quarta-feira, junho 05, 2013

O ditador Teodoro Obiang faz hoje 71 anos

Teodoro Obiang Nguema Mbasogo (Wele Nzas, 5 de junho de 1942) é actual presidente da Guiné Equatorial. Obiang foi considerado pela revista Forbes como o oitavo governante mais rico do mundo, apesar do seu país ser considerado um dos mais pobres do planeta.

Nascido no seio do clã Esangui em Acoacán, Obiang juntou-se aos militares durante o período colonial, tendo frequentado a Academia Militar de Saragoça, em Espanha. Alcançou o posto de tenente após a eleição de Francisco Macías Nguema. Sob a liderança de Macías, Obiang ocupou vários cargos, incluindo os de governador de Bioko, chefe da prisão da Praia Negra e líder da Guarda Nacional.

Depôs Francisco Macías, de quem era sobrinho, a 3 de agosto de 1979, num golpe de estado sangrento. Macías foi levado a julgamento pelas suas atividades ao longo da década anterior e condenado à morte. As suas atividades incluíram o genocídio dos bubis. Foi executado a 29 de setembro de 1979 por fuzilamento. Obiang declarou que o novo governo iria trazer um novo começo em contraste com as medidas repressivas tomadas pela administração de Macías. Obiang herdou um país com um tesouro vazio e uma população que tinha decaído para um terço do seu valor em 1968, tendo 50% dos seus anteriores 1,2 milhões de habitantes emigrado para Espanha, para os seus vizinhos africanos ou mortos durante a ditadura do predecessor de Obiang. A presidência foi assumida oficialmente em outubro de 1979. Uma nova constituição foi adotada em 1982. Ao mesmo tempo, Obiang era eleito para um mandato de 7 anos como presidente. Foi reeleito em 1989, sendo candidato único. Após a legalização de outros partidos, foi eleito em 1996 e 2002 em eleições consideradas fraudulentas pelos observadores internacionais.
O regime de Obiang reteve características claramente autoritárias, mesmo após a legalização dos outros partidos em 1991. Muitos observadores nacionais e internacionais consideram o seu regime um dos mais corruptos, etnocêntricos, opressivos e não democráticos do mundo. A Guiné Equatorial é hoje essencialmente um estado de partido único, dominado pelo Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE) de Obiang. Em 2008, o jornalista americano Peter Maas chamou a Obiang "o pior ditator de África", pior mesmo que Robert Mugabe do Zimbabué. A constituição garante a Obiang o poder de governar por decreto. Contudo, Obiang tem muito menos poder que Macías, e grande parte da sua governação tem sido mais suave que a do seu antecessor. Notavelmente, não têm existido as atrocidades que caracterizaram o período de Macías.
Todos os membros, com exceção de um dos 100 assentos parlamentares, pertencem ao PDGE ou estão alinhados com o partido. A oposição está severamente desamparada pela falta de imprensa livre como veículo para a propagação das suas ideias. Cerca de 90% de todos os políticos da oposição vivem no exílio, 550 ativistas anti-Obiang estão presos injustamente e vários foram mortos desde 1979. Em julho de 2003, a estação de rádio estatal declarou que Obiang era um deus "em permanente contacto com o Todo Poderoso" e que "pode decidir matar sem ninguém o chamar a prestar contas e sem ir para o inferno". Ele próprio fez comentários semelhantes em 1993. Apesar desses comentários, continua a alegar ser um devoto católico, tendo sido convidado para ir ao Vaticano pelos papas João Paulo II e Bento XVI. Macías proclamava igualmente ser um deus.
Obiang tem encorajado o culto da sua personalidade assegurando-se que os discursos públicos terminam em votos de prosperidade para si e não para a república. Vários edifícios importantes têm um pavilhão presidencial, várias vilas e cidades têm ruas comemorando o golpe de estado de Obiang contra Macías, tal como é comum entre a população utilizar roupas com a sua cara estampada. Tal como o seu predecessor e outros ditadores africanos, tais como Idi Amin ou Mobutu Sese Seko, Obiang atribuiu a si mesmo vários títulos criativos. Entre eles estão "cavalheiro da grande ilha de Bioko, Annobón e Río Muni". Também se refere a si próprio como El Jefe (O Chefe).
De forma semelhante a Idi Amin, Obiang permitiu propositadamente que se espalhassem rumores sobre se seria ou não canibal. Rumores fictícios sobre o canibalismo têm sido utilizados durante séculos entre o povo fang do centro e oeste africano de forma a criar medo entre os oponentes, dos quais Obiang descende. Vários testemunhos de antigos residentes no país, antes e durante as perseguições, indicam que o canibalismo tem sido utilizado como arma psicológica de guerra. A revista Forbes considera Obiang um dos chefes de estado mais ricos do mundo, com uma riqueza avaliada em cerca de 600 milhões de dólares. Fontes oficiais têm-se queixado de que a Forbes está a contar erradamente propriedades estaduais como pessoais do presidente.
Em 2003, Obiang informou o país de que se sentia obrigado a tomar controlo total sobre o tesouro nacional de forma a prevenir que funcionários públicos fossem tentados a participar em práticas corruptas. Para evitar esta forma de corrupção, Obiang depositou mais de metade de mil milhões de dólares, em contas controladas por si mesmo e pela sua família, no Banco Riggs, em Washington, D.C., levando um tribunal federal americano a multar o banco em 16 milhões de dólares.


Nicko McBrain, o atual baterista dos Iron Maiden, faz hoje 61 anos

Nicko McBrain (nome artístico de Michael Henry McBrain; Londres, 5 de junho de 1952), é um baterista inglês. É atualmente o baterista da banda Iron Maiden, onde ingressou em dezembro de 1982, tendo substituído Clive Burr. Foi antes o baterista da banda Trust.

Ao contrário da maioria dos bateristas de heavy metal, Nicko não é um utilizador frequente do pedal duplo (um mecanismo que permite tocar ritmos de notas musicais constantes no bombo - bass drum - com os dois pés) por considerar esta técnica muito complicada, tendo vindo por isso a desenvolver uma técnica incrivelmente rápida apenas com um pé, no qual consegue seguir perfeitamente os ritmos acelerados de Steve Harris no baixo.
Até hoje Nicko usou pedal duplo nas músicas "Face in the Sand" do álbum "Dance of Death" e na introdução da música "Satellite 15...The Final Frontier" do álbum "The Final Frontier".
Em 2003,na gravação do álbum "Dance of Death", Nicko contribuiu pela primeira vez em mais de 20 anos, com a composição de uma música para o Iron Maiden, escrevendo a linha para baixo em "New Frontier".


Federico García Lorca nasceu há 115 anos

Federico García Lorca (Fuente Vaqueros, 5 de junho de 1898 - Granada, 19 de agosto de 1936) foi um poeta e dramaturgo espanhol, e uma das primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola devido ao seus alinhamentos políticos com a República Espanhola e por ser abertamente homossexual.

Biografia
Nascido numa pequena localidade da Andaluzia, García Lorca ingressou na Faculdade de Direito de Granada em 1914 e, cinco anos depois, transferiu-se para Madrid, onde ficou amigo de artistas como Luis Buñuel e Salvador Dali e publicou os seus primeiros poemas.
Grande parte dos seus primeiros trabalhos baseiam-se em temas relativos à Andaluzia (Impressões e Paisagens, 1918), à música e ao folclore regionais (Poemas do Canto Fundo, 1921-1922) e aos ciganos (Romancero Gitano, 1928).
Concluído o curso, foi para os Estados Unidos e para Cuba, período de seus poemas surrealistas, manifestando seu desprezo pelo modus vivendi americano. Expressou o seu horror com a brutalidade da civilização mecanizada nas chocantes imagens de Poeta em Nova Iorque, publicado em 1940.
Voltando à Espanha, criou um grupo de teatro chamado La Barraca. Não ocultava as suas ideias socialistas e, com fortes tendências homossexuais, foi certamente um dos alvos mais visados pelo conservadorismo espanhol, que ensaiava a tomada do poder, dando início a uma das mais sangrentas guerras fratricidas do século XX.
Intimidado, Lorca regressou a Granada, na Andaluzia, na esperança de encontrar ali um refúgio. Contudo, teve a sua prisão determinada por um deputado, sob o argumento (que se tornou célebre...) de que ele seria "mais perigoso com a caneta do que outros com o revólver".
Assim, num dia de agosto de 1936, sem julgamento, o grande poeta foi executado com um tiro na nuca pelos nacionalistas, e seu corpo foi enterrado num local desconhecido da Serra Nevada. Segundo algumas versões, ele teria sido fuzilado de costas, em alusão à sua homossexualidade. A sua caneta e voz calava-se, mas a Poesia nascia para a eternidade - e o crime teve repercussão em todo o mundo, despertando por todas as partes um sentimento de que o que ocorria na Espanha dizia respeito a todo o planeta. Foi um prenúncio da Segunda Guerra Mundial.

Federico depois da morte
Assim como muitos artistas - e a obra Guernica, de Pablo Picasso -, durante o longo regime ditatorial do Generalíssimo Franco, as suas obras foram proibidas na Espanha.
Com o fim do regime, e o regresso do país à democracia, finalmente  sua terra natal veio a render-lhe homenagens, sendo hoje considerado o maior autor espanhol desde Miguel de Cervantes. Lorca tornou-se o mais notável numa constelação de poetas surgidos durante a guerra, conhecida como "geração de 27", alinhando-se entre os maiores poetas do século XX. Foi ainda um excelente pintor, compositor precoce e pianista. A sua música reflete-se no ritmo e sonoridade da sua obra poética. Como dramaturgo, Lorca fez incursões no drama histórico e na farsa antes de obter sucesso com a tragédia. As três tragédias rurais que localizou na sua Andaluzia, as Bodas de Sangue (1933), Yerma (1934) e A Casa de Bernarda Alba (1936) asseguraram-lhe a sua posição como grande dramaturgo.



Gacela del amor desesperado

La noche no quiere venir
para que tú no vengas
ni yo pueda ir.

Pero yo iré
aunque un sol de alacranes me coma la sien.
Pero tú vendrás
con la lengua quemada por la lluvia de sal.

El día no quiere venir
para que tú no vengas
ni yo pueda ir.

Pero yo iré
entregando a los sapos mi mordido clavel.
Pero tú vendrás
por las turbias cloacas de la oscuridad.

Ni la noche ni el día quieren venir
para que por ti muera
y tú mueras por mí.


in Diván del Tamarit (1936) - Federico Garcia Lorca

D. Fernando, o Infante Santo, morreu há 570 anos

Painéis de São Vicente mostrando, provavelmente, o Beato Fernando de Portugal, dito o Infante Santo

O Beato Fernando de Portugal, dito o Infante Santo (Santarém, 29 de setembro de 1402Fez, 5 de junho de 1443) era o oitavo filho do rei João I de Portugal e de sua mulher Filipa de Lencastre, o mais novo dos membros da Ínclita Geração.

Le bien me plaît

Vida
Cedo se mostrou interessado na questão religiosa e, ainda muito jovem, foi ordenado 2º Administrador da Ordem de Avis por seu pai, que o fizera também 1º Senhor de Salvaterra de Magos e de Atouguia da Baleia.
Por ser o irmão mais novo, não teve acesso, como os mais velhos, a tantas riquezas, e intenta pôr-se ao serviço do Papa, do Imperador, ou de outro soberano europeu para ganhar prestígio e prebendas. O próprio Papa Eugénio IV chegou a oferecer-lhe, em 1434 o título de cardeal que recusou. Por incentivo dos irmãos mais velhos acaba por desistir, virando as suas atenções para a luta da cruzada em Marrocos, da qual lhe poderia vir imensa boa fortuna.
Assim, em 1437 participa numa expedição militar ao Norte de África, comandada pelo irmão mais velho o Infante D. Henrique, mas com o voto desfavorável dos outros infantes, Pedro, Duque de Coimbra e João, Infante de Portugal e do próprio Rei D. Duarte que, vítima de estranhos pressentimentos, só muito a contragosto consentiu na partida da expedição. O Rei terá entregue ao Infante D. Henrique uma carta com algumas recomendações úteis, que foram por algum motivo ignoradas. A campanha revelou-se um desastre e, para evitar a chacina total dos portugueses, estabeleceu-se uma rendição pela qual as forças portuguesas se retiram, deixando o infante como penhor da devolução de Ceuta (conquistada pelos portugueses em 1415). No entanto, o Infante pareceu ter pressentido o seu destino, pois ao despedir-se do seu irmão D. Henrique, lhe terá dito "Rogai por mim a El-Rei, que é a última vez que nos veremos!"
A divisão na metrópole entre os apoiantes da entrega imediata de Ceuta, ou a sua manutenção, conseguindo por outras vias (diplomática ou bélica), o resgate do infante, foi coeva da morte de D. Duarte (que morreu vítima da epidemia de peste que contaminou o Reino e ao que parece, de desgosto pelo fracasso da expedição a Tânger e do cativeiro de D. Fernando), o que impediu um desfecho favorável à situação.
Fernando foi entretanto levado para Fez, sendo tratado ora com todas as honras, ora como um prisioneiro de baixa condição (sobretudo depois de uma tentativa de evasão gorada, patrocinada por Portugal). Daí escreve ao seu irmão D. Pedro, então regente do reino, um apelo, pedindo a sua libertação a troco de Ceuta. Mas a divisão verificada na Corte em torno deste problema delicado e diversas ocorrências ocorridas com os governadores da praça-forte levam a que D. Fernando assuma o seu cativeiro com resignação cristã e morra no cativeiro de Fez em 1443 - acabando assim o problema da devolução ou não de Ceuta por se resolver naturalmente. Pelo seu sacrifício em nome dos interesses nacionais, viria a ganhar o epíteto de Infante Santo.
Pesará sempre a lembrança da morte trágica de D. Fernando, e com a maioridade de Afonso V, seu sobrinho, desejoso de feitos guerreiros contra o Infiel em África, sucedem-se as tentativas de conquista, viradas sempre para Tânger, a fim de o vingar - primeiro em 1458 (acabando por desistir, dada a aparente inexpugnabilidade da cidade, e voltando-se para Alcácer Ceguer), depois nas "correrias" de 1463-1464, enfim a tomada de Arzila em 1471, embora uma vez mais o objectivo fosse Tânger. De resto, após a tomada de Arzila, os mouros de Tânger, sentindo-se desprotegidos (pois eram a única praça muçulmana no meio de terra de cristãos) e abandonados pelo seu chefe (que a troco do reconhecimento, por Afonso V, do título de rei de Fez, concedia ao monarca português o domínio de todo a região a Norte de Arzila, na qual Tânger se encontrava), deixaram a cidade, facto que muito custou ao rei português, por se ver assim impossibilitado de fazer pagar cara a morte de D. Fernando, seu tio.

Devoção
Por meio desse mesmo tratado concluído com o agora rei de Fez, os restos mortais do Infante, que se achavam naquela cidade, passaram para as mãos dos portugueses, tendo sido solenemente transferidos para o Mosteiro da Batalha, onde hoje repousam ao lado dos pais e irmãos, na Capela do Fundador.
O seu culto religioso foi aprovado em 1470 e os hagiógrafos incluem-no no rol dos beatos portugueses.
Uma teoria recente sobre os Painéis de São Vicente de Fora defende que os mesmos têm como figura central o próprio Infante Santo, e não S. Vicente, estando o mesmo rodeado pelos seus irmãos e família nos painéis centrais. Este conhecido quadro de Nuno Gonçalves seria assim uma homenagem nacional ao Infante mártir, morto no exílio por defesa do território nacional.

Há 46 anos, Israel esmagou os seus vizinhos países árabes em seis dias

Esquema da conquista da península do Sinai durante a Guerra dos Seis Dias

A Guerra dos Seis Dias foi um conflito armado que opôs Israel a uma frente de países árabes - Egito, Jordânia e Síria, apoiados pelo Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Argélia e Sudão.
O crescimento das tensões entre os países árabes e Israel, em meados de 1967, levou ambos os lados a mobilizarem as suas tropas. A Força Aérea Israelita lançou um ataque preventivo e arrasador à força aérea egípcia. Segundo Menahem Begin, "em junho de 1967, tivemos novamente uma alternativa. As concentrações do exército egípcio nas proximidades do Sinai não provam que Nasser estivesse realmente a ponto de atacar-nos. Temos que ser honestos. Nós decidimos atacá-lo." Yitzhak Rabin, chefe do Estado Maior de Israel em 1967, declarou: "Não penso que Nasser buscava uma guerra. As duas divisões que enviou ao Sinai não seriam suficientes para lançar uma guerra ofensiva. Ele sabia e nós o sabíamos."
O plano traçado pelo Estado-Maior de Israel, chefiado pelo general Moshe Dayan (1915-1981), começou a ser posto em prática às 07.45 horas da manhã do dia 5 de junho de 1967, quando caças israelitas atacaram nove aeroportos militares, aniquilando a força aérea egípcia antes que esta saísse do chão e causando danos às pistas de aterragem, inclusive com bombas de efeito retardado para dificultar as reparações. Ao mesmo tempo, forças blindadas de Israel investiam contra a Faixa de Gaza, o sul da Síria, os Montes Golã e o norte do Sinai. A Jordânia abriu fogo em Jerusalém, e a Síria interveio no conflito depois de ser atacada.
No terceiro dia de luta, todo o Sinai já estava sob o controle de Israel. Nas 72 horas seguintes, Israel impôs sua superioridade militar, ocupando também a Cisjordânia, o sector oriental de Jerusalém e as Colinas de Golã, na Síria.
Como resultado da guerra, aumentou o número de refugiados palestinos na Jordânia e no Egito. Síria e Egito estreitaram ainda mais as relações com a URSS, aproveitando também para renovarem seu arsenal de blindados e aviões, além de conseguirem a instalação de novos mísseis, mais perto do Canal de Suez.

Situação geoestratégia prévia
Nos anos seguintes à crise de Suez, a tensão entre árabes e israelitas havia aumentado perigosamente. Contribuíram para isso vários fatores, entre os quais:
1. A instalação de governos nacionalistas em países árabes (Síria e Iraque), em substituição à dominação colonial europeia. Era uma época em que o pan-arabismo (união de todos os países árabes) estava em ascensão. O Egito e a Síria uniram-se na República Árabe Unida (R.A.U.), e o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser tentava usar a luta comum contra Israel como um fator de aglutinação dos povos árabes sob o seu comando.
2. A formação de movimentos de resistência palestinianos como a Organização de Libertação da Palestina (OLP), chefiada por Ahmed Shukairi e posteriormente por Yasser Arafat, que passaram a atuar de forma cada vez mais agressiva contra o estado judeu. A contínua repetição de episódios de confronto, principalmente ao longo da fronteira de Israel com seus vizinhos, criaram uma situação de atrito constante.
3. A Faixa de Gaza era administrada pelo Egipto (R.A.U.), e a Cisjordânia era parte do território do Reino Hachemita da Jordânia, cujos governos faziam vistas grossas às ações de guerrilha da OLP e grupos menores. O Egito formalizou pactos militares de defesa mútua com a Síria, a Jordânia e o Iraque. Egito e Síria estabelecem, em 1966, um Pacto de Defesa - uma aliança militar que os comprometia reciprocamente em caso de guerra que implicasse um dos dois países.
4. Em 18 de maio de 1967, o presidente egípcio Nasser exigiu do secretário-geral das Nações Unidas, o birmanês U Thant, a retirada das Forças de Paz da ONU que faziam a separação entre os israelitas e egípcios na fronteira. O secretário-geral aceitou as exigências e determinou a retirada dos "capacetes azuis", o que possibilitou a concentração de tropas egípcias frente às tropas israelitas na fronteira.
5. Na sequência, em 22 de maio, Nasser ordenou o encerramento do Estreito de Tiran para os navios israelitas e para todos os que tivessem Israel como destino ou origem, interrompendo o fluxo comercial de Israel pelo Mar Vermelho em uma estratégia de asfixia económica.
O primeiro passo para o desencadear da guerra deu-se em 7 de Abril de 1967, quando Israel lançou um ataque contra posições da artilharia árabe e bases de resistência nos Montes Golã. Durante a operação seis aviões sírios Mig foram abatidos pelos caças Mirage de Israel, que voavam baixo sobre a capital da Síria, Damasco. Esta provocação inflamou as tensões entre árabes e israelitas.
A União Soviética teria passado, através dos seus serviços secretos, informações ao governo sírio, que alertariam para um ataque em massa do exército de Israel. Embora não existam provas absolutas dessa colaboração russa, tais informações teriam ajudado a empurrar tanto a Síria quanto o Egipto para a guerra.
Contudo, o General e Presidente do Egipto, Gamal Abdel Nasser não foi perspicaz sobre uma guerra com Israel e tomou decisões que levavam a uma guerra fechada - um bloqueio para prevenir um provável ataque israelita.
Em maio de 1967, exércitos árabes começaram a juntar forças ao longo das fronteiras de Israel. Ao mesmo tempo Nasser ordenou um bloqueio no Golfo de Aqaba. Enviou tropas para o Deserto do Sinai e pediu aos Capacetes Azuis da ONU para partirem.
Em resposta a esta ação e ao apoio soviético, o exército israelita foi mobilizado. Egito, Síria e Jordânia declararam estado de emergência. Em 22 de maio Nasser fechou o estreito de Tiran aos barcos de Israel, isolando a cidade portuária de Eilat. Três dias mais tarde o exército do Egito moveu-se para junto das fronteiras com Israel. Em 30 de maio, a Jordânia juntou-se ao Pacto Egipto-Síria, formando o Pacto de Defesa Árabe. Durante este período, a imprensa árabe teve um papel vital para a abertura das hostilidades. Jornais e rádios passavam constantemente propaganda contra Israel.
Em 4 de junho de 1967, Israel estava cercado por forças árabes que eram muito mais numerosas do que as suas e seu plano de invasão parecia condenado ao fracasso, até o Mossad pensar numa solução, a guerra era iminente.

Militares israelitas ao lado de uma aeronave árabe destruída, 1967

Os seis dias de guerra
Diante da ação árabe iminente, antes da invasão começar, o governo e os líderes militares de Israel implementaram uma estratégia para furar o bloqueio militar imposto pelos árabes. Logo depois das 08.45 horas do dia 5 de junho lançaram um ataque aéreo contra as forças árabes. Este ataque aéreo, com o nome de código 'Moked', foi desenhado para destruir a Força Aérea do Egito enquanto estava no solo. Em três horas, a maioria dos aviões e bases estava destruída. Os caças israelitas operavam continuamente apenas voltando para se reabastecer de combustível e armamento em apenas sete minutos. Neste primeiro dia, os árabes perderam mais de 400 aviões; Israel perdeu 20. Esses ataques aéreos deram a Israel a hipótese de destroçar de forma desigual as forças de defesa árabes. A ideia inicial era somente deixar inoperante a base aérea egípcia, inviabilizando qualquer descolagem de aviões militares, onde obtiveram êxito.
De seguida, as forças terrestres de Israel deslocaram-se para a Península do Sinai e Faixa de Gaza onde cercaram as unidades egípcias.
A guerra não era longe da frente leste de Israel. O primeiro-ministro de Israel, Levi Eshkol, enviou uma mensagem ao rei Hussein da Jordânia: "Não empreenderemos ações contra a Jordânia, a menos que seu país nos ataque". Mas na manhã do 2º dia, Nasser telefonou a Hussein, encorajando-o a lutar. Ele disse a Hussein que o Egito tinha saído vitorioso no combate da manhã - um engano de Nasser que provocou uma derrota esmagadora da Jordânia, mas que conseguiu impedir que Israel tomasse Amã.
No mesmo dia, às 11.00 horas, tropas da Jordânia atacaram Israel a partir de Jerusalém, com morteiros e artilharia. Com o controle total dos céus, as forças israelitas em terra estavam livres para invadir o Egito e a Jordânia. Por causa disto, os reforços árabes que foram enviados tiveram sérios contratempos, o que permitiu que os israelitas tomassem grande parte da cidade dos jordanos em apenas 24 horas.
No terceiro dia da guerra, 7 de junho, as forças jordanianas foram empurradas para a Cisjordânia, atravessando o rio Jordão. Israel tinha anexada toda a Cisjordânia e Jerusalém, entrando e reunificando a cidade.
A ONU, sob pressão americana, inicia apelo e negociações com os países arabes envolvidos já prevendo um super re-armamento desses países pelos soviéticos, face as perdas havidas, além da possível entrada de mais países muçulmanos nessa guerra, podendo a situação ficar desproporcional e incontrolável. Felizmente conseguiu-se de inicio um acordo de cessar-fogo entre Israel e a Jordânia que entra em vigor nessa tarde. Após o cessar-fogo, o grande contingente de tropas e tanques de Israel foi dirigido contra as forças do Egito no Deserto do Sinai e Faixa de Gaza. As Forças de Defesa de Israel atacaram com três divisões de tanques, páraquedistas e infantaria.
Conscientes de que a guerra somente poderia durar poucos dias face aos apelos da ONU, onde era essencial uma vitória rápida e domínio de territórios limítrofes, apesar de poder haver uma reação, os israelitas concentraram todo o seu poder através das linhas egípcias no Deserto do Sinai.
Em 8 de junho, os israelitas começam o seu ataque no Deserto do Sinai e, sob a liderança do General Ariel Sharon, empurraram os egípcios para o Canal do Suez. No final do dia, as Tzahal alcançaram o canal e a sua artilharia continuou a batalha ao longo da linha de frente, enquanto a força aérea atacava as forças egípcias, que, em retirada, tentavam recuar utilizando as poucas estradas não controladas. No final do dia os israelitas controlavam toda a Península do Sinai e em seguida o Egito, por intervenção da ONU, aceitou um cessar-fogo com Israel.
Às primeiras horas do mesmo dia 8 de junho, Israel bombardeou acidentalmente o navio de guerra americano USS Liberty, ao largo da costa de Israel, que havia sido confundido com um barco de tropas árabes. 34 americanos morreram. Isso obrigou Israel a anteceder a sua aceitação dos acordos de cessar fogo pela ONU que resultaria em poucos dias.
Com o Sinai sob controle, Israel começa o assalto às posições sírias nas Colinas de Golã, no dia 9 de junho. Foi uma ofensiva difícil devido às bem entrincheiradas forças sírias e ao terreno acidentado. Israel envia uma brigada blindada para as linhas da frente, enquanto a infantaria atacava as posições sírias, e ganha o controle das colinas, hoje divididas com tropas sírias e da ONU.
Às 18.30 horas do dia 10 de junho, a Síria retirou-se da ofensiva face ao apelo da ONU e foi assinado o armistício, apesar dos soviéticos iniciarem um re-armamento ao estado sírio.
Era o fim da guerra nos campos de batalha e início da guerra burocrática nas dependências da ONU, como tais países o assinaram. Mas alguns resultados se estenderam por anos posteriores.

Território de Israel antes e depois da Guerra dos Seis Dias

Consequências
A Guerra dos Seis Dias foi uma derrota para os Estados Árabes, que perderam mais de metade do seu equipamento militar. A Força Aérea da Jordânia foi completamente destruída. Os árabes sofreram 18.000 baixas, enquanto do lado de Israel houve 766.
No dia seguinte à conquista da Península do Sinai, o Presidente Nasser do Egipto resignou do cargo, por causa da derrota (embora depois voltasse atrás na sua decisão). Contudo, esta derrota não mudou a atitude dos Estados Árabes em relação a Israel. Em agosto de 1967, líderes árabes reuniram-se em Cartum e anunciaram uma mensagem de compromisso para o mundo: não às negociações diplomáticas e reconhecimento do Estado de Israel, que lhes havia causado um grande prejuízo. Tal guerra amplificou muito a aversão do mundo islâmico relativamente ao estado israelita, até em países que nunca tiveram atrito com ele, que acabaram por cortar relações em definitivo com este, como praticamente todos os países árabes (tal como Irão e Iraque), além do uso da religião islâmica na luta contra Israel.
Quanto a Israel, teve resultados consideráveis como consequência da guerra. As fronteiras sob controle eram agora maiores e incluíam os Montes Golã (com controle dividido com os sírios), a Cisjordânia ("Margem Ocidental") e a Península do Sinai com controle dividido com os egípcios. O controle de Jerusalém foi de considerável importância para o povo judeu, por causa do valor histórico e religioso, já que a cidade foi judaica até há quase 2000 anos atrás, quando os romanos expulsaram os judeus. Depois, com o passar dos séculos, Jerusalém esteve quase sempre sob o controle de grandes Impérios, como o Bizantino, o Otomano e o Britânico, sendo que, apenas após a guerra, voltaria totalmente ao controle de um estado judeu.
Por causa da guerra iniciou-se a fuga dos palestinianos das suas casas. Como resultado, aumentou o número de refugiados na Jordânia, EAU e demais países fronteiriços, principalmente o Líbano. O conflito criou 350.000 refugiados, que foram rejeitados por alguns estados árabes vizinhos. Tais refugiados tem constantemente atacado isoladamente e de forma localizada o estado de Israel, desde a Cisjordânia, Faixa de Gaza e ate do sul do Líbano. E resulta do apoio bélico de alguns países muçulmanos como do Iraque e do Irão entre outros.
E principalmente as consequências refletem nos ataques a países que deram apoio tático, bélico e financeiro ao Estado de Israel, tal qual teve início os ataques terroristas pelo mundo com o apoio da OLP, a estados como o americano, espanhol e inglês entre outros, além de inúmeros atentados terroristas em cidades israelitas.

Daniel Gildenlow, dos Pain of Salvation, nasceu há 40 anos

Daniel Gildenlöw (Eskilstuna, Suécia, 5 de junho de 1973) ficou conhecido mundialmente por ser o vocalista de uma das principais bandas de metal progressivo no cenário musical atual, chamada de Pain of Salvation. Além de ser o vocalista, ele é o segundo guitarrista, compõe, escreve e cria os conceitos temáticos de cada álbum. Gildenlöw também fez parte da banda The Flower Kings, mas saiu dela em 2005, por motivos pessoais.


terça-feira, junho 04, 2013

Just Can't Get Enough...

Aqui fica um excelente cover de uma música de uma banda (Depeche Mode) que eu aprecio bastante, adequado às temperaturas que hoje atingimos, cantada (e não só...) pelas The Saturdays:


A Evacuação de Dunquerque terminou há 73 anos

Evacuação de Dunquerque, Milagre de Dunquerque ou Operação Dínamo, foi uma notável operação militar da Segunda Guerra Mundial. Quase trezentos e quarenta mil soldados aliados foram evacuados, sob intenso bombardeamento, entre 26 de maio e 4 de junho, da cidade francesa de Dunquerque até a cidade inglesa de Dover, um desastre que decorreu da rápida invasão da França pela forças nazis, em 10 de maio de 1940, que avançou rapidamente devido a falta de efetiva resistência aliada.

Há 24 anos terminou da pior forma o protesto na Praça da Paz Celestial em Pequim

(imagens daqui)

O Protesto na Praça da Paz Celestial (Tian'anmen) em 1989, mais conhecido como Massacre da Praça da Paz Celestial, ou ainda Massacre de 4 de Junho consistiu em uma série de manifestações lideradas por estudantes na República Popular da China, que ocorreram entre os dias 15 de abril e 4 de junho de 1989. O protesto recebeu o nome do lugar em que o Exército Popular de Libertação suprimiu a mobilização: a praça Tiananmen, em Pequim, capital do país. Os manifestantes (em torno de cem mil) eram oriundos de diferentes grupos, desde intelectuais que acreditavam que o governo do Partido Comunista era demasiado repressivo e corrupto, a trabalhadores da cidade, que acreditavam que as reformas económicas na China haviam sido lentas e que a inflação e o desemprego estavam dificultando suas vidas. O acontecimento que iniciou os protestos foi o falecimento de Hu Yaobang. Os protestos consistiam em marchas (caminhadas) pacíficas nas ruas de Pequim.
Devido aos protestos e às ordens do governo pedindo o encerramento dos mesmos, houve no Partido Comunista uma divisão de critérios (opiniões) sobre como se deveria responder aos manifestantes. A decisão tomada foi suprimir os protestos pela força, no lugar de atenderem suas reivindicações. Em 20 de maio, o governo declarou a lei marcial e, na noite de 3 de junho, enviou os tanques e a infantaria do exército à praça de Tiananmen para dissolver o protesto. As estimativas das mortes civis variam: 400 a 800 (segundo o jornal The New York Times), 2 600 (segundo informações da Cruz Vermelha chinesa) e sete mil (segundo os manifestantes). O número de feridos é estimado em torno de sete mil e dez mil, da acordo com a Cruz Vermelha. Diante da violência, o governo empreendeu um grande número de prisões para suprimir os líderes do movimento, expulsou a imprensa estrangeira e controlou completamente a cobertura dos acontecimentos na imprensa chinesa. A repressão do protesto pelo governo da República Popular da China foi condenada pela comunidade internacional.
No dia 4 os protestos estudantis intensificam-se. No dia 5 de junho, um jovem solitário e desarmado invade a Praça da Paz Celestial e anonimamente faz parar uma fileira de tanques de guerra. O fotógrafo Jeff Widener, da Associated Press, registou o momento e a imagem ganhou os principais jornais do mundo. O rapaz, que ficou conhecido como "o rebelde desconhecido" ou o homem dos tanques" foi eleito pela revista Time como uma das pessoas mais influentes do século XX. A sua identidade e o seu paradeiro são desconhecidos até hoje.
O Rebelde Desconhecido

Música dos anos oitenta para geopedrados...


Don't Leave Me This Way - The Communards

Don't leave me this way
I can't survive, I can't stay alive
Without you love, oh baby
Don't leave me this way
I can't exist, I will surely miss
Your tender kiss
So don't leave me this way

Oh baby, my heart is full of love and desire for you
So come on down and do what you've got to do
You started this fire down in my soul
Now can't you see it's burning, out of control
So come down and satisfy the need in me
Cos only your good loving can set me free

Don't leave me this way
I don't understand how I'm at your command
So baby please don''t leave me this way

Don't leave me this way
Cos I can't exist
I will surely miss your tender kiss
So don't leave me this way

Oh baby, my heart is full of love and desire for you
So come on down and do what you've got to do
You started this fire down in my soul
Now can't you see it's burning, out of control
So come down and satisfy the need in me
Cos only your good loving can set me free

Don't leave me this way
I can't survive, I can't stay alive
Without you love, oh baby
Don't leave me this way
I can't exist, I will surely miss
Your tender kiss
So don't leave me this way

Oh baby, my heart is full of love and desire for you
So come on down and do what you've got to do
You started this fire down in my soul
Now can't you see it's burning, out of control
So come down and satisfy the need in me
Cos only your good loving can set me free

Mollie King - 26 anos

The Saturdays - da esquerda para a direita: Mollie King, Una Healy, Rochelle Humes, Frankie Sandford e Vanessa White

Mollie Elizabeth King (4 de junho de 1987, Londres) é uma cantora britânica de pop integrante do grupo The Saturdays.

King nasceu em Wandsworth, em Londres. Filha mais nova de Susan e Stephen King. Tem duas irmãs, Laura Ann e Ellen Catherine. Mollie tirou 3 "As" (Psicologia, Economia & Negócios e Desporto) em seu "A-Level" (Advanced Level General Certificate of Education), um certificado de qualificação oferecido pelas instituições de ensino da Inglaterra, Irlanda do Norte, Camarões e no País de Gales.

King é uma das cinco integrantes do grupo inglês The Saturdays. A banda teve seis top 10 hits, quatro top 5 hits e dois em segunda posição, "If This Is Love", "Up", "Issues", "Just Can't Get Enough" for Comic Relief, "Forever is Over" e "Ego". A banda é formada por King, Una Healy, Frankie Sandford, Vanessa White e Rochelle Wiseman. Juntamente com as The Saturdays participou de uma tour sold out, e uma mini tour na Ásia. Ela é conhecida por ser a 'elegante' e por tocar viola. The Saturdays acompanharam as Girls Aloud na tunê "Tangled Up Tour". Apareceu no programa inglês The X Factor mas não passou da primeira fase. Participou novamente com a banda "Fallen Angelz", formada em 2005, e apesar de conseguir passar para a segunda fase não foi muito longe na competição. 

Depois de ingressar nas The Saturdays, King passou a trabalhar como modelo, fazendo campanhas para a Gillette, Abercrombie & Fitch e Clean & Clear.

Apareceu em um episódio da série Hollyoaks Later, junto com sua colega de banda Frankie Sandford. Junto com as The Saturdays apareceu na série da BBC, Myths. Também apareceu em dois episódios do show online Sam King como ela mesma interpretando uma ex-namorada. Depois das The Saturdays, apareceu em Singing with the Enemy, com sua antiga banda, as Fallen Angelz.


Raul Indipwo morreu há 7 anos

Milo & Raul (daqui)

Raúl José Aires Corte Peres Cruz (Chibia, Huíla, Angola; 1933 - Barreiro, 4 de junho de 2006), conhecido como Raul Indipwo foi um cantor e pintor angolano. Em 1959 Raul Indipwo e Milo MacMahon formaram o grupo Duo Ouro Negro, que fez grande sucesso nas décadas 60 e 70, quer em Angola quer em Portugal (e mesmo no exterior do país).
Raul faleceu em 4 de junho de 2006 em Portugal.


segunda-feira, junho 03, 2013

Georges Bizet morreu há 138 anos

Georges Bizet, nascido Alexandre César Léopold Bizet, (Paris, 25 de outubro de 1838 - Bougival, 3 de junho de 1875) foi um compositor francês, principalmente de óperas. Numa curta carreira, devido à sua prematura morte, ele atingiu poucos sucessos antes do seu trabalho final, Carmen, que se viria a tornar uma das mais populares e frequentemente interpretadas óperas no reportório operístico.
Durante uma brilhante carreira como estudante no Conservatório de Paris, Bizet venceu muitas competições, incluindo o prestigiado Prix de Roma em 1857. Ele foi reconhecido como um excelente pianista, embora ele optou por não aproveitar essa habilidade e raramente tocava em público. Retornando a Paris, após quase três anos na Itália, ele descobriu que os principais teatros de ópera parisiense preferia o reportório clássico, estabelecido pelas obras recém-compostas. As suas composições orquestrais e para piano foram igualmente ignoradas, como resultado, a sua carreira paralisou e ele ganhava a vida organizando e transcrevendo a música dos outros. Começou muitos projetos teatrais durante a década de 1860, a maioria das quais foram abandonadas. Duas óperas suas dominaram os palcos - Les pêcheurs de perles e La jolie fille de Perth - foram sucessos imediatos.
Após a Guerra Franco-Prussiana, de 1870 até 1871, onde Bizet serviu na Guarda Nacional, ele teve pequenos sucessos com a ópera em um ato Djamileh e uma suíte orquestral derivada da sua música incidental tornou-se instantaneamente popular, L'Arlésienne. A produção da última ópera de Bizet, Carmen, foi adiada por temor de que os seus temas de traição e assassinato ofenderiam o público. Após a première, em 3 de março de 1875, Bizet ficou convencido de que a ópera era um falhanço, tendo morrido de ataque cardíaco três meses depois, sem saber que se tornaria um sucesso espetacular e duradouro.
O casamento de Bizet com Geneviève Halévy foi intermitentemente feliz e produziu um filho. Após a sua morte, os seus trabalhos, exceto Carmen, foram geralmente negligenciados. Manuscritos foram doados ou perdidos e versões de seus trabalhos foram frequentemente revistos e adaptados por outras mãos. Ele não fundou nenhuma escola e não deixou nenhum discípulo ou sucessor. Após anos de negligência, os seus trabalhos começaram a ser interpretados com mais frequência no século XX. Mais tarde, comentários aclamando o compositor como brilhante e génio começaram a surgir, dizendo que a morte prematura foi uma perda significativa para o teatro musical francês.


Suzi Quatro - 63 anos

Suzi Quatro (nascida como Susan Kay Quatrocchio em 3 de Junho de 1950 em Detroit, Michigan) é uma cantora, baixista, personalidade da rádio e atriz norte-americana.
Ela teve uma série de hits de sucesso na década de 1970, que encontraram maior repercussão na Europa do que em sua terra natal, e, um papel recorrente na sitcom popular americana Happy Days.

Início de vida
Quatro nasceu numa família católica e musical, em Detroit, Michigan. O seu pai, Art, um músico de jazz da época, era de ascendência italiana, enquanto a sua mãe, Helen Sanislay, era húngara. Ela é a tia da atriz Sherilyn Fenn, cuja mãe é irmã de Arlene Quatro. Muitas fontes afirmam que o sobrenome de batismo de Quatro era Quatrocchio, mas segundo a sua autobiografia, o avô paterno (cujo nome era Quatrocchio) realmente encurtou o nome da família para "Quatro" antes de Suzi nascer. Quatro começou a sua carreira musical na idade de catorze anos. Ela tocou baixo nas bandas femininas Pleasure Seekers e Cradle com as suas irmãs Patti, Nancy, e Arlene. O seu primeiro baixo foi um Fender Precision (1957), dado a ela pelo seu pai. Patti Quatro mais tarde juntou-se à banda Fanny, uma das primeiras bandas de rock só com mulheres a ganhar a atenção nacional. Ela tem um irmão, Michael Quatro, que também é músico.
Suzi Quatro mudou-se para o Reino Unido em 1971, após ser descoberta em Detroit pelo produtor musical Mickie Most, que produziu The Animals, Jeff Beck, Lulu e Donovan. Nesta época Most havia fundado sua própria gravadora, RAK Records, que fez estrelas como Hot Chocolate e Mud.

O primeiro single de Suzi, "Rolling Stone", não alcançou popularidade, exceto em Portugal, onde chegou ao topo das paradas. O seu segundo single, "Can the Can"(1973) foi um hit número um em todo Europa e Austrália, e foi seguido por mais três sucessos: "48 Crash"(1973), "Daytona Demon "(1973), e "Devil Gate Drive" (1974), todos pela RAK Records.
Essas gravações, no entanto, encontraram pouco sucesso em sua terra natal, EUA, apesar das turnês em meados dos anos 1970 e do apoio de Alice Cooper. Além disso, exceto na Austrália, a popularidade de Quatro e seu glam rock diminuiu a partir de 1975. Nesse íntervalo, ela conseguiu alguns papeis de sucesso como atriz.
Ela é conhecida nos Estados Unidos por seu papel como Leather Tuscadero na série de TV Happy Days. Leather era a fronwoman de uma banda de rock feminina formada com a personagem principal, Joanie Cunningham.

O Papa João XXIII morreu há 50 anos

O Beato Papa João XXIII, nascido Angelo Giuseppe Roncalli (Sotto Il Monte, 25 de novembro de 1881 - Vaticano, 3 de junho de 1963) foi Papa e líder mundial da Igreja Católica Apostólica Romana e Soberano da Cidade do Vaticano de 28 de outubro de 1958 até à data da sua morte. Pertencia à Ordem Franciscana Secular (OFS) e escolheu como lema papal: Obediência e Paz.
Sendo um sacerdote católico desde 1904, ele iniciou a sua vida sacerdotal em Itália, onde foi secretário particular do bispo de Bérgamo, D. Giacomo Radini-Tedeschi (1905-1914), professor do Seminário de Bérgamo e estudioso da vida e obra de São Carlos Borromeu, capelão militar do Exército italiano durante a Primeira Guerra Mundial e presidente italiano do "Conselho das Obras Pontifícias para a Propagação da Fé" (1921-1925). Em 1925, sendo já um arcebispo-titular, iniciou-se a sua longa carreira diplomática, que o levou à Bulgária, como visitador apostólico (1925-1935), à Grécia e Turquia, como delegado apostólico (1935-1944) e à França, como núncio apostólico (1944-1953). Em todos estes países, ele destacou-se pela sua enorme capacidade conciliadora, pela sua maneira simples e sincera de diálogo, pelo seu empenho ecuménico e pela sua bondade corajosa em salvar judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1953, foi nomeado cardeal e Patriarca de Veneza.
Foi eleito Papa no dia 28 de outubro de 1958. Considerado inicialmente um Papa de transição, depois do longo pontificado de Pio XII, ele convocou, para surpresa de muitos, o Concílio Vaticano II, que visava à renovação da Igreja e à formulação de uma nova forma de explicar pastoralmente a doutrina católica ao mundo moderno. No seu curto pontificado de cinco anos escreveu oito encíclicas, sendo as principais a Mater et Magistra (Mãe e Mestra) e a Pacem in Terris (Paz na Terra).
Devido à sua bondade, simpatia, sorriso, jovialidade e simplicidade, João XXIII era aclamado e elogiado mundialmente como o "Papa bom" ou o "Papa da bondade". Mas, mesmo assim, vários grupos minoritários de católicos tradicionalistas acusavam-no de ser maçom, radical esquerdista e heregemodernista por ter convocado o Concílio Vaticano II e promovido a liberdade religiosa e o ecumenismo. Ele foi declarado Beato pelo Papa João Paulo II no dia 3 de setembro de 2000. É considerado o patrono dos delegados pontifícios e a sua festa litúrgica é celebrada no dia 11 de outubro.


OBŒDIENTIA ET PAX

Josephine Baker nasceu há 107 anos

Josephine Baker, nome artístico de Freda Josephine McDonald, (Saint Louis, 3 de junho de 1906 - Paris, 12 de abril de 1975) foi uma célebre cantora e dançarina norte-americana, naturalizada francesa em 1937, e conhecida pelos apelidos de Vénus Negra, Pérola Negra e ainda a Deusa Crioula.
Vedeta do teatro de revista, Josephine Baker é geralmente considerada como a primeira grande estrela negra das artes cénicas.

Porque o Papa João XXIII morreu há 50 anos...

(imagem daqui)


Para João XXIII

Porque não sei de Deus não trago preces.
Sou apenas um homem de boa vontade.
Creio nos homens que acreditam como tu nos homens
creio no teu sorriso fraternal
e no teu jeito de dizer
quase como quem semeia
as palavras que são
trigo da vida.
Creio na paz e na justiça
creio na liberdade
e creio nesse coração terreno e alto
com raízes no céu e em Sotto il Monte
De Deus não sei. Mas quase creio
que Deus poisou nas mãos cheias de terra
dum jovem camponês de Sotto il Monte.

Por isso mando à Praça de S. Pedro
não uma prece
mas a minha canção fraterna e livre
esta canção
que vai pedir-te a humana bênção
João XXIII avô do século.




in A Praça da Canção (1965) - Manuel Alegre