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sexta-feira, setembro 06, 2024

Na África, há cem milhões de anos...

Encontrado o lugar mais perigoso da história da Terra

 

  

Ilustração artística mostra um enorme dinossauro Carcharodontosaurus com um grupo de predadores Elosuchus, semelhantes a crocodilos, perto de uma carcaça

 

Um paleontólogo identificou o lugar mais perigoso da história da Terra - uma região de África repleta de predadores, há 100 milhões de anos, onde um humano que viajasse no tempo não teria uma vida muito longa.

Uma equipa internacional de paleontólogos diz ter descoberto a época e o local mais perigosos da História do nosso planeta.

Com base num estudo recentemente publicado na revista ZooKeys, o único sítio do mundo que não gostaríamos de visitar era o Sahara – há 100 milhões de anos.

“Um viajante do tempo humano não duraria muito tempo nesta região”, explica Nizar Ibrahim, investigador da Universidade de Detroit Mercy e primeiro autor do estudo, em comunicado da Universidade de Portsmouth.

Efetivamente, com répteis colossais a voar pelos céus e gigantescas bestas semelhantes a crocodilos a vaguear pela paisagem local, não é difícil aceitar o argumento dos investigadores.

A investigação, que a equipa diz ser o “trabalho mais completo sobre vertebrados fósseis do Sahara em quase um século, incluiu décadas de registos fósseis de museus de todo o mundo e notas de expedição sobre a Formação Kem Kem, conjunto de formações rochosas do Cretácico, no leste de Marrocos.

As informações extraídas destas formações foram descritas pela Universidade de Portsmouth como “o primeiro relato detalhado e totalmente ilustrado da escarpa rica em fósseis” desta formação.

Segundo os autores do estudo, um viajante do tempo seria confrontado com três dos maiores dinossauros predadores de que há registo. O Carcharodontossauro, com dentes de sabre, tinha dentes de até 20 centímetros de comprimento e media cerca de 1,5 metros. O Deltadromeus – um membro da família dos velociraptores – tinha o mesmo comprimento.

Naturalmente, outro obstáculo seria sobreviver aos enormes pterossauros, répteis que sobrevoavam as terras, aos caçadores semelhantes a crocodilos que se movimentavam e às terríveis ameaças aquáticas que espreitavam nos vastos sistemas fluviais.

“Este lugar estava cheio de peixes absolutamente enormes, incluindo uma grande abundância de celacantos gigantes e peixes-pulmonados”, explica David Martill, professor da Universidade de Portsmouth e co-autor do estudo.

“O celacanto, por exemplo, é provavelmente quatro ou mesmo cinco vezes maior do que o celacanto atual. Há um enorme tubarão-serra de água doce chamado Onchopristis com os mais temíveis dentes rostrais, que são como punhais farpados, mas lindamente brilhantes”.

A Formação Kem Kem contém uma quantidade invulgarmente elevada de fósseis de grandes carnívoros e dá uma imagem mais clara da diversidade de África em comparação com qualquer outro local do continente.

“Desde as ameaças aquáticas e aéreas descritas acima, até tartarugas, peixes e mesmo plantas, a Formação Kem Kem é uma mina de ouro virtual“, diz Nizar Ibrahim.

 

in ZAP

sábado, dezembro 23, 2023

O Celacanto desextinguiu-se e passou a ser um fóssil vivo há 85 anos...!

 
Os celacantos são uma classe de peixes sarcopterígios aparentados com os peixes dipnóicos e com várias espécies extintas no período Devónico, como os Osteolepiformes, Porolepiformes, Rhizodontiformes e Panderichthys.

Acreditava-se que os celacantos se teriam extinguido no Cretácico Superior, porém, foram redescobertos em 1938 no litoral da África do Sul. Latimeria chalumnae e Latimeria menadoensis são as duas únicas espécies vivas do celacanto, encontradas ao longo da costa do Oceano Índico. Foi apelidado de "fóssil vivo", porque os fósseis destas espécies haviam sido encontrados muito antes da descoberta de um espécime vivo. Acredita-se que o celacanto tenha evoluído para o seu estado atual há aproximadamente 400 milhões de anos.

A sua característica mais importante é a presença de barbatanas pares (peitorais e pélvicas) cujas bases são pedúnculos musculados que se assemelham aos membros dos vertebrados terrestres e se movem da mesma maneira. São os únicos representantes vivos da ordem Coelacanthiformes.

Quando o primeiro espécime vivo foi encontrado, em 23 de dezembro de 1938, já se conheciam cerca de 120 espécies de celacantiformes (Coelacanthiformes) que eram considerados fósseis indicadores, ou seja, indicando a idade da rocha onde tinham sido encontrados. Todos esses peixes encontravam-se extintos desde o período Cretáceo.

São conhecidas populações destes peixes na costa oriental da África do Sul, ilhas Comores (no Canal de Moçambique, também no Oceano Índico ocidental) e na Indonésia e decorre um programa de investigação internacional com o objetivo de aumentar o conhecimento sobre os celacantos, o South African Coelacanth Conservation and Genome Resource Programme (Programa Sul-Africano para a Conservação e Conhecimento do Genoma do Celacanto).

Antes da descoberta de um exemplar vivo, acreditava-se que o celacanto era um parente próximo do primeiro vertebrado a sair das águas, dando origem a um novo grupo de vertebrados conhecidos como tetrápodes, que inclui os humanos.

Novas descobertas apontam que o genoma do Celacanto possui informações que podem ajudar a entender melhor a evolução dos tetrápodes.
 
 
 
  
On December 23, 1938, Hendrik Goosen, the captain of the trawler Nerine, returned to the harbour at East London, South Africa, after a trawl between the Chalumna and Ncera Rivers. As he frequently did, he telephoned his friend, Marjorie Courtenay-Latimer, curator at East London's small museum, to see if she wanted to look over the contents of the catch for anything interesting, and told her of the strange fish he has set aside for her.

Correspondence in the archives of the South African Institute for Aquatic Biodiversity (SAIAB, formerly the JLB Smith Institute of Ichthyology) show that Goosen went to great lengths to avoid any damage to this fish and ordered his crew to set it aside for the East London Museum. Goosen later told how the fish was steely blue when first seen, but by the time the 'Nerine' entered East London harbour many hours later, the fish had become dark grey.

Failing to find a description of the creature in any of her books, she attempted to contact her friend, Professor James Leonard Brierley Smith, but he was away for Christmas. Unable to preserve the fish, she reluctantly sent it to a taxidermist. When Smith returned, he immediately recognized it as a type of coelacanth, a group of fish previously known only from fossils. Smith named the new coelacanth Latimeria chalumnae in honor of Marjorie Courtenay-Latimer and the waters in which it was found. The two discoverers received immediate recognition, and the fish became known as a "living fossil". The 1938 coelacanth is still on display in the East London, South Africa, museum.

   

sexta-feira, dezembro 23, 2022

O Celacanto passou a ser um fóssil vivo há 84 anos

 
Os celacantos são uma classe de peixes sarcopterígios aparentados com os peixes dipnóicos e com várias espécies extintas no período Devónico, como os Osteolepiformes, Porolepiformes, Rhizodontiformes e Panderichthys.

Acreditava-se que os celacantos se teriam extinguido no Cretácico Superior, porém, foram redescobertos em 1938 no litoral da África do Sul. Latimeria chalumnae e Latimeria menadoensis são as duas únicas espécies vivas do celacanto, encontradas ao longo da costa do Oceano Índico. Foi apelidado de "fóssil vivo", porque os fósseis destas espécies haviam sido encontrados muito antes da descoberta de um espécime vivo. Acredita-se que o celacanto tenha evoluído para o seu estado atual há aproximadamente 400 milhões de anos.

A sua característica mais importante é a presença de barbatanas pares (peitorais e pélvicas) cujas bases são pedúnculos musculados que se assemelham aos membros dos vertebrados terrestres e se movem da mesma maneira. São os únicos representantes vivos da ordem Coelacanthiformes.

Quando o primeiro espécime vivo foi encontrado, em 23 de dezembro de 1938, já se conheciam cerca de 120 espécies de celacantiformes (Coelacanthiformes) que eram considerados fósseis indicadores, ou seja, indicando a idade da rocha onde tinham sido encontrados. Todos esses peixes encontravam-se extintos desde o período Cretáceo.

São conhecidas populações destes peixes na costa oriental da África do Sul, ilhas Comores (no Canal de Moçambique, também no Oceano Índico ocidental) e na Indonésia e decorre um programa de investigação internacional com o objectivo de aumentar o conhecimento sobre os celacantos, o South African Coelacanth Conservation and Genome Resource Programme (Programa Sul-Africano para a Conservação e Conhecimento do Genoma do Celacanto).

Antes da descoberta de um exemplar vivo, acreditava-se que o celacanto era um parente próximo do primeiro vertebrado a sair das águas, dando origem a um novo grupo de vertebrados conhecidos como tetrápodes, que inclui os humanos.

Novas descobertas apontam que o genoma do Celacanto possui informações que podem ajudar a entender melhor a evolução dos tetrápodes.
 
 
 
  
On December 23, 1938, Hendrik Goosen, the captain of the trawler Nerine, returned to the harbour at East London, South Africa, after a trawl between the Chalumna and Ncera Rivers. As he frequently did, he telephoned his friend, Marjorie Courtenay-Latimer, curator at East London's small museum, to see if she wanted to look over the contents of the catch for anything interesting, and told her of the strange fish he has set aside for her.

Correspondence in the archives of the South African Institute for Aquatic Biodiversity (SAIAB, formerly the JLB Smith Institute of Ichthyology) show that Goosen went to great lengths to avoid any damage to this fish and ordered his crew to set it aside for the East London Museum. Goosen later told how the fish was steely blue when first seen, but by the time the 'Nerine' entered East London harbour many hours later, the fish had become dark grey.

Failing to find a description of the creature in any of her books, she attempted to contact her friend, Professor James Leonard Brierley Smith, but he was away for Christmas. Unable to preserve the fish, she reluctantly sent it to a taxidermist. When Smith returned, he immediately recognized it as a type of coelacanth, a group of fish previously known only from fossils. Smith named the new coelacanth Latimeria chalumnae in honor of Marjorie Courtenay-Latimer and the waters in which it was found. The two discoverers received immediate recognition, and the fish became known as a "living fossil". The 1938 coelacanth is still on display in the East London, South Africa, museum.

   

quinta-feira, dezembro 23, 2021

O Celacanto foi (re)descoberto há 83 anos

 
Os celacantos são uma classe de peixes sarcopterígios aparentados com os peixes dipnóicos e com várias espécies extintas no período Devónico, como os Osteolepiformes, Porolepiformes, Rhizodontiformes e Panderichthys.

Acreditava-se que os celacantos se teriam extinguido no Cretácico Superior, porém, foram redescobertos em 1938 no litoral da África do Sul. Latimeria chalumnae e Latimeria menadoensis são as duas únicas espécies vivas do celacanto, encontradas ao longo da costa do Oceano Índico. Foi apelidado de "fóssil vivo", porque os fósseis destas espécies haviam sido encontrados muito antes da descoberta de um espécime vivo. Acredita-se que o celacanto tenha evoluído para o seu estado atual há aproximadamente 400 milhões de anos.

A sua característica mais importante é a presença de barbatanas pares (peitorais e pélvicas) cujas bases são pedúnculos musculados que se assemelham aos membros dos vertebrados terrestres e se movem da mesma maneira. São os únicos representantes vivos da ordem Coelacanthiformes.

Quando o primeiro espécime vivo foi encontrado, em 23 de dezembro de 1938, já se conheciam cerca de 120 espécies de celacantiformes (Coelacanthiformes) que eram considerados fósseis indicadores, ou seja, indicando a idade da rocha onde tinham sido encontrados. Todos esses peixes encontravam-se extintos desde o período Cretáceo.

São conhecidas populações destes peixes na costa oriental da África do Sul, ilhas Comores (no Canal de Moçambique, também no Oceano Índico ocidental) e na Indonésia e decorre um programa de investigação internacional com o objectivo de aumentar o conhecimento sobre os celacantos, o South African Coelacanth Conservation and Genome Resource Programme (Programa Sul-Africano para a Conservação e Conhecimento do Genoma do Celacanto).

Antes da descoberta de um exemplar vivo, acreditava-se que o celacanto era um parente próximo do primeiro vertebrado a sair das águas, dando origem a um novo grupo de vertebrados conhecidos como tetrápodes, que inclui os humanos.

Novas descobertas apontam que o genoma do Celacanto possui informações que podem ajudar a entender melhor a evolução dos tetrápodes.
 
 
 
  
On December 23, 1938, Hendrik Goosen, the captain of the trawler Nerine, returned to the harbour at East London, South Africa, after a trawl between the Chalumna and Ncera Rivers. As he frequently did, he telephoned his friend, Marjorie Courtenay-Latimer, curator at East London's small museum, to see if she wanted to look over the contents of the catch for anything interesting, and told her of the strange fish he has set aside for her.

Correspondence in the archives of the South African Institute for Aquatic Biodiversity (SAIAB, formerly the JLB Smith Institute of Ichthyology) show that Goosen went to great lengths to avoid any damage to this fish and ordered his crew to set it aside for the East London Museum. Goosen later told how the fish was steely blue when first seen, but by the time the 'Nerine' entered East London harbour many hours later, the fish had become dark grey.

Failing to find a description of the creature in any of her books, she attempted to contact her friend, Professor James Leonard Brierley Smith, but he was away for Christmas. Unable to preserve the fish, she reluctantly sent it to a taxidermist. When Smith returned, he immediately recognized it as a type of coelacanth, a group of fish previously known only from fossils. Smith named the new coelacanth Latimeria chalumnae in honor of Marjorie Courtenay-Latimer and the waters in which it was found. The two discoverers received immediate recognition, and the fish became known as a "living fossil". The 1938 coelacanth is still on display in the East London, South Africa, museum.

   

quarta-feira, dezembro 23, 2020

O Celacanto foi (re)descoberto há 82 anos

 
Os celacantos são uma classe de peixes sarcopterígios aparentados com os peixes dipnóicos e com várias espécies extintas no período Devónico, como os Osteolepiformes, Porolepiformes, Rhizodontiformes e Panderichthys.

Acreditava-se que os celacantos se teriam extinguido no Cretácico Superior, porém, foram redescobertos em 1938 no litoral da África do Sul. Latimeria chalumnae e Latimeria menadoensis são as duas únicas espécies vivas do celacanto, encontradas ao longo da costa do Oceano Índico. Foi apelidado de "fóssil vivo", porque os fósseis destas espécies haviam sido encontrados muito antes da descoberta de um espécime vivo. Acredita-se que o celacanto tenha evoluído para o seu estado atual há aproximadamente 400 milhões de anos.

A sua característica mais importante é a presença de barbatanas pares (peitorais e pélvicas) cujas bases são pedúnculos musculados que se assemelham aos membros dos vertebrados terrestres e se movem da mesma maneira. São os únicos representantes vivos da ordem Coelacanthiformes.

Quando o primeiro espécime vivo foi encontrado, em 23 de dezembro de 1938, já se conheciam cerca de 120 espécies de celacantiformes (Coelacanthiformes) que eram considerados fósseis indicadores, ou seja, indicando a idade da rocha onde tinham sido encontrados. Todos esses peixes encontravam-se extintos desde o período Cretáceo.

São conhecidas populações destes peixes na costa oriental da África do Sul, ilhas Comores (no Canal de Moçambique, também no Oceano Índico ocidental) e na Indonésia e decorre um programa de investigação internacional com o objectivo de aumentar o conhecimento sobre os celacantos, o South African Coelacanth Conservation and Genome Resource Programme (Programa Sul-Africano para a Conservação e Conhecimento do Genoma do Celacanto).

Antes da descoberta de um exemplar vivo, acreditava-se que o celacanto era um parente próximo do primeiro vertebrado a sair das águas, dando origem a um novo grupo de vertebrados conhecidos como tetrápodes, que inclui os humanos.

Novas descobertas apontam que o genoma do Celacanto possui informações que podem ajudar a entender melhor a evolução dos tetrápodes.
 
 
 

  
On December 23, 1938, Hendrik Goosen, the captain of the trawler Nerine, returned to the harbour at East London, South Africa, after a trawl between the Chalumna and Ncera Rivers. As he frequently did, he telephoned his friend, Marjorie Courtenay-Latimer, curator at East London's small museum, to see if she wanted to look over the contents of the catch for anything interesting, and told her of the strange fish he has set aside for her.

Correspondence in the archives of the South African Institute for Aquatic Biodiversity (SAIAB, formerly the JLB Smith Institute of Ichthyology) show that Goosen went to great lengths to avoid any damage to this fish and ordered his crew to set it aside for the East London Museum. Goosen later told how the fish was steely blue when first seen, but by the time the 'Nerine' entered East London harbour many hours later, the fish had become dark grey.

Failing to find a description of the creature in any of her books, she attempted to contact her friend, Professor James Leonard Brierley Smith, but he was away for Christmas. Unable to preserve the fish, she reluctantly sent it to a taxidermist. When Smith returned, he immediately recognized it as a type of coelacanth, a group of fish previously known only from fossils. Smith named the new coelacanth Latimeria chalumnae in honor of Marjorie Courtenay-Latimer and the waters in which it was found. The two discoverers received immediate recognition, and the fish became known as a "living fossil". The 1938 coelacanth is still on display in the East London, South Africa, museum.

   

terça-feira, dezembro 25, 2018

Há oitenta anos foi descoberto um fóssil vivo fantástico...!

Os celacantos (agrupados no clado Actinistia) são um grupo de peixes sarcopterígios, aparentados com os dipnóicos e com várias espécies extintas no período devónico, como os Osteolepiformes, Porolepiformes, Rhizodontiformes e Panderichthys.
Acreditava-se que os celacantos teriam sido extintos no Cretáceo Superior, porém, foram redescobertos em 1938 no litoral da África do Sul. Latimeria chalumnae e Latimeria menadoensis são as duas únicas espécies vivas do celacanto, encontradas ao longo da costa do Oceano Índico. Foi apelidado de "fóssil vivo", porque os fósseis destas espécies haviam sido encontrados muito antes da descoberta de um espécime vivo. Acredita-se que o celacanto tenha evoluído ao seu estado atual há aproximadamente 400 milhões de anos.
A sua característica mais importante é a presença de barbatanas pares (peitorais e pélvicas) cujas bases são pedúnculos musculados que se assemelham aos membros dos vertebrados terrestres e se movem da mesma maneira. São os únicos representantes vivos da ordem Coelacanthiformes.
Quando o primeiro espécime vivo foi encontrado, em 25 de dezembro de 1938, já se conheciam cerca de 120 espécies de celacantiformes (Coelacanthiformes) que eram considerados fósseis indicadores, ou seja, indicando a idade da rocha onde tinham sido encontrados. Todos esses peixes encontravam-se extintos desde o período Cretáceo.
São conhecidas populações destes peixes na costa oriental da África do Sul, ilhas Comores (no Canal de Moçambique, também no Oceano Índico ocidental) e na Indonésia e decorre um programa de investigação internacional com o objectivo de aumentar o conhecimento sobre os celacantos, o South African Coelacanth Conservation and Genome Resource Programme (Programa Sul-Africano para a Conservação e Conhecimento do Genoma do Celacanto.
Antes da descoberta de um exemplar vivo, acreditava-se que o celacanto era um parente próximo do primeiro vertebrado a sair das águas, dando origem a um novo grupo de vertebrados conhecidos como tetrápodes, que inclui os humanos. Novas descobertas apontam que o genoma do Celacanto possui informações que podem ajudar a entender melhor a evolução dos tetrápodes.
Descrição geral
Os celacantos, que estão relacionados com os peixes pulmonados (os peixes mais antigos de água doce) e tetrápodes, tinham sido considerados extintos desde o fim do período Cretáceo. Mais estreitamente relacionados com os tetrápodes que mesmo com os peixes actinopterígeos, os celacantos foram considerados o "elo perdido" entre os peixes e os tetrápodes, até que um Latimeria foi encontrado na costa leste da África do Sul, ao largo do Rio Chalumna (agora Tyalomnqa) em 1938.
A descoberta de uma espécie sobrevivente, quando se acreditava ter se extinguido há 65 milhões de anos atrás, faz do celacanto o exemplo mais conhecido de um "Táxon Lazarus", uma espécie que parecia ter ficado apenas no registo fóssil, para reaparecer mais tarde. Desde 1938, Latimeria chalumnae foram encontrados nas Comores, Quénia, Tanzânia, Moçambique, Madagascar, e em iSimangaliso Wetland Park, Kwazulu-Natal na África do Sul.
A segunda espécie existente, L. menadoensis, foi descrita a partir de Manado, Sulawesi Norte, Indonésia, em 1999, por Pouyaud et al., com base em um espécime descoberto por Erdmann em 1998 e depositados no Instituto Indonésio de Ciências (LIPI). Apenas uma fotografia do primeiro exemplar da espécie foi feita em um mercado local por Arnaz e Mark Erdmann antes de ter sido comprado por um cliente.
O celacanto não tem nenhum valor comercial real, além de ser cobiçado por museus e colecionadores particulares. A capacidade de sobrevivência continuada do celacanto pode estar ameaçada pela pesca comercial de arrasto do mar profundo.
Descrição geral
Os celacantos são uma parte do clado Sarcopterygii, ou seja, os peixes de nadadeiras lobadas. Externamente, há várias características que distinguem o celacanto de outros peixes de nadadeiras lobadas. Possuem uma nadadeira caudal de três lóbulos, também chamado de nadadeira trilobada e uma cauda secundária que estende-se para além da cauda primária. As escamas agem como armadura espessa que protege o exterior do celacanto. Existem também várias características internas que ajudam a diferenciar os celacantos de quaisquer peixes de nadadeiras lobadas. Na parte de trás do crânio, o celacanto possui uma articulação que lhe permite abrir a boca amplamente. O celacanto possui também uma espinha dorsal oca. O coração do celacanto tem forma diferente da de um peixe mais moderno, sendo uma estrutura de tubo em linha reta. A caixa craniana de um celacanto é em 98,5% preenchida com gordura, apenas 1,5% é tecido cerebral. As bochechas dos celacantos são únicas, pois o osso opercular é muito pequeno e possui uma aba de tecidos moles. O celacanto também contém um órgão rostral dentro da região etmoidal da caixa craniana.
Descrição física
Latimeria chalumnae e Latimeria menadoensis são as únicas espécies vivas conhecidas de celacantos. A palavra celacanto significa literalmente, "coluna oca", por causa de suas barbatanas suportadas por tecido ósseo. Os celacantos são grandes, crescendo até 1,8 metros. São noturnos e piscívoros. O corpo é coberto de escamas cosmoides que atuam como uma armadura. Possuem oito barbatanas: duas dorsais, duas peitorais, duas pélvicas, uma anal, e uma caudal. A cauda é simétrica e termina por um tufo de lepidotríquias que compõem o lobo caudal. Os olhos do celacanto são muito grandes, enquanto a boca é muito pequena. Os olhos estão adaptados a ver na luz negra por terem bastonetes que absorvem comprimentos de onda baixos, na faixa do azul. Maxilas falsas substituem a maxila, uma estrutura que está ausente em celacantos. Têm duas narinas, juntamente com outras quatro aberturas externas que aparecem entre o pré-maxilar e os ossos laterais rostrais. Os sacos nasais são semelhantes aos de muitos outros peixes. O órgão rostral do celacanto está contido dentro da região etmoidal da caixa craniana, com três aberturas. O órgão rostral é usado como parte do sistema de laterosensorial. A recepção auditiva é mediada por sua orelha interna. A orelha interna de um celacanto é muito semelhante à dos tetrápodes, e é classificada como uma papila basilar.
A locomoção dos celacantos é exclusiva. Para se deslocar, eles aproveitam correntes verticais e usam suas barbatanas pares para estabilizar o seu movimento na água. Enquanto no fundo do oceano, as suas barbatanas pares não são utilizadas para qualquer tipo de movimento. Os celacantos podem criar impulso para partidas rápidas usando suas barbatanas caudais. Devido ao elevado número de barbatanas, o celacanto tem alta manobrabilidade. Os celacantos também podem orientar seus corpos em qualquer direção na água e já foram vistos a nadar verticalmente com a cabeça virada para o fundo do mar, ou de barriga para cima. Pensa-se que o órgão rostral os ajude com eletromagnetismo.
O genoma de Latimeria chalumnae foi descrito em 2013, indicando que os seus genes codificantes de proteínas evoluíram mais lentamente que os genes homólogos nos tetrápodes. Análise filogenética revelou que os peixes pulmonados são mais próximos dos tetrápodes que o celacanto.
  

domingo, dezembro 23, 2018

Há oitenta anos o Celacanto foi (re)descoberto

Os celacantos são uma classe de peixes sarcopterígios aparentados com os dipnóicos e com várias espécies extintas no período Devónico, como os Osteolepiformes, Porolepiformes, Rhizodontiformes e Panderichthys.
Acreditava-se que os celacantos teriam sido extintos no Cretácico Superior, porém, foram redescobertos em 1938 no litoral da África do Sul. Latimeria chalumnae e Latimeria menadoensis são as duas únicas espécies vivas do celacanto, encontradas ao longo da costa do Oceano Índico. Foi apelidado de "fóssil vivo", porque os fósseis destas espécies haviam sido encontrados muito antes da descoberta de um espécime vivo. Acredita-se que o celacanto tenha evoluído até ao seu estado atual há aproximadamente 400 milhões de anos.
A sua característica mais importante é a presença de barbatanas pares (peitorais e pélvicas) cujas bases são pedúnculos musculados que se assemelham aos membros dos vertebrados terrestres e se movem da mesma maneira. São os únicos representantes vivos da ordem Coelacanthiformes.
Quando o primeiro espécime vivo foi encontrado, em 23 de dezembro de 1938, já se conheciam cerca de 120 espécies de celacantiformes (Coelacanthiformes) que eram considerados fósseis indicadores, ou seja, indicando a idade da rocha onde tinham sido encontrados. Todos esses peixes encontravam-se extintos desde o período Cretácico.
Hoje são conhecidas populações destes peixes na costa oriental da África do Sul, ilhas Comores (no Canal de Moçambique, também no Oceano Índico ocidental) e na Indonésia e decorre um programa de investigação internacional com o objectivo de aumentar o conhecimento sobre os celacantos, o South African Coelacanth Conservation and Genome Resource Programme (Programa Sul-Africano para a Conservação e Conhecimento do Genoma do Celacanto).
Antes da descoberta de um exemplar vivo, acreditava-se que o celacanto era um parente próximo do primeiro vertebrado a sair das águas, dando origem a um novo grupo de vertebrados conhecidos como tetrápodes, que inclui os humanos.
Novas descobertas apontam para que o genoma do Celacanto tem informações que podem ajudar a entender melhor a evolução dos tetrápodes. (Nature, 2013 vol.496, pp. 311-316).
  
(...)
  
Undina penicillata
 
De acordo com a análise genética de espécies atuais, a divergência entre celacantos, peixes pulmonados e tetrápodes pode ter ocorrido há cerca de 390 milhões de anos. Os celacantos foram considerados ​​extintos há cerca de 65 milhões de anos, durante a extinção do Cretácico-Terciário. O primeiro registo de um fóssil de celacanto era proveniente da Austrália, uma mandíbula com cerca de 360 ​​milhões de anos, pertencente a uma espécie que foi nomeada Eoachtinistia foreyi. As espécies mais recentes de celacanto no registo fóssil pertencem ao género Macropoma, mais recentes que Latimeria chalumnae em cerca de 80 milhões de anos. O registo fóssil do celacanto é único porque os fósseis de celacantos foram encontrados 100 anos antes do primeiro espécime vivo ter sido identificado. Em 1938, Courtenay-Latimer redescobriu o primeiro espécime vivo, L. chalumnae, que foi capturado ao largo de East London, África do Sul. Em 1997, um biólogo marinho que estava em lua de mel descobriu a segunda espécie viva, Latimeria menadoensis num mercado indonésio. Em julho de 1998, o primeiro espécime vivo de L. menadoensis foi capturado na Indonésia. Cerca de 80 espécies foram descritas. Antes da descoberta de um espécime vivo de celacanto, pensava-se que estas espécies teriam surgido no Devónico Médio ou Cretácico Superior. Exceto para um ou dois espécimes, todos os fósseis encontrados mostram uma morfologia semelhante.
  

quinta-feira, dezembro 26, 2013

Há 75 anos, no dia de Natal, foi descoberto um fóssil vivo fantástico...!

Os celacantos (agrupados no clado Actinistia) são um grupo de peixes sarcopterígios, aparentados com os dipnóicos e com várias espécies extintas no período devónico, como os Osteolepiformes, Porolepiformes, Rhizodontiformes e Panderichthys.
Acreditava-se que os celacantos teriam sido extintos no Cretáceo Superior, porém, foram redescobertos em 1938 no litoral da África do Sul. Latimeria chalumnae e Latimeria menadoensis são as duas únicas espécies vivas do celacanto, encontradas ao longo da costa do Oceano Índico. Foi apelidado de "fóssil vivo", porque os fósseis destas espécies haviam sido encontrados muito antes da descoberta de um espécime vivo. Acredita-se que o celacanto tenha evoluído ao seu estado atual há aproximadamente 400 milhões de anos.
A sua característica mais importante é a presença de barbatanas pares (peitorais e pélvicas) cujas bases são pedúnculos musculados que se assemelham aos membros dos vertebrados terrestres e se movem da mesma maneira. São os únicos representantes vivos da ordem Coelacanthiformes.
Quando o primeiro espécime vivo foi encontrado, em 25 de dezembro de 1938, já se conheciam cerca de 120 espécies de celacantiformes (Coelacanthiformes) que eram considerados fósseis indicadores, ou seja, indicando a idade da rocha onde tinham sido encontrados. Todos esses peixes encontravam-se extintos desde o período Cretáceo.
São conhecidas populações destes peixes na costa oriental da África do Sul, ilhas Comores (no Canal de Moçambique, também no Oceano Índico ocidental) e na Indonésia e decorre um programa de investigação internacional com o objectivo de aumentar o conhecimento sobre os celacantos, o South African Coelacanth Conservation and Genome Resource Programme (Programa Sul-Africano para a Conservação e Conhecimento do Genoma do Celacanto.
Antes da descoberta de um exemplar vivo, acreditava-se que o celacanto era um parente próximo do primeiro vertebrado a sair das águas, dando origem a um novo grupo de vertebrados conhecidos como tetrápodes, que inclui os humanos. Novas descobertas apontam que o genoma do Celacanto possui informações que podem ajudar a entender melhor a evolução dos tetrápodes. (Nature, 2013, vol. 496 pp. 311-316).

Descrição geral
Os celacantos, que estão relacionados com os peixes pulmonados (os peixes mais antigos de água doce) e tetrápodes, tinham sido considerados extintos desde o fim do período Cretáceo. Mais estreitamente relacionados com os tetrápodes que mesmo com os peixes actinopterígeos, os celacantos foram considerados o "elo perdido" entre os peixes e os tetrápodes, até que um Latimeria foi encontrado na costa leste da África do Sul, ao largo do Rio Chalumna (agora Tyalomnqa) em 1938.
A descoberta de uma espécie sobrevivente, quando se acreditava ter se extinguido há 65 milhões de anos atrás, faz do celacanto o exemplo mais conhecido de um "Táxon Lazarus", uma espécie que parecia ter ficado apenas no registo fóssil, para reaparecer mais tarde. Desde 1938, Latimeria chalumnae foram encontrados nas Comores, Quénia, Tanzânia, Moçambique, Madagascar, e em iSimangaliso Wetland Park, Kwazulu-Natal na África do Sul.
A segunda espécie existente, L. menadoensis, foi descrita a partir de Manado, Sulawesi Norte, Indonésia, em 1999, por Pouyaud et al., com base em um espécime descoberto por Erdmann em 1998 e depositados no Instituto Indonésio de Ciências (LIPI). Apenas uma fotografia do primeiro exemplar da espécie foi feita em um mercado local por Arnaz e Mark Erdmann antes de ter sido comprado por um cliente.
O celacanto não tem nenhum valor comercial real, além de ser cobiçado por museus e colecionadores particulares. A capacidade de sobrevivência continuada do celacanto pode estar ameaçada pela pesca comercial de arrasto do mar profundo.

Descrição geral
Os celacantos são uma parte do clado Sarcopterygii, ou seja, os peixes de nadadeiras lobadas. Externamente, há várias características que distinguem o celacanto de outros peixes de nadadeiras lobadas. Possuem uma nadadeira caudal de três lóbulos, também chamado de nadadeira trilobada e uma cauda secundária que estende-se para além da cauda primária. As escamas agem como armadura espessa que protege o exterior do celacanto. Existem também várias características internas que ajudam a diferenciar os celacantos de quaisquer peixes de nadadeiras lobadas. Na parte de trás do crânio, o celacanto possui uma articulação que lhe permite abrir a boca amplamente. O celacanto possui também uma espinha dorsal oca. O coração do celacanto tem forma diferente da de um peixe mais moderno, sendo uma estrutura de tubo em linha reta. A caixa craniana de um celacanto é em 98,5% preenchida com gordura, apenas 1,5% é tecido cerebral. As bochechas dos celacantos são únicas, pois o osso opercular é muito pequeno e possui uma aba de tecidos moles. O celacanto também contém um órgão rostral dentro da região etmoidal da caixa craniana.

Descrição física
Latimeria chalumnae e Latimeria menadoensis são as únicas espécies vivas conhecidas de celacantos. A palavra celacanto significa literalmente, "coluna oca", por causa de suas barbatanas suportadas por tecido ósseo. Os celacantos são grandes, crescendo até 1,8 metros. São noturnos e piscívoros. O corpo é coberto de escamas cosmoides que atuam como uma armadura. Possuem oito barbatanas: duas dorsais, duas peitorais, duas pélvicas, uma anal, e uma caudal. A cauda é simétrica e termina por um tufo de lepidotríquias que compõem o lobo caudal. Os olhos do celacanto são muito grandes, enquanto a boca é muito pequena. Os olhos estão adaptados a ver na luz negra por terem bastonetes que absorvem comprimentos de onda baixos, na faixa do azul. Maxilas falsas substituem a maxila, uma estrutura que está ausente em celacantos. Têm duas narinas, juntamente com outras quatro aberturas externas que aparecem entre o pré-maxilar e os ossos laterais rostrais. Os sacos nasais são semelhantes aos de muitos outros peixes. O órgão rostral do celacanto está contido dentro da região etmoidal da caixa craniana, com três aberturas. O órgão rostral é usado como parte do sistema de laterosensorial. A recepção auditiva é mediada por sua orelha interna. A orelha interna de um celacanto é muito semelhante à dos tetrápodes, e é classificada como uma papila basilar.
A locomoção dos celacantos é exclusiva. Para se deslocar, eles aproveitam correntes verticais e usam suas barbatanas pares para estabilizar o seu movimento na água. Enquanto no fundo do oceano, as suas barbatanas pares não são utilizadas para qualquer tipo de movimento. Os celacantos podem criar impulso para partidas rápidas usando suas barbatanas caudais. Devido ao elevado número de barbatanas, o celacanto tem alta manobrabilidade. Os celacantos também podem orientar seus corpos em qualquer direção na água e já foram vistos a nadar verticalmente com a cabeça virada para o fundo do mar, ou de barriga para cima. Pensa-se que o órgão rostral os ajude com eletromagnetismo.
O genoma de Latimeria chalumnae foi descrito em 2013, indicando que os seus genes codificantes de proteínas evoluíram mais lentamente que os genes homólogos nos tetrápodes. Análise filogenética revelou que os peixes pulmonados são mais próximos dos tetrápodes que o celacanto.