Mostrar mensagens com a etiqueta Conde de Trancoso. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Conde de Trancoso. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, janeiro 08, 2024

O Marechal Beresford morreu há cento e setenta anos...

  

William Carr Beresford (Bedgebury Cross, 2 de outubro de 1768 - Kilndown, 8 de janeiro de 1854), 1.º visconde Beresford (1st Viscount Beresford), barão e visconde de Albuera e Dungarvan, conde de Trancoso, 1.º marquês de Campo Maior e duque de Elvas, foi um militar e político anglo-irlandês que serviu como general no Exército Britânico e marechal do Exército Português, tendo lutado ao lado de Arthur Wellesley, 1.º Duque de Wellington na Guerra Peninsular.
Depois serviu como mestre de ordenanças no governo de Wellington em 1828.

Foi governador e comandante-chefe, durante seis meses, na Madeira, para evitar a ocupação da ilha pelas forças napoleónicas francesas.

Depois, em 7 de março de 1809, terá sido escolhido pelo governo britânico, de acordo com o parecer do general Wellesley, para comandar o Exército português. É-lhe atribuído o posto de Marechal do Exército, igual aos usados pelos duque de Waldeck, em 1797, e pelo conde de Goltz, em 1801. A sua missão era a de compatibilizar a organização e a tática existentes no exército português com a britânica, permitindo uma atuação conjunta no campo de batalha.

Em 1817, após rumores de uma conspiração maçónica que pretendia o regresso do rei e que se manifestava contrária à presença inglesa, mandou matar os conspiradores (entre eles o general Gomes Freire de Andrade).

Viaja para o Brasil onde consegue do Rei poderes mais alargados, sendo feito Marechal-General, título anteriormente usado pelo Barão Conde, pelo Conde de Lippe, pelo Duque de Lafões e pelo referido Duque de Wellington. Mas, devido à Revolução de 1820, é demitido das suas funções, não lhe sendo permitido sequer desembarcar em Portugal continental.

Regressou a Portugal em 1826, mas a sua pretensão de regressar ao comando do Exército não foi aceite.

Mais tarde, foi membro do primeiro governo de Wellington, de 1828 a 1830, com o título de "Master General of Ordnance", equivalente em Portugal ao posto militar de Diretor do Arsenal.
  

Viscount_Beresford.jpg

Brasão do Marechal Beresford (daqui)
  

 

domingo, janeiro 08, 2023

O Marechal Beresford morreu há 169 anos

   
William Carr Beresford (Bedgebury Cross, 2 de outubro de 1768 - Kilndown, 8 de janeiro de 1854), 1.º visconde Beresford (1st Viscount Beresford), barão e visconde de Albuera e Dungarvan, conde de Trancoso, 1.º marquês de Campo Maior e duque de Elvas, foi um militar e político anglo-irlandês que serviu como general no Exército Britânico e marechal do Exército Português, tendo lutado ao lado de Arthur Wellesley, 1.º Duque de Wellington na Guerra Peninsular.
Depois serviu como mestre de ordenanças no governo de Wellington em 1828.

Foi governador e comandante-chefe, durante seis meses, na Madeira, para evitar a ocupação da ilha pelas forças napoleónicas francesas.

Depois, em 7 de março de 1809, terá sido escolhido pelo governo britânico, de acordo com o parecer do general Wellesley, para comandar o Exército português. É-lhe atribuído o posto de Marechal do Exército, igual aos usados pelos duque de Waldeck, em 1797, e pelo conde de Goltz, em 1801. A sua missão era a de compatibilizar a organização e a tática existentes no exército português com a britânica, permitindo uma atuação conjunta no campo de batalha.

Em 1817, após rumores de uma conspiração maçónica que pretendia o regresso do rei e que se manifestava contrária à presença inglesa, mandou matar os conspiradores (entre eles o general Gomes Freire de Andrade).

Viaja para o Brasil onde consegue do Rei poderes mais alargados, sendo feito Marechal-General, título anteriormente usado pelo Barão Conde, pelo Conde de Lippe, pelo Duque de Lafões e pelo referido Duque de Wellington. Mas, devido à Revolução de 1820, é demitido das suas funções, não lhe sendo permitido sequer desembarcar em Portugal continental.

Regressou a Portugal em 1826, mas a sua pretensão de regressar ao comando do Exército não foi aceite.

Mais tarde, foi membro do primeiro governo de Wellington, de 1828 a 1830, com o título de "Master General of Ordnance", equivalente em Portugal ao posto militar de Diretor do Arsenal.
  

Viscount_Beresford.jpg

Brasão do Marechal Beresford (daqui)
  

sábado, janeiro 08, 2022

O Marechal Beresford morreu há 168 anos

   
William Carr Beresford (Bedgebury Cross, 2 de outubro de 1768 - Kilndown, 8 de janeiro de 1854), 1.º visconde Beresford (1st Viscount Beresford), barão e visconde de Albuera e Dungarvan, conde de Trancoso, 1.º marquês de Campo Maior e duque de Elvas, foi um militar e político anglo-irlandês que serviu como general no Exército Britânico e marechal do Exército Português, tendo lutado ao lado de Arthur Wellesley, 1.º Duque de Wellington na Guerra Peninsular.
Depois serviu como mestre de ordenanças no governo de Wellington em 1828.

Foi governador e comandante-chefe, durante seis meses, na Madeira, para evitar a ocupação da ilha pelas forças napoleónicas francesas.

Depois, em 7 de março de 1809, terá sido escolhido pelo governo britânico, de acordo com o parecer do general Wellesley, para comandar o Exército português. É-lhe atribuído o posto de Marechal do Exército, igual aos usados pelos duque de Waldeck, em 1797, e pelo conde de Goltz, em 1801. A sua missão era a de compatibilizar a organização e a táctica existentes no exército português com a britânica, permitindo uma actuação conjunta no campo de batalha.

Em 1817, após rumores de uma conspiração maçónica que pretendia o regresso do rei e que se manifestava contrária à presença inglesa, mandou matar os conspiradores (entre eles o general Gomes Freire de Andrade).

Viaja para o Brasil onde consegue do Rei poderes mais alargados, sendo feito Marechal-General, título anteriormente usado pelo Barão Conde, pelo Conde de Lippe, pelo Duque de Lafões e pelo referido Duque de Wellington. Mas, devido à Revolução de 1820, é demitido das suas funções, não lhe sendo permitido sequer desembarcar em Portugal continental.

Regressou a Portugal em 1826, mas a sua pretensão de regressar ao comando do Exército não foi aceite.

Mais tarde, foi membro do primeiro governo de Wellington, de 1828 a 1830, com o título de "Master General of Ordnance", equivalente em Portugal ao posto militar de Director do Arsenal.
  

Viscount_Beresford.jpg

Brasão do Marechal Beresford (daqui)
  

sexta-feira, janeiro 08, 2021

O Marechal Beresford morreu há 167 anos

   
William Carr Beresford (Irlanda, 1768 - Bedgebury, 8 de janeiro de 1854) foi um militar britânico, marechal (1809) e depois marechal-general (1816) do exército português.
Foi comandante em chefe durante toda a Guerra Peninsular, de março de 1809 à revolução liberal de 1820, gozando de poderes de governação, dada a ausência da Corte portuguesa, refugiada no Brasil (1808-1821).
Beresford nasceu em 1768 na Irlanda, filho ilegítimo do Marquês de Waterford e protegido pelo Partido Tory, onde era amigo de Arthur Wellesley. Serviu no Exército Britânico em Toulon (1793); foi tenente-coronel na Índia, coronel do 88º Regimento no Egipto (1801), brigadeiro no Cabo da Boa Esperança, e ocupou Buenos Aires (1806) onde foi aprisionado. Comandou a ocupação da Madeira em dezembro de 1807 e aí aprendeu português. Fez a expedição da Corunha em 1809 e regressou a Portugal.
Foi, em Portugal, Marquês de Campo Maior (título recebido por decreto de 17 de dezembro de 1812 de D. Maria I), Conde de Trancoso e, eventualmente, Duque de Elvas, e Visconde de Beresford na Grã-Bretanha. Era de grande estatura e corpulento, sendo a presença realçada por um rosto muito irregular e de aparência algo sinistra, pois tinha o olho esquerdo vazado por um tiro, o que surpreendia os interlocutores. Nomeado Marechal do Exército em março de 1809 pelo Conselho de Regência, Beresford aproveitou a reorganização das forças militares criada por D. Miguel Pereira Forjaz, para a adaptar ao serviço de campanha do exército britânico.
Encontrando o exército desfalcado pela ausência dos comandos no Brasil e na Legião Portuguesa, e pela relativa velhice e ineficácia de muitos dos oficiais recorreu à atribuição de comandos a oficiais britânicos, tendo plenos poderes para nomear e demitir (hire and fire) os subordinados. Como outras medidas, Beresford criou os depósitos de recrutamento em Peniche, Mafra e Salvaterra; presidiu à distribuição das novas armas e equipamentos; levou um exército treinado à prussiana a manobrar à inglesa; introduziu Ordens do Dia para informar o exército e apurar a disciplina: tanto se lhe conhecem mandatos de prisão e de execução sumária, sem julgamento em tribunal militar, como louvores e promoções por mérito. João Pedro Ribeiro chamou-lhe moderador e animador do exército.
Foi um enérgico administrador. Sendo o melhor dos segundos, Wellington preferia-o como seu lugar-tenente, estatuto que provocava ressentimento nos generais britânicos seniores. Era pessoalmente muito bravo, destacando-se em Albuera, onde teve de combater a corpo a corpo com um lanceiro polaco, sendo depois auxiliado por um cavaleiro português. Em Salamanca comandou pessoalmente o ataque da 3ª Brigada portuguesa, que imobilizou o contra-ataque francês, ficando gravemente ferido.
Era adulado até 1815 pela população que reconhecia nele o artífice da vitória. Contudo, a sua carreira de “protector” de Portugal após o fim da guerra apagou muito do que lhe deve o país.
Após o julgamento e execução do Tenente-General Gomes Freire de Andrade, em 1817, e outros, deslocou-se ao Brasil para pedir maiores poderes. Havia pretendido suspender a execução da sentença até que fosse confirmada pelo soberano, mas a Regência, "melindrando-se de semelhante insinuação como se sentisse intuito de diminuir-se-lhe a autoridade, imperiosa e arrogante, ordena que se proceda à execução imediatamente" (Rocha Pombo, "História do Brasil", volume IV, pp. 12). Diz o mesmo autor: "Não pequeno susto causou no Rio a vinda inesperada de Beresford. Convocou imediatamente D. João o seu conselho." Achada a fórmula para a solução do momento, "reformou-se a constituição da Regência, reduzindo-lhe as funções ao meramente administrativo e concentrando a autoridade política nas mãos de um delegado imediato do soberano, com o título de marechal-general junto à sua real pessoa. Fizeram então voltar para Lisboa o marechal Beresford investido de tão alto posto, como se respondessem assim aos clamores do povo português - entregando-o à tutela humilhante, ao arbítrio e às truculências daquele estrangeiro."
Mas, afastando para a América o inglês inconveniente, os absolutistas facilitavam a execução do plano dos liberais: assim que em 2 de maio de 1820 o marechal partiu, trataram os governadores do reino de estabelecer o mais cauteloso sistema de polícia e repressão. Fechou Portugal ao mundo, e deixou-se a Regência ficar desapercebida dos riscos que sobrevinham. A cidade do Porto levantou-se então contra o obscuro regalismo da Regência. Ali se fundara o Sinédrio, ali Fernandes Tomaz e Silva Carvalho reuniam ao redor de si outros chefes de prestígio. Tudo se preparou para o rompimento, e pela madrugada de 24 de agosto rompeu a revolução.
No regresso do Rio de Janeiro pela nau Vengeur, fundeada no Tejo em 10 de outubro, Beresford foi impedido pela Junta de desembarcar em Lisboa e regressou à Grã-Bretanha.
Ainda esteve em Portugal em 1823, procurando vergar D. João VI às tentativas absolutistas de D. Miguel.
Contribuiu para as obras Strictures on Napier’s History e Further Strictures, escritas por Benjamin D'Urban, refutações da História da Guerra Peninsular de William Napier, que confirmam o respeito pelo exército português, que comandou durante onze anos.
  
Brasão do Marechal Beresford
  

quinta-feira, janeiro 08, 2015

O Marechal Beresford morreu há 161 anos

William Carr Beresford (Irlanda, 1768 - Bedgebury, 8 de janeiro de 1854) foi um militar britânico, marechal (1809) e depois marechal-general (1816) do exército português.
Foi comandante em chefe durante toda a Guerra Peninsular, de março de 1809 à revolução liberal de 1820, gozando de poderes de governação, dada a ausência da Corte portuguesa, refugiada no Brasil (1808-1821).
Beresford nasceu em 1768 na Irlanda, filho ilegítimo do Marquês de Waterford e protegido pelo Partido Tory, onde era amigo de Arthur Wellesley. Serviu no Exército Britânico em Toulon (1793); foi tenente-coronel na Índia, coronel do 88º Regimento no Egipto (1801), brigadeiro no Cabo da Boa Esperança, e ocupou Buenos Aires (1806) onde foi aprisionado. Comandou a ocupação da Madeira em dezembro de 1807 e aí aprendeu português. Fez a expedição da Corunha em 1809 e regressou a Portugal.
Foi, em Portugal, Marquês de Campo Maior (título recebido por decreto de 17 de dezembro de 1812 de D. Maria I), Conde de Trancoso e, eventualmente, Duque de Elvas, e Visconde de Beresford na Grã-Bretanha. Era de grande estatura e corpulento, sendo a presença realçada por um rosto muito irregular e de aparência algo sinistra, pois tinha o olho esquerdo vazado por um tiro, o que surpreendia os interlocutores. Nomeado Marechal do Exército em março de 1809 pelo Conselho de Regência, Beresford aproveitou a reorganização das forças militares criada por D. Miguel Pereira Forjaz, para a adaptar ao serviço de campanha do exército britânico.
Encontrando o exército desfalcado pela ausência dos comandos no Brasil e na Legião Portuguesa, e pela relativa velhice e ineficácia de muitos dos oficiais recorreu à atribuição de comandos a oficiais britânicos, tendo plenos poderes para nomear e demitir (hire and fire) os subordinados. Como outras medidas, Beresford criou os depósitos de recrutamento em Peniche, Mafra e Salvaterra; presidiu à distribuição das novas armas e equipamentos; levou um exército treinado à prussiana a manobrar à inglesa; introduziu Ordens do Dia para informar o exército e apurar a disciplina: tanto se lhe conhecem mandatos de prisão e de execução sumária, sem julgamento em tribunal militar, como louvores e promoções por mérito. João Pedro Ribeiro chamou-lhe moderador e animador do exército.
Foi um enérgico administrador. Sendo o melhor dos segundos, Wellington preferia-o como seu lugar-tenente, estatuto que provocava ressentimento nos generais britânicos seniores. Era pessoalmente muito bravo, destacando-se em Albuera, onde teve de combater a corpo a corpo com um lanceiro polaco, sendo depois auxiliado por um cavaleiro português. Em Salamanca comandou pessoalmente o ataque da 3ª Brigada portuguesa, que imobilizou o contra-ataque francês, ficando gravemente ferido.
Era adulado até 1815 pela população que reconhecia nele o artífice da vitória. Contudo, a sua carreira de “protector” de Portugal após o fim da guerra apagou muito do que lhe deve o país.
Após o julgamento e execução do Tenente-General Gomes Freire de Andrade, em 1817, e outros, deslocou-se ao Brasil para pedir maiores poderes. Havia pretendido suspender a execução da sentença até que fosse confirmada pelo soberano, mas a Regência, "melindrando-se de semelhante insinuação como se sentisse intuito de diminuir-se-lhe a autoridade, imperiosa e arrogante, ordena que se proceda à execução imediatamente" (Rocha Pombo, "História do Brasil", volume IV, pp. 12). Diz o mesmo autor: "Não pequeno susto causou no Rio a vinda inesperada de Beresford. Convocou imediatamente D. João o seu conselho." Achada a fórmula para a solução do momento, "reformou-se a constituição da Regência, reduzindo-lhe as funções ao meramente administrativo e concentrando a autoridade política nas mãos de um delegado imediato do soberano, com o título de marechal-general junto à sua real pessoa. Fizeram então voltar para Lisboa o marechal Beresford investido de tão alto posto, como se respondessem assim aos clamores do povo português - entregando-o à tutela humilhante, ao arbítrio e às truculências daquele estrangeiro."
Mas, afastando para a América o inglês inconveniente, os absolutistas facilitavam a execução do plano dos liberais: assim que em 2 de maio de 1820 o marechal partiu, trataram os governadores do reino de estabelecer o mais cauteloso sistema de polícia e repressão. Fechou Portugal ao mundo, e deixou-se a Regência ficar desapercebida dos riscos que sobrevinham. A cidade do Porto levantou-se então contra o obscuro regalismo da Regência. Ali se fundara o Sinédrio, ali Fernandes Tomaz e Silva Carvalho reuniam ao redor de si outros chefes de prestígio. Tudo se preparou para o rompimento, e pela madrugada de 24 de agosto rompeu a revolução.
No regresso do Rio de Janeiro pela nau Vengeur, fundeada no Tejo em 10 de outubro, Beresford foi impedido pela Junta de desembarcar em Lisboa e regressou à Grã-Bretanha.
Ainda esteve em Portugal em 1823, procurando vergar D. João VI às tentativas absolutistas de D. Miguel.
Contribuiu para as obras Strictures on Napier’s History e Further Strictures, escritas por Benjamin D'Urban, refutações da História da Guerra Peninsular de William Napier, que confirmam o respeito pelo exército português, que comandou durante onze anos.

Brasão do Marechal Beresford