terça-feira, dezembro 20, 2022
Carl Sagan morreu há 26 anos...
Postado por
Fernando Martins
às
00:26
0
bocas
Marcadores: astronomia, Carl Sagan, divulgação científica, literatura
Portugal entregou Macau há vinte e três anos...
Macau é uma das regiões administrativas especiais da República Popular da China desde 20 de dezembro de 1999, sendo a outra Hong Kong. Antes desta data, Macau foi colonizada e administrada por Portugal durante mais de 400 anos e é considerada o primeiro entreposto, bem como a última colónia europeia na Ásia.
Postado por
Fernando Martins
às
00:23
0
bocas
Marcadores: China, descobrimentos, Macau
Léopold Senghor morreu há 21 anos
Seigneur, vous avez visité Paris par ce jour de votre naissance
Parce qu’il devenait mesquin et mauvais
Vous l’avez purifié par le froid incorruptible
Par la mort blanche.
Ce matin, jusqu’aux cheminées d’usines qui chantent à l’unisson
Arborant des draps blancs
- « Paix aux Hommes de bonne volonté! »
Seigneur, vous avez proposé la neige de votre paix au monde divisé, à l’Europe divisée
A l’Espagne déchirée et le Rebelle juif et catholique a tiré ses mille quatre cents canons contre les montagnes de votre Paix.
Seigneur, j’ai accepté votre froid blanc qui brûle plus que le sel.
Voici que mon cœur fond comme neige sous le soleil.
J’oublie
Les mains blanches qui tirèrent les coups de fusils qui croulèrent les empires Les mains qui flagellèrent les esclaves qui vous flagellèrent
Les mains blanches poudreuses qui vous giflèrent, les mains peintes poudrées qui m’ont giflé
Les mains sûres qui m’ont livré à la solitude à la haine
Les mains blanches qui abattirent la forêt de rôniers qui dominait l’Afrique,
au centre de l’Afrique
Droits et durs, les Saras beaux comme les premiers hommes qui sortirent de vos mains brunes.
Elles abattirent la forêt noire pour en faire des traverses de chemin de fer
Elles abattirent les forêts d’Afrique pour sauver la Civilisation, parce qu’on manquait de matière première humaine.
Seigneur, je ne sortirai pas ma réserve de haine, je le sais, pour les diplomates qui montrent leurs canines longues Et qui demain troqueront la chair noire.
Mon cœur, Seigneur, s’est fondu comme neige sur les toits de Paris
Au soleil de votre douceur
Il est doux à mes ennemis, à mes frères aux mains blanches sans neige
A cause aussi des mains de rosée, le soir, le long de mes joues brûlantes.
O Rei do Brega morreu há nove anos...
Postado por
Fernando Martins
às
00:09
0
bocas
Marcadores: Brasil, brega, música, Quando Você Foi Embora, Reginaldo Rossi, Rei do Brega, Rock
Hoje é dia de ouvir a música de Alan Parsons...
Postado por
Pedro Luna
às
00:07
0
bocas
Marcadores: Alan Parsons, Eye In The Sky, música, Rock, The Alan Parsons Project
Pedro Abrunhosa faz hoje 62 anos
Pedro Machado Abrunhosa (Porto, 20 de dezembro de 1960), é um cantor e compositor português.
Postado por
Fernando Martins
às
00:06
0
bocas
Marcadores: Bandemónio, Comité Caviar, música, Pedro Abrunhosa, Rock, Viagens
segunda-feira, dezembro 19, 2022
Perfilados de medo...
Perfilados de Medo - José Mário Branco
Poema de Alexandre O'Neil e música de José Mário Branco
Perfilados de medo, agradecemos
o medo que nos salva da loucura.
Decisão e coragem valem menos
e a vida sem viver é mais segura.
Aventureiros já sem aventura,
perfilados de medo combatemos
irónicos fantasmas à procura
do que não fomos, do que não seremos.
Perfilados de medo, sem mais voz,
o coração nos dentes oprimido,
os loucos, os fantasmas somos nós.
Rebanho pelo medo perseguido,
já vivemos tão juntos e tão sós
que da vida perdemos o sentido...
in Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades - LP de 1971
Postado por
Pedro Luna
às
22:22
0
bocas
Marcadores: Alexandre O'Neill, José Mário Branco, música, música de intervenção, poesia, Surrealismo
Porque hoje é dia de ler, sem medo, Alexandre O'Neill...
O Poema Pouco Original do Medo
O medo vai ter tudo
pernas
ambulâncias
e o luxo blindado
de alguns automóveis
Vai ter olhos onde ninguém os veja
mãozinhas cautelosas
enredos quase inocentes
ouvidos não só nas paredes
mas também no chão
no tecto
no murmúrio dos esgotos
e talvez até (cautela!)
ouvidos nos teus ouvidos
O medo vai ter tudo
fantasmas na ópera
sessões contínuas de espiritismo
milagres
cortejos
frases corajosas
meninas exemplares
seguras casas de penhor
maliciosas casas de passe
conferências várias
congressos muitos
óptimos empregos
poemas originais
e poemas como este
projectos altamente porcos
heróis
(o medo vai ter heróis!)
costureiras reais e irreais
operários
(assim assim)
escriturários
(muitos)
intelectuais
(o que se sabe)
a tua voz talvez
talvez a minha
com certeza a deles
Vai ter capitais
países
suspeitas como toda a gente
muitíssimos amigos
beijos
namorados esverdeados
amantes silenciosos
ardentes
e angustiados
Ah o medo vai ter tudo
tudo
(Penso no que o medo vai ter
e tenho medo
que é justamente
o que o medo quer)
*
O medo vai ter tudo
quase tudo
e cada um por seu caminho
havemos todos de chegar
quase todos
a ratos
Sim
a ratos
in Abandono Vigiado (1960) - Alexandre O'Neill
Postado por
Pedro Luna
às
21:12
0
bocas
Marcadores: Alexandre O'Neill, poesia, Surrealismo
Emily Brontë morreu há 174 anos...
(...)
Emily acreditava que a sua saúde, à semelhança da dos irmãos, tinha sofrido devido ao clima severo do local onde viviam e às condições insalubres da sua casa (a água que recebiam vinha contaminada pelo escoamento do cemitério da igreja). Ela apanhou uma constipação grave durante o funeral do seu irmão Branwell, em setembro de 1848, e a sua saúde piorou ainda mais quando contraiu tuberculose. Apesar de o seu estado de saúde se ter agravado bastante, ela recusou qualquer assistência médica e remédios, dizendo que não queria "veneno, nem médicos" perto dela. Na manhã de 19 de dezembro de 1848, Charlotte, preocupada com o estado de saúde da irmã, escreveu:
Ela fica mais fraca a cada dia que passa. O médico expressou a sua opinião de forma demasiado obscura para ter alguma utilidade: ele enviou alguns medicamentos que ela não tomou. Nunca conheci momentos tão negros como estes, peço a Deus para que nos dê força a todos.
Ao meio-dia, Emily piorou: só conseguia falar através de sussurros entre suspiros. As suas últimas palavras que a família conseguiu ouvir foram: "Podem chamar um médico? Queria que um me visse", mas foi tarde demais. Ela morreu, nesse dia, às duas horas.
Postado por
Fernando Martins
às
17:40
0
bocas
Marcadores: Emily Brontë, literatura, O Monte dos Vendavais
William Turner morreu há cento e setenta e um anos...
Postado por
Fernando Martins
às
17:10
0
bocas
Marcadores: pintura, Reino Unido, romantismo, William Turner
Hoje é dia de recordar Vitorino Nemésio...
Corno Coxo
Fui hoje à Caixa, Marga, receber
A pensão de reforma.
Coxo e doido, Marga. Muito!
Duro é ser velho, e, então, de ossos a arder?
A minha tíbia engole facas.
Fui hoje à Caixa receber
O troco das pernas fracas.
E lembrei-me de ti, que eras habituée
Lá pela ordem dos trinta, dos cinquenta milhões.
Da formiga à cigarra:
(Iguais ocasiões)
- Que faisiez vous aux temps chaux,
Dit-elle à cette emprunteuse.
Lembrei-me de ti com La Fontaine,
Cigarra, claro, chanteuse.
Formiga fora uma aubaine.
Marga, é tão triste o dinheiro!
Até já o ganhas, como eu,
E andaste coxa, cheia de dores
Tu que o atiravas aos punhados
Como em batalha de flores
Estás como os reformados
À espera dos directores
Mas como ainda és bonita
E há sempre um, pronto aos favores,
Vê bem o que ele te debita
Que descontos te faz
Ê provável que insista
Sabendo-te "petite amie" de um pobre pensionista
A menina bem sabe que há certas coisas que nem mesmo um aperto
(Ai, a minha perninha!)
Cornucópia - corno coxo.
in Caderno de Caligraphia e outros Poemas a Marga (2003) - Vitorino Nemésio
Postado por
Pedro Luna
às
12:10
0
bocas
Marcadores: Açores, jornalismo, literatura, poesia, Se bem me lembro, televisão, Terceira, Vitorino Nemésio
Música adequada à data...
Poema: Alexandre O'Neill
Música: Alain Oulman
Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.
Que perfeito coração
no meu peito morreria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.
Postado por
Pedro Luna
às
11:11
0
bocas
Marcadores: Alain Oulman, Alexandre O'Neill, Amália Rodrigues, Fado, Gaivota, música, poesia
Phil Ochs nasceu há oitenta e dois anos...
Philip David "Phil" Ochs (El Paso, Texas, December 19, 1940 – Far Rockaway, New York City, April 9, 1976) was an American protest singer (or, as he preferred, a topical singer) and songwriter who was known for his sharp wit, sardonic humor, earnest humanism, political activism, insightful and alliterative lyrics, and distinctive voice. He wrote hundreds of songs in the 1960s and '70s and released eight albums.
Ochs performed at many political events during the 1960s counterculture era, including anti-Vietnam War and civil rights rallies, student events, and organized labor events over the course of his career, in addition to many concert appearances at such venues as New York City's Town Hall and Carnegie Hall. Politically, Ochs described himself as a "left social democrat" who became an "early revolutionary" after the protests at the 1968 Democratic National Convention in Chicago led to a police riot, which had a profound effect on his state of mind.
After years of prolific writing in the 1960s, Ochs's mental stability declined in the 1970s. He eventually succumbed to a number of problems including bipolar disorder and alcoholism, and died by suicide in 1976.
Some of Ochs's major musical influences were Woody Guthrie, Pete Seeger, Buddy Holly, Elvis Presley, Bob Gibson, Faron Young, and Merle Haggard. His best-known songs include "I Ain't Marching Anymore", "Changes", "Crucifixion", "Draft Dodger Rag", "Love Me, I'm a Liberal", "Outside of a Small Circle of Friends", "Power and the Glory", "There but for Fortune", and "The War Is Over".
Postado por
Fernando Martins
às
08:20
0
bocas
Marcadores: folk, folk rock, música, música de protesto, Phil Ochs, suicídio, When I'm Gone
Jimmy Bain nasceu há 75 anos...
Com os Rainbow
- Rising (1976)
- On Stage (1977)
- Live in Germany1976 (1990, gravado em setembro de 1976)
Com Mike Montgomery
- Solo (1976)
Com David Kubinec
- Some Things Never Change (1978)
Com os Thin Lizzy
- Black Rose: A Rock Legend (1979)
Com Phil Lynott
- Solo in Soho (1980)
- The Philip Lynott Album (1982)
Com os Wild Horses
- Wild Horses (1980)
- Stand Your Ground (1981)
Com Gary Moore
- Dirty Fingers (1983)
Com os Dio
- Holy Diver (1983)
- The Last in Line (1984)
- Sacred Heart (1985)
- Intermission (1986)
- Dream Evil (1987)
- Magica (2000)
- Killing the Dragon (2002)
Com os World War III
- World War III (1991)
Com os 3 Legged Dogg
- Frozen Summer (2006)
Postado por
Fernando Martins
às
07:50
0
bocas
Marcadores: blues rock, Dio, guitarra, hard rock, heavy metal, Jimmy Bain, música, Rainbow, Starstruck
Alan Parsons - 74 anos
Postado por
Fernando Martins
às
07:40
0
bocas
Marcadores: Alan Parsons, música, Rock, The Alan Parsons Project, Time
Richard Leakey nasceu há 78 anos...
Postado por
Fernando Martins
às
07:08
0
bocas
Marcadores: paleoantropologia, Paleontologia, Quénia, Richard Leakey
Alvin Lee nasceu há 78 anos...
Alvin Lee, born Graham Anthony Barnes (Nottingham, 19 December 1944 – Estepona, Spain, 6 March 2013) was an English singer, songwriter and guitarist. He is best known as the lead vocalist and lead guitarist of the blues rock band Ten Years After.
(...)
Lee died on 6 March 2013 in Spain. He died from "unforeseen complications following a routine surgical procedure" to correct an atrial arrhythmia. He was 68. His former bandmates lamented his death. Leo Lyons called him "the closest thing I had to a brother", while Ric Lee (no relation) said "I don't think it's even sunk in yet as to the reality of his passing". Billboard highlighted such landmark performances as "I'm Going Home" from the Woodstock festival and his 1971 hit single "I'd Love to Change the World".
Postado por
Fernando Martins
às
07:08
0
bocas
Marcadores: Alvin Lee, blues, blues rock, guitarra, I'd Love to Change the World, Rock, rockabilly, Ten Years After
Limahl - 64 anos
in Wikipédia
A morte saiu à rua - o Pintor morreu...!
A Morte Saiu À Rua - Zeca Afonso
Naquele lugar sem nome para qualquer fim
E um rio de sangue de um peito aberto sai
E a foice duma ceifeira de Portugal
Vão dizendo em toda a parte o Pintor morreu
Só olho por olho e dente por dente vale
Teu corpo pertence à terra que te abraçou
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
E em todas florirão rosas de uma nação
Postado por
Pedro Luna
às
06:10
0
bocas
Marcadores: A morte saiu à Rua, assassinato, escultura, José Dias Coelho, Luís Represas, música, PIDE, pintura, Vitorino, Zeca Afonso











