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terça-feira, novembro 12, 2024

Hoje é dia de recordar um célebre massacre...

O Massacre de Santa Cruz foi há trinta e três anos...

Túmulo do Sebastião Gomes, no cemitério Santa Cruz
   
O Massacre de Santa Cruz em Timor-Leste foi um tiroteio sobre manifestantes pró-independência no cemitério de Santa Cruz em Díli, a 12 de novembro de 1991, durante a ocupação de Timor-Leste pela Indonésia. A maioria das vítimas foram jovens, por isso, depois da independência, passou a ser um feriado, o Dia Nacional da Juventude em Timor Leste. Nesse dia tinha havido uma missa por alma de Sebastião Gomes, um jovem membro da resistência timorense (RENETIL), e havido uma romagem à sua campa no cemitério. Os jovens motivados pela revolta por esse assassinato, manifestaram-se contra os militares da Indonésia com o objetivo de mostrarem o seu apoio à independência do país.
  
História
Após a invasão de Timor-Leste pela Indonésia em 1975 (então, formalmente, ainda Timor Português), muitos timorenses sentiam-se oprimidos e foram mortos por questões políticas. Desde então, a resistência timorense combateu o exército indonésio. Em outubro de 1991 uma delegação com membros do Parlamento Português e 12 jornalistas planeavam visitar o território de Timor Leste durante a visita do Representante Especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos e Tortura, Pieter Kooijmans. O governo Indonésio objetou à inclusão na delegação da jornalista australiana Jill Jolliffe, que apoiava e ajudava o movimento independentista Fretilin, e Portugal, consequentemente, cancelou a ida da delegação. O cancelamento desmoralizou os ativistas independentistas em Timor Leste, que esperavam usar a visita para melhorar a visibilidade internacional da sua causa. As tensões entre as autoridades indonésias e a juventude timorense aumentaram após o cancelamento da visita dos deputados de Portugal. Em 28 de outubro, as tropas indonésias localizaram um grupo de membros da resistência na Igreja de Motael, em Díli. O confronto deu-se entre os ativistas pró-integração e os ativistas independentistas que estavam na Igreja; quando este acabou, um homem de cada lado estava morto. Sebastião Gomes, um apoiante da independência de Timor Leste, foi retirado da Igreja e abatido pela tropa indonésia e o integracionista Afonso Henriques foi atingido e morto durante a luta.
A 12 de novembro, mais de duas mil pessoas marcharam desde a igreja onde se celebrou uma missa em memória de Sebastião Gomes até ao cemitério de Santa Cruz, onde está enterrado, para lhe prestar homenagem. O exército indonésio abriu fogo sobre a população, matando 271 pessoas no local e com 127 a morrer, dos ferimentos, nos dias seguintes. Ainda hoje a localização de muitos corpos continua ainda a ser desconhecida.
Alguns manifestantes foram presos e só foram libertados em 1999, por altura do referendo da independência.
  
(imagem daqui)
       
Consequências
O massacre foi filmado pelo repórter de imagem Max Stahl, que deu assim uma preciosa ajuda para dar a conhecer ao mundo o que tinha acontecido em Díli. Os acontecimentos foram condenados internacionalmente e chamaram atenção para a causa dos timorenses. Em 1992, Rui Veloso, músico português, compôs e interpretou a música Maubere a favor da causa timorense.

 


 

domingo, novembro 12, 2023

Hoje é dia de recordar um célebre e triste massacre...

O Massacre de Santa Cruz foi há trinta e dois anos...

Túmulo do Sebastião Gomes, no cemitério Santa Cruz
   
O Massacre de Santa Cruz em Timor-Leste foi um tiroteio sobre manifestantes pró-independência no cemitério de Santa Cruz em Díli, a 12 de novembro de 1991, durante a ocupação de Timor-Leste pela Indonésia. A maioria das vítimas foram jovens, por isso, depois da independência, passou a ser um feriado, o Dia Nacional da Juventude em Timor Leste. Nesse dia tinha havido uma missa por alma de Sebastião Gomes, um jovem membro da resistência timorense (RENETIL), e havido uma romagem à sua campa no cemitério. Os jovens motivados pela revolta por esse assassinato, manifestaram-se contra os militares da Indonésia com o objetivo de mostrarem o seu apoio à independência do país.
  
História
Após a invasão de Timor-Leste pela Indonésia em 1975 (então, formalmente, ainda Timor Português), muitos timorenses sentiam-se oprimidos e foram mortos por questões políticas. Desde então, a resistência timorense combateu o exército indonésio. Em outubro de 1991 uma delegação com membros do Parlamento Português e 12 jornalistas planeavam visitar o território de Timor Leste durante a visita do Representante Especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos e Tortura, Pieter Kooijmans. O governo Indonésio objetou à inclusão na delegação da jornalista australiana Jill Jolliffe, que apoiava e ajudava o movimento independentista Fretilin, e Portugal, consequentemente, cancelou a ida da delegação. O cancelamento desmoralizou os ativistas independentistas em Timor Leste, que esperavam usar a visita para melhorar a visibilidade internacional da sua causa. As tensões entre as autoridades indonésias e a juventude timorense aumentaram após o cancelamento da visita dos deputados de Portugal. Em 28 de outubro, as tropas indonésias localizaram um grupo de membros da resistência na Igreja de Motael, em Díli. O confronto deu-se entre os ativistas pró-integração e os ativistas independentistas que estavam na Igreja; quando este acabou, um homem de cada lado estava morto. Sebastião Gomes, um apoiante da independência de Timor Leste, foi retirado da Igreja e abatido pela tropa indonésia e o integracionista Afonso Henriques foi atingido e morto durante a luta.
A 12 de novembro, mais de duas mil pessoas marcharam desde a igreja onde se celebrou uma missa em memória de Sebastião Gomes até ao cemitério de Santa Cruz, onde está enterrado, para lhe prestar homenagem. O exército indonésio abriu fogo sobre a população, matando 271 pessoas no local e com 127 a morrer, dos ferimentos, nos dias seguintes. Ainda hoje a localização de muitos corpos continua ainda a ser desconhecida.
Alguns manifestantes foram presos e só foram libertados em 1999, por altura do referendo da independência.
  
(imagem daqui)
       
Consequências
O massacre foi filmado pelo repórter de imagem Max Stahl, que deu assim uma preciosa ajuda para dar a conhecer ao mundo o que tinha acontecido em Díli. Os acontecimentos foram condenados internacionalmente e chamaram atenção para a causa dos timorenses. Em 1992, Rui Veloso, músico português, compôs e interpretou a música Maubere a favor da causa timorense.
  
No cemitério de Santa Cruz, os manifestantes exibem bandeiras da OJETIL, da FRETILIN e da UDT, forças revolucionárias timorenses (daqui)
 
  

sábado, novembro 12, 2022

Hoje é dia de recordar um massacre...

O Massacre de Santa Cruz foi há trinta e um anos...

Túmulo do Sebastião Gomes no cemitério Santa Cruz
   
O Massacre de Santa Cruz em Timor-Leste foi um tiroteio sobre manifestantes pró-independência no cemitério de Santa Cruz em Díli, a 12 de novembro de 1991, durante a ocupação de Timor-Leste pela Indonésia. A maioria das vítimas foram jovens, por isso, depois da independência, passou a ser um feriado, o Dia Nacional da Juventude em Timor Leste. Nesse dia tinha havido uma missa por alma de Sebastião Gomes, um jovem membro da resistência timorense (RENETIL), e havido uma romagem à sua campa no cemitério. Os jovens motivados pela revolta por esse assassinato, manifestaram-se contra os militares da Indonésia com o objetivo de mostrarem o seu apoio à independência do país.
  
História
Após a invasão de Timor-Leste pela Indonésia em 1975 (então, formalmente, ainda Timor Português), muitos timorenses sentiam-se oprimidos e foram mortos por questões políticas. Desde então, a resistência timorense combateu o exército indonésio. Em outubro de 1991 uma delegação com membros do Parlamento Português e 12 jornalistas planeavam visitar o território de Timor Leste durante a visita do Representante Especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos e Tortura, Pieter Kooijmans. O governo Indonésio objetou à inclusão na delegação da jornalista australiana Jill Jolliffe, que apoiava e ajudava o movimento independentista Fretilin, e Portugal, consequentemente, cancelou a ida da delegação. O cancelamento desmoralizou os ativistas independentistas em Timor Leste, que esperavam usar a visita para melhorar a visibilidade internacional da sua causa. As tensões entre as autoridades indonésias e a juventude timorense aumentaram após o cancelamento da visita dos deputados de Portugal. Em 28 de outubro, as tropas indonésias localizaram um grupo de membros da resistência na Igreja de Motael, em Díli. O confronto deu-se entre os ativistas pró-integração e os ativistas independentistas que estavam na Igreja; quando este acabou, um homem de cada lado estava morto. Sebastião Gomes, um apoiante da independência de Timor Leste, foi retirado da Igreja e abatido pela tropa indonésia e o integracionista Afonso Henriques foi atingido e morto durante a luta.
A 12 de novembro, mais de duas mil pessoas marcharam desde a igreja onde se celebrou uma missa em memória de Sebastião Gomes até ao cemitério de Santa Cruz, onde está enterrado, para lhe prestar homenagem. O exército indonésio abriu fogo sobre a população, matando 271 pessoas no local e com 127 a morrer, dos ferimentos, nos dias seguintes. Ainda hoje a localização de muitos corpos continua ainda a ser desconhecida.
Alguns manifestantes foram presos e só foram libertados em 1999, por altura do referendo pela independência.
  
(imagem daqui)
       
Consequências
O massacre foi filmado pelo repórter de imagem Max Stahl, que deu assim uma preciosa ajuda para dar a conhecer ao mundo o que tinha acontecido em Díli. Os acontecimentos foram condenados internacionalmente e chamaram atenção para a causa dos timorenses. Em 1992, Rui Veloso, músico português, compôs e interpretou a música Maubere a favor da causa timorense.
  
No cemitério de Santa Cruz, os manifestantes exibem bandeiras da OJETIL, da FRETILIN e da UDT, forças revolucionárias timorenses (daqui)
 
  

sexta-feira, novembro 12, 2021

Em Timor...

O Massacre de Santa Cruz foi há trinta anos...

Túmulo do Sebastião Gomes no cemitério Santa Cruz
   
O Massacre de Santa Cruz em Timor-Leste foi um tiroteio sobre manifestantes pró-independência no cemitério de Santa Cruz em Díli, a 12 de novembro de 1991, durante a ocupação de Timor-Leste pela Indonésia. A maioria das vítimas foram jovens, por isso, depois da independência, passou a ser um feriado, o Dia Nacional da Juventude em Timor Leste. Nesse dia tinha havido uma missa por alma de Sebastião Gomes, um jovem membro da resistência timorense (RENETIL), e havido uma romagem à sua campa no cemitério. Os jovens motivados pela revolta por esse assassinato, manifestaram-se contra os militares da Indonésia com o objetivo de mostrarem o seu apoio à independência do país.
  
História
Após a invasão de Timor-Leste pela Indonésia em 1975 (então, formalmente, ainda Timor Português), muitos timorenses sentiam-se oprimidos e foram mortos por questões políticas. Desde então, a resistência timorense combateu o exército indonésio. Em outubro de 1991 uma delegação com membros do Parlamento Português e 12 jornalistas planeavam visitar o território de Timor Leste durante a visita do Representante Especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos e Tortura, Pieter Kooijmans. O governo Indonésio objetou à inclusão na delegação da jornalista australiana Jill Jolliffe, que apoiava e ajudava o movimento independentista Fretilin, e Portugal, consequentemente, cancelou a ida da delegação. O cancelamento desmoralizou os ativistas independentistas em Timor Leste, que esperavam usar a visita para melhorar a visibilidade internacional da sua causa. As tensões entre as autoridades indonésias e a juventude timorense aumentaram após o cancelamento da visita dos deputados de Portugal. Em 28 de outubro, as tropas indonésias localizaram um grupo de membros da resistência na Igreja de Motael, em Díli. O confronto deu-se entre os ativistas pró-integração e os ativistas independentistas que estavam na Igreja; quando este acabou, um homem de cada lado estava morto. Sebastião Gomes, um apoiante da independência de Timor Leste, foi retirado da Igreja e abatido pela tropa indonésia e o integracionista Afonso Henriques foi atingido e morto durante a luta.
A 12 de novembro, mais de duas mil pessoas marcharam desde a igreja onde se celebrou uma missa em memória de Sebastião Gomes até ao cemitério de Santa Cruz, onde está enterrado, para lhe prestar homenagem. O exército indonésio abriu fogo sobre a população, matando 271 pessoas no local e com 127 a morrer, dos ferimentos, nos dias seguintes. Ainda hoje a localização de muitos corpos continua ainda a ser desconhecida.
Alguns manifestantes foram presos e só foram libertados em 1999, por altura do referendo pela independência.
  
(imagem daqui)
       
Consequências
O massacre foi filmado pelo repórter de imagem Max Stahl, que deu assim uma preciosa ajuda para dar a conhecer ao mundo o que tinha acontecido em Díli. Os acontecimentos foram condenados internacionalmente e chamaram atenção para a causa dos timorenses. Em 1992, Rui Veloso, músico português, compôs e interpretou a música Maubere a favor da causa timorense.
  
No cemitério de Santa Cruz, os manifestantes exibem bandeiras da OJETIL, da FRETILIN e da UDT, forças revolucionárias timorenses (daqui)
 
  

Música para recordar um dia triste...

quinta-feira, novembro 12, 2020

O Massacre de Santa Cruz foi há 29 anos

Túmulo do Sebastião Gomes no cemitério Santa Cruz
   
O Massacre de Santa Cruz em Timor-Leste foi um tiroteio sobre manifestantes pró-independência no cemitério de Santa Cruz em Díli, a 12 de novembro de 1991, durante a ocupação de Timor-Leste pela Indonésia. A maioria das vítimas foram jovens, por isso, depois da independência, passou a ser um feriado, o Dia Nacional da Juventude em Timor Leste. Nesse dia tinha havido uma missa por alma de Sebastião Gomes, um jovem membro da resistência timorense (RENETIL), e havido uma romagem à sua campa no cemitério. Os jovens motivados pela revolta por esse assassinato, manifestaram-se contra os militares da Indonésia com o objetivo de mostrarem o seu apoio à independência do país.
  
História
Após a invasão de Timor-Leste pela Indonésia em 1975 (então, formalmente, ainda Timor Português), muitos timorenses sentiam-se oprimidos e foram mortos por questões políticas. Desde então, a resistência timorense combateu o exército indonésio. Em outubro de 1991 uma delegação com membros do Parlamento Português e 12 jornalistas planeavam visitar o território de Timor Leste durante a visita do Representante Especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos e Tortura, Pieter Kooijmans. O governo Indonésio objetou à inclusão na delegação da jornalista australiana Jill Jolliffe, que apoiava e ajudava o movimento independentista Fretilin, e Portugal, consequentemente, cancelou a ida da delegação. O cancelamento desmoralizou os ativistas independentistas em Timor Leste, que esperavam usar a visita para melhorar a visibilidade internacional da sua causa. As tensões entre as autoridades indonésias e a juventude timorense aumentaram após o cancelamento da visita dos deputados de Portugal. Em 28 de outubro, as tropas indonésias localizaram um grupo de membros da resistência na Igreja de Motael, em Díli. O confronto deu-se entre os ativistas pró-integração e os ativistas independentistas que estavam na Igreja; quando este acabou, um homem de cada lado estava morto. Sebastião Gomes, um apoiante da independência de Timor Leste, foi retirado da Igreja e abatido pela tropa indonésia e o integracionista Afonso Henriques foi atingido e morto durante a luta.
A 12 de novembro, mais de duas mil pessoas marcharam desde a igreja onde se celebrou uma missa em memória de Sebastião Gomes até ao cemitério de Santa Cruz, onde está enterrado, para lhe prestar homenagem. O exército indonésio abriu fogo sobre a população, matando 271 pessoas no local e com 127 a morrer, dos ferimentos, nos dias seguintes. Ainda hoje a localização de muitos corpos continua ainda a ser desconhecida.
Alguns manifestantes foram presos e só foram libertados em 1999, por altura do referendo pela independência.
  
(imagem daqui)
     
Consequências
O massacre foi filmado pelo repórter de imagem Max Stahl, que deu assim uma preciosa ajuda para dar a conhecer ao mundo o que tinha acontecido em Díli. Os acontecimentos foram condenados internacionalmente e chamaram atenção para a causa dos timorenses. Em 1992, Rui Veloso, músico português, compôs e interpretou a música Maubere a favor da causa timorense.
 
No cemitério de Santa Cruz, os manifestantes exibem bandeiras da OJETIL, da FRETILIN e da UDT, forças revolucionárias timorenses (daqui)
 
  

segunda-feira, novembro 12, 2018

O Massacre de Santa Cruz foi há 27 anos

(imagem daqui)

O Massacre de Santa Cruz em Timor Leste foi um tiroteio sobre manifestantes pró-independência no cemitério de Santa Cruz em Dili, a 12 de novembro de 1991, durante a ocupação de Timor-Leste pela Indonésia. A maioria das vítimas foram jovens, por isso, depois da independência, passou a ser um feriado, o Dia Nacional da Juventude em Timor Leste. Nesse dia tinha havido uma missa por alma de Sebastião Gomes, um jovem membro da resistência timorense, e havido uma romagem à sua campa no cemitério. Os jovens motivados pela revolta por esse assassinato, manifestaram-se contra os militares da Indonésia com o objetivo de mostrarem o seu apoio à independência do país.
Túmulo do Sebastião Gomes em cemitério Santa Cruz
  
História
Após a invasão de Timor Leste pela Indonésia em 1975, muitos timorenses se sentiam oprimidos e foram mortos por questões políticas. Desde então, a resistência timorense combateu o exército indonésio. Em outubro de 1991 uma delegação com membros do Parlamento Português e 12 jornalistas planeavam visitar o território de Timor Leste durante a visita do Representante Especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos e Tortura, Pieter Kooijmans. O governo Indonésio objetou à inclusão na delegação da jornalista australiana Jill Jolliffe, que apoiava e ajudava o movimento independentista Fretilin, e Portugal, consequentemente, cancelou a ida da delegação. O cancelamento desmoralizou os ativistas independentistas em Timor Leste, que esperavam usar a visita para melhorar a visibilidade internacional da sua causa. As tensões entre as autoridades indonésias e a juventude timorense aumentaram após o cancelamento da visita dos deputados de Portugal. Em 28 de outubro, as tropas indonésias localizaram um grupo de membros da resistência na Igreja de Motael, em Dili. O confronto deu-se entre os ativistas pró-integração e os activistas independentistas que estavam na Igreja; quando este acabou, um homem de cada lado estava morto. Sebastião Gomes, um apoiante da independência de Timor Leste, foi retirado da Igreja e abatido pela tropa indonésia e o integracionista Afonso Henriques foi atingido e morto durante a luta. A 12 de novembro, mais de duas mil pessoas marcharam desde a igreja onde se celebrou uma missa em memória de Sebastião Gomes até ao cemitério de Santa Cruz, onde está enterrado, para lhe prestar homenagem. O exército indonésio abriu fogo sobre a população, matando 74 pessoas no local e com 127 a morrer, dos ferimentos, nos dias seguintes. Até 2012, a localização de muitos corpos continua ainda a ser desconhecida. Alguns manifestantes foram presos e só foram libertados em 1999, por altura do referendo pela independência.
  
No cemitério de Santa Cruz, os manifestantes exibem bandeiras da OJETIL, da FRETILIN e da UDT, forças revolucionárias timorenses (daqui)
  
Consequências
O massacre foi filmado pelo repórter de imagem Max Stahl, que deu assim uma preciosa ajuda para dar a conhecer ao mundo o que tinha acontecido em Dili. Os acontecimentos foram condenados internacionalmente e chamaram atenção para a causa dos timorenses. Em 2012, Rui Veloso, músico português, compôs e interpretou a música Maubere a favor da causa timorense.
No ano de 1991 as Juventudes de Timor Leste foram derrotadas pelas Forças Indonésias, mas, através deste protesto, os Timorenses mostraram aos outros países, reconhecidos apoiantes da Indonésia, que Timor Leste queria libertar-se e tornar-se uma nova nação, independente da Indonésia. Depois do evento do Massacre Santas Cruz, quase todos os países passaram a apoiar Timor Leste e reconheceram o direito da sua população para determinar se Timor Leste devia ser ou não independente, o que se veio a concretizar-se com o referendo do dia 30 de agosto de 1999. A 12 de novembro de 1991, Timor-Leste vivia mais um momento trágico da sua história, o massacre no cemitério de Santa Cruz. Paradoxalmente, em relação aquele que foi o seu propósito original, o impacto que teve na opinião pública tornou este fatídico acontecimento num dos mais importantes passos na internacionalização da causa timorense, ao revelar-se ao mundo o sofrimento de um povo.
  
Dia da Juventude
O Massacre de Santa Cruz, Díli, no dia 12 de novembro de 1991, provocou um grande sofrimento para a juventude timorense, mas por causa desta massacre, em que a juventude queria manifestar e demonstrar ao mundo (ONU), que havia discriminação e violação dos Direitos Humanos no território, o que já acontecia desde o início da invasão. Por causa do número de jovens morto no massacre, este é considerado o Dia da Juventude em Timor-Leste.
  

domingo, novembro 12, 2017

Há 26 anos o Massacre de Santa Cruz ilustrou o problema de Timor Leste

(imagem daqui)

O Massacre de Santa Cruz em Timor Leste foi um tiroteio sobre manifestantes pró-independência no cemitério de Santa Cruz em Dili, a 12 de novembro de 1991, durante a ocupação de Timor-Leste pela Indonésia. A maioria das vítimas foram jovens, por isso, depois da independência, passou a ser um feriado, o Dia Nacional da Juventude, em Timor Leste. Nesse dia tinha havido uma missa por alma de Sebastião Gomes, um jovem membro da resistência timorense (RENETIL), e havido uma romagem à sua campa no cemitério. Os jovens motivados pela revolta por esse assassinato, manifestaram-se contra os militares da Indonésia com o objetivo de mostrarem o seu apoio à independência do país.
Túmulo do Sebastião Gomes no cemitério de Santa Cruz
 
História
Após a invasão de Timor Leste pela Indonésia em 1975, muitos timorenses sentiam-se oprimidos e foram mortos por questões políticas. Desde então, a resistência timorense combateu o exército indonésio. Em outubro de 1991 uma delegação com membros dpo arlamento português e 12 jornalistas planeavam visitar o território de Timor Leste durante a visita do Representante Especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos e Tortura, Pieter Kooijmans. O governo Indonésio objetou à inclusão na delegação da jornalista australiana Jill Jolliffe, que apoiava e ajudava o movimento independentista Fretilin, e Portugal, consequentemente, cancelou a ida da delegação. O cancelamento desmoralizou os ativistas independentistas em Timor Leste, que esperavam usar a visita para melhorar a visibilidade internacional da sua causa. As tensões entre as autoridades indonésias e a juventude timorense aumentaram após o cancelamento da visita dos deputados de Portugal. Em 28 de outubro, as tropas indonésias localizaram um grupo de membros da resistência na Igreja de Motael, em Dili. O confronto deu-se entre os ativistas pró-integração e os activistas independentistas que estavam na Igreja; quando este acabou, um homem de cada lado estava morto. Sebastião Gomes, um apoiante da independência de Timor Leste, foi retirado da Igreja e abatido pela tropa indonésia e o integracionista Afonso Henriques foi atingido e morto durante a luta. A 12 de novembro, mais de duas mil pessoas marcharam desde a igreja onde se celebrou uma missa em memória de Sebastião Gomes até ao cemitério de Santa Cruz, onde está enterrado, para lhe prestar homenagem. O exército indonésio abriu fogo sobre a população, matando 74 pessoas no local e com 127 a morrer, dos ferimentos, nos dias seguintes. Até 2012, a localização de muitos corpos continua ainda a ser desconhecida. Alguns manifestantes foram presos e só foram libertados em 1999, por altura do referendo pela independência.

No cemitério de Santa Cruz, os manifestantes exibem bandeiras da OJETIL, da FRETILIN e da UDT, forças revolucionárias timorenses (daqui)

Consequências
O massacre foi filmado pelo repórter de imagem Max Stahl, que deu assim uma preciosa ajuda para dar a conhecer ao mundo o que tinha acontecido em Dili. Os acontecimentos foram condenados internacionalmente e chamaram atenção para a causa dos timorenses.
No ano de 1991 as Juventudes de Timor Leste foram derrotadas pelas Forças Indonésias, mas, através deste protesto, os Timorenses mostraram aos outros países, reconhecidos apoiantes da Indonésia, que Timor Leste queria libertar-se e tornar-se uma nova nação, independente da Indonésia. Depois do evento do Massacre Santas Cruz, quase todos os países passaram a apoiar Timor Leste e reconheceram o direito da sua população para determinar se Timor Leste devia ser ou não independente, o que se veio a concretizar-se com o referendo do dia 30 de agosto de 1999. A 12 de novembro de 1991, Timor-Leste vivia mais um momento trágico da sua história, o massacre no cemitério de Santa Cruz. Paradoxalmente, em relação aquele que foi o seu propósito original, o impacto que teve na opinião pública tornou este fatídico acontecimento num dos mais importantes passos na internacionalização da causa timorense, ao revelar-se ao mundo o sofrimento de um povo.
  
Dia da Juventude
O Massacre de Santa Cruz, Díli, no dia 12 de novembro de 1991, provocou um grande sofrimento para a juventude timorense, mas por causa desta massacre, em que a juventude queria manifestar e demonstrar ao mundo (ONU), que havia discriminação e violação dos Direitos Humanos no território, o que já acontecia desde o início da invasão. Por causa do número de jovens morto no massacre, este é considerado o Dia da Juventude em Timor-Leste.
  

sábado, novembro 12, 2016

O Massacre de Santa Cruz em Timor Leste foi há 25 anos

(imagem daqui)

Massacre de Santa Cruz em Timor Leste foi um tiroteio sobre manifestantes pró-independência no cemitério de Santa Cruz, em Dili, a 12 de novembro de 1991, durante a ocupação de Timor-Leste pela Indonésia. A maioria das vítimas eram jovens, por isso, depois da independência, passou a ser um feriado, o Dia Nacional da Juventude, em Timor Leste. Nesse dia houve uma missa por alma de Sebastião Gomes, um jovem membro da resistência timorense, e havido uma romagem à sua campa no cemitério. Os jovens motivados pela revolta por esse assassinato, manifestaram-se contra os militares da Indonésia com o objetivo de mostrarem o seu apoio à independência do país.

Túmulo do Sebastião Gomes em cemitério Santa Cruz

História
Após a invasão de Timor Leste pela Indonésia em 1975, muitos timorenses se sentiam oprimidos e foram mortos por questões políticas. Desde então, a resistência timorense combateu o exército indonésio. Em outubro de 1991 uma delegação com membros do Parlamento Português e 12 jornalistas planeavam visitar o território de Timor Leste durante a visita do Representante Especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos e Tortura, Pieter Kooijmans. O governo Indonésio objetou à inclusão na delegação da jornalista australiana Jill Jolliffe, que apoiava e ajudava o movimento independentista Fretilin, e Portugal, consequentemente, cancelou a ida da delegação. O cancelamento desmoralizou os ativistas independentistas em Timor Leste, que esperavam usar a visita para melhorar a visibilidade internacional da sua causa. As tensões entre as autoridades indonésias e a juventude timorense aumentaram após o cancelamento da visita dos deputados de Portugal. Em 28 de outubro, as tropas indonésias localizaram um grupo de membros da resistência na Igreja de Motael, em Dili. O confronto deu-se entre os ativistas pró-integração e os activistas independentistas que estavam na Igreja; quando este acabou, um homem de cada lado estava morto. Sebastião Gomes, um apoiante da independência de Timor Leste, foi retirado da Igreja e abatido pela tropa indonésia e o integracionista Afonso Henriques foi atingido e morto durante a luta. A 12 de novembro, mais de duas mil pessoas marcharam desde a igreja onde se celebrou uma missa em memória de Sebastião Gomes até ao cemitério de Santa Cruz, onde está enterrado, para lhe prestar homenagem. O exército indonésio abriu fogo sobre a população, matando 74 pessoas no local e com 127 a morrer, dos ferimentos, nos dias seguintes. Até 2012, a localização de muitos corpos continua ainda a ser desconhecida. Alguns manifestantes foram presos e só foram libertados em 1999, por altura do referendo pela independência.

No cemitério de Santa Cruz, os manifestantes exibem bandeiras da OJETIL, da FRETILIN e da UDT, forças revolucionárias timorenses (daqui)
 
Consequências
O massacre foi filmado pelo repórter de imagem Max Stahl, que deu assim uma preciosa ajuda para dar a conhecer ao mundo o que tinha acontecido em Dili. Os acontecimentos foram condenados internacionalmente e chamaram atenção para a causa dos timorenses. Em 1992, Rui Veloso, músico português, compôs e interpretou a música Maubere a favor da causa timorense.
No ano de 1991 as Juventudes de Timor Leste foram derrotadas pelas Forças Indonésias, mas, através deste protesto, os Timorenses mostraram aos outros países, reconhecidos apoiantes da Indonésia, que Timor Leste queria libertar-se e tornar-se uma nova nação, independente da Indonésia. Depois do evento do Massacre de Santa Cruz, quase todos os países passaram a apoiar Timor Leste e reconheceram o direito da sua população para determinar se Timor Leste devia ser ou não independente, o que se veio a concretizar-se com o referendo do dia 30 de agosto de 1999. A 12 de novembro de 1991, Timor-Leste vivia mais um momento trágico da sua história, o massacre no cemitério de Santa Cruz. Paradoxalmente, em relação aquele que foi o seu propósito original, o impacto que teve na opinião pública tornou este fatídico acontecimento num dos mais importantes passos na internacionalização da causa timorense, ao revelar-se ao mundo o sofrimento de um povo.

Dia da Juventude
Massacre de Santa CruzDíli, no dia 12 de novembro de 1991, provocou um grande sofrimento para a juventude timorense, mas por causa desta massacre, em que a juventude queria manifestar e demonstrar ao mundo (ONU), que havia discriminação e violação dos Direitos Humanos no território, o que já acontecia desde o início da invasão. Por causa do número de jovens morto no massacre, este é considerado o Dia da Juventude em Timor-Leste.

quinta-feira, novembro 12, 2015

O Massacre de Santa Cruz foi há 24 anos

Túmulo do Sebastião Gomes no cemitério Santa Cruz

O Massacre de Santa Cruz em Timor-Leste foi um tiroteio sobre manifestantes pró-independência no cemitério de Santa Cruz em Díli, a 12 de novembro de 1991, durante a ocupação de Timor-Leste pela Indonésia. A maioria das vítimas foram jovens, por isso, depois da independência, passou a ser um feriado, o Dia Nacional da Juventude em Timor Leste. Nesse dia tinha havido uma missa por alma de Sebastião Gomes, um jovem membro da resistência timorense (RENETIL), e havido uma romagem à sua campa no cemitério. Os jovens motivados pela revolta por esse assassinato, manifestaram-se contra os militares da Indonésia com o objetivo de mostrarem o seu apoio à independência do país.

História
Após a invasão de Timor-Leste pela Indonésia em 1975 (então, formalmente, ainda Timor Português), muitos timorenses sentiam-se oprimidos e foram mortos por questões políticas. Desde então, a resistência timorense combateu o exército indonésio. Em outubro de 1991 uma delegação com membros do Parlamento Português e 12 jornalistas planeavam visitar o território de Timor Leste durante a visita do Representante Especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos e Tortura, Pieter Kooijmans. O governo Indonésio objetou à inclusão na delegação da jornalista australiana Jill Jolliffe, que apoiava e ajudava o movimento independentista Fretilin, e Portugal, consequentemente, cancelou a ida da delegação. O cancelamento desmoralizou os ativistas independentistas em Timor Leste, que esperavam usar a visita para melhorar a visibilidade internacional da sua causa. As tensões entre as autoridades indonésias e a juventude timorense aumentaram após o cancelamento da visita dos deputados de Portugal. Em 28 de outubro, as tropas indonésias localizaram um grupo de membros da resistência na Igreja de Motael, em Díli. O confronto deu-se entre os ativistas pró-integração e os ativistas independentistas que estavam na Igreja; quando este acabou, um homem de cada lado estava morto. Sebastião Gomes, um apoiante da independência de Timor Leste, foi retirado da Igreja e abatido pela tropa indonésia e o integracionista Afonso Henriques foi atingido e morto durante a luta.
A 12 de novembro, mais de duas mil pessoas marcharam desde a igreja onde se celebrou uma missa em memória de Sebastião Gomes até ao cemitério de Santa Cruz, onde está enterrado, para lhe prestar homenagem. O exército indonésio abriu fogo sobre a população, matando 271 pessoas no local e com 127 a morrer, dos ferimentos, nos dias seguintes. Ainda hoje a localização de muitos corpos continua ainda a ser desconhecida.
Alguns manifestantes foram presos e só foram libertados em 1999, por altura do referendo pela independência.

Consequências
O massacre foi filmado pelo repórter de imagem Max Stahl, que deu assim uma preciosa ajuda para dar a conhecer ao mundo o que tinha acontecido em Díli. Os acontecimentos foram condenados internacionalmente e chamaram atenção para a causa dos timorenses. Em 1992, Rui Veloso, músico português, compôs e interpretou a música Maubere a favor da causa timorense.


terça-feira, novembro 12, 2013

Há 22 anos o Massacre de Santa Cruz mostrou o Mundo o problema de Timor Leste

(imagem daqui)

O Massacre de Santa Cruz em Timor Leste foi um tiroteio sobre manifestantes pró-independência no cemitério de Santa Cruz em Dili, a 12 de novembro de 1991, durante a ocupação de Timor-Leste pela Indonésia. A maioria das vítimas foram jovens, por isso, depois da independência, passou a ser um feriado, o Dia Nacional da Juventude em Timor Leste. Nesse dia tinha havido uma missa por alma de Sebastião Gomes, um jovem membro da resistência timorense, e havido uma romagem à sua campa no cemitério. Os jovens motivados pela revolta por esse assassinato, manifestaram-se contra os militares da Indonésia com o objetivo de mostrarem o seu apoio à independência do país.

Túmulo do Sebastião Gomes em cemitério Santa Cruz

História
Após a invasão de Timor Leste pela Indonésia em 1975, muitos timorenses se sentiam oprimidos e foram mortos por questões políticas. Desde então, a resistência timorense combateu o exército indonésio. Em outubro de 1991 uma delegação com membros do Parlamento Português e 12 jornalistas planeavam visitar o território de Timor Leste durante a visita do Representante Especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos e Tortura, Pieter Kooijmans. O governo Indonésio objetou à inclusão na delegação da jornalista australiana Jill Jolliffe, que apoiava e ajudava o movimento independentista Fretilin, e Portugal, consequentemente, cancelou a ida da delegação. O cancelamento desmoralizou os ativistas independentistas em Timor Leste, que esperavam usar a visita para melhorar a visibilidade internacional da sua causa. As tensões entre as autoridades indonésias e a juventude timorense aumentaram após o cancelamento da visita dos deputados de Portugal. Em 28 de outubro, as tropas indonésias localizaram um grupo de membros da resistência na Igreja de Motael, em Dili. O confronto deu-se entre os ativistas pró-integração e os activistas independentistas que estavam na Igreja; quando este acabou, um homem de cada lado estava morto. Sebastião Gomes, um apoiante da independência de Timor Leste, foi retirado da Igreja e abatido pela tropa indonésia e o integracionista Afonso Henriques foi atingido e morto durante a luta. A 12 de novembro, mais de duas mil pessoas marcharam desde a igreja onde se celebrou uma missa em memória de Sebastião Gomes até ao cemitério de Santa Cruz, onde está enterrado, para lhe prestar homenagem. O exército indonésio abriu fogo sobre a população, matando 74 pessoas no local e com 127 a morrer, dos ferimentos, nos dias seguintes. Até 2012, a localização de muitos corpos continua ainda a ser desconhecida. Alguns manifestantes foram presos e só foram libertados em 1999, por altura do referendo pela independência.

No cemitério de Santa Cruz, os manifestantes exibem bandeiras da OJETIL, da FRETILIN e da UDT, forças revolucionárias timorenses (daqui)

Consequências
O massacre foi filmado pelo repórter de imagem Max Stahl, que deu assim uma preciosa ajuda para dar a conhecer ao mundo o que tinha acontecido em Dili. Os acontecimentos foram condenados internacionalmente e chamaram atenção para a causa dos timorenses. Em 2012, Rui Veloso, músico português, compôs e interpretou a música Maubere a favor da causa timorense.
No ano de 1991 as Juventudes de Timor Leste foram derrotadas pelas Forças Indonésias, mas, através deste protesto, os Timorenses mostraram aos outros países, reconhecidos apoiantes da Indonésia, que Timor Leste queria libertar-se e tornar-se uma nova nação, independente da Indonésia. Depois do evento do Massacre Santas Cruz, quase todos os países passaram a apoiar Timor Leste e reconheceram o direito da sua população para determinar se Timor Leste devia ser ou não independente, o que se veio a concretizar-se com o referendo do dia 30 de agosto de 1999. A 12 de novembro de 1991, Timor-Leste vivia mais um momento trágico da sua história, o massacre no cemitério de Santa Cruz. Paradoxalmente, em relação aquele que foi o seu propósito original, o impacto que teve na opinião pública tornou este fatídico acontecimento num dos mais importantes passos na internacionalização da causa timorense, ao revelar-se ao mundo o sofrimento de um povo.

Dia da Juventude
O Massacre de Santa Cruz, Díli, no dia 12 de novembro de 1991, provocou um grande sofrimento para a juventude timorense, mas por causa desta massacre, em que a juventude queria manifestar e demonstrar ao mundo (ONU), que havia discriminação e violação dos Direitos Humanos no território, o que já acontecia desde o início da invasão. Por causa do número de jovens morto no massacre, este é considerado o Dia da Juventude em Timor-Leste.

segunda-feira, novembro 12, 2012

O Massacre que mostrou ao Mundo o problema de Timor Leste foi há 21 anos

Túmulo do Sebastião Gomes no cemitério de Santa Cruz

O Massacre de Santa Cruz em Timor Leste foi um tiroteio sobre manifestantes pró-independência no cemitério de Santa Cruz em Dili, a 12 de novembro de 1991, durante a ocupação de Timor-Leste pela Indonésia. A maioria das vítimas foram jovens, por isso é normalmente indicado como o dia de juventude de Timor Leste. Nesse dia tinha havido uma missa por alma de Sebastião Gomes, um jovem membro da resistência timorense, e havido uma romagem à sua campa no cemitério. Os jovens motivados pela revolta por esse assassinato, manifestaram-se contra os militares da Indonésia com o objetivo de mostrarem o seu apoio à independência do país.

Após a invasão de Timor Leste pela Indonésia em 1975, muitos timorenses sentiam-se oprimidos e foram mortos por questões políticas. Desde então, a resistência timorense combateu o exército indonésio. Em outubro de 1991 uma delegação com membros do Parlamento Português e 12 jornalistas planeavam visitar o território de Timor Leste durante a visita do Representante Especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos e Tortura, Pieter Kooijmans. O governo Indonésio objetou à inclusão na delegação da jornalista australiana Jill Jolliffe, que apoiava e ajudava o movimento independentista Fretilin, e Portugal, subsequentemente, cancelou a ida da delegação. O cancelamento desmoralizou os ativistas independentistas em Timor Leste, que esperavam usar a visita para melhorar a visibilidade internacional da sua causa. As tensões entre as autoridades indonésias e a juventude timorense aumentaram após o cancelamento da visita dos deputados de Portugal. Em 28 de outubro, as tropas indonésias localizaram um grupo de membros da resistência na Igreja de Motael, em Dili. O confronto deu-se entre os ativistas pró-integração e os activistas independentistas que estavam na Igreja; quando este acabou, um homem de cada lado estava morto. Sebastião Gomes, um apoiante da independência de Timor Leste, foi retirado da Igreja e abatido pela tropa indonésia e o integracionista Afonso Henriques foi atingido e morto durante a luta. A 12 de novembro, mais de duas mil pessoas marcharam desde a igreja onde se celebrou uma missa em memória de Sebastião Gomes até ao cemitério de Santa Cruz, onde está enterrado, para lhe prestar homenagem. O exército indonésio abriu fogo sobre a população, matando 74 pessoas no local, com 127 a morrer dos ferimentos nos dias seguintes. Até 2012, a localização de muitos corpos continuava ainda a ser desconhecida. Alguns manifestantes foram presos e só foram libertados em 1999, por altura do referendo pela independência.
O massacre foi filmado pelo repórter de imagem Max Stahl, que deu assim uma preciosa ajuda para dar a conhecer ao mundo o que tinha acontecido em Dili. Os acontecimentos foram condenados internacionalmente e chamaram atenção para a causa dos timorenses.

sexta-feira, fevereiro 03, 2012

O Bispo e Prémio Nobel Ximenes Belo nasceu há 64 anos

Carlos Filipe Ximenes Belo (Uailacama, Baucau, Timor-Leste, 3 de fevereiro de 1948) é um bispo católico timorense que, em conjunto com José Ramos-Horta, foi agraciado com o Nobel da Paz de 1996, pelo seu trabalho "em prol de uma solução justa e pacífica para o conflito em Timor-Leste".

Biografia
Quinto filho de Domingos Vaz Filipe e de Ermelinda Baptista Filipe, Carlos Filipe Ximenes Belo nasceu na aldeia de Uailacama, concelho (hoje distrito) de Baucau, na costa norte do então Timor Português. O seu pai, professor primário, faleceu quando o jovem Carlos Filipe tinha apenas dois anos de idade. Os anos de infância foram passados nas escolas católicas de Baucau e Ossu, antes de ingressar no seminário de Daré, nos arredores de Díli, formando-se em 1968. Exceptuando um pequeno período entre 1974 e 1976 (quando esteve em Timor e em Macau) entre 1969 e 1981, Ximenes Belo repartiu o seu tempo entre Portugal e Roma, onde se tornou membro da congregação dos Salesianos e estudou filosofia e teologia antes de ser ordenado padre em 1980.
De regresso a Timor-Leste em Julho de 1981, Ximenes Belo esteve ligado ao Colégio Salesiano de Fatumaca, onde foi professor e director. Quando em 1983 se reformou Martinho da Costa Lopes, Carlos Filipe Ximenes Belo foi nomeado administrador apostólico da diocese de Díli, tornando-se chefe da igreja em Timor-Leste, respondendo exclusivamente perante o papa. Em 1988, em Lorium, Itália, foi consagrado como bispo.
A nomeação de Ximenes Belo foi do agrado do núncio apostólico em Jacarta e dos próprios líderes indonésios pela sua aparente submissão. No entanto, cinco meses bastaram para que, num sermão na sé catedral, Ximenes Belo tecesse veementes protestos contra as brutalidades do massacre de Craras em 1983, perpetrado pela Indonésia. Nos dias de ocupação, a igreja era a única instituição capaz de comunicar com o mundo exterior, o que levou Ximenes Belo a enviar sucessivas cartas a personalidades em todo o mundo, tentando vencer o isolamento imposto pelos indonésios e o desinteresse de grande parte da comunidade internacional.
Em Fevereiro de 1989 Ximenes Belo escreveu ao presidente de Portugal, Mário Soares, ao papa João Paulo II e ao secretário-geral das Nações Unidas, Javier Pérez de Cuellar, reclamando por um referendo sob os auspícios da ONU sobre o futuro de Timor-Leste e pela ajuda internacional ao povo timorense que estava "a morrer como povo e como nação". No entanto, quando a carta dirigida à ONU se tornou pública em Abril, Ximenes Belo tornou-se uma figura pouco querida pelas autoridades indonésias. Esta situação veio a piorar ainda mais quando o bispo deu abrigo na sua própria casa a jovens que tinham escapado ao massacre de Santa Cruz (1991) e denunciou os números das vítimas mortais.
A sua obra corajosa em prol dos timorenses e em busca da paz e da reconciliação foi internacionalmente reconhecida quando, em conjunto com José Ramos-Horta, lhe foi entregue o Nobel da Paz em Dezembro de 1996. Na sequência deste reconhecimento, Ximenes Belo teve oportunidade de se reunir com Bill Clinton dos Estados Unidos e Nelson Mandela da África do Sul.
Após a independência de Timor-Leste, a 20 de Maio de 2002, a saúde do bispo começou a esmorecer perante a pressão dos acontecimentos que tinha vivido. O papa João Paulo II aceitou a sua demissão como administrador apostólico de Díli em 26 de Novembro de 2002. Após se ter retirado, Ximenes Belo viajou para Portugal para receber tratamento médico. No início de 2004, houve numerosos pedidos para que se candidatasse à presidência da república de Timor-Leste. No entanto, em Maio de 2004 declarou à televisão estatal portuguesa RTP que não autorizaria que o seu nome fosse considerado para nomeação. "Decidi deixar a política para os políticos" - afirmou.
Com a saúde restabelecida, em meados de 2004 Ximenes Belo aceitou a ordem da Santa Sé para fazer trabalho de missionação na diocese de Maputo, como membro da congregação dos Salesianos em Moçambique.
D. Ximenes Belo é «Doutor Honoris Causa» pela Universidade do Porto, por proposta da respectiva Faculdade de Letras (investido em Outubro de 2000, juntamente com Xanana Gusmão e José Ramos-Horta). Em 21 de fevereiro recebeu o "Prémio Personalidade Lusófona do Ano", concedido pelo MIL: Movimento Internacional Lusófono.

sábado, novembro 12, 2011

Hoje é dia de recordar Timor...


Timor - Trovante

Lavam-se os olhos nega-se o beijo
do labirinto escolhe-se o mar
no cais deserto fica o desejo
da terra quente por conquistar

Nobre soldado que vens senhor
por sobre as asas do teu dragão
beijas os corpos no chão queimado
nunca serás o nosso perdão

Ai Timor
calam-se as vozes
dos teus avós
Ai Timor
se outros calam
cantemos nós

Salgas de ventres que não tiveste
ceifando os filhos que não são teus
nobre soldado nunca sonhaste
ver uma espada na mão de Deus

Da cruz se faz uma lança em chamas
que sangra o céu no sol do meio dia
do meio dos corpos a mesma lama
leito final onde o amor nascia

Ai Timor
calam-se as vozes
dos teus avós
Ai Timor
se outros calam
cantemos nós

É preciso recordar o massacre de timorenses pela Indonésia de há 20 anos