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sábado, novembro 16, 2024

Jean le Rond d'Alembert nasceu há 307 anos

   
Jean le Rond d'Alembert (Paris, 16 de novembro de 1717 - Paris, 29 de outubro de 1783) foi um filósofo, matemático e físico francês que participou na edição da Encyclopédie, a primeira enciclopédia publicada na Europa.
   
    
  
Publicações
Foi escritor, filósofo e matemático, autor dos livros Discours préliminaire de l'Encyclopédie, Elogios académicos e Tratado de dinâmica.
As suas pesquisas na Física estavam relacionadas com a mecânica racional, o princípio fundamental da dinâmica, o problema dos três corpos, cordas vibrantes e hidrodinâmica.
Em Matemática estudou as equações com derivadas parciais; equações diferenciais ordinárias; definiu a noção de limite; inventou um critério de convergência das séries; demonstrou o teorema fundamental da álgebra, que afirma que todas as equações algébricas têm pelo menos uma raiz real ou imaginária (teorema de D'Alembert-Gauss).
D'Alembert foi o primeiro a chegar a uma solução para o extraordinário problema da precessão dos equinócios. O seu trabalho principal, puramente matemático, foi sobre equações parcialmente diferenciais, particularmente em conexão com correntes vibratórias.
Disse a frase: "A Morte é um bem para todos os homens; é como a noite desse dia inquieto que se chama Vida".
  

quarta-feira, outubro 23, 2024

Larousse nasceu há 207 anos

    
Pierre Athanase Larousse (Toucy, 23 de outubro de 1817 - Paris, 3 de janeiro de 1875) foi um pedagogo e pedagogista, editor e enciclopedista francês. A sua sepultura encontra-se no cemitério de Montparnasse.

Biografia
Nascido a 23 de outubro de 1817, na cidade de Toucy, na França., aos dezasseis anos ganhou uma bolsa para concluir os seus estudos em Versailles. Com 21 anos, Pierre Larousse regressou à sua terra natal para trabalhar como professor. Deparou-se com métodos e manuais de ensino que considerou extremamente arcaicos.
Dois anos depois, em 1840, abandonou a escola em que lecionava para dedicar-se plenamente à sua grande vocação. Apesar dos poucos recursos, foi a Paris onde participou de diversos cursos gratuitos. Como os estudos não eram oficializados por nenhum tipo de diploma, foi considerado um autodidata. Em 1848 publica a sua primeira obra, uma gramática: "A lexicologia das escolas". Tratava-se de uma obra moderna e pioneira. Naquela época, a maioria das regiões francesas falava dialetos e era na escola que se aprendia o francês. Em 1851, Pierre Larousse teve um encontro com Augustin Boyer, um professor que acabava de abandonar o magistério e pretendia iniciar-se no comércio. Os dois ficaram amigos e associaram-se para fundar, em 1852, a livraria Larousse & Boyer. A partir de então, Pierre Larousse revolucionou o ensino do francês, com o objetivo de estimular a criatividade, inteligência e capacidade de raciocínio das crianças. Assim, em 1856, foi lançado, com grande êxito, o Novo Dicionário da Língua Francesa, precursor do Petit Larousse. Mas havia tempo que Pierre Larousse tinha outro projeto em mente: a elaboração de uma enciclopédia comparável, segundo o seu desejo, à enciclopédia Diderot y d'Alembert. Seria um livro em que, em suas próprias palavras, "fosse possível encontrar, por ordem alfabética, todo o conhecimento que atualmente enriquece o espírito humano"; que não fosse dirigido apenas a uma elite, mas a toda à sociedade, para "instruir a todo o mundo sobre todas as coisas". Esse projeto tornou-se uma realidade em 27 de dezembro de 1863, com o lançamento do primeiro fascículo do Grande Dicionário Universal, dedicado à glória das ideias republicanas, liberais, progressistas e laicas. Pierre Larousse esteve presente em todo o processo de criação da obra, lendo e revendo os verbetes dos dicionários. Durante o trabalho, contava piadas, divertia-se, indignava-se, fazia reflexões, explicava, sempre... ensinava. Em 1869, Auguste Boyer separou-se de Pierre Larousse. As obras escolares e o dicionário passaram a ser distribuídos, a partir de então, pela Editora Boyer, que imprimia através de Larousse as suas próprias obras. Pierre Larousse sofreu uma embolia cerebral, causada pelo esgotamento provocado pelo excesso de atividades empreendidas. Em 1871 foi afetado por uma paralisia e faleceu a 3 de janeiro de 1875, aos 57 anos, sem chegar a ver a sua obra finalizada.
   
   

quinta-feira, março 07, 2024

António Nunes Ribeiro Sanches nasceu há 225 anos

     
António Nunes Ribeiro Sanches (Penamacor, 7 de março de 1699Paris, 14 de outubro de 1783) foi um médico português e polímata, tendo sido ainda filósofo, pedagogista e historiador. Escreveu dezenas de manuscritos, sob a influência do pedagogismo no século das Luzes, dos quais apenas nove foram publicados em vida, a maioria continua nos arquivos.

Na medicina, onde se distinguiu na venereologia, sendo por isso também chamado o médico dos males de amor, escreveu a pedido de D'Alembert e Diderot para a Enciclopédia. O seu nome está na primeira fila dos grandes mestres do pensamento europeu da sua época, o Marquês de Pombal como Secretário de Estado vai aproveitar muito do seu saber para implementar a sua ação cultural e científica, na sua tarefa de modernização de Portugal. 

 

Vida

Filho de Simão Nunes Flamengo, de Penamacor, e de sua mulher Ana Nunes Ribeiro, de Idanha-a-Nova, abastados comerciantes cristãos-novos da Beira Baixa, e irmão de Diogo, Isabel e Maria, era descendente doutro famoso médico, Francisco Sanches (1551-1623).

Por influência dum tio, jurisconsulto, parte ainda jovem para estudar Direito na Faculdade de Leis da Universidade de Coimbra, onde se inscreve em 1716. De débil constituição física, mas com viva inteligência e espírito observador, Ribeiro Sanches era um leitor incansável, sendo fortemente influenciado pelos Aforismos de Hipócrates.

Insatisfeito com os estudos em Coimbra, transfere-se para a Faculdade de Medicina da Universidade de Salamanca, onde viria a receber o título de Doutor em Medicina no ano de 1724.

Era cristão-novo, mas secretamente judeu, e temia a Inquisição: "Quando eu nasci, já a fogueira da Santa Inquisição fazia arder corpos e almas no Rossio de Lisboa e Évora, assim como nos Paços de Coimbra e Goa.".

Depois de exercer em Benavente, Guarda e Amarante, Ribeiro Sanches é denunciado por um primo à Inquisição, pela prática do judaísmo. Conseguiu escapar ao cárcere, exilando-se para o resto da vida.

Após passagem por Génova, Montpellier, Bordéus e Londres, onde exerceu medicina, fixa-se em Leiden, na Holanda, onde estuda com o célebre médico Hermann Boerhaave (1668-1738), considerado o maior professor de medicina do seu tempo e a quem se dirigiam muitos estudantes e doentes de toda a Europa.

Com recomendação de Boerhaave, parte para a Rússia em 1731, onde exerceu funções de médico militar com assinalável êxito. Nomeado clínico do Corpo Imperial dos Cadetes de São Petersburgo, a sua fama torna-o médico da czarina Ana Ivanovna. Em 1739 foi nomeado membro da Academia de Ciências de São Petersburgo e, no mesmo mesmo ano, igual distinção da Academia de Ciências de Paris.

Após mais de 15 anos de permanência na Rússia, durante os quais se tornou Conselheiro de Estado, em 1747 parte para Paris, fugindo às intrigas da corte czarista. É recebido por Frederico o Grande da Prússia e recebe uma tença de Catarina II da Rússia. Termina os seus dias na Cidade das Luzes, onde colaborou com os maiores intelectuais da época, exercendo medicina e dedicando-se aos estudos e à escrita.

Durante toda a sua longa vida manteve uma normal relação epistolar com diversas personalidades eminentes da sociedade intelectual europeia além de promover bons vínculos a instituições importantes da cultura internacional, como seja a de ser correspondente da Academia Internacional de Paris, membro da Sociedade Real de Londres e membro da Academia de São Petersburgo.

A imperatriz Catarina a Grande deu-lhe um brasão de armas com o mote Acreditava ter nascido para ser útil, não a si próprio, mas ao Mundo todo.

 

Antônio Houaiss morreu há 25 anos


Antônio Houaiss
(Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1915 – Rio de Janeiro, 7 de março de 1999) foi um destacado intelectual brasileiro - filólogo, crítico literário, tradutor, diplomata, enciclopedista e ministro da cultura do Brasil no governo Itamar Franco.

Houaiss era o quinto de sete filhos de um casal de imigrantes libaneses, Habib Assad Houaiss e Malvina Farjalla, radicados no Rio de Janeiro. Com dezasseis anos, começou a lecionar português, atividade que exerceu durante toda sua vida.

Autor de dezanove livros, Houaiss organizou e elaborou duas das enciclopédias mais importantes já feitas no Brasil, a Delta-Larousse e a Mirador Internacional. Publicou dois dicionários bilíngues inglês-português, organizou a primeira edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), da Academia Brasileira de Letras. Entre seus trabalhos de tradução está o romance Ulisses, de James Joyce. Ocupou diversos cargos importantes como presidente da Academia Brasileira de Letras, ministro da Cultura no governo do presidente Itamar Franco e membro da Academia das Ciências de Lisboa. A revista Veja chegou a defini-lo como o "maior estudioso das palavras da língua portuguesa nos tempos modernos".

Em fevereiro de 1986, iniciou o projeto do Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, a  sua magnum opus. Houve uma interrupção de cinco anos, por falta de recursos financeiros, de 1992 até março de 1997, quando então fundou o Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa S/C Ltda, com Francisco Manoel de Mello Franco e Mauro de Salles Villar. Antônio Houaiss faleceu em 7 de março de 1999, sendo os trabalhos lexicográficos concluídos pelo Instituto, em dezembro de 2000. O Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa veio a lume em 2001.

 

quinta-feira, janeiro 18, 2024

Montesquieu nasceu há 335 anos

    
Charles-Louis de Secondat, barão de La Brède e de Montesquieu, conhecido como Montesquieu (castelo de La Brède, próximo de Bordéus, 18 de janeiro de 1689 - Paris, 10 de fevereiro de 1755), foi um político, filósofo e escritor francês. Ficou famoso pela sua teoria da separação dos poderes, atualmente consagrada em muitas das modernas constituições internacionais, inclusive a constituição brasileira.

Aristocrata, filho de família nobre, nasceu no dia 18 de janeiro de 1689. Logo cedo teve formação iluminista com padres oratorianos. Revelou-se um crítico severo e irónico da monarquia absoluta, bem como do clero católico. Adquiriu sólidos conhecimentos humanísticos e jurídicos, mas também frequentou em Paris os círculos da boémia literária. Em 1714, entrou para o tribunal provincial de Bordéus, que presidiu de 1716 a 1726. Fez longas viagens pela Europa e, de 1729 a 1731, esteve na Inglaterra.

Proficiente escritor, concebeu livros importantes e influentes, como Cartas persas (1721), Considerações sobre as causas da grandeza dos romanos e de sua decadência (1734) e O Espírito das leis (1748), a sua mais famosa obra. Contribuiu também para a célebre Enciclopédia, juntamente com Diderot e D'Alembert

  



quarta-feira, janeiro 03, 2024

O último enciclopedista morreu há 149 anos...

  
Pierre Athanase Larousse (Toucy, 23 de outubro de 1817 - Paris, 3 de janeiro de 1875) foi um pedagogo e pedagogista, editor e enciclopedista francês. A sua sepultura encontra-se no cemitério de Montparnasse.

Biografia
Nasceu em 23 de outubro de 1817, na cidade de Toucy, na França. Aos dezasseis anos ganhou uma bolsa para concluir os seus estudos em Versailles. Com 21 anos, Pierre Larousse regressou à sua terra natal, para trabalhar como professor. Deparou-se com métodos e manuais de ensino que considerou extremamente arcaicos.
Dois anos depois, em 1840, abandonou a escola em que lecionava para dedicar-se plenamente à sua grande vocação. Apesar dos poucos recursos, foi a Paris onde participou de diversos cursos gratuitos. Como os estudos não eram oficializados por nenhum tipo de diploma, foi considerado um autodidata. Em 1848, ele publicou a sua primeira obra, uma gramática: "A lexicologia das escolas". Tratava-se de uma obra moderna, pioneira. Naquela época, a maioria das regiões francesas falavam dialetos e era na escola que se aprendia o francês. Em 1851, Pierre Larousse teve um encontro com Augustin Boyer, um professor que acabava de abandonar o magistério e pretendia iniciar-se no comércio. Os dois ficaram amigos e associaram-se para fundar, em 1852, a livraria Larousse & Boyer. A partir de então, Pierre Larousse revolucionou o ensino do francês, com o objetivo de estimular a criatividade, inteligência e capacidade de raciocínio das crianças. em 1856, foi lançado, com grande êxito, o Novo Dicionário da Língua Francesa, precursor do Petit Larousse. Mas já havia bastante tempo que Pierre Larousse tinha outro projeto em mente: a elaboração de uma enciclopédia comparada, segundo seu desejo, à enciclopédia de Diderot e d'Alembert. Seria um livro em que, em suas próprias palavras, "fosse possível encontrar, por ordem alfabética, todo o conhecimento que atualmente enriquece o espírito humano"; que não fosse dirigido apenas a uma elite, mas a toda a sociedade, para "instruir a todo a gente sobre todas as coisas". Esse projeto tornou-se uma realidade em 27 de dezembro de 1863, com o lançamento do primeiro fascículo do Grande Dicionário Universal, dedicado à glória das ideias republicanas, liberais, progressistas e laicas. Pierre Larousse esteve presente em todo o processo de criação da obra, lendo e revisando os verbetes dos dicionários. Durante o trabalho, contava piadas, divertia-se, indignava-se, fazia reflexões, explicava, sempre... ensinava. Em 1869, Auguste Boyer separou-se de Pierre Larousse. As obras escolares e o dicionário passaram a ser distribuídos, a partir de então, pela Editora Boyer, que imprimia através de Larousse as suas próprias obras. Pierre Larousse sofreu uma embolia cerebral, causada por esgotamento provocado pelo excesso de atividades empreendidas. Em 1871 foi afetado por uma paralisia e faleceu, a 3 de janeiro de 1875, aos 57 anos, sem chegar a ver a sua obra finalizada.
   
   
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quinta-feira, novembro 16, 2023

d'Alembert nasceu há 306 anos

   
Jean le Rond d'Alembert (Paris, 16 de novembro de 1717 - Paris, 29 de outubro de 1783) foi um filósofo, matemático e físico francês que participou na edição da Encyclopédie, a primeira enciclopédia publicada na Europa.
   
    
  
Publicações
Foi escritor, filósofo e matemático, autor dos livros Discours préliminaire de l'Encyclopédie, Elogios académicos e Tratado de dinâmica.
As suas pesquisas na Física estavam relacionadas com a mecânica racional, o princípio fundamental da dinâmica, o problema dos três corpos, cordas vibrantes e hidrodinâmica.
Em Matemática estudou as equações com derivadas parciais; equações diferenciais ordinárias; definiu a noção de limite; inventou um critério de convergência das séries; demonstrou o teorema fundamental da álgebra, que afirma que todas as equações algébricas têm pelo menos uma raiz real ou imaginária (teorema de D'Alembert-Gauss).
D'Alembert foi o primeiro a chegar a uma solução para o extraordinário problema da precessão dos equinócios. O seu trabalho principal, puramente matemático, foi sobre equações parcialmente diferenciais, particularmente em conexão com correntes vibratórias.
Disse a frase: "A Morte é um bem para todos os homens; é como a noite desse dia inquieto que se chama Vida".
  

segunda-feira, outubro 23, 2023

Larousse nasceu há 206 anos

    
Pierre Athanase Larousse (Toucy, 23 de outubro de 1817 - Paris, 3 de janeiro de 1875) foi um pedagogo e pedagogista, editor e enciclopedista francês. A sua sepultura encontra-se no cemitério de Montparnasse.

Biografia
Nascido a 23 de outubro de 1817, na cidade de Toucy, na França., aos dezasseis anos ganhou uma bolsa para concluir os seus estudos em Versailles. Com 21 anos, Pierre Larousse regressou à sua terra natal para trabalhar como professor. Deparou-se com métodos e manuais de ensino que considerou extremamente arcaicos.
Dois anos depois, em 1840, abandonou a escola em que lecionava para dedicar-se plenamente à sua grande vocação. Apesar dos poucos recursos, foi a Paris onde participou de diversos cursos gratuitos. Como os estudos não eram oficializados por nenhum tipo de diploma, foi considerado um autodidata. Em 1848 publica a sua primeira obra, uma gramática: "A lexicologia das escolas". Tratava-se de uma obra moderna e pioneira. Naquela época, a maioria das regiões francesas falava dialetos e era na escola que se aprendia o francês. Em 1851, Pierre Larousse teve um encontro com Augustin Boyer, um professor que acabava de abandonar o magistério e pretendia iniciar-se no comércio. Os dois ficaram amigos e associaram-se para fundar, em 1852, a livraria Larousse & Boyer. A partir de então, Pierre Larousse revolucionou o ensino do francês, com o objetivo de estimular a criatividade, inteligência e capacidade de raciocínio das crianças. Assim, em 1856, foi lançado, com grande êxito, o Novo Dicionário da Língua Francesa, precursor do Petit Larousse. Mas havia tempo que Pierre Larousse tinha outro projeto em mente: a elaboração de uma enciclopédia comparável, segundo o seu desejo, à enciclopédia Diderot y d'Alembert. Seria um livro em que, em suas próprias palavras, "fosse possível encontrar, por ordem alfabética, todo o conhecimento que atualmente enriquece o espírito humano"; que não fosse dirigido apenas a uma elite, mas a toda à sociedade, para "instruir a todo o mundo sobre todas as coisas". Esse projeto tornou-se uma realidade em 27 de dezembro de 1863, com o lançamento do primeiro fascículo do Grande Dicionário Universal, dedicado à glória das ideias republicanas, liberais, progressistas e laicas. Pierre Larousse esteve presente em todo o processo de criação da obra, lendo e revendo os verbetes dos dicionários. Durante o trabalho, contava piadas, divertia-se, indignava-se, fazia reflexões, explicava, sempre... ensinava. Em 1869, Auguste Boyer separou-se de Pierre Larousse. As obras escolares e o dicionário passaram a ser distribuídos, a partir de então, pela Editora Boyer, que imprimia através de Larousse as suas próprias obras. Pierre Larousse sofreu uma embolia cerebral, causada pelo esgotamento provocado pelo excesso de atividades empreendidas. Em 1871 foi afetado por uma paralisia e faleceu a 3 de janeiro de 1875, aos 57 anos, sem chegar a ver a sua obra finalizada.
   
   

terça-feira, março 07, 2023

Antônio Houaiss morreu há 24 anos


Antônio Houaiss
(Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1915 – Rio de Janeiro, 7 de março de 1999) foi um destacado intelectual brasileiro - filólogo, crítico literário, tradutor, diplomata, enciclopedista e ministro da cultura do Brasil no governo Itamar Franco.

Houaiss era o quinto de sete filhos de um casal de imigrantes libaneses, Habib Assad Houaiss e Malvina Farjalla, radicados no Rio de Janeiro. Com dezasseis anos, começou a lecionar português, atividade que exerceu durante toda sua vida.

Autor de dezanove livros, Houaiss organizou e elaborou duas das enciclopédias mais importantes já feitas no Brasil, a Delta-Larousse e a Mirador Internacional. Publicou dois dicionários bilíngues inglês-português, organizou a primeira edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), da Academia Brasileira de Letras. Entre seus trabalhos de tradução está o romance Ulisses, de James Joyce. Ocupou diversos cargos importantes como presidente da Academia Brasileira de Letras, ministro da Cultura no governo do presidente Itamar Franco e membro da Academia das Ciências de Lisboa. A revista Veja chegou a defini-lo como o "maior estudioso das palavras da língua portuguesa nos tempos modernos".

Em fevereiro de 1986, iniciou o projeto do Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, a  sua magnum opus. Houve uma interrupção de cinco anos, por falta de recursos financeiros, de 1992 até março de 1997, quando então fundou o Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa S/C Ltda, com Francisco Manoel de Mello Franco e Mauro de Salles Villar. Antônio Houaiss faleceu em 07 de março de 1999, sendo os trabalhos lexicográficos concluídos pelo Instituto, em dezembro de 2000. O Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa veio a lume em 2001.

 

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António Nunes Ribeiro Sanches nasceu há 224 anos

     
António Nunes Ribeiro Sanches (Penamacor, 7 de março de 1699Paris, 14 de outubro de 1783) foi um médico português e polímata, tendo sido ainda filósofo, pedagogista e historiador. Escreveu dezenas de manuscritos, sob a influência do pedagogismo no século das Luzes, dos quais apenas nove foram publicados em vida, a maioria continua nos arquivos.

Na medicina, onde se distinguiu na venereologia, sendo por isso também chamado o médico dos males de amor, escreveu a pedido de D'Alembert e Diderot para a Enciclopédia. O seu nome está na primeira fila dos grandes mestres do pensamento europeu da sua época, o Marquês de Pombal como Secretário de Estado vai aproveitar muito do seu saber para implementar a sua ação cultural e científica, na sua tarefa de modernização de Portugal. 

 

Vida

Filho de Simão Nunes Flamengo, de Penamacor, e de sua mulher Ana Nunes Ribeiro, de Idanha-a-Nova, abastados comerciantes cristãos-novos da Beira Baixa, e irmão de Diogo, Isabel e Maria, era descendente doutro famoso médico, Francisco Sanches (1551-1623).

Por influência dum tio, jurisconsulto, parte ainda jovem para estudar Direito na Faculdade de Leis da Universidade de Coimbra, onde se inscreve em 1716. De débil constituição física, mas com viva inteligência e espírito observador, Ribeiro Sanches era um leitor incansável, sendo fortemente influenciado pelos Aforismos de Hipócrates.

Insatisfeito com os estudos em Coimbra, transfere-se para a Faculdade de Medicina da Universidade de Salamanca onde viria a receber o título de Doutor em Medicina no ano de 1724.

Era cristão-novo, mas secretamente judeu, e temia a Inquisição: "Quando eu nasci, já a fogueira da Santa Inquisição fazia arder corpos e almas no Rossio de Lisboa e Évora, assim como nos Paços de Coimbra e Goa.".

Depois de exercer em Benavente, Guarda e Amarante, Ribeiro Sanches é denunciado por um primo à Inquisição, pela prática do judaísmo. Conseguiu escapar ao cárcere, exilando-se para o resto da vida.

Após passagem por Génova, Montpellier, Bordéus e Londres, onde exerceu medicina, fixa-se em Leiden, na Holanda, onde estuda com o célebre médico Hermann Boerhaave (1668-1738), considerado o maior professor de medicina do seu tempo e a quem se dirigiam muitos estudantes e doentes de toda a Europa.

Com recomendação de Boerhaave, parte para a Rússia em 1731, onde exerceu funções de médico militar com assinalável êxito. Nomeado clínico do Corpo Imperial dos Cadetes de São Petersburgo, a sua fama torna-o médico da czarina Ana Ivanovna. Em 1739 foi nomeado membro da Academia de Ciências de São Petersburgo e, no mesmo mesmo ano, igual distinção da Academia de Ciências de Paris.

Após mais de 15 anos de permanência na Rússia, durante os quais se tornou Conselheiro de Estado, em 1747 parte para Paris, fugindo às intrigas da corte czarista. É recebido por Frederico o Grande da Prússia e recebe uma tença de Catarina II da Rússia. Termina os seus dias na Cidade das Luzes, onde colaborou com os maiores intelectuais da época, exercendo medicina e dedicando-se aos estudos e à escrita.

Durante toda a sua longa vida manteve uma normal relação epistolar com diversas personalidades eminentes da sociedade intelectual europeia além de promover bons vínculos a instituições importantes da cultura internacional, como seja a de ser correspondente da Academia Internacional de Paris, membro da Sociedade Real de Londres e membro da Academia de São Petersburgo.

A imperatriz Catarina a Grande deu-lhe um brasão de armas com o mote Acreditava ter nascido para ser útil, não a si próprio, mas ao Mundo todo.

 

quarta-feira, janeiro 18, 2023

Montesquieu nasceu há 334 anos


Charles-Louis de Secondat
, barão de La Brède e de Montesquieu, conhecido como Montesquieu (castelo de La Brède, próximo de Bordéus, 18 de janeiro de 1689 - Paris, 10 de fevereiro de 1755), foi um político, filósofo e escritor francês. Ficou famoso pela sua teoria da separação dos poderes, atualmente consagrada em muitas das modernas constituições internacionais, inclusive a Constituição Brasileira.

Aristocrata, filho de família nobre, nasceu no dia 18 de janeiro de 1689. Logo cedo teve formação iluminista com padres oratorianos. Revelou-se um crítico severo e irónico da monarquia absolutista, bem como do clero católico. Adquiriu sólidos conhecimentos humanísticos e jurídicos, mas também frequentou em Paris os círculos da boémia literária. Em 1714, entrou para o tribunal provincial de Bordéus, que presidiu de 1716 a 1726. Fez longas viagens pela Europa e, de 1729 a 1731, esteve na Inglaterra.

Proficiente escritor, concebeu livros importantes e influentes, como Cartas persas (1721), Considerações sobre as causas da grandeza dos romanos e de sua decadência (1734) e O Espírito das leis (1748), a sua mais famosa obra. Contribuiu também para a célebre Enciclopédia, juntamente com Diderot e D'Alembert



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terça-feira, janeiro 03, 2023

O último verdadeiro enciclopedista morreu há 148 anos...

  
Pierre Athanase Larousse (Toucy, 23 de outubro de 1817 - Paris, 3 de janeiro de 1875) foi um pedagogo e pedagogista, editor e enciclopedista francês. A sua sepultura encontra-se no cemitério de Montparnasse.

Biografia
Nasceu em 23 de outubro de 1817, na cidade de Toucy, na França. Aos dezasseis anos ganhou uma bolsa para concluir os seus estudos em Versailles. Com 21 anos, Pierre Larousse regressou à sua terra natal, para trabalhar como professor. Deparou-se com métodos e manuais de ensino que considerou extremamente arcaicos.
Dois anos depois, em 1840, abandonou a escola em que lecionava para dedicar-se plenamente à sua grande vocação. Apesar dos poucos recursos, foi a Paris onde participou de diversos cursos gratuitos. Como os estudos não eram oficializados por nenhum tipo de diploma, foi considerado um autodidata. Em 1848, ele publicou a sua primeira obra, uma gramática: "A lexicologia das escolas". Tratava-se de uma obra moderna, pioneira. Naquela época, a maioria das regiões francesas falavam dialetos e era na escola que se aprendia o francês. Em 1851, Pierre Larousse teve um encontro com Augustin Boyer, um professor que acabava de abandonar o magistério e pretendia iniciar-se no comércio. Os dois ficaram amigos e associaram-se para fundar, em 1852, a livraria Larousse & Boyer. A partir de então, Pierre Larousse revolucionou o ensino do francês, com o objetivo de estimular a criatividade, inteligência e capacidade de raciocínio das crianças. em 1856, foi lançado, com grande êxito, o Novo Dicionário da Língua Francesa, precursor do Petit Larousse. Mas já havia bastante tempo que Pierre Larousse tinha outro projeto em mente: a elaboração de uma enciclopédia comparada, segundo seu desejo, à enciclopédia de Diderot e d'Alembert. Seria um livro em que, em suas próprias palavras, "fosse possível encontrar, por ordem alfabética, todo o conhecimento que atualmente enriquece o espírito humano"; que não fosse dirigido apenas a uma elite, mas a toda a sociedade, para "instruir a todo a gente sobre todas as coisas". Esse projeto tornou-se uma realidade em 27 de dezembro de 1863, com o lançamento do primeiro fascículo do Grande Dicionário Universal, dedicado à glória das ideias republicanas, liberais, progressistas e laicas. Pierre Larousse esteve presente em todo o processo de criação da obra, lendo e revisando os verbetes dos dicionários. Durante o trabalho, contava piadas, divertia-se, indignava-se, fazia reflexões, explicava, sempre... ensinava. Em 1869, Auguste Boyer separou-se de Pierre Larousse. As obras escolares e o dicionário passaram a ser distribuídos, a partir de então, pela Editora Boyer, que imprimia através de Larousse as suas próprias obras. Pierre Larousse sofreu uma embolia cerebral, causada por esgotamento provocado pelo excesso de atividades empreendidas. Em 1871 foi afetado por uma paralisia e faleceu, a 3 de janeiro de 1875, aos 57 anos, sem chegar a ver a sua obra finalizada.
   
   
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quarta-feira, novembro 16, 2022

O enciclopedista d'Alembert nasceu há 305 anos

   
Jean le Rond d'Alembert (Paris, 16 de novembro de 1717 - Paris, 29 de outubro de 1783) foi um filósofo, matemático e físico francês que participou na edição da Encyclopédie, a primeira enciclopédia publicada na Europa.
   
Biografia
Jean le Rond d’Alembert nasceu em Paris, filho ilegítimo da escritora Claudine Guérin de Tencin com o cavalheiro (chevalier) Louis-Camus Destouches, um oficial de artilharia das Forças Armadas. O seu pai estava distante quando nasceu e d'Alembert foi, dias depois, abandonado pela sua mãe, nos degraus da capela de Saint-Jean-le-Rond, próximo da igreja de Notre-Dame de Paris.
Foi adotado por um vidraceiro e a sua mulher, conhecida como Madame Rousseau, que cuidou de d'Alembert como se seu filho fosse, e recebeu o nome do santo patrono da igreja onde foi deixado. A verdadeira mãe sabia onde ele se encontrava e quando apresentou sinais de ser um génio quis ficar com ele. "Você é apenas a minha madrasta" disse-lhe o rapaz "a mulher do vidraceiro é a minha verdadeira mãe". E com isto abandonou-a, como ela o havia abandonado. O cavalheiro Destouches pagou secretamente a educação do filho, mas nunca o reconheceu legalmente.
D'Alembert estudou teologia no Collège des Quatre-Nations e formou-se em Direito (1735-1738), mas só depois descobriu a sua vocação para a Matemática e Física. Tendo-se tornado famoso, d’Alembert sempre teve orgulho de declarar que o vidraceiro e a sua mulher eram os seus pais e cuidou para que nada lhes faltasse (eles preferiram continuar vivendo na sua modesta casa). Mais tarde, a celebridade conseguida graças ao seu trabalho sobre Cálculo Integral permitiu-lhe entrar para o colégio das ciências, em 1741, com 24 anos de idade. Dois anos mais tarde publica O Tratado da Dinâmica. Onze anos depois, foi nomeado membro da Academia Francesa, onde foi eleito secretário perpétuo, em 1752.
Durante a sua vida, d’Alembert participou ativamente nas duas academias, contribuído com as suas diversas descobertas. Manteve também correspondência com os nomes mais notáveis da época como Voltaire, Rousseau, Euler... Os seus principais feitos foram no campo da astronomia e da matemática, com estudos de equações com derivadas parciais e o seu uso na física. Também provou que todas as equações polinomiais com uma variável de grau N tem exatamente N soluções.
Todavia, é mais conhecido pelo seu trabalho em parceria com Denis Diderot, reunindo todas as descobertas científicas da época num livro denominado Encyclopédie, no qual foi responsável pela redação de vários artigos e pela elaboração do prefácio.
    
  
Publicações
Foi escritor, filósofo e matemático, autor dos livros Discours préliminaire de l'Encyclopédie, Elogios académicos e Tratado de dinâmica.
As suas pesquisas na Física estavam relacionadas com a mecânica racional, o princípio fundamental da dinâmica, o problema dos três corpos, cordas vibrantes e hidrodinâmica.
Em Matemática estudou as equações com derivadas parciais; equações diferenciais ordinárias; definiu a noção de limite; inventou um critério de convergência das séries; demonstrou o teorema fundamental da álgebra, que afirma que todas as equações algébricas têm pelo menos uma raiz real ou imaginária (teorema de D'Alembert-Gauss).
D'Alembert foi o primeiro a chegar a uma solução para o extraordinário problema da precessão dos equinócios. O seu trabalho principal, puramente matemático, foi sobre equações parcialmente diferenciais, particularmente em conexão com correntes vibratórias.
Disse a frase: "A Morte é um bem para todos os homens; é como a noite desse dia inquieto que se chama Vida".
  

domingo, outubro 23, 2022

Larousse nasceu há 205 anos

    
Pierre Athanase Larousse (Toucy, 23 de outubro de 1817 - Paris, 3 de janeiro de 1875) foi um pedagogo e pedagogista, editor e enciclopedista francês. A sua sepultura encontra-se no cemitério de Montparnasse.

Biografia
Nascido a 23 de outubro de 1817, na cidade de Toucy, na França., aos dezasseis anos ganhou uma bolsa para concluir os seus estudos em Versailles. Com 21 anos, Pierre Larousse regressou à sua terra natal para trabalhar como professor. Deparou-se com métodos e manuais de ensino que considerou extremamente arcaicos.
Dois anos depois, em 1840, abandonou a escola em que lecionava para dedicar-se plenamente à sua grande vocação. Apesar dos poucos recursos, foi a Paris onde participou de diversos cursos gratuitos. Como os estudos não eram oficializados por nenhum tipo de diploma, foi considerado um autodidata. Em 1848 publica a sua primeira obra, uma gramática: "A lexicologia das escolas". Tratava-se de uma obra moderna e pioneira. Naquela época, a maioria das regiões francesas falava dialetos e era na escola que se aprendia o francês. Em 1851, Pierre Larousse teve um encontro com Augustin Boyer, um professor que acabava de abandonar o magistério e pretendia iniciar-se no comércio. Os dois ficaram amigos e associaram-se para fundar, em 1852, a livraria Larousse & Boyer. A partir de então, Pierre Larousse revolucionou o ensino do francês, com o objetivo de estimular a criatividade, inteligência e capacidade de raciocínio das crianças. Assim, em 1856, foi lançado, com grande êxito, o Novo Dicionário da Língua Francesa, precursor do Petit Larousse. Mas havia tempo que Pierre Larousse tinha outro projeto em mente: a elaboração de uma enciclopédia comparável, segundo o seu desejo, à enciclopédia Diderot y d'Alembert. Seria um livro em que, em suas próprias palavras, "fosse possível encontrar, por ordem alfabética, todo o conhecimento que atualmente enriquece o espírito humano"; que não fosse dirigido apenas a uma elite, mas a toda à sociedade, para "instruir a todo o mundo sobre todas as coisas". Esse projeto tornou-se uma realidade em 27 de dezembro de 1863, com o lançamento do primeiro fascículo do Grande Dicionário Universal, dedicado à glória das ideias republicanas, liberais, progressistas e laicas. Pierre Larousse esteve presente em todo o processo de criação da obra, lendo e revendo os verbetes dos dicionários. Durante o trabalho, contava piadas, divertia-se, indignava-se, fazia reflexões, explicava, sempre... ensinava. Em 1869, Auguste Boyer separou-se de Pierre Larousse. As obras escolares e o dicionário passaram a ser distribuídos, a partir de então, pela Editora Boyer, que imprimia através de Larousse as suas próprias obras. Pierre Larousse sofreu uma embolia cerebral, causada pelo esgotamento provocado pelo excesso de atividades empreendidas. Em 1871 foi afetado por uma paralisia e faleceu a 3 de janeiro de 1875, aos 57 anos, sem chegar a ver a sua obra finalizada.
   
   

segunda-feira, março 07, 2022

António Nunes Ribeiro Sanches nasceu há 223 anos

     
António Nunes Ribeiro Sanches (Penamacor, 7 de março de 1699Paris, 14 de outubro de 1783) foi um médico português e polímata, tendo sido ainda filósofo, pedagogista e historiador. Escreveu dezenas de manuscritos, sob a influência do pedagogismo no século das Luzes, dos quais apenas nove foram publicados em vida, a maioria continua nos arquivos.

Na medicina, onde se distinguiu na venereologia, sendo por isso também chamado o médico dos males de amor, escreveu a pedido de D'Alembert e Diderot para a Enciclopédia. O seu nome está na primeira fila dos grandes mestres do pensamento europeu da sua época, o Marquês de Pombal como Secretário de Estado vai aproveitar muito do seu saber para implementar a sua ação cultural e científica, na sua tarefa de modernização de Portugal. 

 

Vida

Filho de Simão Nunes Flamengo, de Penamacor, e de sua mulher Ana Nunes Ribeiro, de Idanha-a-Nova, abastados comerciantes cristãos-novos da Beira Baixa, e irmão de Diogo, Isabel e Maria, era descendente doutro famoso médico, Francisco Sanches (1551-1623).

Por influência dum tio, jurisconsulto, parte ainda jovem para estudar Direito na Faculdade de Leis da Universidade de Coimbra, onde se inscreve em 1716. De débil constituição física, mas com viva inteligência e espírito observador, Ribeiro Sanches era um leitor incansável, sendo fortemente influenciado pelos Aforismos de Hipócrates.

Insatisfeito com os estudos em Coimbra, transfere-se para a Faculdade de Medicina da Universidade de Salamanca onde viria a receber o título de Doutor em Medicina no ano de 1724.

Era cristão-novo, mas secretamente judeu, e temia a Inquisição: "Quando eu nasci, já a fogueira da Santa Inquisição fazia arder corpos e almas no Rossio de Lisboa e Évora, assim como nos Paços de Coimbra e Goa.".

Depois de exercer em Benavente, Guarda e Amarante, Ribeiro Sanches é denunciado por um primo à Inquisição, pela prática do judaísmo. Conseguiu escapar ao cárcere, exilando-se para o resto da vida.

Após passagem por Génova, Montpellier, Bordéus e Londres, onde exerceu medicina, fixa-se em Leiden, na Holanda, onde estuda com o célebre médico Hermann Boerhaave (1668-1738), considerado o maior professor de medicina do seu tempo e a quem se dirigiam muitos estudantes e doentes de toda a Europa.

Com recomendação de Boerhaave, parte para a Rússia em 1731, onde exerceu funções de médico militar com assinalável êxito. Nomeado clínico do Corpo Imperial dos Cadetes de São Petersburgo, a sua fama torna-o médico da czarina Ana Ivanovna. Em 1739 foi nomeado membro da Academia de Ciências de São Petersburgo e, no mesmo mesmo ano, igual distinção da Academia de Ciências de Paris.

Após mais de 15 anos de permanência na Rússia, durante os quais se tornou Conselheiro de Estado, em 1747 ele parte para Paris, fugindo às intrigas da corte czarista. É recebido por Frederico o Grande da Prússia e recebe uma tença de Catarina II da Rússia. Termina os seus dias na Cidade das Luzes, onde colaborou com os maiores intelectuais da época, exercendo medicina e dedicando-se aos estudos e à escrita.

Durante toda a sua longa vida manteve uma normal relação epistolar com diversas personalidades eminentes da sociedade intelectual europeia além de promover bons vínculos a instituições importantes da cultura internacional, como seja a de ser correspondente da Academia Internacional de Paris, membro da Sociedade Real de Londres e membro da Academia de São Petersburgo.

A imperatriz Catarina a Grande deu-lhe um brasão de armas com o mote Acreditava ter nascido para ser útil, não a si próprio, mas ao Mundo todo.

 

in Wikipédia