domingo, novembro 04, 2018
Yitzhak Rabin foi assassinado há 23 anos
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Marcadores: Acordo de paz de Oslo, assassinato, Bill Clinton, Israel, Kaddish, música, Ofra Haza, OLP, paz, Prémio Nobel, primeiro-ministro, Shimon Peres, Yasser Arafat, Yitzhak Rabin
Rachel de Queiroz morreu há quinze anos
Em 1915, após uma grande seca, muda-se com os seus pais para o Rio de Janeiro e logo depois para Belém do Pará. Retornou para Fortaleza dois anos depois.
Em 1925 concluiu o curso normal no Colégio da Imaculada Conceição. Estreou na imprensa no jornal O Ceará, escrevendo crónicas e poemas de caráter modernista sob o pseudónimo de Rita de Queluz. No mesmo ano lançou em forma de folhetim o primeiro romance, História de um Nome.
Aos dezanove anos, ficou nacionalmente conhecida ao publicar O Quinze (1927), romance que mostra a luta do povo nordestino contra a seca e a miséria. Demonstrando preocupação com questões sociais e hábil na análise psicológica de seus personagens, destaca‐se no desenvolvimento do romance nordestino.
Começa a se interessar em política social em 1928-1929 ao ingressar no que restava do Bloco Operário Camponês em Fortaleza, formando o primeiro núcleo do Partido Comunista Brasileiro. Em 1933 começa a se afastar da direção e se aproxima de Lívio Xavier e de seu grupo em São Paulo, lá indo morar até 1934. Milita então com Aristides Lobo, Plínio Mello, Mário Pedrosa, Lívio Xavier, se filiando ao sindicato dos professores de ensino livre, controlado naquele tempo pelos trotskistas.
Depois, viaja para o norte em 1934, lá permanecendo até 1939. Já escritora consagrada, muda-se para o Rio de Janeiro. No mesmo ano foi agraciada com o Prémio Felipe d'Oliveira pelo livro As Três Marias. Escreveu ainda João Miguel (1932), Caminhos de Pedras (1937) e O Galo de Ouro (1950).
Foi presa em 1937, em Fortaleza, acusada de ser comunista. Exemplares dos seus romances foram queimados. Em 1964, apoiou a ditadura militar que se instalou no Brasil. Integrou o Conselho Federal de Cultura e o diretório nacional da ARENA, partido político de sustentação do regime.
Lançou Dôra, Doralina em 1975, e depois Memorial de Maria Moura (1992), saga de uma cangaceira nordestina adaptada para a televisão em 1994 numa minissérie apresentada pela Rede Globo. Exibida entre maio e junho de 1994 no Brasil, foi apresentada em Angola, Bolívia, Canadá, Guatemala, Indonésia, Nicarágua, Panamá, Peru, Porto Rico, Portugal, República Dominicana, Uruguai e Venezuela, sendo lançada em DVD em 2004.
Publicou um volume de memórias em 1998. Transforma a sua "Fazenda Não Me Deixes", propriedade localizada em Quixadá, estado do Ceará, em reserva particular do património natural. Morreu a 4 de novembro de 2003, vítima de problemas cardíacos, no seu apartamento no Rio de Janeiro, dias antes de completar 93 anos.
Durante trinta anos escreveu crónicas para a revista semanal O Cruzeiro e com o fim desta para o jornal O Estado de S. Paulo.
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Marcadores: Brasil, literatura, Rachel de Queiroz
Michael Crichton morreu há dez anos
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Marcadores: ficção científica, literatura, Michael Crichton, Parque Jurássico
O ator Steven Ogg faz hoje 45 anos
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Marcadores: actor, Steven Ogg
sábado, novembro 03, 2018
O cantor brasileiro João Só nasceu há 75 anos
Menina que mora na ladeira
E desce a ladeira sem parar
Debaixo do pé da laranjeira
Se senta p'ra poder descansar
Menina que mora na ladeira
E desce a ladeira sem parar
Debaixo do pé da laranjeira
Se senta p'ra poder descansar
Silêncio profundo, a menina dormiu
Alguém que esperava tão logo partiu, partiu
Partiu para sempre, para o infinito
Um grito ouviu
Chorando, levanta a menina
Correndo ligeiro, sem parar
Debaixo do pé da laranjeira
Há sempre alguém a esperar
Violeiro tocando, estrela a brilhar
Violeiro em prece
Em prece ao luar, luar
Tal noite vazia espere a menina
Tão linda não, não vá
Chorando, levanta a menina
Correndo ligeiro, sem parar
Debaixo do pé da laranjeira
Há sempre alguém a esperar
Debaixo do pé da laranjeira
Olympe de Gouges, percursora da defesa dos direitos das mulheres, foi executada há 225 anos
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Marcadores: abolicionismo, direitos humanos, feminismo, guilhotina, literatura, pena de morte, Revolução Francesa, teatro
O poeta Gonçalves Dias morreu há 155 anos
Antônio Gonçalves Dias nasceu a 10 de agosto de 1823, no sítio Boa Vista, em terras de Jatobá (a 14 léguas de Caxias). Morreu aos 41 anos em um naufrágio do navio Ville Bologna, próximo à região do baixo de Atins, na baía de Cumã, município de Guimarães. Advogado de formação, é mais conhecido como poeta e etnógrafo, sendo relevante também para o teatro brasileiro, tendo escrito quatro peças. Teve também atuação importante como jornalista.
Era filho de uma união não oficializada entre um comerciante português com uma mestiça, e estudou inicialmente durante um ano com o professor José Joaquim de Abreu, quando começou a trabalhar como caixeiro e a tratar da escrita e contas da loja do seu pai, que veio a falecer em 1837.
Iniciou os seus estudos de latim, francês e filosofia em 1835, quando foi matriculado numa escola particular.
Foi estudar na Europa, a Portugal, onde em 1838 terminou os estudos secundários e ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (1840), regressando em 1845, após fazer o bacharelato. Mas antes de regressar, ainda em Coimbra, participou nas atividades e escritas dos grupos medievalistas da Gazeta Literária e de O Trovador, compartilhando das ideias românticas de Almeida Garrett, Alexandre Herculano e António Feliciano de Castilho. Por se achar tanto tempo fora da sua pátria, inspira-se para escrever a Canção do Exílio e parte dos poemas de "Primeiros cantos" e "Segundos cantos"; o drama Patkull; e "Beatriz de Cenci", depois rejeitado, por sua condição de texto "imoral", pelo Conservatório Dramático do Brasil. Foi ainda neste período que escreveu fragmentos do romance biográfico "Memórias de Agapito Goiaba", destruído depois pelo próprio poeta, por conter alusões a pessoas ainda vivas.
No ano seguinte ao seu retorno conheceu aquela que seria a sua grande musa inspiradora: Ana Amélia Ferreira Vale. Várias de suas peças românticas, inclusive “Ainda uma vez — Adeus” foram escritas para ela. Nesse mesmo ano ele viajou para o Rio de Janeiro, então capital do Brasil, onde trabalhou como professor de história e latim do Colégio Pedro II, além de ter atuado como jornalista, contribuindo para diversos periódicos: Jornal do Commercio, Gazeta Oficial, Correio da Tarde e Sentinela da Monarquia, publicando crónicas, folhetins teatrais e crítica literária.
Em 1849 fundou com Manuel de Araújo Porto-Alegre e Joaquim Manuel de Macedo a revista Guanabara, que divulgava o movimento romântico da época. Em 1851 voltou a São Luís do Maranhão, a pedido do governo, para estudar o problema da instrução pública naquele estado.
Gonçalves Dias pediu Ana Amélia em casamento em 1852, mas a família dela, em virtude da ascendência mestiça do escritor, refutou veementemente o pedido. No mesmo ano retornou ao Rio de Janeiro, onde se casou com Olímpia da Costa. Logo depois foi nomeado oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros e passou os quatro anos seguintes na Europa, realizando pesquisas em prol da educação nacional. Voltando ao Brasil foi convidado a participar da Comissão Científica de Exploração, pela qual viajou por quase todo o norte do país.
Voltou à Europa em 1862, para um tratamento de saúde. Não obtendo resultados, regressou ao Brasil em 1864 no navio Ville de Boulogne, que naufragou na costa brasileira; salvaram-se todos, exceto o poeta, que foi esquecido, agonizando, no seu leito, e se afogou. O acidente ocorreu nos Baixos de Atins, perto de Tutóia, no Maranhão.
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu´inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
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Marcadores: Brasil, Gonçalves Dias, Indianismo, poesia
A Associação Académica de Coimbra faz hoje 131 anos
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Marcadores: AAC, Associação Académica de Coimbra, associação de estudantes, Fado de Coimbra, Universidade de Coimbra
Mick Thomson, guitarrista dos Slipknot, faz hoje 45 anos
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Marcadores: #7, guitarra, heavy metal, Metal Alternativo, Mick, Mick Thomson, música, nu metal, Psychosocial, Slipknot
sexta-feira, novembro 02, 2018
Jovelina Pérola Negra morreu há vinte anos
Postado por Fernando Martins às 20:00 0 bocas
Marcadores: Catatau, Jovelina Pérola Negra, música, pagode, Rio de Janeiro, samba, Sorriso aberto
Pasolini foi assassinado há 43 anos
Cinema
Eu pouco sei de ti mas este crime
torna a morte ainda mais insuportável.
Era novembro, devia fazer frio, mas tu
á nem o ar sentias, o próprio sexo
que sempre fora fonte agora apunhalado.
Um poeta, mesmo solar como tu, na terra
é pouca coisa: uma navalha, o rumor
de abril podem matá-lo - amanhece,
os primeiros autocarros já passaram,
as fábricas abrem os portões, os jornais
anunciam greves, repressão, dois mortos na
primeira página,
o sangue apodrece ou brilhará
ao sol, se o sol vier, no meio das ervas.
O assassino, esse seguirá dia após dia
a insultar o amargo coração da vida;
no tribunal insinuará que respondera apenas
a uma agressão (moral) com outra agressão,
como se alguém ignorasse, excepto claro
os meritíssimos juízes, que as putas desta espécie
confundem moral com o próprio cu.
O roubo chega e sobra excelentíssimos senhores
como móbil de um crime que os fascistas,
e não só os de Salò, não se importariam
de assinar.
Seja qual for a razão, e muitas há
que o Capital a Igreja e a Polícia
de mãos dadas estão sempre prontos a justificar,
Pier Paolo Pasolini está morto.
A farsa, a nojenta farsa, essa continua.
Eugénio de Andrade
Postado por Fernando Martins às 04:30 0 bocas
Marcadores: cinema, comunistas, Eugénio de Andrade, homossexuais, Itália, Mário Viegas, Pier Paolo Pasolini, poesia
Porque hoje é dia de recordar os nossos mortos...
Botânica: o cipreste
No canto de terra onde o plantaram,
procura o sentido da linha recta. Não pretende
o círculo, a roda das estações, a fuga ao
eixo que a gravidade lhe impõe. Aceita
que o céu é o seu destino; e por isso
as suas raízes que se alimentam dos mortos,
que lhes cedem as almas para
que o tronco as liberte, no inverno,
quando o frio faz vibrar a luz que
o envolve. Não oferece a sombra
a quem passa; não pede a companhia
dos amantes que o evitam, em busca
de um abrigo de flores. O seu destino
é o ponto que o olhar fixa, para além
do azul, num infinito em que outras
raízes crescem, bebendo o leite negro
das mitologias.
in As coisas mais simples (2006) - Nuno Júdice
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Marcadores: Dia dos Fiéis Defuntos, mortos, Nuno Júdice, poesia
quinta-feira, novembro 01, 2018
Rick Allen, o baterista dos Def Leppard, faz hoje 55 anos!
- Def Leppard EP - mini-LP (1978)
- On Through the Night (1980)
- High 'n' Dry (1981)
- Pyromania (1983)
- Hysteria (1988)
- Adrenalize (1992)
- Retro-Active (1993)
- Vault: Def Leppard Greatest Hits (1980–1995) (1995)
- Slang (1996)
- Euphoria (1999)
- X (2002)
- Best of Def Leppard (2004)
- Rock of Ages: The Definitive Collection (2005)
- Yeah! (2006)
- Songs from the Sparkle Lounge (2008)
- Mirrorball (2011)
Notas
- Segundo diz o site oficial dos Def Leppard, o companheiro de banda de Allen, Joe Elliot, afirma que "Rick é um melhor baterista agora do que quando tinha dois braços".
- Allen fundou junto com sua esposa, Lauren Monroe, uma ONG chamada The Raven Drum Foundation para auxiliar pessoas com deficiência física.
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Marcadores: Animal, bateria, Def Leppard, deficientes, música, percursão, Rick Allen, Rock
O Sismo de 1755, que destruiu a cidade de Lisboa, foi há 263 anos
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Marcadores: 1755, sismo de 1755, sismo de Lisboa de 1755, sismologia, Terramoto de 1755, tsunami
Poesia adequada à data...
Botânica: o cipreste
No canto de terra onde o plantaram,
procura o sentido da linha recta. Não pretende
o círculo, a roda das estações, a fuga ao
eixo que a gravidade lhe impõe. Aceita
que o céu é o seu destino; e por isso
as suas raízes que se alimentam dos mortos,
que lhes cedem as almas para
que o tronco as liberte, no inverno,
quando o frio faz vibrar a luz que
o envolve. Não oferece a sombra
a quem passa; não pede a companhia
dos amantes que o evitam, em busca
de um abrigo de flores. O seu destino
é o ponto que o olhar fixa, para além
do azul, num infinito em que outras
raízes crescem, bebendo o leite negro
das mitologias.
in As coisas mais simples (2006) - Nuno Júdice
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Marcadores: Dia de Todos os Santos, Dia dos Fiéis Defuntos, Nuno Júdice, poesia