Fui colher uma romã - António Zambujo (com Grupo Coral de Vila Nova de São Bento)
Composição: Popular alentejana
Eu quero ir p'ra cidade
Já que o campo me aborrece
Que eu lá na cidade tenho
Que eu lá na cidade tenho
Quem penas por mim padece
Fui colher uma romã
Estava madura no ramo
Fui encontrar no jardim
Fui encontrar no jardim
Aquela mulher que eu amo
Aquela mulher que eu amo
Dei-lhe um aperto de mão
Estava madura no ramo
Estava madura no ramo
E o ramo caiu ao chão
As pombas quando namoram
Pousam as asas no chão
Que é para os pombos não verem
Que é para os pombos não verem
O partir do coração
Fui colher uma romã
Estava madura no ramo
Fui encontrar no jardim
Fui encontrar no jardim
Aquela mulher que eu amo
Aquela mulher que eu amo
Dei-lhe um aperto de mão
Estava madura no ramo
Estava madura no ramo
E o ramo caiu ao chão
Estava madura no ramo
Estava madura no ramo
E o ramo caiu ao chão
Dá-me uma gotinha de água - António Zambujo (com Grupo Coral de Vila Nova de São Bento)
Composição: Popular alentejana
Fui à fonte beber água
Achei um raminho verde
Quem o perdeu tinha amores
Quem o perdeu tinha amores
Quem o achou tinha sede
Dá-me uma gotinha d'água
Dessa que eu oiço correr
Entre pedras e pedrinhas
Entre pedras e pedrinhas
Alguma gota há-de haver
Alguma gota há-de haver
Quero molhar a garganta
Quero cantar como a rola
Quero cantar como a rola
Como a rola ninguém canta
A água pela fonte corre
Limpa, clara, fresca e pura
Assim correm os meus olhos
Assim correm os meus olhos
Para a tua formosura
Dá-me uma gotinha d'água
Dessa que eu oiço correr
Entre pedras e pedrinhas
Entre pedras e pedrinhas
Alguma gota há-de haver
Alguma gota há-de haver
Quero molhar a garganta
Quero cantar como a rola
Quero cantar como a rola
Como a rola ninguém canta
Quero cantar como a rola
Quero cantar como a rola
Como a rola ninguém canta
Chamateia - António Zambujo (com as Vozes Búlgaras Angelite)
Composição: António Melo Sousa / Luís Alberto Bettencourt
No berço que a ilha encerra
Bebo as rimas deste canto
No mar alto desta terra
Nada a razão do meu pranto
Mas no terreiro da vida
O jantar serve de ceia
E mesmo a dor mais sentida
Dá lugar à chamateia
Oh meu bem
Oh chamarrita
Meu alento, vai e vem
Vou embarcar nesta dança
Sapateia, oh meu bem
Se a sapateia não der
Pra acalmar minh´alma inquieta
Estou pro que der e vier
Nas voltas da chamarrita
Chamarrita, sapateia
Eu quero é contradizer
O aperto desta bruma
Que às vezes me quer vencer