segunda-feira, setembro 17, 2012

Agostinho Neto nasceu há 90 anos

António Agostinho Neto (Catete, Ícolo e Bengo, 17 de setembro de 1922 - Moscovo, 10 de setembro de 1979) foi um médico angolano, formado nas Universidades de Coimbra e de Lisboa, que em 1975 se tornou o primeiro presidente de Angola até 1979. Em 1975-1976 foi-lhe atribuído o "Prémio Lenine da Paz".
Fez parte da geração de estudantes africanos que viria a desempenhar um papel decisivo na independência dos seus países naquela que ficou designada como a Guerra Colonial Portuguesa. Foi preso pela PIDE, a polícia política do regime salazarista então vigente em Portugal, e deportado para o Tarrafal, uma prisão política em Cabo Verde; sendo-lhe depois fixada residência em Portugal, de onde fugiu para o exílio. Aí assumiu a direcção do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), do qual já era presidente honorário desde 1962. Em paralelo, desenvolveu uma actividade literária, escrevendo nomeadamente poemas.
Agostinho Neto dirigiu a partir de Argel e de Brazzaville as actividades políticas e de guerrilha do MPLA durante a Guerra de Independência de Angola, entre 1961 e 1974, e durante o processo de descolonização, 1974/75, que opôs o MPLA aos dois outros movimentos nacionalistas, a FNLA e a UNITA Tendo o MPLA saído deste último processo como vencedor, declarou a independência do país em 11 de novembro de 1975, assumindo as funções de Presidente da República, mantendo as de Presidente do MPLA, e estabelecendo um regime mono-partidário, inspirado no modelo então praticado nos países do Leste europeu.
Durante este período, houve graves conflitos internos no MPLA que puseram em causa a liderança de Agostinho Neto. Entre estes, o mais grave consistiu no surgimento, no início dos anos 1970, de duas tendências opostas à direcção do movimento, a "Revolta Activa" constituída no essencial por elementos intelectuais, e a "Revolta do Leste", formada pelas forças de guerrilha localizadas no Leste de Angola; estas divisões foram superadas num intrincado processo de discussão e negociação que terminou com a reafirmação da autoridade de Agostinho Neto. Já depois da independência, em 1977, houve um levantamento, visando a sua liderança e a linha ideológica por ele defendida; este movimento, oficialmente designado como fracionismo, foi reprimido de forma sangrenta, por suas ordens.
Agostinho Neto, que era casado com a portuguesa Eugénia Neto, morreu num hospital em Moscovo no decorrer de complicações ocorridas durante uma operação a um cancro hepático de que sofria, poucos dias antes de fazer 57 anos de idade. Foi substituído na presidência de Angola e do MPLA por José Eduardo dos Santos.

Mausoléu de Agostinho Neto em Luanda
Ao falecer em Moscovo, a 10 de setembro de 1979, Agostinho Neto deixou atrás de si um país em chamas. Não era só Angola que vivia uma guerra civil. O MPLA também. Na cadeia de São Paulo, em Luanda, e em campos de concentração espalhados por diversos pontos do território angolano, antigos militantes e dirigentes do MPLA, que se haviam oposto à liderança de Agostinho Neto - dos simpatizantes de Nito Alves aos intelectuais da Revolta Activa -, partilhavam celas e desditas com os jovens da Organização Comunista de Angola, OCA, com mercenários portugueses, ingleses e americanos, militares congoleses e sul-africanos, e gente da UNITA e da FNLA.
   
José Eduardo Agualusa no Público (Lisboa) - 26.08.2012


Civilização ocidental

Latas pregadas em paus
fixados na terra
fazem a casa

Os farrapos completam
a paisagem íntima

O sol atravessando as frestas
acorda o seu habitante

Depois as doze horas de trabalho
Escravo

Britar pedra
acarretar pedra
britar pedra
acarretar pedra
ao sol
à chuva
britar pedra
acarretar pedra

A velhice vem cedo

Uma esteira nas noites escuras
basta para ele morrer
grato
e de fome.

Cadeia do Aljube de Lisboa 
Outubro de1960



in
Sagrada Esperança (1974) - Agostinho Neto

José Régio nasceu há 111 anos

(imagem daqui)

José Régio, pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira, (Vila do Conde, 17 de setembro de 1901 - Vila do Conde, 22 de dezembro de 1969) foi um escritor português que viveu grande parte da sua vida na cidade de Portalegre (de 1928 a 1967). Foi possivelmente o único escritor em língua portuguesa a dominar com igual mestria todos os géneros literários: poeta, dramaturgo, romancista, novelista, contista, ensaísta, cronista, jornalista, crítico, autor de diário, memorialista, epistológrafo e historiador da literatura, para além de editor e diretor da influente revista literária Presença, desenhador, pintor, e grande colecionador de arte sacra e popular. Foi irmão do poeta, pintor e engenheiro Júlio Maria dos Reis Pereira.


Romance de Vila do Conde

Vila do Conde, espraiada
Entre pinhais, rio e mar...
- Lembra-me Vila do Conde,
Já me ponho a suspirar.

Vento Norte, ai vento norte,
Ventinho da beira-mar,
Vento de Vila do Conde,
Que é a minha terra natal!,
Nenhum remédio me vale
Se me não vens cá buscar,
Vento norte, ai vento norte,
Que em sonhos sinto assoprar...

Bom cheirinho dos pinheiros,
A que não sei outro igual,
Do pinheiral de Mindelo,
Que é um belo pinheiral
Que em Azurara começa
E ao Porto vai acabar...,
Se me não vens cá buscar,
Nenhum remédio me vale!
Nenhum remédio me vale,
Se te não posso cheirar...

Vila do Conde espraiada
Entre pinhais, rio e mar!
- Lembra-me Vila do Conde,
Mais nada posso lembrar.

Bom cheirinho dos pinheiros...,
Sei de um que quase te vale:
É o cheiro da maresia,
- Sargaços, névoas e sal -
A que cheira toda a vila
Nas manhãs de temporal.
Ai mar de Vila do Conde,
Ai mar dos mares, meu mar!,
Se me não vens cá buscar,
Nenhum remédio me vale.
Nenhum remédio me vale,
Nem chega a remediar…

Abria, de manhãzinha,
As vidraças par em par.
Entrava o mar no meu quarto
Só pelo cheiro do ar.
Ia à praia, e via a espuma
Rolando pelo areal,
Espuma verde e amarela
Da noite de temporal!
Empurrada pelo vento,
Que em sonhos ouço ventar,
Ia à praia e via a espuma
Pelo areal a rolar...

Espuma verde e amarela
Das noites de temmporal,
Quem te viu como eu te via,
Se te pudera olvidar!
E ai não me posso curar,
Nenhum remédio me vale,
Se te não tenho nos braços,
Se te não posso beijar…

Vila do Conde espraiada
Entre pinhais, rio e mar!
- Lembra-me Vila do Conde,
Passo a tarde a divagar…

Até Senhora da Guia
Me deixava ir devagar,
Até Senhora da Guia,
Que entra já dentro do mar,
Como uma pomba que as ondas
Receassem de levar;
Talvez como uma gaivota
Colhida num vendaval…
Ou rosa branca, trazida
Quem sabe de que lugar,
Que embaraçando nas pedras,
Ficasse ali, sem murchar,
O pé metido no rio,
A flor já n’água do mar.

Lá de cima do seu monte,
Sobre o fundo do pinhal,
Senhora Sant’Ana, ao longe,
Parece um lenço a acenar.
Convento de Santa Clara,
Que vulto fazes no ar,
Que aos marinheiros no mar
Deitas o «pelo sinal»!
E o sol desmaia na cal
Da capela a branquejar
Da Senhora do Socorro,
Onde sonhei me ir casar…

Da banda de lá do rio,
As gaivotas a voar
Sobre Azurara se esfolham
Como um grande roseiral!

Lembranças da minha terra,
Da minha terra natal,
Nenhum remédio me vale
Se me não vindes buscar!
Nenhum me pode salvar,
Morro em pecado mortal…

Vila do Conde, espraiada
entre pinhais, rio e mar!
- Lembra-me Vila do Conde,
Sinto os olhos a turvar…

Ia até Poça da Barca,
Meu muito amado local,
(E quem diz Poça da Barca
Diz Caxinas, sua igual)
E parava a olhar de longe,
Estátuas de bronze a andar,
As belas gentes do mar…
Parava a olhar o estendal
Das águas a rebrilhar,
E o arco-íris das cores,
Cada qual mais singular,
Que à tarde, pelos céus fora,
Se entornavam devagar…  
Caía a noite, e eu, parado,
Via, subindo no ar,
A lua juncar as ondas
De espadanas de luar…

Duma vez, estava eu triste,
Senti que o Anjo do Mal
Vinha para me tentar!
Caio de bruços na areia,
Ponho as mãos, e, sem rezar,
Aguardo que Deus me valha,
Me não deixe desgraçar…
Foi então que ouvi, distinta,
Distinta!, posso-o jurar,
Posto vagarosa, grave
Do seu repouso eternal,
A voz de Ana, que partira
Lá para melhor Lugar,
Do fundo do seu coval
Cantar-me o velho cantar:
«…Tomou-o um Anjo nos braços,
Não no deixou afogar»…

Nenhum remédio me vale,
Ou sou eu que não sei qual,
Se me não levam depressa
A ver o extenso areal
Onde se davam mistérios,
Que eu sabia decifrar…

Vila do Conde, espraiada
Entre pinhais, rio e mar...
- Lembra-me Vila do Conde,
Não me posso conformar…

Aquela funda toada,
Por toda a vila a toar,
Nas negras noites de inverno
Me vinha à cama acordar.
Vinha do cabo do mundo…?
Vinha do fundo do mar…?
Vinha do céu, ou do inferno?
Vinha de nenhum lugar…?

De olhos abertos no escuro
Me estarrecia a escutar…
E o meu gosto de a sondar
Que bem me fazia, ou mal!

Pela doçura outonal
Das tardinhas de Setembro,
Vai e vem, que bem me lembro!,
Como sabia embalar!
Vinha de longe, de longe,
Soturna e familiar,
Cada vez mais se achegando
Para se logo afastar…
Mas que viria dizer-me,
Que me diria, afinal,
Aquele canto fatal
Das ondas sempre a rolar…?  
Fechava os olhos, sonhava…
Ai! Nem me quero lembrar!

Mas sei de um som quase igual
A que o posso comparar:
O som do vento rolando
Nas copas dum pinheiral…
Pinhal do Corgo, seguido
De outro mais longo pinhal,
E esseoutro seguido de outro
Té onde a vista alcançar,
Como te posso olvidar
Se é na minh’alma, afinal,
Que chora, como num búzio,
Teu canto irmão do do mar…?

Fechava os olhos, sonhava…
Caía num meditar
Que era pairar noutros mundos…
Ai! Nem me quero lembrar!

Não quero, e nada mais lembro,
Nada me pode agradar,
Nada alcança, distrair-me,
Nada me vem consolar,
Nenhum remédio me vale,
Nenhum me pode salvar,
Nenhum mitiga este mal
Que eu gosto de exacerbar,
Morro em pecado mortal,
Sem me poder confessar…,
Se me não levam depressa,
Depressa! estou sem vagar,
A tomar ar! o meu ar
Da minha terra natal.

Vila do Conde, espraiada
Entre pinhais, rio e mar…

in Fado (1941) - José Régio

Estaline acabou os restos da Polónia, como previsto no Pacto Molotov-Ribbentrop, há 73 anos

(imagem daqui)

Estaline atacou a Polónia no dia 17 de setembro de 1939. De 1939 até 1941, os soviéticos deportaram 500.000 polacos (os funcionários públicos, a nobreza polaca, os padres e os camponeses mais ricos) para a Sibéria. Também mataram 30.000 soldados polacos em Katyn, Ostaszkowo e Charkow. Em 1941 a Alemanha atacou os territórios soviéticos.

Os Acordos de Paz de Camp David foram assinados há 34 anos

 Begin, Carter e Sadat em Camp David

Os dois Acordos de Paz de Camp David, negociados na casa de campo do presidente dos EUA em Maryland (chamada Camp David) e assinados na Casa Branca pelo Presidente Anwar Sadat, do Egito, e pelo Primeiro-Ministro Menachem Begin, de Israel, em 17 de setembro de 1978, formam um pactum de contrahendo pelo qual Egito e Israel se comprometiam a negociar em boa fé e a assinar um tratado de paz, conforme os princípios delineados nos Acordos de Paz. O Presidente Jimmy Carter, dos Estados Unidos, foi o patrocinador e anfitrião do encontro, e participou ativamente das negociações.
O Tratado de Paz Israelo-Egípcio foi, de facto, posteriormente celebrado, em 26 de março de 1979, em Washington, DC.
Os dois Acordos de Paz, A Framework for Peace in the Middle East ("um quadro para a paz no Oriente Médio") e A Framework for the Conclusion of a Peace Treaty between Egypt and Israel ("um quadro para a conclusão de um tratado de paz entre Egito e Israel"), contêm disposições sobre como seria encaminhada a questão palestina (os palestinianos reivindicam a formação de um Estado próprio em áreas sobre as quais Israel exerce jurisdição) e sobre como seria negociado o tratado de paz israelo-egípcio (local e data das negociações, reconhecimento mútuo, desocupação da Península do Sinai por Israel, limitações militares na fronteira comum, solução pacífica de controvérsias, extinção de boicotes económicos, direitos de passagem, etc.).
A paz entre os dois países sobreveio após trinta anos de hostilidades, contados desde a fundação do Estado de Israel. Para o Egito, porém, a paz com os israelitas significou o isolamento egípcio da comunidade árabe e muçulmana (inclusive a suspensão do país da Liga Árabe), que perdurou até o fim da década de 1980. Apenas a Jordânia seguiu o exemplo do Egito, celebrando um tratado de paz israelo-jordaniano em 1994. Embora a instabilidade tenha continuado a marcar a Palestina até os dias de hoje, mesmo avanços parciais e incompletos como a paz com a Jordânia e os Acordo de Paz de Oslo não teriam sido possíveis sem o precedente de Camp David, que demonstrou ao mundo que árabes e israelitas eram capazes de dialogar de maneira positiva.

A Batalha de Antietam foi há 150 anos

Vista do campo na Batalha de Antietam durante a Guerra Civil Americana - fotografia de guerra, extraída da Library of Congress' American Memory Collection

A Batalha de Antietam, também conhecida como Batalha de Sharpsburg na Região Sul dos Estados Unidos da América, aconteceu em 17 de setembro de 1862, em Sharpsburg, Maryland. Foi a primeira grande batalha que ocorreu em território da União. A Batalha de Antietam caracteriza-se por ser o dia mais sangrento da história americana, onde mais de 23 mil americanos - incluindo aqueles lutando pelos Estados Confederados da América - perderam a vida. A vitória da batalha por parte da União deu ao então presidente dos Estados Unidos da América, e líder das forças da União, Abraham Lincoln, suficiente confiança para proclamar sua Proclamação de Emancipação, em 1 de janeiro de 1863.


domingo, setembro 16, 2012

Torquemada, O Grande Inquisidor, morreu há 514 anos

Tomás de Torquemada (Valladolid, 1420 - Ávila, 16 de setembro de 1498) ou O Grande Inquisidor foi o inquisidor-geral dos reinos de Castela e Aragão no século XV e confessor da rainha Isabel a Católica. Ele foi descrito pelo cronista espanhol Sebastián de Olmedo como "O martelo dos hereges, a luz de Espanha, o salvador do seu país, a honra do seu fim". Torquemada é conhecido por sua campanha contra os judeus e muçulmanos convertidos da Espanha. O número de autos-de-fé durante o mandato de Torquemada como inquisidor é muito controverso, mas o número mais aceite é normalmente de 2.200 vítimas.


Torquemada

Há sempre um nome triste
Na longa vida de cada nação.
Um nome que resiste
Ao esquecimento,
E que é um sinal de atenção
Ao pensamento
E ao sofrimento...

in Poemas Ibéricos (1965) - Miguel Torga

Charlie Byrd nasceu há 87 anos

Charlie Lee Byrd (September 16, 1925 – December 2, 1999) was an American guitarist. His earliest and strongest musical influence was Django Reinhardt, the gypsy guitarist. Byrd was best known for his association with Brazilian music, especially bossa nova. In 1962, Byrd collaborated with Stan Getz on the album Jazz Samba, a recording which brought bossa nova into the mainstream of North American music.
Byrd played fingerstyle on a classical guitar.

Charlie Byrd was born in Suffolk, Virginia, in 1925 and grew up in the town of Chuckatuck, Virginia. His father, a mandolinist and guitarist, taught him how to play the acoustic steel guitar at age 10. Byrd had three brothers, Oscar, Jack, and Joe, who was a bass player. In 1942 Byrd entered the Virginia Polytechnic Institute and played in the school orchestra. In 1943 he was drafted into the United States Army for World War II, saw combat, then was stationed in Paris in 1945 where he played in an Army Special Services band.
After the war, Byrd returned to the United States and went to New York, where he studied composition and jazz theory at the Harnett National Music School in Manhattan, New York. During this time he began playing a classical guitar. After moving to Washington, D.C. in 1950, he studied classical guitar with Sophocles Papas for several years. In 1954 he became a pupil of the Spanish classical guitarist Andres Segovia and spent time studying in Italy with Segovia.
Byrd's greatest influence was the gypsy guitarist Django Reinhardt, whom he saw perform in Paris.
In 1957 Byrd met double bassist Keter Betts in a Washington, D.C., club called the Vineyard. The two began doing gigs together, and by October they were frequently performing at a club called the Showboat. In 1959 the pair joined Woody Herman's band and toured Europe for 3 weeks as part of a State Department-sponsored "goodwill" tour. The other members of the band were Vince Guaraldi, Bill Harris, Nat Adderley and drummer Jimmy Campbell. Byrd also led his own groups that sometimes featured his brother Joe. Byrd was also active as a teacher in the late 1950s; he trained several guitar students at his home in D.C., each being required to 'audition' for him, before he decided if they had potential enough to warrant his input.
Byrd was first introduced to Brazilian music by his friend radio host Felix Grant who had established contacts in Brazil in the late 1950s and who was well-known there by 1960, due to the efforts of Brazilian radio broadcaster Paulo Santos. Following a spring 1961 diplomatic tour of South America (including Brazil) for the State Department, Byrd returned home and met with Stan Getz at the Showboat Lounge. Byrd invited Getz back to his home to listen to some bossa nova recordings by João Gilberto and Antonio Carlos Jobim that he had brought back. Getz liked what he heard and the two decided they wanted to make an album of the songs. The task of creating an authentic sound, however, proved much more challenging than either had anticipated.
Getz convinced Creed Taylor at Verve Records to produce the album, and Byrd and he assembled a group of musicians they both knew to create the recordings. These early sessions did not turn out to either man's liking, so Byrd gathered a group of musicians that had been to Brazil with him previously and practiced with them in Washington, D.C. until he felt they were ready to record. The group included his brother Gene Byrd, as well as Keter Betts, Bill Reichenbach and Buddy Deppenschmidt. Bill and Buddy were both drummers, and the combination made it easier to achieve authentic samba rhythms. Finally the group was deemed ready and Getz and Taylor arrived in Washington D.C. on February 13, 1962. They recorded in a building adjacent to All Souls Unitarian Church because of the building's excellent acoustics.
The recordings were released in April 1962 as the album Jazz Samba, and by September the recording had entered Billboard's pop album chart. By March of the following year the album had moved all the way to number one, igniting a bossa nova craze in the American jazz community as a result. It should be noted that the term bossa nova did not become used in reference to the music until later. The album remained on the charts for seventy weeks, and Getz soon beat John Coltrane in a Down Beat poll. One of the album's most popular tunes was a Jobim hit, titled "Desafinado".
In 1963 Byrd did a European tour with Les McCann and Zoot Sims, among others. Either in 1964 or 1965 Byrd appeared at the Newport Jazz Festival with Episcopal priest Malcolm Boyd, accompanying prayers from his book Are You Running With Me Jesus? with guitar. In 1967 Byrd brought a lawsuit against Stan Getz and MGM, contending that he was unfairly paid for his contributions to the 1962 album Jazz Samba. The jury agreed with Byrd and awarded him half of all royalties from the album.
His earliest trios included bassist Keeter Betts and drummers Buddy Deppinschmidt and Bertel Knox. In the early 1960s Betts joined Ella Fitzgerald and Byrd's brother Gene H. (Joe) Byrd became bassist for the group. Joe Byrd played with his brother until Charlie Byrd's death in 1999 of cancer. Byrd's trios also included drummers Billy Reichenbach for over ten years, Wayne Phillips for several years and for the last 19 years Chuck Redd.
In 1967, or more likely 1968, his quartet was on a state department tour in Asia, which included Katmandu, Nepal. Upon invitation by the pastor, that stop included him playing both Bach and a spiritual at the worship service of the (International) Protestant Congregation on Sunday morning.
In 1973 Byrd moved to Annapolis, Maryland, and in September of that year he recorded an interesting album with Cal Tjader titled Tambú, the only recording the two would make together. That same year Byrd joined guitarists Herb Ellis and Barney Kessel and formed the Great Guitars group, which also included drummer Johnny Rae. Byrd collaborated with Venezuelan pianist and composer Maestro Aldemaro Romero on the album Onda Nueva/The New Wave.
From 1980 through 1996, he released several of his arrangements to the jazz and classical guitar community through Guitarist's Forum (gfmusic.com) including Charlie Byrd's Christmas Guitar Solos, Mozart: Seven Waltzes For Classical Guitar, and The Charlie Byrd Library featuring the music of George Gershwin and Irving Berlin. He also collaborated with the Annapolis Brass Quintet in the late 1980s, appearing with them in over 50 concerts across the United States and releasing two albums.
A jazz supper club in Georgetown, DC also bore his name, "Charlie's". When he died, he was "at home" in the King of France Tavern of the Maryland Inn.
Upon his death, a scholarship was endowed in his name at the Peabody Conservatory of the Johns Hopkins University.
Byrd played for several years at a jazz club in Silver Spring, Maryland, called The Showboat II which was owned and managed by his manager, Peter Lambros. He was also home-based at the King of France Tavern nightclub at the Maryland Inn in Annapolis from 1973 until his death in 1999. In 1992 the book "Jazz Cooks"—by Bob Young[disambiguation needed] and Al Stankus—was published by Stewart, Tabori & Chang, a compilation of recipes that include a few recipes from Byrd. He also authored the 1973 publication Charlie Byrd's Melodic Method for Guitar.

Byrd was married to Rebecca Byrd, and has two daughters from previous marriages, Carol Rose of Charlotte, NC, and Charlotte Byrd of Crownsville, MD. He loved sailboating, and owned a twenty-six foot boat called "I'm Hip" that he sailed to various parts of the world. Charlie Byrd died of lung cancer on December 2, 1999 at his home in Annapolis, Maryland.





El-Rei D. Pedro V nasceu há 175 anos

D. Pedro V de Portugal (nome completo: Pedro de Alcântara Maria Fernando Miguel Rafael Gonzaga Xavier João António Leopoldo Victor Francisco de Assis Júlio Amélio de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança; 16 de setembro de 1837 - 11 de novembro de 1861), cognominado O Esperançoso, O Bem-Amado ou O Muito Amado, foi Rei de Portugal de 1853 a 1861. Era o filho mais velho da Rainha D. Maria II e do seu consorte D. Fernando II.

Embora muito jovem aquando a sua ascensão ao trono português, com apenas 16 anos, foi considerado por muitos como um monarca exemplar, que reconciliou o povo com a casa real, após o reinado da sua mãe ter sido fruto de uma guerra civil vencida. D. Fernando II, seu pai, desempenhou um papel fundamental no início do seu reinado, tendo exercido o governo da nação na qualidade de regente do Reino, orientando o jovem rei no que diz respeito às grandes obras públicas efectuadas. D. Pedro é frequentemente descrito como um monarca com valores sociais bem presentes, em parte devida à sua educação, que incluiu trabalho junto das comunidades e um vasto conhecimento do continente europeu.
A 16 de setembro de 1855, completando 18 anos, é aclamado rei, presidindo nesse mesmo ano à inauguração do primeiro telégrafo eléctrico no país e, no ano seguinte (28 de outubro), inaugura o caminho de ferro entre Lisboa a Carregado. É também no seu reinado que se iniciam as primeiras viagens regulares de navio, entre Portugal e Angola.
Dedicou-se com afinco ao governo do País, estudando com minúcia as deliberações governamentais propostas. Criou ainda, o Curso Superior de Letras, em 1859, que subsidiou do seu bolso, com um donativo de 91 contos de réis. Nesse mesmo ano é introduzido o sistema métrico em Portugal.
D. Pedro V foi um defensor acérrimo da abolição da escravatura e data do seu reinado um episódio que atesta a convicção do monarca nessa matéria e que simultaneamente demonstra a fragilidade de Portugal perante as grandes potências europeias: junto à costa de Moçambique é apresado um navio negreiro francês, tendo o seu comandante sido preso. O governo de França, não só exigiu a libertação do navio, bem como uma avultada indemnização ao governo português.
Portugal é, por essa altura, flagelado por duas epidemias, uma de cólera, que grassa de 1853 a 1856, e outra de febre amarela, principalmente em 1856/57. Durante esses anos o monarca, em vez de se refugiar, percorria os hospitais e demorava-se à cabeceira dos doentes, o que lhe trouxe muita popularidade.
Em 1858, D. Pedro V casa-se por procuração com a princesa D. Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen, que veio a morrer no ano seguinte, vitíma de difteria.
Sendo a saúde pública uma das suas preocupações, foi juntamente com a sua mulher, a princesa D. Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen, que Pedro fundou hospitais públicos e instituições de caridade. Aliás, cumprindo os desejos por ela manifestados, o monarca, fundou o Hospital de Dona Estefânia, em Lisboa.
Morreu com apenas 24 anos, em 11 de novembro de 1861, que segundo parecer dos médicos, devido a febre tifóide (enquanto o povo suspeitava de envenenamento e por isso viria a amotinar-se). A sua morte provocou uma enorme tristeza em todos os quadrantes da sociedade. Não tendo filhos, foi sucedido pelo irmão, o infante D. Luís, que habitava então no sul de França.
Teve uma notável preparação moral e intelectual. Estudou ciências naturais e filosofia, dominava bem o grego e o latim e chegou a estudar inglês. O seu espírito terá sido influenciado pela convivência que teve com Alexandre Herculano, que foi seu educador.
No dizer dos biógrafos, D. Pedro V: "com um temperamento observador, grave, desde criança [...] mandou pôr à porta do seu palácio uma caixa verde, cuja chave guardava, para que o seu povo pudesse falar-lhe com franqueza, queixar-se [...] O povo começava a amar a bondade e a justiça de um rei tão triste [...]".


(imagem daqui)

B. B. King - 87 anos!

Riley Ben King, mais conhecido como B. B. King, (16 de setembro de 1925, Itta Bena, Mississippi) é um guitarrista de Blues e cantor norteamericano. O "B. B." em seu nome significa Blues Boy, seu pseudónimo como moderador na rádio WDIA. Foi considerado o sexto melhor guitarrista do mundo pela revista norte-americana Rolling Stone.
Começou por tocar, a troco de algumas moedas, na esquina da Igreja com a Second Street e chegou mesmo a tocar em quatro cidades diferentes aos sábados à noite. É um dos mais reconhecidos guitarristas de Blues da actualidade, sendo por vezes referido como o Rei do Blues. É bastante apreciado por seus solos, nos quais, ao contrário de muitos guitarristas, prefere usar poucas notas. Certa vez, B. B. King teria dito: "posso fazer uma nota valer por mil".


Katie Melua - 28 anos

Ketevan "Katie" Melua (16 de setembro de 1984) é uma cantora e compositora de nacionalidade britânico-georgiana. Nascida em Kutaisi (Geórgia), com oito anos partiu para a Irlanda do Norte e desde os catorze vive na Inglaterra. Em novembro de 2003 (com dezanove anos) gravou o seu primeiro álbum, intitulado Call Off the Search, que atingiu um milhão de cópias vendidas em cinco semanas.
O seu segundo álbum foi lançado em 2005, com o nome de "Piece By Piece". Nele ouvimos uma das suas músicas mais famosas “Nine Million Bycicles”, e, no videoclipe, considerado um dos melhores trabalhos feitos por Katie, ela é arrastada pelo chão e passeia por diversos lugares do Mundo, chegando até o céu. “I Cried For You”, uma de suas canções mais tristes e “Thank You, Star”, música que injustamente não se tornou single, estão presentes no repertório ao lado da “On The Road Again” e da faixa título “Piece By Piece”. “Spider’s Web” completa a sequência de canções escolhidas do segundo álbum para integrar o disco. Recordamos ainda que este álbum, vendeu até à data 7,5 milhões de exemplares.
Em 2004 e 2005 Katie Melua foi a artista que mais vendeu no Reino Unido e, em 2006, tornou-se a cantora britânica com mais vendas no mundo (tornou-se cidadã britânica em 10 de agosto de 2005).
"Pictures", seu terceiro álbum, saiu em 2007, mostrou pequenas mudanças na sua sonoridade. Os blues ainda estavam lá, firmes e fortes, com “Pictures”. Katie Melua, então com 22 anos, já tinha conquistado um estatuto ímpar na cena musical internacional. Neste disco assume-se como uma vocalista única, cuja presença e interpretação não têm igual. "If The Lights Go Out", "Mary Pickford", "If You Were A Sailboat", são 3 dos 12 temas de grande sucesso deste álbum.
"The House", o quarto álbum, saiu em maio de 2010 e, depois de vários anos na companhia de Mike Batt como produtor, Katie entrou numa nova fase da sua carreira. Gravado nos Air Studios em Londres, o novo álbum contou com a produção de William Orbit e nele Katie escreve por conta própria, na companhia de Guy Chambers, Rick Nowels, Mike Batt e do cantor-compositor e amigo de longa data Polly Scattergood. O álbum resultante, intitulado "The House" foi descrito com uma sonoridade épica, dramática e aventureiro e, ao mesmo tempo atraente para os fãs de Katie, prometendo também alcançar novas audiências.


Víctor Jara foi torturado e barbaramente assassinado há 39 anos

(imagem daqui)

Víctor Lidio Jara Martínez (San Ignacio, 28 de setembro de 1932 - Santiago, 16 de setembro de 1973) foi um professor, diretor de teatro, poeta, cantor, compositor, músico e ativista político chileno.
Nascido numa família de camponeses, Jara se tornou um reconhecido diretor de teatro, dedicando-se ao desenvolvimento da arte no país, dirigindo uma vasta gama de obras locais, assim como clássicos da cena mundial. Simultaneamente, desenvolveu uma carreira no campo da música, desempenhando um papel central entre os artistas neo-folclóricos que estabeleceram o movimento da Nueva Canción Chilena, que gerou uma revolução na música popular de seu país durante o governo de Salvador Allende. Também era professor, tendo lecionado Jornalismo na Universidade do Chile.
Logo após o golpe militar de 11 de setembro de 1973, Jara foi preso, torturado e fuzilado. Seu corpo foi abandonado na rua de uma bairro de lata de Santiago.

La muerte lenta de Víctor Jara

Cansados y con sus manos entrelazadas en la nuca, los 600 académicos, estudiantes y funcionarios de la Universidad Técnica del Estado (UTE) tomados prisioneros por los militares golpistas iban entrando al Estadio Chile, un pequeño recinto deportivo techado cercano al palacio de La Moneda. Un oficial con lentes oscuras, rostro pintado, metralleta terciada, granadas colgando en su pecho, pistola y cuchillo corvo en el cinturón, observaba desde arriba de un cajón a los prisioneros, que habían permanecido en la universidad para defender el Gobierno del presidente socialista Salvador Allende. Era el 12 de septiembre de 1973, día siguiente del golpe militar, en el alba de la dictadura de 17 años encabezada por el general Augusto Pinochet.

Con voz estentórea, el oficial repentinamente gritó al ver a un prisionero de pelo ensortijado:

-¡A ese hijo de puta me lo traen para acá! -gritó a un conscripto, recuerda el abogado Boris Navia, uno de los que caminaba en la fila de prisioneros.

"¡A ese huevón!, ¡a ése!", le gritó al soldado, que empujó con violencia al prisionero. "¡No me lo traten como señorita, carajo!", espetó insatisfecho el oficial. Al oír la orden, el conscripto dio un culatazo al prisionero, que cayó a los pies del oficial.

-¡Así que vos sos Víctor Jara, el cantante marxista, comunista concha de tu madre, cantor de pura mierda! -gritó el oficial. Navia rememora. Es uno de los testigos del juez Juan Fuentes, que investiga el asesinato del cantautor, uno de los crímenes emblemáticos de la dictadura, porque Jara fue con su guitarra y con sus versos el trovador de la revolución socialista del Gobierno de Allende en Chile. Por su impacto y la impunidad en que están los culpables, el crimen de Jara es en Chile el equivalente al asesinato de Federico García Lorca en España.

"Lo golpeaba, lo golpeaba. Una y otra vez. En el cuerpo, en la cabeza, descargando con furia las patadas. Casi le estalla un ojo. Nunca olvidaré el ruido de esa bota en las costillas. Víctor sonreía. Él siempre sonreía, tenía un rostro sonriente, y eso descomponía más al facho. De repente, el oficial desenfundó la pistola. Pensé que lo iba a matar. Siguió golpeándolo con el cañón del arma. Le rompió la cabeza y el rostro de Víctor quedó cubierto por la sangre que bajaba desde su frente", cuenta a este periódico el abogado Navia.

Los prisioneros se habían quedado pasmados mirando la escena. Cuando el oficial, conocido como El Príncipe y hasta hoy no identificado con plena certeza, se cansó de golpear, ordenó a los soldados que pusieran a Jara en un pasillo y que lo mataran si se movía. El autor de canciones como El cigarrito y Te recuerdo Amanda, que Serrat, Sabina, Silvio Rodríguez y Víctor Manuel han incorporado en sus repertorios, entró así al campo de prisioneros improvisado por los militares donde vivió sus últimas horas.

El Príncipe tiene visitas de oficiales y quiere exhibir a Jara. Un oficial de la Fuerza Aérea que está con un cigarrillo le pregunta a Jara si fuma. Con la cabeza, niega. "Ahora vas a fumar", advierte, y le arroja el cigarrillo. "¡Tómalo!", grita. Jara se estira tembloroso para recogerlo. "¡A ver si ahora vas a tocar la guitarra, comunista de mierda!", grita el oficial y pisotea las manos de Jara, relata Navia.

"Cuando llegaron más prisioneros y los soldados fueron a recibirlos, Víctor se quedó sin custodia. Entre varios lo arrastramos adonde estábamos y comenzamos a limpiar sus heridas. Llevaba casi dos días sin comida ni agua", dice Navia. Un detenido consigue que un soldado le regale un tesoro: un huevo crudo. Se lo dan a Jara. Con un fósforo, el cantautor perfora el huevo en ambos extremos y lo sorbe. "Nos dijo que así aprendió en su tierra a comer los huevos", recuerda.

A Jara le vuelven las energías. "Mi corazón late como campana", dice. Y habla, de Joan y sus hijas. Dos detenidos logran salir libres gracias a contactos. Varios escriben mensajes breves para que avisen a sus parientes de que están vivos. Víctor pide lápiz y papel. Navia le pasa una libreta pequeña de apuntes, que hoy conserva la Fundación Jara como pieza de museo. Escribe con dificultad sus últimos versos: "Canto que mal que sales / Cuando tengo que cantar espanto / Espanto como el que vivo / Espanto como el que muero".

Repentinamente, dos soldados lo toman y arrastran, y Jara alcanza a arrojar la libreta. Navia se queda con ella. Comienza una golpiza más brutal que las anteriores, a culatazos. Otros prisioneros lo verán con vida horas después. Un conscripto, José Paredes, confiesa 36 años después que jugaron a la ruleta rusa con Jara antes de acribillarlo en los subterráneos. Es el único procesado vivo en el caso. El otro, el jefe del recinto, el coronel Mario Manríquez, falleció. La primera autopsia, en 1973, revela 44 disparos. La nueva, en 2009, confirma que Jara murió por múltiples impactos. Pero Paredes se retracta de su confesión.

Al anochecer del sábado 15 de septiembre trasladan a los prisioneros del Estadio Chile al mayor recinto del país, el Estadio Nacional. "Al salir al foyer para irnos, vemos un espectáculo dantesco. Hay entre 30 y 40 cadáveres apilados, y dos de ellos están más cercanos. Todos están acribillados y tienen un aspecto fantasmagórico, cubiertos de polvo blanco, porque cerca estaban apilados unos sacos de cal para hacer reparaciones, que cubre sus rostros y seca la sangre. Reconozco a Víctor en primer lugar, y después al abogado y director de Prisiones Littré Quiroga", relata Navia.

A Jara le han quitado el chaquetón que otro prisionero le había pasado porque tenía frío. Esa noche, los soldados arrojan seis de estos cadáveres, Jara entre ellos, junto al Cementerio Metropolitano, en el acceso sur de Santiago. Una vecina reconoce al cantautor y avisa para que lo recojan. Cuando el cuerpo llega a la morgue, un trabajador de este servicio, que era comunista, también reconoce a Jara y avisa a su esposa Joan para que lo sepulte antes de que lo sepulten en una fosa común.

El cuerpo del cantautor está junto al de cientos de víctimas en un mesón de la morgue, al final de una fila de jóvenes. Sólo tres personas acompañan a Joan en el funeral semiclandestino que se celebró en el Cementerio General de Santiago, donde fue inhumado en un humilde nicho. Jara está en su cenit creativo, poco antes de cumplir 41 años, y quienes tronchan su vida no saben que lo están haciendo más universal, a él, pero también a ellos mismos.


Callas morreu há 35 anos

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Maria Callas (Nova Iorque, 2 de dezembro de 1923 - Paris, 16 de setembro de 1977) foi uma cantora lírica americana de ascendência grega, considerada a maior celebridade da Ópera no século XX e a maior soprano de todos os tempos. Apesar de também famosa pela sua vida pessoal, o seu legado mais duradouro deve-se ao impulso a um novo estilo de actuação, à raridade e distinção de seu tipo de voz e ao resgate de óperas há muito esquecidas do bel canto, estreladas por ela.

sábado, setembro 15, 2012

Richard William Wright, dos Pink Floyd, morreu há 4 anos

Richard "Rick" William Wright (Londres, 28 de julho de 1943 - Londres, 15 de setembro de 2008) foi um músico britânico, teclista da banda de rock progressivo Pink Floyd.

Entrou para a escola particular Harberdashers, e aos 20 anos foi para a Escola de Arquitetura. Lá conheceu o baixista Roger Waters e o baterista Nick Mason. Fizeram um grupo na faculdade e escolheram seis meses depois Syd Barrett para a guitarra.
O único nascido em Londres entre os integrantes do Pink Floyd, Richard Wright sempre foi o terceiro compositor e vocalista do grupo, tal como como George Harrison nos Beatles, John Entwistle no The Who e John Paul Jones no Led Zeppelin.
Como compositor Wright contribuía com duas ou três músicas por álbum, ou colaborava na estruturação de obras coletivas como "Echoes" ou "Time". Dark Side of the Moon (1973) representa seu ápice no Pink Floyd: os teclados se equiparam a guitarra de David Gilmour e participou na composição de cinco das dez músicas. Em Wish You Were Here (1975), onde seus teclados estão onipresentes, Wright trouxe grandes contribuições para o álbum, sobretudo na suíte "Shine On You Crazy Diamond".
A partir do disco Animals (1977) iniciou-se o processo de domínio do Pink Floyd por Roger Waters, apesar de neste disco Rick Wright ter realizado um competente trabalho no comando dos teclados da banda.
O sucesso começou a afetar as relações pessoais dentro do grupo. Trabalhos solo eram a única saída para os demais integrantes da banda e Wright realizou Wet Dream em 1978, acompanhado por Mel Collins (sax), Snowy Whithe (guitarra), Larry Steele (baixo) e Reg Isadore (bateria).
Quando os Floyd começaram a gravar The Wall em 1979 Roger Waters tinha assumido o total controle da banda. Rick Wright foi afastado do processo de criação e concepção, o que culminou com sua expulsão da banda durante as gravações de The Wall, apesar de mais tarde participar dos shows.
Depois da saída do Pink Floyd, Wright juntou-se com Dave Harris no grupo chamado "Zee" e gravaram "Identity" em 1984.
O retorno de Wright ao Pink Floyd se deu em 1987, nas gravações de A Momentary Lapse Of Reason. Ele chegou no meio das gravações, ocasião em que não trouxe contribuição relevante para o álbum, mas participou da turnê mundial de promoção do disco.
Já em The Division Bell, Rick Wright voltou a participar ativamente do processo criativo, retomando-se a cooperação coletiva que se havia perdido nos anos 70. Wright é co-autor de "Wearing The Inside Out" com Anthony Moore e das músicas "Cluster One", "What Do You Want From Me", "Marooned", e "Keep Talking" com David Gilmour.
Em 1996 Rick Wright lançou seu terceiro álbum, Broken China, gravado no estúdio da sua casa na França. Ele mesmo produziu o disco, junto com Anthony Moore, que também escreveu as letras. Foi misturado por James Guthrie. Participam deste álbum os guitarristas Tim Renwick, Dominic Miller e Steve Bolton, o baterista Manu Katche e o baixista Pino Palladino. E mais, Sinead O'Connor canta em duas faixas - "Reaching for the Rail" e "Breakthrough".
Apesar do papel coadjuvante, é quase consenso entre antigos fãs que os teclados de Richard Wright apresentavam-se como elemento fundamental para a constituição do som do Pink Floyd.
Morreu em sua casa em Londres, em 15 de setembro de 2008, sendo a informação revelada por um porta-voz do grupo, e em seguida, divulgada expressamente no web-site da banda. Wright tinha 65 anos e sofria de cancro.
A morte de Richard acabou com as possíveis esperanças de o Pink Floyd retornar.


Johnny Ramone morreu há 8 anos

John William Cummings (Long Island, Nova Iorque, 8 de outubro de 1948 - Los Angeles, Califórnia, 15 de setembro de 2004), mais conhecido como Johnny Ramone, foi o guitarrista da banda de punk rock Ramones. Como o vocalista Joey Ramone, ele permaneceu membro da banda até o fim.
Quando criança tocava em uma banda chamada Tangerine Puppets. Depois ficou conhecido como "o gordo". Johnny era conhecido pela sua personalidade volúvel e controladora, postura anti-social e extrema rigidez na regência interna dos Ramones. O documentário End of the Century: The Story of the Ramones traz relatos de antigos amigos, e do próprio Johnny sobre sua postura nada amigável durante a juventude. Era o empresário interno dos Ramones, criando e impondo regras a serem seguidas com o intuito do bom funcionamento e manutenção da banda.
Em 15 de setembro de 2004, ele morreu em Los Angeles, depois de 5 anos lutando contra um cancro da próstata. Encontra-se sepultado no Hollywood Forever Cemetery, Hollywood, Condado de Los Angeles, Califórnia nos Estados Unidos.
Em 27 de agosto de 2003, a revista Rolling Stone criou a lista dos 100 melhores guitarristas de todos os tempos, tendo sido escolhido como o 28º melhor guitarrista.