Vanessa Sigiane da Mata Ferreira (Alto Garças, 10 de fevereiro de 1976) é uma cantora e compositora brasileira. Lançou quatro álbuns e um CD/DVD ao Vivo, este último gravado em Paraty (RJ). Entre os grandes sucessos de sua discografia estão "Não me deixe só", "Ai, Ai, Ai", "Boa Sorte/Good Luck", "Baú", "Amado", "O Tal Casal" e mais recentemente "As Palavras".
BIOGRAFIA
Infância e inspiração musical
Vanessa da Mata nasceu em 10 de fevereiro de 1976, em Alto Garças, Mato Grosso, uma pequena cidade a 400 quilômetros de Cuiabá, cercada de rios e cachoeiras. Possui ascendência, através da avó materna, de índios Xavantes. Ouviu de tudo na infância. De Luiz Gonzaga a Tom Jobim, de Milton Nascimento a Orlando Silva. Ouviu também ritmos regionais, como o carimbó, dos discos trazidos das viagens de um tio à Amazónia. Ouviu samba, música caipira e até música brega italiana, sons que chegavam pelas ondas da rádio AM.
Adolescência: momento de independência
Em 1990, aos 14 anos, Vanessa se mudou para Uberlândia, em Minas Gerais, cidade a mil e duzentos quilómetros de distância de Alto Garças. Foi para lá sozinha, morar em um pensionato: se preparava, então, para prestar vestibular em medicina. Mas já sabia o queria: cantar. Aos 15, começou a se apresentar em bares locais. Em 1992, foi para São Paulo, onde começou a cantar na Shalla-Ball, uma banda feminina de reggae. Três anos depois, com 19 anos, excursionou com a banda jamaicana Black Uhuru. Em seguida, fez parte do grupo de ritmos regionais Mafuá. Neste período, ainda dividia seu tempo entre as carreiras de jogadora de basquete e de modelo.
Vida adulta e começo da fama
Em 1997, com 21 anos, conheceu Chico César: com ele, compôs "A força que nunca seca". A música foi gravada por Maria Bethânia, que a colocou como título de seu disco de 1999. A gravação concorreu ao Grammy Latino e também foi gravada no CD de Chico, "Mama Mundi". O Brasil descobria uma grande compositora. Bethânia voltou a gravar Vanessa: "O Canto de Dona Sinhá" esteve no CD Maricotinha — com participação de Caetano Veloso - e em sua versão ao vivo. Já "Viagem" foi gravada por Daniela Mercury em Sol da Liberdade. Com Ana Carolina compôs "Me Sento na Rua", do CD Ana Rita Joana Iracema e Carolina (2001). A voz e a presença de Vanessa começavam também a chamar atenção. Fez participações em shows de Milton Nascimento, Bethânia e nas últimas apresentações de Baden Powell: estava pronta para estrear em carreira solo.
Sucesso comercial
Em 2002, aos 26 anos, Vanessa lançou seu primeiro CD, Vanessa da Mata, pela Sony - que teve produção conjunta de Liminha, Jaques Morelenbaum, Luiz Brasil, Dadi e Kassin. Entre os sucessos deste disco estão "Nossa Canção" (trilha sonora da novela Celebridade), "Não me Deixe só" - que estourou nas pistas com remix de Ramilson Maia - e "Onde Ir" (trilha da novela Esperança). O segundo disco, Essa Boneca Tem Manual, foi lançado em 2004 pela Sony e teve produção de Liminha, com quem também dividiu as composições. Além de suas próprias canções - como "Ai, Ai, Ai..." (tema da novela Belíssima), "Ainda Bem" (tema da novela Pé na Jaca) e "Não Chore, Homem" - Vanessa regravou "Eu Sou Neguinha" de Caetano Veloso (versão que integrou a banda sonora da novela A Lua me Disse) e "História de Uma Gata" de Saltimbancos de Chico Buarque. Com "Ai, Ai, Ai...", música nacional mais executada nas rádios em 2006 e "Música", o álbum chegou a Disco de Platina. Sim, o terceiro disco, lançado em 28 de maio de 2007, foi produzido por Mario Caldato e Kassin. O álbum foi gravado entre a Jamaica e o Brasil. Das 13 faixas, cinco têm a participação de Sly & Robbie, dois ícones da música jamaicana. Sim é definido, pelo seu título, como "uma resposta positiva à vida, uma resposta de luta". E conta com participações de Ben Harper, João Donato, Wilson das Neves, Don Chacal e um time da nova geração da música brasileira, como o baterista Pupillo (Nação Zumbi) e os guitarristas Fernando Catatau (Cidadão Instigado), Pedro Sá e Davi Moraes, entre outros. O ano de 2007 também foi marcado pela união de Vanessa e o cantor internacional Ben Harper, com o lançamento de Boa Sorte/Good Luck, que foi um dos grandes sucessos da cantora. A música foi lançada, a princípio nas rádios, com sua versão original e depois com sua versão Remix, que garantiu a autenticidade da cantora.
Em 2008, a música Amado, do mesmo álbum, foi o tema principal da novela da Rede Globo, A Favorita. No mesmo ano, recebe uma nomeação para o Grammy Latino, o prémio mais importante do meio musical, sendo em uma categoria: Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro por Sim - que ganhou o prémio. Já em maio de 2009, Vanessa lançou um álbum ao vivo em comemoração ao seus 6 anos de sucesso, o CD/DVD "Multishow ao Vivo Vanessa da Mata". Sendo assim, para promover o álbum, a canção "Vermelho" foi lançada nas rádios. "O Tal Casal" é o primeiro single do novo álbum de Vanessa da Mata, Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias, lançado em 13 de outubro de 2010. O quarto álbum de estúdio traz 12 músicas inéditas, todas elas da sua autoria, dentre as quais se destacam "Te Amo", "As Palavras" (que fez parte da trilha da novela Morde & Assopra) e "Quando Amanhecer", parceria de Vanessa com Gilberto Gil. Em 2011, Vanessa gravou em colaboração com Seu Jorge e Almaz a música "Boa Reza" (composta por Vanessa), para o mais recente álbum da organização Red Hot, o Red Hot+Rio 2. A coletânea, lançada em 28 de junho de 2011, faz parte de uma da linha de álbuns beneficentes, e é o segundo inspirado na música brasileira (o primeiro foi o "Red Hot + Rio", de 1996), sendo uma homenagem à Tropicália. As vendas são revertidas para campanhas de consciencialização para o combate à SIDA/HIV e outras questões sociais relacionadas a saúde. No Carnaval de 2012, Vanessa foi convidada pela escola de samba Portela a representar a cantora Clara Nunes na avenida, em seu desfile em homenagem à Bahia. Vanessa veio para o Sambódromo da Marquês de Sapucaí como destaque num carro alegórico, vestida com uma roupa réplica da que Clara usou em musical apresentado no "Fantástico" de 1977, e com uma tiara usada pela cantora no disco "Clara Guerreira".
in Wikipédia
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