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domingo, novembro 19, 2023

Ferdinand de Lesseps nasceu há 218 anos

     
Ferdinand Marie, visconde de Lesseps (Versalhes, 19 de novembro de 1805 - La Chesnaye, Guilly, 7 de dezembro de 1894), na maior parte das vezes referido como Ferdinand de Lesseps, foi um diplomata e empresário francês. É conhecido sobretudo por promover a construção dos canais de Suez e do Panamá.

Chamado de Le Grand Français, Ferdinand de Lesseps foi o promotor dos dois projetos de canais mais ambiciosos da sua época - o canal de Suez e o canal do Panamá. Esse último projeto fez os acionistas perderem tanto dinheiro que Lesseps foi condenado a cinco anos de prisão, que ele não cumpriu em razão de seu precário estado de saúde, apesar de o primeiro ter sido concluído em 1869 e ter recebido muita honra e mérito pelo seu feito.

Com efeito, este personagem é um dos muitos visionários daquela época, defendendo a intercomunicação entre os povos, através da abertura de estradas e canais. Este seu raciocínio reduziria as distâncias e aproximaram todas as regiões do mundo, aumentando assim, na sua perspetiva, o avanço industrial. 

 

   

sexta-feira, novembro 17, 2023

O Canal de Suez foi inaugurado há cento e sessenta anos

 

O Canal de Suez é um canal inaugurado em 1869 que liga Porto Said, porto egípcio no Mar Mediterrâneo, a Suez, no Mar Vermelho.
Com a extensão de 195 quilómetros, permite que embarcações naveguem da Europa à Ásia sem terem que contornar a África pelo cabo da Boa Esperança. Antes da sua construção, as mercadorias tinham que ser transportadas por terra entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho ou fazer a rota do Cabo.
    
Ferdinand de Lesseps, construtor do canal
     
O moderno Canal
A companhia Suez de Ferdinand de Lesseps construiu o canal entre 1859 e 1869. No final dos trabalhos, o Egito e a França eram os proprietários do canal.
Estima-se que 1,5 milhão de egípcios tenham participado da construção do canal e que 120.000 morreram, principalmente de cólera.
Em 17 de fevereiro de 1867, o primeiro navio atravessou o canal, mas a inauguração oficial foi a 17 de novembro de 1869. O imperador da França Napoleão III, não estava presente, estando enfermo, sendo representado pela sua esposa, a imperatriz Eugénia, sobrinha do próprio Lesseps. Ao contrário da crença popular, a ópera Aida não foi encomendada ao compositor italiano Verdi para ser apresentada na inauguração, que só foi concluída e apresentada dois anos depois. Também presente, como jornalista convidado, o escritor português Eça de Queiroz, que  escreveu uma reportagem para o Diário de Notícias de Lisboa.
A dívida externa do Egito obrigou o país a vender a sua parte do canal ao Reino Unido, que garantia assim a sua rota para as Índias. Essa compra, conduzida pelo primeiro-ministro Disraeli, foi financiada por um empréstimo do banco Rotschild. As tropas britânicas instalaram-se nas margens do canal para protegê-lo em 1882.
    

quinta-feira, agosto 31, 2023

Bougainville morreu há 212 anos...

Louis Antoine de Bougainville (Paris, 11 de Novembro de 1729 - Paris, 31 de Agosto de 1811) foi um oficial, navegador e escritor francês.
Recebeu o título de conde em 1808.
Na juventude estudou direito, mas logo abandonou a profissão. Em 1753 entrou no exército, no corpo dos mosqueteiros. Com 25 anos, publicou um tratado de cálculo integral como suplemento do tratado de De l'Hôpital, Des infiniment petits.
Em 12 de outubro de 1754 foi enviado a Londres como secretário da embaixada da França e tornou-se membro da Royal Society.
Primeiro ajudante (aide de camps) de Montcalm em 1756, ao lado do qual combateu em 1759, tornou-se capitão de fragata em 1753 e tentou em vão colonizar as ilhas Malvinas (1763-1765).
"Participou ativamente da guerra franco-inglesa no Canadá", diz a "Brasiliana da Biblioteca Nacional", pg 49, "e realizou três viagens às Malvinas, com interesse de transportar os colonos canadianos para as ilhas. Mesmo com as enormes perdas da guerra, procurou convencer o governo francês a reforçar as frotas naval e mercantil, com a finalidade de alargar e recuperar o império francês. Nos mares do sul, segundo o militar viajante, os franceses encontrariam as especiarias, o ouro e produtos tropicais perdidos para os ingleses. Os novos territórios forneceriam ainda elementos preciosos para a História Natural".
Em 1766 Bougainville recebeu de Luís XV de França a missão de navegar ao redor do globo em uma expedição com um naturalista, cartógrafo e astrónomo. Tornou-se o 14° navegador da história, e o primeiro francês a conseguir o feito: a realização dessa volta ao mundo revigorou o prestígio da França após suas humilhantes derrotas durante a Guerra dos sete anos.
Bougainville zarpou em 1766 com dois navios, La Boudeuse e L'Etoile. Esteve no Rio de Janeiro em 1767 e reuniu dados sobre as fortificações, administração e comércio. "Se inicialmente recebera boa acolhimento das autoridades locais, incidentes no sul, envolvendo portugueses e espanhóis, provocaram mudança na atitude do vice-rei em relação aos franceses", segundo conta Maria Fernanda Bicalho. Ele e os seus oficiais foram proibidos de permanecer nos arredores da cidade, inviabilizando a coleta de espécies vegetais pelo naturalista Philibert Commerson, célebre por suas ideias conservacionistas. Em seu álbum Pitoresco, entretanto, retrata os principais monumentos naturais e artificiais e o aspeto geral das cidades e populações: a prancha 34, por exemplo, reproduz a "Cascade de la Grande Tijuca, près Rio-Janeiro", que é hoje chamada a cascatinha da Tijuca, no Parque do Açude, Alto da Boa Vista.
Visitou a ilha do Taiti em abril de 1768 e por pouco perdeu a oportunidade de se tornar o seu descobridor, desconhecendo a visita anterior de Samuel Wallis, no HMS Dolphin, menos de um ano antes. Em março de 1769, a expedição completou sua circum-navegação e chegou em Saint-Malo, com a perda de somente sete dos 200 homens que compunham a tripulação, facto excecional naquela época, e um crédito extra ao bom comando da expedição de Bougainville. A sua viagem foi também excecional pelo facto de ter sido a primeira a incluir uma mulher, Jeanne Baré, empregada do naturalista da expedição acima mencionado, Philibert Commerçon.
Descrevendo o Taiti no seu livro de 1771 Voyage autour du Monde, Bougainville ofereceu visão de um paraíso terrestre onde homens e mulheres viviam felizes, em completa inocência, longe da corrupção da civilização. Ele ilustrou o conceito de "nobre selvagem", e influenciou as ideias utópicas de filósofos como Jean-Jacques Rousseau antes do advento da Revolução francesa.
   

terça-feira, agosto 15, 2023

O Canal do Panamá entrou em atividade há 109 anos

     
O Canal do Panamá é um canal marítimo com 81 quilómetros de extensão, que corta o istmo do Panamá, ligando assim o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico, no Panamá. O canal é considerado como um ponto importante para o comércio internacional devido a grande diminuição do percurso feito pelos navios (a rota alternativa contorna o Cabo Horn).
O canal começou a ser construído em 1880 e foi terminado em 1914. Os Estados Unidos e a China são os principais utilizadores do canal.
O canal possui dois grupos de eclusas no lado do Pacífico (Pedro Miguel e Miraflores) e um outro grupo no lado do Atlântico (Gatún). Neste último, as portas maciças de aço das eclusas triplas de Gatún têm 140 metros de altura e pesam 745 toneladas cada uma, mas são tão bem contrabalançadas que um motor de 56 kW é suficiente para abri-las e reabri-las. O lago Gatún, que fica a 26 metros acima do nível do mar, é alimentado pelo rio Chagres, onde foi construída uma barragem para a formação do lago. Do lago Gatún, o canal passa pela falha de Gaillard e desce em direção ao Pacífico, primeiramente através de um conjunto de eclusas em Pedro Miguel, no lago Miraflores, a 16,5 metros acima do nível do mar, e depois, através de um conjunto duplo de eclusas em Miraflores. Todas as eclusas do canal são duplas, de modo que os barcos possam passar nas duas direções. Os navios são dirigidos ao interior das eclusas por pequenos aparelhos ferroviários. O lado do Pacífico é 24 centímetros mais alto do que o lado do Atlântico, e tem marés muito mais altas.
Diversas ilhas situam-se no lago Gatún, incluindo a ilha Barro Colorado, um santuário mundial de vida selvagem. 
  
(...)
   
Concluídas as obras complementares, quando o canal entrou finalmente em atividade, a 15 de agosto de 1914, constituía-se numa maravilha tecnológica. A complexa série de eclusas permitia até mesmo a passagem dos maiores navios de sua época. O canal foi um triunfo estratégico e militar importantíssimo para os Estados Unidos, e revolucionou os padrões de transporte marítimo.
       
 
in Wikipédia

segunda-feira, abril 03, 2023

O relojoeiro que resolveu o problema de calcular longitudes nasceu há 330 anos...!

     
John Harrison (Foulby, Yorkshire, 3 de abril de 1693 - Londres, 24 de março de 1776) foi um relojoeiro inglês, responsável pela invenção e construção do primeiro relógio marítimo de alta precisão, a partir de um protótipo, também da sua autoria, que determinava precisamente a longitude durante as viagens marítimas de longa distância. O seu invento foi aclamado em toda a Europa.
    

domingo, dezembro 04, 2022

O enigma do Mary Celeste começou há cento e cinquenta anos...

   

Mary Celeste (também designado, erradamente, por Marie Celeste) foi um bergantim mercante norte-americano que foi encontrado à deriva e sem tripulação no Oceano Atlântico, ao largo dos Açores, em 4 de dezembro de 1872, pelo bergantim canadiano Dei Gratia. O navio, embora com sinais de abandono, estava com boas condições de navegabilidade, com parte das velas içadas, sem ninguém a bordo, e sem o seu barco salva-vidas. O último registo no diário de bordo tinha data de dez dias antes. O Mary Celeste saiu de Nova Iorque rumo a Génova em 7 de novembro, e quando foi descoberto ainda tinha bastantes provisões e mantimento. A sua carga de álcool desnaturado estava intacta e os bens pessoais do capitão e da restante tripulação não tinham sido mexidas. Nunca mais se viu ou se ouviu falar dos que iam a bordo do navio.

O Mary Celeste foi lançado sobre o registo britânico de Amazon, em 1861. Passou, depois, para mãos norte-americanas em 1868, mudando a sua nova designação até à última viagem realizada em 1872. Nas primeiras audiências em Gibraltar, após a sua descoberta à deriva, os representantes da investigação consideraram várias possibilidades de crime, incluindo motim por parte da tripulação do navio, atos de pirataria por parte dos membros do Dei Gratia, ou outros, e conspiração para poder ativar o seguro da embarcação de forma fraudulenta. No entanto, não se encontraram quaisquer indícios para apoiar estas teorias.

A natureza inconclusiva das audiências deu origem a décadas de especulação em relação às causas do mistério, e toda a história envolvente foi ainda mais distorcida por falsas informações e fantasia. As hipóteses avançadas incluem os efeitos da evaporação do álcool na tripulação, um sismo submarino, seguido de um tsunami, trombas de água, ataques de lulas-gigantes e atividade paranormal.

Depois das audiências de Gibraltar, o Mary Celeste continuou ao serviço com novos donos. Em 1885, o seu capitão encalhou, propositadamente, o navio ao largo da costa do Haiti, para tentar ativar o seguro de forma fraudulenta. A história da descoberta o navio abandonado em 1872 deu origem a várias dramatizações em documentários, séries e filmes, e o nome do navio tornou-se sinónimo de abandonos inexplicáveis.

Em 1894, o escritor britânico Arthur Conan Doyle escreveu uma história baseada no mistério, mas o nome do navio foi escrito como Marie Celeste. Esta forma passou a ser mais utilizada no dia-a-dia do que o nome original.

   

sábado, novembro 19, 2022

Ferdinand de Lesseps nasceu há 217 anos

 

     
Ferdinand Marie, visconde de Lesseps (Versalhes, 19 de novembro de 1805 - La Chesnaye, Guilly, 7 de dezembro de 1894), na maior parte das vezes referido como Ferdinand de Lesseps, foi um diplomata e empresário francês. É conhecido sobretudo por promover a construção dos canais de Suez e do Panamá.

Chamado de Le Grand Français, Ferdinand de Lesseps foi o promotor dos dois projetos de canais mais ambiciosos da sua época - o canal de Suez e o canal do Panamá. Esse último projeto fez os acionistas perderem tanto dinheiro que Lesseps foi condenado a cinco anos de prisão, que ele não cumpriu em razão de seu precário estado de saúde, apesar de o primeiro ter sido concluído em 1869 e ter recebido muita honra e mérito pelo seu feito.

Com efeito, este personagem é um dos muitos visionários daquela época, defendendo a intercomunicação entre os povos, através da abertura de estradas e canais. Este seu raciocínio reduziria as distâncias e aproximaram todas as regiões do mundo, aumentando assim, na sua perspetiva, o avanço industrial. 

 

   

quinta-feira, novembro 17, 2022

O Canal de Suez foi inaugurado há 159 anos

        
O Canal de Suez é um canal inaugurado em 1869 que liga Porto Said, porto egípcio no Mar Mediterrâneo, a Suez, no Mar Vermelho.
Com a extensão de 195 quilómetros, permite que embarcações naveguem da Europa à Ásia sem terem que contornar a África pelo cabo da Boa Esperança. Antes da sua construção, as mercadorias tinham que ser transportadas por terra entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho ou fazer a rota do Cabo.
    
Ferdinand de Lesseps, construtor do canal
     
O moderno Canal
A companhia Suez de Ferdinand de Lesseps construiu o canal entre 1859 e 1869. No final dos trabalhos, o Egito e a França eram os proprietários do canal.
Estima-se que 1,5 milhão de egípcios tenham participado da construção do canal e que 120.000 morreram, principalmente de cólera.
Em 17 de fevereiro de 1867, o primeiro navio atravessou o canal, mas a inauguração oficial foi a 17 de novembro de 1869. O imperador da França Napoleão III, não estava presente, estando enfermo, sendo representado pela sua esposa, a Imperatriz Eugénia, sobrinha do próprio Lesseps. Ao contrário da crença popular, a ópera Aida não foi encomendada ao compositor italiano Verdi para ser apresentada na inauguração, que só foi concluída e apresentada dois anos depois. Também presente, como jornalista convidado, o escritor português Eça de Queiroz, que  escreveu uma reportagem para o Diário de Notícias de Lisboa.
A dívida externa do Egito obrigou o país a vender a sua parte do canal ao Reino Unido, que garantia assim a sua rota para as Índias. Essa compra, conduzida pelo primeiro-ministro Disraeli, foi financiada por um empréstimo do banco Rotschild. As tropas britânicas instalaram-se nas margens do canal para protegê-lo em 1882.
    

quarta-feira, agosto 31, 2022

Bougainville morreu há 211 anos

  
Louis Antoine de Bougainville (Paris, 11 de Novembro de 1729 - Paris, 31 de Agosto de 1811) foi um oficial, navegador e escritor francês.
Recebeu o título de conde em 1808.
Na juventude estudou direito, mas logo abandonou a profissão. Em 1753 entrou no exército, no corpo dos mosqueteiros. Com 25 anos, publicou um tratado de cálculo integral como suplemento do tratado de De l'Hôpital, Des infiniment petits.
Em 12 de outubro de 1754 foi enviado a Londres como secretário da embaixada da França e tornou-se membro da Royal Society.
Primeiro ajudante (aide de camps) de Montcalm em 1756, ao lado do qual combateu em 1759, tornou-se capitão de fragata em 1753 e tentou em vão colonizar as ilhas Malvinas (1763-1765).
"Participou ativamente da guerra franco-inglesa no Canadá", diz a "Brasiliana da Biblioteca Nacional", pg 49, "e realizou três viagens às Malvinas, com interesse de transportar os colonos canadianos para as ilhas. Mesmo com as enormes perdas da guerra, procurou convencer o governo francês a reforçar as frotas naval e mercantil, com a finalidade de alargar e recuperar o império francês. Nos mares do sul, segundo o militar viajante, os franceses encontrariam as especiarias, o ouro e produtos tropicais perdidos para os ingleses. Os novos territórios forneceriam ainda elementos preciosos para a História Natural".
Em 1766 Bougainville recebeu de Luís XV de França a missão de navegar ao redor do globo em uma expedição com um naturalista, cartógrafo e astrónomo. Tornou-se o 14° navegador da história, e o primeiro francês a conseguir o feito: a realização dessa volta ao mundo revigorou o prestígio da França após suas humilhantes derrotas durante a Guerra dos sete anos.
Bougainville zarpou em 1766 com dois navios, La Boudeuse e L'Etoile. Esteve no Rio de Janeiro em 1767 e reuniu dados sobre as fortificações, administração e comércio. "Se inicialmente recebera boa acolhimento das autoridades locais, incidentes no sul, envolvendo portugueses e espanhóis, provocaram mudança na atitude do vice-rei em relação aos franceses", segundo conta Maria Fernanda Bicalho. Ele e os seus oficiais foram proibidos de permanecer nos arredores da cidade, inviabilizando a coleta de espécies vegetais pelo naturalista Philibert Commerson, célebre por suas ideias conservacionistas. Em seu álbum Pitoresco, entretanto, retrata os principais monumentos naturais e artificiais e o aspeto geral das cidades e populações: a prancha 34, por exemplo, reproduz a "Cascade de la Grande Tijuca, près Rio-Janeiro", que é hoje chamada a cascatinha da Tijuca, no Parque do Açude, Alto da Boa Vista.
Visitou a ilha do Taiti em abril de 1768 e por pouco perdeu a oportunidade de se tornar o seu descobridor, desconhecendo a visita anterior de Samuel Wallis no HMS Dolphin, menos de um ano antes. Em março de 1769, a expedição completou sua circum-navegação e chegou em Saint-Malo, com a perda de somente sete dos 200 homens que compunham a tripulação, fato excecional naquela época, e um crédito extra ao bom comando da expedição de Bougainville. A sua viagem foi também excecional pelo facto de ter sido a primeira a incluir uma mulher, Jeanne Baré, empregada do naturalista da expedição acima mencionado, Philibert Commerçon.
Descrevendo o Taiti no seu livro de 1771 Voyage autour du Monde, Bougainville ofereceu visão de um paraíso terrestre onde homens e mulheres viviam felizes, em completa inocência, longe da corrupção da civilização. Ele ilustrou o conceito de "nobre selvagem", e influenciou as ideias utópicas de filósofos como Jean-Jacques Rousseau antes do advento da Revolução francesa.
  

segunda-feira, agosto 15, 2022

O Canal do Panamá faz hoje 108 anos

     
O Canal do Panamá é um canal marítimo com 81 quilómetros de extensão, que corta o istmo do Panamá, ligando assim o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico, no Panamá. O canal é considerado como um ponto importante para o comércio internacional devido a grande diminuição do percurso feito pelos navios (a rota alternativa contorna o Cabo Horn).
O canal começou a ser construído em 1880 e foi terminado em 1914. Os Estados Unidos e a China são os principais utilizadores do canal.
O canal possui dois grupos de eclusas no lado do Pacífico (Pedro Miguel e Miraflores) e um outro grupo no lado do Atlântico (Gatún). Neste último, as portas maciças de aço das eclusas triplas de Gatún têm 140 metros de altura e pesam 745 toneladas cada uma, mas são tão bem contrabalançadas que um motor de 56 kW é suficiente para abri-las e reabri-las. O lago Gatún, que fica a 26 metros acima do nível do mar, é alimentado pelo rio Chagres, onde foi construída uma barragem para a formação do lago. Do lago Gatún, o canal passa pela falha de Gaillard e desce em direção ao Pacífico, primeiramente através de um conjunto de eclusas em Pedro Miguel, no lago Miraflores, a 16,5 metros acima do nível do mar, e depois, através de um conjunto duplo de eclusas em Miraflores. Todas as eclusas do canal são duplas, de modo que os barcos possam passar nas duas direções. Os navios são dirigidos ao interior das eclusas por pequenos aparelhos ferroviários. O lado do Pacífico é 24 centímetros mais alto do que o lado do Atlântico, e tem marés muito mais altas.
Diversas ilhas situam-se no lago Gatún, incluindo a ilha Barro Colorado, um santuário mundial de vida selvagem. 
  
(...)
   
Concluídas as obras complementares, quando o canal entrou finalmente em atividade, a 15 de agosto de 1914, constituía-se numa maravilha tecnológica. A complexa série de eclusas permitia até mesmo a passagem dos maiores navios de sua época. O canal foi um triunfo estratégico e militar importantíssimo para os Estados Unidos, e revolucionou os padrões de transporte marítimo.
     

domingo, abril 03, 2022

O relojoeiro que resolver o problema de calcular longitudes nasceu há 329 anos

     
John Harrison (Foulby, Yorkshire, 3 de abril de 1693 - Londres, 24 de março de 1776) foi um relojoeiro inglês, responsável pela invenção e construção do primeiro relógio marítimo de alta precisão, a partir de um protótipo, também da sua autoria, que determinava precisamente a longitude durante as viagens marítimas de longa distância. O seu invento foi aclamado em toda a Europa.
    

sábado, dezembro 04, 2021

O enigma do Mary Celeste dura há 149 anos

   

Mary Celeste (também designado, erradamente, por Marie Celeste) foi um bergantim mercante norte-americano que foi encontrado à deriva e sem tripulação no Oceano Atlântico, ao largo dos Açores, em 4 de dezembro de 1872, pelo bergantim canadiano Dei Gratia. O navio, embora com sinais de abandono, estava com boas condições de navegabilidade, com parte das velas içadas, sem ninguém a bordo, e sem o seu barco salva-vidas. O último registo no diário de bordo tinha data de dez dias antes. O Mary Celeste saiu de Nova Iorque rumo a Génova em 7 de Novembro, e quando foi descoberto ainda tinha bastantes provisões e mantimento. A sua carga de álcool desnaturado estava intacta e os bens pessoais do capitão e da restante tripulação não tinham sido mexidas. Nunca mais se viu ou se ouviu falar dos que iam a bordo do navio.

O Mary Celeste foi lançado sobre o registo britânico de Amazon, em 1861. Passou, depois, para mãos norte-americanas em 1868, mudando a sua nova designação até à última viagem realizada em 1872. Nas primeiras audiências em Gibraltar, após a sua descoberta à deriva, os representantes da investigação consideraram várias possibilidades de crime, incluindo motim por parte da tripulação do navio, actos de pirataria por parte dos membros do Dei Gratia, ou outros, e conspiração para poder activar o seguro da embarcação de forma fraudulenta. No entanto, não se encontraram quaisquer indícios para apoiar estas teorias.

A natureza inconclusiva das audiências deu origem a décadas de especulação em relação às causas do mistério, e toda a história envolvente foi ainda mais distorcida por falsas informações e fantasia. As hipóteses avançadas incluem os efeitos da evaporação do álcool na tripulação, um sismo submarino (maremoto), trombas de água, ataques de lulas-gigantes e actividade paranormal.

Depois das audiências de Gibraltar, o Mary Celeste continuou ao serviço com novos donos. Em 1885, o seu capitão encalhou, propositadamente, o navio ao largo da costa do Haiti, para tentar activar o seguro de forma fraudulenta. A história da descoberta o navio abandonado em 1872 deu origem a várias dramatizações em documentários, séries e filmes, e o nome do navio tornou-se sinónimo de abandonos inexplicáveis.

Em 1894, o escritor britânico Arthur Conan Doyle escreveu uma história baseada no mistério, mas o nome do navio foi escrito como Marie Celeste. Esta forma passou a ser mais utilizada no dia-a-dia do que o nome original.

   

sexta-feira, novembro 19, 2021

Ferdinand de Lesseps nasceu há 216 anos

  
Ferdinand Marie, visconde de Lesseps (Versalhes, 19 de novembro de 1805 - La Chesnaye, Guilly, 7 de dezembro de 1894), na maior parte das vezes referido como Ferdinand de Lesseps, foi um diplomata e empresário francês. É conhecido sobretudo por promover a construção dos canais de Suez e do Panamá.

Chamado de Le Grand Français, Ferdinand de Lesseps foi o promotor dos dois projetos de canais mais ambiciosos da sua época - o canal de Suez e o canal do Panamá. Esse último projeto fez os acionistas perderem tanto dinheiro que Lesseps foi condenado a cinco anos de prisão, que ele não cumpriu em razão de seu precário estado de saúde, apesar de o primeiro ter sido concluído em 1869 e ter recebido muita honra e mérito pelo seu feito.

Com efeito, este personagem é um dos muitos visionários daquela época, defendendo a intercomunicação entre os povos, através da abertura de estradas e canais. Este seu raciocínio reduziria as distâncias e aproximaram todas as regiões do mundo, aumentando assim, na sua perspetiva, o avanço industrial. 

 

   

quarta-feira, novembro 17, 2021

O Canal de Suez foi inaugurado há 158 anos

     
O Canal de Suez é um canal inaugurado em 1869 que liga Porto Said, porto egípcio no Mar Mediterrâneo, a Suez, no Mar Vermelho.
Com a extensão de 195 quilómetros, permite que embarcações naveguem da Europa à Ásia sem terem que contornar a África pelo cabo da Boa Esperança. Antes da sua construção, as mercadorias tinham que ser transportadas por terra entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho ou fazer a rota do Cabo.
  
Ferdinand de Lesseps, construtor do canal
   
O moderno Canal
A companhia Suez de Ferdinand de Lesseps construiu o canal entre 1859 e 1869. No final dos trabalhos, o Egito e a França eram os proprietários do canal.
Estima-se que 1,5 milhão de egípcios tenham participado da construção do canal e que 120 000 morreram, principalmente de cólera.
Em 17 de fevereiro de 1867, o primeiro navio atravessou o canal, mas a inauguração oficial foi a 17 de novembro de 1869. O imperador da França Napoleão III, não estava presente, estando enfermo, sendo representado pela sua esposa, a Imperatriz Eugénia, sobrinha do próprio Lesseps. Ao contrário da crença popular, a ópera Aida não foi encomendada ao compositor italiano Verdi para ser apresentada na inauguração, que só foi concluída e apresentada dois anos depois. Também presente, como jornalista convidado, o escritor português Eça de Queiroz, que  escreveu uma reportagem para o Diário de Notícias de Lisboa.
A dívida externa do Egito obrigou o país a vender a sua parte do canal ao Reino Unido, que garantia assim a sua rota para as Índias. Essa compra, conduzida pelo primeiro-ministro Disraeli, foi financiada por um empréstimo do banco Rotschild. As tropas britânicas instalaram-se nas margens do canal para protegê-lo em 1882.
    

terça-feira, agosto 31, 2021

O navegador, naturalista, cartógrafo e astrónomo Bougainville morreu há 210 anos

  
Louis Antoine de Bougainville (Paris, 11 de Novembro de 1729 — Paris, 31 de Agosto de 1811) foi um oficial, navegador e escritor francês.
Recebeu o título de conde em 1808.
Na juventude estudou direito, mas logo abandonou a profissão. Em 1753 entrou no exército, no corpo dos mosqueteiros. Com 25 anos, publicou um tratado de cálculo integral como suplemento do tratado de De l'Hôpital, Des infiniment petits.
Em 12 de Outubro de 1754 foi enviado a Londres como secretário da embaixada da França e se tornou membro da Royal Society.
Primeiro ajudante (aide de camps) de Montcalm em 1756, ao lado do qual combateu em 1759, tornou-se capitão de fragata em 1753 e tentou em vão colonizar as ilhas Malvinas (1763-1765).
"Participou activamente da guerra franco-inglesa no Canadá", diz a "Brasiliana da Biblioteca Nacional", pg 49, "e realizou três viagens às Malvinas, com interesse de transportar os colonos canadianos para as ilhas. Mesmo com as enormes perdas da guerra, procurou convencer o governo francês a reforçar as frotas naval e mercantil, com a finalidade de alargar e recuperar o império francês. Nos Mares do Sul, segundo o militar viajante, os franceses encontrariam as especiarias, o ouro e produtos tropicais perdidos para os ingleses. Os novos territórios forneceriam ainda elementos preciosos para a História Natural".
Em 1766 Bougainville recebeu de Luís XV de França a missão de navegar ao redor do globo em uma expedição com um naturalista, cartógrafo e astrónomo. Tornou-se o 14° navegador da história, e o primeiro francês a conseguir o feito: a realização dessa volta ao mundo revigorou o prestígio da França após suas humilhantes derrotas durante a Guerra dos sete anos.
Bougainville zarpou em 1766 com dois navios, La Boudeuse e L'Etoile. Esteve no Rio de Janeiro em 1767 e reuniu dados sobre as fortificações, administração e comércio. "Se inicialmente recebera boa acolhida das autoridades locais, incidentes no sul, envolvendo portugueses e espanhóis, provocaram mudança na atitude do vice-rei em relação aos franceses", segundo conta Maria Fernanda Bicalho. Ele e seus oficiais foram proibidos de permanecer nos arredores da cidade, inviabilizando a colecta de espécies vegetais pelo naturalista Philibert Commerson, célebre por suas ideias conservacionistas. Em seu álbum Pitoresco, entretanto, retrata os principais monumentos naturais e artificiais e o aspecto geral das cidades e populações: a prancha 34, por exemplo, reproduz a "Cascade de la Grande Tijuca, près Rio-Janeiro", que é hoje chamada a cascatinha da Tijuca, no Parque do Açude, Alto da Boa Vista.
Visitou a ilha de Taiti em Abril de 1768 e por pouco perdeu a oportunidade de se tornar seu descobridor, desconhecendo a visita anterior de Samuel Wallis no HMS Dolphin menos de um ano antes. Em Março de 1769, a expedição completou sua circum-navegação e chegou em Saint-Malo, com a perda de somente sete dos 200 homens que compunham a tripulação, fato excepcional naquela época, e um crédito extra ao bom comando da expedição de Bougainville. Sua viagem foi também excepcional pelo fato de ter sido a primeira a incluir uma mulher, Jeanne Baré, empregada do naturalista da expedição acima mencionado, Philibert Commerçon.
Descrevendo o Taiti no seu livro de 1771 Voyage autour du Monde, Bougainville ofereceu visão de um paraíso terrestre onde homens e mulheres viviam felizes, em completa inocência, longe da corrupção da civilização. Ele ilustrou o conceito de "nobre selvagem", e influenciou as ideias utópicas de filósofos como Jean-Jacques Rousseau antes do advento da Revolução francesa.
  

domingo, agosto 15, 2021

O Canal do Panamá faz hoje 107 anos

     
O Canal do Panamá é um canal marítimo com 81 quilómetros de extensão, que corta o istmo do Panamá, ligando assim o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico, no Panamá. O canal é considerado como um ponto importante para o comércio internacional devido a grande diminuição do percurso feito pelos navios (a rota alternativa contorna o Cabo Horn).
O canal começou a ser construído em 1880 e foi terminado em 1914. Os Estados Unidos e a China são os principais utilizadores do canal.
O canal possui dois grupos de eclusas no lado do Pacífico (Pedro Miguel e Miraflores) e um outro grupo no lado do Atlântico (Gatún). Neste último, as portas maciças de aço das eclusas triplas de Gatún têm 140 metros de altura e pesam 745 toneladas cada uma, mas são tão bem contrabalançadas que um motor de 56 kW é suficiente para abri-las e reabri-las. O lago Gatún, que fica a 26 metros acima do nível do mar, é alimentado pelo rio Chagres, onde foi construída uma barragem para a formação do lago. Do lago Gatún, o canal passa pela falha de Gaillard e desce em direção ao Pacífico, primeiramente através de um conjunto de eclusas em Pedro Miguel, no lago Miraflores, a 16,5 metros acima do nível do mar, e depois, através de um conjunto duplo de eclusas em Miraflores. Todas as eclusas do canal são duplas, de modo que os barcos possam passar nas duas direções. Os navios são dirigidos ao interior das eclusas por pequenos aparelhos ferroviários. O lado do Pacífico é 24 centímetros mais alto do que o lado do Atlântico, e tem marés muito mais altas.
Diversas ilhas situam-se no lago Gatún, incluindo a ilha Barro Colorado, um santuário mundial de vida selvagem. 
  
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Concluídas as obras complementares, quando o canal entrou finalmente em atividade, a 15 de agosto de 1914, constituía-se numa maravilha tecnológica. A complexa série de eclusas permitia até mesmo a passagem dos maiores navios de sua época. O canal foi um triunfo estratégico e militar importantíssimo para os Estados Unidos, e revolucionou os padrões de transporte marítimo.
     

quarta-feira, abril 21, 2021

O navegador Diogo Rodrigues morreu há 444 anos


D. Diogo Rodrigues
, D. Diogo Roiz (c. 1490-1496; Lagos, Portugal – 21 April 1577; Colvá, Gôa) was a Portuguese explorer of the Indian Ocean who sailed as an ordinary helmsman under the command of D. Pedro Mascarenhas around Goa. They sailed from the Cape of Good Hope eastward into little-known waters of the newly discovered route to Gôa. It was after him that the island of Rodrigues was\is named between 4 and 9 February 1528 after discovering it during his only return journey from Gôa via Cochin (left on 15 January 1528) to Portugal, following which he rose to the rank of a knight (cavaleiro). He then returned to Gôa and made a mark in the history of the Portuguese empire in the subcontinent around the mid 16th century.

Roiz Rodrigues Family Monument at Colva, Goa



Diogo Rodrigues
(nascido em local e data desconhecidos - Goa, 21 de abril de 1577) foi um navegador português que explorou o Oceano Índico no século XVI e que em 1528 descobriu e nomeou várias ilhas a este de Madagáscar incluindo a ilha Rodrigues, que mantém o seu nome. Diogo Rodrigues explorou o arquipélago das Mascarenhas, assim por ele nomeadas em homenagem ao seu compatriota e companheiro Pedro de Mascarenhas, que as terá visitado em 1512 e que compreende a Reunião, Maurícia e Rodrigues.
De acordo com José Nicolau da Fonseca, Rodrigues jaz em Goa com o seu túmulo assinalado com a inscrição: Acqui jaz Diogo Rodrigues o do Forte, Capitão desta Fortaleza, o qual derrubou os pagodes destas terras. Falleceu á 21 de Abril de 1577 annos.

sábado, abril 03, 2021

O relojoeiro que resolver o problema de calcular longitudes nasceu há 328 anos

  
John Harrison (Foulby, Yorkshire, 3 de abril de 1693 - Londres, 24 de março de 1776) foi um relojoeiro inglês, responsável pela invenção e construção do primeiro relógio marítimo de alta precisão, a partir de um protótipo, também da sua autoria, que determinava precisamente a longitude durante as viagens marítimas de longa distância. O seu invento foi aclamado em toda a Europa.
  

sexta-feira, dezembro 04, 2020

O enigma do Mary Celeste começou há 148 anos

   

Mary Celeste (também designado, erradamente, por Marie Celeste) foi um bergantim mercante norte-americano que foi encontrado à deriva e sem tripulação no Oceano Atlântico, ao largo dos Açores, em 4 de Dezembro de 1872, pelo bergantim canadiano Dei Gratia. O navio, embora com sinais de abandono, estava com boas condições de navegabilidade, com parte das velas içadas, sem ninguém a bordo, e sem o seu barco salva-vidas. O último registo no diário de bordo tinha data de dez dias antes. O Mary Celeste saiu de Nova Iorque rumo a Génova em 7 de Novembro, e quando foi descoberto ainda tinha bastantes provisões e mantimento. A sua carga de álcool desnaturado estava intacta e os bens pessoais do capitão e da restante tripulação não tinham sido mexidas. Nunca mais se viu ou se ouviu falar dos que iam a bordo do navio.

O Mary Celeste foi lançado sobre o registo britânico de Amazon, em 1861. Passou, depois, para mãos norte-americanas em 1868, mudando a sua nova designação até à última viagem realizada em 1872. Nas primeiras audiências em Gibraltar, após a sua descoberta à deriva, os representantes da investigação consideraram várias possibilidades de crime, incluindo motim por parte da tripulação do navio, actos de pirataria por parte dos membros do Dei Gratia, ou outros, e conspiração para poder activar o seguro da embarcação de forma fraudulenta. No entanto, não se encontraram quaisquer indícios para apoiar estas teorias.

A natureza inconclusiva das audiências deu origem a décadas de especulação em relação às causas do mistério, e toda a história envolvente foi ainda mais distorcida por falsas informações e fantasia. As hipóteses avançadas incluem os efeitos da evaporação do álcool na tripulação, um sismo submarino (maremoto), trombas de água, ataques de lulas-gigantes e actividade paranormal.

Depois das audiências de Gibraltar, o Mary Celeste continuou ao serviço com novos donos. Em 1885, o seu capitão encalhou, propositadamente, o navio ao largo da costa do Haiti, para tentar activar o seguro de forma fraudulenta. A história da descoberta o navio abandonado em 1872 deu origem a várias dramatizações em documentários, séries e filmes, e o nome do navio tornou-se sinónimo de abandonos inexplicáveis.

Em 1894, o escritor britânico Arthur Conan Doyle escreveu uma história baseada no mistério, mas o nome do navio foi escrito como Marie Celeste. Esta forma passou a ser mais utilizada no dia-a-dia do que o nome original.

   

quinta-feira, novembro 19, 2020

Ferdinand de Lesseps nasceu há 215 anos

  
Ferdinand Marie, visconde de Lesseps (Versalhes, 19 de novembro de 1805 - La Chesnaye, Guilly, 7 de dezembro de 1894), na maior parte das vezes referido como Ferdinand de Lesseps, foi um diplomata e empresário francês. É conhecido sobretudo por promover a construção dos canais de Suez e do Panamá.

Chamado de Le Grand Français, Ferdinand de Lesseps foi o promotor dos dois projetos de canais mais ambiciosos da sua época - o canal de Suez e o canal do Panamá. Esse último projeto fez os acionistas perderem tanto dinheiro que Lesseps foi condenado a cinco anos de prisão, que ele não cumpriu em razão de seu precário estado de saúde, apesar de o primeiro ter sido concluído em 1869 e ter recebido muita honra e mérito pelo seu feito.

Com efeito, este personagem é um dos muitos visionários daquela época, defendendo a intercomunicação entre os povos, através da abertura de estradas e canais. Este seu raciocínio reduziria as distâncias e aproximaram todas as regiões do mundo, aumentando assim, na sua perspetiva, o avanço industrial. 

 

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