domingo, fevereiro 10, 2013

Notícia sobre vulcões de lama, comunidades quimiossintéticas e recursos energéticos na (futura) ZEE portuguesa

Os vulcões de lama do golfo de Cádis e as amêijoas gigantes que lá vivem

Zonas de emissão de gases no fundo do mar sustentam ecossistemas biológicos que obtêm nutrientes através da síntese de elementos químicos, em vez da luz solar. É o caso de certas amêijoas.

Frente a Portugal e Espanha, a alguns milhares de metros de profundidade, o chão do golfo de Cádis está pejado de vulcões de lama. A esses vulcões juntam-se agora outros três, um deles coberto por amêijoas gigantes. Mas, teremos ouvido bem? Vulcões de lama e amêijoas gigantes?

É isso mesmo: estes vulcões expelem materiais argilosos, muitas vezes carregados de gases vindos do interior da Terra, essencialmente metano, que depois fica aprisionado nas moléculas de água congelada nos sedimentos. Os hidratos de gás, uma combinação de metano e outros gases presos nos cristais de gelo, são conhecidos no mar desde os anos de 1970. No golfo de Cádis, a sua detecção, e logo com hidratos de gás, deu-se em 1999, na área marroquina.

Nessa expedição, de cientistas norte-americanos, encontravam-se portugueses, daí que um dos vulcões se chame Adamastor. No ano seguinte, localizou-se o primeiro em águas portuguesas, o Bonjardim.

O golfo de Cádis é uma zona de fronteira de placas tectónicas, neste caso, as placas africana e eurasiática estão em colisão. Devido a essa compressão, ascendem até ao fundo do mar sedimentos argilosos existentes em profundidade, trazendo gases, e eis que surgem estes vulcões. Há 50 confirmados, mas agora uma equipa portuguesa revela que a área de vulcões de lama se prolonga mais para oeste do que apontavam os estudos, na direcção das águas portuguesas.

Os três novos vulcões de lama, a 4400 metros de profundidade, situam-se a 180 quilómetros a sudoeste do cabo de São Vicente. A sua descoberta resultou de uma campanha, no navio alemão Meteor, em Fevereiro e Março de 2012, para o projecto SWIMglo, coordenado pelo geólogo Pedro Terrinha, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

Foram investigar as falhas geológicas que ligam a zona do golfo de Cádis aos Açores e a ocorrência de comunidades biológicas típicas de zonas de emissão de gás no fundo do mar. Os hidratos de gás não ficaram de fora: "São um potencial recurso energético futuro, porque um centímetro cúbico de hidratos de gás corresponde a 160 centímetros cúbicos de gás natural. São uma forma altamente concentrada de gás", explica um dos elementos da equipa, o geofísico Luís Pinheiro, da Universidade de Aveiro. "Para já, estamos a identificar as zonas onde existem os depósitos. O passo seguinte é fazer trabalhos detalhados, para ver se são exploráveis."

Em 2004, ao mapear-se o fundo do mar, com o navio D. Carlos I, da Marinha Portuguesa, descobriram-se duas falhas alinhadas - as SWIM, da sigla inglesa de margem sudoeste ibérica. A mais longa tem 600 quilómetros de comprimento e está no limite de outra falha importante: a Glória, que depois continua até aos Açores. Ao longo das falhas SWIM têm-se encontrado vulcões de lama, mas esse facto não é estranho porque elas atravessam uma zona de acumulação profunda de sedimentos - o prisma acrecionário do golfo de Cádis.

Qual é a ligação geológica entre as falhas SWIM e a da Glória? Como é a canalização de fluidos hidrotermais ao longo destas falhas? Perguntas para as quais Pedro Terrinha e colegas procuram respostas.

Mas aqui a geologia anda de mãos dadas com a biologia: os elementos químicos nos fluidos no fundo do mar são usados por microrganismos para extrair os nutrientes necessários. Em vez da fotossíntese, em que a luz solar é usada para se obter energia, há a síntese de elementos químicos. Que comunidades de organismos quimiossintéticos existem ao longo daquelas falhas tectónicas é outra das perguntas do projecto.

Mas se as comunidades quimiossintéticas do golfo de Cádis vivem em ambientes frios, nos Açores encontram-se outras em fontes hidrotermais, com água quente carregada de gases e até metais e à sua volta há oásis de vida, como mexilhões e camarões. "Fomos ver se havia uma certa continuidade entre os vulcões de lama, fontes de emissão de fluidos frios, e as fontes hidrotermais dos Açores", explica a bióloga Marina Cunha, da Universidade de Aveiro, que participou na campanha. "Como todos esses ecossistemas estão baseados na produção quimiossintética, tentamos encontrar um fio condutor que permita saber como estão relacionados. Estas falhas ligam uma zona de vulcanismo de lama a uma zona de hidrotermalismo."

Auto-estradas biológicas

Ora os três vulcões de lama estão ao longo das falhas SWIM, só que já longe do prisma acrecionário. "Vulcões de lama em prismas acrecionários há muitos. Os vulcões que descobrimos já estão num ambiente tectónico diferente e isso é surpreendente", frisa Pedro Terrinha.

"Per si, estas falhas podem ter vulcões de lama e fluidos carregados de metano. Isso não se sabia. Podem servir como uma auto-estrada para as comunidades [biológicas] atravessarem o oceano através do fundo do mar", diz o geólogo, referindo que já ficou demonstrado que um troço dessa via está fora do prisma acrecionário.

"Até agora não encontrámos muitas espécies em comum, mas ao nível dos géneros já há mais similaridades, o que é interessante em termos evolutivos. Parece ter havido alguma coisa em comum entre os dois tipos de comunidades, que evoluíram para o aparecimento de espécies diferentes num sítio e noutro", acrescenta Marina Cunha. "A maneira como os organismos se adaptam a determinadas condições ambientais é interessante para descobrir novos processos biológicos, em que actuam enzimas e outros compostos bioactivos que podem ter aplicações mais tarde."

Foi na cratera de um dos vulcões descobertos na expedição que se viram amêijoas gigantes, com seis centímetros de comprimento. Marina Cunha pensa que são de uma espécie que existe ao largo de Angola, em zonas quimiossintéticas próximas de reservas de petróleo e gás, e aí têm até 15 centímetros. "Têm bactérias simbiontes nas brânquias, que utilizam a energia química destes fluidos para produzir alimento para estes organismos"

Nas amostras recolhidas, veio outra espécie de amêijoa, a "Acharax gadirae", que se enterra nos sedimentos. Apanhada já noutros vulcões, Marina Cunha e colegas tinham-na descrito como nova para a ciência em 2011. Também os vermes marcam presença nos novos vulcões de lama, com a recolha das espécies "Spirobrachia tripeira" e "Bobmarleya gadensis", que são igualmente descritas pela equipa de Marina Cunha como novas, em 2008. Têm também bactérias simbiontes, só que no tubo digestivo, e vivem dentro de tubos que constroem.

Se está a pensar que as amêijoas dariam uma boa refeição, esqueça. Num ambiente desses, só podem ser tóxicas.

CAIXA - Nomes dos novos vulcões

Tiamat - personifica a deusa do mar e da água salgada
Abzu - deus que governa as fontes de água doce
Mikhail Ivanov - em honra do geólogo russo falecido a 14 de fevereiro de 2012 e que foi o grande impulsionador do conhecimento sobre os vulcões de lama no Golfo de Cádis (e em outros locais do mundo)

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Berthold Brecht nasceu há 115 anos

Eugen Berthold Friedrich Brecht (Augsburg, 10 de fevereiro de 1898 - Berlim, 14 de agosto de 1956) foi um destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX. Os seus trabalhos artísticos e teóricos influenciaram profundamente o teatro contemporâneo, tornando-o mundialmente conhecido a partir das apresentações da sua companhia, o Berliner Ensemble, realizadas em Paris durante os anos 1954 e 1955.
No final dos anos 1920 Brecht torna-se marxista, vivendo o intenso período das mobilizações da República de Weimar, desenvolvendo o seu teatro épico. A sua praxis é uma síntese das experiências teatrais de Erwin Piscator e Vsevolod Emilevitch Meyerhold, do conceito de estranhamento do formalista russo Viktor Chklovski, do teatro chinês e do teatro experimental soviético, entre os anos de 1917 a 1926. O seu trabalho como artista concentrou-se na crítica artística ao desenvolvimento das relações humanas no sistema capitalista.


A Emigração dos Poetas

Homero não tinha lar
E Dante teve que deixar o seu.
Li-Pô e Tu-Fu erraram através de guerras civis
Que engoliram 30 milhões de homens.
Ao Eurípedes ameaçaram-no com processos
E ao Shakespeare ao morrer taparam-lhe a boca.
Ao François Villon não o buscou só a Musa
Mas também a polícia.
Lucrécio a quem chamavam “o Amado”
Foi para o desterro.
Igualmente o Heine, e assim fugiu também
O Brecht p’ra debaixo do tecto de colmo na Dinamarca.


in
Poemas (2007) - Berthold Brecht (tradução de Paulo Quintela)

Vanessa da Mata - 37 anos

Vanessa Sigiane da Mata Ferreira (Alto Garças, 10 de fevereiro de 1976) é uma cantora e compositora brasileira. Lançou quatro álbuns e um CD/DVD ao Vivo, este último gravado em Paraty (RJ). Entre os grandes sucessos de sua discografia estão "Não me deixe só", "Ai, Ai, Ai", "Boa Sorte/Good Luck", "Baú", "Amado", "O Tal Casal" e mais recentemente "As Palavras".

BIOGRAFIA

Infância e inspiração musical
Vanessa da Mata nasceu em 10 de fevereiro de 1976, em Alto Garças, Mato Grosso, uma pequena cidade a 400 quilômetros de Cuiabá, cercada de rios e cachoeiras. Possui ascendência, através da avó materna, de índios Xavantes. Ouviu de tudo na infância. De Luiz Gonzaga a Tom Jobim, de Milton Nascimento a Orlando Silva. Ouviu também ritmos regionais, como o carimbó, dos discos trazidos das viagens de um tio à Amazónia. Ouviu samba, música caipira e até música brega italiana, sons que chegavam pelas ondas da rádio AM.

Adolescência: momento de independência
Em 1990, aos 14 anos, Vanessa se mudou para Uberlândia, em Minas Gerais, cidade a mil e duzentos quilómetros de distância de Alto Garças. Foi para lá sozinha, morar em um pensionato: se preparava, então, para prestar vestibular em medicina. Mas já sabia o queria: cantar. Aos 15, começou a se apresentar em bares locais. Em 1992, foi para São Paulo, onde começou a cantar na Shalla-Ball, uma banda feminina de reggae. Três anos depois, com 19 anos, excursionou com a banda jamaicana Black Uhuru. Em seguida, fez parte do grupo de ritmos regionais Mafuá. Neste período, ainda dividia seu tempo entre as carreiras de jogadora de basquete e de modelo.

Vida adulta e começo da fama
Em 1997, com 21 anos, conheceu Chico César: com ele, compôs "A força que nunca seca". A música foi gravada por Maria Bethânia, que a colocou como título de seu disco de 1999. A gravação concorreu ao Grammy Latino e também foi gravada no CD de Chico, "Mama Mundi". O Brasil descobria uma grande compositora. Bethânia voltou a gravar Vanessa: "O Canto de Dona Sinhá" esteve no CD Maricotinha — com participação de Caetano Veloso - e em sua versão ao vivo. Já "Viagem" foi gravada por Daniela Mercury em Sol da Liberdade. Com Ana Carolina compôs "Me Sento na Rua", do CD Ana Rita Joana Iracema e Carolina (2001). A voz e a presença de Vanessa começavam também a chamar atenção. Fez participações em shows de Milton Nascimento, Bethânia e nas últimas apresentações de Baden Powell: estava pronta para estrear em carreira solo.

Sucesso comercial
Em 2002, aos 26 anos, Vanessa lançou seu primeiro CD, Vanessa da Mata, pela Sony - que teve produção conjunta de Liminha, Jaques Morelenbaum, Luiz Brasil, Dadi e Kassin. Entre os sucessos deste disco estão "Nossa Canção" (trilha sonora da novela Celebridade), "Não me Deixe só" - que estourou nas pistas com remix de Ramilson Maia - e "Onde Ir" (trilha da novela Esperança). O segundo disco, Essa Boneca Tem Manual, foi lançado em 2004 pela Sony e teve produção de Liminha, com quem também dividiu as composições. Além de suas próprias canções - como "Ai, Ai, Ai..." (tema da novela Belíssima), "Ainda Bem" (tema da novela Pé na Jaca) e "Não Chore, Homem" - Vanessa regravou "Eu Sou Neguinha" de Caetano Veloso (versão que integrou a banda sonora da novela A Lua me Disse) e "História de Uma Gata" de Saltimbancos de Chico Buarque. Com "Ai, Ai, Ai...", música nacional mais executada nas rádios em 2006 e "Música", o álbum chegou a Disco de Platina. Sim, o terceiro disco, lançado em 28 de maio de 2007, foi produzido por Mario Caldato e Kassin. O álbum foi gravado entre a Jamaica e o Brasil. Das 13 faixas, cinco têm a participação de Sly & Robbie, dois ícones da música jamaicana. Sim é definido, pelo seu título, como "uma resposta positiva à vida, uma resposta de luta". E conta com participações de Ben Harper, João Donato, Wilson das Neves, Don Chacal e um time da nova geração da música brasileira, como o baterista Pupillo (Nação Zumbi) e os guitarristas Fernando Catatau (Cidadão Instigado), Pedro Sá e Davi Moraes, entre outros. O ano de 2007 também foi marcado pela união de Vanessa e o cantor internacional Ben Harper, com o lançamento de Boa Sorte/Good Luck, que foi um dos grandes sucessos da cantora. A música foi lançada, a princípio nas rádios, com sua versão original e depois com sua versão Remix, que garantiu a autenticidade da cantora.
Em 2008, a música Amado, do mesmo álbum, foi o tema principal da novela da Rede Globo, A Favorita. No mesmo ano, recebe uma nomeação para o Grammy Latino, o prémio mais importante do meio musical, sendo em uma categoria: Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro por Sim - que ganhou o prémio. Já em maio de 2009, Vanessa lançou um álbum ao vivo em comemoração ao seus 6 anos de sucesso, o CD/DVD "Multishow ao Vivo Vanessa da Mata". Sendo assim, para promover o álbum, a canção "Vermelho" foi lançada nas rádios. "O Tal Casal" é o primeiro single do novo álbum de Vanessa da Mata, Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias, lançado em 13 de outubro de 2010. O quarto álbum de estúdio traz 12 músicas inéditas, todas elas da sua autoria, dentre as quais se destacam "Te Amo", "As Palavras" (que fez parte da trilha da novela Morde & Assopra) e "Quando Amanhecer", parceria de Vanessa com Gilberto Gil. Em 2011, Vanessa gravou em colaboração com Seu Jorge e Almaz a música "Boa Reza" (composta por Vanessa), para o mais recente álbum da organização Red Hot, o Red Hot+Rio 2. A coletânea, lançada em 28 de junho de 2011, faz parte de uma da linha de álbuns beneficentes, e é o segundo inspirado na música brasileira (o primeiro foi o "Red Hot + Rio", de 1996), sendo uma homenagem à Tropicália. As vendas são revertidas para campanhas de consciencialização para o combate à SIDA/HIV e outras questões sociais relacionadas a saúde. No Carnaval de 2012, Vanessa foi convidada pela escola de samba Portela a representar a cantora Clara Nunes na avenida, em seu desfile em homenagem à Bahia. Vanessa veio para o Sambódromo da Marquês de Sapucaí como destaque num carro alegórico, vestida com uma roupa réplica da que Clara usou em musical apresentado no "Fantástico" de 1977, e com uma tiara usada pela cantora no disco "Clara Guerreira".



sábado, fevereiro 09, 2013

Notícia sobre antepassado comum a todos os mamíferos placentários

Este poderá ter sido o antepassado comum a quase todos os mamíferos

Visão de artista do hipotético antepassado da maioria dos mamíferos

Ao combinar uma enorme massa de dados genéticos e anatómicos, foi possível descrever e datar o "pai" de todos os mamíferos placentários - dos roedores aos elefantes, dos mamíferos marinhos aos humanos.

Um bichinho pouco maior do que um ratinho, focinho em ponta, dentes afiados, pêlo castanho-acinzentado, cauda longa e peluda. Pesa menos de meio quilo e alimenta-se de insectos. Desloca-se agilmente de um lado para outro. Viveu há uns 65 milhões de anos, depois de os dinossauros terrestres e os grandes répteis terem sido varridos da face da Terra.

Não é totalmente seguro que tenha sido esse o seu aspecto e comportamento exactos: ninguém até aqui encontrou os seus restos fósseis. Mas um estudo de uma equipa internacional, hoje publicado na revista Science, conclui que o antepassado comum às cerca de 5100 espécies de mamíferos que povoam o nosso planeta - e cujas fêmeas geram a sua prole dentro do útero, numa placenta - era muito provavelmente parecido com este animalzinho.

Um grupo de 23 investigadores - do Museu Carnegie de História Natural (EUA), do Museu Americano de História Natural (EUA), de várias universidades norte-americanas e de uma universidade canadiana - finalizou um projecto iniciado há seis anos (e financiado pela National Science Foundation dos EUA) designado ATOL (Assembling the Tree of Life). O trabalho é o primeiro a combinar, em grande escala, dados vindos da análise ao ADN de uma série de espécies vivas de mamíferos ditos "placentários" com dados morfológicos de espécies vivas e extintas do mesmo tipo de mamíferos. Os mamíferos placentários vão dos roedores aos elefantes, das baleias aos gatos, aos cães e aos humanos. Trata-se de facto de todas as espécies de mamíferos, excepto os marsupiais (cangurus) e um punhado de espécies que põem ovos (como o ornitorrinco).

Para além de conferir um rosto possível ao nosso longínquo antepassado primordial, os resultados hoje revelados poderão pôr fim a um debate que dura há décadas: o de saber quando é que os mamíferos conquistaram a Terra. Será que a sua "explosiva" diversificação e expansão foram desencadeadas, há menos de 65 milhões de anos, pelo facto de os dinossauros - juntamente com 70% das outras espécies - terem desaparecido na sequência da colisão de um meteorito ou de um cometa com a Terra, deixando livre um importante nicho ecológico? Ou será que, tal como estipula uma teoria concorrente, a explosão evolutiva dos mamíferos aconteceu, pelo contrário, muito antes do fim dos dinossauros e dos répteis gigantes, devido à fragmentação de um hipotético supercontinente, baptizado Gondwana, que se pensa terá dado origem aos actuais continentes e subcontinentes austrais (América do Sul, Índia, Austrália e Antártida)?

Os novos resultados abonam a favor da primeira opção. Sugerem fortemente que, se um cataclismo cósmico não tivesse dado o "golpe de graça" aos tiranossauros, diplodocos e outros ferozes gigantes, há pouco mais 66 milhões de anos (como indica a mais recente e precisa datação desse evento, anunciada na mesma edição da Science - ver caixa), poderíamos não estar aqui para contar a história.

O problema com o ADN

A partir dos anos 1990, a genética permitiu estruturar a genealogia das espécies ao nível molecular. Só que os resultados das análises de ADN contradiziam as datações obtidas a partir do registo fóssil, fazendo aparentemente recuar, em dezenas de milhões de anos, o início da expansão dos mamíferos.

A questão é que o ADN sozinho não chega para reconstituir a história das espécies, tal como as provas genéticas forenses não chegam para resolver um crime. "Desvendar a árvore da vida é como juntar os elementos encontrados na cena de um crime", diz Maureen O"Leary, da Universidade de Stony Brook (EUA) e líder da equipa, em comunicado do Museu Americano da História Natural. "As ferramentas genéticas acrescentam informações importantes, mas também são precisos outros indícios físicos - um cadáver, por exemplo. E nas ciências da vida, são precisos fósseis e dados anatómicos. É a combinação de todos esses dados que produz a reconstituição mais informada do passado." Foi essa integração dos dois tipos de atributos, genéticos e físicos, que a equipa fez com um nível de pormenor sem precedente.

Outros estudos já tinham associado a genética dos animais a várias centenas de características morfológicas, explica um comunicado do Museu Carnegie. Mas desta vez, graças a uma aplicação Web chamada MorphoBank, acessível em www.morphobank.org, os cientistas puderam cruzar a genética com milhares de elementos multimédia (imagens, descrições, dados quantitativos, etc.) relativos uns 4500 traços físicos de cerca de 85 espécies de mamíferos placentários. "Olhámos para todos os aspectos da anatomia dos mamíferos, do crânio ao esqueleto passando pelos dentes, os órgãos internos, os músculos e até os padrões da pelagem", diz o co-autor John Wible, do Museu Carnegie.

A nova árvore da vida é a mais completa de sempre. E mostra que os mamíferos placentários surgiram rapidamente a seguir à extinção dos dinossauros, 200 mil a 400 mil anos depois do cataclismo que acabou com eles. "A nossa estimativa temporal é cerca de 36 milhões de anos mais tardia do que a estimativa puramente baseada nos dados genéticos", diz Marcelo Weksler, co-autor actualmente na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, isto sugere que a fragmentação do Gondwana não teve nada a ver com a expansão dos mamíferos. E foi também com base nos novos resultados que um artista pintou o retrato do nosso hipotético antepassado.

CAIXA - A morte caiu do céu

Cientistas norte-americanos, holandeses e britânicos recalcularam as datas da extinção dos dinossauros e do impacto do asteróide ou cometa que deixou uma cratera de quase 180 quilómetros de diâmetro ao largo da costa de Iucatão, no México. E concluem hoje na revista Science que os dois acontecimentos - a extinção definitiva dos dinossauros, assinalada nos sedimentos fósseis, e a queda de um objecto cósmico com 10 quilómetros de diâmetro - foram simultâneos. Estudos anteriores sugeriam que essa extinção maciça de espécies tinha acontecido uns 300 mil anos antes do cataclismo. Mas os novos cálculos, que recorreram a técnicas de datação de alta precisão, permitiram reduzir essa diferença para apenas 33 mil anos, tornando as duas datas praticamente idênticas.
O impacto aconteceu há 66.038.000 anos - e foi o "golpe de graça" para os grandes dinossauros terrestres e muitas criaturas marinhas, diz Paul Renne, co-autor, em comunicado da Universidade da Califórnia. "O impacto foi claramente a última gota, empurrando a Terra para um ponto sem retorno. Portanto, teve um papel decisivo nas extinções", salienta.
Porém, Renne adverte que "esse não terá sido o único factor". O clima global já vinha sofrendo variações drásticas há um milhão de anos, o que colocara muitas espécies à beira da extinção. "Isso tornou o ecossistema muito mais sensível a mudanças relativamente pequenas, que noutras circunstâncias teriam tido um impacto menor." 

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sexta-feira, fevereiro 08, 2013

Júlio Verne, o pai da ficção científica, nasceu há 185 anos

Júlio Verne, em francês Jules Verne (Nantes, 8 de fevereiro de 1828 - Amiens, 24 de março de 1905), foi um escritor francês.
Júlio Verne foi o filho mais velho dos cinco filhos de Pierre Verne, advogado, e Sophie Allote de la Fuÿe, esta de uma família burguesa de Nantes. É considerado por críticos literários o precursor do género de ficção científica, tendo feito predições em seus livros sobre o aparecimento de novos avanços científicos, como os submarinos, máquinas voadoras e viagens à Lua.
Até hoje Júlio Verne é um dos escritores cuja obra foi mais traduzida em toda a história, com traduções em 148 línguas, segundo estatísticas da UNESCO, tendo escrito mais de 100 livros.

Júlio Verne passou a infância com os pais e irmãos, na cidade francesa de Nantes e na casa de verão da família. A proximidade do porto e das docas constituíram provavelmente grande estímulo para o desenvolvimento da imaginação do autor sobre a vida marítima e viagens a terras distantes. Com nove anos foi mandado para o colégio com seu irmão Paul. Júlio estudou em Nantes onde tirou o curso de direito. Mais tarde, o seu pai, com a esperança de que o filho seguisse a sua carreira de advogado, enviou o jovem Júlio para Paris, a fim de estudar Direito. Ali começou a se interessar mais pelo teatro do que pelas leis, tendo escrito alguns librettos de operetas e pequenas histórias de viagens. Seu pai, ao saber disso, cortou-lhe o apoio financeiro, o que o levou a trabalhar como corretor de ações, o que teve como propósito lhe garantir alguma estabilidade financeira. Foi quando conheceu uma viúva, com duas filhas, chamada Honorine de Viane Morel, com quem se casou em 1857 e de quem teve, em 1861, um filho chamado Michel Jean Pierre Verne. Durante esse período conheceu os escritores Alexandre Dumas e Victor Hugo.

A carreira literária de Júlio Verne começou a se destacar quando se associou a Pierre-Jules Hetzel, editor experiente que trabalhava com grandes nomes da época, como Alfred de Brehat, Victor Hugo, George Sand e Erckmann-Chatrian.
Hetzel publicou a primeira grande novela de sucesso de Júlio Verne em 1862, o relato de viagem à África em balão, intitulado Cinco semanas em balão. Essa história continha detalhes de coordenadas geográficas, culturas, animais, etc., que os leitores se perguntavam se era ficção ou um relato verídico. Na verdade, Júlio Verne nunca havia estado em um balão ou viajado à África. Toda a informação sobre a história veio de sua imaginação e capacidade de pesquisa.
Hetzel apresentou Verne a Félix Nadar, cientista interessado em navegação aérea e balonismo, de quem se tornou grande amigo e que introduziu Verne ao seu círculo de amigos cientistas, de cujas conversações o autor provavelmente tirou algumas de suas ideias.
O sucesso de Cinco semanas em balão rendeu-lhe fama e dinheiro. A sua produção literária seguia a ritmo acelerado. Quase todos os anos Hetzel publicava novos livros de Verne, quase todos grandes sucessos. Dentre eles se encontram: Viagem ao Centro da Terra (Voyage au centre de la Terre), de 1864, Vinte Mil Léguas Submarinas (Vingt mille lieues sous les mers) de 1870 e A Volta ao Mundo em Oitenta Dias (Le tour du monde en quatre-vingts jours), de 1873.
Um dos seus livros foi Paris no século XX. Escrito em 1863, somente publicado em 1989, quando o manuscrito foi encontrado pelo bisneto de Verne. Livro de conteúdo depressivo, foi rejeitado por Hetzel, que recomendou a Verne que não o publicasse na época, por fugir à fórmula de sucesso dos livros já escritos, que falavam de aventuras extraordinárias. Verne seguiu seu conselho e guardou o manuscrito em um cofre, só sendo encontrado mais de um século depois.
O seu último livro publicado foi O senhor do mundo, no ano de 1904.
Até hoje Júlio Verne é o escritor cuja obra foi mais traduzida em toda a história, com traduções em 148 línguas, segundo estatísticas da UNESCO, tendo escrito mais de 100 livros.

Michel, seu filho, era considerado um rapaz rebelde e não seguia as orientações do pai. Júlio Verne mandou o seu filho, aos 16 anos, em uma viagem de instrução em um navio, por 18 meses, com esperança que a disciplina a bordo e a vida no mar corrigissem o seu carácter rebelde, mas de nada adiantou. Michel não se corrigiu e acabou por casar com uma atriz, contra a vontade do pai, tendo com ela dois filhos.
Em 9 de março de 1886, seu sobrinho Gaston deu-lhe dois tiros, quando este chegava a casa, na cidade de Amiens. Um dos tiros atingiu-o no ombro e demorou a cicatrizar, o outro atingiu o tornozelo, deixando-o coxo nos seus últimos 19 anos de vida. Não se sabe bem por que motivo o seu sobrinho terá cometido o atentado, mas ele foi considerado louco e internado em um manicómio até o final da vida. Este episódio serviu para aproximar pai e filho, pois Michel, vendo-se em vias de perder o pai, passou a encarar a vida com mais seriedade.
Neste mesmo ano, morria o editor Pierre Hetzel, grande amigo de Júlio Verne, facto que o deixou muito abalado.
Nos últimos anos, Verne escreveu muitos livros sobre o uso incorreto da tecnologia e os seus impactos ambientais, a sua principal preocupação naquela época. Continuou a sua obra até à sua morte, em 24 de março de 1905. O seu filho Michel editou os seus trabalhos incompletos e escreveu ele mesmo alguns capítulos que faltavam aquando da morte do pai.
Encontra-se sepultado em La Madeleine Cemetery, Amiens, Picardia na França.

D. Pedro I, o Bravo, nasceu há 722 anos

D. Afonso IV de Portugal (Coimbra, 8 de fevereiro de 1291 - Lisboa, 28 de maio de 1357), cognominado o Bravo, sétimo Rei de Portugal, era filho do Rei D. Dinis I de Portugal e de sua esposa, a Rainha Santa Isabel, nascida infanta de Aragão. D. Afonso IV sucedeu a seu pai a 7 de janeiro de 1325.

Apesar de ser o único filho legítimo de seu pai, D. Afonso não seria, de acordo com algumas fontes, o favorito do Rei D. Dinis, que preferia a companhia de D. Afonso Sanches, um dos seus bastardos (legitimado). Esta preferência deu lugar a uma rivalidade entre os dois irmãos que, algumas vezes, deu lugar a confrontos armados. Em 1325, D. Afonso IV tornou-se rei e, como primeira decisão, exilou Afonso Sanches para Castela, retirando-lhe de caminho todas as terras, títulos e feudos concedidos pelo pai de ambos. O exilado não se conformou e do outro lado da fronteira orquestrou uma série de manobras políticas e militares com o fim de se tornar ele próprio rei. Depois de várias tentativas de invasão falhadas, os irmãos assinaram um tratado de paz, sob o patrocínio da Rainha Santa Isabel.
Em 1309, D. Afonso IV casou com a princesa Beatriz, filha do rei Sancho IV de Castela. A primogénita desta união, a princesa D. Maria de Portugal, casou com D. Afonso XI de Castela em 1328, mas o casamento revelou-se infeliz, dado que o Rei de Castela maltratava abertamente a mulher. D. Afonso IV não ficou contente por ver sua filha menosprezada e atacou as terras fronteiriças de Castela em retaliação. A paz chegou quatro anos mais tarde e, com a intervenção da própria D. Maria de Portugal, um tratado foi assinado em Sevilha em 1339. No ano seguinte, em Outubro de 1340, tropas portuguesas participaram na grande vitória da Batalha do Salado contra os mouros merínidas.
Em 1343 houve no reino grande carestia de cereais e em 1346, a fim de fazer sua aliança com o rei de Aragão, D. Afonso IV enviou a Barcelona um embaixador para a assinatura do acordo entre o rei e D. Pedro IV de Aragão com vista à realização do casamento da infanta D. Leonor. Em 1347 ocorreu um sismo que abalou Coimbra, tendo causado enormes prejuízos, e em 1348 a peste negra, vinda da Europa, assola o país.
De todos os problemas foi a peste o mais grave, vitimando grande parte da população e causando grande desordem no reino. O rei reagiu prontamente, tendo promulgado legislação a reprimir a mendicidade e a ociosidade.
A última parte do reinado de D. Afonso IV foi marcada por intrigas políticas e conflitos internos em grande parte devidos à presença em solo português de refugiados da guerra civil entre D. Pedro I de Castela e o seu meio-irmão D. Henrique da Trastâmara.
Entre os exilados contavam-se vários nobres, habituados ao poder, que cedo criaram a sua própria facção dentro da Corte portuguesa. Quando Inês de Castro se torna amante do príncipe herdeiro D. Pedro, os nobres castelhanos cresceram em poder e favor real.
D. Afonso IV não ficou agradado com o favoritismo concedidos aos castelhanos e procurou várias formas de afastar D. Inês do filho. Sem sucesso, porque D. Pedro assumiu tanto a relação com a castelhana como os filhos ilegítimos que dela teve, acrescentando em 1349 a recusa de tornar a casar com outra mulher que não ela. Com o passar dos anos D. Afonso IV perdeu o controle da situação, a facção castelhana e D. Inês aumentavam o seu poder, enquanto que o único filho legítimo de D. Pedro, o futuro rei D. Fernando, crescia como uma criança doente. Preocupado com a vida do único neto que reconhecia e com o acréscimo de poder estrangeiro dentro de fronteiras, D. Afonso IV ordena a morte de D. Inês de Castro em 1355. Ao contrário do que esperava, o seu filho não se aproximou de si. Perdendo a cabeça, D. Pedro entrou em guerra aberta contra o pai e saqueou a região do Entre-Douro-e-Minho. A reconciliação chegou apenas em 1357, entregando o rei ao príncipe grande parte do poder. D. Afonso IV morreu pouco tempo depois.
Como rei, D. Afonso IV é lembrado como um comandante militar corajoso, daí o cognome de Bravo. A sua maior contribuição a nível económico e administrativo foi a importância dada ao desenvolvimento da marinha portuguesa. D. Afonso IV subsidiou a construção de uma marinha mercante e financiou as primeiras viagens de exploração Atlântica. As Ilhas Canárias foram descobertas no seu reinado.
Jaz na Sé de Lisboa.

O meteorito Allende caiu no México há 44 anos

Fragmento do meteorito Allende

O meteorito Allende é um meteorito caído no estado mexicano de Chihuahua. A sua queda ocorreu as 01.05 horas do dia 8 de fevereiro de 1969, e a bola de fogo originada por sua entrada na atmosfera terrestre foi testemunhada por milhares de pessoas.
O meteorito Allende é o maior condrito (tipo de meteorito primitivo) já descoberto. Como resultado de uma pesquisa neste meteorito, foi descoberto um novo óxido de titânio. Tal mineral foi batizado de Panguite.

O químico Mendeleiev nasceu há 179 anos


Dimitri Ivanovich Mendeleev, também grafado Mendeleiev, (Tobolsk, 8 de fevereiro de 1834 - São Petersburgo, 2 de fevereiro de 1907), foi um químico russo, criador da primeira versão da tabela periódica dos elementos químicos, prevendo as propriedades de elementos que ainda não tinham sido descobertos.


quinta-feira, fevereiro 07, 2013

Sebastião da Gama morreu há 61 anos

 (imagem daqui)

Sebastião Artur Cardoso da Gama (Vila Nogueira de Azeitão, 10 de abril de 1924 - Lisboa, 7 de fevereiro de 1952) foi um poeta e professor português,
Sebastião da Gama licenciou-se em Filologia Românica, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1947.
Foi professor em Lisboa, na Escola Industrial e Comercial Veiga Beirão, em Setúbal, na Escola Industrial e Comercial (atual Escola Secundária Sebastião da Gama) e, em Estremoz, na Escola Industrial e Comercial local.
Colaborou nas revistas Árvore e Távola Redonda.
A sua obra encontra-se ligada à Serra da Arrábida, onde vivia e que tomou por motivo poético de primeiro plano (desde logo no seu livro de estreia, Serra-Mãe, de 1945), e à sua tragédia pessoal, motivada pela doença que o vitimou precocemente, a tuberculose.
Uma carta sua, enviada em agosto de 1947, para várias personalidades, a pedir a defesa da Serra da Arrábida, constituiu a motivação para a criação da LPN Liga para a Protecção da Natureza, em 1948, a primeira associação ecologista portuguesa.
O seu Diário, editado postumamente, em 1958, é um interessantíssimo testemunho da sua experiência como docente e uma valiosa reflexão sobre o ensino.
As Juntas de Freguesia de São Lourenço e de São Simão, instituíram, com o seu nome, um Prémio Nacional de Poesia. No dia 1 de junho de 1999, foi inaugurado em Vila Nogueira de Azeitão, o Museu Sebastião da Gama, destinado a preservar a memória e a obra do Poeta da Arrábida, como era também conhecido.
Faleceu vitima de tuberculose renal, de que sofria desde adolescente.


Os que Vinham da Dor

Os que vinham da Dor tinham nos olhos
estampadas verdades crudelíssimas.
Tudo que era difícil era fácil
aos que vinham da Dor diretamente.

A flor só era bela na raiz,
o Mar só era belo nos naufrágios,
as mãos só eram belas se enrugadas,
aos olhos sabedores e vividos
dos que vinham da Dor diretamente.

Os que vinham da Dor diretamente
eram nobres de mais pra desprezar-vos,
Mar azul!, mãos de lírio!, lírios puros!
Mas nos seus olhos graves só cabiam
as verdades humanas crudelíssimas
que traziam da Dor diretamente.

in
Campo Aberto (1951) - Sebastião da Gama

ADENDA: corrigimos (às 20.30 horas de 07.02.2013) este post (e a entrada na Wikipédia sobre Sebastião da Gama aqui citada), depois de termos recebido o seguinte comentário, que agradecemos:

Caríssimos,
É bom ter havido a lembrança do aniversário da morte de Sebastião da Gama. No entanto, no registo biográfico que reproduzem, há uma informação que não corresponde à verdade: Sebastião da Gama não foi fundador da LPN; o que aconteceu foi que uma carta por ele enviada, em agosto de 1947, para várias personalidades, a pedir a defesa da serra da Arrábida, constituiu uma motivação para a criação da LPN no ano seguinte. Mais informação pode ser vista em AQUI ou no síte da própria LPN.
João Reis Ribeiro (Associação Cultural Sebastião da Gama)

Thomas More nasceu há 535 anos

São Sir Thomas More, por vezes latinizado em Thomas Morus ou aportuguesado em Tomás Morus (Londres, 7 de fevereiro de 1478 - Londres, 6 de julho de 1535) foi homem de estado, diplomata, escritor, advogado e homem de leis, ocupou vários cargos públicos, e em especial, de 1529 a 1532, o cargo de "Lord Chancellor" (Chanceler do Reino - o primeiro leigo em vários séculos) de Henrique VIII da Inglaterra. É geralmente considerado como um dos grandes humanistas do Renascimento. Foi canonizado (feito santo da Igreja Católica) em 9 de maio de 1935, sendo a sua festa litúrgica em 22 de junho.

(...)

Sua trágica morte - condenado a pena capital por se negar a reconhecer Henrique VIII como cabeça da Igreja da Inglaterra, é considerada pela Igreja Católica como modelo de fidelidade à Igreja é à própria consciência, e representa a luta da liberdade individual contra o poder arbitrário.
Devido à sua retidão e exemplo de vida cristã, foi reconhecido como mártir, declarado beato em 29 de dezembro de 1886, por decreto do Papa Leão XIII, e canonizado em 9 de maio de 1935 pelo Papa Pio XI. O seu dia festivo é 22 de junho.
Deixou vários escritos de profunda espiritualidade e de defesa do magistério da Igreja. Em 1557, seu genro, William Roper, escreveu sua primeira biografia. Desde a sua beatificação e posterior canonização publicaram-se muitas outras.


quarta-feira, fevereiro 06, 2013

Música atual para geopedrados...



Aurea - Scratch My Back

Who knows if one day you're gonna an honest man?
Who knows if you'll work and fight to reach the frontline seat?
But right now you don't need to care or think about your life goals
You find someone to do the dirty job while you stretch your legs

'Cause you're so much clever
You're so much smarter
Why waste your time on working
If i's so easy to lie?

So you say, scratch my back
Scratch my back, scratch my back
Scratch my back

Who knows if one day you'll be a part of the working force?
Who knows if you'll help to build the world you claim to be yours?

'Cause you're so much clever
You're so much smarter
Why waste your time on working
If i's so easy to lie?

So you say, scratch my back
Scratch my back, scratch my back
Scratch my back

Such a big world to see, such a short life to live
Why should you spend your time on working now?
Just let them do it while you smile!

Who knows if one day you're gonna an honest man?
Who knows if one day you'll be a part... not right now!

Scratch my back, scratch my back boy
Scratch my back, you gotta scratch my back

Scratch my back
Scratch my back
Scratch my back
Scratch my back

Who knows if one day you're gonna an honest man?
Who knows if one day you're gonna stay along the way?

Scratch my back

Os Leakey e o Google Doodle de hoje

Google Doodle de 06.02.2013 - 100º aniversário do nascimento de Mary Leakey

Passam hoje, conforme referimos em post anterior, um século desde o nascimento de Mary Leakey, a matriarca da família que tantas descobertas fez na área da Paleoantropologia. Com o marido, Louis Leakey e o filho, Richard Leakey, a quem tive a honra de ver e ouvir numa palestra que realizou em Lisboa nos finais dos anos oitenta, bem como a neta, Louise Leakey, também já a trabalhar na área científica da família, assim como os/as Anjos de Leakey (Jane Goodall, Dian Fossey e Birutė Galdikas) são responsáveis pela mudança como vemos a evolução dos hominídeos - daí acharmos perfeitamente justa esta homenagem...

Axl Rose, o vocalista dos Guns N' Roses, faz hoje 51 anos

W. Axl Rose (nascido William Bruce Rose Jr. depois William Bruce Bailey, Lafayette, 6 de fevereiro de 1962) é um cantor, compositor e pianista norte-americano. Ele é o vocalista e único membro original remanescente da banda norte-americana de hard rock Guns N' Roses, com quem atingiu popularidade, sucesso e reconhecimento no final dos anos 1980 e início dos anos 90, antes de desaparecer dos olhos do público durante vários anos.
Com um infância marcada por agressões, tanto verbais quanto físicas, Rose descobriu aos 17 anos o nome de seu verdadeiro pai, resultando em uma adolescência problemática, levando-o a ser preso muitas vezes antes mesmo da maioridade. Em 1983, mudou-se para Los Angeles com o seu amigo de infância Izzy Stradlin, formando juntos pouco tempo depois a banda Hollywood Rose, que mais tarde fundiu-se com o grupo L.A. Guns, nascendo dessa junção o Guns N' Roses, que rapidamente ganhou notoriedade e atingiu sucesso comercial com os álbuns Appetite for Destruction, Use Your Illusion I e Use Your Illusion II. Conflitos e desentendimentos fizeram com que membros abandonassem o grupo, restando apenas hoje, Rose, como o único membro remanescente da formação original da banda.
Durante anos, Rose esteve retirado, ressurgindo em 2001 com uma nova formação dos Guns N' Roses no Rock in Rio III, e subsequentemente promovendo a Chinese Democracy World Tour, antes de lançar o álbum longamente adiado, Chinese Democracy, em 2008. Rose já foi considerado um dos melhores vocalistas de todos os tempos por vários meios de comunicação, incluindo Rolling Stone e NME.

O luso-brasileiro Padre António Vieira nasceu há 405 anos

Uma das mais influentes personagens do século XVII em termos de política e oratória, destacou-se como missionário em terras brasileiras. Nesta qualidade, defendeu infatigavelmente os direitos dos povos indígenas combatendo a sua exploração e escravização e fazendo a sua evangelização. Era por eles chamado de "Paiaçu" (Grande Padre/Pai, em tupi).
António Vieira defendeu também os judeus, a abolição da distinção entre cristãos-novos (judeus convertidos, perseguidos à época pela Inquisição) e cristãos-velhos (os católicos tradicionais), e a abolição da escravatura. Criticou ainda severamente os sacerdotes da sua época e a própria Inquisição.
Na literatura, seus sermões possuem considerável importância no barroco brasileiro e português. As universidades frequentemente exigem sua leitura.

Bob Marley nasceu há 68 anos

Bob Marley (nascido Robert Nesta Marley, Nine Mile, 6 de fevereiro de 1945 - Miami, 11 de maio de 1981), foi um cantor, guitarrista e compositor jamaicano, o mais conhecido músico de reggae de todos os tempos, famoso por popularizar o género. Grande parte do seu trabalho lidava com os problemas dos pobres e oprimidos. Ele foi chamado de "Charles Wesley dos rastafáris" pela maneira com que divulgava a religião através de suas músicas.
A música de Marley foi fortemente influenciada pelas questões sociais da sua terra natal e ele é muito apreciado por ter dado voz ao nexo específico, político e cultural da Jamaica. As suas músicas mais conhecidas são I Shot the Sheriff, No Woman, No Cry, Could You Be Loved, Stir It Up, Get Up, Stand Up, Jamming, Redemption Song, One Love/People Get Ready e Three Little Birds, e também lançamentos póstumos como Buffalo Soldier e Iron Lion Zion. A coletânea Legend, lançada três anos após sua morte, é o álbum de reggae mais vendido da história.
Bob foi casado com Rita Marley de 1966 até a morte, uma das I Threes, que passaram a cantar com os Wailers depois que eles alcançaram sucesso internacional. Ela foi mãe de quatro de seus doze filhos (dois deles adotados), os famosos Ziggy e Stephen Marley, que continuam o legado musical de seu pai na banda Melody Makers. Outros de seus filhos, Kymani Marley, Julian Marley e Damian Marley (vulgo Jr. Gong) também seguiram carreira musical.
Foi eleito pela revista Rolling Stone o 11º maior artista da música de todos os tempos.

Há 61 anos Isabel II de Windsor passou a ser Rainha

A rainha Isabel II é também a chefe da Comunidade de Nações, governante suprema da Igreja da Inglaterra (também denominada Igreja Anglicana), comandante-em-chefe das Forças Armadas do Reino Unido, Lorde de Mann e Duque de Normandia; ela reina com esses títulos desde a morte de seu pai, rei Jorge VI, em 6 de fevereiro de 1952. Atualmente é a chefe de Estado que está no poder há mais tempo na Europa, nas Américas, África e Oceânia, sendo a segunda no mundo, superada apenas pelo rei Rama IX da Tailândia. Isabel II é a mais velha monarca britânica de todos os tempos. O recorde pertencia à rainha Vitória, que viveu 81 anos, sete meses e 29 dias, vindo a falecer em 1901; um marco que a sua trineta alcançou no dia 20 de dezembro de 2007. Para superar a sua trisavó, Vitória, no recorde do mais longo reinado, terá de reinar mais 949 dias, até 9 de setembro de 2015.