segunda-feira, julho 08, 2024
Amélia Rey Colaço morreu há 34 anos...
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O ditador Kim Il-sung morreu há trinta anos...
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Patativa do Assaré morreu há vinte e dois anos...
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José Mattoso morreu há um ano...
(imagem daqui)
José João da Conceição Gonçalves Mattoso (Leiria, Leiria, 22 de janeiro de 1933 - Torres Vedras, 8 de julho de 2023) foi um historiador medievista e professor universitário português.
Filho do professor do ensino liceal António Gonçalves Mattoso, sobrinho-neto de D. José Alves Mattoso, Bispo da Guarda, e sobrinho do pintor Lino António, José Mattoso nasceu em Leiria. Estudou no Liceu Nacional de Leiria, após o que ingressou na vida religiosa. Durante 20 anos foi monge da Ordem de São Bento, vivendo na Abadia de Singeverga (Portugal), em Lovaina, na Bélgica, e usando o nome de Frei José de Santa Escolástica Mattoso.
No mesmo período em que foi monge, Mattoso licenciou-se em História, na Faculdade de Letras da Universidade Católica de Lovaina, e doutorou-se em História Medieval, pela mesma universidade, com a tese Le Monachisme ibérique et Cluny: les monastères du diocèse de Porto de l'an mille à 1200; o último dos títulos em 1966. Só em 1970 retornou à vida laica, iniciando uma carreira académica.
Foi investigador no Centro de Estudos Históricos (Lisboa), integrado no Instituto de Alta Cultura, e no período subsequente a 1972 foi admitido como professor auxiliar da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Posteriormente, em 1979, tornar-se-ia professor catedrático na recém-criada Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Exerceu ainda as funções de presidente do Instituto Português de Arquivos, de 1988 a 1990, e foi o 8.° diretor da Torre do Tombo, entre 1996 e 1998.
Viveu também em Timor-Leste, colaborando na recuperação do Arquivo Nacional e no Arquivo da Resistência, e lecionando no Seminário Maior de Díli.
Autor de uma extensa bibliografia, é especialista na História Medieval portuguesa, destacando-se as suas obras Ricos-Homens, Infanções e Cavaleiros, Fragmentos de Uma Composição Medieval, O reino dos mortos na Idade Média e Identificação de Um País. Ensaio sobre as Origens de Portugal (1096-1325) (vol. I - Oposição; vol. II - Composição), sucessivamente premiada com o Prémio de História Medieval Alfredo Pimenta e o Prémio Ensaio do P.E.N. Clube Português. Dirigiu também uma edição de oito volumes da História de Portugal (1993-1995).
Recebeu o Prémio Pessoa, em 1987, o Prémio Internacional de Genealogia Bohüs Szögyeny, em 1991, o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, a 10 de junho de 1992, e o Troféu Latino, em 2007.
Desde maio de 2010 era Presidente do Conselho Científico das Ciências Sociais e Humanidades da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
Em junho de 2015 foi anunciado como mandatário nacional do LIVRE/Tempo de Avançar.
- Le monarchisme ibérique et Cluny. Les monastéres du diocése de Porto de l'an mille à 1200, 1968
- As famílias condais portucalenses dos séculos X e XI, 1970
- Beneditina Lusitana, 1974
- Livro de linhagens do Conde D. Pedro, ed. crítica, 1980
- Livros velhos de linhagens, ed. crítica por Joseph Piel e José Mattoso, 1980
- A nobreza medieval portuguesa. A família e o poder, 1981 ; 1994
- Ricos-Homens, infanções e cavaleiros. A nobreza medieval portuguesa nos sécs. XI e XII, 1982 ; 1998
- Religião e cultura na Idade Média portuguesa, 1982 ; 1997
- Narrativas dos Livros de Linhagens, selecção, introdução e comentários, 1983
- Portugal medieval. Novas interpretações, 1985 ; 1992
- O essencial sobre a formação da nacionalidade, 1985 ; 1986
- Identificação de um país. Ensaio sobre as origens de Portugal, 1096-1325, 1985 ; 1995; 2015
- O essencial sobre a cultura medieval portuguesa, 1985 ; 1993
- A escrita da história, 1986
- Fragmentos de uma composição medieval, 1987 ; 1990
- O essencial sobre os provérbios medievais portugueses, 1987
- A escrita da História. Teoria e métodos, 1988 ; 1997
- O castelo e a feira. A Terra de Santa Maria nos séculos XI a XIII, em colab. com Amélia Andrade, Luís Krus, 1989
- Almada no tempo de D. Sancho I (Comunicação), 1991
- História de Portugal (direção), 1992-1994; 1997-2001
- Os primeiros reis (História de Portugal - Vol. I) (Infanto-juvenil), com Ana Maria Magalhães, Isabel Alçada, 1993 ; 2001
- A Terra de Santa Maria no século XIII. Problemas e documentos, em colab. com Amélia Andrade, Luís Krus, 1993
- No Reino de Portugal (História de Portugal - Vol. II) (Infanto-juvenil), com Ana Maria Magalhães, Isabel Alçada, 1994 ; 2003 Coja, 1995
- Tempos de revolução (História de Portugal - Vol. III) (Infanto-juvenil), com Ana Maria Magalhães, Isabel Alçada, 1995
- O reino dos mortos na Idade Média peninsular, ed. lit., 1996
- A Identidade Nacional, 1998 ; 2003
- A função social da História no mundo de hoje, 1999
- A dignidade. Konis Santana e a resistência timorense, 2005
- Portugal O Sabor da Terra, um retrato histórico e geográfico por regiões, com Suzanne Daveau e Duarte Belo. 1998; 2010
- D. Afonso Henriques, 2006
- Naquele Tempo. Ensaios de História Medieval; 2009; 2014
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domingo, julho 07, 2024
Novidades sobre as trilobites...!
Trilobites com 500 milhões de anos “renascem das cinzas” com detalhes nunca vistos
Alguns dos fósseis de trilobite mais perfeitamente preservados alguma vez encontrados revelaram agora pormenores do extinto artrópode, desconhecidos até agora - apesar dos milhões de fósseis recolhidos e estudados ao longo dos últimos dois séculos.
Os dois espécimes, recentemente descobertos, morreram e foram fossilizados rapidamente quando cinzas vulcânicas os sufocaram debaixo de água, há mais de 500 milhões de anos.
Há cerca de 515 milhões de anos, uma erupção vulcânica cobriu as águas pouco profundas do que são atualmente as montanhas do Alto Atlas, em Marrocos.
As cinzas desta erupção envolveram os invertebrados, que viviam na lama do fundo do oceano e interagiram com os químicos da água do mar para se solidificarem numa rocha.
Num novo estudo, publicado esta quinta-feira na Science, os investigadores utilizaram técnicas de imagem de modo a conhecer a anatomia 3D das trilobites, que eram predominantes nos mares do Paleozoico.
“Os apêndices da cabeça e do corpo tinham uma bateria de espinhos densos virados para o interior, como os dos caranguejos-ferradura, que manipulavam e rasgavam as presas ou eliminavam as carcaças à medida que estas se deslocavam para a boca”, diz o coautor do estudo Harry Berks, em comunicado.
“A boca, uma fenda estreita atrás de um lóbulo chamado labrum, conhecida nos artrópodes vivos, nunca foi vista tão claramente numa trilobite”, acrescenta.
Anteriormente, pensava-se que as trilobites possuíam três pares de apêndices na cabeça por detrás das suas antenas, mas ambas as espécies marroquinas indicam, de facto, que tinham quatro.
Segundo o Tech Explorist, para observar o aspeto destas impressões rochosas depois da morte das trilobites, a equipa utilizou microtomografia de raios X de alta resolução. Os raios X foram utilizados para distinguir a densidade da rocha onde uma trilobite foi preservada e espaço onde o corpo estava antes de se desintegrar.
Além disto, os cientistas utilizaram a modelação computorizada de cortes de raios X através de fósseis para analisar toda a anatomia do seu corpo em 3D.
“O trabalho informático é penoso, mas valeu mesmo a pena. Estas trilobites parecem tão vivas que é quase como se pudessem rastejar para fora da rocha”, conclui Berks.
in ZAP
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Marcadores: Câmbrico, Marrocos, Paleontologia, trilobites
Música adequada à data...
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Mahler nasceu há 164 anos
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Leite de Vasconcelos nasceu há 166 anos
José Leite de Vasconcellos Pereira de Melo, mais conhecido por Leite de Vasconcellos (Ucanha, 7 de julho de 1858 – Lisboa, 17 de maio de 1941), foi um linguista, filólogo, arqueólogo e etnógrafo português.
Biografia
José Leite de Vasconcellos Pereira de Melo nasceu no seio de uma família aristocrata na aldeia vinhateira de Ucanha do concelho de Tarouca, a 7 de julho de 1858. Era filho de José Leite Cardoso Pereira de Melo e de Maria Henriqueta Leite de Vasconcellos Pereira de Melo.
A infância e a adolescência foram passadas num meio rural rico em testemunhos históricos, que desde cedo despertaram o seu interesse pela observação das tradições e dos costumes locais, anotando as suas experiências em pequenos cadernos. Deixou a Beira aos 18 anos para trabalhar no Porto, num liceu e num colégio, assim ajudando ao sustento da família e assegurando os seus estudos no Colégio de São Carlos e, mais tarde, na Escola Médico-Cirúrgica do Porto.
Durante o curso de Medicina escreveu uma das suas primeiras obras - Tradições Populares Portuguesas - e editou o opúsculo Portugal Pré-Histórico (1885). Ao concluir o curso e após defesa da tese, A Evolução da Linguagem: Ensaio Antropológico (1886), recebeu o Prémio Macedo Pinto, destinado ao aluno mais brilhante. Assumiu, então, as funções de subdelegado de saúde do Cadaval, onde tinha família, durante seis meses. No entanto, dois anos mais tarde, depois de ter exercido funções de subdelegado de saúde, médico municipal e presidente da Junta Escolar do Cadaval, decide abandonar a carreira médica e dedicar-se ao estudo das suas ciências prediletas: Linguística, Arqueologia e Etnologia.
Prossegue os seus estudos em Paris, tirando um curso de Filologia na Universidade de Paris, no qual defendeu a tese Esquisse d'une dialectologie portugaise (1901), o primeiro importante compêndio diatópico do português (depois continuado e melhorado por Manuel de Paiva Boléo e Luís Lindley Cintra), que foi classificada com a menção de "très honorable". Por essa altura, encetou relações sólidas com figuras de prestígio e desenvolveu pesquisas em obras raras de bibliotecas estrangeiras. Na Biblioteca de Leiden descobriu A canção de Sancta Fides de Agen, manuscrito medieval que publicou em 1902. Na Biblioteca Palatina de Viena identificou o Livro de Esopo, que editou em 1906.
Fez inúmeras viagens em Portugal, visitou vários países europeus e deslocou-se ao Egito para participar no Congresso do Cairo de 1909, no qual presidiu à secção de Arqueologia Pré-Histórica. Estas digressões permitiram-lhe recolher material para o museu e criar laços de amizade com colegas portugueses e estrangeiros. Em 1911 é integrado no corpo docente da recém-criada Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde leciona Filologia Clássica, Filologia Românica, Arqueologia e Epigrafia. Em 1914 solicitou a Bernardino Machado que lhe fosse atribuída a categoria de professor titular de Arqueologia.
Em 1929 aposenta-se. Em sua homenagem, o Museu Etnológico passou a ter o seu nome, tendo Leite de Vasconcellos recebido o título de diretor honorário. A partir dessa altura dedica-se à escrita, na qual se salienta o projeto Etnografia Portuguesa publicado em vários volumes pela Imprensa Nacional. Foi agraciado com diversas distinções, como a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública (1930), a Comenda da Legião de Honra (1930) de França e a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (1937), a que se juntaram muitas outras, alcançadas ao longo da sua carreira, como a de correspondente do Instituto de França (1920). Foi autor, também, de poesia e do maior epistolário português (24.289 cartas de 3.727 correspondentes, editadas em 1999), produto da imensa rede de contactos que estabeleceu ao longo da vida.
Além de fundador das revistas O Arqueólogo Português e Revista Lusitana, foi também um dos criadores da revista O Pantheon (1880-1881) e teve diversas colaborações em publicações periódicas, nomeadamente: A Mulher (1879), Era Nova (1880-1881), Revista de Estudos Livres (1883-1886), A Imprensa (1885-1891), Branco e Negro (1896-1898), Atlântida (1915-1920), Lusitânia (1924-1927), Ilustração (1926-1939), Feira da Ladra (1929-1943), Boletim cultural e estatístico (1937) e Revista de Arqueologia (1932-1938).
Faleceu a 17 de maio de 1941, na sua residência, o número 40 da Rua Dom Carlos de Mascarenhas, freguesia de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa, aos 82 anos de idade, vítima de broncopneumonia, sem nunca ter casado ou ter tido filhos. Deixou em testamento ao Museu Nacional de Arqueologia parte do seu espólio científico e literário, incluindo uma biblioteca com cerca de oito mil títulos, para além de manuscritos, correspondência, gravuras e fotografias. Encontra-se sepultado em jazigo de família, no Cemitério dos Prazeres.
Postado por Fernando Martins às 16:06 0 bocas
Marcadores: Arqueologia, etnografia, filologia, Leite de Vasconcelos, Museu Nacional de Arqueologia
Poesia adequada à data...
Morena
Não negues, confessa
Que tens certa pena
Que as mais raparigas
Te chamem morena.
Pois eu não gostava,
Parece-me a mim,
De ver o teu rosto
Da cor do jasmim.
Eu não... mas enfim
É fraca a razão,
Pois pouco te importa
Que eu goste ou que não.
Mas olha as violetas
Que, sendo umas pretas,
O cheiro que têm!
Vê lá que seria,
Se Deus as fizesse
Morenas também!
Tu és a mais rara
De todas as rosas;
E as coisas mais raras
São mais preciosas.
Há rosas dobradas
E há-as singelas;
Mas são todas elas
Azuis, amarelas,
De cor de açucenas,
De muita outra cor;
Mas rosas morenas,
Só tu, linda flor.
E olha que foram
Morenas e bem
As moças mais lindas
De Jerusalém.
E a Virgem Maria
Não sei... mas seria
Morena também.
Moreno era Cristo.
Vê lá depois disto
Se ainda tens pena
Que as mais raparigas
Te chamem morena!
in A Musa em Férias (1879) - Guerra Junqueiro
Postado por Pedro Luna às 10:10 0 bocas
Marcadores: Guerra Junqueiro, literatura, poesia
Conan Doyle morreu há 94 anos...
Postado por Fernando Martins às 09:40 0 bocas
Marcadores: Conan Doyle, literatura, policiais, Sherlock Holmes
O Vilhena nasceu há 97 anos...
José Alfredo de Vilhena Rodrigues (Figueira de Castelo Rodrigo, 7 de julho de 1927 - Lisboa, 3 de outubro de 2015) foi um escritor, pintor, cartoonista e humorista português. Marcou várias gerações de portugueses e criou centenas de títulos emblemáticos.
Filho duma professora primária e dum proprietário agrícola, passa a sua infância na aldeia de Freixedas, concelho de Pinhel. Aos dez anos de idade foi estudar para Lisboa, indo no meio da adolescência para o Porto, onde realizou um ano de tropa. Cursa arquitetura na Escola de Belas-Artes do Porto, mas fica pelo quarto ano, já que começa a desenhar para jornais.
Fixa-se em Lisboa, na zona do Bairro Alto, onde desenha cartoons para os jornais "Diário de Lisboa", "Cara Alegre" e "O Mundo Ri" (de que foi co-fundador) durante os anos 50. Publica em 1956 Este Mundo e o Outro, a sua primeira coletânea de cartoons, e em 1959 Manual de Etiqueta, livro de textos humorísticos.
Durante os anos 60 a sua atividade de escritor desenvolve-se. Com o fim da revista "O Mundo Ri", publica uma grande quantidade de livros com textos humorísticos. Esses seus mesmos livros e desenhos, muitos deles usando a Censura como tema de paródia, provocaram-lhe problemas com a polícia, mais concretamente com a PIDE, que lhe apreendeu constantemente escritos e lhe causou três estadias na prisão, em 1962, 1964 e 1966. Isso tornou-o muito popular na época. Até ao 25 de abril de 1974 Vilhena redigiu cerca de 70 livros.
Em 1973, Vilhena inicia a publicação, em fascículos, da Grande Enciclopédia Vilhena, que virá a interromper após a Revolução dos Cravos, em 1974, para dar início à publicação da revista Gaiola Aberta, cujo primeiro número sai logo a 15 de maio desse ano. Esta revista de textos e cartoons humorísticos foi mantida por ele durante vários anos, satirizando a sociedade da época o que o levou a ser perseguido e a responder várias vezes em tribunal tendo ficado quase na bancarrota.
Um interregno de quatro anos ocorreu depois devido a uma fotomontagem que envolvia a princesa Carolina Grimaldi, da qual foi alvo de processo de que se defendeu com sucesso, pelo advogado José Hermano Saraiva.
Vilhena volta assim com O Fala Barato, numa primeira edição em forma de jornal e mais tarde em revista (de julho de 1987 a 1994). Depois de deixar de ser publicada seguiu-se «O Cavaco: revista do Humor Possível» (de outubro de 1994 a outubro de 1995) e mais recentemente O Moralista ( de abril de 1996 a abril de 2003).
Faleceu a 3 de outubro de 2015, aos 88 anos de idade, no Hospital de S. Francisco Xavier, vítima de doença prolongada.
in Wikipédia
Capas da revista Gaiola Aberta
Postado por Fernando Martins às 09:07 0 bocas
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Tiveram outrora uma alma - poesia para Geopedrados...
Vivem ali uns tantos cujo sangue
Vivem ali uns tantos cujo sangue
é morno
mas esfria sem demora se vertido. Incubam as crias
por longos meses. Dão-lhes um nome,
agasalho, teta.
Desfilam, vestidos de petroquímica, encaroçados
em cubos metálicos que rolam no crude
fundido, deitado sobre a terra morta.
Uns quantos, desvairados escalam pináculos,
cavalgam ondas colossais.
Outros puxam alavancas, carregam em botões,
colectam coisas, transportam sacas,
enchem recipientes.
Confinam. Formigam. Unem margens apartadas,
passadiços sobre o vazio. Percorrem túneis, tubos,
escavam buracos, tocas; queimam sem descanso a podridão antiga,
milhões de anos acumulada – tiram dela a flama
do movimento.
Tiveram outrora uma alma, ínfimo desvio
do azul
para o vermelho.
in Firmamento (2022) - Rui Lage
Postado por Fernando Martins às 08:50 0 bocas
Marcadores: blog Geopedrados, blogosfera, Geopedrados, poesia, Rui Lage
Ringo Starr nasceu há 84 anos...!
Postado por Fernando Martins às 08:40 0 bocas
Marcadores: bateria, Don't Pass Me By, folk rock, música, pop rock, Ringo Starr, Rock, rock psicadélico, The Beatles
Toto Cutugno celebra hoje oitenta e um anos
Postado por Fernando Martins às 08:10 0 bocas
Marcadores: Eurofestival da Canção, Festival de Sanremo, Itália, L'italiano, música, pop, pop-rock, Toto Cutugno
O incidente da Ponte Marco Polo foi há 87 anos
Postado por Fernando Martins às 08:07 0 bocas
Marcadores: China, Incidente da Ponte Marco Polo, Japão, Segunda Guerra Sino-Japonesa
Vonda Shepard comemora hoje sessenta e um anos
Postado por Fernando Martins às 06:10 0 bocas
Marcadores: Ally McBeal, música, Rock, Tell Him, Vonda Shepard
Saudades de Cazuza...
Postado por Pedro Luna às 03:40 0 bocas
Marcadores: Barão Vermelho, Brasil, Cazuza, homossexuais, MPB, música, Pro Dia Nascer Feliz, punk, Rock, Rock brasileiro, SIDA
Mary Surratt foi enforcada há 159 anos...
Postado por Fernando Martins às 01:59 0 bocas
Marcadores: Abraham Lincoln, forca, inocente, Mary Surratt, pena de morte
Marc Chagall nasceu há 137 anos
Postado por Fernando Martins às 01:37 0 bocas
Marcadores: cubismo, expressionismo, judeus, Marc Chagall, modernismo, pintura, vitral
Mário Sacramento nasceu há 104 anos...
Mário Emílio de Morais Sacramento (Ílhavo, 7 de julho de 1920 - Porto, 27 de março de 1969) foi um médico, escritor neorrealista, ensaísta e político antifascista revolucionário comunista português, que se destacou como uma importante figura do movimento de oposição democrática ao regime do Estado Novo.
Postado por Fernando Martins às 01:04 0 bocas
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