Graham Arthur Chapman (Leicester, Leicestershire, 8 de janeiro de 1941 - Maidstone, 4 de outubro de 1989) foi um ator e escritor britânico e membro do grupo Monty Python.
(...)
Em 1988, a saúde de Graham começou a deteriorar-se. Os seus anos de alcoolismo tinham deixado a sua marca e este tinha o fígado
em muito mau estado. No entanto foi algo diferente que o matou - em
novembro desse ano, durante uma consulta de rotina no seu dentista, este
reparou que as suas amígdalas estavam estranhamente grandes. Mais tarde descobriu-se um tumor maligno
nas amígdalas, que teve de remover. Depois de uma consulta com o seu
médico, Chapman descobriu que o problema nas amígdalas derivava de um cancro na coluna. Ele foi operado e removeu o tumor, mas ficou confinado a uma cadeira de rodas. Durante o ano de 1989 submeteu-se a várias operações e a tratamentos de radioterapia,
mas sempre que retirava um tumor, aparecia-lhe outro ou na coluna ou
na garganta. Foi na sua cadeira de rodas que gravou algum material para
a celebração dos vinte anos dos Monty Python. Mas, a 1 de outubro, foi hospitalizado em Maidstone, depois de um ataque cardíaco grave que se tornou numa hemorragia interna.
Na noite da sua morte, a 4 de outubro, estavam presentes John Cleese,
Michael Palin, o seu companheiro David Sherlock, o seu irmão John e a
sua cunhada, no entanto John Cleese teve de ser levado para lidar com a
dor e o choque de ver o seu amigo a morrer. Terry Jones e Peter Cook
também o tinham visitado nesse dia. A morte de Chapman ocorreu na
véspera do 20º aniversário da primeira transmissão do Monty Python's Flying Circus, algo a que Terry Jones chamou o "pior caso de festa perdida da História".
Os Monty Python decidiram não estar presentes no seu funeral, para que este não se tornasse num circo dos media
e para dar alguma privacidade à família de Chapman. A sua presença foi
marcada de uma forma bastante humorística, como sempre. O grupo enviou
o pé característico dos seus programas com a mensagem: "Para o Graham
dos outros Pythons. Pára-nos se estivermos a ficar muito patetas". Em
vez de marcarem presença no funeral, os Pythons organizaram um Memorial,
com todos os amigos de Graham, para celebrar a sua vida. O discurso
foi feito por John Cleese e ainda hoje é um dos mais famosos de sempre.
Os restantes Pythons também discursaram, sendo que Idle tinha lágrimas
nos olhos e disse que Graham tinha preferido morrer a ouvir mais
Michael Palin a falar (é conhecido como uma piada dos Monty Python que
Palin fala demasiado). Durante a cerimónia foram cantadas músicas como Jerusalem, uma das preferidas de Chapman e Always Look On The Bright Side Of Life.
Esta foi cantada pelos amigos mais próximos de Graham, guiados por
Eric Idle, que mais tarde confessou ter sido uma das coisas mais
difíceis que alguma vez teve de fazer.
in Wikipédia
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