quarta-feira, agosto 31, 2022
Otelo Saraiva de Carvalho nasceu há 86 anos
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Marcadores: bigamia, camarada Óscar, Forças Populares 25 de Abril, FP-25, FUP, golpe de estado, pena de morte, Projecto Global, terrorismo
Jimi Jamison morreu há oito anos...
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Marcadores: blues, country, Eye Of The Tiger, hard rock, heavy metal, Jimi Jamison, música, pop rock, Rock, Survivor
Rudolf Schenker, dos Scorpions, faz hoje 74 anos
Postado por Fernando Martins às 07:40 0 bocas
Marcadores: Alemanha, hard rock, heavy metal, música, No One Like You, Rock, Rudolf Schenker, Scorpions
Aprende a nadar, companheiro - que a liberdade está a passar por aqui...
Aprende a nadar, companheiro
aprende a nadar, companheiro
Que a maré se vai levantar
que a maré se vai levantar
Que a liberdade está a passar por aqui
que a liberdade está a passar por aqui
que a liberdade está a passar por aqui
Maré alta
Maré alta
Maré alta
Postado por Pedro Luna às 07:07 0 bocas
Marcadores: cantautor, Fausto, Fausto Bordalo Dias, folk, José Mário Branco, Maré Alta, música, música de intervenção, Música popular portuguesa, Portugal, Sérgio Godinho
Van Morrison - 77 anos
Postado por Fernando Martins às 07:07 0 bocas
Marcadores: blue-eyed soul, blues, celta, country, folk, gospel, Irlanda do Norte, jazz, música, pop, Rhythm and Blues, Rock, Rock and Roll, skiffle, soft rock, Someone Like You, Van Morrison
Música para uma Princesa...
Elton John - Candle In The Wind (Princess Diana Tribute)
Goodbye England's rose
May you ever grow in our hearts
You were the grace that placed itself
Where lives were torn apart
You called out to our country
And you whispered to those in pain
Now you belong to heaven
And the stars spell out your name
And it seems to me you lived your life
Like a candle in the wind
Never fading with the sunset
When the rain set in
And your footsteps will always fall here
Along England's greenest hills
Your candles burned out long before
Your legend ever will
Loveliness we've lost
These empty days without your smile
This torch we'll always carry
For our nation's golden child
Even though we try
The truth brings us to tears
All our words cannot express
The joy you've brought us through the years
And it seems to me you lived your life
Like a candle in the wind
Never fading with the sunset
When the rain set in
And your footsteps will always fall here
Along England's greenest hills
Your candles burned out long before
Your legend ever will
Goodbye England's rose
May you ever grow in our hearts
You were the grace that placed yourself
Where lives were torn apart
Goodbye England's rose
From the country lost
Without your soul who missed the wings of your compassion
More than you will ever know
And it seems to me you lived your life
Like a candle in the wind
Never fading with the sunset
When the rain set in
And your footsteps will always fall here
Along England's greenest hills
Your candles burned out long before
Your legend ever will
Your footsteps will always fall here
Along England's greenest hills
Your candle burned out long before your legend ever will
Postado por Pedro Luna às 02:50 0 bocas
Marcadores: acidente, Casa de Windsor, Diana de Gales, Elton John, filantropia, minas terrestres, Monarquia, música, Reino Unido, SIDA
François-André Philidor, músico e xadrezista, morreu há 227 anos
Postado por Fernando Martins às 02:27 0 bocas
Marcadores: Defesa Philidor, França, Marche de triomphe avec des trompettes et des timbales, música, Philidor, Xadrez
Bougainville morreu há 211 anos
Postado por Fernando Martins às 02:11 0 bocas
Marcadores: astronomia, Bougainville, cartografia, França, naturalista, navegação
Baudelaire morreu há 155 anos
Em 1840, foi enviado pelo padrasto, preocupado com a sua vida desregrada, à Índia, mas nunca chegou ao destino. Sai na ilha da Reunião e regressa a Paris. Atingindo a maioridade, ganha posse da herança do pai. Durante dois anos, vive entre drogas e álcool na companhia de Jeanne Duval. Em 1844, a sua mãe presenta queixa na justiça, acusando-o de pródigo, e então a sua fortuna fica controlada por um notário.
Em 1857, é lançado livro As flores do mal, contendo 100 poemas. O autor do livro é acusado, no mesmo ano, pela justiça, de ultrajar a moral pública. Os exemplares são apreendidos, pagando, de multa, o escritor, 300 francos, e a editora, 100 francos.
Essa censura se deveu a apenas seis poemas do livro. Baudelaire aceita a sentença e escreve seis novos poemas, "mais belos que os suprimidos", segundo ele.
Confession
Une fois, une seule, aimable et douce femme,
O mon bras votre bras poli
S'appuya (sur le fond ténébreux de mon âme
Ce souvenir n'est point pâli) ;
Il était tard ; ainsi qu'une médaille neuve
La pleine lune s'étalait,
Et la solennité de la nuit, comme un fleuve,
Sur Paris dormant ruisselait.
Et le long des maisons, sous les portes cochères,
Des chats passaient furtivement,
L'oreille au guet, ou bien, comme des ombres chères,
Nous accompagnaient lentement.
Tout à coup, au milieu de l'intimité libre
?close à la pâle clarté,
De vous, riche et sonore instrument où ne vibre
Que la radieuse gaieté,
De vous, claire et joyeuse ainsi qu'une fanfare
Dans le matin étincelant,
Une note plaintive, une note bizarre
S'échappa, tout en chancelant,
Comme une enfant chétive, horrible, sombre, immonde,
Dont sa famille rougirait,
Et qu'elle aurait longtemps, pour la cacher au monde,
Dans un caveau mise au secret.
Pauvre ange, elle chantait, votre note criarde :
" Que rien ici-bas n'est certain,
Et que toujours, avec quelque soin qu'il se farde,
Se trahit l'égoïsme humain ;
Que c'est un dur métier que d'être belle femme,
Et que c'est le travail banal
De la danseuse folle et froide qui se pâme
Dans un sourire machinal ;
Que bâtir sur les cœurs est une chose sotte ;
Que tout craque, amour et beauté,
Jusqu'à ce que l'Oubli les jette dans sa hotte
Pour les rendre à l'?ternité ! "
J'ai souvent évoqué cette lune enchantée,
Ce silence et cette langueur,
Et cette confidence horrible chuchotée
Au confessionnal du cœur.
Postado por Fernando Martins às 01:55 0 bocas
Marcadores: Charles Baudelaire, poesia, Simbolismo
Maria Montessori nasceu há 152 anos
Desde muito jovem, manifestou interesse pelas matérias científicas, principalmente matemática e biologia, resultando em conflito com os seus pais, que desejavam que ela seguisse a carreira de professora.
Responsável também pela criação do Método Montessori de aprendizagem, composto especialmente por um material de apoio em que a própria criança (ou utilizador) observa e faz as conexões corretas.
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Marcadores: Itália, Maria Montessori, Método Montessori, pedagogia
A Rainha Guilhermina dos Países Baixos nasceu há 142 anos
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Marcadores: Guilhermina, Monarquia Constitucional, Países Baixos, Rainha
O baterista Gene Hoglan faz hoje 55 anos
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Marcadores: bateria, Death, Gene Hoglan, heavy metal, música, Overactive Imagination
Dalva de Oliveira morreu há cinquenta anos...
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Marcadores: Brasil, Dalva de Oliveira, Hino ao Amor, MPB, música
O Solidariedade foi fundado há quarenta e dois anos
O Solidariedade surgiu a 31 de agosto 1980, em Gdansk, nos Estaleiros Lenine, quando o governo comunista da Polónia assinou o acordo que permitiu a sua existência. Em 17 de setembro de 1980, mais de 20 comités de sindicatos livres fundiram-se em uma organização nacional denominada NSZZ Solidariedade, sendo oficialmente registado a 10 de novembro de 1980.
Lech Walesa e outros formaram um amplo movimento social anti-soviético que incluía desde pessoas associadas com a Igreja Católica a membros da esquerda anti-soviética. O Solidariedade defendia atividades de não-violência dos seus membros.
A Igreja Católica apoiou o movimento Solidarność e, em janeiro de 1981, Wałęsa foi cordialmente recebido pelo Papa João Paulo II, no Vaticano. O próprio Wałęsa sempre considerou o catolicismo como a sua fonte de força e inspiração. Em 1983, na segunda viagem do papa para a Polónia, foi concedida uma audiência do papa a Wałęsa, nas Montanhas Tatra. Como resultado da reunião Wałęsa diminuiu a sua atividade política para aliviar a situação interna na Polónia. Em agosto de 1983, a lei marcial que proibia o Solidariedade foi retirada e no mesmo ano Wałęsa recebeu o Nobel da Paz.
No dia 4 de junho de 1989, houve eleições para o senado na Polónia e pela primeira vez os polacos tinham a hipótese de votar livremente, depois de quase meio século de ditadura comunista. O resultado das urnas foi que das 262 cadeiras do senado, 261 ficaram para o partido de oposição, o Solidariedade. O governo comunista cairia dois meses depois. Era o fim do comunismo na Polónia. "A culpa é da Igreja", disse o ditador derrotado, general Wojciech Jaruzelski. O primeiro ato do líder do Solidariedade, Lech Wałęsa, foi ir para Roma, para agradecer a João Paulo II.
Desde então tornou-se um sindicato mais tradicional, e teve relativo pouco impacto na cena política da Polónia no início da década de 90. Um ramo político foi fundado em 1996 quando a Ação Eleitoral Solidariedade (Akcja Wyborcza Solidarność, AWS) ganhou a eleição parlamentar, 1997, mas perdeu a seguinte eleição parlamentar, em 2001.
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Marcadores: comunismo, João Paulo II, Lech Walesa, Polónia, Solidariedade
Diana de Gales morreu há vinte e cinco anos...
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Marcadores: Diana de Gales, Lady Diana, princesa do povo, Reino Unido
Lionel Hampton morreu há vinte anos...
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Marcadores: Big Band, Hamp's Boogie Woogie, jazz, Lionel Hampton, Lionel Hampton Quartet, mainstream jazz, música, percursão, swing
A propósito do aniversário de um canalha...
Na
biografia Otelo, o Revolucionário, o cérebro do 25 de abril assume a sua
bigamia. De segunda a quinta-feira, vive com Filomena. De sexta a
domingo, mora com Dina. As múltiplas facetas de um ícone.
Figura proeminente do Movimento dos Capitães, cérebro do plano
operacional do 25 de Abril, importante chefe militar no período do PREC,
todo poderoso comandante do Comando Operacional do Continente (COPCON)
nesse período, duas vezes candidato à Presidência da República, duas
vezes preso, uma das quais por envolvimento na rede terrorista Forças
Populares 25 de abril (FP-25), idolatrado por uns, odiado por outros,
Otelo Saraiva de Carvalho, 75 anos, é o grande ícone vivo da revolução
portuguesa.
Para figurar nas t-shirts das gerações do pós-revolução, falta-lhe,
talvez, apenas, uma foto tão feliz como a que Alberto Korda captou de
Che Guevara. E, depois, algum espírito empreendedor de uma qualquer
marca comercial de vestuário... Mas a maior surpresa da sua biografia,
agora dada à estampa, em livro, pela pena do jornalista Paulo Moura
(Otelo, o Revolucionário, da D. Quixote, a lançar no próximo dia 25) é,
afinal, uma história de amor.
Excessivo, inconvencional, indisciplinado, romântico, Otelo levou para a
vida pessoal a transgressão que, nos anos da Revolução, o tornaram
célebre. Na página 13 do livro de Paulo Moura, logo a abrir, o autor
revela-nos a outra faceta do revolucionário: "Sente-se bem em família.
Tanto, que tem duas. Casou cedo, com uma colega de liceu. Mais tarde, na
prisão, teve outro amor. Não foi capaz de abandonar a primeira mulher,
nem a segunda. (...) Otelo assume as suas duas mulheres. Aparece em
público com elas, não mente a nenhuma, trata-as por igual. Também nisso é
organizado. De segunda a quinta vive numa casa; sexta, sábado e domingo
passa-os na outra."
'Otelo, o Revolucionário': recensão crítica da primeira página
A higiene pessoal desvenda a personalidade do biografado. Na de Otelo, reconhecemos o ímpeto transformador do revolucionário
Só li ainda a primeira página da nova biografia Otelo, o Revolucionário, de Paulo Moura. Não por falta de tempo, mas porque a primeira página do livro oferece tanto material para reflexão que ainda não me sinto preparado para avançar na leitura. A primeira frase é esta: "Otelo demora, todos os dias, cerca de duas horas na casa de banho, a tratar da higiene pessoal." Sou um velho apreciador de biografias que investigam os hábitos de higiene do biografado. Gostei de saber, por Walter Isaacson, que Steve Jobs cheirava tão mal que foi colocado no turno da noite, quando trabalhava na Atari, para incomodar menos. Ou que gostava de andar descalço e enfiar os pés na sanita da casa de banho privada do seu gabinete, para refrescar. É natural que uma pessoa desenvolva capacidades especiais para inventar aparelhos que permitem comunicar à distância quando percebe que os outros evitam aproximar-se. Era tomar banho ou inventar o iPhone. Jobs optou pela segunda. Também descobri com interesse que os dentes de Mao Tse Tung, de tão sujos, se revestiam de uma película verde e as suas gengivas vertiam pus. Percebi então que a autocrítica maoísta não abrangia a higiene oral, facto que nenhum manual de ciência política ensina.
Otelo rompe com esta tradição de biografados badalhocos - e de que maneira. De acordo com o relato de Paulo Moura, que exibe marcas extremamente inquietantes de testemunho ocular, Otelo começa por tomar um "duche demorado e meticuloso. Depois limpa-se, com igual minúcia, e dá início ao tratamento capilar integral. Com um curto ancinho de plástico, uma pequena carda adequada, remove as pilosidades corporais que vão caindo. A seguir escova os abundantes pelos do peito, costas, pernas, etc. Usa uma vassourinha própria (...). Após esta operação, certas zonas da pele podem estar a precisar de uma limpeza adicional. Otelo procede então à lavagem localizada, servindo-se de várias águas. Depois, nu, em frente ao espelho, com a porta aberta, faz a barba. Como é espessa, exige várias passagens da lâmina, o que torna frequentes os ferimentos".
Mais uma vez, a higiene pessoal desvenda a personalidade do biografado. Na de Otelo, reconhecemos o ímpeto transformador do revolucionário, aqui dedicado a modificar a paisagem corporal. Otelo mune-se de um curto ancinho (utensílio próprio do campesinato) e de uma vassourinha (ferramenta do operariado menos qualificado). Há um cheirinho a reforma agrária no ato de desembaraçar a pelagem do corpo com um ancinho. E o processo termina com derramamento de sangue, circunstância que um revolucionário, por vezes, não consegue evitar.
Por outro lado, a higiene pessoal de Otelo revela-o também como um homem do seu tempo. Recordo que "escova os abundantes pêlos do peito, costas, pernas, etc." Ou seja, trata-se de um homem sem tabus. Começa por dedicar a devida atenção aos pelos do peito, costas e pernas, mas não deixa de escovar os pelos do etc. E tudo isto é feito "com a porta aberta". Aberta para onde? Para o futuro, digo eu.
Parte significativa dos seus militantes procediam das antigas Brigadas Revolucionárias e, ainda que em menor número, da LUAR e da ARA.
Entre 1980 e 1987, as FP 25 foram diretamente responsáveis por 13 mortes - às quais acrescem ainda as mortes de 4 dos seus operacionais - dezenas de atentados a tiro e com explosivos e de assaltos a bancos,viaturas de transporte de valores, tesourarias da fazenda pública e empresas.
No plano legal o julgamento dos atos imputados à organização foi incompleto, quer por prescrição de alguns dos processos, quer pela dificuldade em identificar os autores materiais dos factos.
A figura mais conhecida vinculada às FP-25 foi Otelo Saraiva de Carvalho.
Cronologia das FP-25
Março de 1980 - formação da coligação Força de Unidade Popular;
20 de abril de 1980 - apresentação pública da organização Forças Populares 25 de Abril com o rebentamento por todo o país de dezenas de engenhos explosivos de fraca potência contendo o documento “Manifesto ao Povo Trabalhador”;
Maio de 1980 - assalto simultâneo a dois bancos no Cacém que resulta na morte do soldado da GNR Henrique Hipólito durante a confrontação com elementos da organização;
Maio de 1980 - morte do militar da GNR Agostinho Francisco Ferreira durante a detenção de elementos de um comando da organização em Martim Longo, Algarve;
Maio de 1980 - atentado frustrado com explosivos em Bragança;
Julho de 1980 - destruição por incêndio de viaturas da PSP;
Julho de 1980 - assalto à Conservatória do Registo Civil de Vila Nova de Gaia para roubo de impressos para bilhetes de identidade;
Setembro de 1980 - rebentamento de explosivos no consulado e na embaixada do Chile respetivamente no Porto e em Lisboa;
Outubro de 1980 - rebentamento de explosivos nas sedes dos ex-Comandos em Faro e Guimarães; esta associação era considerada pelas FP-25 como a tropa de choque das desocupações de terras no Alentejo;
Outubro de 1980 - assalto simultâneo a dois bancos na Malveira na sequência do qual são mortos dois elementos da organização (Vítor David e Carlos Caldas) e um cliente de um dos bancos (José Lobo dos Santos), ficando ainda feridos dois elementos da população local;
Inicio de 1981 - atentado com explosivos na filial do Banco do Brasil em Lisboa que causa um ferido;
Março de 1981 - ferimentos ligeiros num comerciante da Malveira (Fernando Rolo) acusado de ser o autor dos disparos que causam a morte de um dos elementos da organização aquando de um assalto frustrado naquela povoação em outubro do ano anterior;
Março de 1981 - disparos nas pernas de um dos administradores da empresa SAPEC, no Dafundo, na sequência de conflitos laborais na empresa;
Março de 1981 - assalto a um banco na Trofa;
Abril de 1981 - ação de solidariedade para com o Exército Republicano Irlandês, cuja bandeira é hasteada numa sucursal da British Airways no Porto;
Maio de 1981 - disparo de um rocket no interior do Royal British Club em Lisboa, em solidariedade com o Exército Republicano Irlandês;
Julho de 1981 - disparos sobre o diretor-delegado da empresa Standard Eléctrica em Cascais causando-lhe ferimentos ligeiros; na mesma ação é ferido o seu motorista; a ação é justificada pela organização como uma resposta aos despedimentos e conflitos laborais que afetavam a empresa;
Julho de 1981 - roubo de explosivos de uma empresa de construção, nos arredores de Coimbra;
Julho de 1981 - assalto a um banco de Vila da Feira;
Meados de 1981 - assalto a um banco de Leça do Balio;
Outubro de 1981 - disparos nas pernas de um administrador da empresa Carides, em Vila Nova de Famalicão; a ação é justificada como uma resposta aos salários em atraso e aos despedimentos efetuados na empresa;
Outubro de 1981 - morte de dois militares (Adolfo Dias e Evaristo Ouvidor da Silva) da GNR vitimas da explosão de um carro armadilhado em Alcaínça, arredores da Malveira; a acção inseria-se ainda no processo de retaliação relativo às mortes de dois elementos (Vítor David e Carlos Caldas) da organização num assalto a um banco desta localidade;
Outubro de 1981 - morte de um elemento da organização (António Guerreiro) na sequência de um assalto a um banco na Póvoa de Santo Adrião; no mesmo assalto é morto um transeunte (Fernando de Abreu) que, armado de pistola, faz frente aos elementos da organização;
Dezembro de 1981 - atentado com explosivos ao posto da GNR de Alcácer do Sal;
Finais de 1981 - atentados com explosivos nos postos da GNR do Fundão e da Covilhã;
Janeiro de 1982 - atentado com explosivos ao posto da GNR do Cacém;
Janeiro de 1982 - atentado com explosivos à residência de um industrial no Cacém;
Janeiro de 1982 - assalto a uma carrinha de transporte de valores;
Abril de 1982- atentados com explosivos sobre o automóvel e a residência de dois administradores da empresa SAPEC;
Junho de 1982 - disparos sobre a viatura onde se deslocavam dirigentes da cooperativa “Boa Hora”;
Agosto de 1982 - atentado com explosivos colocados numa viatura, em Montemor-o-Novo;
Outubro de 1982 - assalto a um banco em Pataias;
Outubro de 1982 - assalto a um banco em Cruz da Légua;
Outubro de 1982 - assalto a uma empresa de Vila Nova de Gaia;
Dezembro de 1982 - um militante da organização evade-se da cadeia de Pinheiro da Cruz, em Grândola;
Dezembro de 1982 - atentado mortal sobre o administrador da Fábrica de Louças de Sacavém, Diamantino Monteiro Pereira, em Almada; a organização justifica a ação como uma resposta aos graves conflitos laborais e despedimentos verificados na empresa;
Janeiro de 1983 - elementos da organização libertam da prisão um militante das FP-25, em Coimbra;
Fevereiro de 1983 - assalto a um banco em Espinho;
Fevereiro de 1983 - assalto a um banco no Carregado;
Abril de 1983 - assalto a um banco no Tramagal;
Junho de 1983 - assalto a uma empresa;
Agosto de 1983 - assalto a um banco de Matosinhos;
Setembro de 1983 - assalto a uma empresa, em Pereiró;
Novembro de 1983 - atentado com explosivos ao posto da GNR de Leiria;
Novembro de 1983 - atentado com explosivos visando um administrador da empresa Cometna;
Novembro de 1983 - atentados com explosivos em residências de empresários na Cruz de Pau e Seixal;
Dezembro de 1983 - atentado com explosivos a instalações bancárias em Leiria e Caldas da Rainha;
Dezembro de 1983 - rebentamento de engenhos explosivos com difusão de panfletos em Setúbal;
Janeiro de 1984 - assalto a um banco em Caneças;
Janeiro de 1984 - atentado com explosivos visando administradores das empresas Entreposto, Tecnosado e Tecnitool;
Janeiro de 1984 - atentado a tiro contra a residência do administrador da empresa Ivima, na Marinha Grande;
Janeiro de 1984 - assalto a uma viatura de transporte de valores na Marinha Grande que resulta em ferimentos graves (paraplegia num dos casos) em dois dos seus ocupantes;
Fevereiro de 1984 - atentados com explosivos visando empresários na Covilhã e Castelo Branco;
Fevereiro de 1984 - assalto a uma carrinha de transporte de valores que resulta no roubo de 108.000 contos, em Lisboa;
Abril de 1984 - atentado com explosivos em Évora;
Abril de 1984 - atentado com explosivos na residência de um agricultor em S. Manços, Alentejo; os efeitos da explosão provocam a morte de uma criança de 4 meses de idade (Nuno Dionísio);
Maio de 1984 - sabotagem da Estrada Nacional nº1 através do lançamento de pregos na via;
Maio de 1984 - atentado mortal contra o administrador da empresa Gelmar, Rogério Canha e Sá, em Santo António dos Cavaleiros; a ação é justificada pela organização como uma resposta aos sucessivos despedimentos e falências registados não só na Gelmar como em outras unidades fabris onde o referido administrador havia exercido funções;
Junho de 1984 - atentado a tiro, causando ferimentos graves, contra o administrador Arnaldo Freitas de Oliveira, da empresa Manuel Pereira Roldão, em Benfica; a organização justifica a ação, que deveria resultar na morte do referido administrador, como uma punição pelas alegadas irregularidades e despedimentos verificados na referida empresa;
Junho de 1984 - operação policial ‘Orion’ destinada a desmantelar a organização e da qual resultaria a detenção de cerca de quarenta pessoas a maior parte das quais militantes e dirigentes da Frente de Unidade Popular;
Agosto de 1984 - atentado frustrado com explosivos numa serração de Proença-a-Nova resultando em ferimentos graves no elemento da organização que se preparava para os colocar;
Setembro de 1984 - disparos sobre o posto da GNR de Barcelos na sequência de uma carga desta força policial sobre populares que se manifestavam contra a poluição emitida por uma fábrica de barros contígua;
Setembro de 1984 - atentados com explosivos em residências de agrários em Montemor-o-Novo;
Setembro de 1984 - atentado com explosivos na Penitenciária de Coimbra;
Janeiro de 1985 - ataque falhado com granadas de morteiro contra navios da NATO ancorados no rio Tejo, em Lisboa;
Março de 1985 - atentado mortal sobre o empresário da Marinha Grande, Alexandre Souto, levado a cabo no recinto da Feira Internacional de Lisboa; a organização justifica a acção como uma resposta à morte de um sindicalista da Marinha Grande alegadamente morto pelo empresário na sequência de uma disputa pessoal;
Abril de 1985 - na sequência de uma operação da Polícia Judiciária perto da Maia, são detidos três operacionais da organização e um quarto (Luís Amado) é morto a tiro;
Julho de 1985 - atentado mortal sobre um dos ‘arrependidos’ da organização (José Barradas), no Monte da Caparica, Almada;
Setembro de 1985 - fuga do Estabelecimento Prisional de Lisboa de um grupo de presos da organização;
Fevereiro de 1986 - atentado mortal sobre o Diretor-geral dos Serviços Prisionais, Gaspar Castelo Branco, em Lisboa; a ação é justificada pela organização como uma resposta às duras condições de detenção dos seus militantes e à alegada intransigência dos Serviços Prisionais na pessoa do seu Diretor-geral;
Abril de 1986 - disparos sobre a esquadra da PSP dos Olivais em retaliação pelos alegados maus tratos aí sofridos por um elemento da organização aquando da sua detenção; desta acção resulta um ferido ligeiro;
Setembro de 1986 - atentado com explosivos a um empreendimento turístico no Algarve; esta ação é reivindicada pela ORA (Organização Revolucionária Armada) um grupo formado por dissidentes das Forças Populares 25 de Abril;
Agosto de 1987 - morte do agente da Polícia Judiciária Álvaro Militão durante a detenção de elementos da organização, em Lisboa;
Meados de 1992 - detenção dos últimos militantes ainda clandestinos;
1996 - É aprovada pela Assembleia da República e promulgada por Mário Soares, então Presidente da República, uma amnistia relativa ao caso FUP-FP-25, amnistia que exclui os chamados "crimes de sangue".
Fundado pelo major Otelo Saraiva de Carvalho na área do "socialismo participado", defendia nos seus estatutos, "promover a unidade popular no seio do povo português para a construção do Socialismo" e "praticar a solidariedade com todos os povos do mundo que lutam pela sua libertação e pelo Socialismo".
Nunca concorreu a eleições, tendo apoiado Otelo Saraiva de Carvalho às eleições presidenciais de 1980, onde este obteve um resultado desastroso, com somente 85.896 votos (1,49%).
A ideia de criação do partido foi lançada pelo major Otelo Saraiva de Carvalho, em 30 de janeiro de 1980, e concretizada em 28 de março seguinte através de um acordo constitutivo subscrito pelo mesmo, por representantes do MES - Movimento de Esquerda Socialista, OUT - Organização Unitária de Trabalhadores, PCP(m-l) - Partido Comunista de Portugal (marxista-leninista), PC(R) - Partido Comunista (Reconstruído), PRP - Partido Revolucionário do Proletariado, UC - Unidade Comunista, UDP - União Democrática Popular e quatro independentes.
O partido foi vítima própria de um certo culto de personalidade ou otelismo. A partir de junho de 1984, após a operação "Orion" da Polícia Judiciária, incidindo sobre as FP25 e que levou à detenção de dezenas de militantes da FUP e do próprio Otelo, o partido assistiu ao encerramento sucessivo das suas sedes.
Comprovada a ligação do partido às FP25 e ao "Projecto Global", por ser a sua componente da "organização política de massas" (OPM), foi decretada a sua extinção em 2004.
Uma anedota chamada Otelo
por ALBERTO GONÇALVES - 13 novembro 2011
Antes de 1974, o capitão Otelo Saraiva de Carvalho serviu diligentemente a ditadura salazarista. Após o 25 de Abril, de que ele próprio foi operacional destacado, ajudou a impor uma ditadura comunista. Derrotada esta no 25 de Novembro de 1975, prosseguiu a defesa dos macaquinhos que lhe habitam o sótão quase sozinho e literalmente à bomba até ser preso. Hoje, seria de esperar que duas tiranias, um golpe de Estado e uma apreciável incursão pelo terrorismo, satisfizessem as ambições profissionais do major Otelo Saraiva de Carvalho, que aproveitaria o Outono da vida para contemplar o passado heroico e gozar de uma reforma pacífica. Evidentemente, não satisfazem.
Há homens que não sossegam enquanto um único dos seus semelhantes estiver privado de exercer o direito de voto. O tenente-coronel Otelo Saraiva de Carvalho não é desses. O que o aflige é justamente a possibilidade de os semelhantes escolherem os respetivos destinos em liberdade. Parafraseando As Vinhas da Ira, onde houver o vestígio de um sistema democrático, o coronel Otelo Saraiva de Carvalho lá irá tentar acabar com ele. Ou pelo menos fica no sofá de casa a pedir a outros que o façam.
A última do brigadeiro Otelo Saraiva de Carvalho é aquela espécie de entrevista na qual explica que "os militares têm a tendência para estabelecer um determinado limite à atuação da classe política", que o poder político "está próximo de exceder os limites aceitáveis", que, "ultrapassados os limites", os militares devem "fazer uma operação militar e derrubar o Governo", e que "bastam 800 homens".
Em troca, alguém de bom senso deveria explicar ao general Otelo Saraiva de Carvalho que, grosso modo, a coisa funciona ao contrário. Os limites da política são decididos pela Constituição e pela lei. O poder militar está submetido ao político. O poder político, tontinho que seja, está submetido ao voto dos cidadãos e não aos apetites de 800 hipotéticos valentes. As sugestões em causa configuram o crime de incitação à violência. Etc.
Pensando melhor, não vale a pena. Há muito, provavelmente desde sempre, que o marechal Otelo Saraiva de Carvalho se encontra além da racionalidade, da imputabilidade e da paciência. Evangelizá-lo na exata democracia que lhe permite ostentar os delírios seria tão inútil quanto pregar o feminismo aos aiatolas. Mais do que um déspota falhado e arcaico, o sr. Otelo é uma anedota, só perigosa na medida em que alguns ainda a ouvem sem se rir.
Postado por Pedro Luna às 00:08 0 bocas
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