sábado, junho 15, 2024
Steve Walsh, o vocalista dos Kansas, nasceu há 73 anos
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Demis Roussos nasceu há 78 anos...
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A Batalha do Kosovo, em que a Sérvia perdeu a sua independência, foi há 635 anos
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Marcadores: Batalha do Kosovo, Império Otomano, Kosovo, Sérvia
Uma mulher viajou no espaço pela primeira vez há 61 anos
Em 1964, Valentina e o cosmonauta Andrian Nikolayev casaram e tiveram uma filha, considerada a primeira criança nascida de pais cosmonautas. Divorciada desde 1982, casou-se novamente com Yuli Shaposhnikov, morto em 1999. Nos anos seguintes ao seu voo, ela graduou-se em engenharia. Só nos anos 80 uma mulher russa voltaria ao espaço.
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Marcadores: astronauta, cosmonauta, URSS, Valentina Tereshkova
Hoje é dia de recordar um grande Poeta e Pintor...
Se eu fosse cego amava toda a gente.
Não é por ti que dormes em meus braços que sinto amor. Eu amo a minha irmã gémea que nasceu sem vida, e amo-a a fantasiá-la viva na minha idade.
Tu, meu amor, que nome é o teu? Diz onde vives, diz onde moras, dize se vives ou se já nasceste.
Eu amo aquela mão branca dependurada da amurada da galé que partia em busca de outras galés perdidas em mares longíssimos.
Eu amo um sorriso que julgo ter visto em luz do fim-do-dia por entre as gentes apressadas.
Eu amo aquelas mulheres formosas que indiferentes passaram a meu lado e nunca mais os meus olhos pararam nelas.
Eu amo os cemitérios - as lajes são espessas vidraças transparentes, e eu vejo deitadas em leitos floridos virgens nuas, mulheres belas rindo-se para mim.
Eu amo a noite, porque na luz fugida as silhuetas indecisas das mulheres são como as silhuetas indecisas das mulheres que vivem em meus sonhos. Eu amo a lua do lado que eu nunca vi.
Se eu fosse cego amava toda a gente.
Postado por Pedro Luna às 05:40 0 bocas
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Louis-Claude Daquin morreu há 252 anos...
O sismo de Sanriku provocou um mortífero tsunami há 128 anos
Iúri Andropov, breve sucessor de Leonid Brejnev, nasceu há 110 anos
Hoje é dia de ouvir uma canção desesperada...
LA CANCIÓN DESESPERADA EMERGE
tu recuerdo de la noche en que estoy. Abandonado
como los muelles en el alba. Sobre mi corazón
llueven frías corolas. En ti se acumularon
las guerras y los vuelos. Todo te lo
tragaste, como la lejanía. Era la alegre
hora del asalto y el beso. Ansiedad de
piloto, furia de buzo ciego, En la infancia
de niebla mi alma alada y herida. Te ceñiste
al dolor, te agarraste al deseo. Hice retroceder
la muralla de sombra, Oh carne,
carne mía, mujer que amé y perdí, Como un vaso
albergaste la infinita ternura, Era la negra,
negra soledad de las islas, Era la sed
y el hambre, y tú fuiste la fruta. Ah mujer,
no sé cómo pudiste contenerme Mi deseo de
ti fue el más terrible y corto, Cementerio
de besos, aún hay fuego en tus tumbas, Oh la boca
mordida, oh los besados miembros, Oh la cópula
loca de esperanza y esfuerzo Y la ternura,
leve como el agua y la harina. Ése fue mi
destino y en él viajó mi anhelo, Oh sentina
de escombros, en ti todo caía, De tumbo en
tumbo aún llameaste y cantaste Aún floreciste
en cantos, aún rompiste en corrientes. Pálido buzo
ciego, desventurado hondero, Es la hora
de partir, la dura y fría hora El cinturón
ruidoso del mar ciñe la costa. Abandonado
como los muelles en el alba. Ah más allá de todo. Ah más allá de todo. Es la hora de partir. Oh abandonado! |
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Postado por Pedro Luna às 01:00 0 bocas
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Wes Montgomery morreu há 56 anos...
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Marcadores: bebop, guitarra, hard bop, Here's That Rainy Day, jazz, jazz blues, mainstream jazz, música, Wes Montgomery
Almada Negreiros morreu há 54 anos...
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Marcadores: Almada Negreiros, pintura, poesia
Neil Patrick Harris celebra hoje 51 anos
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Marcadores: actor, homossexuais, Neil Patrick Harris, televisão
A Espanha escolheu a Democracia e a Monarquia Constitucional há 47 anos...
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A erupção pliniana do Pinatubo, que afetou significativamente o clima da Terra, começou há 33 anos
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Marcadores: Alterações climáticas, erupção pliniana, Filipinas, Pinatubo, Vulcão
Ella Fitzgerald morreu há vinte e oito anos...
Ella Jane Fitzgerald (Newport News, 25 de abril de 1917 - Beverly Hills, 15 de junho de 1996) também conhecida como a "Primeira Dama da Canção" (em inglês: First Lady of Song) e "Lady Ella", foi uma popular cantora de jazz dos Estados Unidos. Com uma extensão vocal que abrangia três oitavas, era notória pela pureza de sua tonalidade, sua dicção, fraseado e entonação impecáveis, bem como uma habilidade de improviso "semelhante a um instrumento de sopro", particularmente no scat.
Postado por Fernando Martins às 00:28 0 bocas
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O teclista Richard Bell morreu há 17 anos...
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Alain Oulman nasceu há 96 anos...
Alain Robert Oulman (Oeiras, Cruz Quebrada - Dafundo, 15 de junho de 1928 - Paris, 29 de março de 1990) foi o grande responsável por alguns dos maiores sucessos de Amália. Foi também o editor do livro "Le Portugal Baillonné - témoignage" ("Portugal Amordaçado") de Mário Soares.
"Cantei porque para mim era fado. A nobreza que está lá dentro é que conta. Se não tem fado para os outros, para mim tem"
"Alain Oulman, que em sucessivos discos publicados nos anos 50 e 60 soube transformar a fadista Amália Rodrigues - cuja popularidade era incontestada desde o final da Segunda Guerra - na «Amalia», sem acento, que se tornou diva internacional. Oulman divulgou a voz, mas soube renovar-lhe a cada passo os atributos com desafios ousados: primeiro, já não apenas a guitarra e a viola, mas também os acompanhamentos orquestrais, depois as variações sobre estes, conduzindo-a ao extremo de um «jazz combo»."
Jorge P. Pires, Expresso, 1998
"Eu tenho uma proximidade muito maior com a Amália dos anos 60, do período do Oulman. Cabe tudo ali - e é isso que lhe dá dimensão. Nós não podemos reduzi-la - como ela nunca se quis reduzir - a um qualquer sub-género do seu reportório."
Rui Vieira Nery, DN, 2002
Poema: Alexandre O'Neill
Música: Alain Oulman
Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.
Que perfeito coração
no meu peito morreria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.
Postado por Fernando Martins às 00:09 0 bocas
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O livro Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada foi publicado há um século...!
Poema 14 (Juegas todos los días)
Juegas todos los días con la luz del universo.
Sutil visitadora, llegas en la flor y en el agua.
Eres más que esta blanca cabecita que aprieto
como un racimo entre mis manos cada día.
A nadie te pareces desde que yo te amo.
Déjame tenderte entre guirnaldas amarillas.
Quién escribe tu nombre con letras de humo entre las estrellas del sur?
Ah déjame recordarte como eras entonces cuando aún no existías.
De pronto el viento aúlla y golpea mi ventana cerrada.
El cielo es una red cuajada de peces sombríos.
Aquí vienen a dar todos los vientos, todos.
Se desviste la lluvia.
Pasan huyendo los pájaros.
El viento. El viento.
Yo solo puedo luchar contra la fuerza de los hombres.
El temporal arremolina hojas oscuras
y suelta todas las barcas que anoche amarraron al cielo.
Tú estás aquí. Ah tú no huyes
Tú me responderás hasta el último grito.
Ovíllate a mi lado como si tuvieras miedo.
Sin embargo alguna vez corrió una sombra extraña por tus ojos.
Ahora, ahora también, pequeña, me traes madreselvas,
y tienes hasta los senos perfumados.
Mientras el viento triste galopa matando mariposas
yo te amo, y mi alegría muerde tu boca de ciruela.
Cuanto te habrá dolido acostumbrarte a mí,
a mi alma sola y salvaje, a mi nombre que todos ahuyentan.
Hemos visto arder tantas veces el lucero besándonos los ojos
y sobre nuestras cabezas destorcerse los crepúsculos en abanicos girantes.
Mis palabras llovieron sobre ti acariciándote.
Amé desde hace tiempo tu cuerpo de nácar soleado.
Hasta te creo dueña del universo.
Te traeré de las montañas flores alegres, copihues,
avellanas oscuras, y cestas silvestres de besos.
Quiero hacer contigo
lo que la primavera hace con los cerezos.
in Veinte poemas de amor y una canción desesperada (1924) - Pablo Neruda
Poema 14 (Brincas todos os dias)
Brincas todos os dias com a luz do universo.
Subtil visitadora, chegas na flor e na água.
És mais do que a pequena cabeça branca que aperto
como um cacho entre as mãos todos os dias.
Com ninguém te pareces desde que eu te amo.
Deixa-me estender-te entre grinaldas amarelas.
Quem escreve o teu nome com letras de fumo entre as estrelas do sul?
Ah deixa-me lembrar como eras então, quando ainda não existias.
Subitamente o vento uiva e bate à minha janela fechada.
O céu é uma rede coalhada de peixes sombrios.
Aqui vêm soprar todos os ventos, todos.
Aqui despe-se a chuva.
Passam fugindo os pássaros.
O vento. O vento.
Eu só posso lutar contra a força dos homens.
O temporal amontoa folhas escuras
e solta todos os barcos que esta noite amarraram ao céu.
Tu estás aqui. Ah tu não foges.
Tu responder-me-ás até ao último grito.
Enrola-te a meu lado como se tivesses medo.
Porém mais que uma vez correu uma sombra estranha pelos teus olhos.
Agora, agora também, pequena, trazes-me madressilva,
e tens até os seios perfumados.
Enquanto o vento triste galopa matando borboletas
eu amo-te, e a minha alegria morde a tua boca de ameixa.
O que te haverá doído acostumares-te a mim,
à minha alma selvagem e só, ao meu nome que todos escorraçam.
Vimos arder tantas vezes a estrela d'alva beijando-nos os olhos
e sobre as nossas cabeças destorcerem-se os crepúsculos em leques rodopiantes.
As minhas palavras choveram sobre ti acariciando-te.
Amei desde há que tempo o teu corpo de nácar moreno.
Creio-te mesmo dona do universo.
Vou trazer-te das montanhas flores alegres, «copihues»,
avelãs escuras, e cestos silvestres de beijos.
Quero fazer contigo
o que a primavera faz com as cerejeiras.
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sexta-feira, junho 14, 2024
Música para recordar que chegou ao fim mais um ano letivo...
Coro dos caídos - Zeca Afonso
Canta bichos da treva e da aparência
Na absolvição por incontinência
Cantai cantai no pino do inferno
Em janeiro ou em maio é sempre cedo
Cantai cardumes da guerra e da agonia
Neste areal onde não nasce o dia
Cantai cantai melancolias serenas
Como o trigo da moda nas verbenas
Cantai cantai guizos doidos dos sinos
Os vossos salmos de embalar meninos
Cantai bichos da treva e da opulência
A vossa vil e vã magnificência
Cantai os vossos tronos e impérios
Sobre os degredos sobre os cemitérios
Cantai cantai ó torpes madrugadas
As clavas os clarins e as espadas
Cantai nos matadouros nas trincheiras
As armas os pendões e as bandeiras
Cantai cantai que o ódio já não cansa
Com palavras de amor e de bonança
Dançai ó parcas vossa negra festa
Sobre a planície em redor que o ar empesta
Cantai ó corvos pela noite fora
Neste areal onde não nasce a aurora
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Che Guevara nasceu há 96 anos...
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