quarta-feira, setembro 16, 2015

Víctor Jara foi assassinado há 42 anos

Víctor Lidio Jara Martínez (28 de septiembre de 1932-16 de septiembre de 1973) fue un músico, cantautor, profesor, director de teatro, activista político y militante del Partido Comunista de Chile.
La figura de Víctor Jara es un referente internacional de la canción protesta y de cantautor, y uno de los artistas más emblemáticos del movimiento músico-social llamado «Nueva Canción Chilena». Su ideología comunista se refleja en su obra artística, de la que fue pieza central.
Tras el golpe de Estado que derrocó al gobierno de Salvador Allende el 11 de septiembre de 1973, Jara fue detenido por las fuerzas represivas de la dictadura militar recién establecida. Fue torturado y posteriormente asesinado en el antiguo Estadio Chile, que con el retorno de la democracia fue renombrado «estadio Víctor Jara».

Muerte
El golpe de Estado encabezado por el general Augusto Pinochet contra el presidente Salvador Allende, el 11 de septiembre de ese año, lo sorprende en la Universidad Técnica del Estado. Fue detenido junto a profesores y alumnos. Lo llevaron al Estadio Chile (actualmente estadio Víctor Jara, lugar en el que hay una placa en su honor con su último poema), donde permaneció detenido durante cuatro días. Lo torturaron durante horas (entre otras torturas le realizaron quemaduras con cigarrillo y simulacros de fusilamiento), le cortaron los dedos y la lengua, y finalmente el 16 de septiembre lo acribillaron junto al director de la Empresa de Ferrocarriles del Estado. El cuerpo fue encontrado el día 19 del mismo mes con 44 impactos de bala.
Estando preso escribió su último poema y testimonio «Somos cinco mil», también conocido como «Estadio Chile».
Somos cinco mil
en esta pequeña parte de la ciudad.
Somos cinco mil
¿Cuántos seremos en total
en las ciudades y en todo el país?
Solo aquí
diez mil manos siembran
y hacen andar las fábricas.
¡Cuánta humanidad
con hambre, frío, pánico, dolor,
presión moral, terror y locura!
Víctor Jara, «Somos cinco mil»

La tumba de Víctor Jara en el Cementerio General de Santiago


Katie Melua - 31 anos

Ketevan (Katie) Elizabeth Melua (Kutaisi, 16 de setembro de 1984) é uma cantora e compositora de nacionalidade britânico-georgiana. Nasceu em Kutaisi (Geórgia) mas, com oito anos, partiu para a Irlanda do Norte e desde os catorze vive na Inglaterra. Em novembro de 2003, com dezanove anos, gravou o seu primeiro álbum, intitulado Call Off the Search, que atingiu um milhão de cópias, vendidas em cinco semanas.


terça-feira, setembro 15, 2015

Guerra Junqueiro nasceu há 165 anos

Abílio Manuel Guerra Junqueiro (Freixo de Espada à Cinta, 15 de setembro de 1850 - Lisboa, 7 de julho de 1923) foi alto funcionário administrativo, político, deputado, jornalista, escritor e poeta. Foi o poeta mais popular da sua época e o mais típico representante da chamada "Escola Nova". Poeta panfletário, a sua poesia ajudou a criar o ambiente revolucionário que conduziu à implantação da República. Foi entre 1911 e 1914 o embaixador de Portugal na Suíça (o título era "ministro de Portugal na Suíça"). Guerra Junqueiro formou-se em direito na Universidade de Coimbra.
  
Cronologia
  • 1850: Nasce no lugar de Ligares, Freixo de Espada à Cinta;
  • 1864: «Duas páginas dos quatorze anos»;
  • 1866: Frequenta o curso de Teologia na Universidade de Coimbra;
  • 1867: «Vozes Sem Eco»;
  • 1868: «Baptismo de Amor». Matricula-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra;
  • 1873: «Espanha Livre». Colaboração de Guerra Junqueiro em «A Folha» de João Penha. É bacharel em Direito;
  • 1874: «A Morte de D. João»;
  • 1875: Primeiro número de «A Lanterna Mágica» em que colabora;
  • 1878: É nomeado Secretário Geral do Governo Civil em Angra do Heroísmo;
  • 1879: «A Musa em Férias» e «O Melro». Adere ao Partido Progressista. É transferido de Angra do Heroísmo para Viana do Castelo e eleito para a Câmara dos Deputados;
  • 1880: Casa a 10 de fevereiro com Filomena Augusta da Silva Neves. A 11 de novembro nasce a filha Maria Isabel;
  • 1881: Nasce a filha Júlia. Interditada por demência vem a ser internada no Porto;
  • 1885: «A Velhice do Padre Eterno». Criação do movimento «Vida Nova» do qual Guerra Junqueiro é simpatizante;
  • 1887: Segunda viagem de Guerra Junqueiro a Paris;
  • 1888: Constitui-se o grupo «Vencidos da Vida». «A Legítima»;
  • 1889: Falece a sua esposa, Filomena Augusta Neves, facto que lamentará até ao fim dos seus dias.
  • 1890: «Finis Patriae». Guerra Junqueiro é eleito deputado pelo círculo de Quelimane;
  • 1895: Vende a maior parte das coleções artísticas que acumulara;
  • 1896: «A Pátria». Parte para Paris;
  • 1902: «Oração ao Pão»;
  • 1903: Reside em Vila do Conde;
  • 1904: «Oração à Luz»;
  • 1905: Visita a Academia Politécnica do Porto e instala-se nesta cidade;
  • 1908: É candidato do Partido Republicano pelo Porto;
  • 1910: É nomeado Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário da República Portuguesa junto da Confederação Suíça, em Berna;
  • 1911: Homenagem a Guerra Junqueiro no Porto;
  • 1914: Exonera-se das funções de Ministro Plenipotenciário;
  • 1920: «Prosas Dispersas»;
  • 1923: Morre a 7 de Julho em Lisboa.
  • 1966: O seu corpo é solenemente trasladado para o Panteão Nacional da Igreja de Santa Engrácia, em Lisboa, numa cerimónia ocorrida para homenagear também outras ilustres figuras portuguesas entre os dias 1 e 5 de dezembro. Antes disso, encontrava-se no Mosteiro dos Jerónimos.
Morena 

Não negues, confessa
Que tens certa pena
Que as mais raparigas
Te chamem morena.

Pois eu não gostava,
Parece-me a mim,
De ver o teu rosto
Da cor do jasmim.

Eu não... mas enfim
É fraca a razão,
Pois pouco te importa
Que eu goste ou que não.

Mas olha as violetas
Que, sendo umas pretas,
O cheiro que têm!
Vê lá que seria,
Se Deus as fizesse
Morenas também!

Tu és a mais rara
De todas as rosas;
E as coisas mais raras
São mais preciosas.

Há rosas dobradas
E há-as singelas;
Mas são todas elas
Azuis, amarelas,
De cor de açucenas,
De muita outra cor;
Mas rosas morenas,
Só tu, linda flor.

E olha que foram
Morenas e bem
As moças mais lindas
De Jerusalém.
E a Virgem Maria
Não sei... mas seria
Morena também.

Moreno era Cristo.
Vê lá depois disto
Se ainda tens pena
Que as mais raparigas
Te chamem morena!

in A Musa em Férias (1879) - Guerra Junqueiro

Richard Wright morreu há sete anos

Richard William "Rick" Wright (Hatch End, Middlesex, 28 July 1943 – London, 15 September 2008) was an English musician, composer, singer and songwriter. He was a founder member, keyboardist and vocalist of the progressive rock band Pink Floyd, performing on the majority of the group's albums including The Piper at the Gates of Dawn, The Dark Side of the Moon, Wish You Were Here and The Division Bell, and playing on all of their tours.


Agatha Christie nasceu há 125 anos

Agatha Christie

Agatha May Clarissa Mallowan (Torquay, 15 de setembro de 1890 - Wallingford, 12 de janeiro de 1976), mundialmente conhecida como Agatha Christie, foi uma romancista policial britânica e autora de mais de oitenta livros. Os seus livros são os mais traduzidos de todo o planeta, superados apenas pela Bíblia e pelas obras de Shakespeare. É conhecida como Duquesa da Morte, Rainha do Crime, entre outros títulos.
Criou famosos personagens como Hercule Poirot, Miss Marple, Tommy e Tuppence Beresford e Parker Pyne.
  

O poeta Bocage nasceu há 250 anos!

Monumento de Bocage em Setúbal

Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage (Setúbal, 15 de setembro de 1765Lisboa, 21 de dezembro de 1805) foi um poeta português e, possivelmente, o maior representante do arcadismo lusitano. Embora ícone deste movimento literário, é uma figura inserida num período de transição do estilo clássico para o estilo romântico que terá forte presença na literatura portuguesa do século XIX.
Era primo, em segundo grau, do zoólogo José Vicente Barbosa du Bocage.

Nascido em Setúbal às três horas da tarde de 15 de setembro de 1765, falecido em Lisboa na manhã de 21 de dezembro de 1805, era filho do bacharel José Luís Soares de Barbosa, juiz de fora, ouvidor, e depois advogado, e de D. Mariana Joaquina Xavier l'Hedois Lustoff du Bocage, cujo pai era francês.
Teve cinco irmãos. O pai do poeta, José Luís Soares de Barbosa, nasceu em Setúbal, em 1728. Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, foi juiz de fora em Castanheira e Povos, cargo que exercia durante o Sismo de Lisboa de 1755, que arrasou aquelas povoações.
Em 1765, foi nomeado ouvidor em Beja. Acusado de ter desviado a décima enquanto ouvidor, possivelmente uma armadilha para o prejudicar, visto ser próximo de pessoas que foram vítimas de Pombal, o pai de Bocage foi preso para o Limoeiro em 1771, nunca chegando a fazer defesa das suas acusações. Com a morte do rei D. José I, em 1777, dá-se a "viradeira", que valeu a liberdade ao pai do poeta, que voltou para Setúbal, onde foi advogado.
A sua mãe era segunda sobrinha da célebre poetisa francesa, madame Anne-Marie Le Page du Bocage, tradutora do "Paraíso" de Milton, imitadora da "Morte de Abel", de Gessner, e autora da tragédia "As Amazonas" e do poema épico em dez cantos "A Columbiada", que lhe mereceu a coroa de louros de Voltaire e o primeiro prémio da academia de Rouen.
Apesar das numerosas biografias publicadas após a sua morte, boa parte da sua vida permanece um mistério. Não se sabe que estudos fez, embora se deduza da sua obra que estudou os clássicos e as mitologias grega e latina, que estudou francês e também latim. A identificação das mulheres que amou é duvidosa e discutível.
A sua infância foi infeliz. O pai foi preso, quando ele tinha seis anos e permaneceu na cadeia seis anos. A sua mãe faleceu quando tinha dez anos. Possivelmente ferido por um amor não correspondido, assentou praça como voluntário em 22 de setembro de 1781 e permaneceu no Exército até 15 de setembro de 1783. Nessa data, foi admitido na Escola da Marinha Real, onde fez estudos regulares para guarda-marinha. No final do curso desertou, mas, ainda assim, surge nomeado guarda-marinha por D. Maria I.
Nessa altura, já a sua fama de poeta e versejador corria por Lisboa.
Em 14 de abril de 1786, embarcou como oficial de marinha para a Índia, na nau “Nossa Senhora da Vida, Santo António e Madalena”, que chegou ao Rio de Janeiro em finais de Junho.
Na cidade, viveu na actual Rua Teófilo Otoni, e diz o "Dicionário de Curiosidades do Rio de Janeiro" que "gostou tanto da cidade que, pretendendo permanecer definitivamente, dedicou ao vice-rei algumas poesias-canção, cheias de bajulações, visando atingir os seus objectivos. Sendo porém o vice-rei avesso a elogios,e admoestado com algumas rimas de baixo calão, que originaram a famosa frase: "quem tem c... tem medo, e eu também posso errar", fê-lo prosseguir viagem para as Índias". Fez escala na Ilha de Moçambique (início de setembro) e chegou à Índia em 28 de outubro de 1786. Em Pangim, frequentou de novo estudos regulares de oficial de marinha. Foi depois colocado em Damão, mas desertou em 1789, embarcando para Macau.
Foi preso pela inquisição, e na cadeia traduziu poetas franceses e latinos.
A década seguinte é a da sua maior produção literária e também o período de maior boémia e vida de aventuras.
Ainda em 1790 foi convidado e aderiu à Academia das Belas Letras ou Nova Arcádia, onde adoptou o pseudónimo Elmano Sadino. Mas passado pouco tempo escrevia já ferozes sátiras contra os confrades.
Em 1791, foi publicada a 1.ª edição das “Rimas”.
Dominava então Lisboa o Intendente da Polícia Pina Manique que decidiu pôr ordem na cidade, tendo em 7 de agosto de 1797 dado ordem de prisão a Bocage por ser “desordenado nos costumes”. Ficou preso no Limoeiro até 14 de novembro de 1797, tendo depois dado entrada no calabouço da Inquisição, no Rossio. Ficou até 17 de fevereiro de 1798, tendo ido depois para o Real Hospício das Necessidades, dirigido pelos Padres Oratorianos de São Filipe Neri, depois de uma breve passagem pelo Convento dos Beneditinos. Durante este longo período de detenção, Bocage mudou o seu comportamento e começou a trabalhar seriamente como redator e tradutor. Só saiu em liberdade no último dia de 1798.
De 1799 a 1801 trabalhou sobretudo com Frei José Mariano da Conceição Veloso, um frade brasileiro, politicamente bem situado e nas boas graças de Pina Manique, que lhe deu muitos trabalhos para traduzir.
A partir de 1801, até à morte por aneurisma, viveu em casa, por ele arrendada, no Bairro Alto, naquela que é hoje o n.º 25 da Travessa André Valente.
O dia 15 de setembro, data de nascimento do poeta, é feriado municipal em Setúbal.


Meu ser evaporei na luta insana 


Meu ser evaporei na luta insana
Do tropel de paixões que me arrastava:
Ah! cego eu cria, ah! mísero eu sonhava
Em mim quasi imortal a essência humana!

De que inúmeros sóis a mente ufana
Existência falaz me não dourava!
Mas eis sucumbe Natureza escrava
Ao mal, que a vida em sua origem dana.

Prazeres, sócios meus, e meus tiranos!
Esta alma, que sedenta em si não coube,
No abismo vos sumiu dos desenganos

Deus, ó Deus!... quando a morte a luz me roube,
Ganhe um momento o que perderam anos,
Saiba morrer o que viver não soube.

 
in Rimas (1791) - Bocage

Johnny Ramone morreu há onze anos

Estátua de Johnny Ramone no Hollywood Forever Cemetery

John William Cummings (Long Island, Nova Iorque, 8 de outubro de 1948 - Los Angeles, Califórnia, 15 de setembro de 2004), mais conhecido como Johnny Ramone, foi um dos mais influentes guitarristas de punk rock da história, tendo integrando a banda Ramones. Assim como o vocalista Joey Ramone, ele permaneceu membro do quarteto punk até ao seu fim.

(...)

Em 15 de setembro de 2004 morreu em Los Angeles, depois de 5 anos lutando contra um cancro da próstata. Encontra-se sepultado no Hollywood Forever Cemetery, Hollywood, Condado de Los Angeles, Califórnia nos Estados Unidos.[1]
Em 2003, a revista Time colocou-o na lista dos "10 Melhores Tocadores de Guitarra Elétrica". No mesmo ano, a 27 de agosto de 2003, a revista Rolling Stone colocou-o em 16º na lista dos "100 melhores guitarristas de todos os tempos", mas, em 2011, a Rolling Stone modificou a lista dos 100 melhores guitarristas de todos os tempos, tendo passado para o lugar 28º de melhor guitarrista da história do rock.
Desde a morte de Johnny, Eddie Vedder dedica-lhe, em todas performances ao vivo, a canção Man of the Hour.



segunda-feira, setembro 14, 2015

Grace Kelly morreu há 33 anos...

Grace Patricia Kelly (Filadélfia, 12 de novembro de 1929 - Monte Carlo, Mónaco, 14 de setembro de 1982) foi uma premiada atriz norte-americana, vencedora do Óscar na categoria de Melhor Atriz e, após o seu casamento com Rainier III, príncipe-soberano de Mónaco, tornou-se a princesa de Mónaco, sendo conhecida também como a Princesa Grace de Mónaco.


Amy Winehouse nasceu há 32 anos

Amy Jade Winehouse (Londres, 14 de setembro de 1983 - Londres, 23 de julho de 2011) foi uma cantora e compositora britânica, conhecida pela sua voz poderosa e profunda de contralto e uma mistura eclética de géneros musicais, incluindo soul, jazz e R&B.
Começou uma carreira musical ainda na adolescência, apresentando-se em pequenos clubes de jazz em Londres. No fim de 1999, assinou o seu primeiro contrato com uma editora discográfica, a EMI Music, mas, após ter sido descoberta por Darcus Breeze, em 2001, assinou novo contrato com a Island Records.
A sua primeira aparição na cena musical britânica foi em 2003, com o seu álbum de estreia, Frank. O disco foi bem recebido pela crítica especialista, mas, inicialmente, não obteve sucesso comercial apesar de ter produzido quatro singles, todos sem êxito. Foi em 2006, com o lançamento do seu segundo álbum de estúdio, Back to Black, que Amy Winehouse ganhou visibilidade como uma artista. Este obteve sucesso da crítica e comercial e alcançou as posições mais elevadas no ranking internacional, tendo atingido o número um em 23 países, incluindo o Reino Unido, a Áustria, a Alemanha e a Dinamarca, enquanto nos Estados Unidos chegou à sua posição máxima como número dois. Desse trabalho, foram retirados seis singles, sendo "Rehab" o mais bem-sucedido. Back to Black vendeu seis milhões de cópias e foi o disco mais vendido de 2007. No ano seguinte, o álbum foi nomeado para seis categorias na 50.ª edição dos Grammy Awards, das quais venceu cinco, o que fez de Winehouse a artista feminina britânica que foi mais premiada em apenas uma edição.
Considerada a desencadeadora da nova Invasão Britânica, Amy Winehouse é referida como uma revolucionária da música soul pela crítica especialista. Ela é citada como influência musical por vários cantores, incluindo Adele, Duffy, Bruno Mars, Lady Gaga e Sam Smith, e foi a intérprete que mais vendeu a nível digital no Reino Unido, em 2007. Ao longo de 2007, acumulou rendimentos estimados em dez milhões de libras e foi posicionada no número dez na "Lista dos Ricos" do jornal inglês Sunday Times, em 2008. No mesmo ano, foi eleita a "heroína suprema" dos britânicos pelo canal de televisão Sky News, com base numa pesquisa realizada entre pessoas com menos de 25 anos de idade e na lista elaborada pela revista Veja, em 2009, das cantoras internacionais que mais venderam em solo brasileiro no ano anterior, ficou na primeira posição com mais de quinhentos mil álbuns vendidos, o que fez dela uma das recordistas de vendas no país. Ao longo da sua carreira, Winehouse vendeu um número estimado de trinta milhões de CD's e DVD's em todo o mundo, tornando-se uma das artistas que mais venderam a nível global. As suas conquistas incluem três prémios Ivor Novello Awards e um total de seis Grammy Awards. No entanto, apesar de bem-sucedida, a sua carreira foi muitas vezes ofuscada pelos seus problemas pessoais, principalmente pelo seu casamento conturbado com o ex-assistente de vídeo Blake Fielder-Civil, uma vez que as disputas do casal foram diariamente comentadas pela imprensa. Além disso, o seu envolvimento com álcool e drogas e a sua luta para superar estas dependências também prejudicaram a sua imagem pública.
Amy Winehouse foi encontrada morta em sua casa em Londres, a 23 de julho de 2011. A causa da morte foi intoxicação por álcool. Após o falecimento da cantora, Back to Black tornou-se o disco mais vendido do século XXI no Reino Unido. Posteriormente, foi lançada a compilação póstuma Lioness: Hidden Treasures, que recebeu análises positivas dos media especializados e teve um desempenho comercial favorável. Nesse mesmo ano, o periódico sueco Metro International concedeu à cantora o título de "Celebridade do Ano", enquanto o canal VH1 a colocou na 26.ª posição na sua lista das "100 Grandes Mulheres na Música", em 2012, e a BBC proclamou-a o talento vocal mais preeminente da sua geração.

domingo, setembro 13, 2015

Peter Cetera - 71 anos

Peter Paul Cetera (Chicago, 13 de setembro de 1944) é um cantor norte-americano, mais conhecido pela sua carreira como baixista e vocalista da banda americana Chicago. Antes de se juntar aos Chicago, em 1967 (ainda com o nome de Chicago Transit Authority - anteriormente The Big Thing), foi integrante do grupo The Exceptions, cujo sucesso era a canção My Mind Goes Travelling.


Aquilino Ribeiro, o escritor e regicida, nasceu há 130 anos

Aquilino Gomes Ribeiro (Sernancelhe, Carregal, 13 de setembro de 1885 - Lisboa, 27 de maio de 1963) foi um escritor português.
É considerado por alguns como um dos romancistas mais fecundos da primeira metade do século XX. Inicia a sua obra em 1907 com o folhetim "A Filha do Jardineiro" e depois, em 1913, com os contos de Jardim das Tormentas e com o romance A Via Sinuosa, 1918, e mantém a qualidade literária na maioria dos seus textos, publicados com regularidade e êxito junto do público e da crítica.
Foi um dos que foram implicados no Regicídio de 1908. Tem uma biblioteca e uma Fundação e Casa-Museu com o seu nome em Moimenta da Beira.

A Assembleia da República decide homenagear a sua memória e conceder aos seus restos mortais as honras de Panteão Nacional. A cerimónia de trasladação para a Igreja de Santa Engrácia (Lisboa) ocorreu a 19 de setembro de 2007, não obstante objeções por parte de alguns grupos de cidadãos, devido ao seu assumido envolvimento no Regicídio de 1908.

sábado, setembro 12, 2015

Descoberto mais uma espécie do género Homo fóssil

Bem-vindo, Homo naledi!

O género humano acolheu, nesta quinta-feira, um novo membro, baptizado Homo naledi e cuja descoberta vem complicar ainda mais um pouco a nossa árvore genealógica evolutiva.

Ossos do Homo naledi

Mão do Homo naledi


Maxilar do Homo naledi

Reconstituição da face do Homo naledi


Interior da gruta Dinaledi, onde os fósseis foram encontrados

Uma equipa internacional de cientistas anunciou esta quinta-feira, em conferência de imprensa, a descoberta de uma nova espécie de humanos antigos numa gruta na África do Sul. Os seus resultados foram publicados em dois artigos separados na revista online de acesso livre eLife.

A nova espécie foi baptizada Homo naledi do nome da gruta, Dinaledi – que, em sotho, uma das 11 línguas oficiais da África do Sul, significa “as estrelas”. Situada a uns 40 quilómetros de Joanesburgo, a gruta faz parte do local arqueológico conhecido como "Berço da Humanidade", que a UNESCO classificou como património mundial devido à riqueza de depósitos com fósseis que alberga nas suas inúmeras grutas.

Os 1.550 fósseis agora analisados, que são sobretudo ossos mas também dentes, foram recolhidos durante duas expedições à gruta, respectivamente em novembro de 2013 e março de 2014. Quatro dezenas de cientistas, liderados por Lee Berger, paleoantropólogo da Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, participaram no empreendimento.

Desde 2008 que Berger começou a realizar uma prospecção minuciosa do Berço da Humanidade. E em 2010, já descobrira aliás uma nova espécie de australopiteco, o Australopithecus sediba. Não admira portanto que a actual descoberta tenha agora feito exclamar a Eric Delson, do Museu Americano de História Natural de Nova Iorque, citado pelo New York Times: “Berger does it again!” (algo como “Berger volta a marcar!”)

Os ossos provêm de pelo menos 15 indivíduos e “representam a maior colecção de restos de hominíneos jamais descoberta no continente africano”, lê-se num comunicado da Universidade do Colorado (EUA), que também participou no trabalho.

“Astronautas subterrâneas”
O novo “homem das estrelas” merece duplamente a sua alcunha. É que, para aceder à câmara da gruta onde se encontravam a ossadas fósseis – a “câmara das estrelas” – foi precisa a ajuda de seis autênticas “astronautas subterrâneas”, lê-se ainda no mesmo comunicado. Seis jovens mulheres que desceram pela única via de acesso existente: uma fissura vertical, longa de 12 metros, cuja largura é por vezes da ordem dos 20 centímetros!

“A câmara que contém os fósseis está a uns 30 metros de profundidade e a cerca de 80 metros de distância, em linha recta, da entrada actual mais próxima da câmara”, lê-se num dos artigos publicados na eLife, que descreve a descoberta focando-se no contexto geológico e nas condições de fossilização das ossadas.

“Na gruta, encontrámos adultos e crianças que pertencem ao género Homo, mas que são muito diferentes dos humanos modernos”, disse por seu lado o co-autor Charles Musiba durante a conferência de imprensa que decorreu em Maropeng, o centro oficial de acolhimento dos visitantes ao Berço da Humanidade. “Eram muito pequenos e tinham o cérebro do tamanho do dos chimpanzés.” Outro elemento da equipa, John Hawks, da Universidade do Wisconsin (EUA), acrescentou: “Tinham o cérebro do tamanho de uma laranja e um corpo muito esbelto.” Na idade adulta, mediam em média um metro e meio de altura e pesavam 45 quilos.

“O minúsculo cérebro e a forma do corpo de Homo naledi são mais próximos do grupo pré-humano dos australopitecos do que de nós”, fez notar Chris Stringer, do Museu de História Natural de Londres e autor de um artigo, na mesma revista, que comenta os resultados. “Mas as mãos, os pulsos e os pés são muito semelhantes aos do homem moderno.”

Caley Orr, também da Universidade do Colorado e co-autor do artigo dedicado aos resultados da análise dos fósseis propriamente ditos, esteve a cargo do estudo das mãos e deu mais pormenores: “A mão tem características de tipo humano que lhe permitiam manipular objectos, mas ao mesmo tempo tem os dedos curvos, bem adaptados para trepar às árvores.”

As mãos de Homo naledi “levam a crer que tinha a capacidade de usar ferramentas”, os seus dedos eram muito curvos e, ao mesmo tempo, é “praticamente impossível distinguir os seus pés dos do homem moderno”, acrescentam em comunicado conjunto a Universidade de Witwatersrand, a Sociedade National Geographic (co-financiadora do projecto) e o Ministério sul-africano da Ciência. “Os seus pés e as suas pernas compridas permitem pensar que era capaz de caminhar durante muito tempo.”

Contudo, a posição exacta da nova espécie na árvore genealógica da evolução humana permanece desconhecida, bem como a idade dos fósseis.

“Se estes fósseis datam do fim do Plioceno [há 5,3 a 2,58 milhões de anos] ou do início do Pleistoceno [há entre 2,58 milhões e 700.000 anos], “é possível que esta nova espécie de Homo, primitivo e com um cérebro pequeno, represente uma fase intermédia entre os australopitecos e o Homo erectus”, teorizam os autores.

Mas se forem mais recentes, especulam ainda, talvez este pequeno humano tenha vivido, no Sul de África, na mesma altura em que ali evoluíram espécies humanas com cérebros maiores.

“Isto suscita muitas perguntas”, disse Musiba. “Quantas espécies de humanos havia? Havia linhagens que surgiam e depois desapareciam? Coexistiram com os humanos modernos? Procriaram com eles?”

Rituais funerários?
Mas há mais, como explica ainda o comunicado da Universidade do Colorado: uma das constatações mais surpreendentes dos cientistas foi que os corpos pareciam ter sido depositados intencionalmente na gruta. “Imaginámos vários cenários, incluindo o ataque de um carnívoro desconhecido, uma morte acidental ou até uma armadilha”, explicou Berger. “E chegámos à conclusão de que o cenário mais plausível é que esses corpos tenham sido deliberadamente colocados naquele sítio.”

Se assim for, isso, só por si, fala da humanidade daqueles homens primitivos e põe em causa a ideia geralmente aceite de que só os humanos mais recentes desenvolveram comportamentos ritualizados. Como salientou Stringer, “a prática indicaria um comportamento surpreendentemente complexo para uma espécie humana ‘primitiva’”. A datação dos fósseis poderá fornecer respostas a este enigma.

“A mistura de características do Homo naledi”, acrescenta Stringer, “mostra mais uma vez a complexidade da árvore genealógica humana e a necessidade de realizar pesquisas mais aprofundadas para perceber a história e as derradeiras origens da nossa espécie”.

Seja como for, a câmara das estrelas “ainda não revelou todos os seus secretos”, frisa Berger. “Há potencialmente centenas, se não milhares, de restos fósseis de Homo naledi que ainda estão lá em baixo.”

in Público - ler notícia

Johnny Cash morreu há 12 anos

John R. Cash, mais conhecido como Johnny Cash, (Kingsland, 26 de fevereiro de 1932 - Nashville, 12 de setembro de 2003) foi um cantor e compositor norte-americano de música country, conhecido pelos seus fãs como "O Homem de Preto". Numa carreira que durou quase cinco décadas ele foi para muitas pessoas a personificação do country. A sua voz sepulcral e o distintivo som boom chicka boom de sua banda de apoio, Tennessee Two, são algumas das suas "marcas registadas".


Barry White nasceu há 71 anos

Barrence Eugene Carter, mais conhecido como Barry White (Galveston, 12 de setembro de 1944 - Los Angeles, 4 de julho de 2003) foi um cantor, compositor, maestro e produtor musical norte-americano. Compositor de inúmeros sucessos em estilo soul e disco e de baladas românticas, era um intérprete com voz profunda e grave inconfundível.


O Rei Afonso VI morreu há 332 anos

Afonso VI de Portugal (Lisboa, 21 de agosto de 1643  - Sintra, 12 de setembro de 1683) foi o vigésimo segundo rei de Portugal e o 2.º Rei de Portugal da Dinastia de Bragança.

Brasão do Rei de Portugal

Steve Biko foi assassinado há 38 anos

Stephen Bantu Biko (Ginsberg Township, 18 December 1946 – Pretoria, 12 September 1977) was an anti-apartheid activist in South Africa in the 1960s and 1970s.
A student leader, he later founded the Black Consciousness Movement which would empower and mobilize much of the urban black population. Since his death in police custody, he has been called a martyr of the anti-apartheid movement. While living, his writings and activism attempted to empower black people, and he was famous for his slogan "black is beautiful", which he described as meaning: "man, you are okay as you are, begin to look upon yourself as a human being".
Even though Biko was never a member of the African National Congress (ANC), the ANC has included him in the pantheon of struggle heroes, going as far as using his image for campaign posters in South Africa's first non-racial elections in 1994. Nelson Mandela said of Biko: "They had to kill him to prolong the life of apartheid."
  
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Death and aftermath
On 18 August 1977, Biko was arrested at a police roadblock under the Terrorism Act No 83 of 1967 and interrogated by officers of the Port Elizabeth security police including Harold Snyman and Gideon Nieuwoudt. This interrogation took place in the Police Room 619 of the Sanlam Building in Port Elizabeth. The interrogation lasted twenty-two hours and included torture and beatings resulting in a coma. He suffered a major head injury while in police custody at the Walmer Police Station, in a suburb of Port Elizabeth, and was chained to a window grille for a day.
On 11 September 1977, police loaded him in the back of a Land Rover, naked and restrained in manacles, and began the 1,100 kilometres (680 mi) drive to Pretoria to take him to a prison with hospital facilities. He was nearly dead owing to the previous injuries. He died shortly after arrival at the Pretoria prison, on 12 September. The police claimed his death was the result of an extended hunger strike, but an autopsy revealed multiple bruises and abrasions and that he ultimately succumbed to a brain hemorrhage from the massive injuries to the head, which many saw as strong evidence that he had been brutally clubbed by his captors. Then Donald Woods, a journalist, editor and close friend of Biko's, along with Helen Zille, later leader of the Democratic Alliance political party, exposed the truth behind Biko's death.
Because of his high profile, news of Biko's death spread quickly, publicizing the repressive nature of the apartheid government. His funeral was attended by over 10,000 people, including numerous ambassadors and other diplomats from the United States and Western Europe. Donald Woods, who photographed his injuries in the morgue as proof of police abuse, was later forced to flee South Africa for England. Woods later campaigned against apartheid and further publicised Biko's life and death, writing many newspaper articles and authoring the book, Biko, which was later turned into the film Cry Freedom. Speaking at a National Party conference following the news of Biko's death then–minister of police, Jimmy Kruger said, "I am not glad and I am not sorry about Mr. Biko. It leaves me cold (Dit laat my koud). I can say nothing to you ... Any person who dies ... I shall also be sorry if I die."
After a 15-day inquest in 1978, a magistrate judge found there was not enough evidence to charge the officers with murder because there were no eyewitnesses. On 2 February 1978, based on the evidence given at the inquest, the attorney general of the Eastern Cape stated he would not prosecute. On 28 July 1979, the attorney for Biko's family announced that the South African government would pay them $78,000 in compensation for Biko's death.
The Truth and Reconciliation Commission, which was created following the end of minority rule and the apartheid system, reported that five former members of the South African security forces who had admitted to killing Biko were applying for amnesty. Their application was rejected in 1999.
On 7 October 2003, the South African justice ministry announced that the five policemen accused of killing Biko would not be prosecuted because the time limit for prosecution had elapsed and because of insufficient evidence.
A year after his death, some of his writings were collected and released under the title I Write What I Like.

sexta-feira, setembro 11, 2015

O Desastre Ferroviário de Alcafache foi há 30 anos...

(imagem daqui)

O Desastre Ferroviário de Moimenta-Alcafache ou Desastre Ferroviário de Alcafache foi um acidente de natureza ferroviária, ocorrido na Linha da Beira Alta, em Portugal, a 11 de setembro de 1985; este acidente foi o pior desastre ferroviário ocorrido no país.

Contexto
O acidente deu-se junto ao Apeadeiro de Moimenta-Alcafache, na freguesia de Moimenta de Maceira Dão, no concelho de Mangualde. Este apeadeiro situa-se entre as estações de Nelas e Mangualde, numa zona de via única.
O acidente envolveu duas composições de passageiros, uma efectuando o serviço internacional entre o Porto e Paris, que circulava com 18 minutos de atraso; a outra fazia um serviço de natureza regional, na direcção de Coimbra. A composição regional era composta pela locomotiva número 1439, da Série 1400 dos Caminhos de Ferro Portugueses, e por 6 ou 7 carruagens, construídas pela companhia das Sociedades Reunidas de Fabricações Metálicas; o internacional era formado por uma locomotiva Série 1960, com o número 1961, e por cerca de 12 carruagens. No total, viajavam cerca de 460 passageiros.
  
Acidente
O serviço regional, com paragem em todas as estações e apeadeiros, chegou à estação de Mangualde,onde deveria permanecer até fazer o cruzamento com o Internacional. No entanto, e não obstante o facto de se terem dado ordens para que a prioridade na circulação fosse atribuída ao serviço internacional, o regional continuou viagem, estimando que o atraso na marcha do Internacional fosse suficiente para a chegada à estação de Nelas, onde, então, se poderia fazer o cruzamento. No entanto, o outro serviço estava circulando com um atraso menor do que o esperado; considerando, erroneamente, que a via estava livre até à estação de Mangualde, também continuou viagem. Após a partida, o chefe da estação de Nelas telefonou para a estação de Moimenta-Alcafache, para avisar da partida do Internacional, sendo, então, informado, que o serviço Regional já se encontrava a caminho. Prevendo que as composições iriam colidir, tentou avisar a guarda-barreira de uma passagem de nível entre ambas as estações, de modo a que esta parasse a composição através da ostentação de uma bandeira ou da colocação de petardos na via; no entanto, esta manobra não foi possível, porque o comboio já ali tinha passado.
Por volta das 18.37 horas, ambas as composições colidiram, encontrando-se a circular a uma velocidade aproximada de 100 quilómetros/hora; o choque destruiu as locomotivas e algumas carruagens em ambas as composições, e provocou vários incêndios devido ao combustível presente nas locomotivas e nos sistemas de aquecimento das carruagens. Devido ao facto dos materiais utilizados nas carruagens não serem à prova de chamas, o fogo propagou-se rapidamente, produzindo grandes quantidades de fumo.
Logo após o acidente, gerou-se o pânico entre os passageiros, que tentaram sair das carruagens. Várias pessoas, entre elas crianças, ficaram presas nos destroços das carruagens, tendo sido socorridos por outros passageiros; outros não conseguiram sair a tempo, tendo morrido nos incêndios ou asfixiadas.

Reacção das equipas de salvamento e rescaldo
O alerta foi dado por militares da Guarda Nacional Republicana, que se encontravam em operações na Estrada Nacional 234, nas proximidades do local do acidente. Apesar dos serviços de salvamento terem chegado apenas escassos minutos após o acidente, a situação no local era caótica, com incêndios no material circulante e na floresta em redor, vários feridos e passageiros em pânico.
Estima-se que, neste acidente, tenham falecido cerca de 150 pessoas, embora as circunstâncias do acidente, e a falta de controlo sobre o número de passageiros em ambos os serviços, impeçam uma contagem exacta do número de vítimas mortais. A estimativa oficial aponta para 49 mortos, dos quais apenas 14 foram identificados, continuando ainda 64 passageiros oficialmente desaparecidos.
A maior parte dos restos mortais que não foram identificados foram sepultados numa vala comum junto ao local do desastre, aonde também foi erguido um monumento em memória das vítimas e das equipas de salvamento.

Análise do acidente
Verificou-se que os chefes das estações não comunicaram entre si, e ao posto de comando de Coimbra, como estava regulamentado, a alteração do local de cruzamento de Mangualde para Nelas; tivesse isto sido feito, a discrepância na circulação teria sido notada, e uma das composições teria ficado parada na estação, de modo a se fazer o cruzamento em segurança.
Por outro lado, devido à falta de um equipamento próprio, revelou-se impossível comunicar com os comboios envolvidos; a única forma de avisar os condutores era através da sinalização, e da instalação de petardos na via, o que, neste caso, não se revelou suficiente. Tivesse isto sido realizado, as composições poderiam ter sido paradas nas estações. O sistema de comunicação utilizado na altura naquele troço, denominado Cantonamento Telefónico, dependia do uso de telefones para transmitir informações entre as estações e o centro de comando.
Após o acidente, foram instalados sistemas mais avançados de segurança, sinalização e controlo de tráfego, como o Controlo de Velocidade, permitindo uma maior eficiência e segurança nas operações ferroviárias, e fazendo com que acidentes como este sejam praticamente impossíveis de acontecer; por outro lado, a introdução de sistemas de rádio-solo permitiu uma comunicação directa entre os maquinistas e as centrais de controlo, e foi proibida a utilização de materiais que facilitem a propagação de chamas nos comboios.

Peter Tosh morreu há 28 anos

Winston Hubert McIntosh, mais conhecido como Peter Tosh (Grange Hill, 19 de outubro de 1944 - Westmoreland, 11 de setembro de 1987), foi um músico pioneiro de reggae/ska, conhecido pela sua militância em prol dos direitos humanos e da legalização da canabis. Foi assassinado a 11 de setembro de 1987, vítima de uma tentativa de assalto.

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Em 1987, Peter Tosh parecia estar voltando ao sucesso; naquele ano, recebeu um Grammy por "Melhor Performance de Reggae" naquele ano, pelo álbum No Nuclear War. No entanto, no dia 11 de setembro, logo após Tosh regressar à Jamaica, um gang de três homens invadiu a sua casa exigindo dinheiro. Tosh disse que não tinha, mas os três homens não acreditaram nele e permaneceram várias horas em casa, torturando Tosh. Quando os amigos de Tosh começaram a chegar a casa para cumprimentá-lo pelo seu regresso, estes ficaram ainda mais nervosos e acabaram por disparar, matando Tosh e os disc jockeys Doc Brown e Jeff "Free I" Dixon. O líder da quadrilha era Dennis "Leppo" Lobban, um homem de quem Peter Tosh havia ficado amigo e ajudado até mesmo a encontrar um emprego, depois de cumprir uma longa sentença na prisão. Leppo entregou-se para as autoridades, foi julgado e condenado, na mais curta deliberação de jurados da história da Jamaica: onze minutos. Foi condenado à morte, porém a sua sentença foi alterada para prisão perpétua em 1995 e ele continua até hoje na cadeia. Nenhum dos seus dois cúmplices foi jamais identificado.


Antero de Quental deixou-nos há 124 anos

Antero Tarquínio de Quental (Ponta Delgada, 18 de abril de 1842 - Ponta Delgada, 11 de setembro de 1891) foi um escritor e poeta português do século XIX que teve um papel importante no movimento da Geração de 70.

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Em 1890, devido à reacção nacional contra o ultimato inglês, de 11 de janeiro, aceitou presidir à Liga Patriótica do Norte, mas a existência da Liga foi efémera. Quando regressou a Lisboa, em maio de 1891, instalou-se em casa da irmã, Ana de Quental. Portador de Distúrbio Bipolar, nesse momento o seu estado de depressão era permanente. Após um mês, em junho de 1891, regressou a Ponta Delgada, cometendo suicídio no dia 11 de setembro de 1891, com dois tiros, num banco de jardim junto ao Convento de Nossa Senhora da Esperança, onde está na parede a palavra "Esperança", no Campo de São Francisco, cerca das vinte horas.

Local do suicídio de Antero, junto do Convento de Nossa Senhora da Esperança


Na Mão de Deus

Na mão de Deus, na sua mão direita,
Descansou afinal meu coração.
Do palácio encantado da Ilusão
Desci a passo e passo a escada estreita.

Como as flores mortais, com que se enfeita
A ignorância infantil, despojo vão,
Depois do Ideal e da Paixão
A forma transitória e imperfeita.

Como criança, em lôbrega jornada,
Que a mãe leva ao colo agasalhada
E atravessa, sorrindo vagamente,

Selvas, mares, areias do deserto...
Dorme o teu sono, coração liberto,
Dorme na mão de Deus eternamente!


Antero de Quental