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quarta-feira, setembro 04, 2024

Robert Schuman, o Pai da Europa, morreu há 61 anos...

   
Robert Schuman (Luxemburgo, 29 de junho de 1886 - Scy-Chazelles, 4 de setembro de 1963) foi um político democrata cristão e estadista luxemburguês radicado na França.
De mãe luxemburguesa, o jovem Robert Schuman frequentou a escola primária e secundária no Luxemburgo. Tendo realizado estudos superiores de Direito na Alemanha, em Berlim, Munique, Bona e Estrasburgo (cidade então ocupada pela Alemanha), abre um gabinete de advocacia em Metz, em junho de 1912. Dois anos mais tarde, a Primeira Guerra Mundial começa; Robert Schuman vai para a reserva por problemas de saúde.
Em novembro de 1918, a Alsácia-Lorena volta a pertencer à França e Robert Schuman entra em 1919 no Parlamento, como deputado da Moselle.
Em 1939, uma nova guerra inicia-se, e em março de 1940 Robert Schuman é nomeado sub-secretário de Estado para os Refugiados. Em 10 de julho de 1940, ele atribui, com outros 568 parlamentares, os «plenos poderes» ao Marechal Pétain. De retorno à Lorena, ele é preso pela Gestapo e posto secretamente na prisão de Metz, sendo mais tarde transferido para Neustadt, no Rheinland-Pfalz, em 13 de abril de 1941. Ele consegue fugir e alcançar a zona livre em agosto de 1942, passando pela abadia de Ligugé.
Presidente do Conselho do Mouvement Républicain Populaire (MRP) (1947), depois Ministro de Relações Exteriores (1948-1952), ele foi o grande negociador de todos os grandes tratados do final da Segunda Guerra Mundial (Conselho da Europa, Pacto do Atlântico Norte, CECA, etc.).
Propôs, por meio da Declaração Schuman, de 9 de maio de 1950, colocar a produção franco-alemã de carvão e de aço sob uma Alta Autoridade comum, numa organização aberta à participação de outros países da Europa. Essa proposta levará à criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, que foi a precursora da atual União Europeia.
De 1958 a 1960, ele foi o primeiro presidente do Parlamento Europeu, que o condecora, no final de seu mandato, com o título de «Pai da Europa».
Um processo de beatificação de Robert Schuman foi aberto pela Igreja Católica em 9 de junho de 1990, nele foram ouvidas 200 testemunhas, o processo conta cinquenta mil páginas e pesa cerca de meia tonelada. Atualmente encontra-se na Congregação para as Causas dos Santos na Santa Sé para exame. Foi entretanto declarado Servo de Deus, o primeiro passo para a eventual beatificação. Em 19 de junho de 2021, foi declarado Venerável.
   

segunda-feira, janeiro 08, 2024

O discurso dos Catorze Pontos foi proferido por Woodrow Wilson há 106 anos

  
Os Catorze Pontos constituíam um plano para a paz mundial a ser tido em conta nas negociações da paz após a Primeira Guerra Mundial, elucidados pelo Presidente dos Estados Unidos da América Woodrow Wilson num discurso, a 8 de janeiro de 1918. A Europa em geral recebeu calorosamente os Catorze Pontos de Wilson, mas os seus principais colegas líderes aliados (Georges Clemenceau da França, David Lloyd George do Reino Unido, e Vittorio Emanuele Orlando da Itália) eram céticos quanto à aplicabilidade do idealismo wilsoniano.
Os Estados Unidos haviam-se juntado aos Poderes Aliados na guerra contra as Potências Centrais a 6 de abril de 1917. A sua entrada na guerra devia-se em parte aos ataques submarinos, por parte da Alemanha, a navios mercantes destinados à França e à Grã-Bretanha. Todavia, Wilson pretendia evitar o envolvimento dos Estados Unidos nas tensões que arrastavam entre as grandes potências europeias; se a América entrasse na guerra, tentaria livrar o conflito de disputas e ambições nacionalistas. A necessidade de se estabelecerem objetivos morais tornar-se-ia mais importante quando, após a queda do regime russo, os bolcheviques divulgaram tratados secretos entre os Aliados. O discurso de Wilson também deu resposta ao Decreto da Paz de Lenine (novembro de 1917, imediatamente após a Revolução de outubro), que propunha a retirada imediata da RSFS da Rússia da guerra, advogando uma paz justa e democrática que não se compadecia com anexações territoriais, e que levou ao Tratado de Brest-Litovsk, a 3 de março de 1918.
O discurso feito por Wilson, a 8 de janeiro de 1918, expunha uma política de livre-cambismo, divulgação de tratados, democracia e autodeterminação dos povos. O discurso dos Catorze Pontos foi a única declaração explícita dos objetivos de guerra feita por qualquer uma das nações beligerantes da Primeira Guerra Mundial (alguns Estados deram indicações gerais dos seus objetivos; a maioria manteve em segredo os seus objectivos pós-guerra). Os Catorze Pontos do discurso basearam-se nas determinações d'O Inquérito (The Inquiry), uma equipa de 150 conselheiros em política externa liderada por Edward M. House, na sua preparação dos assuntos antecipados para a Conferência de Paz em Versalhes.

Os Catorze Pontos
A fama de Wilson como internacionalista liberal baseava-se na grande visão que possuía do estabelecimento da paz na Europa no período pós-guerra, assim como a sua participação fundamental na Sociedade das Nações, cujos objetivo eram promover a segurança coletiva e evitar uma outra guerra.
Esta visão estava expressa nos seus Catorze Pontos; a saber:
1.º Pactos abertos (acordos) de paz a serem alcançados abertamente, sem acordos secretos;
2.º Livre navegação absoluta, além das águas territoriais, tanto na guerra como na paz, exceto quanto a liberdade de navegação fosse cessada, em parte ou no seu todo, por execução de pactos internacionais;
3.º Remoção de todas as barreiras económicas e estabelecimento de igualdade de condições de comércio entre todas as nações consentâneas à paz e à sua manutenção;
4.º Redução das armas nacionais ao mínimo necessário à segurança interna;
5.º Ajustes livres imparciais e abertos às reivindicações das colónias;
6.º Evacuação das tropas alemãs da Rússia e respeito pela independência da Rússia;
7.º Evacuação das tropas alemãs da Bélgica;
8.º Evacuação das tropas alemãs da França, inclusive da contestada região da Alsácia-Lorena;
9.º Reajuste das fronteiras italianas dentro de linhas nacionais claramente reconhecíveis;
10.º Autogoverno limitado para o povo austro-húngaro;
11.º Evacuação das tropas alemãs dos Balcãs e independência para os povos balcânicos;
12.º Independência para a Turquia e autogoverno limitado para as outras nacionalidades até então vivendo sob o Império Otomano;
13.º Independência para a Polónia;
14.º Formação de uma associação geral de nações, sob pactos específicos com o propósito de fornecer garantias mútuas de independência política e integridade territorial, tanto para os Estados grandes como para os pequenos.
   

segunda-feira, setembro 04, 2023

Robert Schuman, o Pai da Europa, morreu há sessenta anos...

   
Robert Schuman (Luxemburgo, 29 de junho de 1886 - Scy-Chazelles, 4 de setembro de 1963) foi um político democrata cristão e estadista luxemburguês radicado na França.
De mãe luxemburguesa, o jovem Robert Schuman frequentou a escola primária e secundária no Luxemburgo. Tendo realizado estudos superiores de Direito na Alemanha, em Berlim, Munique, Bona e Estrasburgo (cidade então ocupada pela Alemanha), abre um gabinete de advocacia em Metz, em junho de 1912. Dois anos mais tarde, a Primeira Guerra Mundial começa; Robert Schuman vai para a reserva por problemas de saúde.
Em novembro de 1918, a Alsácia-Lorena volta a pertencer à França e Robert Schuman entra em 1919 no Parlamento, como deputado da Moselle.
Em 1939, uma nova guerra inicia-se, e em março de 1940 Robert Schuman é nomeado sub-secretário de Estado para os Refugiados. Em 10 de julho de 1940, ele atribui, com outros 568 parlamentares, os «plenos poderes» ao Marechal Pétain. De retorno à Lorena, ele é preso pela Gestapo e posto secretamente na prisão de Metz, sendo mais tarde transferido para Neustadt, no Rheinland-Pfalz, em 13 de abril de 1941. Ele consegue fugir e alcançar a zona livre em agosto de 1942, passando pela abadia de Ligugé.
Presidente do Conselho do Mouvement Républicain Populaire (MRP) (1947), depois Ministro de Relações Exteriores (1948-1952), ele foi o grande negociador de todos os grandes tratados do final da Segunda Guerra Mundial (Conselho da Europa, Pacto do Atlântico Norte, CECA, etc.).
Propôs, por meio da Declaração Schuman, de 9 de maio de 1950, colocar a produção franco-alemã de carvão e de aço sob uma Alta Autoridade comum, numa organização aberta à participação de outros países da Europa. Essa proposta levará à criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, que foi a origem da atual União Europeia.
De 1958 a 1960, ele foi o primeiro presidente do Parlamento Europeu, que o condecora, no final de seu mandato, com o título de «Pai da Europa».
Um processo de beatificação de Robert Schuman foi aberto pela Igreja Católica em 9 de junho de 1990, nele foram ouvidas 200 testemunhas, o processo conta cinquenta mil páginas e pesa cerca de meia tonelada. Atualmente encontra-se na Congregação para as Causas dos Santos na Santa Sé para exame. Foi entretanto declarado Servo de Deus, o primeiro passo para a eventual beatificação. Em 19 de junho de 2021, foi declarado Venerável.
   

domingo, janeiro 08, 2023

Woodrow Wilson proferiu o discurso dos Catorze Pontos há 105 anos

  
Os Catorze Pontos constituíam um plano para a paz mundial a ser tido em conta nas negociações da paz após a Primeira Guerra Mundial, elucidados pelo Presidente dos Estados Unidos da América Woodrow Wilson num discurso, a 8 de janeiro de 1918. A Europa em geral recebeu calorosamente os Catorze Pontos de Wilson, mas os seus principais colegas líderes aliados (Georges Clemenceau da França, David Lloyd George do Reino Unido, e Vittorio Emanuele Orlando da Itália) eram céticos quanto à aplicabilidade do idealismo wilsoniano.
Os Estados Unidos haviam-se juntado aos Poderes Aliados na guerra contra as Potências Centrais a 6 de abril de 1917. A sua entrada na guerra devia-se em parte aos ataques submarinos, por parte da Alemanha, a navios mercantes destinados à França e à Grã-Bretanha. Todavia, Wilson pretendia evitar o envolvimento dos Estados Unidos nas tensões que arrastavam entre as grandes potências europeias; se a América entrasse na guerra, tentaria livrar o conflito de disputas e ambições nacionalistas. A necessidade de se estabelecerem objetivos morais tornar-se-ia mais importante quando, após a queda do regime russo, os bolcheviques divulgaram tratados secretos entre os Aliados. O discurso de Wilson também deu resposta ao Decreto da Paz de Lenine (novembro de 1917, imediatamente após a Revolução de outubro), que propunha a retirada imediata da RSFS da Rússia da guerra, advogando uma paz justa e democrática que não se compadecia com anexações territoriais, e que levou ao Tratado de Brest-Litovsk, a 3 de março de 1918.
O discurso feito por Wilson, a 8 de janeiro de 1918, expunha uma política de livre-cambismo, divulgação de tratados, democracia e autodeterminação dos povos. O discurso dos Catorze Pontos foi a única declaração explícita dos objetivos de guerra feita por qualquer uma das nações beligerantes da Primeira Guerra Mundial (alguns Estados deram indicações gerais dos seus objetivos; a maioria manteve em segredo os seus objectivos pós-guerra). Os Catorze Pontos do discurso basearam-se nas determinações d'O Inquérito (The Inquiry), uma equipa de 150 conselheiros em política externa liderada por Edward M. House, na sua preparação dos assuntos antecipados para a Conferência de Paz em Versalhes.

Os Catorze Pontos
A fama de Wilson como internacionalista liberal baseava-se na grande visão que possuía do estabelecimento da paz na Europa no período pós-guerra, assim como a sua participação fundamental na Sociedade das Nações, cujos objetivo eram promover a segurança coletiva e evitar uma outra guerra.
Esta visão estava expressa nos seus Catorze Pontos; a saber:
1.º Pactos abertos (acordos) de paz a serem alcançados abertamente, sem acordos secretos;
2.º Livre navegação absoluta, além das águas territoriais, tanto na guerra como na paz, exceto quanto a liberdade de navegação fosse cessada, em parte ou no seu todo, por execução de pactos internacionais;
3.º Remoção de todas as barreiras económicas e estabelecimento de igualdade de condições de comércio entre todas as nações consentâneas à paz e à sua manutenção;
4.º Redução das armas nacionais ao mínimo necessário à segurança interna;
5.º Ajustes livres imparciais e abertos às reivindicações das colónias;
6.º Evacuação das tropas alemãs da Rússia e respeito pela independência da Rússia;
7.º Evacuação das tropas alemãs da Bélgica;
8.º Evacuação das tropas alemãs da França, inclusive da contestada região da Alsácia-Lorena;
9.º Reajuste das fronteiras italianas dentro de linhas nacionais claramente reconhecíveis;
10.º Autogoverno limitado para o povo austro-húngaro;
11.º Evacuação das tropas alemãs dos Balcãs e independência para os povos balcânicos;
12.º Independência para a Turquia e autogoverno limitado para as outras nacionalidades até então vivendo sob o Império Otomano;
13.º Independência para a Polónia;
14.º Formação de uma associação geral de nações, sob pactos específicos com o propósito de fornecer garantias mútuas de independência política e integridade territorial, tanto para os Estados grandes como para os pequenos.
   

domingo, setembro 04, 2022

Robert Schuman morreu há 59 anos

   
Robert Schuman (Luxemburgo, 29 de junho de 1886 - Scy-Chazelles, 4 de setembro de 1963) foi um político democrata cristão e estadista luxemburguês radicado na França.
De mãe luxemburguesa, o jovem Robert Schuman frequentou a escola primária e secundária no Luxemburgo. Tendo realizado estudos superiores de Direito na Alemanha, em Berlim, Munique, Bona e Estrasburgo (cidade então ocupada pela Alemanha), abre um gabinete de advocacia em Metz, em junho de 1912. Dois anos mais tarde, a Primeira Guerra Mundial começa; Robert Schuman vai para a reserva por problemas de saúde.
Em novembro de 1918, a Alsácia-Lorena volta a pertencer à França e Robert Schuman entra em 1919 no Parlamento, como deputado da Moselle.
Em 1939, uma nova guerra inicia-se, e em março de 1940 Robert Schuman é nomeado sub-secretário de Estado para os Refugiados. Em 10 de julho de 1940, ele atribui, com outros 568 parlamentares, os «plenos poderes» ao Marechal Pétain. De retorno à Lorena, ele é preso pela Gestapo e posto secretamente na prisão de Metz, sendo mais tarde transferido para Neustadt, no Rheinland-Pfalz, em 13 de abril de 1941. Ele consegue fugir e alcançar a zona livre em agosto de 1942, passando pela abadia de Ligugé.
Presidente do Conselho do Mouvement Républicain Populaire (MRP) (1947), depois Ministro de Relações Exteriores (1948-1952), ele foi o grande negociador de todos os grandes tratados do final da Segunda Guerra Mundial (Conselho da Europa, Pacto do Atlântico Norte, CECA, etc.).
Propôs, por meio da Declaração Schuman de 9 de maio de 1950, colocar a produção franco-alemã de carvão e de aço sob uma Alta Autoridade comum, numa organização aberta à participação de outros países da Europa. Essa proposta levará à criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, que foi origem da atual União Europeia.
De 1958 a 1960, ele foi o primeiro presidente do Parlamento Europeu, que o condecora, no final de seu mandato, com o título de «Pai da Europa».
Um processo de beatificação de Robert Schuman foi aberto pela Igreja Católica em 9 de junho de 1990, nele foram ouvidas 200 testemunhas, o processo conta 50 mil páginas e pesa cerca de meia tonelada. Atualmente encontra-se na Congregação para as Causas dos Santos na Santa Sé para exame. Foi entretanto declarado Servo de Deus, o primeiro passo para a eventual beatificação. Em 19 de junho de 2021, foi declarado Venerável.
   

sábado, janeiro 08, 2022

Woodrow Wilson pronunciou um discurso histórico há 104 anos

  
Os Catorze Pontos constituíam um plano para a paz mundial a ser tido em conta nas negociações da paz após a Primeira Guerra Mundial, elucidados pelo Presidente dos Estados Unidos da América Woodrow Wilson num discurso, a 8 de janeiro de 1918. A Europa em geral recebeu calorosamente os Catorze Pontos de Wilson, mas os seus principais colegas líderes Aliados (Georges Clemenceau da França, David Lloyd George do Reino Unido, e Vittorio Emanuele Orlando da Itália) eram cépticos quanto à aplicabilidade do idealismo wilsoniano.
Os Estados Unidos haviam-se juntado aos Poderes Aliados na guerra contra as Potências Centrais a 6 de abril de 1917. A sua entrada na guerra devia-se em parte aos ataques submarinos, por parte da Alemanha, a navios mercantes destinados à França e à Grã-Bretanha. Todavia, Wilson pretendia evitar o envolvimento dos Estados Unidos nas tensões que arrastavam entre as grandes potências europeias; se a América entrasse na guerra, tentaria livrar o conflito de disputas e ambições nacionalistas. A necessidade de se estabelecerem objectivos morais tornar-se-ia mais importante quando, após a queda do regime russo, os bolcheviques divulgaram tratados secretos entre os Aliados. O discurso de Wilson também deu resposta ao Decreto da Paz de Lenine (novembro de 1917, imediatamente após a Revolução de outubro), que propunha a retirada imediata da RSFS da Rússia da guerra, advogando uma paz justa e democrática que não se compadecia com anexações territoriais, e que levou ao Tratado de Brest-Litovsk, a 3 de março de 1918.
O discurso feito por Wilson, a 8 de janeiro de 1918, expunha uma política de livre-cambismo, divulgação de tratados, democracia e autodeterminação dos povos. O discurso dos Catorze Pontos foi a única declaração explícita dos objectivos de guerra feita por qualquer uma das nações beligerantes da Primeira Guerra Mundial (alguns Estados deram indicações gerais dos seus objectivos; a maioria manteve em segredo os seus objectivos pós-guerra). Os Catorze Pontos do discurso basearam-se nas determinações d'O Inquérito (The Inquiry), uma equipa de 150 conselheiros em política externa liderada por Edward M. House, na sua preparação dos assuntos antecipados para a Conferência de Paz em Versalhes.

Os Catorze Pontos
A fama de Wilson como internacionalista liberal baseava-se na grande visão que possuía do estabelecimento da paz na Europa no período pós-guerra, assim como a sua participação fundamental na Sociedade das Nações, cujos objectivo eram promover a segurança coletiva e evitar uma outra guerra.
Esta visão estava expressa nos seus Catorze Pontos; a saber:
1.º Pactos abertos (acordos) de paz a serem alcançados abertamente, sem acordos secretos;
2.º Livre navegação absoluta, além das águas territoriais, tanto na guerra como na paz, excepto quanto a liberdade de navegação fosse cessada, em parte ou no seu todo, por execução de pactos internacionais;
3.º Remoção de todas as barreiras económicas e estabelecimento de igualdade de condições de comércio entre todas as nações consentâneas à paz e à sua manutenção;
4.º Redução das armas nacionais ao mínimo necessário à segurança interna;
5.º Ajustes livres imparciais e abertos às reivindicações das colónias;
6.º Evacuação das tropas alemãs da Rússia, e respeito pela independência da Rússia;
7.º Evacuação das tropas alemãs da Bélgica;
8.º Evacuação das tropas alemãs da França, inclusive da contestada região da Alsácia-Lorena;
9.º Reajuste das fronteiras italianas dentro de linhas nacionais claramente reconhecíveis;
10.º Autogoverno limitado para o povo austro-húngaro;
11.º Evacuação das tropas alemãs dos Balcãs e independência para os povos balcânicos;
12.º Independência para a Turquia e autogoverno limitado para as outras nacionalidades até então vivendo sob o Império Otomano;
13.º Independência para a Polónia;
14.º Formação de uma associação geral de nações, sob pactos específicos com o propósito de fornecer garantias mútuas de independência política e integridade territorial, tanto para os Estados grandes como para os pequenos.
   

sábado, setembro 04, 2021

Robert Schuman, o Pai da Europa, morreu há 58 anos

   
Robert Schuman (Luxemburgo, 29 de junho de 1886 - Scy-Chazelles, 4 de setembro de 1963) foi um político democrata cristão e estadista luxemburguês radicado na França.
De mãe luxemburguesa, o jovem Robert Schuman frequentou a escola primária e secundária no Luxemburgo. Tendo realizado estudos superiores de Direito na Alemanha, em Berlim, Munique, Bona e Estrasburgo (cidade então ocupada pela Alemanha), abre um gabinete de advocacia em Metz, em junho de 1912. Dois anos mais tarde, a Primeira Guerra Mundial começa; Robert Schuman é reformado por problemas de saúde.
Em novembro de 1918, a Alsácia-Lorena torna a pertencer à França e Robert Schuman entra em 1919 no Parlamento, como deputado da Moselle.
Em 1939, uma nova guerra inicia-se, e em março de 1940 Robert Schuman é nomeado sub-secretário de Estado para os Refugiados. Em 10 de julho de 1940, ele atribui, com outros 568 parlamentares, os «plenos poderes» ao Marechal Pétain. De retorno à Lorena, ele é preso pela Gestapo e posto secretamente na prisão de Metz, sendo mais tarde transferido para Neustadt, no Rheinland-Pfalz, em 13 de abril de 1941. Ele consegue fugir e alcançar a zona livre em agosto de 1942, passando pela abadia de Ligugé.
Presidente do Conselho do Mouvement Républicain Populaire (MRP) (1947), depois Ministro de Relações Exteriores (1948-1952), ele foi o grande negociador de todos os grandes tratados do final da Segunda Guerra Mundial (Conselho da Europa, Pacto do Atlântico Norte, CECA, etc.).
Propôs, por meio da Declaração Schuman de 9 de maio de 1950, colocar a produção franco-alemã de carvão e de aço sob uma Alta Autoridade comum, em uma organização aberta à participação de outros países da Europa. Essa proposta levará à criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, que foi origem da atual União Europeia.
De 1958 a 1960, ele foi o primeiro presidente do Parlamento Europeu, que o condecora, no final de seu mandato, com o título de «Pai da Europa».
Um processo de beatificação de Robert Schuman foi aberto pela Igreja Católica em 9 de junho de 1990, nele foram ouvidas 200 testemunhas, o processo conta 50 mil páginas e pesa cerca de meia tonelada. Atualmente encontra-se na Congregação para as Causas dos Santos na Santa Sé para exame. Foi entretanto declarado Servo de Deus, o primeiro passo para a eventual beatificação. Em 19 de junho de 2021, foi declarado Venerável.
   

sexta-feira, setembro 04, 2020

Robert Schuman morreu há 57 anos

   
Robert Schuman (Luxemburgo, 29 de junho de 1886 - Scy-Chazelles, 4 de setembro de 1963) foi um político democrata cristão e estadista luxemburguês radicado na França.
De mãe luxemburguesa, o jovem Robert Schuman frequentou a escola primária e secundária no Luxemburgo. Tendo realizado estudos superiores de Direito na Alemanha, em Berlim, Munique, Bona e Estrasburgo (cidade então ocupada pela Alemanha), abre um gabinete de advocacia em Metz, em junho de 1912. Dois anos mais tarde, a Primeira Guerra Mundial começa; Robert Schuman é reformado por problemas de saúde.
Em novembro de 1918, a Alsácia-Lorena torna a pertencer à França e Robert Schuman entra em 1919 no Parlamento, como deputado da Moselle.
Em 1939, uma nova guerra inicia-se, e em março de 1940 Robert Schuman é nomeado sub-secretário de Estado para os Refugiados. Em 10 de julho de 1940, ele atribui, com outros 568 parlamentares, os «plenos poderes» ao Marechal Pétain. De retorno à Lorena, ele é preso pela Gestapo e posto secretamente na prisão de Metz, sendo mais tarde transferido para Neustadt, no Rheinland-Pfalz, em 13 de abril de 1941. Ele consegue fugir e alcançar a zona livre em agosto de 1942, passando pela abadia de Ligugé.
Presidente do Conselho do Mouvement Républicain Populaire (MRP) (1947), depois Ministro de Relações Exteriores (1948-1952), ele foi o grande negociador de todos os grandes tratados do final da Segunda Guerra Mundial (Conselho da Europa, Pacto do Atlântico Norte, CECA, etc.).
Propôs, por meio da Declaração Schuman de 9 de maio de 1950, colocar a produção franco-alemã de carvão e de aço sob uma Alta Autoridade comum, em uma organização aberta à participação de outros países da Europa. Essa proposta levará à criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, que foi origem da atual União Europeia.
De 1958 a 1960, ele foi o primeiro presidente do Parlamento Europeu, que o condecora, no final de seu mandato, com o título de «Pai da Europa».
Um processo de beatificação de Robert Schuman foi aberto pela Igreja Católica, em 9 de junho de 1990, e nele foram ouvidas 200 testemunhas. O processo tinha, há pouco tempo, 50 mil páginas e pesava cerca de meia tonelada. Atualmente encontra-se na Congregação para as Causas dos Santos na Santa Sé, para exame. Foi entretanto declarado Servo de Deus, o primeiro passo para a eventual beatificação.

quarta-feira, setembro 04, 2013

O pai do conceito da moderna Europa faleceu há 50 anos

Robert Schuman (Luxemburgo, 29 de junho de 1886 - Scy-Chazelles, 4 de setembro de 1963) foi um político democrata cristão e estadista luxemburguês radicado na França.
De mãe luxemburguesa, o jovem Robert Schuman frequentou a escola primária e secundária no Luxemburgo. Tendo realizado estudos superiores de Direito na Alemanha, em Berlim, Munique, Bona e Estrasburgo (cidade então ocupada pela Alemanha), abre um gabinete de advocacia em Metz, em junho de 1912. Dois anos mais tarde, a Primeira Guerra Mundial começa; Robert Schuman é reformado por problemas de saúde.
Em novembro de 1918, a Alsácia-Lorena torna a pertencer à França e Robert Schuman entra em 1919 no Parlamento, como deputado da Moselle.
Em 1939, uma nova guerra inicia-se, e em março de 1940 Robert Schuman é nomeado sub-secretário de Estado para os Refugiados. Em 10 de julho de 1940, ele atribui, com outros 568 parlamentares, os «plenos poderes» ao Marechal Pétain. De retorno à Lorena, ele é preso pela Gestapo e posto secretamente na prisão de Metz, sendo mais tarde transferido para Neustadt, no Rheinland-Pfalz, em 13 de abril de 1941. Ele consegue fugir e alcançar a zona livre em agosto de 1942, passando pela abadia de Ligugé.
Presidente do Conselho do Mouvement Républicain Populaire (MRP) (1947), depois Ministro de Relações Exteriores (1948-1952), ele foi o grande negociador de todos os grandes tratados do final da Segunda Guerra Mundial (Conselho da Europa, Pacto do Atlântico Norte, CECA, etc.).
Propôs, por meio da Declaração Schuman de 9 de maio de 1950, colocar a produção franco-alemã de carvão e de aço sob uma Alta Autoridade comum, em uma organização aberta à participação de outros países da Europa. Essa proposta levará à criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, que foi origem da atual União Europeia.
De 1958 a 1960, ele foi o primeiro presidente do Parlamento Europeu, que o condecora, no final de seu mandato, com o título de «Pai da Europa».
Um processo de beatificação de Robert Schuman foi aberto pela Igreja Católica, em 9 de junho de 1990, e nele foram ouvidas 200 testemunhas. O processo tinha, há pouco tempo, 50 mil páginas e pesava cerca de meia tonelada. Atualmente encontra-se na Congregação para as Causas dos Santos na Santa Sé, para exame. Foi entretanto declarado Servo de Deus, o primeiro passo para a eventual beatificação.