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segunda-feira, março 18, 2024

Eric Woolfson nasceu há 79 anos...

    
Eric Norman Woolfson (Glasgow, 18 de março de 1945 - Londres, 2 de dezembro de 2009) foi um músico escocês. Sendo co-fundador do conjunto britânico The Alan Parsons Project, Woolfson atuou como cantor, compositor, letrista, pianista e produtor.
Depois de deixar o conjunto, Woolfson desenvolveu carreira como músico teatral.
  
(...)
 
Eric Woolfson faleceu no dia 2 de dezembro de 2009, após uma longa batalha contra o cancro. Sobreviveram-lhe a sua esposa Hazel e as duas filhas.
 

 


The Alan Parsons Project - Eye in the Sky 

 

Don't think sorry's easily said 

Don't try turning tables instead 

Youv'e taken lots of chances before 

But I'm not gonna give anymore 

Don't ask me That's how it goes 

 Cause part of me knows what youre thinkin 

 

Don't say words youre gonna regret 

Don't let the fire rush to your head 

I've heard the accusation before 

And I ain't gonna take any more 

Believe me 

The sun in your eyes 

Made some of the lies worth believing 

 

I am the eye in the sky 

Looking at you I can read your mind 

I am the maker of rules 

Dealing with fools 

I can cheat you blind 

And I dont need to see any more 

To know that 

I can read your mind, I can read your mind 

 

Dont leave false illusions behind 

Dont cry cause I aint changing my mind 

So find another fool like before 

Cause I aint gonna live anymore believing 

Some of the lies while all of the signs are deceiving

quarta-feira, dezembro 20, 2023

Hoje é dia de ouvir música de Alan Parsons...

Alan Parsons faz hoje 75 anos...!

   
Alan Parsons (Londres, 20 de dezembro de 1948) é um engenheiro de áudio, compositor, músico e produtor musical inglês, filho de Alexander Denys Herbert (Denys) Parsons e Jane Kelty (Kelty) MacLeod. O pai de Parsons foi o desenvolvedor do Parsons Code. O seu bisavô foi ator de teatro e gerente do teatro Herbert Beerbohm-Tree, e o ator de cinema Oliver Reed, primo em primeiro grau, embora nunca se tenham conhecido.
Parsons esteve envolvido na produção de vários álbuns, incluindo Beatles: Abbey Road (1969) e Let It Be (1970), Pink Floyd: The Dark Side of the Moon (1973), e do homónimo álbum de estreia dos Ambrosia, em 1975. O próprio grupo de Parsons, The Alan Parsons Project, bem como as suas gravações a solo subsequentes, também tiveram sucesso comercial. Ele foi indicado para 13 prémios Grammy, tendo obtido a sua primeira vitória em 2019 para o "Melhor Álbum de Áudio Imersivo" com Eye in the Sky (edição de 35º aniversário).
   

 


sábado, dezembro 02, 2023

Música adequada à data...

Eric Woolfson, o letrista, teclista e vocalista da banda The Alan Parsons Project, morreu há catorze anos...

   
Eric Norman Woolfson (Glasgow, 18 de março de 1945 - Londres, 2 de dezembro de 2009) foi um músico escocês. Tendo co-fundado o conjunto britânico The Alan Parsons Project, Woolfson atuou no grupo como cantor, compositor, letrista, pianista e produtor.
Depois de deixar o conjunto, Woolfson desenvolveu uma carreira como músico teatral.
  
(...)
  
Eric Woolfson faleceu no dia 2 de dezembro de 2009, após uma longa batalha contra o cancro. Sobreviveu-lhe a esposa, Hazel, e duas filhas.
  

 


sábado, março 18, 2023

Eric Woolfson nasceu há 78 anos...

    
Eric Norman Woolfson (Glasgow, 18 de março de 1945 - Londres, 2 de dezembro de 2009) foi um músico escocês. Sendo co-fundador do conjunto britânico The Alan Parsons Project, Woolfson atuou como cantor, compositor, letrista, pianista e produtor.
Depois de deixar o conjunto, Woolfson desenvolveu carreira como músico teatral.
  
(...)
 
Eric Woolfson faleceu no dia 2 de dezembro de 2009, após uma longa batalha contra o cancro. Sobreviveram-lhe a sua esposa Hazel e as duas filhas.
 

 


The Alan Parsons Project - Eye in the Sky 

 

Don't think sorry's easily said 

Don't try turning tables instead 

Youv'e taken lots of chances before 

But I'm not gonna give anymore 

Don't ask me That's how it goes 

 Cause part of me knows what youre thinkin 

 

Don't say words youre gonna regret 

Don't let the fire rush to your head 

I've heard the accusation before 

And I ain't gonna take any more 

Believe me 

The sun in your eyes 

Made some of the lies worth believing 

 

I am the eye in the sky 

Looking at you I can read your mind 

I am the maker of rules 

Dealing with fools 

I can cheat you blind 

And I dont need to see any more 

To know that 

I can read your mind, I can read your mind 

 

Dont leave false illusions behind 

Dont cry cause I aint changing my mind 

So find another fool like before 

Cause I aint gonna live anymore believing 

Some of the lies while all of the signs are deceiving

segunda-feira, dezembro 19, 2022

Alan Parsons - 74 anos

   
Alan Parsons (Londres, 20 de dezembro de 1948) é um produtor de discos inglês. Após ter trabalhado como engenheiro de som no famoso estúdio de Abbey Road, atuando em gravações dos Beatles e no álbum The Dark Side of the Moon do Pink Floyd, fundou o grupo The Alan Parsons Project a meio da década de 70.
   

 


sexta-feira, dezembro 02, 2022

Música adequada à data...

Eric Woolfson, o letrista, teclista e vocalista da banda The Alan Parsons Project, morreu há 13 anos...

   
Eric Norman Woolfson (Glasgow, 18 de março de 1945 - Londres, 2 de dezembro de 2009) foi um músico escocês. Tendo co-fundado o conjunto britânico The Alan Parsons Project, Woolfson atuou no grupo como cantor, compositor, letrista, pianista e produtor.
Depois de deixar o conjunto, Woolfson desenvolveu uma carreira como músico teatral.
  
(...)
  
Eric Woolfson faleceu no dia 2 de dezembro de 2009, após uma longa batalha contra o cancro. Deixou esposa, Hazel, e duas filhas.
  

 


sexta-feira, março 18, 2022

Eric Woolfson, da banda The Alan Parsons Project, nasceu há 77 anos

    
Eric Norman Woolfson (Glasgow, 18 de março de 1945 - Londres, 2 de dezembro de 2009) foi um músico escocês. Sendo co-fundador do conjunto britânico The Alan Parsons Project, Woolfson atuou como cantor, compositor, letrista, pianista e produtor.
Depois de deixar o conjunto, Woolfson desenvolveu carreira como músico teatral.
  
(...)
 
Eric Woolfson faleceu no dia 2 de dezembro de 2009, após uma longa batalha contra o cancro. Sobreviveram-lhe a sua esposa Hazel e as duas filhas.
 

 


The Alan Parsons Project - Eye in the Sky 

 

Don't think sorry's easily said 

Don't try turning tables instead 

Youv'e taken lots of chances before 

But I'm not gonna give anymore 

Don't ask me That's how it goes 

 Cause part of me knows what youre thinkin 

 

Don't say words youre gonna regret 

Don't let the fire rush to your head 

I've heard the accusation before 

And I ain't gonna take any more 

Believe me 

The sun in your eyes 

Made some of the lies worth believing 

 

I am the eye in the sky 

Looking at you I can read your mind 

I am the maker of rules 

Dealing with fools 

I can cheat you blind 

And I dont need to see any more 

To know that 

I can read your mind, I can read your mind 

 

Dont leave false illusions behind 

Dont cry cause I aint changing my mind 

So find another fool like before 

Cause I aint gonna live anymore believing 

Some of the lies while all of the signs are deceiving

segunda-feira, dezembro 20, 2021

Alan Parsons - 73 anos

   
Alan Parsons (Londres, 20 de dezembro de 1948) é um produtor de discos inglês. Após ter trabalhado como engenheiro de som no famoso estúdio de Abbey Road, atuando em gravações dos Beatles e no álbum The Dark Side of the Moon do Pink Floyd, fundou o grupo The Alan Parsons Project a meio da década de 70.
   

 


quinta-feira, dezembro 02, 2021

Eric Woolfson, letrista, teclista e vocalista do The Alan Parsons Project, morreu há doze anos...

   
Eric Norman Woolfson (Glasgow, 18 de março de 1945 - Londres, 2 de dezembro de 2009) foi um músico escocês. Tendo co-fundado o conjunto britânico The Alan Parsons Project, Woolfson atuou no grupo como cantor, compositor, letrista, pianista e produtor.
Depois de deixar o conjunto, Woolfson desenvolveu uma carreira como músico teatral.
  
(...)
  
Eric Woolfson faleceu no dia 2 de dezembro de 2009, após uma longa batalha contra o cancro. Deixou esposa, Hazel, e duas filhas.
  

 


quinta-feira, março 18, 2021

Eric Woolfson, da banda The Alan Parsons Project, nasceu há 76 anos

  
Eric Norman Woolfson (Glasgow, 18 de março de 1945 - Londres, 2 de dezembro de 2009) foi um músico escocês. Tendo co-fundado o conjunto britânico The Alan Parsons Project, Woolfson atuou como cantor, compositor, letrista, pianista e produtor.
Depois de deixar o conjunto, Woolfson desenvolveu carreira como músico teatral.
  
(...)
 
Eric Woolfson faleceu no dia 2 de dezembro de 2009, após uma longa batalha contra o cancro. Deixou vivas a sua esposa Hazel e duas filhas.
 

 


The Alan Parsons Project - Eye in the Sky 

 

Don't think sorry's easily said 

Don't try turning tables instead 

Youv'e taken lots of chances before 

But I'm not gonna give anymore 

Don't ask me That's how it goes 

 Cause part of me knows what youre thinkin 

 

Don't say words youre gonna regret 

Don't let the fire rush to your head 

I've heard the accusation before 

And I ain't gonna take any more 

Believe me 

The sun in your eyes 

Made some of the lies worth believing 

 

I am the eye in the sky 

Looking at you I can read your mind 

I am the maker of rules 

Dealing with fools 

I can cheat you blind 

And I dont need to see any more 

To know that 

I can read your mind, I can read your mind 

 

Dont leave false illusions behind 

Dont cry cause I aint changing my mind 

So find another fool like before 

Cause I aint gonna live anymore believing 

Some of the lies while all of the signs are deceiving

domingo, dezembro 20, 2020

Alan Parsons - 72 anos

Alan Parsons (Londres, 20 de dezembro de 1948) é um produtor de discos inglês. Após ter trabalhado como engenheiro de som no famoso estúdio de Abbey Road, atuando em gravações dos Beatles e no álbum The Dark Side of the Moon do Pink Floyd, fundou o grupo The Alan Parsons Project a meio da década de 70.

   

segunda-feira, outubro 07, 2019

Porque hoje é um dia para recordar Edgar Allan Poe...



THE RAVEN

Once upon a midnight dreary, while I pondered, weak and weary,
Over many a quaint and curious volume of forgotten lore -
While I nodded, nearly napping, suddenly there came a tapping,
As of some one gently rapping, rapping at my chamber door.
“ ’Tis some visiter,” I muttered, “tapping at my chamber door -
Only this and nothing more.”
 
Ah, distinctly I remember it was in the bleak December;
And each separate dying ember wrought its ghost upon the floor.
Eagerly I wished the morrow; - vainly I had sought to borrow
From my books surcease of sorrow — sorrow for the lost Lenore -
For the rare and radiant maiden whom the angels name Lenore -
Nameless here for evermore.
 
And the silken, sad, uncertain rustling of each purple curtain
Thrilled me - filled me with fantastic terrors never felt before;
So that now, to still the beating of my heart, I stood repeating
“ ’Tis some visiter entreating entrance at my chamber door -
Some late visiter entreating entrance at my chamber door; -
This it is and nothing more.”
 
Presently my soul grew stronger; hesitating then no longer,
“Sir,” said I, “or Madam, truly your forgiveness I implore;
But the fact is I was napping, and so gently you came rapping,
And so faintly you came tapping, tapping at my chamber door,
That I scarce was sure I heard you” - here I opened wide the door; -
Darkness there and nothing more.
 
Deep into that darkness peering, long I stood there wondering, fearing,
Doubting, dreaming dreams no mortal ever dared to dream before;
But the silence was unbroken, and the stillness gave no token,
And the only word there spoken was the whispered word, “Lenore?”
This I whispered, and an echo murmured back the word, “Lenore!” -
Merely this and nothing more.
 
Back into the chamber turning, all my soul within me burning,
Soon again I heard a tapping somewhat louder than before.
“Surely,” said I, “surely that is something at my window lattice;
Let me see, then, what thereat is, and this mystery explore -
Let my heart be still a moment and this mystery explore; -
‘Tis the wind and nothing more!”
 
Open here I flung the shutter, when, with many a flirt and flutter,
In there stepped a stately Raven of the saintly days of yore;
Not the least obeisance made he; not a minute stopped or stayed he;
But, with mien of lord or lady, perched above my chamber door -
Perched upon a bust of Pallas just above my chamber door -
Perched, and sat, and nothing more. 
 
Then this ebony bird beguiling my sad fancy into smiling,
By the grave and stern decorum of the countenance it wore,
“Though thy crest be shorn and shaven, thou,” I said, “art sure no craven,
Ghastly grim and ancient Raven wandering from the Nightly shore -
Tell me what thy lordly name is on the Night’s Plutonian shore!”
Quoth the Raven “Nevermore.”
 
Much I marvelled this ungainly fowl to hear discourse so plainly,
Though its answer little meaning - little relevancy bore;
For we cannot help agreeing that no living human being
Ever yet was blessed with seeing bird above his chamber door -
Bird or beast upon the sculptured bust above his chamber door,
With such name as “Nevermore.”
 
But the Raven, sitting lonely on the placid bust, spoke only
That one word, as if his soul in that one word he did outpour.
Nothing farther then he uttered - not a feather then he fluttered -
Till I scarcely more than muttered “Other friends have flown before -
On the morrow he will leave me, as my Hopes have flown before.”
Then the bird said “Nevermore.”
 
Startled at the stillness broken by reply so aptly spoken,
“Doubtless,” said I, “what it utters is its only stock and store
Caught from some unhappy master whom unmerciful Disaster
Followed fast and followed faster till his songs one burden bore -
Till the dirges of his Hope that melancholy burden bore
Of ‘Never - nevermore’.”
 
But the Raven still beguiling my sad fancy into smiling,
Straight I wheeled a cushioned seat in front of bird, and bust and door;
Then, upon the velvet sinking, I betook myself to linking
Fancy unto fancy, thinking what this ominous bird of yore -
What this grim, ungainly, ghastly, gaunt, and ominous bird of yore
Meant in croaking “Nevermore.”
 
This I sat engaged in guessing, but no syllable expressing
To the fowl whose fiery eyes now burned into my bosom’s core;
This and more I sat divining, with my head at ease reclining
On the cushion’s velvet lining that the lamp-light gloated o’er,
But whose velvet-violet lining with the lamp-light gloating o’er,
She shall press, ah, nevermore!
 
Then, methought, the air grew denser, perfumed from an unseen censer
Swung by seraphim whose foot-falls tinkled on the tufted floor.
“Wretch,” I cried, “thy God hath lent thee - by these angels he hath sent thee
Respite - respite and nepenthe, from thy memories of Lenore;
Quaff, oh quaff this kind nepenthe and forget this lost Lenore!”
Quoth the Raven “Nevermore.”
 
“Prophet!” said I, “thing of evil! - prophet still, if bird or devil! -
Whether Tempter sent, or whether tempest tossed thee here ashore,
Desolate yet all undaunted, on this desert land enchanted -
On this home by Horror haunted - tell me truly, I implore -
Is there - is there balm in Gilead? - tell me - tell me, I implore!”
Quoth the Raven “Nevermore.”
 
“Prophet!” said I, “thing of evil! - prophet still, if bird or devil!
By that Heaven that bends above us - by that God we both adore -
Tell this soul with sorrow laden if, within the distant Aidenn,
It shall clasp a sainted maiden whom the angels name Lenore -
Clasp a rare and radiant maiden whom the angels name Lenore.”
Quoth the Raven “Nevermore.”
 
“Be that word our sign of parting, bird or fiend!” I shrieked, upstarting -
“Get thee back into the tempest and the Night’s Plutonian shore!
Leave no black plume as a token of that lie thy soul hath spoken!
Leave my loneliness unbroken! - quit the bust above my door!
Take thy beak from out my heart, and take thy form from off my door!”
Quoth the Raven “Nevermore.”
 
And the Raven, never flitting, still is sitting, still is sitting
On the pallid bust of Pallas just above my chamber door;
And his eyes have all the seeming of a demon’s that is dreaming,
And the lamp-light o’er him streaming throws his shadow on the floor;
And my soul from out that shadow that lies floating on the floor
Shall be lifted - nevermore! 

Edgar Allan Poe


O CORVO


Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,

Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,

E já quase adormecia, ouvi o que parecia

O som de alguém que batia levemente a meus umbrais

«Uma visita», eu me disse, «está batendo a meus umbrais.

.............. É só isso e nada mais.»



Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,

E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.

Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada

P'ra esquecer (em vão) a amada, hoje entre hostes celestiais —

Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,

.............. Mas sem nome aqui jamais!



Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo

Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!

Mas, a mim mesmo infundindo força, eu ia repetindo,

«É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;

Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.

.............. É só isso e nada mais».



E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,

«Senhor», eu disse, «ou senhora, decerto me desculpais;

Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,

Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,

Que mal ouvi...» E abri largos, franquendo-os, meus umbrais.

.............. Noite, noite e nada mais.



A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,

Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.

Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,

E a única palavra dita foi um nome cheio de ais —

Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.

.............. Isto só e nada mais.



Para dentro estão volvendo, toda a alma em mim ardendo,

Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.

«Por certo», disse eu, «aquela bulha é na minha janela.

Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais.»

Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.

.............. «É o vento, e nada mais.»



Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,

Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.

Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,

Mas com ar solene e lento pousou sobre meus umbrais,

Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais.

.............. Foi, pousou, e nada mais.



E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura

Com o solene decoro de seus ares rituais.

«Tens o aspecto tosquiado», disse eu, «mas de nobre e ousado,

Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!

Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais.»

.............. Disse-me o corvo, «Nunca mais».



Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,

Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.

Mas deve ser concedido que ninguém terá havido

Que uma ave tenha tido pousada nos seus umbrais,

Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,

.............. Com o nome «Nunca mais».



Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,

Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.

Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento

Perdido, murmurei lento, «Amigo, sonhos — mortais

Todos — todos lá se foram. Amanhã também te vais».

.............. Disse o corvo, «Nunca mais».



A alma súbito movida por frase tão bem cabida,

«Por certo», disse eu, «são estas vozes usuais.

Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono

Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,

E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais

.............. Era este «Nunca mais».



Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,

Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;

E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira

Que qu'ria esta ave agoureira dos maus tempos ancestrais,

Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,

.............. Com aquele «Nunca mais».



Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo

À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,

Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando

No veludo onde a luz punha vagas sombras desiguais,

Naquele veludo onde ela, entre as sombras desiguais,

.............. Reclinar-se-á nunca mais!



Fez-me então o ar mais denso, como cheio dum incenso

Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.

«Maldito!», a mim disse, «deu-te Deus, por anjos concedeu-te

O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,

O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!»

.............. Disse o corvo, «Nunca mais».



«Profeta», disse eu, «profeta — ou demónio ou ave preta!

Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais,

Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida

Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,

Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!»

.............. Disse o corvo, «Nunca mais».



«Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!, eu disse. «Parte!

Torna à noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!

Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!

Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!»

..............  Disse o corvo, «Nunca mais».



E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda

No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.

Seu olhar tem a medonha dor de um demónio que sonha,

E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão mais e mais,

E a minh'alma dessa sombra, que no chão há mais e mais,

.............. Libertar-se-á... nunca mais!


Poema de Edgar Allan Poe - tradução de Fernando Pessoa

sábado, dezembro 02, 2017

Eric Woolfson, do The Alan Parsons Project, morreu há oito anos

Eric Norman Woolfson (Glasgow, 18 de março de 1945 - Londres, 2 de dezembro de 2009) foi um músico escocês. Tendo co-fundado o conjunto britânico The Alan Parsons Project, Woolfson atuou como cantor, compositor, letrista, pianista e produtor.
Depois de deixar o conjunto, Woolfson desenvolveu uma carreira como músico teatral.

(...)

Eric Woolfson faleceu no dia 2 de dezembro de 2009, após uma longa batalha contra o cancro. Deixou esposa, Hazel, e duas filhas.


domingo, dezembro 20, 2015

Alan Parsons - 67 anos

Alan Parsons (Londres, 20 de dezembro de 1948) é um produtor de discos inglês. Após ter trabalhado como engenheiro de som no famoso estúdio de Abbey Road, atuando em gravações dos Beatles e no álbum The Dark Side of the Moon do Pink Floyd, fundou o grupo The Alan Parsons Project a meio da década de 70.


domingo, outubro 07, 2012

O Corvo



THE RAVEN

Once upon a midnight dreary, while I pondered, weak and weary,
Over many a quaint and curious volume of forgotten lore -
While I nodded, nearly napping, suddenly there came a tapping,
As of some one gently rapping, rapping at my chamber door.
“ ’Tis some visiter,” I muttered, “tapping at my chamber door -
Only this and nothing more.”
 
Ah, distinctly I remember it was in the bleak December;
And each separate dying ember wrought its ghost upon the floor.
Eagerly I wished the morrow; - vainly I had sought to borrow
From my books surcease of sorrow — sorrow for the lost Lenore -
For the rare and radiant maiden whom the angels name Lenore -
Nameless here for evermore.
 
And the silken, sad, uncertain rustling of each purple curtain
Thrilled me - filled me with fantastic terrors never felt before;
So that now, to still the beating of my heart, I stood repeating
“ ’Tis some visiter entreating entrance at my chamber door -
Some late visiter entreating entrance at my chamber door; -
This it is and nothing more.”
 
Presently my soul grew stronger; hesitating then no longer,
“Sir,” said I, “or Madam, truly your forgiveness I implore;
But the fact is I was napping, and so gently you came rapping,
And so faintly you came tapping, tapping at my chamber door,
That I scarce was sure I heard you” - here I opened wide the door; -
Darkness there and nothing more.
 
Deep into that darkness peering, long I stood there wondering, fearing,
Doubting, dreaming dreams no mortal ever dared to dream before;
But the silence was unbroken, and the stillness gave no token,
And the only word there spoken was the whispered word, “Lenore?”
This I whispered, and an echo murmured back the word, “Lenore!” -
Merely this and nothing more.
 
Back into the chamber turning, all my soul within me burning,
Soon again I heard a tapping somewhat louder than before.
“Surely,” said I, “surely that is something at my window lattice;
Let me see, then, what thereat is, and this mystery explore -
Let my heart be still a moment and this mystery explore; -
‘Tis the wind and nothing more!”
 
Open here I flung the shutter, when, with many a flirt and flutter,
In there stepped a stately Raven of the saintly days of yore;
Not the least obeisance made he; not a minute stopped or stayed he;
But, with mien of lord or lady, perched above my chamber door -
Perched upon a bust of Pallas just above my chamber door -
Perched, and sat, and nothing more. 
 
Then this ebony bird beguiling my sad fancy into smiling,
By the grave and stern decorum of the countenance it wore,
“Though thy crest be shorn and shaven, thou,” I said, “art sure no craven,
Ghastly grim and ancient Raven wandering from the Nightly shore -
Tell me what thy lordly name is on the Night’s Plutonian shore!”
Quoth the Raven “Nevermore.”
 
Much I marvelled this ungainly fowl to hear discourse so plainly,
Though its answer little meaning - little relevancy bore;
For we cannot help agreeing that no living human being
Ever yet was blessed with seeing bird above his chamber door -
Bird or beast upon the sculptured bust above his chamber door,
With such name as “Nevermore.”
 
But the Raven, sitting lonely on the placid bust, spoke only
That one word, as if his soul in that one word he did outpour.
Nothing farther then he uttered - not a feather then he fluttered -
Till I scarcely more than muttered “Other friends have flown before -
On the morrow he will leave me, as my Hopes have flown before.”
Then the bird said “Nevermore.”
 
Startled at the stillness broken by reply so aptly spoken,
“Doubtless,” said I, “what it utters is its only stock and store
Caught from some unhappy master whom unmerciful Disaster
Followed fast and followed faster till his songs one burden bore -
Till the dirges of his Hope that melancholy burden bore
Of ‘Never - nevermore’.”
 
But the Raven still beguiling my sad fancy into smiling,
Straight I wheeled a cushioned seat in front of bird, and bust and door;
Then, upon the velvet sinking, I betook myself to linking
Fancy unto fancy, thinking what this ominous bird of yore -
What this grim, ungainly, ghastly, gaunt, and ominous bird of yore
Meant in croaking “Nevermore.”
 
This I sat engaged in guessing, but no syllable expressing
To the fowl whose fiery eyes now burned into my bosom’s core;
This and more I sat divining, with my head at ease reclining
On the cushion’s velvet lining that the lamp-light gloated o’er,
But whose velvet-violet lining with the lamp-light gloating o’er,
She shall press, ah, nevermore!
 
Then, methought, the air grew denser, perfumed from an unseen censer
Swung by seraphim whose foot-falls tinkled on the tufted floor.
“Wretch,” I cried, “thy God hath lent thee - by these angels he hath sent thee
Respite - respite and nepenthe, from thy memories of Lenore;
Quaff, oh quaff this kind nepenthe and forget this lost Lenore!”
Quoth the Raven “Nevermore.”
 
“Prophet!” said I, “thing of evil! - prophet still, if bird or devil! -
Whether Tempter sent, or whether tempest tossed thee here ashore,
Desolate yet all undaunted, on this desert land enchanted -
On this home by Horror haunted - tell me truly, I implore -
Is there - is there balm in Gilead? - tell me - tell me, I implore!”
Quoth the Raven “Nevermore.”
 
“Prophet!” said I, “thing of evil! - prophet still, if bird or devil!
By that Heaven that bends above us - by that God we both adore -
Tell this soul with sorrow laden if, within the distant Aidenn,
It shall clasp a sainted maiden whom the angels name Lenore -
Clasp a rare and radiant maiden whom the angels name Lenore.”
Quoth the Raven “Nevermore.”
 
“Be that word our sign of parting, bird or fiend!” I shrieked, upstarting -
“Get thee back into the tempest and the Night’s Plutonian shore!
Leave no black plume as a token of that lie thy soul hath spoken!
Leave my loneliness unbroken! - quit the bust above my door!
Take thy beak from out my heart, and take thy form from off my door!”
Quoth the Raven “Nevermore.”
 
And the Raven, never flitting, still is sitting, still is sitting
On the pallid bust of Pallas just above my chamber door;
And his eyes have all the seeming of a demon’s that is dreaming,
And the lamp-light o’er him streaming throws his shadow on the floor;
And my soul from out that shadow that lies floating on the floor
Shall be lifted - nevermore! 

Edgar Allan Poe


O CORVO


Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,

Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,

E já quase adormecia, ouvi o que parecia

O som de alguém que batia levemente a meus umbrais

«Uma visita», eu me disse, «está batendo a meus umbrais.

.............. É só isso e nada mais.»



Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,

E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.

Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada

P'ra esquecer (em vão) a amada, hoje entre hostes celestiais —

Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,

.............. Mas sem nome aqui jamais!



Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo

Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!

Mas, a mim mesmo infundindo força, eu ia repetindo,

«É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;

Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.

.............. É só isso e nada mais».



E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,

«Senhor», eu disse, «ou senhora, decerto me desculpais;

Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,

Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,

Que mal ouvi...» E abri largos, franquendo-os, meus umbrais.

.............. Noite, noite e nada mais.



A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,

Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.

Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,

E a única palavra dita foi um nome cheio de ais —

Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.

.............. Isto só e nada mais.



Para dentro estão volvendo, toda a alma em mim ardendo,

Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.

«Por certo», disse eu, «aquela bulha é na minha janela.

Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais.»

Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.

.............. «É o vento, e nada mais.»



Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,

Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.

Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,

Mas com ar solene e lento pousou sobre meus umbrais,

Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais.

.............. Foi, pousou, e nada mais.



E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura

Com o solene decoro de seus ares rituais.

«Tens o aspecto tosquiado», disse eu, «mas de nobre e ousado,

Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!

Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais.»

.............. Disse-me o corvo, «Nunca mais».



Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,

Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.

Mas deve ser concedido que ninguém terá havido

Que uma ave tenha tido pousada nos seus umbrais,

Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,

.............. Com o nome «Nunca mais».



Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,

Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.

Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento

Perdido, murmurei lento, «Amigo, sonhos — mortais

Todos — todos lá se foram. Amanhã também te vais».

.............. Disse o corvo, «Nunca mais».



A alma súbito movida por frase tão bem cabida,

«Por certo», disse eu, «são estas vozes usuais.

Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono

Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,

E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais

.............. Era este «Nunca mais».



Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,

Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;

E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira

Que qu'ria esta ave agoureira dos maus tempos ancestrais,

Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,

.............. Com aquele «Nunca mais».



Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo

À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,

Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando

No veludo onde a luz punha vagas sombras desiguais,

Naquele veludo onde ela, entre as sombras desiguais,

.............. Reclinar-se-á nunca mais!



Fez-me então o ar mais denso, como cheio dum incenso

Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.

«Maldito!», a mim disse, «deu-te Deus, por anjos concedeu-te

O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,

O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!»

.............. Disse o corvo, «Nunca mais».



«Profeta», disse eu, «profeta — ou demónio ou ave preta!

Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais,

Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida

Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,

Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!»

.............. Disse o corvo, «Nunca mais».



«Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!, eu disse. «Parte!

Torna à noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!

Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!

Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!»

..............  Disse o corvo, «Nunca mais».



E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda

No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.

Seu olhar tem a medonha dor de um demónio que sonha,

E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão mais e mais,

E a minh'alma dessa sombra, que no chão há mais e mais,

.............. Libertar-se-á... nunca mais!


Poema de Edgar Allan Poe - tradução de Fernando Pessoa

domingo, março 18, 2012

Eric Woolfson, do conjunto The Alan Parsons Project, nasceu há 67 anos

Eric Norman Woolfson (Glasgow, 18 de março de 1945 - Londres, 2 de dezembro de 2009) foi um músico escocês. Tendo co-fundado o conjunto britânico The Alan Parsons Project, Woolfson atuou como cantor, compositor, letrista, pianista e produtor.
Depois de deixar o conjunto, Woolfson desenvolveu carreira como músico teatral.

Início de carreira
Woolfson nasceu e foi criado em Glasgow e começou a compor ainda na adolescência. Aos 18 anos de idade, mudou-se para Londres, onde arranjou trabalho como pianista de estúdio. Descoberto pelo produtor de discos dos Rolling Stones, começou a escrever canções que foram gravadas por artistas como Marianne Faithfull, The Tremeloes e Marmalade. Suas canções foram gravadas por mais de cem artistas tanto na Europa quanto nos Estados Unidos.
Em 1971 gravou um compacto sob o pseudónimo Eric Elder com as canções "San Tokay" e "Sunflower".
Em seguida, Woolfson passou a se dedicar à carreira de agente obtendo sucesso imediato, já que seus dois primeiros clientes foram Carl Douglas e Alan Parsons.

The Alan Parsons Project
Com a criação do The Alan Parsons Project, em 1975, Eric e Alan estabeleceram um tipo de colaboração até então inédito na música popular. Essa colaboração uniu a habilidade de Alan Parsons como engenheiro de som e produtor musical com o talento de Eric como compositor e letrista. Entre 1976 e 1987, os dois artistas colaboraram na concepção, criação e composição de dez álbuns, vendendo mais de 40 milhões de discos.
Dada a natureza pouco comum do grupo, sem uma formação constante, para cada canção Eric gravava uma interpretação vocal que servia de referência para o cantor que fosse convidado para gravar a faixa. O próprio Eric foi o vocalista principal de várias das canções de maior sucesso do grupo, como "Time", "Don't Answer Me" e "Eye in the Sky".

Continuidade da carreira
Durante as gravações de Freudiana, que deveria ser o décimo-primeiro álbum do The Alan Parsons Project, a colaboração com Alan Parsons foi encerrada, pois Eric desejava muito explorar as possibilidades de peças teatrais musicais e acabou direcionando o trabalho do álbum para esse fim. O musical, que foi encenado em Viena em 1990, foi muito bem sucedido, e o álbum correspondente foi lançado um pouco antes da estreia da peça.
Eric explica essa mudança em sua carreira em uma entrevista de 2004, contando que trabalhou no The Alan Parsons Project utilizando-o como um veículo para seu veio de compositor, trabalhando em álbuns conceituais, mas que sentiu que havia mais do que isso a ser feito, e encontrou nas peças teatrais musicais o meio mais adequada ao seu estilo.
Depois de Freudiana, que falava sobre Sigmund Freud, Eric realizou seu segundo musical Gaudi, sobre o arquiteto catalão Antoni Gaudí em 1995. O terceiro musical foi Gambler, que estreou na Alemanha em 1996 e cuja montagem original foi encenada mais de 500 vezes.
Ainda, Eric desenvolveu o musical Edgar Allan Poe, baseado na vida de Edgar Allan Poe, e Dancing with Shadows, que estreou na Coreia em 2007.

Morte
Eric Woolfson faleceu no dia 2 de dezembro de 2009, após uma longa batalha contra o cancro. Deixou vivas a sua esposa Hazel e duas filhas.