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segunda-feira, janeiro 08, 2024

O Professor Doutor Manuel Maria Godinho faz hoje 84 anos...!

   
Manuel Maria Godinho, nasceu a 8 de janeiro de 1940, é filho de Aida Casimiro Pereira e Manuel de Oliveira. Nasceu em Maiorca, Figueira da Foz, mas cedo se mudou para Santana, terra que toma como sua e onde identifica as suas verdadeiras raízes.

 


O Professor Manuel Maria Godinho licenciou-se em Ciências Geológicas pela Universidade de Coimbra em 1964, tendo-se aposentado em 2008 como Professor Catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da mesma Universidade. A sua atividade científica tem incidido sobre diferentes domínios das Geociências, das quais se destacam a Mineralogia, Petrologia, Geoquímica, Recursos Geológicos e Ambiente e Ordenamento do Território. Como contributo de referência do homenageado, e transversal à sua obra, pode referir-se o desenvolvimento e aplicação da Geomatemática na compreensão e modelação dos processos geológicos.
 
Ao longo do seu percurso académico o Professor Manuel Godinho publicou mais de uma centena de trabalhos científicos e orientou dezenas de trabalhos de Mestrado e Doutoramento, tendo sido o incentivador do desenvolvimento de novas técnicas de análise laboratorial, como é exemplo o Laboratório de Radioatividade Natural da Universidade de Coimbra.

A par do indiscutível contributo para o progresso da ciência, as suas capacidades de reflexão crítica, as qualidades pedagógicas a a dedicação institucional marcaram e continuam a marcar e a formar gerações.
Pertence às seguintes Sociedades Científicas: Société Suisse de Minéralogie et Petrographie, Mineralogical Society of Great Britain and Ireland, International Association for Mathematical Geology, The Society of London, International Association of Geochemistry and Cosmochemistry e American Geophysical Union.





   
Texto daqui e daqui

domingo, janeiro 08, 2023

O geólogo Professor Doutor Manuel Maria Godinho faz hoje 83 anos...!

   
Manuel Maria Godinho, nasceu a 8 de janeiro de 1940, é filho de Aida Casimiro Pereira e Manuel de Oliveira. Nasceu em Maiorca, Figueira da Foz, mas cedo se mudou para Santana, terra que toma como sua e onde identifica as suas verdadeiras raízes.
  
 
O Professor Manuel Maria Godinho licenciou-se em Ciências Geológicas pela Universidade de Coimbra em 1964, tendo-se aposentado em 2008 como Professor Catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da mesma Universidade. A sua atividade científica tem incidido sobre diferentes domínios das Geociências, das quais se destacam a Mineralogia, Petrologia, Geoquímica, Recursos Geológicos e Ambiente e Ordenamento do Território. Como contributo de referência do homenageado, e transversal à sua obra, pode referir-se o desenvolvimento e aplicação da Geomatemática na compreensão e modelação dos processos geológicos.

Ao longo do seu percurso académico o Professor Manuel Godinho publicou mais de uma centena de trabalhos científicos e orientou dezenas de trabalhos de Mestrado e Doutoramento, tendo sido o incentivador do desenvolvimento de novas técnicas de análise laboratorial, como é exemplo o Laboratório de Radioatividade Natural da Universidade de Coimbra.

A par do indiscutível contributo para o progresso da ciência, as suas capacidades de reflexão crítica, as qualidades pedagógicas a a dedicação institucional marcaram e continuam a marcar e a formar gerações.
Pertence às seguintes Sociedades Científicas: Société Suisse de Minéralogie et Petrographie, Mineralogical Society of Great Britain and Ireland, International Association for Mathematical Geology, The Society of London, International Association of Geochemistry and Cosmochemistry, American Geophysical Union.



   
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sábado, janeiro 08, 2022

O Doutor Manuel Maria Godinho, ilustre Geólogo da Universidade de Coimbra, faz hoje 82 anos...!


Manuel Maria Godinho, nasceu a 8 de janeiro de 1940, é filho de Aida Casimiro Pereira e Manuel de Oliveira. Nasceu em em Maiorca, Figueira da Foz, mas cedo se mudou para Santana, terra que toma como sua e onde identifica as suas verdadeiras raízes.
 
O Professor Manuel Maria Godinho licenciou-se em Ciências Geológicas pela Universidade de Coimbra em 1964, tendo-se aposentado em 2008 como Professor Catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da mesma Universidade. A sua actividade científica tem incidido sobre diferentes domínios das Geociências, das quais se destacam a Mineralogia, Petrologia, Geoquímica, Recursos Geológicos e Ambiente e Ordenamento do Território. Como contributo de referência do homenageado, e transversal à sua obra, pode referir-se o desenvolvimento e aplicação da Geomatemática na compreensão e modelação dos processos geológicos.

Ao longo do seu percurso académico o Professor Manuel Godinho publicou mais de uma centena de trabalhos científicos e orientou dezenas de trabalhos de Mestrado e Doutoramento, tendo sido o incentivador do desenvolvimento de novas técnicas de análise laboratorial, como é exemplo o Laboratório de Radioactividade Natural da Universidade de Coimbra.

A par do indiscutível contributo para o progresso da ciência, as suas capacidades de reflexão crítica, as qualidades pedagógicas a a dedicação institucional marcaram e continuam a marcar e a formar gerações.
Pertence às seguintes Sociedades Científicas: Société Suisse de Minéralogie et Petrographie, Mineralogical Society of Great Britain and Ireland, International Association for Mathematical Geology, The Society of London, International Association of Geochemistry and Cosmochemistry, American Geophysical Union.



   
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sexta-feira, janeiro 08, 2021

O nosso Mestre, o Geólogo e Professor Doutor Manuel Maria Godinho, faz hoje 81 anos


Manuel Maria Godinho, nasceu a 8 de janeiro de 1940, é filho de Aida Casimiro Pereira e Manuel de Oliveira. Nasceu em em Maiorca, Figueira da Foz, mas cedo se mudou para Santana, terra que toma como sua e onde identifica as suas verdadeiras raízes.
 
O Professor Manuel Maria Godinho licenciou-se em Ciências Geológicas pela Universidade de Coimbra em 1964, tendo-se aposentado em 2008 como Professor Catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da mesma Universidade. A sua actividade científica tem incidido sobre diferentes domínios das Geociências, das quais se destacam a Mineralogia, Petrologia, Geoquímica, Recursos Geológicos e Ambiente e Ordenamento do Território. Como contributo de referência do homenageado, e transversal à sua obra, pode referir-se o desenvolvimento e aplicação da Geomatemática na compreensão e modelação dos processos geológicos.

Ao longo do seu percurso académico o Professor Manuel Godinho publicou mais de uma centena de trabalhos científicos e orientou dezenas de trabalhos de Mestrado e Doutoramento, tendo sido o incentivador do desenvolvimento de novas técnicas de análise laboratorial, como é exemplo o Laboratório de Radioactividade Natural da Universidade de Coimbra.

A par do indiscutível contributo para o progresso da ciência, as suas capacidades de reflexão crítica, as qualidades pedagógicas a a dedicação institucional marcaram e continuam a marcar e a formar gerações.
Pertence às seguintes Sociedades Científicas: Société Suisse de Minéralogie et Petrographie, Mineralogical Society of Great Britain and Ireland, International Association for Mathematical Geology, The Society of London, International Association of Geochemistry and Cosmochemistry, American Geophysical Union.



   
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quarta-feira, janeiro 08, 2020

O Professor Doutor Manuel Maria Godinho fez hoje oitenta anos!


Manuel Maria Godinho, nasceu a 8 de janeiro de 1940, é filho de Aida Casimiro Pereira e Manuel de Oliveira. Nasceu em em Maiorca, Figueira da Foz, mas cedo se mudou para Santana, terra que toma como sua e onde identifica as suas verdadeiras raízes.
 
O Professor Manuel Maria Godinho licenciou-se em Ciências Geológicas pela Universidade de Coimbra em 1964, tendo-se aposentado em 2008 como Professor Catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da mesma Universidade. A sua actividade científica tem incidido sobre diferentes domínios das Geociências, das quais se destacam a Mineralogia, Petrologia, Geoquímica, Recursos Geológicos e Ambiente e Ordenamento do Território. Como contributo de referência do homenageado, e transversal à sua obra, pode referir-se o desenvolvimento e aplicação da Geomatemática na compreensão e modelação dos processos geológicos.

Ao longo do seu percurso académico o Professor Manuel Godinho publicou mais de uma centena de trabalhos científicos e orientou dezenas de trabalhos de Mestrado e Doutoramento, tendo sido o incentivador do desenvolvimento de novas técnicas de análise laboratorial, como é exemplo o Laboratório de Radioactividade Natural da Universidade de Coimbra.

A par do indiscutível contributo para o progresso da ciência, as suas capacidades de reflexão crítica, as qualidades pedagógicas a a dedicação institucional marcaram e continuam a marcar e a formar gerações.
Pertence às seguintes Sociedades Científicas: Société Suisse de Minéralogie et Petrographie, Mineralogical Society of Great Britain and Ireland, International Association for Mathematical Geology, The Society of London, International Association of Geochemistry and Cosmochemistry, American Geophysical Union.


   
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terça-feira, junho 21, 2011

Saída de Campo em Leiria, no feriado

 

Os Blogues Geopedrados e GeoLeiria irão organizar, em conjunto com o Grupo de Recrutamento 520 da Escola Dr. Correia Mateus, na próxima quinta-feira, dia 23 de Junho de 2011, no feriado do Corpo de Deus, uma saída de campo aberta a todos e sem necessitar pré-inscrição.


Eis os dados da mesma:

Data: 23 de Junho de 2011 (quinta-feira – feriado nacional);

Ponto de encontro: Entrada da Escola Dr. Correia Mateus;

Destinatários: Alunos, Funcionários e Docentes (e seus familiares) da Escola Correia Mateus, bem como outros elementos da Comunidade Educativa;

Partida: 10.00 horas;

Chegada: 12.30 horas.

Objectivos:
  • Despertar a curiosidade acerca do mundo que nos rodeia.
  • Promover admiração, entusiasmo e interesse pela natureza.
  • Promover o conhecimento através de actividades fora de sala de aula.

Material necessário para os participantes: carros para as deslocações (com possibilidade de levar menos carros), água, roupa e sapatos próprios para andar no campo, boné e protector solar.

NOTA: a organização levará mapas (geológico e militar), martelos de geólogo, bússolas de geólogo, lupa de campo de geólogo e permitirá a recolha de algumas amostras. Haverá ainda uma explicação dos locais a visitar (história geológica, minerais, idade das rochas, riscos geológicos, recursos geológicos, tipos de rochas, falhas, etc.).



ADENDA: 

Ponto de Encontro e de Chegada:


Ver mapa maior

sábado, janeiro 15, 2011

No princípio era o magma...



APÓS A ACREÇÃO do protoplaneta que antecedeu a formação deste maravilhoso corpo planetário que nos deu berço, e na sequência dos processos que determinaram a sua diferenciação como planeta (nomeadamente e em especial, a contracção gravítica e a formação núcleo), a Terra acumulou uma quantidade de calor tal que a converteu numa imensa bola incandescente.

Durante as primeiras centenas de milhões de anos, este nosso hoje “Planeta Azul” esteve envolvido num “oceano” de magma, em resultado da fusão da sua parte mais externa, “oceano” cuja profundidade teria sido da ordem de algumas centenas de quilómetros. Foi a partir da capa mais superficial deste invólucro ígneo que, por arrefecimento posterior, se formou a primitiva crosta terrestre (com mais de 4000 milhões de anos, desaparecida na sequência da contínua renovação da crosta determinada pela chamada tectónica de placas), separada de uma outra entidade, que se lhe segue em profundidade, também ela já parcialmente arrefecida, a que foi dado o nome de manto.

Entendendo por magmatismo o processo natural através do qual um material fundido, a que se convencionou chamar magma, conduz à formação das rochas (ditas magmáticas), temos de concluir que este processo geológico é uma constante na história do nosso planeta (e do Sistema Solar) e que está na origem de todos os tipos de rochas (petrogénese). Com efeito, não haveria rochas sedimentares sem as magmáticas preexistentes, nem rochas metamórficas sem que, pelo menos, tivesse existido um destes dois tipos de rochas. É, assim, lícito pensar que o mesmo acontece nos planetas telúricos, nossos vizinhos, e noutros de outros sistemas planetários da nossa e de outras galáxias. O magmatismo é, pois, uma das fases da evolução da matéria no quadro universal da sua história, como são, entre outras:

a nucleossíntese que dá nascimento aos elementos químicos, em grande parte no interior das estrelas e na sequência das explosões (supernovas) que lhes ditam o fim; e a quimiossíntese que, por junção dos elementos químicos, dá origem aos compostos, entre os quais os minerais, fase esta que inclui o magmatismo e os restantes processos petrogenéticos, para além de outros, como são os biogénicos.

Foi através do magmatismo que a Terra, em formação, libertou uma atmosfera primitiva, rica (entre outros componentes) em vapor de água e dióxido de carbono. Foi a partir deste vapor de água que se formou, por condensação, grande parte da hidrosfera. E, na medida em que a vida foi gerada nas águas, torna-se evidente a sua dependência do processo magmático. Assim, é lícito pensar que, sem magmatismo, a biodiversidade, tal como a conhecemos, não teria existido. Também os seres das profundidades oceânicas associadas a fontes hidrotermais e a chaminés negras (um ecossistema muito particular que só há pouco mais de três décadas foi conhecido) dependem absolutamente da actividade magmática, neste caso, submarina. Do mesmo modo, a atmosfera actual (a que hoje respiramos e que diariamente poluímos em nome do chamado desenvolvimento), na qual o oxigénio resulta da actividade biológica das plantas com clorofila, é uma consequência, embora indirecta, do magmatismo.

Os magmas que, desde a existência de uma litosfera (conjunto da crosta e da capa rochosa do manto nascidas da diferenciação do planeta) geraram e continuam a gerar as rochas que, por isso, apelidamos de magmáticas, nasceram e continuam a nascer da fusão de rochas da crosta ou do manto superior, a temperaturas que variam entre cerca de 850°C, num xisto argiloso da crosta continental e em presença de água, e cerca de 1300°C num peridotito do manto, na ausência de água. No que se refere às pressões, o fenómeno pode verificar-se entre cerca de 3 a 4 atmosferas, a 10 km de profundidade, e várias dezenas de atmosferas, 100 km mais abaixo. Ao nível da crosta a fusão dos materiais rochosos, isto é, a geração de um magma acontece associada ao metamorfismo de grau mais elevado, no decurso da formação de uma cadeia montanhosa (orogénese). No manto, a fusão é praticamente anorogénica, isto é, não envolve compressões tangenciais. Está, sim, relacionada com movimentos verticais e diminuição de pressão ou com penetração de fluidos aquosos.

A comparação frequente do magma com a lava incandescente ou ígnea saída dos vulcões, embora sugestiva, não é correcta. Deve acentuar-se que a lava já não é, exactamente, um magma, dado que, ao descomprimir-se na saída para o exterior, perde parte dos seus componentes gasosos (vapor de água, dióxido de carbono, entre outros) e, ao arrefecer, permite a cristalização (solidificação) prematura de alguns minerais (como é o caso dos cristais de olivina ou de augite em alguns basaltos) que, por acção gravítica, decantam, saindo também desse fundido, empobrecendo-o. Um material assim, como o que se vê transbordar do vulcão e fluir à superfície, em que coexistem grãos cristalinos (sólidos), material ainda fundido e apenas parte dos gases que inicialmente o formavam, já não deve ser considerado um verdadeiro magma embora tenha mobilidade. É curioso assinalar que, na origem, a palavra magma significa “massa empedernida”. Não obstante este significado, a petrologia adoptou essa mesma palavra para designar o material ainda em fusão (na totalidade ou em parte) que, por arrefecimento, consolida e, só então, se torna pedra.
Do ponto de vista composicional, o magma pode ser então definido como um fundido de substâncias químicas, na grande maioria silicatos, existente em zonas mais ou menos profundas do planeta que, em virtude da temperatura e da pressão a que está sujeito, se mantém, pelo menos em parte, no estado líquido e, como tal, flui, ou seja, tem mobilidade. Neste banho e com uma representação muitíssimo inferior à dos silicatos, podem existir óxidos, em particular os de ferro, de titânio e de crómio, sulfuretos, fosfatos e carbonatos. Como numa sopa quente, além do caldo, que nesta imagem exemplifica a parte fundida, podem coexistir no magma fases sólidas, representadas pelos minerais, e gasosas (vapor de água, dióxido de carbono, gás sulfídrico e outros) que lhe são próprios, de que podemos ter uma ideia através das manifestações secundárias do vulcanismo, como são as mofetas e as sulfataras. As fases sólidas, quando presentes no magma, estão expressas pelos minerais que, por serem mais refractários (isto é, com um ponto de fusão mais elevado), cristalizaram prematuramente no seio do líquido magmático, o que não impede a mobilidade do conjunto, que poderá fluir enquanto houver uma fase fluida, ainda que residual, a assegurar-lhe essa característica implícita na própria definição de magma. É o que acontece, como se disse atrás, com os cristais de olivina e ou de augite em certas lavas de natureza basáltica.

Como ingredientes fundamentais do magma figuram quase sempre pouco mais de uma dezena de elementos químicos, os mais abundantes na crosta terrestre, e, por isso, ditos principais ou maiores (do inglês major elements), cujas percentagens, respectivamente, em peso e em volume são:

...........Oxigénio (O): 46,6% peso; 93,8 % volume
...........Silício (Si): 27,7% peso; 0,8 % volume
...........Alumínio (Al): 8,1% peso; 0,5 % volume
...........Ferro (Fe): 5,0% peso%; 0,4% volume
...........Cálcio (Ca): 3,6% peso%; 1,0% volume
...........Sódio (Na): 2,8% peso; 1,3% volume
...........Potássio (K): 2,7% peso; 1,8 % volume
...........Magnésio (Mg): 2,1% peso; 0,3 % volume

São estes, pois, os principais constituintes dos minerais das rochas magmáticas, entre os quais, como se disse, os silicatos que, por si só, representam cerca de 99% da crosta terrestre. A análise química destas rochas revela, ainda, manganês, fósforo, titânio, carbono e enxofre e hidrogénio praticamente sempre presentes, embora em menores percentagens.

Parte da água inicialmente contida no magma entra na composição de certos minerais, outra perde-se, quer em profundidade, no interior da crosta, indo alimentar outros processos petrogenéticos, quer à superfície, no vulcanismo. É esta água no estado de vapor que, com o dióxido de carbono e outros gases de menor representatividade igualmente libertados do magma, se evola nas erupções vulcânicas, originando os espessos “fumos” brancos que se dispersam no ar, acompanhando quer as projecções sólidas de piroclastos, quer a saída e progressão da lava.

Para além dos já referidos elementos principais ou maiores (por definição, aqueles cujas percentagens, em peso, nas rochas é superior a 1%), há ainda a considerar os elementos menores (do inglês, minor elements), entre os quais bário, chumbo, cobre cobalto, níquel, ouro, prata e muitos mais, cuja presença nas rochas se situa, em termos percentuais, abaixo de 1%. Nestes há que distinguir elementos secundários (entre 1% e 0,1%) e elementos vestigiais ou elementos-traço (do inglês, trace-elements) que, como o nome indica, estão representados em quantidades ínfimas. A presença de elementos-traço na composição dos minerais e das rochas é hoje fácil e rotineiramente pesquisada nos estudos petrológicos e geoquímicos. Consoante o rigor exigido pelas análises ou possibilitado pelos equipamentos disponíveis, a sua quantificação é expressa em ppm (partes por milhão) ou em cifras ainda menores, em ppb (partes por milhar de milhões). O termo oligoelemento (do grego, oligós, ínfimo), usado por alguns autores, é ambíguo, pois tem sido usado quer como sinónimo de elemento menor quer como de elemento-traço.

No que se refere ao nosso planeta, o magmatismo foi e é uma constante na respectiva dinâmica global, quer sob a forma de vulcanismo e subvulcanismo (ascensão de magma que acaba por arrefecer e solidificar a pequena profundidade, antes de atingir a superfície, como aconteceu com os maciços de Sintra, Sines e Monchique), quer de plutonismo (arrefecimento e solidificação em profundidade). Pelo que conhecemos da história da Terra, temos de admitir que o magmatismo sempre antecedeu e antecede os outros dois processos petrogenéticos (a sedimentogénese e o metamorfismo). Com efeito, só depois das primeiras rochas (magmáticas) formadas à superfície da Terra estarem expostas aos agentes externos é que pôde ocorrer a sua erosão seguida de sedimentação e/ou a sua transformação em rochas metamórficas.

in Sopas de Pedra - post de Galopim de Carvalho

sábado, janeiro 08, 2011

Apelo à participação na homenagem ao Professor Doutor Manuel Maria Godinho


Tive a honra de ser aluna, à semelhança de todos os geopedrados, do catedrático em Geologia e Petrologia (e também em relações humanas, pedagogia e simpatia...) Professor Doutor Manuel Maria Godinho. Embora não possa ir à homenagem que decorrerá de hoje a uma semana (e por nós aqui referida por diversas vezes - post de Setembro, post de Dezembro e post de hoje), queria associar-me a ela e apresentar-lhe, na data do aniversário, os meus parabéns por mais um ano de vida e, sobretudo, por tudo o que deu ao seus alunos, à Geologia e à Universidade de Coimbra...

PS - estamos a usar aqui no blog uma foto de fraca qualidade do homenageado, retirada da Internet - não há por aí um leitor simpático que nos mande uma foto de melhor qualidade?!?

Manuel Maria Godinho - 71 anos!

Na data do seu aniversário, republicamos, com algumas alterações, os posts de Setembro e de 26 de Dezembro que referem a homenagem ao Doutor Manuel Maria Godinho, justíssima e oportuna, a qual este blog se quer associar:


O Simpósio Modelação de Sistemas Geológicos constitui pretexto para homenagear o Professor  Doutor Manuel Maria Godinho, decorrendo em Coimbra a 15 de Janeiro de 2011.

Procura-se através de um conjunto de conferencistas convidados apresentar novos contributos para a modelação dos sistemas geológicos e simultaneamente valorizar a importância académica e científica do homenageado no domínio das Ciências Geológicas.

Em paralelo será editado um livro de homenagem, aberto à comunidade científica, constituído por artigos versando temáticas das Geociências. Os artigos devem seguir as normas de publicação científica e existirá um processo de peer review associado.

No final do Simpósio decorrerá um jantar de homenagem e confraternização, com carácter facultativo, em local a designar ulteriormente.


Nota Biográfica

O Professor Manuel Maria Godinho licenciou-se em Ciências Geológicas pela Universidade de Coimbra em 1964, tendo-se aposentado em 2008 como Professor Catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da mesma Universidade. A sua actividade científica tem incidido sobre diferentes domínios das Geociências, das quais se destacam a Mineralogia, Petrologia, Geoquímica, Recursos Geológicos e Ambiente e Ordenamento do Território. Como contributo de referência do homenageado, e transversal à sua obra, pode referir-se o desenvolvimento e aplicação da Geomatemática na compreensão e modelação dos processos geológicos.

Ao longo do seu percurso académico o Professor Manuel Godinho publicou mais de uma centena de trabalhos científicos e orientou dezenas de trabalhos de Mestrado e Doutoramento, tendo sido o incentivador do desenvolvimento de novas técnicas de análise laboratorial, como é exemplo o Laboratório de Radioactividade Natural da Universidade de Coimbra.

A par do indiscutível contributo para o progresso da ciência, as suas capacidades de reflexão crítica, as qualidades pedagógicas a a dedicação institucional marcaram e continuam a marcar e a formar gerações.


PREÇO DE INSCRIÇÃO
  • EVENTO
  • Não estudantes – 50 €
  • Estudantes – 35€
  • JANTAR DE HOMENAGEM
    • Valor único – 40€

PRÉ-INSCRIÇÃO:
AQUI


CONTACTOS

MORADA
Organização do Simpósio
“Modelação de Sistemas Geológicos”
Departamento de Ciências da Terra
Largo Marquês de Pombal
3000-272 Coimbra

Telefone
239 860 563

Fax
239 860 501



NOTA: link para folheto – AQUI e formulário de pré-inscrição - AQUI.

sexta-feira, julho 30, 2010

Roteiro geológico na região de Leiria


Estamos a ultimar um Roteiro Geológico, em hipertexto, sobre rochas magmáticas da região de Leiria, que queremos partilhar com os nossos leitores. Podem começar a vê-lo aqui:

NOTA: este trabalho foi feito no âmbito de uma Acção de Formação (História Geológica e Geologia na História – Roteiros Geológicos) organizada pela CFAE Alcobaça e Nazaré e dada pelo Professor Doutor Jorge Manuel Leitão Dinis do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra.