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terça-feira, dezembro 19, 2023

Porque um Pintor nunca morre, enquanto for recordado...

 

 

A Morte Saiu À Rua - Zeca Afonso

A morte saiu à rua num dia assim
Naquele lugar sem nome para qualquer fim
Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue de um peito aberto sai
 
O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o Pintor morreu
 
Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale
À lei assassina, à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou
 
Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas de uma nação

segunda-feira, junho 19, 2023

José Dias Coelho nasceu há um século...



José Dias Coelho (Pinhel, 19 de junho de 1923 - Lisboa, 19 de dezembro de 1961) foi um artista plástico, militante e dirigente do Partido Comunista Português.

Biografia
Natural de Pinhel, próximo da Guarda, foi o quinto de nove irmãos e irmãs.
Foi aluno da Escola de Belas Artes de Lisboa onde entrou em 1942. Frequentou primeiro o curso de Arquitetura, que abandonou, para frequentar o de Escultura.
Ainda muito jovem aderiu à Frente Académica Antifascista e, mais tarde (em 1946), ao MUD Juvenil. Participante em várias lutas estudantis em 1947, aderiu de seguida ao Partido Comunista Português e, em 1949, foi detido pela PIDE depois de participar na campanha presidencial de Norton de Matos. Em 1952, foi expulso da Escola Superior de Belas Artes e impedido de ingressar em qualquer faculdade do país; seria também demitido do lugar de professor do Ensino Técnico.
José Dias Coelho vai trabalhar, em 1952, como desenhador com os arquitetos Keil do Amaral, Hernâni Gandra e Alberto José Pessoa num atelier na Rua Fernão Álvares do Oriente, no Bairro de São Miguel em Lisboa.
Em 1955 entra para a clandestinidade, ao mesmo tempo que exercia funções no PCP, com o objetivo de criar uma oficina de falsificação de documentos para dar cobertura às atividades dos militantes clandestinos. Exercia esta atividade na altura do seu assassinato pela PIDE, em 19 de dezembro de 1961, na Rua da Creche, que hoje tem o seu nome, junto ao Largo do Calvário, em Lisboa.
O assassinato levou o cantor Zeca Afonso a escrever e dedicar-lhe a música A Morte Saiu à Rua. O mesmo fez o grupo Trovante com a música Flor da Vida. Da vida pessoal de José Dias Coelho há ainda a salientar a sua relação com Margarida Tengarinha, também artista plástica. O casal teve três filhas.
Ao optar pela clandestinidade em 1955, põe de parte a sua carreira artística como escultor, que nesse mesmo ano vê os primeiros sinais de reconhecimento público, com duas esculturas para a Escola Primária de Campolide (seões feminina e masculina) e uma grande escultura para a Escola Primária de Vale Escuro, em Lisboa, e dois baixos relevos, um para o Café Central das Caldas da Rainha, e outro para a fábrica Secil.
Já estava na clandestinidade quando, em junho de 1956, se realizou a 10.ª e última das Exposições Gerais de Artes Plásticas; José Dias Coelho foi um dos organizadores dessas exposições, desde a primeira edição em 1946, e é um dos artistas que expõe a partir da segunda. Por não poder participar abertamente na 10ª edição devido ao facto de estar na clandestinidade, um grupo de amigos expõe a escultura da cabeça da irmã Maria Emília, que já havia sido exposta, para garantir que o seu nome consta do catálogo.
Com uma intensa atividade social e intelectual a par da política, travou e manteve amizade com várias figuras destacadas da sociedade portuguesa de então, tais como os arquitetos Keil do Amaral e João Abel Manta, com Fernando Namora, Carlos de Oliveira, José Gomes Ferreira, Eugénio de Andrade, José Cardoso Pires, Abel Manta, Rogério Ribeiro, João Hogan, bem como aqueles que viriam dentro em breve a liderar os movimentos de independência em África, na altura estudantes em Lisboa: Agostinho Neto, Vasco Cabral, Marcelino dos Santos, Amílcar Cabral e Orlando Costa.
Em março de 1975, quase um ano depois do 25 de Abril, foi finalmente organizada uma exposição em sua homenagem, na Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa.

 Ceifeira, gesso patinado
   

 


A Morte saiu à Rua

Naquele lugar sem nome p'ra qualquer fim
Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue dum peito aberto sai

O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o pintor morreu

Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale
À lei assassina à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou

Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas duma nação.

  

Zeca Afonso (Letra e Música), Eu Vou Ser Como a Toupeira, 1972

segunda-feira, dezembro 19, 2022

A morte saiu à rua - o Pintor morreu...!

 

A Morte Saiu À Rua - Zeca Afonso

A morte saiu à rua num dia assim
Naquele lugar sem nome para qualquer fim
Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue de um peito aberto sai
 
O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o Pintor morreu
 
Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale
À lei assassina, à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou
 
Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas de uma nação

 

 

 

domingo, dezembro 19, 2021

A morte saiu à rua - o Pintor morreu...

 

   

A Morte Saiu À Rua - Zeca Afonso

A morte saiu à rua num dia assim
Naquele lugar sem nome para qualquer fim
Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue de um peito aberto sai
 
O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o Pintor morreu
 
Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale
À lei assassina, à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou
 
Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas de uma nação

segunda-feira, agosto 30, 2021

Miro Casabella nasceu há 75 anos!

 

(imagem daqui)
    
Ramiro Cecilio Domingo Casabella López, mais conhecido como Miro Casabella, nasceu em Ferreira do Valadouro, a 30 de agosto de 1946. É um músico galego, que integrou no inicio da sua carreira o colectivo “Voces ceibes” e, posteriormente, o grupo de folclore DOA.
Depois de estudar em Ferreira do Valadouro e em Lugo, em 1964 Miro foi  para Barcelona, concluindo aí o bacharelato na Escola de Arquitectos Técnicos. O seu interesse na música era recente, mas a sua experiência catalã pô-lo em contacto com o movimento da “Nova Cançó”, marcando-o profundamente. O início da sua carreira acontece em 1967, acompanhando musicalmente os cantores da Nova Cançó Catalá. Foi também na Catalunha que gravou os seus primeiros discos: Miro canta as súas cancións e Miro canta Cantigas de Escarnho e Mal Dizer. Ambos os trabalhos são EP de quatro músicas cada um. O seu contacto com o grupo “Voces Ceibes” teve lugar em 1968, quando Benedicto e Xerardo Moscoso foram à capital catalã com o objectivo de gravarem os seus primeiros trabalhos. Miro entrou para o colectivo e chegou a participar no seu primeiro concerto, em dezembro desse mesmo ano. No entanto, o facto de continuar a viver em Barcelona afastou-o da maior parte das suas actividades. Em 1969, conheceu em Barcelona Paco Ibañez, com quem travou uma longa amizade, acompanhando-o em diversas tournées por França. Em Paris conhece o cantor português Luís Cília, com quem nos anos seguintes, tocando com ele na Galiza e no resto do estado espanhol.
No ano de 1970 participou no I Festival da Canção Ibérica, juntamente com Paco Ibáñez, Luís Cília, Xavier Ribalta e José Afonso. Ainda nesse mesmo ano toca em Paris na Festa da Humanidade (festa do Partido Comunista de França), onde actuaram importantes figuras como Georges Moustaki, Paco Ibáñez ou Joan Baez.
Em fins de 1974, o grupo “Voces Ceibes” decidiu finalizar o seu projecto e iniciar o Movimento Popular da Canção Galega onde, numa ampla perspetiva, deu lugar a múltiplos artistas e a diversos estilos.
Nos anos seguintes Miro participou em diversos concertos e festivais na Galiza, bem como em toda a Península Ibérica, alem de musicar peças de teatro em galego e discos infantis. A partir de 1976, com o desaparecimento da censura franquista, ficam criadas as condições para a edição dos seus primeiros álbuns de longa duração.
Em 1977 vê a luz do dia o disco “Ti, Galiza”, contendo (com letra de Xosé Manuel Casado), “O meu país”, uma das suas canções mais populares. Um ano mais tarde edita “Treboada”, com arranjos de José Mário Branco e a colaboração de Pi de la Serra. A música que dá título a este segundo trabalho é inspirada no Cerimonial da Treboada de Tomiño. Ambos os trabalhos mostram uma peculiar mistura entre a canção de intervenção social e a música tradicional, marca característica do autor, bem como a sua inspiração em formas musicais populares e em cantigas medievais, e ainda o emprego de outros instrumentos além da guitarra, como a sanfona ou a harpa.
Nos fins dos anos 70, Miro entrou em contacto com o grupo de folclore DOA, que lhe propôs colaborar naquele que iria ser o seu primeiro trabalho. O cantor entrou no grupo, colaborando em arranjos, produção, cantando nalguns dos seus temas, embora a orientação musical dos DOA fosse eminentemente instrumental. A sua colaboração não foi além do primeiro álbum (O son da estrela escura, 1979), terminando nos inícios dos anos 80.
O último trabalho individual do cantor foi o disco “Orballo”, em 2004, onde além de revisitar alguns temas antigos, volta novamente a tratar da problemática social do povo galego, numa perspectiva contemporânea, com uma canção dedicada ao caso Prestige. Este disco e a participação em diversos concertos, convertem-no no último representante das “Voces Ceibes” no ativo, depois da morte de Suso Vaamonde, e o abandono da carreira musical dos restantes membros.

 


quinta-feira, agosto 30, 2012

Miro Casabella - 66 anos

(imagem daqui)

Ramiro Cecilio Domingo Casabella López, mais conhecido como Miro Casabella, nasceu em Ferreira do Valadouro, a 30 de agosto de 1946. É um músico galego, que integrou no inicio da sua carreira o colectivo “Voces ceibes”, e posteriormente o grupo de folclore DOA.

Depois de estudar em Ferreira do Valadouro e em Lugo, em 1964 Miro foi para Barcelona, concluindo aí o bacharelato na Escola de Arquitectos Técnicos. O seu interesse na música era recente, mas a sua experiência catalã pô-lo em contacto com o movimento da “Nova Cançó”, marcando-o profundamente. O inicio da sua carreira acontece em 1967, acompanhando musicalmente os cantores da Nova Cançó Catalá. Foi também na Catalunha que gravou os seus primeiros discos: “Miro canta as súas cancións” e “Miro canta Cantigas de Escarnho e Mal Dizer”. Ambos os trabalhos são EP de quatro músicas cada um. O seu contacto com o grupo “Voces Ceibes” teve lugar em 1968, quando Benedicto e Xerardo Moscoso foram à capital catalã com o objectivo de gravarem os seus primeiros trabalhos. Miro entrou para o colectivo e chegou a participar no seu primeiro concerto, em dezembro desse mesmo ano. No entanto, o facto de continuar a viver em Barcelona afastou-o da maior parte das suas actividades. Em 1969, conheceu em Barcelona Paco Ibáñez, com quem travou uma longa amizade, acompanhando-o em diversas tournées por França. Em Paris conhece o cantor português Luís Cília, com quem nos anos seguintes toca na Galiza e no resto do estado espanhol.
No ano de 1970 participou no I Festival da Canção Ibérica juntamente com Paco Ibáñez, Luís Cília, Xavier Ribalta e José Afonso. Ainda nesse mesmo ano toca em Paris na Festa da Humanidade (festa do Partido Comunista de França), onde actuaram figuras como: Georges Moustaki, Paco Ibáñez ou Joan Baez.
Em fins de 1974, o grupo “Voces Ceibes” decidiu finalizar o seu projecto, e iniciar o Movimento Popular da Canção Galega onde, numa ampla perspectiva, se deu lugar a múltiplos artistas e a diversos estilos.
Nos anos seguintes Miro participou em diversos concertos e festivais na Galiza, bem como em toda a Península Ibérica, alem de musicar peças de teatro em galego e discos infantis. A partir de 1976, com o desaparecimento da censura franquista, ficam criadas as condições para a edição dos seus primeiros álbuns de longa duração.
Em 1977 vê a luz do dia o disco “Ti, Galiza”, contendo (com letra de Xosé Manuel Casado), “O meu país”, uma das suas canções mais populares. Um ano mais tarde edita “Treboada”, com arranjos de José Mário Branco e a colaboração de Pi de la Serra. A música que dá título a este segundo trabalho é inspirada no Cerimonial da Treboada de Tomiño. Ambos os trabalhos mostram uma peculiar mistura entre a canção de intervenção social e a música tradicional, marca característica do autor, bem como a sua inspiração em formas musicais populares e em cantigas medievais, e ainda o emprego de outros instrumentos além da guitarra, como a zanfona ou a harpa.
Nos fins dos anos 70, Miro entrou em contacto com o grupo de folclore DOA, que lhe propôs colaborar naquele que iria ser o seu primeiro trabalho. O cantor entrou no grupo colaborando em arranjos, produção, cantando nalguns dos seus temas, embora orientação musical dos DOA fosse eminentemente instrumental. A sua colaboração não foi além do primeiro álbum (O son da estrela escura, 1979), terminando nos inícios dos anos 80.
O último trabalho individual do cantor foi o disco “Orballo”, em 2004, onde além de revisitar alguns temas antigos, volta novamente a tratar da problemática social do povo galego, numa perspectiva contemporânea, com uma canção dedicada ao Prestige. Este disco e a participação em diversos concerto, convertem-no no último representante de “Voces Ceibes” no activo, depois da morte de Suso Vaamonde, e o abandono da carreira musical dos restantes membros.





segunda-feira, dezembro 19, 2011

O pintor José Dias Coelho morreu há 50 anos


A 19 de Dezembro de 1961 a PIDE assassinou a tiro, em pleno dia, numa rua de Lisboa, o pintor José Dias Coelho. Depois o nosso Zeca Afonso quis recordar este senhor, numa belíssima canção que em seguida iremos recordar e que, estranhamente, na altura, a Censura deixou passar...


A Morte saiu à Rua

Naquele lugar sem nome p'ra qualquer fim
Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue dum peito aberto sai

O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o pintor morreu

Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale
À lei assassina à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou

Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas duma nação.

Zeca Afonso (Letra e Música), Eu Vou Ser Como a Toupeira, 1972

NOTA: outras versões da mesma música, neste triste dia:







domingo, dezembro 19, 2010

José Dias Coelho foi assassinado há 49 anos

A 19 de Dezembro de 1961 a PIDE assassinou a tiro, em pleno dia, numa rua de Lisboa, o pintor José Dias Coelho. Depois o nosso Zeca Afonso quis recordar este senhor, numa belíssima canção que em seguida iremos recordar e que, estranhamente, a Censura deixou passar...


A Morte saiu à Rua

Naquele lugar sem nome p'ra qualquer fim
Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue dum peito aberto sai

O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o pintor morreu

Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale
À lei assassina à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou

Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas duma nação.

Zeca Afonso (Letra e Música), Eu Vou Ser Como a Toupeira, 1972

NOTA: outras versões da mesma música, neste triste dia:







sábado, dezembro 19, 2009

O pintor José Dias Coelho morreu há 48 anos

A 19 de Dezembro de 1961 a PIDE assassinou a tiro, em pleno dia, numa rua de Lisboa, o pintor José Dias Coelho. Depois o nosso Zeca Afonso quis recordar este senhor, numa belíssima canção que em seguida iremos recordar e que admiravelmente a Censura deixou passar...


A Morte saiu à Rua

Naquele lugar sem nome p'ra qualquer fim
Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue dum peito aberto sai

O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o pintor morreu

Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale
À lei assassina à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou

Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas duma nação.

Zeca Afonso (Letra e Música), Eu Vou Ser Como a Toupeira, 1972

domingo, agosto 02, 2009

O Zeca Afonso nasceu há 80 anos



PS - o Zeca não morreu, pois a nossa memória é o sinal de que nunca morre que o seu povo ama.