A Independência do Brasil é um processo que se estende de 1821 a 1825 e coloca em violenta oposição o Reino do Brasil e o Reino de Portugal, dentro do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. As Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa, instaladas em 1820, como uma consequência da Revolução Liberal do Porto, tomam decisões, a partir de 1821, que tinham como objetivo reduzir novamente o Brasil ao seu antigo estatuto colonial.
sábado, setembro 07, 2024
O Grito do Ipiranga foi há 202 anos...!
A Independência do Brasil é um processo que se estende de 1821 a 1825 e coloca em violenta oposição o Reino do Brasil e o Reino de Portugal, dentro do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. As Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa, instaladas em 1820, como uma consequência da Revolução Liberal do Porto, tomam decisões, a partir de 1821, que tinham como objetivo reduzir novamente o Brasil ao seu antigo estatuto colonial.
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Camilo Pessanha nasceu há 157 anos
Tirou o curso de Direito em Coimbra. Procurador Régio em Mirandela (1892), advogado em Óbidos, em 1894, transfere-se para Macau, onde, durante três anos, foi professor de Filosofia Elementar no Liceu de Macau, deixando de lecionar por ter sido nomeado, em 1900, conservador do registo predial em Macau e depois juiz de comarca. Entre 1894 e 1915 voltou a Portugal algumas vezes, para tratamento de saúde, tendo, numa delas, sido apresentado a Fernando Pessoa que era, como Mário de Sá-Carneiro, apreciador da sua poesia.
Publicou poemas em várias revistas e jornais, mas o seu único livro, Clepsidra (1920), foi publicado sem a sua participação (pois encontrava-se em Macau) por Ana de Castro Osório, a partir de autógrafos e recortes de jornais. Graças a essa iniciativa, os versos de Pessanha foram salvos do esquecimento. Posteriormente, o filho de Ana de Castro Osório, João de Castro Osório, ampliou a Clepsidra original, acrescentando-lhe poemas que foram encontrados. Essas edições foram publicadas em 1945, 1954 e 1969.
Apesar da pequena dimensão da sua obra, é considerado um dos poetas mais importantes da língua portuguesa. Camilo Pessanha morreu no dia 1 de março de 1926 em Macau, devido ao uso excessivo de ópio.
Características estéticas
Além das características simbolistas que sua obra assume, já bem conhecidas, Camilo Pessanha antecipa alguns princípios de tendências modernistas.
Camilo Pessanha buscou em Charles Baudelaire, proto-simbolista francês, o termo “Clepsidra”, que elegeu como título do seu único livro de poemas, praticando uma poética da sugestão como proposta por Mallarmé, evitando nomear um objeto direta e imediatamente.
Por outro lado, segundo o pesquisador da Universidade do Porto Luís Adriano Carlos, o seu chamado "metaforismo" entraria no mesmo rol estético do imagismo, do inteseccionismo e do surrealismo, buscando as relações analógicas entre significante e significado por intermédio da clivagem dinâmica dos dois planos.
Junto de sua fragmentação sintática, que segundo a pesquisadora da Universidade do Minho Maria do Carmo Pinheiro Mendes substitui um mundo ordenado segundo leis universalmente reconhecidas por um mundo fundado sobre a ambiguidade, a transitoriedade e a fragmentação, podemos encontrar na obra de Camilo Pessanha, de acordo com os dois autores citados, duas características que costumam ser mais relacionadas à poesia moderna que ao Simbolismo mais convencional.
Olvido
Desce por fim sobre o meu coração
O olvido. Irrevocável. Absoluto.
Envolve-o grave como véu de luto.
Podes, corpo, ir dormir no teu caixão.
A fronte já sem rugas, distendidas
As feições, na imortal serenidade,
Dorme enfim sem desejo e sem saudade
Das coisas não logradas ou perdidas.
O barro que em quimera modelaste
Quebrou-se-te nas mãos. Viça uma flor...
Pões-lhe o dedo, ei-la murcha sobre a haste...
Ias andar, sempre fugia o chão,
Até que desvairavas, do terror.
Corria-te um suor, de inquietação...
Camilo Pessanha
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William Holman Hunt morreu há 114 anos...
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Paulo Autran nasceu há cento e dois anos...
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Isabel I de Inglaterra nasceu há 491 anos
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Os Estados Unidos prometeram devolver o Canal ao Panamá há 47 anos...
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Keith Moon morreu há 46 anos...
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Aurea - 37 anos!
François-André Danican Philidor, músico e xadrezista, nasceu há 298 anos
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O ditador Mobutu morreu há 27 anos
Warren Zevon morreu há 21 anos...
Warren William Zevon (Chicago, Illinois, January 24, 1947 – Los Angeles, California, September 7, 2003) was an American rock singer, songwriter, and musician.
Zevon's most famous compositions include "Werewolves of London", "Lawyers, Guns and Money", and "Roland the Headless Thompson Gunner". All three songs are featured on his third album, Excitable Boy (1978), the title track of which is also well-known. He also wrote major hits that were recorded by other artists, including "Poor Poor Pitiful Me", "Accidentally Like a Martyr", "Mohammed's Radio", "Carmelita", and "Hasten Down the Wind".
(...)
Zevon died of mesothelioma on September 7, 2003, aged 56, at his home in Los Angeles. His body was cremated, and his ashes were scattered into the Pacific Ocean near Los Angeles.
in Wikipédia
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Balduíno I, Rei dos Belgas, nasceu há 94 anos...
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Gloria Gaynor - 75 anos...!
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sexta-feira, setembro 06, 2024
Pretensas novidades sobre o local onde apareceram os humanos...
Afinal, o berço da humanidade pode não ser onde pensávamos
Durante décadas, o Rift Africano Oriental tem sido aclamado como o “Berço da Humanidade”, a região onde se acredita que os nossos primeiros antepassados evoluíram.
Esta crença baseia-se em numerosas descobertas de fósseis no Vale do Rift, que forneceram informações valiosas sobre as primeiras fases da evolução humana.
No entanto, um novo estudo, cujos resultados foram publicados em agosto na revista Natura Ecology & Evolution, sugere que esta narrativa pode estar incompleta.
O Rift Africano Oriental, uma formação geológica que se estende por toda a África Oriental, é conhecida pelos seus depósitos de rochas sedimentares que preservaram fósseis antigos durante milhões de anos.
Locais importantes como o desfiladeiro de Olduvai, na Tanzânia, revelaram fósseis dos primeiros hominídeos, como o Paranthropus boisei e o Homo habilis, que datam de há cerca de 2 milhões de anos.
No entanto, este foco no Vale do Rift pode ter levado a uma compreensão distorcida da história inicial da nossa espécie.
“Como as provas da evolução humana inicial provêm de um pequeno número de sítios, é importante reconhecer que não temos uma imagem completa do que aconteceu em todo o continente”, explica W. Andrew Barr, primeiro autor do estudo, em comunicado publicado no EurekAlert.
O Rift Africano Oriental cobre menos de 1% do continente africano, enquanto os primeiros seres humanos provavelmente vagueavam muito para além desta estreita faixa de terra.
A preservação dos fósseis depende fortemente de condições geológicas específicas, e muitas regiões fora do Vale do Rift podem ter sido menos propícias à preservação a longo prazo dos restos mortais dos hominídeos.
Como resultado, grande parte do registo fóssil de outras partes de África provavelmente perdeu-se no tempo.
Num novo estudo, investigadores analisaram as áreas de distribuição dos mamíferos modernos no Vale do Rift e descobriram que, para os animais de médio e grande porte, o Rift Africano Oriental constituía apenas 1,6% do seu habitat. Isto sugere que os primeiros seres humanos, tal como outros animais, não se teriam confinado a esta pequena área.
O estudo também examinou a variação do tamanho do crânio e do corpo dos primatas africanos modernos, revelando que espécies como os babuínos são geralmente maiores na África Central do que na África Oriental.
Se os primeiros hominídeos apresentassem padrões semelhantes de variação morfológica, o registo fóssil do Vale do Rift não captaria esta diversidade, levando a uma imagem incompleta e potencialmente enganadora dos nossos antepassados.
in ZAP
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Na África, há cem milhões de anos...
Encontrado o lugar mais perigoso da história da Terra
Ilustração artística mostra um enorme dinossauro Carcharodontosaurus com um grupo de predadores Elosuchus, semelhantes a crocodilos, perto de uma carcaça
Um paleontólogo identificou o lugar mais perigoso da história da Terra - uma região de África repleta de predadores, há 100 milhões de anos, onde um humano que viajasse no tempo não teria uma vida muito longa.
Uma equipa internacional de paleontólogos diz ter descoberto a época e o local mais perigosos da História do nosso planeta.
Com base num estudo recentemente publicado na revista ZooKeys, o único sítio do mundo que não gostaríamos de visitar era o Sahara – há 100 milhões de anos.
“Um viajante do tempo humano não duraria muito tempo nesta região”, explica Nizar Ibrahim, investigador da Universidade de Detroit Mercy e primeiro autor do estudo, em comunicado da Universidade de Portsmouth.
Efetivamente, com répteis colossais a voar pelos céus e gigantescas bestas semelhantes a crocodilos a vaguear pela paisagem local, não é difícil aceitar o argumento dos investigadores.
A investigação, que a equipa diz ser o “trabalho mais completo sobre vertebrados fósseis do Sahara em quase um século, incluiu décadas de registos fósseis de museus de todo o mundo e notas de expedição sobre a Formação Kem Kem, conjunto de formações rochosas do Cretácico, no leste de Marrocos.
As informações extraídas destas formações foram descritas pela Universidade de Portsmouth como “o primeiro relato detalhado e totalmente ilustrado da escarpa rica em fósseis” desta formação.
Segundo os autores do estudo, um viajante do tempo seria confrontado com três dos maiores dinossauros predadores de que há registo. O Carcharodontossauro, com dentes de sabre, tinha dentes de até 20 centímetros de comprimento e media cerca de 1,5 metros. O Deltadromeus – um membro da família dos velociraptores – tinha o mesmo comprimento.
Naturalmente, outro obstáculo seria sobreviver aos enormes pterossauros, répteis que sobrevoavam as terras, aos caçadores semelhantes a crocodilos que se movimentavam e às terríveis ameaças aquáticas que espreitavam nos vastos sistemas fluviais.
“Este lugar estava cheio de peixes absolutamente enormes, incluindo uma grande abundância de celacantos gigantes e peixes-pulmonados”, explica David Martill, professor da Universidade de Portsmouth e co-autor do estudo.
“O celacanto, por exemplo, é provavelmente quatro ou mesmo cinco vezes maior do que o celacanto atual. Há um enorme tubarão-serra de água doce chamado Onchopristis com os mais temíveis dentes rostrais, que são como punhais farpados, mas lindamente brilhantes”.
A Formação Kem Kem contém uma quantidade invulgarmente elevada de fósseis de grandes carnívoros e dá uma imagem mais clara da diversidade de África em comparação com qualquer outro local do continente.
“Desde as ameaças aquáticas e aéreas descritas acima, até tartarugas, peixes e mesmo plantas, a Formação Kem Kem é uma mina de ouro virtual“, diz Nizar Ibrahim.
in ZAP
Postado por Fernando Martins às 21:23 0 bocas
Marcadores: Carcharodontosaurus, celacanto, Cretácico, Deltadromeus, Elosuchus, Paleoecologia, Paleontologia, pterossauros, Sahara
Saudades de ouvir cantar Luciano Pavarotti...
Una furtiva lagrima
negli occhi suoi spuntò:
Quelle festose giovani
invidiar sembrò.
Che più cercando io vo?
Che più cercando io vo?
M'ama! Sì, m'ama, lo vedo. Lo vedo.
Un solo istante i palpiti
del suo bel cor sentir!
I miei sospir confondere
per poco a' suoi sospir!
I palpiti, i palpiti sentir,
confondere i miei co' suoi sospir...
Cielo! Si può morir!
Di più non chiedo, non chiedo.
Ah, cielo! Si può! Si può morir!
Di più non chiedo, non chiedo.
Si può morir! Si può morir d'amor.
Postado por Pedro Luna às 17:00 0 bocas
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Poesia de aniversariante de hoje...
Carta a Bill
Bill!
Se algum dia voltares
Aos caminhos do passado,
Acharás tudo mudado:
A dança, o trajo, os cantares…
Fica a máscara por fora?
Por baixo dela, ainda igual,
Se ergue a bandeira real –
Branca e azul – intacta, agora?
Bailam a Gota?
(Meu país foi sempre o teu
E esse país não morreu!)
Ver de perto com seus olhos
O lírio de que eu falava
(Lírio tão branco entre abrolhos!)
Em versos de silva brava.
Branco lírio!
Branco lírio!
Ao alto da serra da Arga!
Lembro nele o Fandangueiro
Que, ao bailar, de corpo inteiro,
Era uma flor, doce e amarga…
Mas, em chegando, ouvi só
Insultos de altifalantes!
Onde estavam os amantes
Do Poeta?
E toda a monotonia
Da voz que o rosto desvia
Dos rouxinóis dos silvados.
Que loucura!
(Pense-o, pense-o
Quem quiser de lábios mudos.)
– Comprei por dez mil escudos
Dez minutos de silêncio.
Calou-se o altifalante!
Castanholaram os dedos…
De novo,
Naquele instante,
Voltou o povo a ser povo!
E voltaram homens ledos:
– Veio o Nelson e a Artemisa,
Veio Afife e Gondarém
E os de Carreço também
Misturar-se aos da Galiza…
E bastaram dez minutos
(Os dez minutos comprados!)
Para dez mil namorados
Sorrirem, de olhos enxutos.
Que loucura! – (Pense-o, pense-o
Quem quiser de lábios mudos!)
Comprei por dez mil escudos
Dez minutos de silêncio!
Pedro Homem de Mello
Postado por Pedro Luna às 12:00 0 bocas
Marcadores: Afife, folclore, monárquicos, música, Pedro Homem de Melo, poesia
Menez nasceu há 98 anos...
(imagem daqui)
Maria Inês da Silva Carmona Ribeiro da Fonseca, de seu nome artístico Menez (Lisboa, 6 de setembro de 1926 - 11 de abril de 1995), foi uma pintora portuguesa pioneira da pintura abstrata em Portugal. Foi mãe do pintor Ruy Leitão.
Henrique VIII, 1966, óleo sobre tela
Paul Waaktaar-Savoy, dos A-ha, faz hoje 63 anos
Em paralelo com os a-ha, Paul Waaktaar-Savoy mantém, com a sua esposa Lauren Savoy e o baterista Frode Unneland, a banda Savoy. Paul e a banda Savoy residem alternadamente em Nova York e Oslo.
- Mary is coming (1996)
- Lackluster me (1997)
- Mountains of time (1999)
- Reasons to stay indoors (2001)
- Savoy (2004)
- Savoy Songbook Vol 1 (2007)
Em 2011, Paul juntou-se ao músico americano Jimmy Gnecco do grupo Ours e lançaram a música “Weathervane“, faixa-título do filme norueguês Hodejegerne.
Poesia adequada à data...
Mania das Grandezas
Pois bem, confesso:
fui eu quem destruiu as Babilónias
e descobriu a pólvora...
Acredite, a estrela Sírius, de primeira grandeza,
(única no mercado)
deixou-me meu tio-avô em testamento.
No meu bolso esconde-se o segredo
das alquimias
e a metafísica das religiões
— tudo por inspiração!
Que querem?
Sou poeta
e tenho a mania das grandezas...
Talvez ainda venha a ser Presidente da República...
Joaquim Namorado
Postado por Pedro Luna às 06:07 0 bocas
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Terminou, há 502 anos, uma circum-navegação planeada e comandada por Fernão de Magalhães...
No vale clareia uma fogueira.
Uma dança sacode a terra inteira.
E sombras disformes e descompostas
Em clarões negros do vale vão
Subitamente pelas encostas,
Indo perder-se na escuridão.
De quem é a dança que a noite aterra?
São os Titãs, os filhos da Terra
Que dançam da morte do marinheiro
Que quis cingir o materno vulto-
Cingi-lo, dos homens, o primeiro-
Na praia ao longe por fim sepulto.
Dançam, nem sabem que a alma ousada
Do morto ainda comanda a armada,
Pulso sem corpo ao leme a guiar
As naus no resto do fim do espaço:
Que até ausente soube cercar
A terra inteira com seu abraço.
Violou a Terra. Mas eles não
O sabem, e dançam na solidão;
E sombras disformes e descompostas,
Indo perder-se nos horizontes,
Galgam do vale pelas encostas
Dos mudos montes.
in Mensagem (1934) - Fernando Pessoa
Postado por Fernando Martins às 05:02 0 bocas
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