quarta-feira, agosto 24, 2022

Léo Ferré nasceu há 106 anos

  
Léo Ferré (Mónaco, 24 de agosto de 1916 - Castellina in Chianti, Itália, 14 de julho de 1993) foi um poeta, anarquista e músico franco-monegasco. Enquanto músico, foi autor, compositor e intérprete de um grande número de canções. Viveu no Mónaco, em Paris, no departamento de Lot e na Toscânia, onde terminou os seus dias.
  
Infância
Ferré era filho de Joseph Ferré, diretor do pessoal do casino de Monte Carlo e de Marie Scotto, costureira de origem italiana. Interessou-se muito cedo pela música. Com apenas sete anos integra o coro da catedral do Mónaco e aí aprende solfejo e harmonia. Descobre a polifonia entrando em contacto com as obras de Palestrina e de Tomás Luis de Victoria. Mais tarde descobre Beethoven.

Carácter da sua obra
O elevado nível poético das letras das suas numerosas canções costuma reflectir um inconformismo radical, de cunho anarquista, e a qualidade da música e da interpretação, situam-no entre os maiores vultos da moderna canção francesa. Autor de duas grandes séries de canções sobre textos de Baudelaire e Louis Aragon, utilizou também poemas de Ronsard, Apollinaire, Arthur Rimbaud entre outros.

 


Andreas Kisser dos Sepultura faz hoje 54 anos

  
Andreas Rodolfo Kisser (São Bernardo do Campo, 24 de agosto de 1968) é um guitarrista, músico e compositor brasileiro, conhecido por tocar na banda Sepultura desde 1987. Além dos Sepultura, Andreas Kisser também é guitarrista da banda latino-americana De La Tierra e da banda brasileira Kisser Clan, um projeto musical com o seu filho Yohan Kisser, onde, juntos, fazem covers de grandes bandas do metal mundial.
  

 


Catarina Furtado faz hoje cinquenta anos...!

(imagem daqui)

Catarina Furtado, Catarina Cardoso Garcia da Fonseca Furtado, (Lisboa, 25 de agosto de 1972) é apresentadora de televisão e atriz.

Como apresentadora, trabalhou nos canais SIC e RTP. Ao longo da sua carreira tem abraçado diversos projetos como atriz. Foi também autora de contos infantis e letras de canções. Desde 2000 exerce a função de Embaixadora de Boa Vontade do UNFPA. É fundadora e presidente da Associação Corações com Coroa.

 
Crescimento e formação

A presença forte dos avós, as fugidas de bicicleta, as mãos macias da minha professora da escola primária, as corridas de caricas nos passeios do Bairro Alto, a descoberta dos caminhos de Portugal com os meus pais numa 4L, a entrada tímida nos corredores da Escola de Dança do Conservatório Nacional, as coleções de tudo e mais alguma coisa (borrachas, autocolantes, sabonetes...), as noitadas em que os meus pais ficavam a falar de política e eu e os meus amigos Pedro e João Gomes (filhos do Adelino Gomes) explorávamos o mundo da ficção, a responsabilidade boa que eu sentia ter na educação da minha irmã Marta que mais depressa me obedecia a mim do que à minha mãe.

Nasceu em Lisboa no dia 25 de agosto de 1972, filha de Joaquim Furtado, jornalista, e de Helena Furtado, professora. Passou a infância no bairro de Campo de Ourique e no Bairro Alto. Aos nove anos era uma criança tímida para quem era difícil falar com pessoas estranhas. Os pais procuraram no ensino artístico a solução para o problema - "Eu não queria, mas ela" - a mãe - "fez um acordo comigo: se fizesse uma audição para piano e dança e ficasse uma semana, podia desistir se não gostasse. Foi um truque, porque passado uma semana não conseguia sair." Entre a música e a dança a Catarina escolheu o balé e entrou para a Escola de Dança do Conservatório Nacional de Lisboa ao mesmo tempo que frequentava o ensino regular no Liceu Passos Manuel, a escola no Bairro Alto onde o pai também havia estudado - "Eu e um grupo de colegas trazíamos a dança para as arcadas do Passos Manuel."

A minha maior formação foi o Conservatório. Foi o que determinou a minha personalidade.

Em 1987 participa, ainda adolescente, no teledisco dos Xutos & Pontapés Sai P'rá Rua, do álbum Circo de Feras.

Em 1990 teve uma curta aparição no filme ‘Non’, ou A Vã Glória de Mandar de Manoel de Oliveira. Nesse ano completou os oito anos de formação no Conservatório e ganhou uma bolsa de estudo de dança do Centro Nacional de Cultura. Durante o ensaio geral para um espetáculo, em que era coreografa e bailarina, cai sobre uma das traves do cenário e sofre um traumatismo lombar que a obriga a parar por alguns meses. Recusando a inatividade, vê no prazer e na dedicação do seu pai ao jornalismo uma possibilidade para si. Por sugestão de Adelino Gomes, amigo chegado da família, decide inscrever-se no CENJOR, escola recém criada de jornalismo. O pai só soube quando a filha concluiu os testes de admissão ao curso - "Mas apesar desta minha forma de lidar com o facto de ser filha do Joaquim Furtado, ele influenciou-me pela paixão com que sempre vivera o jornalismo, pela biblioteca enorme que ele tem, pela pesquisa, pela escrita, pelas viagens ao estrangeiro e voltar cheio de histórias para contar… era contagiante." - Durante o curso conhece o Nuno Markl, humorista, que a acompanha no estágio profissional no Correio da Manhã Rádio onde ambos trabalham sob a direção do editor de informação João Adelino Faria

Ali ficou durante um ano, até ser selecionada numa audição para o programa Top+ da RTP. Ainda tentou desistir do projeto mas foi demovida dessa intenção. Ficou no canal estatal durante um ano. A convite de Maria Elisa, mudou-se para a SIC, em 1992, para apresentar um programa associado à MTV. Em 1993 foi convidada para apresentar “Chuva de Estrelas”, programa que se tornou um fenómeno de popularidade, tornando a SIC em líder de audiências pela primeira vez. Passou a ser um dos rostos mais populares da televisão portuguesa e ganhou o epíteto de “namoradinha de Portugal”. Após duas temporadas de “Chuva de Estrelas” procurou diversificar o seu trabalho com os programas “Caça ao Tesouro” e “Uma Noite de Sonho”.

Entretanto em 1994 participou na curta metragem “O Assassino da Voz Meiga”, juntamente com Vítor Norte e Sofia Leite. E em 1995, entrou em “Amor & Alquimia”, uma curta metragem de Fernando Fragata, na qual representou ao lado de Rui Poças e Diogo Infante. Ambicionando fazer uma carreira no mundo da representação muda-se para Londres, onde esteve dois anos, para estudar na London International School of Acting e no Actor’s Studio. Entretanto fez pontualmente reportagens para a SIC e regressou a Portugal sempre que necessário, para apresentar algumas das galas daquela estação, como os “Globos de Ouro“.

Em 1997, entrou nas curtas “Drinking & Bleeding” de Leonard Whybrow e “Killing Time” de Alexander Finbow. No mesmo ano, entrou ainda na produção televisiva “Fatima”, juntamente como Joaquim de Almeida e Diogo Infante. No ano seguinte, participou em “Siamese Cop”, “Longe da Vista” e “Sweet Nightmare”.

Voltou à apresentação, em 1999, com “Pequenos e Terríveis”. Nesse ano entrou na série “O Anjo da Guarda”. No ano seguinte participou em dois telefilmes da SIC: “O Lampião da Estrela” e “A Noiva”.

Foi nomeada embaixadora de Boa Vontade, do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA). Estreou-se nas telenovelas em 2001, onde desempenhou o papel de protagonista em “Ganância”. Participou também no telefilme “Teorema de Pitágoras” (2001).

Em 2002 conduz o programa “Catarina.com” que foi o último para a SIC. Volta à RTP, em 2003, para apresentar o programa Operação Triunfo.

Em 2004 participa no filme “Maria E as Outras” e na série A Ferreirinha. Em 2005 apresenta o programa Música no Ar. Participa depois no telefilme Love Online (realizado por Mário Barroso) e em Animal de Rose Bosch.

Em 2006 inicia a primeira série do programa Príncipes do Nada. Assume também a condução do programa “Dança Comigo” o qual teve que abandonar precocemente, devido à gravidez do primeiro filho. Apresente depois programas como “Dá-me Música” (2009/2010), “Quem tramou Peter Pan?” (2011) e “A Voz de Portugal” (2011). Como atriz participe nas séries “Cidade Despida” (2010) e “Liberdade 21″ (2011).

Em 2013 apresenta os programas "Feitos Ao Bife" e "Chef's Academy". Em 2014 é a apresentadora do programa "The Voice Portugal". Em 2015 apresenta o programa "Cook-Off: Duelo de Sabores". Lança nesse ano o livro "O que vejo e não esqueço". Em 2015 e 2016 apresenta, com Vasco Palmeirim, novas edições de "The Voice Portugal".

Em 2018 apresenta o Festival Eurovisão da Canção 2018 juntamente com Daniela Ruah, Filomena Cautela e Sílvia Alberto.

Catarina Furtado casou-se com o também ator João Reis, com quem tem dois filhos: Maria Beatriz, nascida a 25 de maio de 2006 (16 anos) e João Maria, nascido a 27 de outubro de 2007 (14 anos).


Poema de aniversariante de hoje, cantado...

 

Verdura - Caetano Veloso 
Letra e música de Paulo Leminski


De repente me lembro do verde
Da cor verde a mais verde que existe
A cor mais alegre, a cor mais triste
Verde que veste, verde que vestiste

No dia em que te vi
No dia em que me viste

De repente vendi meus filhos
Pra uma família americana
Eles tem carro, eles tem grana
Eles tem casa e a grama é bacana
Só assim eles podem voltar
E pegar um sol em Copacabana
Pegar um sol em Copacabana

Charlie Watts, o baterista dos Rolling Stones, morreu há um ano...


Charles Robert Watts, conhecido como Charlie Watts (Londres, 2 de junho de 1941 - Londres, 24 de agosto de 2021), foi um baterista britânico da banda de rock britânica The Rolling Stones

 


 


terça-feira, agosto 23, 2022

Hoje foi o Dia Europeu de Recordação das Vítimas do Estalinismo e Nazismo...

   
Black Ribbon Day, officially known in the European Union as the European Day of Remembrance for Victims of Stalinism and Nazism, is an international day of remembrance for victims of totalitarian regimes, specifically Stalinist, communist, Nazi and fascist regimes. It is observed on 23 August and symbolizes the rejection of "extremism, intolerance and oppression". It is one of the official remembrance days of the European Union. Under the name Black Ribbon Day it is also an official remembrance day of Canada and the United States, among other countries.
The remembrance day has its origins in protests in western countries against the Soviet Union that gained prominence in the years leading up to the Revolutions of 1989 and that inspired the Baltic Way, a major demonstration against the Soviet occupation of the Baltic states in 1989. It was proposed as an official European remembrance day by Václav Havel, Joachim Gauck and a group of freedom fighters and former political prisoners from Central and Eastern Europe during a conference organised by the Czech Government, and was formally designated by the European Parliament in 2008/2009 as "a Europe-wide Day of Remembrance for the victims of all totalitarian and authoritarian regimes, to be commemorated with dignity and impartiality"; it has been observed annually by the bodies of the European Union since 2009. The European Parliament's 2009 resolution on European conscience and totalitarianism, co-sponsored by the European People's Party, the Alliance of Liberals and Democrats for Europe, The Greens–European Free Alliance, and the Union for Europe of the Nations, called for its implementation in all of Europe. The establishment of 23 August as an international remembrance day for victims of totalitarianism was also supported by the 2009 Vilnius Declaration of the OSCE Parliamentary Assembly.
23 August was chosen to coincide with the date of the signing of the Molotov–Ribbentrop Pact, a 1939 non-aggression pact between the USSR and Nazi Germany which contained a protocol dividing Romania, Poland, Lithuania, Latvia, Estonia, and Finland into designated German and Soviet spheres of influence. The treaty was described by the European Parliament's president Jerzy Buzek in 2010 as "the collusion of the two worst forms of totalitarianism in the history of humanity."
The purpose of the Day of Remembrance is to preserve the memory of the victims of mass deportations and exterminations, while promoting democratic values with the aim to reinforce peace and stability in Europe.
   

A propósito de tsunamis vulcânicos...

Erupção de Tonga vista do espaço: onda equivalente a um prédio de 30 andares (crédito - NOAA)

 

Onda criada por erupção de vulcão em Tonga atingiu 90 metros de altura

 

A onda inicial do tsunami criada pela erupção do vulcão submarino Hunga Tonga Há’apai em Tonga em janeiro de 2022 atingiu 90 metros de altura, o equivalente a um prédio de 30 andares. Isso significa que ela foi cerca de nove vezes mais alta do que a do altamente destrutivo tsunami de 2011 no Japão, segundo uma nova pesquisa publicada na revista Ocean Engineering.


Segundo a equipe de pesquisa internacional que realizou o estudo, a erupção deve servir como um alerta para grupos internacionais que procuram proteger as pessoas de eventos semelhantes no futuro, pois os sistemas de deteção e monitorização de tsunamis baseados em vulcões estão 30 anos atrás de ferramentas comparáveis ​​usadas para detetar eventos baseados em terremotos.

O dr. Mohammad Heidarzadeh, secretário-geral da Comissão Internacional de Tsunami e professor catedrático do Departamento de Arquitetura e Engenharia Civil da Universidade de Bath (Reino Unido), foi o autor principal da pesquisa, trabalhando ao lado de colegas baseados no Japão, na Nova Zelândia, no Reino Unido e na Croácia.
Proximidade do litoral

Em comparação, as maiores ondas de tsunami devido a terremotos antes do evento de Tonga foram registadas após o terremoto de Tohoku perto do Japão em 2011 e o terremoto chileno de 1960, atingindo 10 metros de altura inicial. Essas foram mais destrutivas porque aconteceram mais perto da terra, com ondas mais largas.

De acordo com Heidarzadeh, o tsunami de Tonga deve servir como um alerta para mais preparação e compreensão das causas e sinais de tsunamis causados ​​por erupções vulcânicas. Ele disse: “O tsunami de Tonga matou tragicamente cinco pessoas e causou destruição em grande escala, mas seus efeitos poderiam ter sido ainda maiores se o vulcão estivesse localizado mais perto das comunidades humanas. O vulcão está localizado a aproximadamente 70 km da capital tonganesa. Nuku’alofa – essa distância minimizou significativamente o seu poder destrutivo”.

Heidarzadeh prosseguiu: “Este foi um evento gigantesco, único e que destaca que internacionalmente devemos investir na melhoria dos sistemas para detetar tsunamis vulcânicos, pois atualmente eles estão cerca de 30 anos atrás dos sistemas que usamos para monitorizar terremotos. Estamos pouco preparados para tsunamis vulcânicos”.


Tsunami de mecanismo duplo

A pesquisa foi realizada analisando-se registos de dados de observação oceânica de mudanças de pressão atmosférica e oscilações do nível do mar, em combinação com simulações de computador validadas com dados do mundo real.

A equipe descobriu que o tsunami foi único, pois as ondas foram criadas não apenas pela água deslocada pela erupção do vulcão, mas também por enormes ondas de pressão atmosférica, que circularam ao redor do globo várias vezes. Esse “mecanismo duplo” criou um tsunami de duas partes – em que as ondas oceânicas iniciais criadas pelas ondas de pressão atmosférica foram seguidas mais de uma hora depois por uma segunda onda criada pelo deslocamento da água da erupção.

Essa combinação significou que os centros de alerta de tsunami não detetaram a onda inicial, pois são programados para detetar tsunamis com base em deslocamentos de água em vez de ondas de pressão atmosférica.

A equipe de pesquisa também descobriu que o evento de janeiro foi um dos poucos tsunamis poderosos o suficiente para viajar ao redor do globo – foi registado em todos os oceanos e grandes mares do mundo, desde o Japão e a costa oeste dos Estados Unidos, no Oceano Pacífico Norte, até as costas do Mar Mediterrâneo.


Monitorização necessária

Aditya Gusman, modelador de tsunamis no GNS Science da Nova Zelândia, disse: “As erupções do vulcão Anak Krakatau de 2018 e do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha’apai de 2022 nos mostraram claramente que as áreas costeiras ao redor das ilhas vulcânicas correm o risco de serem atingidas por tsunamis destrutivos. Embora possa ser preferível ter áreas costeiras baixas completamente livres de edifícios residenciais, tal política pode não ser prática para alguns lugares, pois tsunamis vulcânicos podem ser considerados eventos pouco frequentes”.

A coautora drª Jadranka Šepić, da Universidade de Split (Croácia), acrescentou: “O importante é ter sistemas de alerta eficientes, que incluam alertas em tempo real e educação sobre o que fazer em caso de tsunami ou alerta – tais sistemas salvam vidas. Além disso, em áreas vulcânicas, o monitoramento da atividade vulcânica deve ser organizado, e mais pesquisas de alta qualidade sobre erupções vulcânicas e áreas em risco são sempre uma boa ideia”.

Pesquisas separadas lideradas pelo dr. Corwin Wright, físico atmosférico da Universidade de Bath, e publicadas em junho descobriram que a erupção de Tonga desencadeou ondas de gravidade atmosférica que atingiram a borda do espaço.

 

Texto adaptado daqui

O infeliz Rei Luís XVI nasceu há 268 anos


Luís XVI
(Versalhes, 23 de agosto de 1754 – Paris, 21 de janeiro de 1793) foi Rei da França e Navarra de 1774 até ser deposto em 1792 durante a Revolução Francesa, sendo executado no ano seguinte. Seu pai, Luís, Delfim de França, era o filho e herdeiro aparente do rei Luís XV. Como resultado da morte de seu pai, em 1765, Luís se tornou o novo delfim e sucedeu seu avô em 1774. Era irmão mais velho dos futuros reis Luís XVIII e Carlos X.

Nascido em Versalhes, recebeu o título de Duque de Berry. Após a morte repentina de seu pai Luís Fernando, tornou-se o novo herdeiro da França em 1765, e coroado rei aos 19 anos. A primeira parte de seu reinado foi marcada por tentativas de reformar a França, de acordo com os ideais iluministas. Estes incluíram esforços para abolir a servidão, remover a taille, e aumentar a tolerância em relação aos protestantes. A nobreza francesa reagiu com hostilidade às reformas propostas, e se opôs com sucesso a sua implementação. Em seguida ocorreu o aumento do descontentamento entre as pessoas comuns. Em 1776, Luís XVI apoiou ativamente os colonos norte-americanos, que buscavam sua independência da Grã-Bretanha, que foi realizada no Tratado de Paris de 1783.

A dívida e crise financeira que vieram em seguida contribuíram para a impopularidade do Antigo Regime, que culminou no Estado Geral de 1789. O descontentamento entre os membros das classes média e baixa da França resultou em reforçada oposição à aristocracia francesa e à monarquia absoluta, das quais Luís e sua esposa, a rainha Maria Antonieta, eram vistos como representantes. Em 1789, a tomada da Bastilha, durante os distúrbios em Paris, marcou o início da Revolução Francesa. A indecisão e conservadorismo de Luís levaram algumas perceções ao povo da França em vê-lo como um símbolo da tirania do Antigo Regime, e sua popularidade se deteriorou progressivamente. A sua desastrosa fuga de Varennes, em junho de 1791, quatro meses antes da monarquia constitucional ser declarada, parecia justificar os rumores de que o rei amarrou suas esperanças de salvação política nas perspetivas de alguma invasão estrangeira. Sua credibilidade foi extremamente comprometida. A abolição da monarquia e a instauração da república tornaram-se possibilidades cada vez maiores.

Em um contexto de guerra civil e internacional, o rei foi suspenso e preso na época da insurreição de 10 de agosto de 1792, um mês antes da monarquia constitucional ser abolida e a Primeira República Francesa ser proclamada em 21 de setembro. Foi julgado pela Convenção Nacional (auto-instituída como um tribunal para a ocasião), considerado culpado de alta traição e executado na guilhotina em 21 de janeiro de 1793 como um cidadão francês dessacralizado conhecido como "Cidadão Luís Capeto", um apelido em referência a Hugo Capeto, o fundador da dinastia capetiana — que os revolucionários interpretavam como o seu nome de família. Depois de inicialmente considerado tanto um traidor como um mártir, historiadores franceses têm adotado uma visão geral diferente de sua personalidade e papel como rei, descrevendo-o como um homem honesto impulsionado por boas intenções, mas que não estava à altura da tarefa hercúlea que teria sido uma profunda reforma da monarquia. Foi o único rei da França na história a ser executado, e sua morte pôs fim a mais de mil anos de monarquia francesa contínua. 

 

  

in Wikipédia

Here's to you, Nicola and Bart...

Vergonha - Sacco e Vanzetti foram executados há 95 anos...

   
Nicola Sacco (Torremaggiore, 22 de abril de 1891 - Charlestown, 23 de agosto de 1927) foi um anarquista italiano que junto com Bartolomeo Vanzetti foi preso, processado, julgado e condenado nos Estados Unidos da América na década de 1920, sob a acusação de homicídio de um contador e de um guarda de uma fábrica de sapatos. Sobre a sua culpa houve muitas dúvidas já à época dos acontecimentos.
Nem ele nem Vanzetti foram absolvidos, nem mesmo depois de um outro homem admitir em 1925 a autoria dos crimes. Foram condenados à pena capital e executados na cadeira elétrica a 23 de agosto de 1927.
Há uma citação sobre ambos no poema "América" de Allen Ginsberg.
Howard Fast, escritor de origem judaica e militante político, escreveu um livro que narra a história dos dois anarquistas, imigrantes, italianos condenados a morte, o nome do livro é "Sacco e Vanzetti".
   
    
  
   
Bartolomeo Vanzetti (Villafalletto, 11 de junho de 1888 - Charlestown, 23 de agosto 1927) foi um anarquista italiano que junto com Nicola Sacco foi preso, processado, julgado e condenado nos Estados Unidos da América na década de 20, sob a acusação de homicídio de um contador e de um guarda de uma fábrica de sapatos
   

Rodolfo Valentino morreu há 96 anos

Valentino em 1919  

Rodolfo Alfonso Raffaello Pierre Filibert Guglielmi di Valentina D'Antonguolla, conhecido como Rodolfo Valentino (Castellaneta, 6 de maio de 1895 - Nova Iorque, 23 de agosto de 1926) foi um ator italiano radicado nos Estados Unidos, que fez em vários filmes mudos de sucesso, incluindo Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, The Sheik, Sangue e Areia, The Eagle e O Filho do Sheik.

Ele foi um dos primeiros ícones pop e um símbolo sexual da década de 20, que era conhecido em Hollywood como o "amante latino", ou simplesmente como "Valentino". A sua morte prematura, aos 31 anos, causou uma histeria em massa entre as suas fãs, e impulsionou ainda mais o seu status de ícone cultural do cinema.


Hitler vendeu a Estaline os Países Bálticos, Finlândia e meia Polónia e teve autorização para começar a guerra há 83 anos

Cerimónia de assinatura: Molotov a assinar, Ribbentrop atrás (com os olhos fechados), com Estaline à sua esquerda
     
Antecedentes
O resultado da Primeira Guerra Mundial foi desastroso tanto para o II Reich alemão como para a União Soviética. Durante o conflito, os bolcheviques lutavam pela sobrevivência, e Lenine não teve alternativa a não ser reconhecer a independência da Finlândia, da Estónia, da Letónia, da Lituânia e da Polónia. Além disso, diante do avanço militar alemão, Lenine e Trotsky foram forçados assinar o Tratado de Brest-Litovsk, que retirava o país da guerra e cedia alguns territórios ocidentais da Rússia ao Império Alemão. Após o colapso da Alemanha, tropas da Grã-Bretanha, da França e do Império Japonês intervieram na Guerra Civil Russa.
Em 16 de abril de 1922, a Alemanha e a União Soviética participaram no Tratado de Rapallo, por cujos termos renunciavam às reivindicações territoriais e financeiras contra os demais. As partes se comprometeram ainda à neutralidade na eventualidade de um ataque de um contra um outro pelo Tratado de Berlim (1926).
No início da década de 30, a ascensão do Partido Nazi ao poder na Alemanha, aumentou as tensões entre estes países, a União Soviética e outros países de etnia eslava, que foram considerados "Untermenschen" ("sub-humanos") de acordo com a ideologia racial nazi. Além disso, os nazis, antissemitas, associavam a etnia judia com o comunismo e com o capitalismo financeiro, aos quais se opunham. Por conseguinte, a liderança nazi declarou que os eslavos na União Soviética estavam a ser governados por "judeus bolcheviques".
Em 1939, a Alemanha nazi e a Itália fascista, apoiaram os nacionalistas espanhóis na Guerra Civil Espanhola, enquanto os soviéticos apoiaram a Segunda República Espanhola, sob a liderança do presidente Manuel Azaña. Naquele mesmo ano, a Alemanha e o Império Japonês entraram no "Pacto Anti-Comintern", e a que se juntou, um ano depois, a Itália.
A feroz retórica anti-soviética de Adolf Hitler foi uma das razões pelas quais a Grã-Bretanha e a França decidiram que a participação da União Soviética na Conferência de Munique, em 1938, sobre o destino da Checoslováquia, seria perigosa e inútil. O Acordo de Munique, então assinado, marcou uma anexação parcial da Checoslováquia pela Alemanha, no final de 1938, seguido da sua dissolução completa, em março de 1939, o que é visto como parte de um apaziguamento da Alemanha realizado pelos gabinetes de Neville Chamberlain e Édouard Daladier. Esta política levantou de imediato a questão de saber se a União Soviética poderia evitar ser o próximo passo na lista de Hitler.
Nesse contexto, a liderança soviética acreditava que o Ocidente poderia querer incentivar a agressão alemã a Oriente, e que a Grã-Bretanha e a França poderiam ficar neutras no conflito iniciado pela Alemanha Nazi. Pelo lado da Alemanha, devido a que uma aliança com a Grã-Bretanha era impossível, tornava-se necessário estreitar relações mais estreitas com a União Soviética para a obtenção de matérias-primas. Além disso, um bloqueio naval britânico era esperado em caso de guerra, o que iria provocar uma escassez crítica de matérias-primas para o esforço de guerra da Alemanha. Depois do acordo de Munique, aumentaram as necessidades alemãs em termos de abastecimento militar, ao passo que, devido à implementação do terceiro plano quinquenal na URSS, eram essenciais investimentos maciços em tecnologia e equipamentos industriais.
Em 31 de março de 1939, em resposta ao desafio da Alemanha nazi do Acordo de Munique e da ocupação da Checoslováquia, a Grã-Bretanha garantiu o apoio da própria França para garantir a independência da Polónia, da Bélgica, da Roménia, da Grécia e da Turquia. Em 6 de Abril, a Polónia e a Grã-Bretanha concordaram em formalizar a garantia de uma aliança militar. Em 28 de abril, Hitler denunciou o Pacto de Não-Agressão Polaco-Alemão de 1934 e o Acordo Naval Anglo-Germânico de 1935.
   
À esquerda, as fronteiras, conforme o Pacto Molotov-Ribbentrop; à direita, as fronteiras reais em 1939
     
O Pacto
Foi assinado em Moscovo na madrugada de 24 de agosto de 1939 (mas datada de 23 de agosto) pelo então ministro do exterior soviético Vyacheslav Molotov e pelo então ministro do exterior da Alemanha Joachim von Ribbentrop. Em linhas gerais estabelecia que ambas as nações se comprometiam a manter-se afastadas uma da outra em termos bélicos. Nenhuma nação favoreceria os inimigos da outra, nem tão pouco invadiriam os seus respetivos territórios, além do que, a União Soviética não reagiria a uma agressão alemã à Polónia, e que, em contrapartida, a Alemanha apoiaria uma invasão soviética à Finlândia, entre outras concessões. De facto, à invasão nazi seguiu-se a Invasão Soviética da Polónia e também da Finlândia, ainda em 1939.
Em dois protocolos secretos, os dois governos organizaram a partilha dos territórios da Europa de Leste em zonas de influência, decidindo que a Polónia deveria deixar de existir (passando o seu território para a Alemanha e para a URSS), que a Lituânia ficaria sob alçada alemã (meses mais tarde a Alemanha trocou a Lituânia por outra zonas de influência, ficando a Lituânia sob alçada soviética), que a Estónia e a Letónia passariam para a URSS, bem como grande parte da Finlândia e vastas zonas da Roménia e da Bulgária.
O pacto estabelecia também fortes relações comerciais, vitais para os dois países, nomeadamente petróleo soviético da zona do Cáucaso e trigo da Ucrânia, recebendo em contrapartida ajuda, equipamento militar alemão e ouro.
Este novo facto nas relações internacionais alarmou a comunidade das nações, não só porque os nazis eram supostos inimigos dos comunistas, mas também porque, secretamente, objetivava a divisão dos estados da Finlândia, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia e Roménia segundo as esferas de interesses de ambas as partes. O pacto era absolutamente vital para ambos os países: para os alemães assegurava que se poderiam concentrar apenas na sua frente ocidental para além de terem assegurado combustíveis que de outro modo impossibilitariam tais operações. Do lado soviético, a paz e a ajuda militar eram fundamentais, tanto mais que as forças militares não estavam preparadas para qualquer grande combate, como se comprovou na mal sucedida aventura finlandesa de novembro de 1939 - a chamada guerra de inverno.
O pacto durou até 22 de junho de 1941, quando a Alemanha nazi, sem prévio aviso, iniciou a invasão do território soviético na Operação Barbarossa.
     
Caricatura no jornal semanal "Mucha", de Varsóvia, em 8 de setembro de 1939, já com a invasão nazi em andamento (Ribbentrop faz reverência a Estaline, com Molotov a seu lado)
 

A. H. de Oliveira Marques nasceu há 89 anos

  
António Henrique Rodrigo de Oliveira Marques, conhecido como A. H. de Oliveira Marques, (São Pedro do Estoril, 23 de agosto de 1933 - Lisboa, 23 de janeiro de 2007) foi um destacado professor universitário e historiador e maçon português.

Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa com a tese A Sociedade em Portugal nos Séculos XII a XV (1956).
Iniciou funções docentes em 1957, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se doutorou em História, em 1960 (junho), com a dissertação Hansa e Portugal na Idade Média.
A sua participação na crise académica de 1962 resultante da luta promovida pelos estudantes contra a ditadura do Estado Novo, esteve na origem do seu afastamento da universidade portuguesa.
Entre 1965 e 1970 esteve nos Estados Unidos, onde lecionou em várias instituições, como a Universidade do Alabama, da Flórida, Columbia e Minnesota, entre outras.
Em 1970, durante a «Primavera Marcelista», regressou a Portugal, reingressando na universidade portuguesa depois da Revolução do 25 de Abril, em 1974.
Foi diretor da Biblioteca Nacional de Lisboa entre 1974 e 1976.
Professor catedrático da Universidade Nova de Lisboa (1976), foi presidente da comissão instaladora da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da mesma Universidade (1977 a 1980) e presidente do conselho científico desta Faculdade (1981-1983 e 1984-1986).
Foi presidente do Ano Propedêutico no ano letivo de 1977/1978.
Em 1980 fundou o Centro de Estudos Históricos da Universidade Nova de Lisboa.
O seu trabalho como historiador incidiu especialmente sobre a Idade Média, a Primeira República e a maçonaria.
Em 1982, em comemoração dos 25 anos sobre a publicação do seu primeiro estudo histórico, foram editados dois volumes com colaboração de historiadores portugueses e estrangeiros e intitulados Estudos de História de Portugal: Homenagem a A. H. de Oliveira Marques.
Franco-mação desde 1973, foi eleito Grão-Mestre Adjunto do Grande Oriente Lusitano (1984-1986) e Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Grau 33 (1991-1994).
A 2 de outubro de 1998 recebeu a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio.
Faleceu aos 73 anos, no dia 23 de janeiro de 2007, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, vítima de problemas cardíacos.
Considerado um dos grandes historiadores portugueses contemporâneos, as suas obras, que se destacam em diversos domínios, são instrumentos de grande importância para os estudiosos da História de Portugal.

 

O patriota escocês William Wallace foi barbaramente executado há 717 anos

Estátua de William Wallace na entrada do Castelo de Edimburgo
     
William Wallace (Elderslie, circa 1270  - Londres, 23 de agosto de 1305) foi um guerreiro escocês que liderou seus compatriotas na resistência na dominação inglesa imposta rei inglês Eduardo I. O seu nome em gaélico medieval era Uilliam Uallas e em gaélico escocês atual é Uilleam Uallas.
Recentes biógrafos situam o seu nascimento em Ellerslie, Ayrshire, ainda que a tradição oral o situe em Elderslie, Renfrewshire. Venceu o exército de Eduardo I de Inglaterra na batalha conhecida como "Batalha da ponte de Stirling" ou "Stirling Bridge". Pouco depois da sua sua terrível execução, a independência da Escócia pode ser restabelecida por Robert the Bruce. A sua participação foi decisiva na Guerra da Independência Escocesa, quando a monarquia, no decorrer dos conflitos incessantes entre os clãs, viu as tropas de Eduardo I avançarem para a total subjugação do reino. Wallace venceu os ingleses em várias batalhas, culminado com o nascimento do estado escocês.
Tornou-se muito conhecido após ser biografado no filme Braveheart ( O Desafio do Guerreiro), dirigido e estrelado por Mel Gibson. William Wallace é, certamente, um herói para os escoceses.
   
A queda
Pouco se sabe a respeito da verdadeira captura de Wallace, além do facto de que ela foi realizada pelo escocês John Mentieth (ou, como dizem algumas fontes, por um servo de Mentieth). Assim, no dia 3 de agosto de 1305, crê-se que sir John Mentieth capturou William Wallace em algum lugar perto de Glasgow. Mentieth havia estado do lado da liberdade dos escoceses algum tempo antes, mas sucumbiu a Eduardo I. Como recompensa, foi feito xerife de Dumbarton. Em relação ao filme Braveheart - O desafio do guerreiro, embora não haja indicação de que Wallace estava a caminho para encontrar Robert the Bruce quando foi traído, o filme foi preciso ao retratar a traição por um de seus próprios conterrâneos. Wallace foi levado para Londres imediatamente e chegou lá a 22 de agosto. Na manhã seguinte, foi levado pelas ruas de Fenchurch, onde as multidões zombavam dele e lhe atiravam comida e pães podres, perceba-se que os ingleses haviam sido levados a acreditar que Wallace era um impiedoso fora-da-lei, que havia matado ingleses inocentes, e que deveria ser punido.
No Westminster Hall, Wallace ficou diante do tribunal designado pelo rei Eduardo I, que o obrigou a ficar numa plataforma e usar o que alguns acreditavam ser uma coroa de espinhos. Além de traição, Wallace foi acusado do assassinato do xerife de Lanark, Hazelrig, oito anos antes. As acusações eram lidas e a sentença pronunciada, como era costume, uma vez que os marginais, estando fora da lei, não tinham direitos. Wallace não teve oportunidade de falar em sua própria defesa e a sentença foi executada imediatamente: Wallace foi amarrado com couro e arrastado por diversos quilómetros, até Smithfield.
   
A execução
Primeiro Wallace foi enforcado até ficar quase inconsciente, e então, amarrado a uma mesa, estripado, e as suas entranhas, queimadas, ainda presas a ele. Provavelmente foi também castrado e, então finalmente, foi liberto do seu sofrimento inimaginável pela decapitação. O seu corpo foi esquartejado, e os pedaços, enviados para Newcastle upon Tyne, Berwick, Perth e Stirling. A sua cabeça foi colocada num pique na Ponte de Londres, de modo que todos a vissem, como advertência para outros possíveis "traidores".
   

Os nazis foram derrotados na Batalha de Kursk há 79 anos

 
A Batalha de Kursk foi uma batalha significativa da Segunda Guerra Mundial, entre as forças alemãs e soviéticas, na Frente Oriental, perto de Kursk (450 quilómetros a sudoeste de Moscovo) na União Soviética, entre 5 de julho e 23 de agosto de 1943. A ofensiva alemã teve o nome de código Operação Cidadela (alemão: Unternehmen Zitadelle) e levou a um dos maiores confrontos blindados da história, a batalha de Prokhorovka. Mantém-se, até hoje, como a maior batalha de blindados de todos tempos, e inclui o maior número de perdas aéreas num só dia na história da guerra. Embora os alemães tivessem planeado e iniciado uma ofensiva, a defesa soviética conseguiu com sucesso lançar uma contra-ofensiva e parar as suas ambições.

Keith Moon nasceu há 76 anos

     
Keith John Moon ( Londres, 23 de agosto de 1946Londres, 7 de setembro de 1978) foi o baterista da banda de rock britânica The Who. Ganhou prestígio pelo seu estilo inovador e exuberante na bateria e notoriedade por seu comportamento excêntrico e por vezes destrutivo, o que lhe rendeu a alcunha de "Moon the Loon" ("Moon, o Lunático"). Moon entrou para os Who em 1964, participando de todos os seus álbuns e singles a partir da estreia do grupo, com "Zoot Suit" em 64, até Who Are You, de 1978, lançado três semanas antes da sua morte.
Moon era conhecido por seu estilo de bateria dramático e cheio de suspense, que frequentemente envolvia a omissão de batidas básicas em prol de uma técnica fluída e acentuada, focada em viradas progressivas pelos toms, trabalho ambidestro no bumbo e passadas e ataques selvagens nos chimbaus. Ele é citado pelo Hall da Fama do Rock and Roll como um dos maiores bateristas de rock and roll de todos os tempos e foi postumamente introduzido no Rock Hall em 1990, como membro dos The Who.
O legado de Moon, como membro dos The Who, como artista a solo e como personalidade excêntrica, continuam a colecionar prémios e reconhecimentos, incluindo um segundo um lugar na lista dos "melhores bateristas de todos os tempos" dos leitores da revista Rolling Stone em 2011, quase 35 anos depois de sua morte.
  
     
Morte
A última noite de Keith Moon foi como convidado de Paul McCartney na estreia do filme The Buddy Holly Story. Depois de jantar com Paul e Linda McCartney, Moon e a sua namorada, Annette Walter-Lax, deixaram a festa mais cedo e regressaram ao seu apartamento em Curzon Place, Londres. Ele morreu dormindo, em consequência de uma overdose do medicamento que ele estava usando no seu tratamento contra o alcoolismo. O relatório do médico legista apontou que havia 32 comprimidos de Heminevrin no seu organismo, 26 das quais ainda não dissolvidos. O apartamento na Curzon Place tinha sido emprestado a Keith pelo seu amigo Harry Nilsson. Curiosamente, "Mama" Cass Elliot (vocalista dos The Mamas and The Papas) morrera no mesmo apartamento, quatro anos antes. Amargurado com a perda de dois amigos, Nilsson nunca mais regressou ao local, posteriormente vendendo o apartamento a Pete Townshend. O corpo de Keith Moon foi cremado, a 13 de setembro de 1978, no Golders Green Crematorium em Londres e as suas cinzas espalhadas no jardim do mesmo local em que foi cremado.
 

 


Música de aniversariante de hoje...

O massacre da noite de São Bartolomeu começou há quatrocentos e cinquenta anos...

   
O massacre da noite de São Bartolomeu ou a noite de São Bartolomeu, foi um episódio sangrento na repressão aos protestantes na França pelos reis franceses, que eram católicos. Esse genocídio aconteceu em 23 e 24 de agosto de 1572, em Paris, no dia de São Bartolomeu.

As matanças, organizadas pela casa real francesa, começaram em 24 de agosto de 1572 e duraram vários meses, inicialmente em Paris e depois em outras cidades francesas, vitimando entre 30 mil e 100 mil protestantes franceses (chamados huguenotes).
Este massacre veio dois anos depois do tratado de paz de Saint-Germain, pelo qual Catarina de Médici tinha oferecido tréguas aos protestantes.
Em 1572, quatro incidentes inter-relacionados têm lugar após o casamento real de Marguerite de Valois, irmã do rei da França, com Henrique de Navarra, (chefe da dinastia dos huguenotes) uma aliança que supostamente deveria acalmar as hostilidades entre protestantes e católicos romanos, e fortalecer as aspirações de Henrique ao trono. Em 22 de agosto, um agente de Catarina de Médici (a mãe do rei da França de então, Carlos IX de França, o qual tinha apenas 22 anos e não detinha verdadeiramente o controle), um católico chamado Maurevert, tentou assassinar o almirante Gaspard de Coligny, líder huguenote de Paris, o que enfureceu os protestantes, apesar de ele ter ficado apenas ferido.
Nas primeiras horas da madrugada de 24 de agosto, o dia de São Bartolomeu, dezenas de líderes huguenotes foram assassinados em Paris, numa série coordenada de ataques planeados pela família real.
Este foi o sinal inicial para um massacre mais vasto. Começando em 24 de agosto e durando até outubro, houve uma onda organizada de assassínios de huguenotes em cidades como Toulouse, Bordeaux, Lyon, Bourges, Rouen, e Orléans.