ao posto militar de Diretor do Arsenal.
  

Viscount_Beresford.jpg

Brasão do Marechal Beresford (daqui)
  

O geólogo Professor Doutor Manuel Maria Godinho faz hoje 83 anos...!

   
Manuel Maria Godinho, nasceu a 8 de janeiro de 1940, é filho de Aida Casimiro Pereira e Manuel de Oliveira. Nasceu em Maiorca, Figueira da Foz, mas cedo se mudou para Santana, terra que toma como sua e onde identifica as suas verdadeiras raízes.
  
 
O Professor Manuel Maria Godinho licenciou-se em Ciências Geológicas pela Universidade de Coimbra em 1964, tendo-se aposentado em 2008 como Professor Catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da mesma Universidade. A sua atividade científica tem incidido sobre diferentes domínios das Geociências, das quais se destacam a Mineralogia, Petrologia, Geoquímica, Recursos Geológicos e Ambiente e Ordenamento do Território. Como contributo de referência do homenageado, e transversal à sua obra, pode referir-se o desenvolvimento e aplicação da Geomatemática na compreensão e modelação dos processos geológicos.

Ao longo do seu percurso académico o Professor Manuel Godinho publicou mais de uma centena de trabalhos científicos e orientou dezenas de trabalhos de Mestrado e Doutoramento, tendo sido o incentivador do desenvolvimento de novas técnicas de análise laboratorial, como é exemplo o Laboratório de Radioatividade Natural da Universidade de Coimbra.

A par do indiscutível contributo para o progresso da ciência, as suas capacidades de reflexão crítica, as qualidades pedagógicas a a dedicação institucional marcaram e continuam a marcar e a formar gerações.
Pertence às seguintes Sociedades Científicas: Société Suisse de Minéralogie et Petrographie, Mineralogical Society of Great Britain and Ireland, International Association for Mathematical Geology, The Society of London, International Association of Geochemistry and Cosmochemistry, American Geophysical Union.



   
Texto daqui e daqui

Baden-Powell morreu há oitenta e dois anos...

 
Robert Stephenson Smyth Baden-Powell
(Londres, 22 de fevereiro de 1857 - Nyeri, 8 de janeiro de 1941) foi um tenente-general do Exército Britânico e fundador do escutismo.
O seu pai era o reverendo Baden Powell, professor catedrático em Oxford, e a sua mãe era filha do almirante inglês W. T. Smyth. O seu bisavô, Joseph Brewer Smyth, tinha ido como colonizador para Nova Jersey (Estados Unidos) mas voltou para a Inglaterra e naufragou na viagem de regresso.
O seu pai morreu quando Robert Baden-Powell tinha apenas 3 anos, deixando a sua mãe com sete filhos, dos quais o mais velho tinha 12 anos e o mais novo apenas 1 mês de vida. Robert viveu uma bela vida ao ar livre com os seus quatro irmãos, passeando e acampando com eles em muitos lugares da Inglaterra.
Em 1870 Baden-Powell (B-P) ingressou na Escola Charterhouse, em Londres, com uma bolsa de estudos. Não era um estudante que se destacasse especialmente dos outros, mas era um dos mais vivos.
Após a Segunda Guerra Mundial o seu nome foi encontrado no Livro Negro, sendo ele um dos alvos do Terceiro Reich para abater.

Baden Powell recebeu do rei Jorge V a honra de ser elevado a barão, sob o nome de Lord Baden-Powell of Gilwell. Mas, apesar deste título, para todos os escuteiros ele continuou e continuará sempre sendo Baden Powell, o Escuteiro-Chefe-Mundial.
  
Brasão do I Barão de Baden-Powell de Gilwell
    

Graham Chapman, o já desaparecido humorista dos Monty Python, nasceu há 82 anos

    
Graham Arthur Chapman (Leicester, Leicestershire, 8 de janeiro de 1941 - Maidstone, 4 de outubro de 1989) foi um ator e escritor britânico e membro do grupo Monty Python.
  
(...)
  
Em 1988, a saúde de Graham começou a deteriorar-se. Os seus anos de alcoolismo tinham deixado a sua marca e este tinha o fígado em muito mau estado. No entanto foi algo diferente que o matou - em novembro desse ano, durante uma consulta de rotina no seu dentista, este reparou que as suas amígdalas estavam estranhamente grandes. Mais tarde descobriu-se um tumor maligno nas amígdalas, que teve de remover. Depois de uma consulta com o seu médico, Chapman descobriu que o problema nas amígdalas derivava de um cancro na coluna. Ele foi operado e removeu o tumor, mas ficou confinado a uma cadeira de rodas. Durante o ano de 1989 submeteu-se a várias operações e a tratamentos de radioterapia, mas sempre que retirava um tumor, aparecia-lhe outro ou na coluna ou na garganta. Foi na sua cadeira de rodas que gravou algum material para a celebração dos vinte anos dos Monty Python. Mas, a 1 de outubro, foi hospitalizado em Maidstone, depois de um ataque cardíaco grave que se tornou numa hemorragia interna.
Na noite da sua morte, a 4 de outubro, estavam presentes John Cleese, Michael Palin, o seu companheiro David Sherlock, o seu irmão John e a sua cunhada, no entanto John Cleese teve de ser levado para lidar com a dor e o choque de ver o seu amigo a morrer. Terry Jones e Peter Cook também o tinham visitado nesse dia. A morte de Chapman ocorreu na véspera do 20º aniversário da primeira transmissão do Monty Python's Flying Circus, algo a que Terry Jones chamou o "pior caso de festa perdida da História".
Os Monty Python decidiram não estar presentes no seu funeral, para que este não se tornasse num circo dos media e para dar alguma privacidade à família de Chapman. A sua presença foi marcada de uma forma bastante humorística, como sempre. O grupo enviou o pé característico dos seus programas com a mensagem: "Para o Graham dos outros Pythons. Pára-nos se estivermos a ficar muito patetas". Em vez de marcarem presença no funeral, os Pythons organizaram um Memorial, com todos os amigos de Graham, para celebrar a sua vida. O discurso foi feito por John Cleese e ainda hoje é um dos mais famosos de sempre. Os restantes Pythons também discursaram, sendo que Idle tinha lágrimas nos olhos e disse que Graham tinha preferido morrer a ouvir mais Michael Palin a falar (é conhecido como uma piada dos Monty Python que Palin fala demasiado). Durante a cerimónia foram cantadas músicas como Jerusalem, uma das preferidas de Chapman e Always Look On The Bright Side Of Life. Esta foi cantada pelos amigos mais próximos de Graham, guiados por Eric Idle, que mais tarde confessou ter sido uma das coisas mais difíceis que alguma vez teve de fazer.
   

 


Stephen Hawking nasceu há oitenta e um anos...

  

Stephen William Hawking (Oxford, 8 de janeiro de 1942 - Cambridge, 14 de março de 2018) foi um físico teórico e cosmólogo britânico, reconhecido internacionalmente pelas suas contribuições para o avanço da ciência, sendo um dos cientistas de mais renome do século. Doutor em cosmologia, foi professor lucasiano emérito na Universidade de Cambridge, um posto que foi ocupado por Isaac Newton, Paul Dirac e Charles Babbage. Foi, pouco antes de falecer, diretor de pesquisa do Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica (DAMTP) e fundador do Centro de Cosmologia Teórica (CTC) da Universidade de Cambridge.

 

 

Google Doodle de 08.01.2022 - 80.º aniversário de Stephen Hawking

Saudades do rei...

Shirley Bassey faz hoje 86 anos

  
Shirley Veronica Bassey (Cardiff, 8 de janeiro de 1937) é uma cantora nascida no País de Gales, considerada uma das maiores cantoras do século XX e uma das mais poderosas vozes já registadas.
Os seus trabalhos mais conhecidos são os temas que cantou nos filmes de James Bond: Goldfinger (1964), Diamonds Are Forever (1971) e Moonraker (1979).
Casou-se e divorciou-se duas vezes, teve duas filhas e adotou um menino. Atualmente vive no Mónaco; e realiza turnês pela Europa e Estados Unidos. Bassey é conhecida por sua voz com amplo registo e poder.

 


Let's Dance...!

Marco Polo morreu há 699 anos

Página de Il Milione / As Viagens de Marco Polo
   
Marco Polo (Veneza?, 1254? – Veneza, 9 de janeiro de 1324) foi um mercador, embaixador e explorador. Nasceu na República de Veneza no fim da Idade Média. Juntamente com o seu pai, Nicolau Polo (Niccolò), e o seu tio, Matteo, foi um dos primeiros ocidentais a percorrer a Rota da Seda. Partiram no início de 1272 do porto de Laiassus (Layes) na Arménia. O relato detalhado das suas viagens pelo oriente, incluindo a China, foi durante muito tempo uma das poucas fontes de informação sobre a Ásia no Ocidente.
   
Biografia
A data e o local de nascimento exatos de Marco Polo são desconhecidos, e as teorias atuais são na sua maioria conjeturais. No entanto, a data específica mais citada é em algum lugar "em torno de 1254", e é geralmente aceite que Marco Polo nasceu na República de Veneza. Embora o local de nascimento exato seja desconhecido, a maioria dos biógrafos apontam para a própria Veneza como cidade natal de Marco Polo. O seu pai, Niccolò, era um mercador que comerciava com o Oriente Médio, tornando-se rico e alcançando grande prestígio. Niccolò e o seu irmão Maffeo partiram numa viagem para comércio antes de Marco nascer. Em 1260, Nicolau e Maffeo estavam a viver em Constantinopla quando previram uma mudança política; liquidaram os seus ativos em joias e mudaram-se. De acordo com As Viagens de Marco Polo, eles passaram por grande parte da Ásia, e encontraram-se com Kublai Khan. Entretanto, a mãe de Marco Polo morreu e ele foi criado por uma tia e um tio. Marco Polo foi bem educado, aprendendo assuntos mercantis incluindo moeda estrangeira, avaliação e manutenção de navios de carga, embora tenha aprendido pouco ou nada de latim.
Em 1269, Nicolau e Maffeo retornaram a Veneza, encontrando Marco pela primeira vez. Em 1271, Marco Polo (aos dezassete anos de idade), o seu pai e o seu tio partiram para a Ásia, numa série de aventuras que mais tarde foram documentados no livro de Marco. Eles regressaram a Veneza em 1295, 24 anos depois, com muitas riquezas e tesouros. Eles tinham viajado quase 15.000 milhas (24.140 km).
A rota percorrida foi: através da Arménia até o norte da Turcomânia, e passando por Casaria e Sivas, atingiram Arzingan, de onde se avista o monte Ararate. Seguiram o curso do rio Tigre até Bandas, através de Mosul, chegando a Bagdad. Decidiram ir a Ormuz e seguir de barco até à longínqua China, porém ao verificarem as embarcações precárias que seguiam pelo Oceano Índico, decidiram seguir por terra. Rumando norte chegaram a Khubeis, além o deserto de Lut. Depois Damagham, a antiga Hecantompylos de Alexandre. Sempre rumo leste, atravessando desertos, rumaram para Balkh (antiga Báctria Regia). Por fim partiram para nordeste, através dos passos do Pamir, finalmente chegando a grande cidade de Kashgar.
De lá rumo sudeste para Khotan, onde aguardaram outra caravana para atravessar com mais segurança o deserto de Taklamakan. Chegam a Kan-Cheu, onde encontram estátuas gigantescas de Buda. Voltaram-se para sudeste, cruzando o Huang Ho para a cidade de Si-ning, de onde encontraram pela frente a grande estrada Tibete-Pequim.
Dirigiram-se à corte do rei mongol Kublai Khan, neto do poderoso Gengis Khan e, a seu serviço, percorreram a Tartária, a China e a Indochina. O imperador permitiu que os Polos voltassem a Veneza, aproveitando o regresso de uma embaixada de Arghun-Khan, que subira ao trono na Pérsia e solicitava uma princesa da corte chinesa para casar-se. A volta foi via marítima, Kublai-Khan enviou 14 navios e um total de dois mil homens com eles. Como chegaram a Malaca, em meados de maio de 1291, tiveram que esperar ventos favoráveis da monção, que só chegaram em outubro. Estiveram em Ceilão e de lá bordejando a costa da Índia chegaram a Ormuz (Pérsia), após 20 meses da partida. Após entregarem a princesa, os Polo seguiram por terra até à Arménia, passando por Trebizonda, Constantinopla e Negroponte, de onde embarcaram para Veneza.

Marco Polo retornou a Veneza em 1295, trazendo consigo uma fortuna sob a forma de gemas. Naquela época, Veneza encontrava-se em guerra com a República de Génova. Marco equipou uma galé com trabucos, com o fim de se juntar à guerra.

Terá sido capturado pelos genoveses provavelmente em 1296, em uma escaramuça perto da costa da Anatólia, entre Adana e o Golfo de İskenderun. A alegação de que a captura teria ocorrido durante a Batalha de Curzola, em setembro de 1269, perto da costa da Dalmácia, provém de tradição tardia, do século XVI, registrada por Giovan Battista Ramusio. Passou vários meses na prisão, ditando detalhes sobre a sua viagem para um companheiro de cela, Rusticiano de Pisa, o qual também acrescentou histórias de suas viagens além de anedotas coletadas de outros relatos e de notícias de sua época sobre a China. O livro rapidamente se espalhou pela Europa como manuscrito, tornando-se conhecido como As Viagens de Marco Polo. Ao retratar as jornadas de Marco pela Ásia, fornecia aos europeus o primeiro relato detalhado sobre o Extremo Oriente, incluindo a China, a Índia e o Japão.

Marco Polo foi libertado do cativeiro em agosto de 1299, retornando a Veneza, onde seu pai e tio tinham comprado um pallazo em uma região chamada contrada San Giovanni Crisostomo (Corte del Milion). Em suas aventuras, a família Polo provavelmente terá investido em fundos de negócios, e até mesmo em gemas que trouxeram do Oriente. o grupo continuou suas atividades, e Marco rapidamente se tornou um mercador rico. Embora Polo e seu tio Maffeo tenham financiado outras expedições, provavelmente nunca mais teriam deixado a província veneziana, não retornado mais à Rota da Seda nem à Ásia. Seu pai Niccolò morreu cerca de 1300, e no mesmo ano Marco se casou com Donata Badoèr, filha de Vitale Badoèr, um mercador. Tiveram três filhas: Fantina, que casou com Marco Bragadin, Bellela, que casou com Bertuccio Querini, e Moreta.

Em 1305, Polo é mencionado em documento veneziano entre governantes locais, cobrando o pagamento de impostos. A relação do famoso explorador com um certo Marco Polo, citado em 1300 em rebeliões contra o governo aristocrático local, escapando da pena de morte, assim como de rebeliões em 1310 lideradas por Bajamonte Tiepolo e Marco Querini, onde entre os rebeldes se encontravam Jacobello e Francesco Polo, pertencentes a outro ramo da família Polo, é incerta. Em 1337, Marco Polo é novamente claramente citado no testamento de Maffeo, redigido entre 1309 e 1310, assim como num documento de 1319, indicando que se tinha tornado dono de algumas propriedades de seu falecido pai, e em 1321, quando comprou parte das propriedades da família de sua esposa Donata.
 
     
Morte
Em 1323, Marco Polo estava acamado devido a doença. Em 8 de janeiro de 1324, apesar dos esforços dos médicos para tratá-lo, Polo estava no seu leito de morte. Para escrever e certificar o seu testamento, a sua família chamou Giovanni Giustiniani, um padre de São Procolo. A sua mulher, Donata, e as suas três filhas foram nomeadas por ele como co-executoras de seu testamento. A igreja tinha direito por lei a uma parcela da sua propriedade, mas ele aprovou e ordenou que uma soma adicional devia ser paga ao convento de San Lorenzo, em Veneza, o lugar onde ele desejava ser enterrado. Ele também libertou um "escravo tártaro", que deve tê-lo acompanhado desde a Ásia.
Dividiu o resto do seu património, incluindo várias propriedades, entre indivíduos, instituições religiosas, e cada guilda e fraternidade a que pertencia. Também anulou várias dívidas, incluindo 300 liras que uma sua cunhada lhe devia, e outros do convento de San Giovanni, São Paulo da Ordem dos Pregadores, e de um clérigo chamado frade Benvenuto. Ele ordenou que 220 soldos fossem pagos a Giovanni Giustiniani por seu trabalho como notário e por suas orações. O testamento, que não foi assinado por Marco Polo, mas foi validado pela então relevante regra "signum manus", pela qual o testador só tinha que tocar o documento para fazer cumprir a regra de direito, foi datado de 9 de janeiro de 1324. Devido à lei veneziana afirmando que o dia termina no pôr do sol, a data exata da morte de Marco Polo não pode ser determinada, mas foi entre o pôr do sol de 8 e o de 9 de janeiro de 1324.
    

Giotto morreu há 686 anos

Retrato anónimo de Giotto, Museu do Louvre
       
Giotto di Bondone mais conhecido simplesmente por Giotto, (Colle Vespignano, 1266 - Florença, 8 de janeiro de 1337) foi um pintor e arquiteto italiano.
Nasceu perto de Florença, foi discípulo de Cinni di Pepo, mais conhecido na história da arte pela introdução da perspectiva na pintura, durante o Renascimento.
Devido ao alto grau de inovação de seu trabalho (ele é considerado o introdutor da perspetiva na pintura da época), Giotto é considerado por Bocaccio o precursor da pintura renascentista. Ele é considerado o elo entre o renascimento e a pintura medieval e a bizantina.
A característica principal do seu trabalho é a identificação da figura dos santos como seres humanos de aparência comum. Esses santos com ar humanizado eram os mais importantes das cenas que pintava, ocupando sempre posição de destaque na pintura. Assim, a pintura de Giotto vem ao encontro de uma visão humanista do mundo, que vai cada vez mais se firmando até o Renascimento.
Giotto, forma diminutiva de Ambrogio ou Angiolo, não se sabe ao certo, adotou a linguagem visual dos escultores, procurando obter volume e altura realista nas figuras em suas obras. Comparando as suas obras com as 
do seu mestre, elas são muito mais naturalistas, sendo Giotto o pioneiro na introdução do espaço tridimensional na pintura europeia. Nos seus trabalhos pela península itálica, Giotto fez amizades com o rei de Nápoles e Bocaccio, que o menciona no seu famoso livro, Decameron.
O Papa Benedito XI decidiu empregar Giotto, que passaria então dez anos em Roma. Posteriormente, trabalharia para o Rei de Nápoles. Em 1320, ele regressou a Florença, onde chefiaria a construção da Catedral de Florença. Giotto morreu enquanto pintava "O Juízo Final" para a capela de Bargello, em Florença. Durante uma escavação na Igreja de Santa Reparata, em Florença, foram descobertos ossos na mesma área que Vasari tinha relatado como o túmulo de Giotto. Um exame forense parece ter confirmado que a ossada era mesmo de Giotto.
Os ossos eram de um homem baixo, que pode ter sofrido de uma forma de nanismo, o que apoia uma tradição da Basílica de Santa Cruz de que um anão, que aparece em um dos afrescos, é um auto-retrato de Giotto.
    
Dormitio Virginis (detalhe)
    
A adoração dos Reis Magos
     

Haja o que houver...

Arcangelo Corelli morreu há 310 anos

   
Pouco se sabe sobre a sua vida. Recebeu formação em Bolonha e Roma e nesta última cidade desenvolveu a maior parte de sua carreira, sendo patrocinado por grandes mecenas aristocratas e eclesiásticos. Embora a sua produção integral se resuma a somente seis coleções de obras publicadas - cinco delas de sonatas para trio ou solo e uma de concertos grossos, com doze peças em cada -, o seu reduzido número e os poucos géneros a que se dedicou estão em proporção radicalmente inversa com a vasta fama que elas lhe trouxeram, cristalizando modelos de larga influência em toda a Europa. Das seis coleções, a sexta e última, dos concertos grossos, é a que ganhou o mais duradouro favor da crítica, embora a quinta também seja altamente apreciada.
A sua escrita foi admirada pelo equilíbrio, pelo refinamento, pelas sumptuosas e originais harmonias, pela riqueza das texturas, pelo majestoso efeito dos conjuntos e pela sua polifonia clara e melodiosa, qualidades tidas como uma expressão perfeita dos ideais clássicos, mesmo vivendo na atmosfera barroca e empregando recursos mais típicos desta escola, como a exploração de contrastes dinâmicos e afetivos, mas sempre temperados por um grande senso de moderação. Foi o primeiro a aplicar em plenitude, com finalidade expressiva e estruturante, o novo sistema tonal que acabava de ser consolidado depois de pelo menos duzentos anos de ensaios preliminares. Era regularmente contratado como regente ou violinista solista para apresentações de óperas, oratórios e outras obras, além de participar ativamente na evolução da orquestra padrão. Como violinista virtuoso foi considerado um dos maiores de sua geração, senão o maior de todos. Contribuiu para colocar o violino entre os mais prestigiados instrumentos solistas e para o desenvolvimento de técnicas modernas, além de fazer muitos discípulos.
Foi a personalidade dominante na vida musical romana até aos seus últimos anos e muito estimado internacionalmente, foi disputado pelas cortes e admitido na mais prestigiada sociedade artística e intelectual de seu tempo, a Academia da Arcádia, sendo chamado de "o novo Orfeu", "o príncipe dos músicos" e outros adjetivos similares, gerando grande folclore. A sua obra já foi objeto de volumosa bibliografia crítica, a discografia cresce sem cessar e as suas sonatas ainda são usadas largamente nas academias de música como material didático. A sua posição na história da música ocidental está hoje firmemente estabelecida como um dos principais mestres da passagem do século XVII para o XVIII e como um dos primeiros e maiores músicos clássicos.
 
 

 


O General Primo de Rivera, ditador espanhol, nasceu há 153 anos


   

Miguel Primo de Rivera y Orbaneja (Jerez de la Frontera, 8 de janeiro de 1870 - Paris, 16 de março de 1930) foi um militar e ditador espanhol, fundador da organização fascista União Patriótica, inspiradora da União Nacional portuguesa. Era detentor do título nobiliárquico de Marquês de Estella e de Ajdir.

   


Brasão do Marquês de Marquês de Estella e de Ajdir
     

O excepcional petrólogo Eskola nasceu há cento e quarenta anos...!

    
Pentti Eelis Eskola (Honkilahti, 8 de janeiro de 1883 - Helsínquia25 de março de 1964) foi um geólogo finlandês. Foi estudante de química e posteriormente professor na Universidade de Helsínquia.
Em 1906 obteve um doutoramento em Ciências Físicas na Universidade de Helsínquia. Eskola especializou-se mais tarde em petrologia, centrando-se especialmente no estudo das associações minerais que existiam nas rochas. Em 1914 deduziu que a composição mineralógica das rochas metamórficas, una vez alcançado o equilíbrio, somente dependia da sua composição química. Realizou diversos estudos petrológicos sobre os terrenos metamórficos situados no Sul da Península Escandinava e introduziu/divulgou o termo facies metamórfica.
Como químico, aplicou os conceitos fundamentais desta ciência para avançar na compreensão da origem das rochas cristalinas. Como resultado desenvolveu o conceito de facies metamórficas, uma exigência vital para seguir a evolução das rochas na crosta da terra. Este conceito já havia sido anteriormente introduzido pelo geólogo suíço Amanz Gressly.
   
    
Metamorphic Facies with regard to temperature and pressure
     
Metamorphic facies are recognizable terranes or zones with an assemblage of key minerals that were in equilibrium under specific range of temperature and pressure during a metamorphic event. The facies are named after the metamorphic rock formed under those facies conditions from basalt. Facies relationships were first described by Pentti Eskola in 1921.
    

São Maximiliano Maria Kolbe nasceu há 129 anos

  
São Maximiliano Maria Kolbe, nascido Rajmund Kolbe, Ordem dos Franciscanos Menores Conventuais (Zduńska Wola, Polónia, 8 de janeiro de 1894Auschwitz, 14 de agosto de 1941), foi um padre missionário franciscano da Polónia. Morreu como mártir no campo de concentração nazi de Auschwitz, como voluntário para morrer de fome, no lugar de Franciszek Gajowniczek, como castigo pela fuga de um outro prisioneiro.
Foi canonizado pelo seu compatriota, o Papa João Paulo II, em 10 de outubro de 1982, na presença de Franciszek Gajowniczek, que sobreviveu aos horrores de Auschwitz. O próprio Papa, em numerosos textos, chama-o de “Santo do nosso século difícil”.
       
(...)
        
Morte em Auschwitz
Em 17 de fevereiro de 1941 foi preso pela polícia secreta alemã e enviado para o campo de concentração de Auschwitz.
Em julho de 1941 um prisioneiro conseguiu escapar, por isso o comandante do campo nazi escolheu 10 homens para serem mortos de fome.
Um dos homens selecionados, Franciszek Gajownickek, gritou: " Minha pobre mulher e meus filhos, que não os volto a ver!" Kolbe oferece-se a si mesmo em vez do outro homem "Sou um padre católico da Polónia, quero morrer em lugar de um destes. Já sou velho e não presto para nada. A minha vida não servirá para grande coisa… Quero morrer por aquele que tem mulher e filhos."
Na sua cela, Kolbe celebrou a missa todos os dias e cantava hinos com os prisioneiros.
Ele levou os outros condenados em canção e oração e encorajou-os, dizendo-lhes que, em breve, estariam com Maria no céu.
Cada vez que os guardas verificam a cela, ele estava lá em pé ou de joelhos no meio a olhar calmamente para aqueles que entravam.
Após duas semanas de desidratação e fome, só Kolbe permaneceu vivo. Os guardas queriam a cela vazia e deram a Kolbe uma injeção letal, de ácido carbólico.
Algumas pessoas que estavam presentes na injeção dizem que ele levantou o braço esquerdo e calmamente esperou que o injetassem. Os restos foram cremados no dia 15 de agosto, o dia da festa da Assunção de Maria.
       
Legado
Fundador do Milícia da Imaculada que criou um boletim de enorme tiragem entre outros meios de divulgação da ação cristã, pelo seu apostolado, é considerado o patrono da imprensa.
É igualmente visto como padroeiro especial das famílias em dificuldade, dos que lutam pela vida, da luta contra os vícios, da recuperação da droga e do alcoolismo; é considerado também padroeiro dos presos comuns e políticos.
Em julho de 1998 a Igreja de Inglaterra ergueu uma estátua de Kolbe na parte frontal da Abadia de Westminster, em Londres, como parte de um conjunto monumental dedicado à memória de dez mártires do século XX.
   
     

Mouzinho de Albuquerque morreu há 121 anos...

      
Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque (Batalha, 12 de novembro de 1855 - Lisboa, 8 de janeiro de 1902) foi um oficial de cavalaria português que ganhou grande fama em Portugal por ter protagonizado a captura do imperador nguni Gungunhana em Chaimite (1895) e pela condução da subsequente campanha de pacificação, isto é de subjugação das populações locais à administração colonial portuguesa, no território que viria a constituir o atual Moçambique, e entre outras coisas uma das mais brilhantes figuras militares portuguesas, herói de Chaimite e de Gaza, durante as gloriosas campanhas de África (1894-1895), e um dos mais notáveis administradores coloniais.
A espetacularidade da captura de Gungunhana e a campanha de imprensa que se gerou aquando do sua chegada a Lisboa e subsequente exílio para os Açores, fizeram de Mouzinho de Albuquerque, mal grado alguma contestação ao seu comportamento ético em Moçambique, uma figura muito respeitada na sociedade portuguesa dos finais do século XIX e inícios do século XX. Era então visto pelos africanistas como esperança e símbolo máximo da reação portuguesa à ameaça que o expansionismo das grandes potências europeias da altura constituía para os interesses lusos em África.
Foi governador do distrito de Gaza e governador-geral de Moçambique, cargo que resignou em 1898, data em que voltou a Portugal. Foi nomeado responsável pela educação do príncipe real D. Luís Filipe de Bragança. Suicidou-se em 1902, embora algumas fontes atribuam a morte a homicídio.
        
(...)
        
A memória de Mouzinho de Albuquerque foi repristinada durante o Estado Novo, sendo apontado como o exemplo do herói da expansão colonial portuguesa e da heroicidade da missão civilizadora que se apontava como justificação para a dominação colonial. Essa heroicidade foi acentuada durante a Guerra Colonial pelo que, pelos seus valorosos feitos em África, o major de cavalaria Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque foi feito patrono da Arma de Cavalaria do Exército Português, sendo apontado como um exemplo para os militares que servem naquela Arma.
Numa tradição que ainda se mantém, sempre que uma força de cavalaria é destacada em missão no estrangeiro, em cerimónia solene é entregue ao comandante da força o Quadro Mouzinho. Sempre que não haja uma força de cavalaria destacada, o Quadro Mouzinho regressa a casa-mãe da cavalaria, a Escola Prática de Cavalaria, local onde se encontram importantes peças do seu espólio. Um busto em cera, moldado da face do próprio Mouzinho aquando da sua morte, está no Museu do Regimento de Lanceiros n.º 2.
     

Woodrow Wilson proferiu o discurso dos Catorze Pontos há 105 anos

  
Os Catorze Pontos constituíam um plano para a paz mundial a ser tido em conta nas negociações da paz após a Primeira Guerra Mundial, elucidados pelo Presidente dos Estados Unidos da América Woodrow Wilson num discurso, a 8 de janeiro de 1918. A Europa em geral recebeu calorosamente os Catorze Pontos de Wilson, mas os seus principais colegas líderes aliados (Georges Clemenceau da França, David Lloyd George do Reino Unido, e Vittorio Emanuele Orlando da Itália) eram céticos quanto à aplicabilidade do idealismo wilsoniano.
Os Estados Unidos haviam-se juntado aos Poderes Aliados na guerra contra as Potências Centrais a 6 de abril de 1917. A sua entrada na guerra devia-se em parte aos ataques submarinos, por parte da Alemanha, a navios mercantes destinados à França e à Grã-Bretanha. Todavia, Wilson pretendia evitar o envolvimento dos Estados Unidos nas tensões que arrastavam entre as grandes potências europeias; se a América entrasse na guerra, tentaria livrar o conflito de disputas e ambições nacionalistas. A necessidade de se estabelecerem objetivos morais tornar-se-ia mais importante quando, após a queda do regime russo, os bolcheviques divulgaram tratados secretos entre os Aliados. O discurso de Wilson também deu resposta ao Decreto da Paz de Lenine (novembro de 1917, imediatamente após a Revolução de outubro), que propunha a retirada imediata da RSFS da Rússia da guerra, advogando uma paz justa e democrática que não se compadecia com anexações territoriais, e que levou ao Tratado de Brest-Litovsk, a 3 de março de 1918.
O discurso feito por Wilson, a 8 de janeiro de 1918, expunha uma política de livre-cambismo, divulgação de tratados, democracia e autodeterminação dos povos. O discurso dos Catorze Pontos foi a única declaração explícita dos objetivos de guerra feita por qualquer uma das nações beligerantes da Primeira Guerra Mundial (alguns Estados deram indicações gerais dos seus objetivos; a maioria manteve em segredo os seus objectivos pós-guerra). Os Catorze Pontos do discurso basearam-se nas determinações d'O Inquérito (The Inquiry), uma equipa de 150 conselheiros em política externa liderada por Edward M. House, na sua preparação dos assuntos antecipados para a Conferência de Paz em Versalhes.

Os Catorze Pontos
A fama de Wilson como internacionalista liberal baseava-se na grande visão que possuía do estabelecimento da paz na Europa no período pós-guerra, assim como a sua participação fundamental na Sociedade das Nações, cujos objetivo eram promover a segurança coletiva e evitar uma outra guerra.
Esta visão estava expressa nos seus Catorze Pontos; a saber:
1.º Pactos abertos (acordos) de paz a serem alcançados abertamente, sem acordos secretos;
2.º Livre navegação absoluta, além das águas territoriais, tanto na guerra como na paz, exceto quanto a liberdade de navegação fosse cessada, em parte ou no seu todo, por execução de pactos internacionais;
3.º Remoção de todas as barreiras económicas e estabelecimento de igualdade de condições de comércio entre todas as nações consentâneas à paz e à sua manutenção;
4.º Redução das armas nacionais ao mínimo necessário à segurança interna;
5.º Ajustes livres imparciais e abertos às reivindicações das colónias;
6.º Evacuação das tropas alemãs da Rússia e respeito pela independência da Rússia;
7.º Evacuação das tropas alemãs da Bélgica;
8.º Evacuação das tropas alemãs da França, inclusive da contestada região da Alsácia-Lorena;
9.º Reajuste das fronteiras italianas dentro de linhas nacionais claramente reconhecíveis;
10.º Autogoverno limitado para o povo austro-húngaro;
11.º Evacuação das tropas alemãs dos Balcãs e independência para os povos balcânicos;
12.º Independência para a Turquia e autogoverno limitado para as outras nacionalidades até então vivendo sob o Império Otomano;
13.º Independência para a Polónia;
14.º Formação de uma associação geral de nações, sob pactos específicos com o propósito de fornecer garantias mútuas de independência política e integridade territorial, tanto para os Estados grandes como para os pequenos.
   

Teresa Salgueiro faz hoje cinquenta e quatro anos

     
Maria Teresa de Almeida Salgueiro (Lisboa, 8 de janeiro de 1969) é uma cantora portuguesa, mais conhecida como a ex-vocalista do grupo Madredeus, entre 1986 e 2007.