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quarta-feira, outubro 23, 2024

Um duplo atentado do Hezbollah, há quarenta e um anos, acabou com Força Multinacional do Líbano...

Destruição do quartel americano, instalado no Aeroporto Internacional de Beirute

   
Os atentados contra os quartéis de Beirute em 1983 (Beirute, Líbano, 23 de outubro de 1983) foram dois ataques suicidas realizados durante a Guerra Civil Libanesa, quando dois camiões-bomba atingiram edifícios que alojavam militares dos Estados Unidos da América e da França, membros da Força Multinacional do Líbano, matando 299 soldados americanos e franceses. A organização Jihad Islâmica reivindicou a responsabilidade pelo atentado terrorista, mas, segundo o especialista Juan Cole, essa organização é o nome de guerra do Hezbollah ou um grupo que viria a se tornar parte do Hezbollah, recebendo ajuda da República Islâmica do Irão.
O ataque ao quartel de fuzileiros navais americanos, cujo contingente estava baseado no Aeroporto Internacional de Beirute, às 06.22 horas, deixou sessenta feridos e 241 militares americanos mortos (220 fuzileiros navais, 18 militares da Marinha e três soldados do Exército). Foi o maior número de fuzileiros americanos mortos em um único dia, desde a Batalha de Iwo Jima, na II Guerra Mundial. Foi também o maior número de militares dos Estados Unidos mortos num único dia desde o primeiro dia da Ofensiva do Tet, durante a Guerra do Vietname, e o pior ataque isolado sofrido pelos USA no exterior, desde a Segunda Guerra Mundial.
No ataque ao quartel francês - o edifício 'Drakkar', de oito andares - realizado dois minutos após o ataque aos fuzileiros americanos, 58 para-quedistas do Primeiro Regimento de Caçadores Para-Quedistas foram mortos e 15 ficaram feridos. Para as forças francesas, foi o maior número de baixas já registado num único evento, desde o final da Guerra da Argélia.
Os atentados levaram à retirada da força de paz internacional do Líbano, onde estavam postadas desde a retirada da Organização pela Libertação da Palestina, que se seguiu à invasão do Líbano por Israel, em 1982.
          
   
in Wikipédia

quinta-feira, abril 18, 2024

A embaixada norte-americana de Beirute foi alvo de ataque terrorista há quarenta e um anos...


  

O ataque à embaixada dos Estados Unidos no Líbano foi um atentado terrorista contra a embaixada dos Estados Unidos da América na capital libanesa, Beirute, que ocorreu a 18 de abril de 1983. Matou mais de 60 pessoas, a maioria dos quais eram membros do pessoal da embaixada, bem como fuzileiros e marinheiros. Foi o mais mortífero ataque a uma missão diplomática dos USA até à data, e é visto por alguns analistas como o início de uma série de ataques contra os Estados Unidos por grupos fundamentalistas islâmicos.
A organização fundamentalista islâmica Hezbollah, às vezes descrita como um grupo que vive na sombra, assumiu a responsabilidade pela explosão, com uma mensagem "prometendo não permitir que somente um norte-americano se mantivesse em solo libanês ... o que significa cada centímetro de território libanês ...”.
O ataque foi uma das mais desagradáveis consequências da intervenção da Força Multinacional do Líbano, que era formada por algumas potências ocidentais, incluindo os Estados Unidos da América e França, e que tentou restabelecer a ordem e a autoridade do governo central, depois da eclosão da Guerra Civil Libanesa em 1975. Este ataque ocorreu apenas quatro anos após a Revolução Iraniana (que ocorreu em 1979) e que foi em particular anti-americana (e anti-ocidental em geral) e também na sequência do massacre de palestinianos nos campos de refugiados de Sabra e Chatila, realizado pelas milícias cristãs maronitas libanesas.
   

sábado, abril 13, 2024

Um atentado, seguido de massacre, deu início à Guerra Civil Libanesa há 49 anos

     
O Massacre do Autocarro (também conhecido como incidente ou massacre de Ayin-el-Remmaneh) é comummente apresentado como a espoleta que detonou os conflitos sectários que culminaram na Guerra Civil Libanesa.

História
Em 13 de abril de 1975, no subúrbio cristão de Ayin-el-Remmaneh, no leste de Beirute, atiradores não-identificados, viajando dentro de um automóvel a alta velocidade, abriram fogo contra membros do Partido Kata'ib (mais conhecido como Falanges Libanesas) que deixavam uma cerimónia na igreja maronita. Pierre Gemayel, líder do Kata'ib e patriarca de uma das mais poderosas famílias do Líbano, estava presente e escapou ileso do atentado, que deixou quatro mortos e foi imediatamente atribuído a grupos palestinianos.
Horas mais tarde, partidários dos Gemayel retaliaram, matando vinte e seis militantes da Frente Popular para a Libertação da Palestina - Comando Geral (ou FPLP-CG, uma dissidência radical da Frente) que viajavam num autocarro em Ayin-el-Remmaneh, após assistirem a uma conferência da FPLP-CG, e estavam a caminho do campo de refugiados palestiniano de Tel al-Zaatar. Conforme a notícia do assassinato se espalhava, eclodiam confrontos armados entre milícias palestinas e as falanges por toda a cidade de Beirute. Logo as milícias que integravam o Movimento Nacional Libanês entraram na batalha, ao lado dos palestinianos.
Numerosas tentativas de cessa-fogo e conversações políticas fracassaram. Episódios esporádicos de violência cresceram até culminarem em uma guerra civil que matou oitenta mil pessoas nos dois anos seguintes.
   

quinta-feira, março 14, 2024

Israel invadiu o Líbano há 46 anos

  
A Operação Litani foi o nome da primeira ofensiva de grande envergadura efetuadas pelas Forças de Defesa de Israel durante a Guerra Civil Libanesa. As tropas israelitas invadiram o sul do Líbano em 14 de março de 1978 e chegaram até o rio Litani, com o objetivo de liquidar as bases da Organização de Libertação da Palestina no país. A partir do sul libanês, a guerrilha palestiniana costumava contra-atacar o norte de Israel, como reação à ocupação israelita da Cisjordânia e Faixa de Gaza e à dura repressão militar de Israel contra os palestinianos destas duas regiões, destinadas pela O.N.U. a um futuro estado palestiniano.
A operação teve êxito relativo do ponto de vista militar, pois as forças israelitas conseguiram expulsar a OLP do sul do Líbano momentaneamente. A ofensiva israelita matou milhares de libaneses em poucos dias de combates. Os combatentes palestinianos foram obrigados a abrigar-se ao norte do rio Litani provisoriamente, alguns meses depois, a resistência palestiniana voltaria a contra-atacar o norte de Israel.
Com os protestos do governo libanês, o Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou as resoluções 425 e 426 que exigiram uma retirada "imediata" das tropas de Israel e criavam a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul). Contudo, a Finul não conseguiu desmobilizar o exército de Israel do sul do Líbano. As forças israelitas ocuparam a região 22 anos e só se retiraram em maio de 2000. Antes do recuo tático em 15 de junho de 1978, os israelitas puseram no seu lugar uma milícia libanesa aliada, o Exército do Líbano Livre, futuro Exército do Sul do Líbano, o ESL
  
(...)
  
A Operação Litani também marcou a reaproximação entre a Síria e a OLP, estremecida pela intervenção síria em favor da extrema-direita libanesa, na primavera de 1976. Mas esta aliança, como todas as forjadas no Líbano, não duraria muito. Síria e Israel mantinham um acordo tácito no Líbano desde o início da Guerra Civil Libanesa, chamada de Linhas Vermelhas, segundo as quais, as forças sírias só poderiam atuar em território libanês ao norte do rio Litani, sendo vedada a presença da aviação síria sob o céu do Líbano. O sul do rio Litani ficaria, desta forma, sob o controle israelita.
  
   

segunda-feira, outubro 23, 2023

Um duplo atentado, há quarenta anos, acabou com Força Multinacional do Líbano...

Destruição do quartel americano, instalado no Aeroporto Internacional de Beirute

   
Os atentados contra os quartéis de Beirute em 1983 (Beirute, Líbano, 23 de outubro de 1983) foram dois ataques suicidas realizados durante a Guerra Civil Libanesa, quando dois camiões-bomba atingiram edifícios que alojavam militares dos Estados Unidos da América e da França, membros da Força Multinacional do Líbano, matando 299 soldados americanos e franceses. A organização Jihad Islâmica reivindicou a responsabilidade pelo atentado terrorista, mas, segundo o especialista Juan Cole, essa organização é o nome de guerra do Hezbollah ou um grupo que viria a se tornar parte do Hezbollah, recebendo ajuda da República Islâmica do Irão.
O ataque ao quartel de fuzileiros navais americanos, cujo contingente estava baseado no Aeroporto Internacional de Beirute, às 06.22 horas, deixou sessenta feridos e 241 militares americanos mortos (220 fuzileiros navais, 18 militares da Marinha e três soldados do Exército). Foi o maior número de fuzileiros americanos mortos em um único dia, desde a Batalha de Iwo Jima, na II Guerra Mundial. Foi também o maior número de militares dos Estados Unidos mortos num único dia desde o primeiro dia da Ofensiva do Tet, durante a Guerra do Vietname, e o pior ataque isolado sofrido pelos USA no exterior, desde a Segunda Guerra Mundial.
No ataque ao quartel francês - o edifício 'Drakkar', de oito andares - realizado dois minutos após o ataque aos fuzileiros americanos, 58 pára-quedistas do Primeiro Regimento de Caçadores Pára-quedistas foram mortos e 15 ficaram feridos. Para as forças francesas, foi o maior número de baixas já registado num único evento, desde o final da Guerra da Argélia.
Os atentados levaram à retirada da força de paz internacional do Líbano, onde estavam postadas desde a retirada da Organização pela Libertação da Palestina, que se seguiu à invasão do Líbano por Israel, em 1982.
          
   
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terça-feira, abril 18, 2023

Há quarenta a anos a embaixada norte-americana de Beirute foi alvo de ataque terrorista


  

O ataque à embaixada dos Estados Unidos no Líbano foi um atentado terrorista contra Embaixada dos Estados Unidos da América na capital libanesa, Beirute, que ocorreu a 18 de abril de 1983. Matou mais de 60 pessoas, a maioria dos quais eram membros do pessoal da embaixada, bem como fuzileiros e marinheiros. Foi o mais mortífero ataque a uma missão diplomática dos USA até à data, e é visto por alguns analistas como o início de uma série de ataques contra os Estados Unidos por grupos fundamentalistas islâmicos.
A organização fundamentalista islâmica Hezbollah, às vezes descrita como um grupo que vive na sombra, assumiu a responsabilidade pela explosão, com uma mensagem "prometendo não permitir que somente um norte-americano se mantivesse em solo libanês ... o que significa cada centímetro de território libanês ...”.
O ataque foi uma das mais desagradáveis consequências da intervenção da Força Multinacional do Líbano, que era formada por algumas potências ocidentais, incluindo os Estados Unidos da América e França, e que tentou restabelecer a ordem e a autoridade do governo central, depois da eclosão da Guerra Civil Libanesa em 1975. Este ataque ocorreu apenas quatro anos após a Revolução Iraniana (que ocorreu em 1979) e que foi em particular anti-americana (e anti-ocidental em geral) e também na sequência do massacre de palestinianos nos campos de refugiados de Sabra e Chatila, realizado pelas milícias cristãs maronitas libanesas.
   

 

quinta-feira, abril 13, 2023

Um atentado, seguido de massacre, deu início à Guerra Civil Libanesa há 48 anos

     
O Massacre do Autocarro (também conhecido como incidente ou massacre de Ayin-el-Remmaneh) é comummente apresentado como a espoleta que detonou os conflitos sectários que culminaram na Guerra Civil Libanesa.

História
Em 13 de abril de 1975, no subúrbio cristão de Ayin-el-Remmaneh, no leste de Beirute, atiradores não-identificados, viajando dentro de um automóvel a alta velocidade, abriram fogo contra membros do Partido Kata'ib (mais conhecido como Falanges Libanesas) que deixavam uma cerimónia na igreja maronita. Pierre Gemayel, líder do Kata'ib e patriarca de uma das mais poderosas famílias do Líbano, estava presente e escapou ileso do atentado, que deixou quatro mortos e foi imediatamente atribuído a grupos palestinianos.
Horas mais tarde, partidários dos Gemayel retaliaram, matando vinte e seis militantes da Frente Popular para a Libertação da Palestina - Comando Geral (ou FPLP-CG, uma dissidência radical da Frente) que viajavam num autocarro em Ayin-el-Remmaneh, após assistirem a uma conferência da FPLP-CG, e estavam a caminho do campo de refugiados palestiniano de Tel al-Zaatar. Conforme a notícia do assassinato se espalhava, eclodiam confrontos armados entre milícias palestinas e as falanges por toda a cidade de Beirute. Logo as milícias que integravam o Movimento Nacional Libanês entraram na batalha, ao lado dos palestinianos.
Numerosas tentativas de cessa-fogo e conversações políticas fracassaram. Episódios esporádicos de violência cresceram até culminarem em uma guerra civil que matou oitenta mil pessoas nos dois anos seguintes.
   

terça-feira, março 14, 2023

Israel invadiu o Líbano há 45 anos

  
A Operação Litani foi o nome da primeira ofensiva de grande envergadura efetuadas pelas Forças de Defesa de Israel durante a Guerra Civil Libanesa. As tropas israelitas invadiram o sul do Líbano em 14 de março de 1978 e chegaram até o rio Litani, com o objetivo de liquidar as bases da Organização de Libertação da Palestina no país. A partir do sul libanês, a guerrilha palestiniana costumava contra-atacar o norte de Israel, como reação à ocupação israelita da Cisjordânia e Faixa de Gaza e à dura repressão militar de Israel contra os palestinianos destas duas regiões, destinadas pela O.N.U. a um futuro estado palestiniano.
A operação teve êxito relativo do ponto de vista militar, pois as forças israelitas conseguiram expulsar a OLP do sul do Líbano momentaneamente. A ofensiva israelita matou milhares de libaneses em poucos dias de combates. Os combatentes palestinianos foram obrigados a abrigar-se ao norte do rio Litani provisoriamente, alguns meses depois, a resistência palestiniana voltaria a contra-atacar o norte de Israel.
Com os protestos do governo libanês, o Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou as resoluções 425 e 426 que exigiram uma retirada "imediata" das tropas de Israel e criavam a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul). Contudo, a Finul não conseguiu desmobilizar o exército de Israel do sul do Líbano. As forças israelitas ocuparam a região 22 anos e só se retiraram em maio de 2000. Antes do recuo tático em 15 de junho de 1978, os israelitas puseram no seu lugar uma milícia libanesa aliada, o Exército do Líbano Livre, futuro Exército do Sul do Líbano, o ESL
  
(...)
  
A Operação Litani também marcou a reaproximação entre a Síria e a OLP, estremecida pela intervenção síria em favor da extrema-direita libanesa, na primavera de 1976. Mas esta aliança, como todas as forjadas no Líbano, não duraria muito. Síria e Israel mantinham um acordo tácito no Líbano desde o início da Guerra Civil Libanesa, chamada de Linhas Vermelhas, segundo as quais, as forças sírias só poderiam atuar em território libanês ao norte do rio Litani, sendo vedada a presença da aviação síria sob o céu do Líbano. O sul do rio Litani ficaria, desta forma, sob o controle israelita.
  
   

domingo, outubro 23, 2022

A Força Multinacional do Líbano acabou com um duplo atentado há 39 anos

 Destruição do quartel americano, instalado no Aeroporto Internacional de Beirute
   
Os atentados contra os quartéis de Beirute em 1983 (Beirute, Líbano, 23 de outubro de 1983) foram dois ataques suicidas realizados durante a Guerra Civil Libanesa, quando dois camiões-bomba atingiram edifícios que alojavam militares dos Estados Unidos da América e da França, membros da Força Multinacional do Líbano, matando 299 soldados americanos e franceses. A organização Jihad Islâmica reivindicou a responsabilidade pelo atentado terrorista, mas, segundo o especialista Juan Cole, essa organização é o nome de guerra do Hezbollah ou um grupo que viria a se tornar parte do Hezbollah, recebendo ajuda da República Islâmica do Irão.
O ataque ao quartel de fuzileiros navais americanos, cujo contingente estava baseado no Aeroporto Internacional de Beirute, às 06.22 horas, deixou sessenta feridos e 241 militares americanos mortos (220 fuzileiros navais, 18 militares da Marinha e três soldados do Exército). Foi o maior número de fuzileiros americanos mortos em um único dia, desde a Batalha de Iwo Jima, na II Guerra Mundial. Foi também o maior número de militares dos Estados Unidos mortos num único dia desde o primeiro dia da Ofensiva do Tet, durante a Guerra do Vietname, e o pior ataque isolado sofrido pelos USA no exterior, desde a Segunda Guerra Mundial.
No ataque ao quartel francês - o edifício 'Drakkar', de oito andares - realizado dois minutos após o ataque aos fuzileiros americanos, 58 pára-quedistas do Primeiro Regimento de Caçadores Pára-quedistas foram mortos e 15 ficaram feridos. Para as forças francesas, foi o maior número de baixas já registado num único evento, desde o final da Guerra da Argélia.
Os atentados levaram à retirada da força de paz internacional do Líbano, onde estavam postadas desde a retirada da Organização pela Libertação da Palestina, que se seguiu à invasão do Líbano por Israel, em 1982.
          
   
in Wikipédia

segunda-feira, abril 18, 2022

A Embaixada norte-americana em Beirute foi alvo de ataque terrorista há 39 anos

   
O ataque à embaixada dos Estados Unidos no Líbano foi um atentado terrorista contra Embaixada dos Estados Unidos da América na capital libanesa, Beirute, que ocorreu a 18 de abril de 1983. Matou mais de 60 pessoas, a maioria dos quais eram membros do pessoal da embaixada, bem como fuzileiros e marinheiros. Foi o mais mortífero ataque a uma missão diplomática dos USA até à data, e é visto por alguns analistas como o início de uma série de ataques contra os Estados Unidos por grupos fundamentalistas islâmicos.
A organização fundamentalista islâmica Hezbollah, às vezes descrita como um grupo que vive na sombra, assumiu a responsabilidade pela explosão, com uma mensagem "prometendo não permitir que somente um norte-americano se mantivesse em solo libanês ... o que significa cada centímetro de território libanês ...”.
O ataque foi uma das mais desagradáveis consequências da intervenção da Força Multinacional do Líbano, que era formada por algumas potências ocidentais, incluindo os Estados Unidos da América e França, e que tentou restabelecer a ordem e a autoridade do governo central, depois da eclosão da Guerra Civil Libanesa em 1975. Este ataque ocorreu em apenas quatro anos após a Revolução Iraniana (que ocorreu em 1979) e que foi em particular anti-americana (e anti-ocidental em geral) e também na sequência do massacre de palestinianos nos campos de refugiados de Sabra e Chatila, realizado pelas milícias cristãs maronitas libanesas.
   

quarta-feira, abril 13, 2022

Há 47 anos um atentado, seguido de massacre, deu início à Guerra Civil Libanesa

     
O Massacre do Autocarro (também conhecido como incidente ou massacre de Ayin-el-Remmaneh) é comummente apresentado como a espoleta que detonou os conflitos sectários que culminaram na Guerra Civil Libanesa.

História
Em 13 de abril de 1975, no subúrbio cristão de Ayin-el-Remmaneh, no leste de Beirute, atiradores não-identificados, viajando dentro de um automóvel a alta velocidade, abriram fogo contra membros do Partido Kata'ib (mais conhecido como Falanges Libanesas) que deixavam uma cerimónia na igreja maronita. Pierre Gemayel, líder do Kata'ib e patriarca de uma das mais poderosas famílias do Líbano, estava presente e escapou ileso do atentado, que deixou quatro mortos e foi imediatamente atribuído a grupos palestinianos.
Horas mais tarde, partidários dos Gemayel retaliaram, matando vinte e seis militantes da Frente Popular para a Libertação da Palestina-Comando Geral (ou FPLP-CG, uma dissidência radical da Frente) que viajavam num autocarro em Ayin-el-Remmaneh, após assistirem a uma conferência da FPLP-CG, e estavam a caminho do campo de refugiados palestiniano de Tel al-Zaatar. Conforme a notícia do assassinato se espalhava, eclodiam confrontos armados entre milícias palestinas e as falanges por toda a cidade de Beirute. Logo as milícias que integravam o Movimento Nacional Libanês entraram na batalha, ao lado dos palestinianos.
Numerosas tentativas de cessa-fogo e conversações políticas fracassaram. Episódios esporádicos de violência cresceram até culminarem em uma guerra civil que matou oitenta mil pessoas nos dois anos seguintes.
   

segunda-feira, março 14, 2022

Israel invadiu o Líbano há 44 anos

  
A Operação Litani foi o nome da primeira ofensiva de grande envergadura efetuadas pelas Forças de Defesa de Israel durante a Guerra Civil Libanesa. As tropas israelitas invadiaram o sul do Líbano em 14 de março de 1978 e chegaram até o rio Litani, com o objetivo de liquidar as bases da Organização de Libertação da Palestina no país. A partir do sul libanês, a guerrilha palestiniana costumava contra-atacar o norte de Israel, como reação à ocupação israelita da Cisjordânia e Faixa de Gaza e à dura repressão militar de Israel contra os palestinianos destas duas regiões, destinadas pela O.N.U. a um futuro estado palestiniano.
A operação teve êxito relativo do ponto de vista militar, pois as forças israelitas conseguiram expulsar a OLP do sul do Líbano momentaneamente. A ofensiva israelita matou milhares de libaneses em poucos dias de combates. Os combatentes palestinianos foram obrigados a abrigar-se ao norte do rio Litani provisoriamente, alguns meses depois, a resistência palestiniana voltaria a contra-atacar o norte de Israel.
Com os protestos do governo libanês, o Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou as resoluções 425 e 426 que exigiram uma retirada "imediata" das tropas de Israel e criavam a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul). Contudo, a Finul não conseguiu desmobilizar o exército de Israel do sul do Líbano. As forças israelitas ocuparam a região 22 anos e só se retiraram em maio de 2000. Antes do recuo tático em 15 de junho de 1978, os israelitas puseram no seu lugar uma milícia libanesa aliada, o Exército do Líbano Livre, futuro Exército do Sul do Líbano, o ESL
  
(...)
  
A Operação Litani também marcou a reaproximação entre a Síria e a OLP, estremecida pela intervenção síria em favor da extrema-direita libanesa, na primavera de 1976. Mas esta aliança, como todas as forjadas no Líbano, não duraria muito. Síria e Israel mantinham um acordo tácito no Líbano desde o início da Guerra Civil Libanesa, chamada de Linhas Vermelhas, segundo as quais, as forças sírias só poderiam atuar em território libanês ao norte do rio Litani, sendo vedada a presença da aviação síria sob o céu do Líbano. O sul do rio Litani ficaria, desta forma, sob o controle israelita.
  
   

sábado, outubro 23, 2021

Um duplo atentado pôs em fuga a Força Multinacional do Líbano há 38 anos

 Destruição do quartel americano, instalado no Aeroporto Internacional de Beirute
   
Os atentados contra os quartéis de Beirute em 1983 (Beirute, Líbano, 23 de outubro de 1983) foram dois ataques suicidas realizados durante a Guerra Civil Libanesa, quando dois camiões-bomba atingiram edifícios que alojavam militares dos Estados Unidos da América e da França, membros da Força Multinacional do Líbano, matando 299 soldados americanos e franceses. A organização Jihad Islâmica reivindicou a responsabilidade pelo atentado terrorista, mas, segundo o especialista Juan Cole, essa organização é um nome de guerra do Hezbollah ou um grupo que viria a se tornar parte do Hezbollah, recebendo ajuda da República Islâmica do Irão.
O ataque ao quartel de fuzileiros navais americanos, cujo contingente estava baseado no Aeroporto Internacional de Beirute, às 06.22 horas, deixou sessenta feridos e 241 militares americanos mortos (220 fuzileiros navais, 18 militares da Marinha e três soldados do Exército). Foi o maior número de fuzileiros americanos mortos em um único dia, desde a Batalha de Iwo Jima, na II Guerra Mundial. Foi também o maior número de militares dos Estados Unidos mortos num único dia desde o primeiro dia da Ofensiva do Tet, durante a Guerra do Vietname, e o pior ataque isolado sofrido pelos USA no exterior, desde a Segunda Guerra Mundial.
No ataque ao quartel francês - o edifício 'Drakkar', de oito andares - realizado dois minutos após o ataque aos fuzileiros americanos, 58 pára-quedistas do Primeiro Regimento de Caçadores Pára-quedistas foram mortos e 15 ficaram feridos. Para as forças francesas, foi o maior número de baixas já registado num único evento, desde o final da Guerra da Argélia.
Os atentados levaram à retirada da força de paz internacional do Líbano, onde estavam postadas desde a retirada da Organização pela Libertação da Palestina, que se seguiu à invasão do Líbano por Israel, em 1982.
     

domingo, abril 18, 2021

A Embaixada norte-americana em Beirute foi alvo de ataque há 38 anos

   
O ataque à embaixada dos Estados Unidos no Líbano foi um atentado terrorista contra Embaixada dos Estados Unidos da América na capital libanesa, Beirute, que ocorreu a 18 de abril de 1983. Matou mais de 60 pessoas, a maioria dos quais eram membros do pessoal da embaixada, bem como fuzileiros e marinheiros. Foi o mais mortífero ataque a uma missão diplomática dos USA até à data, e é visto por alguns analistas como o início de uma série de ataques contra os Estados Unidos por grupos fundamentalistas islâmicos.
A organização fundamentalista islâmica Hezbollah, às vezes descrita como um grupo que vive na sombra, assumiu a responsabilidade pela explosão, com uma mensagem "prometendo não permitir que somente um norte-americano se mantivesse em solo libanês ... o que significa cada centímetro de território libanês ...”.
O ataque foi uma das mais desagradáveis consequências da intervenção da Força Multinacional do Líbano, que era formada por algumas potências ocidentais, incluindo os Estados Unidos da América e França, e que tentou restabelecer a ordem e a autoridade do governo central, depois da eclosão da Guerra Civil Libanesa em 1975. Este ataque ocorreu em apenas quatro anos após a Revolução Iraniana (que ocorreu em 1979) e que foi em particular anti-americana (e anti-ocidental em geral) e também na sequência do massacre de palestinianos nos campos de refugiados de Sabra e Chatila, realizado pelas milícias cristãs maronitas libanesas.
   

terça-feira, abril 13, 2021

Um assassinato, seguido de massacre, deu início à Guerra Civil Libanesa há 46 anos

  
O Massacre do Autocarro (também conhecido como incidente ou massacre de Ayin-el-Remmaneh) é comummente apresentado como a faísca que detonou os conflitos sectários que culminaram na Guerra Civil Libanesa.

História
Em 13 de abril de 1975, no subúrbio cristão de Ayin-el-Remmaneh, no leste de Beirute, atiradores não-identificados, viajando dentro de um automóvel a alta velocidade, abriram fogo contra membros do Partido Kata'ib (mais conhecido como Falanges Libanesas) que deixavam uma cerimónia na igreja maronita. Pierre Gemayel, líder do Kata'ib e patriarca de uma das mais poderosas famílias do Líbano, estava presente e escapou ileso do atentado, que deixou quatro mortos e foi imediatamente atribuído a grupos palestinianos.
Horas mais tarde, partidários dos Gemayel retaliaram, matando 26 militantes da Frente Popular para a Libertação da Palestina-Comando Geral (ou FPLP-CG, uma dissidência radical da Frente) que viajavam num autocarro em Ayin-el-Remmaneh, após assistirem a uma conferência da FPLP-CG, e estavam a caminho do campo de refugiados palestiniano de Tel al-Zaatar. Conforme a notícia do assassinato se espalhava, eclodiam confrontos armados entre milícias palestinas e as falanges por toda a cidade de Beirute. Logo as milícias que integravam o Movimento Nacional Libanês entraram na batalha, ao lado dos palestinianos.
Numerosas tentativas de cessa-fogo e conversações políticas fracassaram. Episódios esporádicos de violência cresceram até culminarem em uma guerra civil que matou 80 mil pessoas nos dois anos seguintes.

domingo, março 14, 2021

Israel invadiu o Líbano há 43 anos

  
A Operação Litani foi o nome da primeira ofensiva de grande envergadura efetuadas pelas Forças de Defesa de Israel durante a Guerra Civil Libanesa. As tropas israelitas invadiaram o sul do Líbano em 14 de março de 1978 e chegaram até o rio Litani, com o objetivo de liquidar as bases da Organização de Libertação da Palestina no país. A partir do sul libanês, a guerrilha palestiniana costumava contra-atacar o norte de Israel, como reação à ocupação israelita da Cisjordânia e Faixa de Gaza e à dura repressão militar de Israel contra os palestinianos destas duas regiões, destinadas pela O.N.U. a um futuro estado palestiniano.
A operação teve êxito relativo do ponto de vista militar, pois as forças israelitas conseguiram expulsar a OLP do sul do Líbano momentaneamente. A ofensiva israelita matou milhares de libaneses em poucos dias de combates. Os combatentes palestinianos foram obrigados a abrigar-se ao norte do rio Litani provisoriamente, alguns meses depois, a resistência palestiniana voltaria a contra-atacar o norte de Israel.
Com os protestos do governo libanês, o Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou as resoluções 425 e 426 que exigiram uma retirada "imediata" das tropas de Israel e criavam a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul). Contudo, a Finul não conseguiu desmobilizar o exército de Israel do sul do Líbano. As forças israelitas ocuparam a região 22 anos e só se retiraram em maio de 2000. Antes do recuo tático em 15 de junho de 1978, os israelitas puseram no seu lugar uma milícia libanesa aliada, o Exército do Líbano Livre, futuro Exército do Sul do Líbano, o ESL
  
(...)
  
A Operação Litani também marcou a reaproximação entre a Síria e a OLP, estremecida pela intervenção síria em favor da extrema-direita libanesa, na primavera de 1976. Mas esta aliança, como todas as forjadas no Líbano, não duraria muito. Síria e Israel mantinham um acordo tácito no Líbano desde o início da Guerra Civil Libanesa, chamada de Linhas Vermelhas, segundo as quais, as forças sírias só poderiam atuar em território libanês ao norte do rio Litani, sendo vedada a presença da aviação síria sob o céu do Líbano. O sul do rio Litani ficaria, desta forma, sob o controle israelita.
  
   

sexta-feira, outubro 23, 2020

Um duplo atentado levou à fuga da Força Multinacional do Líbano há 37 anos

 Destruição do quartel americano, instalado no Aeroporto Internacional de Beirute
   
Os atentados contra os quartéis de Beirute em 1983 (Beirute, Líbano, 23 de outubro de 1983) foram dois ataques suicidas realizados durante a Guerra Civil Libanesa, quando dois camiões-bomba atingiram edifícios que alojavam militares dos Estados Unidos da América e da França, membros da Força Multinacional do Líbano, matando 299 soldados americanos e franceses. A organização Jihad Islâmica reivindicou a responsabilidade pelo atentado terrorista, mas, segundo o especialista Juan Cole, essa organização é um nome de guerra do Hezbollah ou um grupo que viria a se tornar parte do Hezbollah, recebendo ajuda da República Islâmica do Irão.
O ataque ao quartel de fuzileiros navais americanos, cujo contingente estava baseado no Aeroporto Internacional de Beirute, às 06.22 horas, deixou sessenta feridos e 241 militares americanos mortos (220 fuzileiros navais, 18 militares da Marinha e três soldados do Exército). Foi o maior número de fuzileiros americanos mortos em um único dia, desde a Batalha de Iwo Jima, na II Guerra Mundial. Foi também o maior número de militares dos Estados Unidos mortos num único dia desde o primeiro dia da Ofensiva do Tet, durante a Guerra do Vietname, e o pior ataque isolado sofrido pelos USA no exterior, desde a Segunda Guerra Mundial.
No ataque ao quartel francês - o edifício 'Drakkar', de oito andares - realizado dois minutos após o ataque aos fuzileiros americanos, 58 pára-quedistas do Primeiro Regimento de Caçadores Pára-quedistas foram mortos e 15 ficaram feridos. Para as forças francesas, foi o maior número de baixas já registrado em um único evento, desde o final da Guerra da Argélia.
Os atentados levaram à retirada da força de paz internacional do Líbano, onde estavam postadas desde a retirada da Organização pela Libertação da Palestina, que se seguiu à invasão do Líbano por Israel, em 1982.
   

segunda-feira, abril 13, 2020

Há 45 anos um assassinato seguido de um massacre deu início à Guerra Civil Libanesa

O Massacre do Autocarro (também conhecido como incidente ou massacre de Ayin-el-Remmaneh) é comummente apresentado como a faísca que detonou os conflitos sectários que culminaram na Guerra Civil Libanesa.

História
Em 13 de abril de 1975, no subúrbio cristão de Ayin-el-Remmaneh, no leste de Beirute, atiradores não-identificados, viajando dentro de um automóvel a alta velocidade, abriram fogo contra membros do Partido Kata'ib (mais conhecido como Falanges Libanesas) que deixavam uma cerimônia na igreja maronita. Pierre Gemayel, líder do Kata'ib e patriarca de uma das mais poderosas famílias do Líbano, estava presente e escapou ileso do atentado que deixou quatro mortos e foi imediatamente atribuído a grupos palestinianos.
Horas mais tarde, partidários dos Gemayel retaliaram, matando 26 militantes da Frente Popular para a Libertação da Palestina-Comando Geral (ou FPLP-CG, uma dissidência radical da Frente) que viajavam num autocarro em Ayin-el-Remmaneh, após assistirem a uma conferência da FPLP-CG, e estavam a caminho do campo de refugiados palestiniano de Tel al-Zaatar. Conforme a notícia do assassinato se espalhava, eclodiam confrontos armados entre milícias palestinas e as falanges por toda a cidade de Beirute. Logo as milícias que integravam o Movimento Nacional Libanês entraram na batalha, ao lado dos palestinianos.
Numerosas tentativas de cessa-fogo e conversações políticas fracassaram. Episódios esporádicos de violência cresceram até culminarem em uma guerra civil que matou 80 mil pessoas nos dois anos seguintes.

terça-feira, outubro 23, 2018

Um duplo atentado há 35 anos levou à saída da Força Multinacional do Líbano

 Destruição do quartel americano, instalado no Aeroporto Internacional de Beirute
  
Os atentados contra os quartéis de Beirute em 1983 (Beirute, Líbano, 23 de outubro de 1983) foram dois ataques suicidas realizados durante a Guerra Civil Libanesa, quando dois camiões-bomba atingiram edifícios que alojavam militares dos Estados Unidos da América e da França, membros da Força Multinacional do Líbano, matando 299 soldados americanos e franceses. A organização Jihad Islâmica reivindicou a responsabilidade pelo atentado terrorista, mas, segundo o especialista Juan Cole, essa organização é um nome de guerra do Hezbollah ou um grupo que viria a se tornar parte do Hezbollah, recebendo ajuda da República Islâmica do Irão.
O ataque ao quartel de fuzileiros navais americanos, cujo contingente estava baseado no Aeroporto Internacional de Beirute, às 06.22 horas, deixou sessenta feridos e 241 militares americanos mortos (220 fuzileiros navais, 18 militares da Marinha e três soldados do Exército). Foi o maior número de fuzileiros americanos mortos num único dia, desde a Batalha de Iwo Jima, na II Guerra Mundial. Foi também o maior número de militares dos Estados Unidos mortos num único dia desde o primeiro dia da Ofensiva do Tet, durante a Guerra do Vietname, e o pior ataque isolado sofrido pelos USA no exterior, desde a Segunda Guerra Mundial.
No ataque ao quartel francês - o edifício 'Drakkar', de oito andares - realizado dois minutos após o ataque aos fuzileiros americanos, 58 pára-quedistas do Primeiro Regimento de Caçadores Pára-quedistas foram mortos e 15 ficaram feridos. Para as forças francesas, foi o maior número de baixas já registado num único evento, desde o final da Guerra da Argélia.
Os atentados levaram à retirada da força de paz internacional do Líbano, onde estavam colocadas desde a retirada da Organização pela Libertação da Palestina, que se seguiu à invasão do Líbano por Israel, em 1982.
 

quarta-feira, abril 18, 2018

O atentado contra a Embaixada dos USA em Beirute foi há 35 anos

O ataque à embaixada dos Estados Unidos no Líbano foi um atentado terrorista contra Embaixada dos Estados Unidos da América na capital libanesa, Beirute, que ocorreu a 18 de abril de 1983. Matou mais de 60 pessoas, a maioria dos quais eram membros do pessoal da embaixada, bem como fuzileiros e marinheiros. Foi o mais mortífero ataque a uma missão diplomática dos USA até à data, e é visto por alguns analistas como o início de uma série de ataques contra os Estados Unidos por grupos fundamentalistas islâmicos.
A organização fundamentalista islâmica Hezbollah, às vezes descrita como um grupo que vive na sombra, assumiu a responsabilidade pela explosão, com uma mensagem "prometendo não permitir que somente um norte-americano se mantivesse em solo libanês ... o que significa cada centímetro de território libanês ...”.
O ataque foi uma das mais desagradáveis consequências da intervenção da Força Multinacional do Líbano, que era formada por algumas potências ocidentais, incluindo os Estados Unidos da América e França, e que tentou restabelecer a ordem e a autoridade do governo central, depois da eclosão da Guerra Civil Libanesa em 1975. Este ataque ocorreu em apenas quatro anos após a Revolução Iraniana (que ocorreu em 1979) e que foi em particular anti-americana (e anti-ocidental em geral) e também na sequência do massacre de palestinianos nos campos de refugiados de Sabra e Chatila, realizado pelas milícias cristãs maronitas libanesas.