O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Bill! Se algum dia voltares Aos caminhos do passado, Acharás tudo mudado: A dança, o trajo, os cantares… Fica a máscara por fora? Por baixo dela, ainda igual, Se ergue a bandeira real – Branca e azul – intacta, agora? Bailam a Gota?
– Eu te digo:
Veio, há tempos, um amigo (Meu país foi sempre o teu E esse país não morreu!) Ver de perto com seus olhos O lírio de que eu falava (Lírio tão branco entre abrolhos!) Em versos de silva brava. Branco lírio! Branco lírio! Ao alto da serra da Arga! Lembro nele o Fandangueiro Que, ao bailar, de corpo inteiro, Era uma flor, doce e amarga… Mas, em chegando, ouvi só Insultos de altifalantes! Onde estavam os amantes Do Poeta?
Apenas pó.
E olhos, olhos espantados E toda a monotonia Da voz que o rosto desvia Dos rouxinóis dos silvados. Que loucura! (Pense-o, pense-o Quem quiser de lábios mudos.) – Comprei por dez mil escudos Dez minutos de silêncio. Calou-se o altifalante! Castanholaram os dedos… De novo, Naquele instante, Voltou o povo a ser povo! E voltaram homens ledos: – Veio o Nelson e a Artemisa, Veio Afife e Gondarém E os de Carreço também Misturar-se aos da Galiza… E bastaram dez minutos (Os dez minutos comprados!) Para dez mil namorados Sorrirem, de olhos enxutos. Que loucura! – (Pense-o, pense-o Quem quiser de lábios mudos!)
Comprei por dez mil escudos Dez minutos de silêncio!
Era um apaixonado pelos livros, pela música e por Amália. Foi apresentado a Amália, em 1962, por Luís de Macedo, diplomata em Paris, durante umas férias na Praia do Lisandro, perto da Ericeira. Oulman mostrou a Amália uma música que tinha composto ao piano, sobre o poema Vagamundo de Luís de Macedo.
O álbum Busto, editado em 1962, marcou o início de colaboração de Alain Oulman com Amália. Foi ele quem levou os poetas portugueses, como Luís de Camões, David Mourão-Ferreira, Alexandre O'Neill ou Manuel Alegre,
para dentro de casa de Amália. Alain Oulman é também considerado o
principal responsável por uma profunda alteração na música que a
acompanhava.
Foi também ele que compôs a música do conhecido fado A Minha terra é Viana do poeta Pedro Homem de Mello, do álbum Cantigas numa Língua Antiga.
Oulman, pessoa de esquerda, é perseguido e preso pela PIDE. Amália tudo fez para o apoiar aquando da sua prisão. É deportado para França.
"A sua ativa solidariedade com a luta antifascista portuguesa
levou-o a ser preso pela PIDE, sendo expulso de Portugal e fixando-se
definitivamente em Paris", lê-se no 'site' oficial do Partido Comunista Português.
Oulman escreveu a música para Meu Amor é Marinheiro, com base em A Trova do Amor Lusíada, que Manuel Alegre escreveu quando esteve preso em Caxias.
Após o 25 de abril de 1974,
Alain Oulman fez parte da minoria que defendeu Amália, quando esta
foi acusada de estar ligada ao anterior regime, escrevendo cartas para
os jornais "República" e "O Século".
"Alain Oulman, que em sucessivos discos publicados nos anos 50 e 60 soube transformar a fadista Amália Rodrigues - cuja popularidade era incontestada desde o final da Segunda Guerra
- na «Amalia», sem acento, que se tornou diva internacional. Oulman
divulgou a voz, mas soube renovar-lhe a cada passo os atributos com
desafios ousados: primeiro, já não apenas a guitarra e a viola, mas
também os acompanhamentos orquestrais, depois as variações sobre estes,
conduzindo-a ao extremo de um «jazz combo»."
"Eu tenho uma proximidade muito maior com a Amália dos anos 60,
do período do Oulman. Cabe tudo ali - e é isso que lhe dá dimensão.
Nós não podemos reduzi-la - como ela nunca se quis reduzir - a um
qualquer sub-género do seu reportório."
Nasceu no seio de uma família fidalga, filho de António Homem de Melo de Macedo, irmão do 1.º Conde de Águeda,
e de sua mulher Maria do Pilar da Cunha Pimentel Homem de Vasconcelos,
tendo, desde cedo, sido imbuído de ideais monárquicos, católicos e
conservadores. Foi sempre um sincero amigo do povo e a sua poesia é
disso reflexo. O seu pai pertenceu ao círculo íntimo do poeta António Nobre.
Estudou Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, acabando por se licenciar na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1926. Exerceu a advocacia, foi subdelegado do Procurador-Geral da República
e, posteriormente, professor de português em escolas técnicas do Porto
(Mouzinho da Silveira e Infante D. Henrique), tendo sido director da
Mouzinho da Silveira. Membro dos Júris dos prémios do secretariado da
propaganda nacional, foi um entusiástico estudioso e divulgador do
folclore português, criador e patrocinador de diversos ranchos
folclóricos minhotos, tendo sido, durante os anos 60 e 70, autor e apresentador de um popular programa na RTP sobre essa temática.
Foi um dos colaboradores do movimento da revista Presença, tendo também colaborado na revista Altura
(1945). Apesar de gabada por numerosos críticos, a sua vastíssima obra
poética, eivada de um lirismo puro e pagão (claramente influenciada
por António Botto e Federico García Lorca), está injustamente votada ao esquecimento. Entre os seus poemas mais famosos destacam-se Povo que Lavas no Rio e Havemos de Ir a Viana, imortalizados por Amália Rodrigues, e O Rapaz da Camisola Verde.
Afife (Viana do Castelo) foi a terra da sua adoção. Ali viveu durante anos num local paradisíaco, no Convento de Cabanas, junto ao rio com o mesmo nome, onde escreveu parte da sua obra, "cantando" os costumes e as tradições de Afife e da Serra de Arga.
Casamento e descendência
Pedro Homem de Melo casou com Maria Helena de Sá Passos Rangel
Pamplona, filha de José César de Araújo Rangel (24 de janeiro de 1871 -
1 de junho de 1942) e de sua mulher Alda Luísa de Sá Passos (Lisboa,
6 de novembro de 1887 - 25 de junho de 1935), e teve dois filhos:
Maria Benedita Pamplona Homem de Melo (3 de fevereiro de 1934), que
faleceu ainda criança, e Salvador José Pamplona Homem de Melo (Porto, Cedofeita,
30 de julho de 1936), já falecido, que casou a 6 de setembro de 1969
com Maria Helena Moreira Teles da Silva (10 de janeiro de 1944), neta
paterna da 12.ª Condessa de Tarouca,
de quem teve uma filha, Mariana Teles da Silva Homem de Melo (Porto, 3
de novembro de 1974), e depois com Maria José de Barros Teixeira
Coelho (Braga, São José de São Lázaro, 9 de janeiro de 1943), de quem teve uma filha, Rita Teixeira Coelho Homem de Melo (Porto, Santo Ildefonso, 10 de julho de 1983). Foi tio-avô de Cristina Homem de Melo.
Bill! Se algum dia voltares Aos caminhos do passado, Acharás tudo mudado: A dança, o trajo, os cantares… Fica a máscara por fora? Por baixo dela, ainda igual, Se ergue a bandeira real – Branca e azul – intacta, agora? Bailam a Gota?
– Eu te digo:
Veio, há tempos, um amigo (Meu país foi sempre o teu E esse país não morreu!) Ver de perto com seus olhos O lírio de que eu falava (Lírio tão branco entre abrolhos!) Em versos de silva brava. Branco lírio! Branco lírio! Ao alto da serra da Arga! Lembro nele o Fandangueiro Que, ao bailar, de corpo inteiro, Era uma flor, doce e amarga… Mas, em chegando, ouvi só Insultos de altifalantes! Onde estavam os amantes Do Poeta?
Apenas pó.
E olhos, olhos espantados E toda a monotonia Da voz que o rosto desvia Dos rouxinóis dos silvados. Que loucura! (Pense-o, pense-o Quem quiser de lábios mudos.) – Comprei por dez mil escudos Dez minutos de silêncio. Calou-se o altifalante! Castanholaram os dedos… De novo, Naquele instante, Voltou o povo a ser povo! E voltaram homens ledos: – Veio o Nelson e a Artemisa, Veio Afife e Gondarém E os de Carreço também Misturar-se aos da Galiza… E bastaram dez minutos (Os dez minutos comprados!) Para dez mil namorados Sorrirem, de olhos enxutos. Que loucura! – (Pense-o, pense-o Quem quiser de lábios mudos!)
Comprei por dez mil escudos Dez minutos de silêncio!
Bill! Se algum dia voltares Aos caminhos do passado, Acharás tudo mudado: A dança, o trajo, os cantares… Fica a máscara por fora? Por baixo dela, ainda igual, Se ergue a bandeira real – Branca e azul – intacta, agora? Bailam a Gota?
– Eu te digo:
Veio, há tempos, um amigo (Meu país foi sempre o teu E esse país não morreu!) Ver de perto com seus olhos O lírio de que eu falava (Lírio tão branco entre abrolhos!) Em versos de silva brava. Branco lírio! Branco lírio! Ao alto da serra da Arga! Lembro nele o Fandangueiro Que, ao bailar, de corpo inteiro, Era uma flor, doce e amarga… Mas, em chegando, ouvi só Insultos de altifalantes! Onde estavam os amantes Do Poeta?
Apenas pó.
E olhos, olhos espantados E toda a monotonia Da voz que o rosto desvia Dos rouxinóis dos silvados. Que loucura! (Pense-o, pense-o Quem quiser de lábios mudos.) – Comprei por dez mil escudos Dez minutos de silêncio. Calou-se o altifalante! Castanholaram os dedos… De novo, Naquele instante, Voltou o povo a ser povo! E voltaram homens ledos: – Veio o Nelson e a Artemisa, Veio Afife e Gondarém E os de Carreço também Misturar-se aos da Galiza… E bastaram dez minutos (Os dez minutos comprados!) Para dez mil namorados Sorrirem, de olhos enxutos. Que loucura! – (Pense-o, pense-o Quem quiser de lábios mudos!)
Comprei por dez mil escudos Dez minutos de silêncio!
Nasceu no seio de uma família fidalga, filho de António Homem de Melo de Macedo, irmão do 1.º Conde de Águeda,
e de sua mulher Maria do Pilar da Cunha Pimentel Homem de Vasconcelos,
tendo, desde cedo, sido imbuído de ideais monárquicos, católicos e
conservadores. Foi sempre um sincero amigo do povo e a sua poesia é
disso reflexo. O seu pai pertenceu ao círculo íntimo do poeta António Nobre.
Estudou Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, acabando por se licenciar na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1926. Exerceu a advocacia, foi subdelegado do Procurador-Geral da República
e, posteriormente, professor de português em escolas técnicas do Porto
(Mouzinho da Silveira e Infante D. Henrique), tendo sido director da
Mouzinho da Silveira. Membro dos Júris dos prémios do secretariado da
propaganda nacional, foi um entusiástico estudioso e divulgador do
folclore português, criador e patrocinador de diversos ranchos
folclóricos minhotos, tendo sido, durante os anos 60 e 70, autor e apresentador de um popular programa na RTP sobre essa temática.
Foi um dos colaboradores do movimento da revista Presença, tendo também colaborado na revista Altura
(1945). Apesar de gabada por numerosos críticos, a sua vastíssima obra
poética, eivada de um lirismo puro e pagão (claramente influenciada
por António Botto e Federico García Lorca), está injustamente votada ao esquecimento. Entre os seus poemas mais famosos destacam-se Povo que Lavas no Rio e Havemos de Ir a Viana, imortalizados por Amália Rodrigues, e O Rapaz da Camisola Verde.
Afife (Viana do Castelo) foi a terra da sua adopção. Ali viveu durante anos num local paradisíaco, no Convento de Cabanas, junto ao rio com o mesmo nome, onde escreveu parte da sua obra, "cantando" os costumes e as tradições de Afife e da Serra de Arga.
Casamento e descendência
Pedro Homem de Melo casou com Maria Helena de Sá Passos Rangel
Pamplona, filha de José César de Araújo Rangel (24 de janeiro de 1871 -
1 de junho de 1942) e de sua mulher Alda Luísa de Sá Passos (Lisboa,
6 de novembro de 1887 - 25 de junho de 1935), e teve dois filhos:
Maria Benedita Pamplona Homem de Melo (3 de fevereiro de 1934), que
faleceu ainda criança, e Salvador José Pamplona Homem de Melo (Porto, Cedofeita,
30 de julho de 1936), já falecido, que casou a 6 de setembro de 1969
com Maria Helena Moreira Teles da Silva (10 de janeiro de 1944), neta
paterna da 12.ª Condessa de Tarouca,
de quem teve uma filha, Mariana Teles da Silva Homem de Melo (Porto, 3
de novembro de 1974), e depois com Maria José de Barros Teixeira
Coelho (Braga, São José de São Lázaro, 9 de janeiro de 1943), de quem teve uma filha, Rita Teixeira Coelho Homem de Melo (Porto, Santo Ildefonso, 10 de julho de 1983). Foi tio-avô de Cristina Homem de Melo.
Nasceu no seio de uma família fidalga, filho de António Homem de Melo de Macedo, irmão do 1.º Conde de Águeda,
e de sua mulher Maria do Pilar da Cunha Pimentel Homem de Vasconcelos,
tendo, desde cedo, sido imbuído de ideais monárquicos, católicos e
conservadores. Foi sempre um sincero amigo do povo e a sua poesia é
disso reflexo. O seu pai pertenceu ao círculo íntimo do poeta António Nobre.
Estudou Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, acabando por se licenciar na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1926. Exerceu a advocacia, foi subdelegado do Procurador-Geral da República
e, posteriormente, professor de português em escolas técnicas do Porto
(Mouzinho da Silveira e Infante D. Henrique), tendo sido director da
Mouzinho da Silveira. Membro dos Júris dos prémios do secretariado da
propaganda nacional, foi um entusiástico estudioso e divulgador do
folclore português, criador e patrocinador de diversos ranchos
folclóricos minhotos, tendo sido, durante os anos 60 e 70, autor e apresentador de um popular programa na RTP sobre essa temática.
Foi um dos colaboradores do movimento da revista Presença, tendo também colaborado na revista Altura
(1945). Apesar de gabada por numerosos críticos, a sua vastíssima obra
poética, eivada de um lirismo puro e pagão (claramente influenciada
por António Botto e Federico García Lorca), está injustamente votada ao esquecimento. Entre os seus poemas mais famosos destacam-se Povo que Lavas no Rio e Havemos de Ir a Viana, imortalizados por Amália Rodrigues, e O Rapaz da Camisola Verde.
Afife (Viana do Castelo) foi a terra da sua adopção. Ali viveu durante anos num local paradisíaco, no Convento de Cabanas, junto ao rio com o mesmo nome, onde escreveu parte da sua obra, "cantando" os costumes e as tradições de Afife e da Serra de Arga.
Casamento e descendência
Pedro Homem de Melo casou com Maria Helena de Sá Passos Rangel
Pamplona, filha de José César de Araújo Rangel (24 de janeiro de 1871 -
1 de junho de 1942) e de sua mulher Alda Luísa de Sá Passos (Lisboa,
6 de novembro de 1887 - 25 de junho de 1935), e teve dois filhos:
Maria Benedita Pamplona Homem de Melo (3 de fevereiro de 1934), que
faleceu ainda criança, e Salvador José Pamplona Homem de Melo (Porto, Cedofeita,
30 de julho de 1936), já falecido, que casou a 6 de setembro de 1969
com Maria Helena Moreira Teles da Silva (10 de janeiro de 1944), neta
paterna da 12.ª Condessa de Tarouca,
de quem teve uma filha, Mariana Teles da Silva Homem de Melo (Porto, 3
de novembro de 1974), e depois com Maria José de Barros Teixeira
Coelho (Braga, São José de São Lázaro, 9 de janeiro de 1943), de quem teve uma filha, Rita Teixeira Coelho Homem de Melo (Porto, Santo Ildefonso, 10 de julho de 1983). Foi tio-avô de Cristina Homem de Melo.
Nasceu no seio de uma família fidalga, filho de António Homem de Melo de Macedo, irmão do 1.º Conde de Águeda,
e de sua mulher Maria do Pilar da Cunha Pimentel Homem de Vasconcelos,
tendo, desde cedo, sido imbuído de ideais monárquicos, católicos e
conservadores. Foi sempre um sincero amigo do povo e a sua poesia é
disso reflexo. O seu pai pertenceu ao círculo íntimo do poeta António Nobre.
Estudou Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, acabando por se licenciar na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1926. Exerceu a advocacia, foi subdelegado do Procurador-Geral da República
e, posteriormente, professor de português em escolas técnicas do Porto
(Mouzinho da Silveira e Infante D. Henrique), tendo sido director da
Mouzinho da Silveira. Membro dos Júris dos prémios do secretariado da
propaganda nacional, foi um entusiástico estudioso e divulgador do
folclore português, criador e patrocinador de diversos ranchos
folclóricos minhotos, tendo sido, durante os anos 60 e 70, autor e apresentador de um popular programa na RTP sobre essa temática.
Foi um dos colaboradores do movimento da revista Presença, tendo também colaborado na revista Altura
(1945). Apesar de gabada por numerosos críticos, a sua vastíssima obra
poética, eivada de um lirismo puro e pagão (claramente influenciada
por António Botto e Federico García Lorca), está injustamente votada ao esquecimento. Entre os seus poemas mais famosos destacam-se Povo que Lavas no Rio e Havemos de Ir a Viana, imortalizados por Amália Rodrigues, e O Rapaz da Camisola Verde.
Afife (Viana do Castelo) foi a terra da sua adopção. Ali viveu durante anos num local paradisíaco, no Convento de Cabanas, junto ao rio com o mesmo nome, onde escreveu parte da sua obra, "cantando" os costumes e as tradições de Afife e da Serra de Arga.
Casamento e descendência
Pedro Homem de Melo casou com Maria Helena de Sá Passos Rangel
Pamplona, filha de José César de Araújo Rangel (24 de janeiro de 1871 -
1 de junho de 1942) e de sua mulher Alda Luísa de Sá Passos (Lisboa,
6 de novembro de 1887 - 25 de junho de 1935), e teve dois filhos:
Maria Benedita Pamplona Homem de Melo (3 de fevereiro de 1934), que
faleceu ainda criança, e Salvador José Pamplona Homem de Melo (Porto, Cedofeita,
30 de julho de 1936), já falecido, que casou a 6 de setembro de 1969
com Maria Helena Moreira Teles da Silva (10 de janeiro de 1944), neta
paterna da 12.ª Condessa de Tarouca,
de quem teve uma filha, Mariana Teles da Silva Homem de Melo (Porto, 3
de novembro de 1974), e depois com Maria José de Barros Teixeira
Coelho (Braga, São José de São Lázaro, 9 de janeiro de 1943), de quem teve uma filha, Rita Teixeira Coelho Homem de Melo (Porto, Santo Ildefonso, 10 de julho de 1983). Foi tio-avô de Cristina Homem de Melo.
Nasceu no seio de uma família fidalga, filho de António Homem de Melo de Macedo, irmão do 1.º Conde de Águeda, e de sua mulher Maria do Pilar da Cunha Pimentel Homem de Vasconcelos, tendo, desde cedo, sido imbuído de ideais monárquicos, católicos e conservadores. Foi sempre um sincero amigo do povo e a sua poesia é disso reflexo. O seu pai pertenceu ao círculo íntimo do poeta António Nobre.
Estudou Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, acabando por se licenciar na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1926. Exerceu a advocacia, foi subdelegado do Procurador-Geral da República e, posteriormente, professor de português em escolas técnicas do Porto (Mouzinho da Silveira e Infante D. Henrique), tendo sido director da Mouzinho da Silveira. Membro dos júris dos prémios do secretariado da propaganda nacional, foi um entusiástico estudioso e divulgador do folclore português, criador e patrocinador de diversos ranchos folclóricos minhotos, tendo sido, durante os anos 60 e 70, autor e apresentador de um popular programa na RTP sobre essa temática.
Foi um dos colaboradores do movimento da revista Presença, tendo também colaborado na revista Altura (1945). Apesar de gabada por numerosos críticos, a sua vastíssima obra poética, eivada de um lirismo puro e pagão (claramente influenciada por António Botto e Federico García Lorca), está injustamente votada ao esquecimento. Entre os seus poemas mais famosos destacam-se Povo que Lavas no Rio e Havemos de Ir a Viana, imortalizados por Amália Rodrigues, e O Rapaz da Camisola Verde.
Afife (Viana do Castelo) foi a terra da sua adopção. Ali viveu durante anos num local paradisíaco, no Convento de Cabanas, junto ao rio com o mesmo nome, onde escreveu parte da sua obra, "cantando" os costumes e as tradições de Afife e da Serra de Arga.
Obra
Danças De Portugal
Jardins Suspensos (1937)
Segredo (1939)
A Poesia Na Dança E Nos Cantares Do Povo Português (1941)
Pecado (1943)
Príncipe Perfeito (1944)
Bodas Vermelhas (1947)
Miserere (1948)
Os Amigos Infelizes (1952)
Grande, Grande Era A Cidade (1955)
Poemas Escolhidos (1957)
Ecce Homo (1974)
Poesias Escolhidas (1987)
E ninguém me conhecia, Lisboa, Campo da Comunicação, 2004 (seleção de poemas por Manuel Alegre e Paulo Sucena)
Poesias Escolhidas, Lisboa, Asa, 2004 (seleção e prefácio de Vasco da Graça Moura)
Eu, Poeta e tu, cidade, Quasi Edições, 2007
Casamento e descendência
Embora vivendo num regime que dizia que não havia homossexuais, várias fontes identificam Homem de Melo como homossexual assumido. Ainda assim, Pedro Homem de Melo casou com Maria Helena de Sá Passos Rangel Pamplona, filha de José César de Araújo Rangel (24 de janeiro de 1871 - 1 de junho de 1942) e de sua mulher Alda Luísa de Sá Passos (Lisboa, 6 de novembro de 1887 - 25 de junho de 1935), e teve dois filhos: Maria Benedita Pamplona Homem de Melo (3 de fevereiro de 1934), que faleceu ainda criança, e Salvador José Pamplona Homem de Melo (Porto, Cedofeita, 30 de julho de 1936), já falecido, que casou a 6 de setembro de 1969 com Maria Helena Moreira Teles da Silva (10 de janeiro de 1944), neta paterna da 12.ª Condessa de Tarouca, de quem teve uma filha, Mariana Teles da Silva Homem de Melo (Porto, 3 de novembro de 1974), e depois com Maria José de Barros Teixeira Coelho (Braga, São José de São Lázaro, 9 de janeiro de 1943), de quem teve uma filha, Rita Teixeira Coelho Homem de Melo (Porto, Santo Ildefonso, 10 de julho de 1983). Foi tio-avô de Cristina Homem de Melo.
Nasceu no seio de uma família fidalga, filho de António Homem de Melo de Macedo, irmão do 1.º Conde de Águeda, e de sua mulher Maria do Pilar da Cunha Pimentel Homem de Vasconcelos, tendo, desde cedo, sido imbuído de ideais monárquicos, católicos e conservadores. Foi sempre um sincero amigo do povo e a sua poesia é disso reflexo. O seu pai pertenceu ao círculo íntimo do poeta António Nobre.
Estudou Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, acabando por se licenciar na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1926. Exerceu a advocacia, foi subdelegado do Procurador-Geral da República e, posteriormente, professor de português em escolas técnicas do Porto (Mouzinho da Silveira e Infante D. Henrique), tendo sido director da Mouzinho da Silveira. Membro dos Júris dos prémios do secretariado da propaganda nacional, foi um entusiástico estudioso e divulgador do folclore português, criador e patrocinador de diversos ranchos folclóricos minhotos, tendo sido, durante os anos 60 e 70, autor e apresentador de um popular programa na RTP sobre essa temática.
Foi um dos colaboradores do movimento da revista Presença, tendo também colaborado na revista Altura (1945). Apesar de gabada por numerosos críticos, a sua vastíssima obra poética, eivada de um lirismo puro e pagão (claramente influenciada por António Botto e Federico García Lorca), está injustamente votada ao esquecimento. Entre os seus poemas mais famosos destacam-se Povo que Lavas no Rio e Havemos de Ir a Viana, imortalizados por Amália Rodrigues, e O Rapaz da Camisola Verde.
Afife (Viana do Castelo) foi a terra da sua adopção. Ali viveu durante anos num local paradisíaco, no Convento de Cabanas, junto ao rio com o mesmo nome, onde escreveu parte da sua obra, "cantando" os costumes e as tradições de Afife e da Serra de Arga.
Obra
Danças De Portugal
Jardins Suspensos (1937)
Segredo (1939)
A Poesia Na Dança E Nos Cantares Do Povo Português (1941)
Pecado (1943)
Príncipe Perfeito (1944)
Bodas Vermelhas (1947)
Miserere (1948)
Os Amigos Infelizes (1952)
Grande, Grande Era A Cidade (1955)
Poemas Escolhidos (1957)
Ecce Homo (1974)
Poesias Escolhidas (1987)
E ninguém me conhecia, Lisboa, Campo da Comunicação, 2004 (seleção de poemas por Manuel Alegre e Paulo Sucena)
Poesias Escolhidas, Lisboa, Asa, 2004 (seleção e prefácio de Vasco da Graça Moura)
Eu, Poeta e tu, cidade, Quasi Edições, 2007
Casamento e descendência
Embora vivendo num regime que dizia que não havia homossexuais, várias fontes identificam Homem de Melo como homossexual assumido. Ainda assim, Pedro Homem de Melo casou com Maria Helena de Sá Passos Rangel Pamplona, filha de José César de Araújo Rangel (24 de janeiro de 1871 - 1 de junho de 1942) e de sua mulher Alda Luísa de Sá Passos (Lisboa, 6 de novembro de 1887 - 25 de junho de 1935), e teve dois filhos: Maria Benedita Pamplona Homem de Melo (3 de fevereiro de 1934), que faleceu ainda criança, e Salvador José Pamplona Homem de Melo (Porto, Cedofeita, 30 de julho de 1936), já falecido, que casou a 6 de setembro de 1969 com Maria Helena Moreira Teles da Silva (10 de janeiro de 1944), neta paterna da 12.ª Condessa de Tarouca, de quem teve uma filha, Mariana Teles da Silva Homem de Melo (Porto, 3 de novembro de 1974), e depois com Maria José de Barros Teixeira Coelho (Braga, São José de São Lázaro, 9 de janeiro de 1943), de quem teve uma filha, Rita Teixeira Coelho Homem de Melo (Porto, Santo Ildefonso, 10 de julho de 1983). Foi tio-avô de Cristina Homem de Melo.
Para te amar ensaiei os meus lábios... Deixei de pronunciar palavras duras. Para te amar ensaiei os meus lábios! Para tocar-te ensaiei os meus dedos... Banhei-os na água límpida das fontes. Para tocar-te ensaiei os meus dedos! Para te ouvir ensaiei meus ouvidos! Pus-me a escutar as vozes do silêncio... Para te ouvir ensaiei meus ouvidos! E a vida foi passando, foi passando... E, à força de esperar a tua vinda, De cada braço fiz mudo cipreste. A vida foi passando, foi passando... E nunca mais vieste!
Nasceu no seio de uma família fidalga, filho de António Homem de Melo e de Maria do Pilar da Cunha Pimentel, tendo, desde cedo, sido imbuído de ideais monárquicos, católicos e conservadores. Foi sempre um sincero amigo do povo e a sua poesia é disso reflexo. O seu pai, pertenceu ao círculo íntimo do poeta António Nobre.
Estudou Direito em Coimbra, acabando por se licenciar em Lisboa, em 1926. Exerceu a advocacia, foi subdelegado do Procurador da República e, posteriormente, professor de português em escolas técnicas do Porto (Mouzinho da Silveira e Infante D. Henrique), tendo sido director da Mouzinho da Silveira. Membro dos Júris dos prémios do secretariado da propaganda nacional. Foi um entusiástico estudioso e divulgador do folclore português, criador e patrocinador de diversos ranchos folclóricos minhotos, tendo sido, durante os anos 60 e 70, autor e apresentador de um popular programa na RTP sobre essa temática.
Pedro Homem de Melo casou com Maria Helena Pamplona e teve dois filhos: Maria Benedita, que faleceu ainda criança, e Salvador Homem de Melo, já falecido, que foi casado com Maria Helena Moreira Telles da Silva de quem teve uma filha, Mariana Telles da Silva Homem de Mello, e depois com Maria José Barros Teixeira Coelho, de quem teve uma filha, Rita Teixeira Coelho Homem de Melo.
Foi um dos colaboradores do movimento da revista Presença. Apesar de gabada por numerosos críticos, a sua vastíssima obra poética, eivada de um lirismo puro e pagão (claramente influenciada por António Botto e Federico García Lorca), está injustamente votada ao esquecimento. Entre os seus poemas mais famosos destacam-se Povo que Lavas no Rio e Havemos de Ir a Viana, imortalizados por Amália Rodrigues, e O Rapaz da Camisola Verde.
Afife (Viana do Castelo) foi a terra da sua adopção. Ali viveu durante anos num local paradisíaco, no Convento de Cabanas, junto ao rio com o mesmo nome, onde escreveu parte da sua obra, "cantando" os costumes e as tradições de Afife e da Serra de Arga.