quinta-feira, abril 21, 2016

Anthony Quinn nasceu há 101 anos

Anthony Quinn, nascido Antonio Rudolfo Oaxaca Quinn (Chihuahua, 21 de abril de 1915 - Boston, 3 de junho de 2001) foi um premiado ator dos Estados Unidos nascido no México.

Vida
Pai de treze filhos, naturalizou-se cidadão dos Estados Unidos nos anos 40. Antes de iniciar a sua carreira como ator trabalhou como talhante e boxer. Chegou também a estudar arquitetura. Ganhou o seu segundo Óscar por uma participação de apenas 8 minutos, tempo de todas as suas cenas em Sede de Viver. É o vencedor de Óscares que mais filmes fez ao lado de outros ganhadores do Óscar de actuação. Foram 46 no total, sendo 28 com atores vencedores do Óscar e 18 com atrizes vencedoras do prémio. Possui uma estrela no Passeio da Fama, localizado em 6251 Hollywood Boulevard.

Ator multifacetado
Anthony Quinn talvez seja o ator que mais papéis diversificados fez, e caracterizou-se por representar personalidades famosas: foi Barrabás e o magnata grego Onassis. De entre outros gregos que interpretou está talvez o seu papel mais carismático: Zorba. Outros gregos foram o pai de família problemático em "Um sonho de reis" e o combatente de "Canhões de Navarone". Foi esquimó (Sangue sobre a neve, 1960) e toureiro (Sangue e Areia, 1941).
No filme A Vigésima Quinta Hora, que demonstra o absurdo das ideias nazis, ele faz o papel de um romeno católico que foi preso como judeu, cigano, revoltoso e até como um dos modelos perfeitos da genética ariana. Ainda interpretou os papéis de índio norte-americano, mexicano condenado ao linchamento (Consciências Mortas) e mafioso italiano. A sua versatilidade em cena e a extensa carreira tornaram-no um dos maiores atores do cinema.
  
 


domingo, abril 17, 2016

A primeira mulher a ser primeiro-ministro nasceu há um século

Sirima Ratwatte Dias Bandaranaike (Ceylon, 17 April 1916 – Colombo, 10 October 2000), commonly known as Sirimavo Bandaranaike (the suffix "vo" denotes respect), was a Sri Lankan politician and the modern world's first female head of government. She served as Prime Minister of Ceylon and Sri Lanka three times, 1960–65, 1970–77 and 1994–2000, and was a long-time leader of the Sri Lanka Freedom Party.
Bandaranaike was the widow of a previous Sri Lankan prime minister, Solomon Bandaranaike, and the mother of Sri Lanka's fourth Executive President, Chandrika Kumaratunga, as well as Anura Bandaranaike, former speaker and cabinet minister.

O Massacre de Eldorado dos Carajás foi há 20 anos

A Cruz que marca o local do massacre em Eldorado dos Carajás

O Massacre de Eldorado dos Carajás, que provocou a morte de dezanove sem-terra, ocorreu a 17 de abril de 1996 no município de Eldorado dos Carajás, no sul do Pará, Brasil, por ação da polícia do estado do Pará.
Dezanove sem-terra foram mortos pela Polícia Militar do Estado do Pará. O confronto ocorreu quando 1.500 sem-terra, que estavam acampados na região, decidiram fazer uma marcha de protesto contra a demora da desapropriação de terras, principalmente as da Fazenda Macaxeira. A Polícia Militar foi encarregada de tirá-los do local, porque estariam obstruindo a rodovia BR-155, que liga a capital do estado Belém ao sul do estado.
O episódio deu-se no governo de Almir Gabriel, o então governador. A ordem para a ação policial partiu do Secretário de Segurança do Pará, Paulo Sette Câmara, que declarou, depois do ocorrido, que autorizara "usar a força necessária, inclusive atirar". De acordo com os sem-terra ouvidos pela imprensa na época, os polícias chegaram ao local atirando bombas de gás lacrimogéneo.
Segundo o legista Nelson Massini, que fez as autópsias dos corpos, pelo menos 10 sem-terra foram executados à queima roupa e sete foram mortos por instrumentos cortantes, como foices e facões.
O comando da operação estava a cargo do coronel Mário Colares Pantoja, que foi afastado, no mesmo dia, ficando 30 dias em prisão domiciliar, determinada pelo governador do Estado, e depois libertado. Ele perdeu o comando do Batalhão de Marabá. O ministro da Agricultura, Andrade Vieira, encarregado da reforma agrária, pediu demissão na mesma noite, sendo substituído, dias depois, pelo senador Arlindo Porto.
Uma semana depois do massacre, o Governo Federal confirmou a criação do Ministério da Reforma Agrária e indicou o então presidente do Ibama, Raul Jungmann, para o cargo de ministro. José Gregori, que na época era chefe de gabinete do então ministro da Justiça, Nelson Jobim, declarou que "o réu desse crime é a polícia, que teve um comandante que agiu de forma inadequada, de uma maneira que jamais poderia ter agido", ao avaliar o vídeo do confronto.
O então presidente Fernando Henrique Cardoso determinou que tropas do exército fossem deslocadas para a região em 19 de abril com o objetivo de conter a escalada de violência. O presidente pediu a prisão imediata dos responsáveis pelo massacre.
O ministro da Justiça, Nelson Jobim, juntou-se às autoridades policiais e do Judiciário, no Pará, a pedido do governo federal, para acompanhar as investigações. O general Alberto Cardoso, ministro-chefe da Casa Militar da Presidência da República, foi o primeiro representante do governo a chegar a Eldorado dos Carajás.

No começo de maio de 1996, o fazendeiro Ricardo Marcondes de Oliveira, de 30 anos, depôs, responsabilizando o dono da fazenda Macaxeira pela matança. Ele o acusou de ter pago subornos para que a Polícia Militar matasse os líderes dos sem-terra. Ele mesmo teria sido procurado para contribuir na coleta. O dinheiro seria entregue ao coronel Mário Pantoja, comandante da PM de Marabá, que esteve à frente da operação que resultou no massacre. Nenhum fazendeiro ou jagunço foi indiciado no inquérito da Polícia.

Os 155 polícias militares que participaram da operação foram indiciados, sob acusação de homicídio, pelo Inquérito Policial Militar (IPM). Esta decisão foi tomada premeditadamente, pois pela lei penal do Brasil, não há como punir um grupo, pois a conduta precisa ser individualizada. Como não houve perícia nas armas e projéteis para saber quais policiais atingiram determinadas vítimas, os 21 homicídios e as diversas lesões, permaneceram impunes. Em outubro do mesmo ano, o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, determinou que a Polícia Federal reconstituísse o inquérito, pois estava repleto de imperfeições técnicas. Neste parecer, Brindeiro diz ainda que o governador Almir Gabriel autorizou a desobstrução da estrada e que, portanto, tinha conhecimento da operação. No final do ano, o processo, que havia sido desdobrado em dois volumes, ainda estava parado no Tribunal de Justiça de Belém, que trata dos crimes de lesões corporais, e no Fórum de Curionópolis, que ficou encarregado dos homicídios. Em maio de 2012, o coronel Mário Colares Pantoja e o major José Maria Pereira de Oliveira foram presos, condenados, o primeiro a 228 anos e o segundo a 158 anos de reclusão, pelo massacre.

Desenho ilustrando o massacre. (Autor: Carlos Latuff)

sexta-feira, abril 15, 2016

Samantha Fox - 50 anos

Samantha Karen "Sam" Fox (Londres, 15 de abril de 1966) é uma modelo e cantora britânica de grande sucesso na década de 80. A sua carreira musical começou em 1986 e logo atingiu grande sucesso mundial com êxitos como Touch Me (I Want Your Body) e Nothing's Gonna Stop Me Now. Embora se tenha mantido activa musicalmente, lançando diversos álbuns, nunca mais atingiu o êxito inicial. Embora se tenha mantido activa musicalmente, lançando diversos álbuns, nunca mais atingiu o êxito inicial. Em 1999 surgiram rumores de que seria bissexual, apesar de, na altura, não comentar, em 2003 Samantha disse, em entrevista ao jornal britânico The Mail on Sunday, que não o podia continuar a negar.


sábado, abril 09, 2016

Phil Ochs morreu há 40 anos...

Philip David "Phil" Ochs (El Paso, Texas, December 19, 1940 – Far Rockaway, New York City, April 9, 1976) was an American protest singer (or, as he preferred, a topical singer) and songwriter who was known for his sharp wit, sardonic humor, earnest humanism, political activism, insightful and alliterative lyrics, and distinctive voice. He wrote hundreds of songs in the 1960s and '70s and released eight albums.

(...)

After years of prolific writing in the 1960s, Ochs's mental stability declined in the 1970s. He eventually succumbed to a number of problems including bipolar disorder and alcoholism, and took his own life in 1976.
 
 

sexta-feira, abril 08, 2016

El-Rei D. Pedro I nasceu há 696 anos


D. Pedro I de Portugal (Coimbra, 8 de abril de 1320 - Estremoz, 18 de janeiro de 1367) foi o oitavo Rei de Portugal. Recebeu os cognomes de O Justiceiro (também O Cruel ou O Cru), pela energia posta em vingar o assassínio de Inês de Castro. Filho do Rei D. Afonso IV e a sua mulher, D. Beatriz de Castela. Pedro I sucedeu ao seu pai em 1357.


terça-feira, abril 05, 2016

Há 30 anos um atentado terrorista em Berlim matou três pessoas...

O atentado à discoteca de Berlim, em 5 de abril de 1986, foi um ataque terrorista na discoteca La Belle, em Berlim Ocidental, Alemanha.
Em 5 de abril de 1986 três pessoas foram mortas e cerca de 230 ficaram feridas quando discoteca La Belle foi bombardeada em Berlim Ocidental. O local de entretenimento era comumente frequentado por soldados dos Estados Unidos, e dois dos mortos e 79 dos feridos eram militares estadunidenses.
Uma bomba colocada debaixo de uma mesa perto do DJ explodiu às 01.45 horas locais matando instantaneamente Nermin Hannay, uma mulher turca, e o sargento norte-americano Kenneth T. Ford. Um segundo sargento norte-americano, James E. Goins, morreu devido aos ferimentos dois meses depois. Algumas das vítimas ficaram permanentemente incapacitadas.
A Líbia foi responsabilizada pelo atentado pelo governo dos Estados Unidos, e o presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan ordenou ataques de retaliação sobre Tripoli e Benghazi, na Líbia, dez dias depois. Os ataques teriam matado pelo menos 15 pessoas, incluindo uma filha adotiva de Muammar Kadafi.
Um julgamento de 2001 nos Estados Unidos estabeleceu que o atentado foi "planeado pelo serviço secreto líbio e na Embaixada da Líbia".
 

Kurt Cobain morreu há 22 anos...

Kurt Donald Cobain (Aberdeen, 20 de fevereiro de 1967 - Seattle, 5 de abril de 1994) foi um cantor, compositor e músico dos Estados Unidos, famoso por ter sido o fundador, vocalista e guitarrista da banda Nirvana.
 
(...)
 
Durante os últimos anos de sua vida, Cobain lutou contra o vício em heroína, doenças, depressão, fama e imagem pública, bem como as pressões ao longo da vida profissional e pessoal, em torno dele próprio e da sua esposa, a cantora Courtney Love. Em 8 de abril de 1994, Cobain foi encontrado morto em sua casa em Seattle, três dias após a sua morte, vítima do que foi, oficialmente, um suicídio por tiro de espingarda na cabeça. 


domingo, março 27, 2016

Francisco de Paula nasceu há 600 anos

Francesco Cappella, Miracolo di San Francesco da Paola

São Francisco de Paula (Paola, 27 de março de 1416 - Tours, 2 de abril de 1507) foi um eremita, fundador da Ordem dos Mínimos e santo da Igreja Católica.
É também conhecido como "O Eremita da Caridade", pela sua opção de desprezo absoluto pelos valores transitórios da vida e dedicação integral ao socorro do próximo. Consta que num só dia o venerado de Paula atendeu no seu Mosteiro a mais de 300 pessoas necessitadas do espírito e do corpo, realizando curas prodigiosas.
Francisco de Paula fundou a "Ordem dos Mínimos", uma fraternidade que exige do interessado em nela ingressar uma única condição: que se considere um "mínimo", pois Jesus dissera que se alguém quer ser o primeiro, que seja o último e o servo de todos...
Venerado pelos pobres, pelos Reis e pelos nobres do seu tempo, Francisco de Paula deu o exemplo numa época em que prosperavam os abusos eclesiásticos quando se cultivava os prazeres efémeros e subalternos da vida. Por essa razão, foi considerado um missionário especial, pela sua capacidade extraordinária de resgatar os mais puros e preciosos valores evangélicos, tal qual o seu mais famoso herói, o outro Francisco, o de Assis, que vivera dois séculos antes.

Nathan Fillion, o actor que faz o papel de Richard Castle, faz hoje 45 anos!

Nathan Fillion (Edmonton, 27 de março de 1971) é um ator canadiano, conhecido por fazer a série de TV americana Castle, da ABC. O seu primeiro personagem notável na TV americana foi interpretando o Capitão Malcolm Reynolds, na série Firefly (de 2002). Também participou da série One Life to Live (em 2007). Atuou também em Buffy, Caçadora de Vampiros, durante a 7ª temporada, como o vilão Caleb.
Nos cinemas, Nathan atuou em Serenity, filme lançado em 2005 e foi um sequência da série por ele interpretada, Firefly, e atuou, em 2008, no filme Trucker. Fillion fez várias dobragens, interpretando Steve Trevor no filme de animação da Mulher Maravilha e o Lanterna Verde em Green Lantern: Emerald Knights e Justice League: Doom. Em 2013, interpretou o deus grego Hermes em Percy Jackson: Sea of Monsters, segundo filme da série cinematográfica Percy Jackson, que estreou nos cinemas norte-americanos a 7 de agosto de 2013. Venceu, nos anos de 2012 e 2013, como Melhor Ator de Série Dramática no Prémio PCA (People Choice Awards) pela sua atuação como 'Richard Castle', na série Castle; concorria com atores como Patrick Dempsey, Jensen Ackles, Jared Padalecki, Ian Somerhalder e Paul Wesley.
 

sábado, março 26, 2016

Leonard Nimoy, o Mr. Spock de O Caminho das Estrelas, nasceu há 85 anos...!

O seu papel mais conhecido é como Mr. Spock, nas série de TV e nos filmes de O Caminho das Estrelas - Star Trek. Também atuou na série clássica Missão Impossível, nas temporadas de 1969-1971 e fez um episódio da primeira temporada de Agente 86. Nimoy participou num episódio, "O Gorila", da série "Bonanza", dirigido por James P. Yarbrough, a 17 de dezembro de 1960.
Em Star Trek, Spock personificava o raciocínio lógico próprio do seu lado vulcano dominante, sem manifestar emoções. Mas em um dos episódios (This Side of Paradise), Spock tem um rápido namoro quando o seu lado humano se sente libertado. Anos depois Leonard Nimoy gravou uma canção chamada "Once I Smiled" (numa tradução livre: Uma vez eu sorri), cujo tema era a namorada do seu personagem. Spock é até hoje um dos mais conhecidos e adorados personagens de O Caminho das Estrelas e representava o lado lógico do trio formado também por Kirk (William Shatner) e Dr. McCoy (DeForest Kelley). Dirigiu O Caminho das Estrelas: À Procura de Spock e O Caminho das Estrelas: O Regresso a Casa.
Um de seus trabalhos menos conhecidos é a narração do jogo Civilization IV, de 2005.
Nimoy era vegetariano, tinha três filhos e era casado com a atriz Susan Bay. Nos últimos anos retirou-se da carreira no cinema, para se dedicar à fotografia.
Nimoy atuou na Série de TV da Fox, Fringe, em que interpretou "William Bell".
Em 2011, participou no filme Transformers: Dark of the Moon fazendo a voz do autobot "Sentinel Prime", mentor e antecessor de "Optimus Prime". Em 1986, ele dobrou "Galvatron" em The Transformers: The Movie.
O ator informou, no começo de 2014, que estava com uma doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), ocasionada por anos do uso de tabaco. Em 27 de fevereiro de 2015 morreu por complicações decorrentes dessa doença.
Leonard Nimoy caracterizado como o personagem Spock
  
in Wikipédia
 

sexta-feira, março 18, 2016

José Pracana - 70 anos!

Amália Rodrigues e José Pracana, 1971 (imagem daqui)

José Pracana nasceu em Ponta Delgada, S. Miguel, Açores, a 18 de março de 1946.

Em 1964 inicia a sua carreira como amador, no universo do fado, estatuto que manterá até à actualidade. Como guitarrista, acompanhou assiduamente Alfredo Marceneiro, Teresa Tarouca, Maria do Rosário Bettencourt, João Sabrosa, Vicente da Câmara, Manuel de Almeida, Alcindo Carvalho, João Ferreira Rosa, João Braga, Carlos Zel, Carlos Guedes de Amorim, Orlando Duarte, Arminda Alverenaz, entre outros.

Entre 1969 e 1972 dirigiu o Arreda, em Cascais, projecto que abandonou para ingressar na TAP.

Para além da participação em diversificados eventos culturais em Portugal Continental, Açores e Madeira actuou também em Macau, Espanha, França, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Dinamarca, Hungria, Israel, Tailândia, Zaire, República da África do Sul, Brasil, Argentina, Venezuela, Estados Unidos da América, Canadá e México.

Desde 1968, tem participado em vários programas televisivos desde o Zip-Zip (1969), Curto-Circuito (1970), Um, Dois, Três (1985), Noites de Gala (1987), Piano Bar (1988), Regresso ao Passado (1991) e Zona Mais (1995), entre outros.

Foi autor de duas séries de programas alusivos ao Fado para a RTP: “Vamos aos Fados”, uma série de cinco programas, em 1976; “Silêncio que se vai contar o Fado”, uma outra série de cinco programas em 1992, a convite da RTP Açores.

Colaborou na edição de Um Século de Fado (Ediclube, 1999) e organizou para a EMI/Valentim de Carvalho, a partir dos estúdios da Abbey Road, a remasterização digital de exemplares de 78 RPM para as sucessivas edições da colecção Biografias do Fado (de 1994 a 1998).

Colaborou, entre outros, no projecto Todos os Fados (Visão, abril 2005) e no ano de 2005 recebeu o Prémio Amália Rodrigues, na categoria de Fado Amador.

Desde 2007 realiza no Museu do Fado um ciclo consagrado às memórias do Fado e da Guitarra Portuguesa onde presta homenagem ao tributo artístico de Armando Augusto Freire, Alfredo Marceneiro, José António Sabrosa e Carlos Ramos. É co-autor do programa da RTP “Trovas Antigas, Saudade Louca”.


sábado, março 05, 2016

Eddy Grant - 68 anos

Eddy Grant ou Edmond Montague Grant (Plaisance, 5 de março de 1948) é um músico da Guiana. Muito jovem, seus pais emigraram para o Reino Unido, onde ele se estabeleceu. Em 1968, como guitarrista e compositor do grupo multi-racial The Equals, ele alcançou pela primeira vez o topo das paradas de sucesso, com a canção "Baby Come Back".
Muitas de suas composições têm forte cunho político, especialmente as que escreveu contra o apartheid da África do Sul. Entre essas canções, destaca-se "Gimme Hope Jo'anna" (em que Jo'anna se refere a Joanesburgo), que foi banida pelo regime daquele país.
Dois grandes sucessos seus são "Electric Avenue", e "I Don't Wanna Dance".
Eddy Grant é um dos poucos compositores provenientes da Guiana a alcançar sucesso mundial. Ficou também conhecido pelas suas atividades contra o regime do apartheid na África do Sul. Cantou juntamente com Kurt Darren nos noventa anos de Nelson Mandela (também ele um grande ativista) a canção "Gimme Hope Jo'anna", um dos seus temas mais conhecidos.


Hoje é preciso recordar Ana Achmatova...

(imagem daqui)

Elegia para Ana Achmatova

Foi em 5 de Março, quase no fim deste Inverno.
Com outra luz gostaria de ter entregue o corpo.

Nevoeiro que nos montes se rasgava, despeda-
çado pelas árvores mais altas, herdara de Emily
Dickinson o deslumbrante hálito sonâmbulo e
de Safo o voo apaixonado.

Safo, Emily Dickinson- duas vezes mortas.


in A Raiz Afectuosa (1972) - António Osório

Anna Akhmátova morreu há 50 anos...

Anna Akhmátova (Odessa, 23 de junho de 1889 - Leningrado, 5 de março de 1966) é o pseudónimo de Anna Andreevna Gorenko, uma das mais importantes poetas acmeístas russas.

sexta-feira, março 04, 2016

Poema alusivo à data

(imagem daqui)

Os anos são degraus

Os anos são degraus, a Vida a escada.
Longa ou curta, só Deus pode medi-la.
E a Porta, a grande Porta desejada,
só Deus pode fechá-la,
pode abri-la.

São vários os degraus; alguns sombrios,
outros ao sol, na plena luz dos astros,
com asas de anjos, harpas celestiais.
Alguns, quilhas e mastros
nas mãos dos vendavais.

Mas tudo são degraus; tudo é fugir
à humana condição.
Degrau após degrau,
tudo é lenta ascensão.

Senhor, como é possível a descrença,
imaginar, sequer, que ao fim da Estrada,
se encontre após esta ansiedade imensa
uma porta fechada
e mais nada?


in Asa no Espaço (1955) - Fernanda de Castro

quinta-feira, fevereiro 25, 2016

Renoir nasceu há 175 anos!

Busto de Pierre-Auguste Renoir, no Museu Nacional de Varsóvia, autoria do escultor francês Aristide Maillol

Desde o princípio a sua obra foi influenciada pelo sensualismo e pela elegância do rococó, embora não faltasse um pouco da delicadeza do seu ofício anterior como decorador de porcelana. O seu principal objetivo, como ele próprio afirmava, era conseguir realizar uma obra agradável aos olhos. Apesar da sua técnica ser essencialmente impressionista, Renoir nunca deixou de dar importância à forma - de facto, teve um período de rebeldia diante das obras de seus amigos, no qual se voltou para uma pintura mais figurativa, evidente na longa série Banhistas. Mais tarde retomaria a plenitude da cor e recuperaria a sua pincelada enérgica e ligeira, com motivos que lembram o mestre Ingres, pela sua beleza e sensualidade.
A sua obra de maior impacto é Le Moulin de la Galette, em que conseguiu elaborar uma atmosfera de vivacidade e alegria à sombra refrescante de algumas árvores, aqui e ali intensamente azuis. Percebendo que traço firme e riqueza de colorido eram coisas incompatíveis, Renoir concentrou-se em combinar o que tinha aprendido sobre cor, durante seu período impressionista, com métodos tradicionais de aplicação de tinta. O resultado foi uma série de obras-primas bem ao estilo de Ticiano, assim como de Fragonard e Boucher, a quem ele tanto admirava. Os trabalhos que Renoir incluiu numa mostra individual de 70, organizada pelo marchand Paul Durand-Ruel, foram elogiados, e o seu primeiro reconhecimento oficial veio quando o governo francês comprou Ao Piano, em 1892.

Início
Renoir nasceu em Limoges em 25 de fevereiro de 1841. O seu pai, Léonard, era alfaiate e a sua mãe, Marguerite, costureira. Eram uma família de classe média e, em 1844, mudaram-se para Paris, para tentar uma vida melhor. Renoir estudou até aos 13 anos, depois começou a trabalhar numa fábrica de porcelana dos Irmãos Lévy onde pintava buquês e flores em artigos de porcelana. Ficou na fábrica até aos 17 anos e depois foi trabalhar para M. Gilbert, pintando temas religiosos, vendidos a missionários, e pintou em leques e tecidos que eram mais bem remunerados na época e que lhe permitiram juntar algumas economias.
Em 1862, após juntar dinheiro com o seu trabalho, Renoir realiza seu sonho: aos 21 anos muda-se para Paris e entra para a École des Beaux-Arts de Paris ("Escola de Belas Artes"). Entrou também para o ateliê de Charles Gleyre. Assistindo às aulas no ateliê, além de aperfeiçoar a sua técnica, conquistou a amizade de Alfred Sisley, Monet e Bazille, com quem compartilhou dias de muita conversa e teorização em Paris e de árduo trabalho em Argenteuil, pintando ao ar livre.
Em 1863 Renoir abandonou a École des Beaux-Arts e passou a pintar ao ar livre em Fontainebleau. A sua primeira obra A Esmeralda entrou para o Salão em 1864 e, com ela, Renoir conseguiu um certo sucesso. Porém, após a exposição, Renoir destruiu-a. Em 1865 Renoir e os seus amigos tornaram-se próximos de Monet.
Com a guerra franco-prussiana, os seus amigos pintores dispersaram-se e Renoir passou a hospedar-se constantemente na casa do amigo Jules Le Couer. Foi na casa de Le Couer que Renoir conheceu Lise Trèhot que passou a ser a sua modelo preferida durante um certo tempo. Entre as obras de destaque que Lise posou estão: "Mulher com a sombrinha" (de 1867), "A jovem Cigana" (de 1868) e o seu último quadro como modelo que foi "Mulher com periquito" (de 1871).
Lise com a sombrinha é considerada sua primeira obra de destaque. Lise posou para a tela em Fontainebleau entre as folhagens de uma floresta. Com um vestido todo branco onde poderia apreciar-se os jogos de luz e sombra. A obra era inspirada em Coubert. Apesar do relativo sucesso da obra na ocasião, Renoir atravessava dificuldades financeiras. Em 1869 morava com Lise, de dezanove anos, na casa dos seus pais.
Em 1870 Renoir alistou-se na cavalaria para lutar na guerra franco-prussiana, mas deram-lhe baixa, um ano depois, por causa de uma doença. Neste mesmo ano morreria, na guerra, o seu amigo Bazille.

"Numa manhã um de nós já não tinha preto, e assim nasceu o Impressionismo."
- Renoir

Período Impressionista
Entre 1870 e 1883, Renoir entra no seu período impressionista. Pinta várias paisagens, mas as suas obras são mais caracterizadas por retratar a vida social urbana. No salão de 1872, expôs a ela "Mulheres parisienses vestidas como argelinas" no Salão Oficial, o que lhe conferiu grande sucesso. No ano seguinte, Renoir alugaria um apartamento em Montmartre onde pintou duas obras famosas: "O camarote" e "A bailarina". Em 1873, juntamente com os seus amigos impressionistas, Renoir expôs as suas obras num salão alternativo ao Salão Oficial de Paris, que foi um fracasso. Neste salão alternativo, Renoir vendeu seu quadro "O camarote" por 425 francos.
Em 1875 Renoir vendeu "O passeio" por 1.200 francos. Com o dinheiro ele pode alugar um prédio maior em Montmartre onde ele pintou várias obras. Em 1876 Renoir pintou várias obras famosas: "Nu ao sol", "O balanço" e "Le moulin de la galette". A obra "Le moulin de la galette" foi exposto no terceiro salão alternativo dos impressionistas e trouxe-lhe grande reputação.

Período seco
Em 1881, Renoir passaria a buscar novas inspirações. Primeiro foi à Argélia depois à Itália. Na Itália, Renoir conheceu os grandes centros: Milão, Roma, Veneza, Nápoles. O que mais lhe impressionou na viagem foi ver de perto as obras de Rafael.
A viagem foi uma inspiração para buscar mais consistência em sua obra tentou tornar-se um artista em grande estilo renascentista. As figuras de suas obras tornaram-se mais imponentes e formais, e muitas vezes abordou temas da mitologia clássica. O contorno de seus personagens tornaram-se mais precisos, formas desenhadas com mais rigor e cores mais frias.
Além de Rafael, Renoir foi influenciado pela obra de Ingres, pintor neoclássico, que admirava e defendia em debates com os amigos impressionistas.
Este novo período em sua arte, de 1883 a 1887, ficou conhecido como período seco. Nesta nova fase não houve mais espaço para pintura ao ar livre.
Renoir começaria a realizar estudos do qual surgiria uma de suas grandes obras: "As grandes banhistas" que só ficou pronta em 1887.
  
"Por volta de 1883, eu tinha esgotado o Impressionismo e finalmente chegado à conclusão de que não sabia pintar nem desenhar."
- Renoir

Período Iridescente
Chamada pelo pintor de período iridescente, a partir de 1889 Renoir mudaria novamente de estilo. Era uma fase de recuperação da liberdade da juventude. Em 1890 pintou "Duas meninas colhendo flores" e "No prado". Passou também a pintar muitos nus e retratos (ainda uma das maiores fontes económicas do pintor).
Em 1894 Renoir teve mais um filho, Jean Renoir, que se tornaria um grande cineasta francês cuja maiores obras seriam A grande Ilusão e A Regra do jogo. Em 1901 Renoir e Aline tiveram mais um filho, Claude, alcunhado de Coco.
Em 1903 Renoir, ao piorar da artrite, mudou-se para Cagnes. Passou a retratar Gabrielle, jovem contratada para servir os seus pequenos filhos.
Sentindo cada vez mais dificuldades para segurar os pincéis e acabou tendo que amarrá-los às mãos. Começou também a esculpir, na esperança de poder expressar seu espírito criativo através da modelagem, mas até para isso ele precisou de ajuda, que veio na forma de dois jovens artistas, Richard Gieino e Louis Morel, que trabalhavam segundo suas instruções.
Apesar das graves limitações físicas, Renoir continuou a trabalhar até ao último dia da sua vida. Em 1908 pintou a sua versão para "O julgamento de Paris".
Aline morreu em 1915 e Renoir em 1919, aos 78 anos. Foi sepultado no Essoyes Cimetière, Essoyes, Champanha-Ardenas na França.

Auguste Renoir, Autoportrait, 1876, Fogg Art Museum, Cambridge (Massachusetts)

Alfredo Marceneiro nasceu há 125 anos!

(imagem daqui)

Alfredo Rodrigo Duarte (Lisboa, 25 de fevereiro de 1891 - Lisboa, 26 de junho de 1982) mais conhecido como Alfredo Marceneiro, devido à sua profissão inicial, foi um fadista português que marcou uma época, detentor de uma voz inconfundível tornando-se um marco deste género da canção em Portugal. Embora o bilhete de identidade refira a data acima, o seu nascimento pode ter acontecido, de facto, em 29 de fevereiro de 1888.


Vida
Alfredo Marceneiro nasceu na freguesia de Santa Isabel em Lisboa, e foi-lhe posto o nome de baptismo de Alfredo Rodrigo Duarte.
Era filho de uma família oriunda do Cadaval. Com a morte do pai teve que deixar os estudos. Começou então a trabalhar como aprendiz de encadernador para ajudar o sustento da sua mãe e irmãos.
Desde pequeno, sentia grande atracção para a arte de representar e para a música. Junto com amigos começou a dar os primeiros passos cantando o fado em locais populares começando a ser solicitado pela facilidade que cantava e improvisava a letra das canções.
Um dia, conheceu Júlio Janota, fadista improvisador, de profissão marceneiro que o convenceu a seguir esse ofício que lhe daria mais salário e mais tempo disponível para se dedicar à sua paixão.
Alfredo Marceneiro era um rapaz vaidoso. Andava sempre tão bem vestido que ganhou a alcunha de Alfredo Lulu. Era, também, muito namoradeiro. Apaixonou-se por várias raparigas, chegando a ter filhos com duas delas. As aventuras terminaram quando conheceu Judite, amor que durou até à sua morte e com o qual teve três filhos.
Em 1924, participa no Teatro São Luiz, em Lisboa, na sua primeira Festa do Fado e ganha a medalha de prata num concurso de fados.1
Nos anos 1930, Alfredo Marceneiro trabalhou nos estaleiros da CUF, onde fazia móveis para navios. Dividia o seu tempo entre as canções e o trabalho. A sua presença nas festas organizadas pelos operários era sempre motivo de alegria.
Em 3 de janeiro de 1948, foi consagrado o Rei do Fado no Café Luso.
Reformou-se em 1963, após uma carreira recheada de sucessos, numa grande festa de despedida no Teatro São Luiz.
Dos muitos temas que Alfredo Marceneiro cantou destaca-se a Casa da Mariquinhas, de autoria do jornalista e poeta Silva Tavares.
Faleceu no dia 26 de junho de 1982, com 91 anos, na mesma freguesia que o viu nascer.
No dia 30 de julho de 1984, foi condecorado, a título póstumo, com o grau de Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, pelo então Presidente da República Portuguesa, o General Ramalho Eanes.
 
O álbum The Fabulous Marceneiro (Columbia/Valentim de Carvalho, 1961)  
Alfredo Marceneiro gravou pouco e este álbum de início dos anos 60 é um dos clássicos absolutos do fado. Era um milagre meter Alfredo Marceneiro em estúdio: o fado era quase uma religião que se cantava de noite e com público, onde o guitarrista devia cingir-se a servir a voz e o contador era também um contador da história contida na letra.
A revista Blitz considerou este álbum o décimo-primeiro melhor disco português de sempre.


sexta-feira, fevereiro 19, 2016

O físico e filósofo austríaco Ernst Mach morreu há um século

Ernst Waldfried Josef Wenzel Mach (Brno, 18 de fevereiro de 1838 - Vaterstetten, 19 de fevereiro de 1916) foi um físico e filósofo austríaco.
De 1864 a 1867 foi professor de matemática em Graz. Depois (1867-1895) lecionou física na Universidade de Praga, quando opôs-se à introdução da língua checa como idioma oficial na mesma universidade, alinhando-se entre os partidários do domínio da língua alemã na região. De 1895 a 1901 foi o titular da cadeira de história e teoria da ciência indutiva na Universidade de Viena. Em 1901, após abandonar o ensino, foi nomeado membro da Câmara dos Pares pelo Imperador da Áustria.
As suas obras filosóficas e científicas exerceram profunda influência no pensamento do século XX. Os seus primeiros livros contêm os fundamentos de uma nova teoria filosófica, o empirocriticismo. Defendeu uma concepção positivista: nenhuma proposição das ciências naturais é admissível se não for possível verificá-la empiricamente.

Postulados
Os rigorosos critérios de verificação que utilizou conduziram à eliminação não só dos conceitos metafísicos da física teórica (como éter, substância, espaço e tempo absolutos, etc.), mas também dos conceitos de moléculas e átomos (ou seja, da hipótese que afirmava a existência de um elemento estrutural básico da matéria).
Seguindo a linha de pensamento formulada por David Hume, Mach nega-se a pronunciar-se sobre a natureza da realidade (se psíquica ou física) para permanecer no plano dos fenómenos. Para Mach, todas as afirmações empíricas (incluindo as científicas) poderiam ser reduzidas a afirmações sobre as sensações. O caráter de qualquer lei científica é apenas o descritivo. A escolha entre hipóteses igualmente plausíveis e relativas ao mesmo facto seria uma questão de economia de pensamento. A sua visão positivista foi uma das fontes do positivismo lógico, posteriormente elaborado pelo Círculo de Viena.
Mach esteve profundamente envolvido nas revoluções na física, embora mantendo-se um crítico da nova física, tanto como ele tinha sido da antiga. Tanto Max Planck quanto Albert Einstein o homenagearam por ter sido a pessoa que criou uma cultura de crítica dentro da qual se desenvolveram as ideias deles. No entanto, eles também vieram a criticar o que eles viram como a recusa inflexível de Mach em aceitar essas novas ideias.

A ideia de Mach sobre as medições
Normalmente quando medimos um intervalo acreditamos que realmente estejamos medindo espaço ou tempo. Porém, medição depende de comparação. Isso foi importante para Mach: nós não medimos espaço, apenas comparamos nossas sensações espaciais. Pois toda medida requer o uso de um padrão, e qualquer padrão que nós escolhermos é da mesma natureza do que queremos medir. Quando medimos as dimensões espaciais de um objeto, estamos comparando-o com um padrão aceito. Em última análise, todos os padrões devem ter a sua raiz em comparação fisiológica. Desta forma Mach tenta trazer a física de volta a psicologia. A física é baseada em medições, mas as medidas são em última análise comparações fisiológicas. De acordo com Mach, a física nunca pode escapar de suas origens biológicas.


Um F/A-18 Hornet após ultrapassar a barreira do som (velocidade superior a 1,0 Ma)

O Número de Mach ou velocidade Mach (Ma) é uma medida adimensional de velocidade. É definida como a razão entre a velocidade do objeto e a velocidade do som:
\ M = \frac {{v_o}}{{v_s}}
onde:
\ M é o número Mach
\ v_o é a velocidade média relativa do objeto
\ v_s é a velocidade média do som.
Em outras palavras, a velocidade Mach é quantas vezes o corpo atingiu a velocidade do som.

quinta-feira, fevereiro 18, 2016

A rainha Maria I da Inglaterra nasceu há 500 anos

Maria I (Londres, 18 de fevereiro de 1516Londres, 17 de novembro de 1558) foi a Rainha da Inglaterra e Irlanda de julho de 1553 até à sua morte. A sua perseguição e execução dos protestantes ingleses levou os seus oponentes a lhe darem o epíteto de "Maria Sangrenta".
Foi a única filha do rei Henrique VIII de Inglaterra e da sua primeira esposa Catarina de Aragão a chegar à idade adulta. O seu meio-irmão mais novo, Eduardo VI, sucedeu a Henrique em 1547. Ele tentou retirar Maria da linha de sucessão, por diferenças religiosas, ao descobrir que estava com uma doença terminal. Após a sua morte, Joana Grey, prima em segundo grau dos dois, foi inicialmente proclamada rainha. Maria reuniu uma força em Anglia do Leste e depôs Joana, que acabou sendo decapitada. Ela casou em 1554 com Filipe de Espanha, tornando-se rainha consorte da Espanha na ascensão dele, em 1556.
Como a quarta monarca da Casa de Tudor, Maria é mais lembrada por restaurar o Catolicismo Romano depois do curto reinado protestante de seu meio-irmão. Em seus cinco anos de reinado, ela fez com que mais de 280 dissidentes religiosos fossem queimados. O seu restabelecimento do catolicismo foi revertido após a sua morte pela sua meia-irmã e sucessora, Isabel I.
 Brasão da Rainha Maria I

quarta-feira, fevereiro 17, 2016

O Fantasma faz hoje 80 anos!

O Fantasma é uma tira de jornal do género aventura criada por Lee Falk (também o criador do Mandrake), contando as aventuras de um combatente do crime, mascarado e usando uma roupa característica. O personagem atua num fictício país africano chamado Bangalla. A série começou a ser publicada em jornais diariamente em 17 de fevereiro de 1936, e aos domingos, como edição colorida, em maio de 1939, continuando até 2006. Falk encarregou o desenhista Phil Davis do desenho das suas histórias.
Falk trabalhou na tira até à sua morte em 1999; a tira é atualmente escrita por Tony DePaul e desenhado por Paul Ryan (de segunda-feira a sábado) e Terry Beatty (domingo). Foi desenhada anteriomente por Ray Moore, Wilson McCoy, Bill Lignante, Sy Barry, George Olesen, Keith Williams, Fred Fredericks, Graham Nolan e Eduardo Barreto. Na tira, o Fantasma foi vigésimo primeiro numa linha de combatentes do crime que começou em 1536, quando o pai do marinheiro britânico Christopher Walker foi morto durante um ataque de piratas.