terça-feira, fevereiro 02, 2021

Mendeleiev morreu há 114 anos

  
Dmitri Ivanovich Mendeleev, também grafado Mendeleiev, (Tobolsk, 8 de fevereiro de 1834 - São Petersburgo, 2 de fevereiro de 1907), foi um químico russo, criador da primeira versão da tabela periódica dos elementos químicos, prevendo as propriedades de elementos que ainda não tinham sido descobertos.
   
 

 
Atual Tabela Periódica

João Aguardela nasceu há cinquenta e dois anos...

(imagem daqui)

  

João Aguardela (Lisboa, 2 de fevereiro de 1969 - Lisboa, 18 de janeiro de 2009) foi um cantor, músico e compositor português, conhecido por fazer parte das bandas Sitiados, Linha da Frente, Megafone e A Naifa.
      
(...)
     
Faleceu no Hospital da Luz, em Lisboa, a 18 de janeiro de 2009, vítima de cancro do estômago, aos 39 anos de idade. 
 

in Wikipédia

 

Shakira - 44 anos

   
Shakira Isabel Mebarak Ripoll (Barranquilla, 2 de fevereiro de 1977), mais conhecida simplesmente como Shakira, é uma cantora, compositora e instrumentista colombiana, além de atuar regularmente como dançarina, coreógrafa, arranjadora, produtora, designer de moda, empresária, atriz, apresentadora de televisão e modelo. A música colombiana é também filantropa e embaixadora da Boa Vontade da UNICEF colombiana.
    

 


Sid Vicious morreu há 42 anos

   
Sid Vicious (nome artístico de John Simon Ritchie-Beverly, Londres, 10 de maio de 1957 - Nova Iorque, 2 de fevereiro de 1979) foi um músico inglês, conhecido por tratar-se de um ícone da cultura punk, tocar baixo na banda Sex Pistols.
Sid Vicious, antes de entrar para a banda Sex Pistols, era baterista dos Siouxsie & The Banshees. Também foi vocalista da banda The Flowers Of Romance.
   
(...)
    
Todos acreditavam na desintoxicação de Sid, mas, após uma festa em homenagem à sua libertação, na casa da sua mãe, fechou-se na casa de banho e injetou uma dose a mais de heroína. Depois, foi achado morto, deitado de costas na cama do apartamento de Michelle Robinson, na manhã de 2 de fevereiro de 1979, aos 21 anos, de overdose de heroína. Acredita-se que Sid tinha roubado a droga da própria mãe (que tinha registo de prisão por posse de drogas).
     

 


Chico Science morreu há 24 anos

   
Francisco de Assis França, mais conhecido pela alcunha de Chico Science (Olinda, 13 de março de 1966 - Recife, 2 de fevereiro de 1997) foi um cantor e compositor brasileiro, um dos principais colaboradores do movimento manguebeat em meados da década de 90. Líder da banda Chico Science & Nação Zumbi, deixou dois discos gravados: Da Lama ao Caos e Afrociberdelia, tendo a sua carreira sido precocemente encerrada por um acidente de carro, numa das vias que ligam Olinda ao Recife. Os seus dois álbuns foram incluídos na lista dos 100 melhores discos da música brasileira da revista Rolling Stone, elaborada a partir de uma votação com 60 jornalistas, produtores e estudiosos de música brasileira: Da Lama ao Caos na 13ª posição e Afrociberdelia em 18° lugar. Em outubro de 2008, a revista Rolling Stone promoveu a Lista dos Cem Maiores Artistas da Música Brasileira, cujo resultado colocou Chico Science em 16ª lugar.
   
(...)
    
   

Chico Science morreu no final da tarde de um domingo do dia 2 de fevereiro de 1997, num acidente de automóvel quando dirigia o carro da sua irmã de Recife para Olinda. Às 18.30, ele estava sozinho ao volante na estrada quando o seu carro chocou com um poste depois que um outro veículo teria fechado a passagem do Uno.

Science ainda foi socorrido por um polícia que estava passando num autocarro e que o levou ao Hospital da Restauração, mas o jovem cantor e compositor não resistiu e chegou ao hospital morto. O enterro aconteceu na segunda-feira do dia 3 de fevereiro de 1997, no Cemitério de Santo Amaro, localizado no Recife. A família de Chico Science recebeu indemnização de cerca de 10 milhões de reais da montadora Fiat, responsabilizada pela morte do cantor e compositor no acidente, devido a falhas no cinto de segurança do carro que dirigia e que poderia ter-lhe poupado a vida. Ano após ano, seu túmulo é visitado por fãs e admiradores da sua obra e de seu legado.

 


Hoje é o Dia Mundial das Zonas Húmidas

 

O Dia Mundial das Zonas Húmidas é celebrado a 2 de fevereiro, e decorre da Convenção Ramsar, assinada nesta data em 1971 e que entrou em vigor desde 1975, visando promover a cooperação internacional e incentivar as acções nacionais no sentido de promover uma gestão racional e sustentável das zonas húmidas.

 

in Wikipédia

segunda-feira, fevereiro 01, 2021

Música adequada à (triste) data...

 

Portugal foi-nos roubado - João Ferreira-Rosa

Portugal foi-nos roubado
Há que dizê-lo a cantar
Para isso nos serve o Fado
Para isso e para não chorar

5 de outubro que treta
O que foi isso afinal
Dona Lisboa de Opereta
Muito chique por sinal

Sou português e por tal
Nunca fui republicano
O que eu quero é Portugal
Para desfazer o engano

Os heróis dos republicanos
Banqueiros, tropa, doutores
No estado em que ainda estamos
Só lhe devemos favores

Outubro, maio e abril
Cinco, dois oito, dois cinco
Reina a canalha mais vil
Neste pano verde e tinto

Sou português e por tal
Nunca fui republicano
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O que eu quero é Portugal
Para desfazer o engano.

 

Mary Shelley morreu há 170 anos

      
Mary Wollstonecraft Shelley, nascida Mary Wollstonecraft Godwin (Somers Town, Londres, 30 de agosto de 1797 - Chester Square, Londres, 1 de fevereiro de 1851), mais conhecida por Mary Shelley, foi uma escritora britânica, filha do filósofo William Godwin e da feminista e escritora Mary Wollstonecraft.
Mary Shelley foi autora de contos, dramaturga, ensaísta, biógrafa e escritora de literatura de viagens, mais conhecida por seu romance gótico, Frankenstein: ou O Moderno Prometeu (1818). Também editou e promoveu os trabalhos de seu marido, o poeta romântico e filósofo Percy Bysshe Shelley, com quem se casou em 1816, após o suicídio da sua primeira esposa.
   

O barão de Eschwege morreu há 166 anos

  
Wilhelm Ludwig von Eschwege (Auer Wasserburg, Hesse, 10 de novembro de 1777 - Kassel, 1 de fevereiro de 1855), também conhecido por barão de Eschwege, Guilherme von Eschwege ou por Wilhelm Ludwig Freiherr von Eschwege, foi um geólogo, geógrafo, arquiteto e metalurgista alemão.
Foi contratado pela coroa portuguesa para proceder ao estudo do potencial mineiro do país. Encontrava-se em Portugal quando, em 1808, a Corte se transferiu para o Brasil, devido à invasão francesa comandada por Junot. Seguiu posteriormente para o Brasil, onde se viria a notabilizar-se pela realização da primeira exploração geológica de carácter científico feita naquele país.
  
Biografia
Wilhelm Ludwig von Eschwege nasceu a 10 de novembro de 1777, em Aue bei Eschwege, Hessen, Alemanha, filho de família aristocrática. Destinado à carreira militar, estudou na Universidade de Göttingen (1796-1799), tendo sido contemporâneo de Georg Heinrich von Langsdorff. Em Marburg tomou contato com a engenharia de minas, e tornou-se consultor em Clausthal e Richelsdorf, em 1801.
Apesar de alguns afirmarem que foi aluno de Abraham Gottlob Werner (1749-1817), o fundador da moderna Mineralogia, não há nos anais de Freiberg referência a sua passagem por lá. Destinado à vida militar, a sua curiosidade intelectual levou-o a adquirir a formação académica ecléctica, característica da intelectualidade europeia do século XIX. Estudou direito, ciências naturais, arquitectura, ciência e economia política, economia florestal, mineralogia e paisagismo.

Em Portugal
José Bonifácio de Andrada e Silva foi o responsável, embora indirecto, pela vinda do Barão de Eschewege para Portugal, conforme nos explica o próprio barão nos seus registos. Bonifácio solicitara a vinda de operários alemães especializados para a exploração de minas, sendo-lhe enviados cientistas alemães e entre eles um barão. Após reacção adversa e explosiva de acolhimento, no seu habitual mau génio, Bonifácio recompôs-se, felicitando os recém-chegados e considerando-os seus hóspedes. É o Barão que nos traça o modo como José Bonifácio vivia na Quinta do Almegue, nos arredores de Coimbra, com pouco conforto, no período em que foi professor de Metalurgia na Universidade. Este encontro merece ser destacado, pela importância que ambos vieram a ter nos destinos de Portugal e do Brasil.
Em 1802, Eschwege parte para Portugal, país onde permanece até 1810, ocupando o cargo de director de minas. Da sua experiência em Portugal, e das viagens de prospecção que empreendeu por todo o país, recolheu informação geológica e paleontológica, além de informação sobre técnicas de mineração e de administração das minas em Portugal e nas colónias, que lhe permitiram iniciar a publicação de diversas obras de carácter científico e integrar uma rede intelectual abrangente, que incluía, entre outros, sumidades como Goethe, Karl Marx e Alexander von Humboldt.
Durante a sua estada em Portugal catalogou inúmeros aspectos da mineralogia portuguesa e publicou um estudo sobre as conchas fossilizadas da região de Lisboa.
De 1803 a 1809 o barão de Eschwege esteve à testa da fábrica de artilharia e aprestos de ferro na Arega, Figueiró dos Vinhos, onde se fabricavam, entre muitas outras obras em ferro, os canhões para as forças armadas portuguesas.
       
 
No Brasil
Depois de ter trabalhado em Portugal, o barão de Eschwege seguiu em 1810 para o Brasil, a convite do príncipe regente D. João VI, para reanimar a decadente mineração de ouro e para trabalhar na nascente indústria siderúrgica. Foi ainda encarregado do ensino das ciências da engenharia aos futuros oficiais do exército e de continuar, agora naquele território, os seus trabalhos de exploração mineira e de metalurgia.
Em 1810 foi criado pelo príncipe regente D. João o Real Gabinete de Mineralogia do Rio de Janeiro, sendo ele chamado para o dirigir e ensinar aos mineiros técnicas avançadas de extracção mineral. Permaneceu até 1821 no Brasil, com a patente de tenente-coronel engenheiro, nomeado "Intendente das Minas de Ouro" e curador do Gabinete de Mineralogia.
Nesse mesmo ano Eschwege iniciou, em Congonhas do Campo, Minas Gerais, os trabalhos de construção de uma fábrica de ferro, denominada de "Patriótica", empreendimento privado, sob a forma de sociedade por acções. Em 1811 a sua siderurgia já produzia em escala industrial.
No ano de 1812, em Itabira do Mato Dentro (actual Itabira, Minas Gerais), foi pela primeira vez extraído ferro por malho hidráulico, com a ajuda de Eschwege, que ali inovou a mineração de ouro introduzindo os pilões hidráulicos na lavra do coronel Romualdo José Monteiro de Barros, futuro Barão de Paraopeba, em Congonhas do Campo.
Em 1817 foram aprovados pelo governo os estatutos das sociedades de mineração, que estabeleciam as bases para a fundação da primeira companhia mineradora do Brasil, sugeridas por Eschwege.
Nos campos da geologia e da mineralogia, empreendeu viagens de exploração das quais resultou uma vasta obra escrita de pesquisas geológicas e mineralógicas. Foram importantes suas expedições de exploração científica aos estados de São Paulo e Minas Gerais, o primeiro a assinalar a presença de manganés.
Da obra escrita, publicada na Europa, sobressaem Pluto Brasiliensis (Berlim, 1833) a primeira obra científica sobre a geologia brasileira, e Contribuições para a Orografia Brasileira.
Com Francisco de Borja Garção Stockler, teve papel importante na estruturação do ensino nas áreas da matemática e da física na Academia Militar do Rio de Janeiro, escola militar criada por carta régia de 4 de dezembro de 1810, que iniciou actividades a 23 de abril de 1811, e é uma das instituições antecessoras da actual Academia Militar das Agulhas Negras e a primeira escola de engenharia no Brasil.
   
    
Era amante da arquitectura e colaborou, a convite de D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gota, rei-consorte de Portugal, casado com a rainha D. Maria II, na elaboração dos planos para o Palácio Nacional da Pena. Tal colaboração deu-se entre 1836 e 1840, muito depois do seu regresso do Brasil. Regressou à Alemanha, onde faleceu em Kassel-Wolfsanger, Hessen, a 1 de fevereiro de 1855.
  

Hope There's Someone - às vezes é preciso ouvir música triste...

 

Hope There's Someone - Antony And The Johnsons


Hope there's someone
Who'll take care of me
When I die, will I go

Hope there's someone
Who'll set my heart free
Nice to hold when I'm tired

There's a ghost on the horizon
When I go to bed
How can I fall asleep tonight
How will I rest my head

Oh I'm scared of the middle place
Between light and nowhere
I don't want to be the one
Left in there, left in there

There's a man on the horizon
Wish that I'd go to bed
If I fall to his feet tonight
Will allow rest my head

So here's hoping I will not drown
Or paralyze in light
And godsend I don't want to go
To the sea's watershed

Hope there's someone
Who'll take care of me
When I die, Will I go

Hope there's someone
Who'll set my heart free
Nice to hold when I'm tired


(imagem daqui)

Boris Iéltsin nasceu há noventa anos

  
Boris Nicoláievitch Iéltsin (Sverdlovsk, 1 de fevereiro de 1931 - Moscovo, 23 de abril de 2007) foi o primeiro presidente da Rússia após o colapso económico da União Soviética. Iéltsin foi também o primeiro líder de uma Rússia independente após o czar Nicolau II. Os seus anos como senador e líder da oposição no Soviete Supremo são lembrados com glória, mas o seu governo, lembrado com frustração por conta das grandes expectativas, ficou marcado na história por reformas políticas e económicas fracassadas e pelo caos social.
Iéltsin foi responsável pela transformação da economia socialista da Rússia numa economia de mercado, implementando a chamada "terapia de choque", com programas de privatizações e liberalização económica. Graças aos meios como foi conduzido este processo, uma grande parcela da riqueza nacional caiu nas mãos de um restrito grupo de milionários, que ficariam conhecidos como "oligarcas russos". A era Iéltsin foi marcada pela corrupção excessiva e generalizada, inflação, colapso económico e enormes problemas políticos e sociais que afetaram a Rússia e também as demais  antigas repúblicas da União Soviética. Alexander Rutskoi, opositor de Iéltsin, denunciou as reformas do adversário, considerando-as um "genocídio económico".
Iéltsin é lembrado, principalmente, pelas suas várias reformas políticas, sociais e económicas da Rússia, as diversas situações constrangedoras decorrentes do seu alcoolismo e o seu papel como líder da oposição, tendo sido ele um dos mais notáveis políticos favoráveis à independência da Rússia, uma república então controlada pela União Soviética.
Um dos eventos mais memoráveis de seu governo foi a Crise Constitucional de 1993. O Legislativo russo era contrário às reformas neoliberais impostas por Iéltsin, tornando-se um empecilho para o presidente. Em 21 de setembro, Iéltsin dissolve o parlamento, que se rebela, e anuncia o processo de perda de mandato de Iéltsin, proclamando Alexander Rutskoi, chefe do parlamento, como novo presidente. O parlamento ganha apoio do povo, que passa a protestar contra o governo de Iéltsin. No mês seguinte, a situação se intensifica, e Iéltsin ordena a invasão da Câmara Branca, sede do Soviete Supremo, terminando com a explosão do edifício, resultando na morte de 187 pessoas e prisão dos líderes da oposição. Iéltsin então baniria temporariamente a oposição russa e anularia a Constituição soviética de 1978, estabelecendo uma nova Constituição, possibilitando a continuação de suas reformas económicas. Segundo a antiga Constituição, anulada por Iéltsin:
Artigo 121-6. Os poderes do Presidente da República Socialista Federativa Soviética da Rússia não podem ser usados para alterar organizações nacionais e estatais da República Socialista Federativa Soviética da Rússia, dissolver ou interferir no funcionamento de qualquer órgão eleito do poder estatal. Neste caso, seus poderes cessam imediatamente.
A anulação do artigo acima alteraria profundamente o ambiente político russo, que sairia de um sistema parlamentarista de poderes balanceados para entrar, radicalmente, num regime semipresidencialista sob forte influência do poder Executivo.
Boris Iéltsin era casado com Naina Iéltsina, com quem teve duas filhas, Elena e Tatiana, nascidas em 1957 e 1958, respectivamente. O corpo de Iéltsin repousa no famoso cemitério de Novodevitchi, diferentemente dos demais líderes russos, sepultados na muralha do Kremlin.
  

Don Everly, da dupla The Everly Brothers, faz hoje 84 anos

Don (direita) e Phil (esquerda) - foto promocional de 1958

A banda The Everly Brothers era formada pelos irmãos Don Everly (Brownie, Central City, Kentucky, 1 de fevereiro de 1937), e Phil Everly (Chicago, 18 de janeiro de 1939 - Burbank, Califórnia, 3 de janeiro de 2014).
Era uma banda de rock and roll com influência de música country e que alcançou sucesso nos anos 50.
Com um som leve, baseado mais na viola e em harmonias vocais, e com seus versos inocentes e caras limpas, os Everly Brothers nunca foram, no auge da sua carreira, considerados uma ameaça à sociedade (como acontecia por exemplo com Chuck Berry e Little Richard); eles foram um dos grupos de rock mais importantes da música, por suas canções, que ajudaram a fazer a ponte entre o rock e a música country de uma maneira que agradasse os fãs de ambos os estilos. Além disso, o seu estilo de cantar, harmonicamente, influenciou praticamente quase todas as bandas de rock dos anos 60.

 


Fernando Assis Pacheco nasceu há 84 anos

(imagem daqui)
    
Fernando Santiago Mendes de Assis Pacheco (Coimbra, 1 de fevereiro de 1937 - Lisboa, 30 de novembro de 1995) foi um jornalista, crítico, tradutor e escritor português.
Licenciado em Filologia Germânica pela Universidade de Coimbra, viveu nesta cidade até iniciar o serviço militar, em 1961. Filho de pai médico e de mãe doméstica, era seu avô materno galego (e casado com uma lavradeira da Bairrada) e seu avô paterno era roceiro em São Tomé.
Enquanto jovem, foi actor de teatro (TEUC e CITAC) e redator da revista Vértice, o que lhe permitiu privar de perto com o poeta neo-realista Joaquim Namorado e com poetas da sua geração, como Manuel Alegre e José Carlos de Vasconcelos.
Cumpriu parte do serviço militar em Portugal entre 1961 e 1963, tendo seguido como expedicionário para Angola, onde esteve até 1965. Inicialmente integrado num batalhão de cavalaria, viria a ser reciclado nos serviços auxiliares e colocado no Quartel-General da Região Militar de Angola.
Publicou a primeira obra em Coimbra, com o patrocínio paterno, não obstante se encontrar, na altura, em África. Cuidar dos Vivos é o título do livro de estreia - poemas de protesto político e cívico, com afloramento dos temas da morte e do amor. Em apêndice, dois poemas sobre a guerra em Angola, que terão sido dos primeiros publicados sobre este conflito. O tema da guerra em África voltaria a impor-se em Câu Kiên: Um Resumo (1972), ainda que sob "camuflagem vietnamita", livro que em 1976 conheceria a sua versão definitiva: Katalabanza, Kilolo e Volta.
Memória do Contencioso (1980) reúne "folhetos" publicados entre 1972 e 1980, e Variações em Sousa (1987) constitui um regresso aos temas da infância e da adolescência, com Coimbra como cenário, e refinando uma veia jocosa e satírica já visível nos poemas inaugurais. A novela Walt (1978) comprova-o exuberantemente. Era notável em Assis Pacheco a sua larga cultura galega, aliás sobejamente explanada em alguns dos seus textos jornalísticos e no seu livro Trabalhos e Paixões de Benito Prada. Em A Musa Irregular (1991) reuniu toda a sua produção poética.
Nunca conheceu outra profissão que não fosse o jornalismo: deixou a sua marca de grande repórter no Diário de Lisboa, na República, no JL - Jornal de Letras, Artes e Ideias, no Musicalíssimo e no Se7e, onde foi director-adjunto. Foi também redactor e chefe de Redacção de O Jornal, semanário onde durante dez anos exerceu crítica literária, e colaborador da RTP.
Traduziu para português obras de Pablo Neruda e Gabriel García Márquez.
Casou a 4 de fevereiro de 1963 com Maria do Rosário Pinto de Ruella Ramos (nascida a 27 de julho de 1941), filha de João Pedro de Ruella de Almeida Ramos e de sua mulher Germana Marques Vieira Pinto, e de quem teve cinco filhas e um filho.
     
    
Um Campo Batido pela Brisa

A tua nudez inquieta-me.

Há dias em que a tua nudez
é como um barco subitamente entrado pela barra.
Como um temporal. Ou como
certas palavras ainda não inventadas,
certas posições na guitarra
que o tocador não conhecia.

A tua nudez inquieta-me. Abre o meu corpo
para um lado misterioso e frágil.
Distende o meu corpo. Depois encurta-o e tira-lhe
contorno, peso. Destrói o meu corpo.
A tua nudez é uma violência
suave, um campo batido pela brisa
no mês de Janeiro quando sobem as flores
pelo ventre da terra fecundada.

Eu desgraço-me, escrevo, faço coisas
com o vocabulário da tua nudez.
Tenho «um pensamento despido»;
maturação; altas combustões.
De mão dada contigo entro por mim dentro
como em outros tempos na piscina
os leprosos cheios de esperança.
E às vezes sucede que a tua nudez é um foguete
que lanço com mão tremente desastrada
para rebentar e encher a minha carne
de transparência.

Sete dias ao longo da semana,
trinta dias enquanto dura um mês
eu ando corajoso e sem disfarce,
ilumindo, certo, harmonioso.
E outras vezes sucede que estou: inquieto.
Frágil.
Violentado.

Para que eu me construa de novo
a tua nudez bascula-me os alicerces.


in A Musa Irregular (1991) - Fernando Assis Pacheco

Rick James nasceu há 73 anos


    
Rick James (Buffalo, Nova York, 1 de fevereiro de 1948 - Burbank, Los Angeles, 6 de agosto de 2004) foi um cantor, compositor e produtor norte-americano de funk e soul. O seu nome de batismo era James Johnson, Jr. e nasceu na cidade de Buffalo, estado de Nova York.
  
Biografia
James era o terceiro de oito filhos de um ex-dançarino que trabalhava na indústria automobilística. Era sobrinho de Melvin Franklin, vocalista do grupo The Temptations. Com 15 anos, James ingressou na Reserva Naval. Quando isto passou a interferir na sua carreira musical, ele começou a faltar no quartel aos finais de semana. Ele foi considerado "ausente sem permissão" do serviço militar e fugiu para Toronto, no Canadá. Lá, ele continuou a sua carreira musical e formou uma banda chamada The Mynah Birds, a qual tinha também Neil Young e Bruce Palmer como integrantes. Os processos voltaram a rondá-lo quando o seu sucesso o levou de volta aos Estados Unidos, onde foi preso e cumpriu pena por deserção. Depois de solto, James passou algum tempo no Reino Unido, onde integrou um grupo chamado Main Line. Em 1977 ele regressou aos Estados Unidos e foi trabalhar com a gravadora Motown, no início como compositor, depois como cantor e produtor. James foi mais produtivo no final dos anos 70 e início dos 80. Foi cantor, teclista, baixista, produtor, arranjador e compositor. Tocava principalmente com a sua banda, a Stone City Band.
O primeiro sucesso de James foi You And I, uma gravação de 8 minutos no seu primeiro álbum, de 1978, Come Get It, do qual fazia sua parte a sua apologia da marijuana chamada simplesmente Mary Jane.
Em 1979 James lançou dois álbuns: Bustin' Out Of L Seven, em janeiro e Fire It Up na segunda metade do ano. Depois do pouco brilhante álbum Garden Of Love de 1980, gravou um álbum conceitual chamado Street Songs. Este incluiu seu grande sucesso Super Freak (o qual serviu posteriormente como melodia de fundo para a música "U Can't Touch This" de MC Hammer, em 1990). Outros sucessos do disco incluíam Give it to Me Baby e Ghetto Life (no mesmo álbum), e ainda Teardrops, Cold Blooded, 17 (Seventeen), You Turn Me On e Glow, seu último sucesso de Rhytm'n'Blues (R&B), em 1985. Além disso, ele ajudou a lançar a cantora branca de R&B Teena Marie e também o grupo Mary Jane Girls.
Mas era o lado obscuro da vida de James que ofuscava a sua carreira. Era um consumidor ocasional de drogas, viciado principalmente em cocaína. Em 1993, James foi acusado de assaltar duas mulheres para comprar droga. Passou dois anos na prisão, porém isto não o impediu de continuar a compor. Foi libertado em 1995.
James tentou retornar em 1997, porém sofreu um pequeno derrame durante um concerto em Denver, que pôs fim à sua carreira musical, apesar da sua última performance ter sido em 2004 no BET Music Awards.
Desconhecido de muitos, James tinha inúmeros fãs. Ele procurava conhecê-los e agradecer o seu apoio a ele. Bandas que se beneficiaram disso incluem, dentre outras, The University of Waterloo Funk Kings, Hell's Funk e J Funk and Funkalicious Five.
Antes do derrame, James foi entrevistado para uma série de tv chamada Behind The Music (Por Detrás da Música), e pela primeira vez falou abertamente sobre o vício e a sua batalha contra as drogas.
James foi encontrado morto por um empregado, a 6 de agosto de 2004, na sua casa em Los Angeles. James morreu de falência cardíaca e pulmonar, tendo como complicadores os diabetes e o derrame cerebral. Tinha ainda um pacemaker. Na época da sua morte, estava a trabalhar na sua autobiografia, Confessions Of A Superfreak, assim como num novo álbum. Tendo sido casado e posteriormente divorciado, deixou três filhos, Tazman James, Ty James, e Rick James Jr., e duas netas.
   
 

Terry Jones nasceu há 79 anos

 
Terence Graham Parry Jones mais conhecido por Terry Jones (Colwyn Bay, 1 de fevereiro de 1942 - North London, 21 de janeiro de 2020) foi um actor, realizador e escritor britânico, membro do grupo humorístico Monty Python.
Em outubro de 2016, Jones recebeu o Lifetime Achievement do BAFTA por sua contribuição ao cinema e televisão.
  

 


Mondrian morreu há 77 anos

  
Pieter Cornelis Mondrian
, geralmente conhecido por Piet Mondrian (Amersfoort, 7 de março de 1872 - Nova Iorque, 1 de fevereiro de 1944) foi um pintor neerlandês modernista. Participou do movimento artístico neoplasticismo e colaborou com a revista De Stijl.

 
Piet Mondrian, Evening; Red Tree (Avond; De rode boom), 1908–1910 - Gemeentemuseum Den Haag

  
 

Lisa Marie Presley, a única filha de Elvis Presley, faz hoje 53 anos

Lisa Marie Presley (Memphis, 1 de fevereiro de 1968) é uma cantora norte-americana. É filha do rei do rock Elvis Presley e da sua esposa, Priscilla Presley.
  
Biografia
Filha única de Elvis Presley e Priscilla Presley, Lisa Marie nasceu no meio de uma grande complexidade. Talvez, Elvis Presley tenha sido o artista popular mais complexo do século XX, tanto nos momentos positivos quanto nos negativos. E Lisa teve que crescer e formar a sua personalidade no meio desse verdadeiro "furacão". Era às vezes mimada pelo pai e muitas vezes repreendida pela mãe.
A sua vida privada foi marcada por inúmeros problemas, entre eles, o uso de drogas na adolescência e constantes disputas na família. O seu modo rebelde de ser, de não aceitar regras e imposições das pessoas sobre a sua vida fizeram-na amadurecer cedo. Não terminou os estudos que equivalem ao ensino secundário, nem exerceu nenhuma profissão antes da carreira artística. Ela administra a sua herança desde 2007.
A sua carreira artística começou relativamente tarde. Ela lançou o seu primeiro single já no ano de 2003. Lisa tem talento para cantar e até mesmo para compor, mas o facto de ser filha de um mito, dá-lhe várias dificuldades de conseguir ter uma carreira de sucesso. Apesar do seu primeiro disco ter conseguido ótimas posições nos tops Americanos, o que de certo modo não ocorreu com o lançamento seguinte.

Vida Pessoal
Lisa Marie passou por 4 casamentos. O primeiro deles ocorreu em 1988, com o músico Danny Keough. Em menos de três anos, teve com ele dois filhos: a modelo Riley Keough e Benjamin Storm Keough. O casamento durou pouco mais de seis anos, terminando em 1994.
Logo depois, no dia 26 de maio de 1994, 20 dias após o  divórcio, Lisa Marie casou-se com o cantor Michael Jackson na República Dominicana. A cerimónia durou 15 minutos e então Lisa e Michael, que já se conheciam há alguns anos, selaram o matrimónio.
Lisa e Michael apresentaram-se como casal em setembro de 1994 nos MTV Music Awards, quando os dois seguiram por uma passarele e logo depois se beijaram. O casamento durou 1 ano e 7 meses, com a separação acontecendo em dezembro de 1995. Lisa Presley entrou com um pedido de divórcio no ano de 1996, alegando ser impossível a reconciliação do casal, sendo o divórcio oficializado em 20 de agosto de 1996.
No ano de 2002, Lisa Presley casou-se com o ator Nicolas Cage, numa cerimónia ao ar livre. Porém, o matrimónio durou três meses e o divórcio saiu em 2004.
No ano de 2006, Lisa Presley casou-se com o guitarrista da sua banda, Michael Lockwood, numa cerimónia simples e intimista, realizada no Japão.

Lisa teve filhas gémeas não idênticas em 2008 e, além disso, voltou aos estúdios em 2012 e gravou um novo disco, Storm and Grace, lançado em 15 de maio do mesmo ano. Porém, o casamento terminou em junho de 2016, após dez anos de união.

Em fevereiro de 2017, agentes da polícia de Beverly Hills encontraram no computador de Michael Lockwood fotografias indecentes e vídeos comprometedores de crianças. As crianças ficaram sob tutela da avó Priscila até março, altura em que o caso subiu à barra dos tribunais. Lisa e Michael Lockwood  separaram-se em 2016.

  

Há 303 anos começou uma forte erupção na ilha do Pico

(imagem daqui)
  
Santa Luzia é uma freguesia portuguesa do concelho de São Roque do Pico, com 30,69 km² de área e 422 habitantes (2011). A sua densidade populacional é 13,8 hab/km². Localiza-se a uma latitude 38.55 (38°33') Norte e a uma longitude 28.4 (28°24') Oeste, estando a uma altitude de 118 metros.
Esta localidade foi em 1617 elevada à categoria de freguesia, sob a invocação de Santa Luzia, tendo-se na altura construído uma ermida que durante 101 anos, até 1718, guardou a imagem da referida santa.
No dia de 1 de fevereiro de 1718 iniciou-se uma crise sísmica e eruptiva que destruiu praticamente tudo o que era construção humana e cobriu a terra com uma espessa camada de lava que se estendeu em grande largura e por uma extensão de nove quilómetros até ao mar, destruindo o templo então ali existente, datado de 1617 e dedicado à evocação da referida Santa Luzia. 
     

    

Lava encordoada na Paisagem Protegida de Interesse Regional da Cultura da Vinha da ilha do Pico, lajido de Santa Luzia

   

Os Mistérios de Santa Luzia são uma localidade da Freguesia de Santa Luzia, Concelho de São Roque do Pico, ilha do Pico, arquipélago dos Açores.

Na origem desta local estiveram duas erupções vulcânicas, uma ocorrida no século XVI e uma outra nos princípios do século XVII, mais precisamente em 1718. Esta última erupção teve grande violência, tendo procedido à expulsão de grandes quantidades de lava, cujas escoadas de lava, em alguns casos, chegaram a percorrer distâncias de nove quilómetros até atingirem o mar entre o Porto do Cachorro e o Lajido.

Estes campos de lava negra, tem sido ao longo dos séculos locais de cultivo de vinha, de cujos vinhos de elevadas qualidades se destaca o Verdelho

 


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Uma erupção do Mayon matou mais de mil pessoas há 207 anos nas Filipinas

Fotografia das ruínas de Cagsawa com os restos da igreja ainda em pé, destruída em durante a erupção de 1814

O vulcão Mayon é um vulcão nas Filipinas, situado na província de Albay (Bicol). O seu cume com a forma de um cone quase perfeito é considerado como sendo ainda mais belo do que o Monte Fuji, no Japão. Alguns quilómetros a sul do vulcão situa-se a cidade de Legazpi.
O Mayon é classificado por vulcanólogos como um estratovulcão (vulcão composto). O seu cone simétrico foi formado alternadamente por fluxos piroclásticos e escoadas de lava. É o vulcão mais ativo do país, tendo entrado em erupção pelo menos 50 vezes nos últimos 400 anos.
A erupção mais destrutiva do Mayon, alvo de relatos ou registos, ocorreu a 1 de fevereiro de 1814, tendo os fluxos de lava enterrado na cidade de Cagsawa e cerca de 1200 pessoas pereceram, tendo apenas resistido o campanário da igreja.
  
Principais vulcões filipinos
    
Situa-se entre a Placa Euroasiática e a Placa Filipina, numa fronteira com potencial altamente destrutivo, pois a placa continental, ao ser empurrada por uma placa oceânica, esta última, que é mais densa, é obrigada a descer, o que provoca a formação de magma no plano de Benioff assim gerado.
A sua última erupção foi em 2009.
   
Fluxos piroclásticos descem através das encostas do vulcão, em 1984
     

Cabinda ficou sob proteção de Portugal há 136 anos

 
O Tratado de Simulambuco foi assinado, em 1 de fevereiro de 1885, pelo representante do governo portuguêsGuilherme Augusto de Brito Capello, então capitão tenente da Armada e comandante da corveta Rainha de Portugal, e pelos príncipes, chefes e oficiais do reino de N'Goyo. O tratado colocou Cabinda sob protectorado português, por contraste com o estatuto colonial de Angola. O tratado foi feito antes da Conferência de Berlim, que dividiu África pelas potências europeias.

No tratado, Portugal compromete-se a:
  • Portugal obriga-se a fazer manter a integridade dos territórios colocados sob o seu protectorado.
  • Portugal respeitará e fará respeitar os usos e costumes do país.
A "colonização" de Cabinda foi assim pacífica por via do Tratado entre Portugal e Cabinda. Em 1885 o território de Cabinda já se encontrava separado do resto do território de Angola, tendo como separação natural o rio Congo. O território é um enclave de sempre com os dois Congos, Belga e Francês, Cabinda nunca foi parte integrante de Angola, antes, durante e após a colonização de Portugal.

   
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(imagem daqui)