quinta-feira, novembro 16, 2017

José Saramago nasceu há 95 anos

(imagem daqui)
Foi galardoado com o Nobel de Literatura em 1998. Também ganhou o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa. Saramago foi considerado o responsável pelo efetivo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa.
O seu livro Ensaio Sobre a Cegueira foi adaptado para o cinema e lançado em 2008, produzido no Japão, Brasil, Uruguai e Canadá, dirigido por Fernando Meirelles (realizador de O Fiel Jardineiro e Cidade de Deus). Em 2010 o realizador português António Ferreira adapta um conto retirado do livro Objeto Quase, conto esse que viria dar nome ao filme Embargo, uma produção portuguesa em co-produção com o Brasil e Espanha.
Nasceu no distrito de Santarém, na província geográfica do Ribatejo, no dia 16 de novembro, embora o registo oficial apresente o dia 18 como o do seu nascimento. Saramago, conhecido pelo seu ateísmo e iberismo, foi membro do Partido Comunista Português e foi director-adjunto do Diário de Notícias. Juntamente com Luiz Francisco Rebello, Armindo Magalhães, Manuel da Fonseca e Urbano Tavares Rodrigues foi, em 1992, um dos fundadores da Frente Nacional para a Defesa da Cultura (FNDC). Casado, em segundas núpcias, com a espanhola Pilar del Río, Saramago viveu na ilha espanhola de Lanzarote, nas Ilhas Canárias.

Biografia
José Saramago nasceu na vila de Azinhaga, no concelho da Golegã, de uma família de pais e avós agricultores. A sua vida é passada em grande parte em Lisboa, para onde a família se muda em 1924 – era um menino de apenas dois anos de idade. Dificuldades económicas impedem-no de entrar na universidade. Demonstra desde cedo interesse pelos estudos e pela cultura, sendo que esta curiosidade perante o Mundo o acompanhou até à morte. Formou-se numa escola técnica. O seu primeiro emprego foi de serralheiro mecânico. Fascinado pelos livros, visitava, à noite, com grande frequência, a Biblioteca Municipal Central — Palácio Galveias
Aos 25 anos, publica o primeiro romance Terra do Pecado (1947), no mesmo ano de nascimento da sua filha, Violante, fruto do primeiro casamento com Ilda Reis – com quem se casou em 1944 e com quem permaneceu até 1970. Nessa época, Saramago era funcionário público. Em 1988, casar-se-ia com a jornalista e tradutora espanhola María del Pilar del Río Sánchez, que conheceu em 1986 e ao lado da qual viveu até à morte. Em 1955 e para aumentar os rendimentos, começou a fazer traduções de Hegel, Tolstoi e Baudelaire, entre outros.
Depois de Terra do Pecado, Saramago apresentou ao seu editor o livro Clarabóia que, depois de rejeitado, permanece inédito até à data de hoje. Persiste, contudo, nos esforços literários e, dezanove anos depois, funcionário,então, da Editorial Estudos Cor, troca a prosa pela poesia, lançando Os Poemas Possíveis. Num espaço de cinco anos, publica, sem alarde, mais dois livros de poesia: Provavelmente Alegria (1970) e O Ano de 1993 (1975). É quando troca também de emprego, abandonando a Estudos Cor para trabalhar no Diário de Notícias (DN) e, depois, no Diário de Lisboa. Em 1975, retorna ao DN como Director-Adjunto, onde permanece por dez meses, até 25 de novembro do mesmo ano, quando os militares portugueses intervêm na publicação (reagindo ao que consideravam os excessos da Revolução dos Cravos) demitindo vários funcionários. Demitido, Saramago resolve dedicar-se apenas à literatura, substituindo de vez o jornalista pelo ficcionista: "(…) Estava à espera de que as pedras do puzzle do destino – supondo-se que haja destino, não creio que haja – se organizassem. É preciso que cada um de nós ponha a sua própria pedra, e a que eu pus foi esta: "Não vou procurar trabalho", disse Saramago em entrevista à revista Playboy, em 1995.
Da experiência vivida nos jornais, restaram quatro crónicas: Deste Mundo e do Outro, 1971, A Bagagem do Viajante, 1973, As Opiniões que o DL Teve, 1974 e Os Apontamentos, 1976. Mas não são as crónicas, nem os contos, nem o teatro os responsáveis por fazer de Saramago um dos autores portugueses de maior destaque - esta missão está reservada aos seus romances, género a que retorna em 1977.
Três décadas depois de publicado Terra do Pecado, Saramago retornou ao mundo da prosa ficcional com Manual de Pintura e Caligrafia. Mas ainda não foi aí que o autor definiu o seu estilo. As marcas características do estilo Saramaguiano só apareceriam com Levantado do Chão (1980), livro no qual o autor retrata a vida de privações da população pobre do Alentejo.
Dois anos depois de Levantado do Chão (1982), surge o romance Memorial do Convento, livro que conquista definitivamente a atenção de leitores e críticos. Nele, Saramago misturou factos reais com personagens inventados: o rei D. João V e Bartolomeu de Gusmão, com a misteriosa Blimunda e o operário Baltazar, por exemplo. O contraste entre a opulenta aristocracia ociosa e o povo trabalhador e construtor da história servem de metáfora à medida da luta de classes marxista. A crítica brutal a uma Igreja ao serviço dos opressores inicia a exposição de uma tentativa de destruição do fenómeno religioso como devaneio humano construtor de guerras.[3]
De 1980 a 1991, o autor trouxe a lume mais quatro romances que remetem a factos da realidade material, problematizando a interpretação da "história" oficial: O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984) - sobre as andanças do heterónimo de Fernando Pessoa por Lisboa; A Jangada de Pedra (1986) - em que se questiona o papel Ibérico na então CEE através da metáfora da Península Ibérica soltando-se da Europa e encontrando o seu lugar entre a velha Europa e a nova América; História do Cerco de Lisboa (1989) - onde um revisor é tentado a introduzir um "não" no texto histórico que corrige, mudando-lhe o sentido; e O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991) - onde Saramago reescreve o livro sagrado sob a óptica de um Cristo que não é Deus e se revolta contra o seu destino e onde, a fundo, questiona o lugar de Deus, do cristianismo, do sofrimento e da morte.
Nos anos seguintes, entre 1995 e 2005, Saramago publicou mais seis romances, dando início a uma nova fase em que os enredos não se desenrolam mais em locais ou épocas determinados e personagens dos anais da história se ausentam: Ensaio Sobre a Cegueira (1995); Todos os Nomes (1997); A Caverna (2001); O Homem Duplicado (2002); Ensaio Sobre a Lucidez (2004); e As Intermitências da Morte (2005). Nessa fase, Saramago penetrou de maneira mais investigadora os caminhos da sociedade contemporânea, questionando a sociedade capitalista e o papel da existência humana condenada à morte.
A ida para Lanzarote conta mais sobre o escritor do que deixa transparecer a justificativa corrente (a medida censória portuguesa). Com o gesto de afastamento rumo à ilha mais oriental das Canárias, Saramago não apenas protesta ante o cerceamento, como finca raízes num local de geografia inóspita (trata-se de uma ilha vulcânica, com pouca vegetação e nenhuma fonte de água potável). A decisão tem um carácter revelador, tanto mais se se levar em conta que, neste caso, "mais oriental" significa dizer mais próximo de Portugal e do continente europeu.
Mesmo em dias de hegemonia do pensamento pró-mercado, Saramago guarda um olhar abrigado numa ilha europeia mais próxima da África que do velho centro da civilização capitalista. Sempre atento às injustiças da era moderna, vigilante das mais diversas causas sociais, Saramago não se cansava de investir, usando a arma que lhe coube usar, a palavra. "Aqui na Terra a fome continua, / A miséria, o luto, e outra vez a fome.", diz o eu lírico do poema saramaguiano "Fala do Velho do Restelo ao Astronauta" (do livro Os Poemas Possíveis, editado em 1966).
Saramago faleceu no dia 18 de Junho de 2010, aos 87 anos de idade, na sua casa em Lanzarote onde residia com a mulher Pilar del Rio, vítima de leucemia crónica. O escritor estava doente havia algum tempo e o seu estado de saúde agravou-se na sua última semana de vida. O seu funeral teve honras de Estado, tendo o seu corpo sido cremado no Cemitério do Alto de São João, em Lisboa. As cinzas do escritor, foram depositadas aos pés de uma oliveira, em Lisboa em 18 de junho de 2011.

Obra
José Saramago foi conhecido por utilizar um estilo oral, coevo dos contos de tradição oral populares em que a vivacidade da comunicação é mais importante do que a correcção de uma linguagem escrita. Todas as características de uma linguagem oral, predominantemente usada na oratória, na dialéctica, na retórica e que servem sobremaneira o seu estilo interventivo e persuasivo estão presentes. Assim, utiliza frases e períodos compridos, usando a pontuação de uma maneira não convencional; Os diálogos das personagens são inseridos nos próprios parágrafos que os antecedem, de forma que não existem travessões nos seus livros. Este tipo de marcação das falas propicia uma forte sensação de fluxo de consciência, a ponto do leitor chegar a confundir-se se um certo diálogo foi real ou apenas um pensamento. Muitas das suas frases (i.e. orações) ocupam mais de uma página, usando vírgulas onde a maioria dos escritores usaria pontos finais. Da mesma forma, muitos dos seus parágrafos ocupariam capítulos inteiros de outros autores. Por isso, se o leitor se habituar ao o seu estilo, a sua leitura é muito agradável, pois o seu ritmo está muito próximo da eloquência oral do Povo Português.
Estas características tornam o estilo de Saramago único na literatura contemporânea, sendo considerado por muitos críticos um mestre no tratamento da língua portuguesa. Em 2003, o crítico norte-americano Harold Bloom, no seu livro Genius: A Mosaic of One Hundred Exemplary Creative Minds ("Génio: Um Mosaico de Cem Exemplares Mentes Criativas"), considerou José Saramago "o mais talentoso romancista vivo nos dias de hoje" (tradução livre de the most gifted novelist alive in the world today), referindo-se a ele como "o Mestre". Declarou ainda que Saramago é "um dos últimos titãs de um género literário que se está a desvanecer".
 
 
No Coração, Talvez

No coração, talvez, ou diga antes:
Uma ferida rasgada de navalha,
Por onde vai a vida, tão mal gasta.
Na total consciência nos retalha.
O desejar, o querer, o não bastar,
Enganada procura da razão
Que o acaso de sermos justifique,
Eis o que dói, talvez no coração.

in
Os Poemas Possíveis (1966) - José Saramago

O músico Roberto de Carvalho faz hoje 65 anos

(imagem daqui)

Roberto Zenóbio Affonso de Carvalho (Rio de Janeiro, 16 de novembro de 1952) é um multi-instrumentista e compositor brasileiro.
Vivendo junto com a cantora Rita Lee desde 1976 (os dois casaram em 13 de dezembro de 1996, apenas civilmente), Roberto mantém uma parceria musical muito bem sucedida com a cantora, tendo composto a seu lado grandes sucessos da música brasileira, como "Lança Perfume", "Saúde", "Jardins da Babilônia", "Doce Vampiro", "Nem Luxo, Nem Lixo", "Flagra", "Desculpe o Auê", "Mania de Você", "Caso Sério", "Baila Comigo", "Amor e Sexo", entre outros; o casal tem três filhos: Beto Lee, João e Antônio, nascidos em 1977, 1979 e 1981, respectivamente. Toca viola, teclados, guitarra, ajuda nos vocais e é maestro da banda de Rita.
Participou de uma das formações finais da banda Tutti Frutti. Embora a maioria de suas composições sejam parcerias com Rita Lee, Roberto já trabalhou com nomes como Ney Matogrosso, Jorge Mautner, Arnaldo Antunes e Arnaldo Jabor, entre outros. Além disso, em 1991, gravou um CD a solo.
Roberto é neto de Euclides Zenóbio da Costa, Ministro da Guerra de Getúlio Vargas.
 
 

O encciclopedista d'Alembert nasceu há três séculos

Jean le Rond d'Alembert (Paris, 16 de novembro de 1717 — Paris, 29 de outubro de 1783) foi um filósofo, matemático e físico francês que participou na edição da Encyclopédie, a primeira enciclopédia publicada na Europa.

Biografia
Jean le Rond d’Alembert nasceu em Paris, filho ilegítimo da escritora Claudine Guérin de Tencin com o cavalheiro (chevalier) Louis-Camus Destouches, um oficial de artilharia das Forças Armadas. O seu pai estava distante quando nasceu e d'Alembert foi, dias depois, abandonado pela sua mãe, nos degraus da capela de Saint-Jean-le-Rond, próximo da igreja de Notre-Dame de Paris.
Foi adotado por um vidraceiro e a sua mulher, conhecida como Madame Rousseau, que cuidou de d'Alembert como se seu filho fosse, e recebeu o nome do santo patrono da igreja onde foi deixado. A verdadeira mãe sabia onde ele se encontrava e quando apresentou sinais de ser um génio quis ficar com ele. "Você é apenas a minha madrasta" disse-lhe o rapaz "a mulher do vidraceiro é a minha verdadeira mãe". E com isto abandonou-a, como ela o havia abandonado. O cavalheiro Destouches pagou secretamente pela educação do filho, mas nunca o reconheceu legalmente.
D'Alembert estudou teologia no Collège des Quatre-Nations e formou-se em Direito (1735-1738), mas só depois descobriu a sua vocação para a Matemática e Física. Tendo se tornado famoso, d’Alembert sempre teve orgulho de declarar que o vidraceiro e sua mulher eram seus pais e cuidou para que nada lhes faltasse (eles preferiram continuar vivendo na sua modesta casa). Mais tarde, a celebridade conseguida graças ao seu trabalho sobre o Cálculo Integral permitiu-lhe entrar para o colégio das ciências, em 1741, com 24 anos de idade. Dois anos mais tarde publica O Tratado da Dinâmica. Onze anos depois, foi nomeado membro da Academia Francesa, onde foi eleito secretário perpétuo, em 1752.
Durante a sua vida, d’Alembert participou ativamente nas duas academias, contribuído com as suas diversas descobertas. Manteve também correspondência com os nomes mais notáveis da época como Voltaire, Rousseau, Euler... Os seus principais feitos foram no campo da astronomia e da matemática, com estudos de equações com derivadas parciais e o seu uso na física. Também provou que todas as equações polinomiais com uma variável de grau N tem exatamente N soluções.
Todavia, é mais conhecido pelo seu trabalho em parceria com Denis Diderot, reunindo todas as descobertas científicas da época num livro denominado Encyclopédie, no qual foi responsável pela redação de vários artigos e pela elaboração do prefácio.

Publicações
Foi escritor, filósofo e matemático, autor dos livros Discours préliminaire de l'Encyclopédie, Elogios académicos e Tratado de dinâmica.
As suas pesquisas na Física estavam relacionadas com a mecânica racional, o princípio fundamental da dinâmica, o problema dos três corpos, cordas vibrantes e hidrodinâmica.
Em Matemática estudou as equações com derivadas parciais; equações diferenciais ordinárias; definiu a noção de limite; inventou um critério de convergência das séries; demonstrou o teorema fundamental da álgebra, que afirma que todas as equações algébricas têm pelo menos uma raiz real ou imaginária (teorema de D'Alembert-Gauss).
D'Alembert foi o primeiro a chegar a uma solução para o extraordinário problema da precessão dos equinócios. O seu trabalho principal, puramente matemático, foi sobre equações parcialmente diferenciais, particularmente em conexão com correntes vibratórias.
Disse a frase: "A Morte é um bem para todos os homens; é como a noite desse dia inquieto que se chama vida".

O Tesouro de Hoxne foi descoberto há 25 anos

O Tesouro de Hoxne (em inglês:Hoxne Hoard) é o maior tesouro de prata e ouro da Britânia e a maior coleção de moedas de ouro e prata dos séculos IV e V encontrados dentro do Império Romano. Foi encontrada com um detector de metais na vila de Hoxne, em Suffolk, Inglaterra, a 16 de novembro de 1992. O tesouro consiste aproximadamente de 15.000 moedas de ouro, prata e bronze romanas, do final do século IV e início do século V, e aproximadamente 200 itens de utensílios de prata e jóias de ouro. Os objetos estão no Museu Britânico em Londres, onde as peças mais importantes e uma seleção do restante estão em exibição permanente. Em 1993, o Comité de Avaliação do Tesouro avaliou o tesouro em 1.75 milhões de libras. 

quarta-feira, novembro 15, 2017

A cantora Petula Clark faz hoje 85 anos!

Petula Clark (Surrey, Inglaterra, 15 de novembro de 1932) é uma cantora britânica.

Vida
Treinada para cantar por sua mãe, Clark embarcou numa carreira iniciada com a tenra idade de sete anos. A sua mãe galesa, de nome Doris, era uma soprano talentosa e ensinou-lhe muito. Cresceu em Epsom, Surrey. O pai de Petula, Leslie, queria ser ator, mas foi desencorajado pelos seus pais. Ele tornou-se manager de Petula, manteve rigoroso controle de sua vida, e muitos achavam que ele cumpriu os seus sonhos de "showbusiness" através dela. Ela scomeçou a cantar em programas de rádio britânicos e iniciou a interpretação do seu próprio show regular - Pet’s Parlour – consistindo de uma coletânea de canções patrióticas projetadas para impulsionar o moral das tropas britânicas na Segunda Guerra Mundial. Contava então 11 anos de idade.
Após entreter as tropas ao lado de estrelas como Julie Andrews e Anthony Newley, Clark iniciou-se no cinema com o filme "A Medal for the General", em 1944. No alvorecer dos anos 50, já era uma superstar em todo o Reino Unido, com o compromisso de atuar em duas dúzias de filmes. Em 1954 "The Little Shoemaker" foi o seu primeiro sucesso e esteve entre as vinte mais preferidas do público, enquanto que em 1960 a canção "Sailor" obtinha índices expressivos de sucesso. Assim, Clark esforçou-se para mudar a sua imagem de adolescente. Após vender 1 milhão de cópias em 1961, com a canção "Romeo", casou-se e mudou-se para a França, estabelecendo uma base forte de fãs pelos sucessos das canções "Ya Ya Twist", "Chariot" e "Monsieur", que marcou uma nova fase do seu reportório, mais sofisticado e escorado por vocais cristalinos.
Aproveitando a onda da invasão britânica, Clark pôde finalmente entrar no mercado norte-americano em 1964 com o mega sucesso vencedor de um Grammy “Downtown”, aliás, o primeiro e único alcançado por uma mulher britânica que entrou nas paradas do Top Ten dos EUA. Mas não ficou só nisso. Outros sucessos alcançaram o Top Ten, (escritas e com arranjos de Tony Hatch), como em 1965 “I Know a Place” e em 1966 “I Couldn't Live Without Your Love” e o estrondoso sucesso “My Love”. Ao mesmo tempo teve sucesso em toda a Europa, estando nas primeiras posições dos tops em 1967 com a canção “This is my Song” feito para o filme “A Countess From Hong Kong”. Atuou no seu próprio programa na BBC de Londres e em 1968 participou do controverso programa especial do canal NBC, quando os patrocinadores pediram que um segmento, com o convidado Harry Belafonte, fosse editado, pelo facto de ele ser negro e estar encostado a Petula Clark nas gravações. Depois de um protesto de Clark o filme permaneceu conforme a gravação
No fim dos anos 60, o status comercial de Petula Clark cresceu enquanto canções como “Don’t Sleep in th Subway”, “The Other Man’s Grass is Always Greener” e “Kiss Me Goodbye” faziam sucesso em ambos os lados do Atlântico.
Em 1968 também reiniciou a sua carreira no cinema fazendo“Finian’s Rainbow” seguido, um ano mais tarde, por Goodbye Mr. Chips. Ela foi a primeira mulher do Reino Unido a ganhar um Grammy, cantou com Frank Sinatra e Barbra Streisand, e no já citado filme "Finian's Rainbow", que foi um de seus 30 filmes em que participou, dançou com Fred Astaire.
Anos mais tarde, Clark dedicou-se a turnês internacionais, atuando até aos dias atuais.
O seu hit, Downtown, foi usada de forma marcante na série Lost, da American Broadcasting Company, quando a personagem Juliet (Elizabeth Mitchell) a escuta. Esse mesmo hit fez parte da banda sonora do filme "Girl, interrupted", lançado em 1999, com a participação de Winona Ryder e Angelina Jolie.
No ano de 2014 teve muitos shows agendados, principalmente uma turnê na Austrália. Em 2015 dentre outras, fez apresentações em Paris, na França, em show no Palais des Congrès, no dia 24 de janeiro e uma performance no Glenn Gould Prize's, no dia 14 de abril, em Toronto, no Canadá . Em outubro de 2016 fez um "Concert Tour" na Grã Bretanha, apresentando a performance do novo álbum "From Now On". Apresentou shows em maio de 2017, entre os dias 13 e 28, na Austrália, onde essa lendária estrela do cinema e da música destacou a sua performance no álbum "From Now On", lançado pelo UK Pop Legend, em 2016, além de outros sucessos inesquecíveis. Projeta para o mês de novembro de 2017, shows no Estado da Califória, nos Estados Unidos.
Petula Clark, ao longo de sua carreira, já vendeu mais de 70 milhões de cópias de discos.

Há 240 anos surgiu o primeiro documento de governo dos Estados Unidos da América

Os Artigos da Confederação e a União Perpétua, conhecidos como os Artigos da Confederação, constituíram o primeiro documento de governo dos Estados Unidos da América. Foram aprovadas pelo segundo Congresso Continental em 15 de novembro de 1777, depois de vários meses de debate. Foi uma directriz não obrigatória até à sua ratificação, quatro anos depois, em 1 de março de 1781. Os Artigos da Confederação são considerados um dos quatro documentos fundadores da nação norte-americana.
Os Artigos formaram uma Confederação débil que unia as Treze Colónias britânicas norte-americanas, com capacidade de autogoverno quase somente em tempos de guerra e urgências. Depois do fim da Guerra da Independência e o começo de novas prioridades, as suas limitações foram evidentes. Este documento foi substituído pela Constituição dos Estados Unidos da América depois da sua ratificação, em 21 de junho de 1788.

Christoph Willibald Gluck morreu há 230 anos

Christoph Willibald Gluck, depois cavaleiro Christoph Willibald von Gluck, (Berching, 2 de julho de 1714Viena, 15 de novembro de 1787) foi um compositor musical alemão.
Gluck foi um dos principais responsáveis por uma importante renovação da ópera. Vivendo na passagem do barroco para o classicismo, e inspirado principalmente na tragédia grega, na ópera francesa (séria e cómica) e nos ideais iluministas, ambicionou criar uma música supra-nacional, despojada do artificialismo, rigidez e espectacularidade da ópera séria tradicional, que tivesse um caráter integrado, naturalista e expressivo. As suas inovações encontraram grandes resistências e despertaram uma das maiores polémicas da história da música ocidental, e fazem dele um dos mais proeminentes operistas de todos os tempos, mas sem deixar descendentes diretos, sendo importante pelas suas ideias e princípios práticos e não pela fundação de uma escola estilística.
O impacto que exerceu nos maiores centros operísticos europeus foi desigual. Na Áustria, Alemanha e especialmente na França teve legiões de admiradores, mas pouco pode penetrar na Inglaterra e Itália, onde só fez algum sucesso com as suas óperas mais antigas e convencionais. Entre as suas principais composições estão Orfeo ed Euridice, Alceste, Iphigénie en Aulide, Armide e Iphigénie en Tauride. Escreveu também sinfonias, bem como alguma música sacra e música de câmara, mas esta parte da sua produção está praticamente esquecida.


Claus Schenk Graf von Stauffenberg nasceu há 110 anos

Claus Philipp Maria Schenk Graf von Stauffenberg (Jettingen-Scheppach, 15 de novembro de 1907 - Berlim, 21 de julho de 1944) foi um oficial do exército alemão mais conhecido pela sua participação na liderança do Atentado de 20 de julho de 1944, que tentou assassinar Adolf Hitler e remover o Partido Nazi do poder (Operação Valkyrie). Juntamente com outros oficiais, como Henning von Tresckow e Hans Oster, era um das figuras centrais da Resistência Alemã dentro da Wehrmacht. Após o fracassado atentado contra Hitler, ele e outros conspiradores foram executados pelos nazis.

O ator Jonathan Lee Miller faz hoje 45 anos

Jonathan Lee Miller (Kingston upon Thames, 15 de novembro de 1972) é um ator britânico protagonista da série Eli Stone e da série Elementary.

terça-feira, novembro 14, 2017

Amadeo de Souza-Cardoso nasceu há 130 anos!

Pertencente à primeira geração de pintores modernistas portugueses, Amadeo de Souza-Cardoso destaca-se entre todos eles pela qualidade excecional da sua obra e pelo diálogo que estabeleceu com as vanguardas históricas do início do século XX. "O artista desenvolveu, entre Paris e Manhufe, a mais séria possibilidade de arte moderna em Portugal num diálogo internacional, intenso mas pouco conhecido, com os artistas do seu tempo". A sua pintura articula-se de modo aberto com movimentos como o cubismo o futurismo ou o expressionismo, atingindo em muitos momentos – e de modo sustentado na produção dos últimos anos –, um nível em tudo equiparável à produção de topo da arte internacional sua contemporânea.
A morte aos 30 anos de idade irá ditar o fim abrupto de uma obra pictórica em plena maturidade e de uma carreira internacional promissora mas ainda em fase de afirmação. Amadeo ficaria longamente esquecido, dentro e, sobretudo, fora de Portugal: "O silêncio que durante longos anos cobriu com um espesso manto a visibilidade interpretativa da sua obra […], e que foi também o silêncio de Portugal como país, não permitiu a atualização histórica internacional do artista"; e "só muito recentemente Amadeo de Souza-Cardoso começou o seu caminho de reconhecimento historiográfico".
 
Les Cavaliers (1913?) - Centre Pompidou, Musée National d'Art Moderne, Paris
 

O ator Josh Duhamel faz hoje 45 anos

Joshua David "Josh" Duhamel (Minot, 14 de novembro de 1972) é um ator e ex-modelo norte-americano, famoso pelos seus papeis como Danny McCoy em Las Vegas e Tenente-Coronel William Lennox em Transformers, Transformers: Revenge of the Fallen e Transformers: Dark of the Moon.

segunda-feira, novembro 13, 2017

Joe Mantegna - 70 anos

Joseph Anthony “Joe” Mantegna, Jr. (Chicago, 13 de novembro de 1947) é um ator, produtor, roteirista e diretor de cinema americano. É mais conhecido pelas suas atuações em diversos sucessos de bilheteira como Three Amigos!, de 1986, The Godfather Part III (O Padrinho: Parte III), de 1990, Airheads (Cabeças Ocas), de 1994, Forget Paris, de 1995, Up Close & Personal, de 1996, e The Simpsons Movie, de 2007.
Mantegna foi nomeado para o Emmy por participações em três produções televisivas diferentes, The Last Don (1997), The Rat Pack (1999) e The Starter Wife (2007). Trabalhou como produtor executivo de diversos filmes para o cinema e televisão, como Corduroy (1984), Hoods (1998) e Lakeboat (2000), que ele também dirigiu.
Na televisão participou de séries de curta duração, como First Monday (2002) e Joan of Arcadia (2003–2005). Desde o episódio "Bart the Murderer", de 1991, do desenho animado The Simpsons, Mantegna tem tido uma participação recorrente na comédia, no papel do chefe mafioso Fat Tony. Interpretou o detetive fictício "Spenser", de Robert B. Parker, em três filmes feitos para a televisão feitos entre 1999 e 2001. Em 2007 substituiu Mandy Patinkin como um dos principais personagens da série de drama Criminal Minds (Mentes Criminosas).
Recebeu os prémios Tony e Joseph Jefferson pelo seu papel na peça vencedora do Prémio Pulitzer, Glengarry Glen Ross, de David Mamet. Mantegna trabalhou com Mamet em diversas outras produções, como o filme Things Change.

O Abade de Baçal morreu há 70 anos

(imagem daqui)
 
Francisco Manuel Alves, mais conhecido como Abade de Baçal, (Baçal, 9 de abril de 1865 - Baçal, 13 de novembro de 1947) foi um arqueólogo, historiador e genealogista português.
Nascido numa aldeia do concelho de Bragança, onde nasceram também os seus pais, Francisco Alves Barnabé e Francisca Vicente. Foi ordenado sacerdote a 13 de junho de 1889, e desde então, até à sua morte, foi o pároco da sua aldeia natal.
Dedicou a sua vida a recolher testemunhos arqueológicos, etnológicos e históricos respeitantes à região de Trás-os-Montes e, especialmente, ao distrito de Bragança. Autodidacta erudito, rústico e pitoresco, os críticos apontam-lhe, contudo, a sua falta de sistematização e poder interpretativo.
A sua obra principal são as Memórias arqueológicas-históricas do distrito de Bragança (1909-1947), em onze volumes.
Em 1925 foi nomeado director-conservador do Museu Regional de Bragança, que desde 1935 é designado por Museu do Abade de Baçal em sua homenagem.
No quinto volume da sua obra-prima, dedicado aos Judeus, constam os seus títulos: 
Reitor de Baçal, Antigo Vereador da Câmara Municipal de Bragança, Antigo Vogal à Junta Geral do Distrito do mesmo nome, Sócio da Associação dos Arqueólogos Portugueses, da Sociedade Portuguesa de Estudos Históricos, do Instituto de Coimbra, da Academia das Ciências de Lisboa, do Instituto Etnológico da Beira, do Instituto Histórico do Minho, Presidente Honorário do Instituto Científico-Literário de Trás os Montes, Comendador da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem de S. Tiago do Mérito Científico, Literário e Artístico, em atenção às suas qualidades de escritor reveladas na obra "Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança", distinguido pelo Clero Bragançano com a oferta dum cálix de valor artístico, com uma pena de ouro e um tinteiro no mesmo metal de alto valor artístico por oferta do Distrito de Bragança em reconhecimento dos seus trabalhos de investigação histórica em prol do mesmo, pedaço de asno se acredita que estas honrarias douram a sua muita ignorância, e ainda, ultimamente, Director-Conservador do Museu Regional de Bragança.

O poeta brasileiro Manoel de Barros morreu há três anos

(imagem daqui)

Manoel Wenceslau Leite de Barros (Cuiabá, 19 de dezembro de 1916 - Campo Grande, 13 de novembro de 2014) foi um poeta brasileiro do século XX, pertencente, cronologicamente, à Geração de 45, mas, formalmente, ao pós-Modernismo brasileiro, situando-se mais próximo das vanguardas europeias do início do século, da Poesia Pau-Brasil e da Antropofagia de Oswald de Andrade. Com 13 anos mudou-se para Campo Grande (Mato Grosso do Sul) onde viveu o resto da vida. Recebeu vários prémios literários, entre eles, dois Prémios Jabutis e foi membro da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras. É o mais aclamado poeta brasileiro da contemporaneidade nos meios literários. Enquanto ainda escrevia, Carlos Drummond de Andrade recusou o epíteto de maior poeta vivo do Brasil em favor de Manoel de Barros. A sua obra mais conhecida é o "Livro sobre Nada" de 1996.
 
 
Retrato do artista quando coisa

A maior riqueza
do homem
é sua incompletude.
Nesse ponto
sou abastado.
Palavras que me aceitam
como sou
— eu não aceito.
Não aguento ser apenas
um sujeito que abre
portas, que puxa
válvulas, que olha o
relógio, que compra pão
às 6 da tarde, que vai
lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai. Mas eu
preciso ser Outros.
Eu penso
renovar o homem
usando borboletas.

Jimmy Kimmel faz hoje 50 anos

Jimmy Kimmel (James Christian Kimmel, Brooklyn, 13 de novembro de 1967) é um comediante, escritor, apresentador de televisão e produtor norte-americano.
Foi o apresentador do Óscar 2017, que aconteceu no dia 26 de fevereiro de 2017, escolhido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas após apresentar o Emmy entre 2012 e 2016.

domingo, novembro 12, 2017

Há noventa anos Manhattan ganhou um túnel rodoviário de ligação a Jersey City

Entrada do túnel, em  Manhattan, em 1985

O Holland Tunnel, conhecido originalmente por Hudson River Vehicular Tunnel (Túnel para Veículos do Rio Hudson) ou Canal Street Tunnel, é um dos dois túneis debaixo do Rio Hudson ligando a ilha de Manhattan, parte da cidade de Nova Iorque, com Jersey City, uma cidade no estado de Nova Jersey.
Com as obras iniciadas em 1920 e concluídas em 1927, foi nomeado em homenagem de Clifford Milburn Holland (1883-1924), engenheiro-chefe do projeto, que morreu antes de ser concluído (foi inaugurado a 12 de novembro de 1927). O túnel é um dos exemplos mais antigos de um design ventilado, possuindo ventiladores com 24 metros de diâmetro, levando ar para uma série de condutas. A necessidade de ventilação era evidente com o advento dos automóveis e o perigo do monóxido de carbono.
Uma portagem de nove faixas está localizado do lado de Nova Jersey do túnel, e cobra US$ 6 para carros e US$ 5 para motocicletas para passagem de Nova Jersey para Nova Iorque (não há cobrança na direção oposta). Utilizadores do sistema E-ZPass têm descontos. De acordo com a Autoridade Portuária local, que controla o túnel, o tráfego em 2002 totalizou 15.764.000 veículos.

Paulinho da Viola - 75 anos

Paulo César Baptista de Faria, mais conhecido como Paulinho da Viola, (Rio de Janeiro, 12 de novembro de 1942) é um cantor, compositor e tocador de viola brasileiro.
 
 

Andropov passou a mandar na URSS há 35 anos

Iúri Vladimirovitch Andropov (Stavropol, 15 de julho de 1914 - Moscovo, 9 de fevereiro de 1984) foi um político soviético e Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética desde o dia 12 de novembro de 1982 até à sua morte, além de chefe do serviço secreto soviético, o KGB, durante quinze anos.
O seu local de nascimento é incerto, porém acredita-se que foi próximo de Stavropol, na Rússia meridional. Estudou por um curto período no Instituto Técnico para o Transporte Aquático de Rybinsk, antes de se juntar ao Komsomol em 1930. Ele concluiu a graduação em 1939 foi o primeiro secretário do Komsomol na república da Carélia finlandesa, entre 1940 e 1944. Após a guerra, mudou-se para Moscovo em 1951 e entrou para o secretariado do partido.
Após a morte de Estaline em março de 1953, Andropov foi rebaixado de posto e enviado para um "exílio" na embaixada soviética em Budapeste por Georgi Malenkov. Ele teve um papel importante na invasão soviética da Hungria em 1956.
Andropov voltou a Moscovo para chefiar o Departamento para Relações com países socialistas (1957-1967) e foi promovido para o secretariado do Comité Central do PC Soviético em 1962, sucedendo a Mikhail Suslov. Em 1967 foi indicado para chefe da KGB. Em 1973 tornou-se membro de pleno direito do Politburo, apesar de não ter renunciado à chefia da KGB até 1982.
Envolveu-se em rumores e acusações com a morte suspeita do então líder Leonid Brejnev, em 10 de novembro de 1982. Brejnev teria morrido de overdose, motivada por sua enfermeira, que estava ligada ao KGB, chefiado por Andropov. Quando a enfermeira foi inocentada e o caso abafado, passou-se a questionar a culpa de Andropov na morte do seu antecessor. Pouco depois, foi indicado, como previsto, para a liderança do Partido Comunista, vencendo Konstantin Chernenko, líder parlamentar de longa data. Foi o primeiro chefe da KGB a ser indicado. Herdou ainda, de Brejnev, a presidência e conselho de Defesa do país.
Durante o seu mandato fez tentativas de melhorar a economia e de reduzir a corrupção. Também é lembrado pela sua campanha contra o alcoolismo e esforços para melhorar a disciplina no trabalho. As duas campanhas foram conduzidas com uma visão administrativa tipicamente soviética, e lembraram vagamente reminiscências do estalinismo.
Fez pouca coisa em termos de política externa - a guerra iniciada após a invasão do Afeganistão continuou. O seu governo também foi marcado pela deterioração das relações com os EUA por causa das atitudes fortemente anti-soviéticas de Ronald Reagan, exacerbadas pelo derrube por caças soviéticos de um avião civil sul-coreano que invadiu o espaço aéreo russo a 1 de setembro de 1983 e pela ampliação do número de mísseis Pershing na Europa.
Morreu de falência renal em 9 de fevereiro de 1984 após vários meses com problemas de saúde, e foi sucedido por Konstantin Chernenko.
O legado de Andropov ainda é tema de muito debate, tanto na Rússia quanto em outros locais, e tanto entre académicos como nos meios de comunicação. Ele permanece no foco de vários documentários televisivos e em livros de não-ficção, particularmente em datas importantes.
Apesar de sua linha-dura na Hungria e de numerosos banimentos e intrigas pelas quais foi responsável durante a sua longa permanência na chefia da KGB, tornou-se muito lembrado por vários comentaristas como um reformador. Eles apontam como evidências o facto de haver promovido Mikhail Gorbachev nos escalões do PC soviético e ter sido considerado um chefe da KGB particularmente tolerante. Também lembrado como menos inclinado a reformas rápidas do que foi Gorbachev; o ponto central das especulações é se Andropov teria conseguido ou não reformar a URSS de tal maneira que tivesse evitado o seu colapso.

O Bahá'u'lláh nasceu há dois séculos

Mírzá Husayn-'Alí, que se proclamou Bahá'u'lláh (Teerão, 12 de novembro de 1817 - Acre, 29 de maio de 1892) (do árabe: "A Glória de Deus") foi o fundador da Fé Bahá'í, a mais jovem das grandes religiões mundiais.
Bahá'u'lláh declarou ser ele o cumpridor da profecia Bábí: "aquele de que Deus fará manifesto", e portanto "Suprema Manifestação de Deus". A Fé Bahá'í o tem como inaugurador de um novo ciclo profético, posterior aos de Krishna, Abraão, Moisés, Zaratustra, Buda, Jesus, Maomé e Báb.
Bahá'u'lláh foi o autor de vários trabalhos religiosos. As suas obras mais notáveis são o Kitáb-i-Aqdas e o Livro da Certeza (Kitáb-i-Íqán).

Há 26 anos o Massacre de Santa Cruz ilustrou o problema de Timor Leste

(imagem daqui)

O Massacre de Santa Cruz em Timor Leste foi um tiroteio sobre manifestantes pró-independência no cemitério de Santa Cruz em Dili, a 12 de novembro de 1991, durante a ocupação de Timor-Leste pela Indonésia. A maioria das vítimas foram jovens, por isso, depois da independência, passou a ser um feriado, o Dia Nacional da Juventude, em Timor Leste. Nesse dia tinha havido uma missa por alma de Sebastião Gomes, um jovem membro da resistência timorense (RENETIL), e havido uma romagem à sua campa no cemitério. Os jovens motivados pela revolta por esse assassinato, manifestaram-se contra os militares da Indonésia com o objetivo de mostrarem o seu apoio à independência do país.
Túmulo do Sebastião Gomes no cemitério de Santa Cruz
 
História
Após a invasão de Timor Leste pela Indonésia em 1975, muitos timorenses sentiam-se oprimidos e foram mortos por questões políticas. Desde então, a resistência timorense combateu o exército indonésio. Em outubro de 1991 uma delegação com membros dpo arlamento português e 12 jornalistas planeavam visitar o território de Timor Leste durante a visita do Representante Especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos e Tortura, Pieter Kooijmans. O governo Indonésio objetou à inclusão na delegação da jornalista australiana Jill Jolliffe, que apoiava e ajudava o movimento independentista Fretilin, e Portugal, consequentemente, cancelou a ida da delegação. O cancelamento desmoralizou os ativistas independentistas em Timor Leste, que esperavam usar a visita para melhorar a visibilidade internacional da sua causa. As tensões entre as autoridades indonésias e a juventude timorense aumentaram após o cancelamento da visita dos deputados de Portugal. Em 28 de outubro, as tropas indonésias localizaram um grupo de membros da resistência na Igreja de Motael, em Dili. O confronto deu-se entre os ativistas pró-integração e os activistas independentistas que estavam na Igreja; quando este acabou, um homem de cada lado estava morto. Sebastião Gomes, um apoiante da independência de Timor Leste, foi retirado da Igreja e abatido pela tropa indonésia e o integracionista Afonso Henriques foi atingido e morto durante a luta. A 12 de novembro, mais de duas mil pessoas marcharam desde a igreja onde se celebrou uma missa em memória de Sebastião Gomes até ao cemitério de Santa Cruz, onde está enterrado, para lhe prestar homenagem. O exército indonésio abriu fogo sobre a população, matando 74 pessoas no local e com 127 a morrer, dos ferimentos, nos dias seguintes. Até 2012, a localização de muitos corpos continua ainda a ser desconhecida. Alguns manifestantes foram presos e só foram libertados em 1999, por altura do referendo pela independência.

No cemitério de Santa Cruz, os manifestantes exibem bandeiras da OJETIL, da FRETILIN e da UDT, forças revolucionárias timorenses (daqui)

Consequências
O massacre foi filmado pelo repórter de imagem Max Stahl, que deu assim uma preciosa ajuda para dar a conhecer ao mundo o que tinha acontecido em Dili. Os acontecimentos foram condenados internacionalmente e chamaram atenção para a causa dos timorenses.
No ano de 1991 as Juventudes de Timor Leste foram derrotadas pelas Forças Indonésias, mas, através deste protesto, os Timorenses mostraram aos outros países, reconhecidos apoiantes da Indonésia, que Timor Leste queria libertar-se e tornar-se uma nova nação, independente da Indonésia. Depois do evento do Massacre Santas Cruz, quase todos os países passaram a apoiar Timor Leste e reconheceram o direito da sua população para determinar se Timor Leste devia ser ou não independente, o que se veio a concretizar-se com o referendo do dia 30 de agosto de 1999. A 12 de novembro de 1991, Timor-Leste vivia mais um momento trágico da sua história, o massacre no cemitério de Santa Cruz. Paradoxalmente, em relação aquele que foi o seu propósito original, o impacto que teve na opinião pública tornou este fatídico acontecimento num dos mais importantes passos na internacionalização da causa timorense, ao revelar-se ao mundo o sofrimento de um povo.
  
Dia da Juventude
O Massacre de Santa Cruz, Díli, no dia 12 de novembro de 1991, provocou um grande sofrimento para a juventude timorense, mas por causa desta massacre, em que a juventude queria manifestar e demonstrar ao mundo (ONU), que havia discriminação e violação dos Direitos Humanos no território, o que já acontecia desde o início da invasão. Por causa do número de jovens morto no massacre, este é considerado o Dia da Juventude em Timor-Leste.
  

sábado, novembro 11, 2017

Yasser Arafat morreu há treze anos

Yasser Arafat (Cairo, 24 de agosto de 1929 - Clamart, 11 de novembro de 2004) foi o líder da Autoridade Palestiniana, presidente (desde 1969) da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), líder da Fatah, a maior das facções da OLP, e co-detentor do Nobel da Paz.
  
Morte suspeita

   Túmulo de Arafat em Ramallah

Arafat, morreu dia 11 de novembro de 2004, aos 75 anos, após treze dias internado no hospital militar Percy, em Clamart, a sudoeste de Paris.
De acordo com Christian Estripeau, porta-voz do hospital, Arafat morreu por falência múltipla dos órgãos. No entanto, o seu biógrafo, Amnon Kapeliouk, levantou a possibilidade de a sua morte ter sido causada por anos de contínuo envenenamento, realizado pelos serviços secretos israelitas.
Em 3 de julho de 2012, foi divulgado pelo Instituto de Radiofísica do Hospital Universitário da Universidade de Lausanne, na Suíça, o resultado de um trabalho de nove meses de análises do material biológico encontrado em objetos de uso pessoal de Arafat (roupas, escova de dentes e keffiyeh). O relatório apontou a presença de altos níveis de polónio 210 no material recolhido. Segundo a rede de televisão Al Jazeera, o resultado do estudo reforça a possibilidade de que Arafat tenha sido envenenado com material radioativo. Em 9 de julho, o presidente palestino Mahmoud Abbas aprovou pedido de exumação do corpo de Arafat, apresentado por Suha Arafat, para teste do nível de polónio. O governo de Israel negou qualquer envolvimento com as recentes descobertas. A Justiça francesa, através do tribunal de Nanterre, decidiu iniciar uma investigação sobre a morte do líder palestino, depois que a viúva apresentou queixa de assassinato do seu marido, no final de julho.
Arafat, considerado como o mais importante líder palestino e tido, pelos israelitas, como um líder de intenções dúbias, não preparou um sucessor. Os testes realizados após a exumação de seu corpo mostraram um nível 20 vezes maior que o permitido para um ser humano normal do isótopo polónio 210, reforçando a tese que o líder foi envenenado. Contudo, uma equipa russa que examinou o seu corpo afirmou que não havia nada de anormal com Arafat e que, provavelmente, não foi envenenado. O assunto continua envolto em controvérsia.

Porque hoje é o Dia da Papoila...

O Armistício de Compiègne foi um tratado assinado em 11 de novembro de 1918 entre os Aliados e a Alemanha, dentro de um vagão-restaurante, na floresta de Compiègne, com o objetivo de encerrar as hostilidades na frente ocidental da Primeira Guerra Mundial. Os principais signatários foram o Marechal Ferdinand Foch, comandante-em-chefe das forças da Tríplice Entente, e Matthias Erzberger, representante alemão.
 
 

Zé Katimba - 85 anos

(imagem daqui)

José Inácio dos Santos (Guarabira, 11 de novembro de 1932), antes conhecido como Zé Catimba, e que atualmente grafa o seu nome artístico como Zé Katimba, é um compositor de sambas de enredo brasileiro, sendo considerado um dos criadores da versão moderna deste género musical.
Aos 16 anos, participou da fundação da Imperatriz Leopoldinense, e até hoje faz parte da ala de compositores da agremiação.