quinta-feira, outubro 24, 2013

Ferdinand Hiller nasceu há 202 anos

Ferdinand (von) Hiller (Frankfurt am Main, 24 October 1811 – Cologne, 11 May 1885) was a German composer, conductor, writer and music-director.

Ferdinand Hiller was born to a wealthy Jewish family in Frankfurt am Main, where his father Justus (originally Isaac Hildesheim, a name that he changed late in the 18th century to conceal his Jewish origins) was a merchant in English textiles – a business eventually continued by Ferdinand’s brother Joseph. Hiller’s talent was discovered early and he was taught piano by the leading Frankfurt musician Alois Schmitt, violin by Hofmann, and harmony and counterpoint by Vollweiler; at 10 he performed a Mozart concerto in public; and two years later, he produced his first composition.
In 1822 the 13-year old Felix Mendelssohn entered his life. The Mendelssohn family was at that time staying briefly in Frankfurt and the young Hiller visited them where he was immensely impressed by the playing of Felix (and even more so by that of his sister Fanny Mendelssohn). When their acquaintance was renewed in 1825 the two boys found an immediate close friendship, which was to last until 1843. Hiller tactfully describes their falling out as arising from "social, and not from personal susceptibilities." But in fact it seems to have been more to do with Hiller’s succession to Mendelssohn as director of the Leipzig Gewandhaus Orchestra in 1843.
From 1825 to 1827 Hiller was a pupil of Johann Nepomuk Hummel in Weimar; while he was with Hummel at Beethoven’s deathbed, Hiller secured a lock of Beethoven's hair. This lock is now at the San Jose State University, after having been sold at Sotheby’s in 1994. While in Vienna for Beethoven's obsequies, Hiller and Hummel heard Johann Michael Vogl and Franz Schubert perform Schubert's Winterreise. Hiller wrote that his master was so moved that tears fell from his eyes. [Ref: Otto Erich Deutsch: Schubert, a Documentary Biography]
From 1828 to 1835 Hiller based himself in Paris, where he was engaged as teacher of composition at Choron's School of Music. He eventually gave up his position so that he might better equip himself as a pianist and composer. He spent time in Italy, hoping that this would assist him to write a successful opera (a hope which was never fulfilled). In 1836, he was in Frankfurt devoting himself to composition. His abilities were recognized, and although but 25, he was asked to act as conductor of the Cäcilienverein during the illness of its conductor Schelble.
In addition to Mendelssohn, he attracted the attention of Rossini who assisted him to launch his first opera, Romilda (which was a failure), at Milan. Mendelssohn obtained for Hiller an entrée to the Gewandhaus, and afforded an opportunity for the public presentation of Hiller's oratorio Die Zerstörung Jerusalems (The destruction of Jerusalem, 1840). After a year of study in Church music at Rome, Hiller returned to Leipzig, and during the season of 1843-44 conducted the Gewandhaus concerts. By this time his position in the musical world was established, and honors and appointments were showered upon him. In 1845 Robert Schumann dedicated to Hiller his piano concerto. Hiller became municipal kapellmeister of Düsseldorf in 1847, and in 1850 received a similar appointment at Cologne, where he founded Cologne Conservatoire that year and remained as Kapellmeister until 1884. During this time, he was twelve times festival director of the Lower Rhenish Music Festival, and conducted the Gürzenich concerts. He worked in Dresden as well. Thus he played a leading part in Germany's musical life. And he was conductor at the Italian Opera in Paris during the season of 1852-53.
During Hiller’s long reign in Cologne, which earned him a ‘von’ to precede his surname, his star pupil was Max Bruch, the composer of the cello elegy Kol Nidrei, based on the synagogue hymn sung at Yom Kippur. Bruch was not Jewish; his knowledge of the theme of Kol Nidrei came through Hiller, who introduced him to the Berlin chazan, Lichtenstein. Hiller’s regime at Cologne was strongly marked by his conservative tastes, which he attempted to prolong by recommending, as his successor in 1884, either Brahms or Bruch. The appointment went however to a "modernist", Franz Wüllner, who, according to Grove "initiated his term [...] with concerts of works by Wagner, Liszt and Richard Strauss, all of whom Hiller had avoided."
Hiller was elected a member of the Royal Academy of Fine Arts, Berlin, in 1849, and in 1868 received the title of doctor from the University of Bonn. He died in Cologne.


quarta-feira, outubro 23, 2013

Música para os nossos leitores apreciadores do cante alentejano, de canto coral e de António Zambujo...


Fui colher uma romã - António Zambujo (com Grupo Coral de Vila Nova de São Bento)
Composição: Popular alentejana

Eu quero ir p'ra cidade
Já que o campo me aborrece
Que eu lá na cidade tenho
Que eu lá na cidade tenho
Quem penas por mim padece

Fui colher uma romã
Estava madura no ramo
Fui encontrar no jardim
Fui encontrar no jardim
Aquela mulher que eu amo

Aquela mulher que eu amo
Dei-lhe um aperto de mão
Estava madura no ramo
Estava madura no ramo
E o ramo caiu ao chão

As pombas quando namoram
Pousam as asas no chão
Que é para os pombos não verem
Que é para os pombos não verem
O partir do coração

Fui colher uma romã
Estava madura no ramo
Fui encontrar no jardim
Fui encontrar no jardim
Aquela mulher que eu amo

Aquela mulher que eu amo
Dei-lhe um aperto de mão
Estava madura no ramo
Estava madura no ramo
E o ramo caiu ao chão

Estava madura no ramo
Estava madura no ramo
E o ramo caiu ao chão


Dá-me uma gotinha de água - António Zambujo (com Grupo Coral de Vila Nova de São Bento)
Composição: Popular alentejana

Fui à fonte beber água
Achei um raminho verde
Quem o perdeu tinha amores
Quem o perdeu tinha amores
Quem o achou tinha sede

Dá-me uma gotinha d'água
Dessa que eu oiço correr
Entre pedras e pedrinhas
Entre pedras e pedrinhas
Alguma gota há-de haver

Alguma gota há-de haver
Quero molhar a garganta
Quero cantar como a rola
Quero cantar como a rola
Como a rola ninguém canta

A água pela fonte corre
Limpa, clara, fresca e pura
Assim correm os meus olhos
Assim correm os meus olhos
Para a tua formosura

Dá-me uma gotinha d'água
Dessa que eu oiço correr
Entre pedras e pedrinhas
Entre pedras e pedrinhas
Alguma gota há-de haver

Alguma gota há-de haver
Quero molhar a garganta
Quero cantar como a rola
Quero cantar como a rola
Como a rola ninguém canta

Quero cantar como a rola
Quero cantar como a rola
Como a rola ninguém canta


Chamateia - António Zambujo (com as Vozes Búlgaras Angelite)
Composição: António Melo Sousa / Luís Alberto Bettencourt

No berço que a ilha encerra
Bebo as rimas deste canto
No mar alto desta terra
Nada a razão do meu pranto

Mas no terreiro da vida
O jantar serve de ceia
E mesmo a dor mais sentida
Dá lugar à chamateia

Oh meu bem
Oh chamarrita
Meu alento, vai e vem
Vou embarcar nesta dança
Sapateia, oh meu bem

Se a sapateia não der
Pra acalmar minh´alma inquieta
Estou pro que der e vier
Nas voltas da chamarrita

Chamarrita, sapateia
Eu quero é contradizer
O aperto desta bruma
Que às vezes me quer vencer

Pequeno sismo sentido no Algarve

Recebido via e-mail do IPMA:
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) informa que no dia 23.10.2013 pelas 14.57 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 4.5 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 190 km a Sul-Sudoeste do Cabo S.Vicente.

Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima III (escala de Mercalli modificada) em diversos locais da costa Sul do Algarve, nomeadamente em Lagos, Albufeira e Faro.

Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados.

Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IPMA na Internet (www.ipma.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto da Autoridade Nacional de Proteção Civil (www.prociv.pt).
NOTA: dados publicados pelo site do IPMA e o sismograma feito pelo geofone de Évora:

Data(TU)Lat.Lon.Prof.Mag.ReferênciaGrauLocal
2013-10-23 13:57 35,32 -9,33 31 4,5 Mar de Marrocos IIILagos

O músico belga Jean Absil nasceu há 120 anos

Buste de Jean Absil à Bon-Secours (Péruwelz, Belgique)

Jean Absil est un compositeur et pédagogue belge, né à Bon-Secours en Belgique le 23 octobre 1893 et décédé à Uccle (Bruxelles) le 2 février 1974.
  
Biographie
Après avoir abordé l’étude de l’orgue, du piano et de l’harmonie avec Alphonse Oeyen (organiste à la basilique de Bon-Secours), Jean Absil entre en 1913 au Conservatoire royal de Bruxelles où il suit les cours d’orgue (classe d'Alphonse Desmet), de piano et d’écriture (contrepoint et fugue avec Léon Du Bois) avant d’étudier l’orchestration et la composition avec Paul Gilson. En 1922, il gagne le second Prix de Rome belge avec sa cantate La Guerre op. 2, et enseigne l'harmonie pratique au Conservatoire de Bruxelles où il sera nommé professeur en 1936. Très vite, il s'écarte des conceptions de son maître quant à l'orchestration et s'oriente vers la production contemporaine.
Il séjourne quelque temps à Paris, où il gagne le Prix Rubens en 1934, et fonde la Revue internationale de musique (1938). Chef du groupe La Sirène, il fait connaître la musique contemporaine. Son concerto imposé pour piano lors du premier concours Eugène-Ysaÿe de 1938 (ancêtre du Concours Reine Élisabeth) lui confère une renommée internationale.
Directeur, pendant 40 ans, de l'Académie de musique d'Etterbeek à laquelle il donna son nom en 1963, ce pédagogue incontesté a formé des générations de compositeurs ; il fut en effet également nommé professeur de fugue au Conservatoire royal de Bruxelles et à la Chapelle musicale Reine Élisabeth. Il fut élu à l'Académie royale de Belgique en 1955, et reçut le Prix Quinquennal du Gouvernement belge en 1964.
Musicien formé à l'ancienne, ses professeurs ne lui firent étudier aucun compositeur plus tardif que César Franck ; avec Gilson, il n'aborda que l'orchestration de Wagner, Richard Strauss et des Nationalistes russes… Or, à l'époque où il entra au Conservatoire, Stravinski se distinguait déjà à Paris ! C'est donc en assistant aux concerts donnés à Bruxelles par le Quatuor Pro Arte qu'il prit connaissance des œuvres de Milhaud, Hindemith et Schönberg ; il assista même souvent aux répétitions de ce quatuor pour mieux s'imprégner de ces musiques nouvelles pour lui. C'est donc par lui-même qu'Absil forgea son propre langage très personnel et cohérent qu'il appliqua à des formes diverses, son unité esthétique définissant sa personnalité en défiant le temps.
Compositeur rigoureux, curieux de toutes les tendances nouvelles dans l'art du son, Absil réunit en une synthèse l'École française, Stravinski, Bartók - qu'il admirait beaucoup, et dont il suivit l'exemple en étudiant la musique traditionnelle de Roumanie et d'autres pays -, ainsi que les musiques polytonale, atonale et sérielle. Le compositeur inventa des modes inédits qu'il renouvela d'une œuvre à l'autre. De ces modes naissent des accords qui, pour être différents des accords classiques, n'en sont pas moins pourvus comme ceux-ci de significations expressives de tension et de repos.
Il faut enfin souligner que si à partir de 1938, Absil s'efforça de rendre ses partitions plus accessibles, il cessa de faire toute concession en 1963, année à partir de laquelle il se consacra presque exclusivement à la musique instrumentale.
Une école secondaire bruxelloise, l'Athénée royal d'Etterbeek porte son nom, l'Athénée royal Jean Absil.


Geohumor - hoje a Terra faz anos...!

James Ussher ou simplesmente Usher (Dublin, 4 de janeiro de 1581 - 21 de Março de 1656) foi um Arcebispo de Armagh (Anglicano). Baseando-se na Bíblia, escreveu o livro The Annals of the World, em 1658. Neste livro, Ussher fez uma cronologia da vida na Terra baseada em estudos bíblicos e de outras fontes, de tal maneira concluiu que a criação do mundo ocorreu no dia 23 de outubro do ano 4004 antes de Cristo (a. C.), pelo calendário juliano. Na época, a afirmação foi amplamente aceita.


Génesis

No princípio o Universo era muito quente e  denso muito denso e quente
e começou a expandir-se e a arrefecer a arrefecer e a expandir-se

Consoante ia arrefecendo o Universo que era violeta passou a amarelo
e de amarelo passou a laranja e de laranja passou a vermelho


Cada vez menos quente e denso cada vez menos denso e quente
o universo que era opaco tornou-se transparente

E os raios de luz puderam caminhar livremente
porque o universo que era opaco tornara-se transparente

E continuou a arrefecer e a expandir-se e a arrefecer
e a condensar-se para formar galáxias estrelas planetas nebulosas

e este ramo de rosas


in O Novíssimo Testamento e outros poemas (2012) - Jorge Sousa Braga

Há 69 anos os Aliados deram um golpe morte na Marinha Imperial Nipónica

Batalha do Golfo de Leyte
Guerra do Pacífico
Princeton burning.jpg
O porta-aviões USS Princeton em chamas
durante a Batalha do Golfo de Leyte.
Data 23-26 de outubro de 1944
Local Golfo de Leyte, Filipinas
Resultado Vitória dos Aliados
Combatentes
US flag 48 stars.svg Estados Unidos
Flag of Australia.svg Austrália
Flag of Japan.svg Japão
Baixas
~3 000 mortos        ~10 500 mortos
A Batalha do Golfo de Leyte foi a maior batalha naval da história contemporânea, ocorrida entre 23 a 26 de outubro de 1944 nas águas à volta da ilha de Leyte, nas Filipinas, entre o Japão e os Aliados, durante a II Guerra Mundial.
Esta batalha na verdade foi uma campanha naval dividida em quatro batalhas correlatas: Batalha do Mar de Sulu, Batalha do Estreito de Surigao, Batalha do Cabo Engaño e Batalha de Samar.
Os Aliados invadiram a ilha de Leyte para cortar a ligação e a linhas de suprimento entre o Japão e o resto das suas colónias do Sudeste Asiático, principalmente o fornecimento de petróleo para a marinha imperial japonesa. Os japoneses então reuniram todas as suas principais forças navais ainda em operação na guerra para reprimir o desembarque das tropas aliadas, mas falharam o seu objetivo, sendo derrotados e sofrendo pesadas baixas.
A batalha foi o último grande confronto naval da II Guerra Mundial, porque após a sua derrota a Marinha Imperial Japonesa deixou de ter condições de colocar em combate uma força naval significativa, e ficou sem combustível para os seus restantes navios, aguardando pelo fim da guerra ancorados nas suas águas territoriais. Foi em Leyte que aconteceram, pela primeira vez na guerra, os ataques suicidas dos aviões kamikazes japoneses contra a frota norte-americana no teatro da Guerra do Pacífico.

Robert Trujillo - 49 anos

Robert Trujillo (nome artístico de Roberto Agustin Miguel Santiago Samuel Trujillo Veracruz; Santa Mónica, Califórnia, 23 de outubro de 1964) é um baixista dos Estados Unidos da América.
Anteriormente tocou com o Suicidal Tendencies, Black Label Society, Infectious Grooves, Jerry Cantrell e Ozzy Osbourne, entrando para os Metallica em 2003. A audição que o fez entrar para a banda pode ser vista no DVD Some Kind of Monster. Os integrantes do Metallica mostraram-se impressionados com a sua apresentação, habilidade e presença de palco, e ele foi contratado antes da turnê do disco St. Anger ser lançada.


Há 30 anos um duplo atentado levou à fuga da Força Multinacional do Líbano

 Destruição do quartel americano, instalado no Aeroporto Internacional de Beirute

Os atentados contra os quartéis de Beirute em 1983 (Beirute, Líbano, 23 de outubro de 1983) foram dois ataques suicidas realizados durante a Guerra Civil Libanesa, quando dois camiões-bomba atingiram edifícios que alojavam militares dos Estados Unidos da América e da França, membros da Força Multinacional do Líbano, matando 299 soldados americanos e franceses. A organização Jihad Islâmica reivindicou a responsabilidade pelo atentado terrorista, mas, segundo o especialista Juan Cole, essa organização é um nome de guerra do Hezbollah ou um grupo que viria a se tornar parte do Hezbollah, recebendo ajuda da República Islâmica do Irão.
O ataque ao quartel de fuzileiros navais americanos, cujo contingente estava baseado no Aeroporto Internacional de Beirute, às 06.22 horas, deixou sessenta feridos e 241 militares americanos mortos (220 fuzileiros navais, 18 militares da Marinha e três soldados do Exército). Foi o maior número de fuzileiros americanos mortos em um único dia, desde a Batalha de Iwo Jima, na II Guerra Mundial. Foi também o maior número de militares dos Estados Unidos mortos em um único dia desde o primeiro dia da Ofensiva do Tet, durante a Guerra do Vietname, e o pior ataque isolado sofrido pelos USA no exterior, desde a Segunda Guerra Mundial.
No ataque ao quartel francês - o edifício 'Drakkar', de oito andares - realizado dois minutos após o ataque aos fuzileiros americanos, 58 pára-quedistas do Primeiro Regimento de Caçadores Pára-quedistas foram mortos e 15 ficaram feridos. Para as forças francesas, foi o maior número de baixas já registrado em um único evento, desde o final da Guerra da Argélia.
Os atentados levaram à retirada da força de paz internacional do Líbano, onde estavam postadas desde a retirada da Organização pela Libertação da Palestina, que se seguiu à invasão do Líbano por Israel, em 1982.

Há 57 anos hungaros revoltaram-se contra a brutal ditadura do proletariado

Cenas da revolução, em cinejornal da época

A Revolução Húngara de 1956 (em húngaro: 1956-os forradalom) foi uma revolta popular espontânea contra as políticas impostas pelo governo da República Popular da Hungria e pela União Soviética. O movimento durou de 23 de outubro até 10 de novembro de 1956.
A revolta começou como uma manifestação estudantil que atraiu milhares que marcharam pelo centro de Budapeste até o parlamento. Uma delegação de estudantes, entrando no prédio da rádio numa tentativa de transmitir as suas exigências, foi detida. Quando a libertação da delegação foi exigida pelo manifestantes do lado de fora, ele foram alvejados pela Autoridade de Proteção de Estado (ÁVH) de dentro do prédio. As notícias espalharam-se rapidamente e desordem e violência irromperam por toda a capital.
A revolta espalhou-se rapidamente pela Hungria, e o governo caiu. Milhares de pessoas organizaram-se em milícias, combatendo a Polícia de Segurança do Estado (ÁVH) e as tropas soviéticas. Comunistas pro-soviéticos e membros da ÁVH eram frequentemente executados ou aprisionados, enquanto os antigos prisioneiros eram libertados e armados. Conselhos improvisados tiraram o controle municipal do Partido dos Trabalhadores Húngaros e exigiram mudanças políticas. O novo governo formalmente dissolveu a ÁVH, declarou a sua intenção de se retirar do Pacto de Varsóvia e prometeu restabelecer livres eleições. No final de outubro, as lutas tinham quase parado e uma sensação de normalidade começava a retornar.
Depois de anunciar a boa vontade para negociar uma retirada das forças soviéticas, o Politburo mudou de ideia e decidiu suprimir a revolução. Em 4 de novembro, um grande exército soviético invadiu Budapeste e outras regiões do país. A resistência húngara continuou até 10 de novembro. Mais de 2.500 soldados húngaros e cerca de 700 soldados soviéticos foram mortos no conflito, tendo 200.000 húngaros fugido, passando a ser refugiados. Prisões em massa e denúncias continuaram durante meses. Em janeiro de 1957, o novo governo soviético instalado suprimiu toda a oposição pública. Estas ações soviéticas fizeram duvidar das suas convicções muitos marxistas ocidentais, ainda mais pelo brutal reforço do controle soviético na Europa Central.
Discussões públicas sobre essa revolução foram reprimidas na Hungria durante trinta anos, mas desde os anos 1980 ela tem sido objeto de intenso estudo e debate. No princípio da Terceira República da Hungria, em 1989, o dia 23 de outubro foi declarado feriado nacional.

Cronologia
O levantamento popular húngaro começou a 23 de outubro de 1956, com uma manifestação pacífica de estudantes em Budapeste. Exigiam o fim da ocupação soviética e a implantação do "socialismo verdadeiro". Quando os estudantes tentaram resgatar alguns colegas que haviam sido presos pela polícia política, esta abriu fogo contra a multidão.
No dia seguinte, oficiais e soldados juntaram-se aos estudantes nas ruas da capital. A estátua de Estaline foi derrubada por manifestantes que entoavam, "Russos, voltem para casa", "Abaixo Gerő" e "Viva Nagy". Em resposta, o Comité Central do Partido Comunista Húngaro recomendou o nome de Imre Nagy para a chefia de governo.
Em 25 de outubro, tanques soviéticos dispararam contra manifestantes na Praça do Parlamento. Chocado com tais acontecimentos, o Comité Central do partido forçou a renúncia de Gerő e substituiu-o por Imre Nagy.
Nagy foi à Rádio Kossuth e anunciou a futura instalação das liberdades, como seja o multipartidarismo, a extinção da polícia política, a melhoria radical das condições de vida do trabalhador e a busca do socialismo condizente com as características nacionais da Hungria.
Em 28 de outubro, o primeiro-ministro Nagy vê as suas opções serem aceites por todos os órgãos do Partido Comunista. Os populares desarmam a polícia política.
Em 30 de outubro, Nagy comunicou a libertação do cardeal Mindszenty e de outros prisioneiros políticos. Reconstituíram-se os Partidos dos Pequenos Proprietários, Social-Democrata e Camponês Petőfi. O Politburo Soviético decide, numa primeira fase (30 de outubro) mandar as tropas sair de Budapeste, e mesmo da Hungria se viesse essa a ser a vontade do novo governo. Mas no dia seguinte volta a trás e decide-se pela intervenção militar e instauração de um novo governo. A 1 de novembro, o governo húngaro, ao tomar conhecimento das movimentações militares em direcção a Budapeste, comunica a intenção húngara de se retirar do Pacto de Varsóvia e pede a protecção das Nações Unidas.
A 3 de novembro, Budapeste está cercada por mais de mil tanques. Em 4 de novembro, o Exército Vermelho invade Budapeste, com o apoio de ataques aéreos e bombardeamentos de artilharia a Hungria, derrotando rapidamente as forças húngaras. Calcula-se que 20.000 pessoas foram mortas durante a intervenção soviética. Nagy foi preso (e posteriormente executado) e substituído no poder pelo simpatizante soviético János Kádár. Mais de 2 mil processos políticos foram abertos, resultando em 350 enforcamentos. Dezenas de milhares de húngaros fugiram do país e cerca de 13 mil foram presos. As tropas soviéticas apenas saíram da Hungria em 1991...

terça-feira, outubro 22, 2013

Georges Brassens nasceu há 92 anos

Georges-Charles Brassens (Sète, 22 de outubro de 1921 - Saint-Gély-du-Fesc, 29 de outubro de 1981) foi um autor de canções, compositor e cantor francês simpatizante e entusiasta do anarquismo.


Há 630 anos, com a morte do Rei D. Fernando I, começou o Interregno

D. Fernando I de Portugal, nono rei de Portugal (Coimbra, 31 de outubro de 1345 - Lisboa, 22 de outubro de 1383). Era filho do rei D. Pedro I de Portugal e de sua mulher, a princesa D. Constança de Castela. D. Fernando sucedeu a seu pai em 1367. Foi cognominado O Formoso ou O Belo (pela beleza física que inúmeras fontes atestam) e, alternativamente, como O Inconsciente ou O Inconstante (devido à sua desastrosa política externa que ditou três guerras com a vizinha Castela, e até o perigo, após a sua morte, de o trono recair em mãos estrangeiras). Com apoio da nobreza local, descontente com a coroa castelhana, D. Fernando chegou a ser aclamado Rei em diversas cidades importantes de Norte a Sul da Galiza.

Reinado
O início do reinado de D. Fernando foi marcado pela política externa. Quando D. Pedro I de Castela (1350-1369) morreu, sem deixar herdeiros masculinos, D. Fernando, como bisneto de D. Sancho IV de Castela, por via feminina, declara-se herdeiro do trono. Outros interessados eram os reis de Aragão e Navarra, bem como o duque de Lencastre, casado com D. Constança, a filha mais velha de D. Pedro de Castela. Entretanto D. Henrique da Trastâmara, irmão bastardo de Pedro, havia-se declarado rei. Depois de duas campanhas militares sem sucesso, as partes aceitam a intervenção do Papa Gregório XI. Entre os pontos assentes no tratado de 1371, D. Fernando é prometido a D. Leonor de Castela, mas antes que o casamento pudesse ser concretizado, o rei apaixona-se por D. Leonor Teles de Menezes, mulher de um dos seus cortesãos. Após a rápida anulação do primeiro casamento de D. Leonor, D. Fernando casa com ela, publicamente, a 15 de maio de 1372, no Mosteiro de Leça do Balio. Este acto valeu-lhe forte contestação interna, mas não provocou reacção em D. Henrique de Castela, que prontamente promete a filha a Carlos III de Navarra.
Após a paz com Castela, dedicou-se D. Fernando à administração do reino, mandou reparar muitos castelos e construir outros, e ordenou a construção de novas muralhas em redor de Lisboa e do Porto. Com vista ao desenvolvimento da agricultura promulgou a Lei das Sesmarias. Por esta lei impedia-se o pousio nas terras susceptíveis de aproveitamento e procurava-se aumentar o número de braços dedicados à agricultura.
Durante o reinado de D. Fernando alargaram-se, também, as relações mercantis com o estrangeiro, relatando Fernão Lopes a presença em Lisboa de numerosos mercadores de diversas nacionalidades. O desenvolvimento da marinha foi, por tudo isto, muito apoiado, tendo o rei tomado várias medidas dignas de nota, tais como: autorização do corte de madeiras nas matas reais para a construção de navios a partir de certa tonelagem; isenção total de direitos sobre a importação de ferragens e apetrechos para navios; isenção total de direitos sobre a aquisição de navios já feitos; etc. Muito importante, sem qualquer dúvida, foi a criação da Companhia das Naus, na qual todos os navios tinham que ser registados, pagando uma percentagem dos lucros de cada viagem para a caixa comum. Serviam depois estes fundos para pagar os prejuízos dos navios que se afundassem ou sofressem avarias.
A partir do casamento, D. Leonor Teles tornara-se cada vez mais influente junto do rei, manobrando a sua intervenção política nas relações exteriores, e ao mesmo tempo cada vez mais impopular. Aparentemente, D. Fernando mostra-se incapaz de manter uma governação forte e o ambiente político interno ressente-se disso, com intrigas constantes na corte. Em 1382, no fim da guerra com Castela, estipula-se que a única filha legítima de D. Fernando, D. Beatriz de Portugal, case com o rei D. João I de Castela. Esta opção significava uma anexação de Portugal e não foi bem recebida pela classe média e parte da nobreza portuguesa.
Quando D. Fernando morre em 1383, a dinastia de Borgonha chega ao fim. D. Leonor Teles é nomeada regente, em nome da filha e de D. João de Castela, mas a transição não será pacífica. Respondendo aos apelos de grande parte dos Portugueses para manter o país independente, D. João, mestre de Aviz e irmão bastardo de D. Fernando, declara-se rei de Portugal. O resultado foi a crise de 1383-1385, um período de interregno, onde o caos político e social dominou. D. João tornou-se no primeiro rei da Dinastia de Aviz, em 1385.
Os restos mortais de D. Fernando I ficaram no Convento de São Francisco, em Santarém e, depois, foram transladados para o Convento do Carmo, em Lisboa, onde se encontram actualmente.

(imagem daqui)

El-Rei D. João V nasceu há 324 anos

D. João V de Portugal (nome completo: João Francisco António José Bento Bernardo de Bragança; Lisboa, 22 de outubro de 1689 - Lisboa, 31 de julho de 1750), foi Rei de Portugal desde 1 de janeiro de 1707 até à sua morte.

Bandeira pessoal de D. João V e de D. Maria II

Era filho de Pedro II e de Maria Sofia, condessa palatina de Neuburgo (1666-1699). Recebeu os cognomes de O Magnânimo ou O Rei-Sol Português, em virtude do luxo de que se revestiu o seu reinado; alguns historiadores recordam-no também como O Freirático, devido à sua conhecida apetência sexual por freiras (de algumas das quais chegou inclusivamente a gerar diversos filhos - como a Madre Paula, mãe de Gaspar de Bragança, um dos Meninos de Palhavã).
Nasceu em Lisboa, no Palácio da Ribeira, em 22 de outubro de 1689 e morreu em Lisboa em 31 de julho de 1750, estando sepultado em São Vicente de Fora. Foi jurado príncipe herdeiro em 1 de dezembro de 1697 e tornou-se o 24º Rei de Portugal em 9 de dezembro de 1706. Morto o seu irmão mais velho, do mesmo nome, em 30 de agosto de 1688, tinha apenas um mês de vida quando foi proclamado Príncipe Herdeiro em ato solene na presença da Corte, e por morte de seu pai, em dezembro de 1706, subiu ao Trono, solenemente aclamado no dia 1 de janeiro de 1707. Em 1696 fora armado por seu pai Cavaleiro da Ordem de Cristo. No Anno Historico, do padre Francisco de Santa Maria Neves, vol. I, pág. 12 e seguintes, vem uma descrição minuciosa desta cerimónia e das festas.

Cultura
Culturalmente, o reinado de D. João V tem aspetos de interesse. O barroco manifesta-se na arquitetura, mobiliário, talha, azulejo e ourivesaria, com grande riqueza. No campo filosófico surge Luís António Verney com o Verdadeiro Método de Estudar e, no campo literário, António José da Silva.
Foi fundada a Real Academia Portuguesa de História e a ópera italiana introduzida em Portugal.
O nome do Rei está ligado ao do Aqueduto das Águas Livres, para o regular abastecimento de água de Lisboa, que trouxe água de Belas. Teve início em 1731 mas só mostraria a sua completa imagem sob D. José I de Portugal, assim como foi responsável pela construção do Real Convento de Mafra, vulgo Palácio Nacional de Mafra, que se tornou o mais importante monumento do barroco português, cujo os projetos e direção da obra couberam a João Frederico Ludovice, ourives alemão, com formação de arquitetura em Itália. As obras iniciaram-se em 1717. A 22 de outubro de 1730, dia do 41.º aniversário do Rei, procedeu-se à sagração da Basílica.



Liszt nasceu há 202 anos

Retrato de Liszt (1856) por Wilhelm von Kaulbach

Franz Liszt, em em húngaro: Liszt Ferenc (Doborján, 22 de outubro de 1811 - Bayreuth, 31 de julho de 1886) foi um compositor, pianista, maestro e professor e membro da Ordem Franciscana Secular (ou Venerável Ordem Terceira da Penitência de São Francisco de Assis) húngara do século XIX.
Liszt ganhou fama na Europa durante o início do século XIX pela sua habilidade como virtuoso pianista. Foi citado por seus contemporâneos como o melhor pianista do seu tempo, e em 1840, ele foi considerado por alguns como, talvez, o maior pianista de todos os tempos. Liszt foi também um compositor bem conhecido e influente, professor e maestro. Ele foi um benfeitor para outros compositores, incluindo Richard Wagner, Hector Berlioz, Camille Saint-Saëns, Edvard Grieg e Alexander Borodin.
Como compositor, ele foi um dos representantes proeminentes da "Neudeutsche Schule" ("Nova Escola Alemã"). Deixou para trás um corpo extenso e diversificado de trabalho em que ele influenciou seus contemporâneos sobre o futuro e antecipou algumas ideias e tendências do século XX. Algumas de suas contribuições mais notáveis ​​foram a invenção do poema sinfónico, desenvolvendo o conceito de transformação temática, como parte de suas experiências em forma musical e fazer rupturas radicais em harmonia. Ele também desempenhou um papel importante na popularização de uma grande variedade de música de transcrição para piano.


Robert Capa nasceu há 100 anos

Robert Capa, de seu nome verdadeiro Endre Ernő Friedmann (Budapeste, 22 de outubro de 1913 - Thai-Binh, 25 de maio de 1954), foi um fotógrafo húngaro.
Um dos mais célebres fotógrafos de guerra, Capa cobriu os mais importantes conflitos da primeira metade do século XX: a Guerra Civil Espanhola, a Segunda Guerra Sino-Japonesa, a Segunda Guerra Mundial na Europa (em Londres, na Itália, a Batalha da Normandia em Omaha Beach, e a libertação de Paris), no Norte da África, a Guerra árabe-israelita de 1948 e a Primeira Guerra da Indochina.

Durante os seus estudos secundários sente-se atraído pelos meios culturais marxistas. Foi referenciado pela polícia e teve que se exilar em 1930. Vai para Berlim onde se inscreveu na Faculdade de Ciências Políticas e aproximou-se do meio jornalístico. Encontrou trabalho na "Dephot" (Deutscher Photodienst), a maior agência de jornalismo da Alemanha naquela época.
A sua carreira de fotógrafo começa no fim do ano de 1931, uma vez que aparece a fotografar Leon Trotski, no meio de múltiplas dificuldades, durante um congresso em Copenhaga. O aparecimento dos nazis e a sua ascendência e religião judaica fazem com que em 1932 ele tenha que deixar Berlim, dirigindo-se para Viena e depois, Paris.
Em 1934 encontra Gerda Taro, e no ano seguinte, ambos criam o personagem Robert Capa, repórter mítico de nacionalidade norte-americana, pelo que Endre Friedmann declara-se associado a Gerda Taro, a sua primeira namorada, também fotógrafa-produtora. O nome de Robert Capa de repente fica célebre e, logo que se descobre que ele é um pseudónimo, a notoriedade do repórter está assegurada. Em 1936, Capa e Gerda Taro partem em reportagem para o meio da Guerra Civil Espanhola, onde Gerda encontra a morte no ano seguinte.
Em 1938, Capa vai à China para fotografar o conflito sino-japonês, retornando à Espanha em 1940, logo que a França cai sob o jugo nazi. Retira-se em seguida para os Estados Unidos, onde começa a trabalhar para a revista Life. Posteriormente vai para Inglaterra e depois para a Argélia.
Em junho de 1944 participa no desembarque da Normandia, o Dia D. Depois da guerra, com David Seymour, Henri Cartier-Bresson e George Rodger, funda a Agência Magnum (constituída oficialmente em 1947). Nos primeiros tempos, ocupa-se na organização da estrutura, partindo em seguida para o "terreno".
Robert Capa fotografou a Guerra Civil Espanhola, onde tirou a sua mais famosa foto ("A morte de um soldado republicano"), a Guerra Civil Chinesa e a II Guerra Mundial com lentes normais, o que fez com que ele se tornasse um dos mais importantes fotógrafos europeus do século XX.
Capa morreu na Guerra da Indochina, em 25 de maio de 1954, ao pisar sobre uma mina terrestre. O seu corpo foi encontrado com as pernas dilaceradas, mas a câmara permanecia entre as suas mãos...


A morte de um soldado republicano

As Repúblicas, instituições únicas universitárias de Coimbra, estão em risco...

República de Coimbra fecha portas depois de renda ter aumentado 6.000%

As repúblicas de Coimbra integram a zona classificada como Património Mundial pela UNESCO

República 5 de Outubro fecha no fim do mês e outras sete podem ir pelo mesmo caminho. Estudantes culpam nova lei do arrendamento.

O Conselho de Repúblicas acusa a lei do arrendamento de ter forçado o fecho de portas da República 5 de Outubro, em Coimbra, estando mais sete outras repúblicas da cidade em risco de fechar devido à actualização das rendas.
A República 5 de Outubro, com mais de 40 anos de existência, encerra no final deste mês, depois de a renda ter sido aumentada de 12,5 euros para 764 euros, a 1 de agosto – um aumento de 6.012% –, tendo-se tornado “impossível” aos quatro estudantes da república pagarem a renda, saindo ao final de três meses de incumprimento.
“Não houve sequer um tempo de reacção”, afirmou à agência Lusa Micaela Silva, que esteve três anos na República 5 de Outubro, relembrando que a senhoria estipulou como renda o valor máximo permitido durante os cinco anos de adaptação da nova lei de arrendamento – um quinze avos do valor do imóvel.
Micaela considerou que muitas outras repúblicas poderão seguir o mesmo caminho “nos próximos tempos” e que o futuro das mesmas “está em risco”.
As repúblicas de Coimbra estão “a sofrer a asfixia de uma lei cega e injusta”, não conseguindo fazer face a “aumentos de até 6.300%” nas rendas, afirmou o Conselho de Repúblicas num comunicado.
Rafael Marques, da República Rás-te-Parta, e que esteve presente no Conselho de Repúblicas que se realizou a 14 de Outubro, disse à agência Lusa que há pelo menos mais sete repúblicas, das 26 existentes, em risco de fechar portas devido à actualização do valor das rendas, entre elas a República do Palácio da Loucura e o Solar Residência dos Açorianos.
O futuro das repúblicas de Coimbra, que são parte integrante da zona classificada como Património Mundial pela UNESCO, “está minado”, considerou Rafael Marques, explicando que apenas as repúblicas que são proprietárias do imóvel ou em que o proprietário é a universidade ou a Câmara de Coimbra poderão ter o seu futuro salvaguardado.
O estudante referiu ainda que, apesar de as rendas anteriores serem muito diminutas, as casas eram “mantidas pelos repúblicos”, estando eles responsáveis pelas obras estruturais, não havendo qualquer investimento por parte do senhorio.
A actualização das rendas, segundo a visão de Rafael Marques, promoveu também “a especulação imobiliária”, com imóveis a terem o seu valor aumentado, apesar de a casa estar “em risco de ruir”.
O estudante manteve também reservas face ao futuro e ao fim dos cinco anos de adaptação da lei que entrou em vigor em 2012: “Aí, [em 2017] o senhorio poderá pedir o que quiser”.
Diogo Barbosa, da República dos Inkas, referiu à agência Lusa que, com o aumentar das rendas, “o carácter de acção social que as repúblicas tinham vai deixar de existir”, acreditando que se está “a preparar o fim das repúblicas”.

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segunda-feira, outubro 21, 2013

Música atual para os nossos leitores...

Alfred Nobel nasceu há 180 anos


Vida e Obra
Alfred Bernhard Nobel nasceu a 21 de outubro de 1833 em Estocolmo. Era filho de Immanuel Nobel, engenheiro civil e inventor, e de Andrietta Ahlsell, que provinha de uma família abastada sueca. Eles viviam em Estocolomo até que a empresa de Immanuel faliu. Andrietta e os filhos foram para a Finlândia, ao passo que Immanuel tentava montar um negócio em São Petersburgo, na Rússia. Nessa época Alfred estava com quatro anos de idade. Andrietta abriu uma mercearia para ganhar algum dinheiro e quando o marido obteve sucesso numa oficina de equipamento para o exército russo, mudaram-se todos para São Petersburgo.
Foi em São Petersburgo que ele e os irmãos estudaram. Rapidamente se notou um elevado interesse pela Literatura e pela Química. O pai, ao perceber isto, enviou-o para o estrangeiro para ganhar experiência no campo da Engenharia Química. Visitou países tais como França, Alemanha e Estados Unidos. Foi em Paris que conheceu o jovem químico italiano Ascanio Sobrero, que três anos antes tinha inventado a nitroglicerina. O invento fascinou Nobel devido ao seu potencial na engenharia civil.
Em 1852 foi trabalhar para a empresa do pai com os seus irmãos, e realizou experiências com o fim de arranjar um uso seguro e passível de vender para a nitroglicerina. Não obteve quaisquer resultados. Em 1863, regressou à Suécia com o objectivo de desenvolver a nitroglicerina como explosivo. Muda-se para uma zona isolada depois da morte do irmão Emil numa das suas explosões experimentais. Tentou então tornar a nitroglicerina num produto mais manipulável, juntando-lhe vários compostos, que a tornaram de facto numa pasta moldável, a dinamite. A sua invenção veio facilitar os trabalhos de grandes construções tais como túneis e canais.
A dinamite espalhou-se rapidamente por todo o mundo. Nobel dedicava muito tempo aos seus laboratórios, de onde saíram outros inventos (já não relacionados com explosivos), tais como a borracha sintética.
O trabalho intenso durante toda a sua vida não lhe deixou muito tempo para a vida pessoal; tinha apenas uma grande amiga, Bertha Kinsky, que lhe transmitiu os seus ideais pacifistas. Isto iria contribuir para a criação de uma fundação com o seu nome, que promovesse o bem-estar da Humanidade.
Morreu de hemorragia cerebral, na sua casa em San Remo (Itália). No seu testamento havia a indicação para a criação de uma fundação que premiasse anualmente as pessoas que mais tivessem contribuído para o desenvolvimento da Humanidade. Em 1900 foi criada a Fundação Nobel que atribuía cinco prémios em áreas distintas: Química, Física, Medicina, Literatura (atribuídos por especialistas suecos) e Paz Mundial (atribuído por uma comissão do parlamento norueguês). Em 1969 criou-se um novo prémio na área da Economia (financiado pelo Banco da Suécia), o Prémio de Ciências Económicas em memória de Alfred Nobel. Mas de facto, esse prémio não tem ligação com Alfred Nobel, não sendo pago com o dinheiro privado da Fundação Nobel, mas com dinheiro público do banco central sueco, embora os ganhadores sejam também escolhidos pela Academia Real das Ciências da Suécia. O vencedor do Prémio Nobel recebe uma medalha Nobel em ouro e um diploma Nobel. A importância do prémio varia segundo as receitas da Fundação obtidas nesse ano. Assim, nasceu o Prémio Nobel, concedido todos os anos pela Real Academia de Ciências da Suécia.
Nota: Alfred Nobel foi acusado por ter roubado a invenção de Ascanio Sobrero, que faleceu em 1888. Encontra-se sepultado no Norra begravningsplatsen, Solna, Estocolmo na Suécia.