terça-feira, novembro 17, 2009

Participação do Blog Geopedrados na SCT 2009


No dia 24 de Novembro comemora-se em Portugal o Dia Nacional da Cultura Científica, enquadrado dentro da Semana da Ciência e da Tecnologia 2009, organizada pela Ciência Viva para celebrar o nascimento do poeta/pedagogo/cientista Rómulo de Carvalho/António Gedeão.

O nosso Blog participa em três actividades: uma Tertúlia on line, durante toda a semana de 21 a 27 de Novembro, a Festa da Astronomia das Escolas de Leiria (no dia 21 de Novembro, sábado) e a Comemoração do Dia Nacional da Cultura Científica (na terça-feira dia 24 de Novembro).

Casos os nossos leitores queiram colaborar connosco, estão à vontade...

segunda-feira, novembro 16, 2009

Música da minha infância

Há pouco tempo redescobri o tema que à frente apresento - lembrava-me apenas da música e de que era de uma telenovela brasileira de finais dos anos setenta e inícios dos anos oitenta...

Agora já sei que a telenovela era Pai Herói, a música era Mirrors e a sua intérprete era Sally Oldfield - a irmã de Mike Oldfield...



Oh we are mirrors in the sun and we brightly shine
We are singing and dancing in perfect time
There is nothing in the world that we can do
To stop the light of love come shining through

And the fire of a newborn moment is shining round you
Kiele aloha
Hey, a perfect stranger, a feeling of you,
Kiele aloha
Hey, come be with me for we are, we are, we are...

...Perfect mirrors in the sun and we brightly shine
We are singing and dancing in perfect time
There is nothing in the world that we can do
To stop the light of love come shining through

And the fire of a golden light is shining round you
Kiele aloha
Hey, the wind is cold, and I long to hold you
Kiele aloha
Hey, come be with me for we are, we are, we are

We are perfect mirrors in the sun and we brightly shine
We are singing and dancing in perfect time
There is nothing in the world that we can do
To stop the light of love come shining through

And the streets are filled with bells, and the sky was falling
Kiele aloha
There are so many things I long to tell you, can you here me calling
Kiele aloha
Hey, come be with me for we are, we are, we are

We are perfect mirrors in the sun and we brightly shine
We are singing and dancing in perfect time
There is nothing in the world that we can do
To stop the light of love come shining through

We are mirrors in the sun and we brightly shine
We are singing and dancing in perfect time
There is nothing in the world that we can do
To stop the light of love come shining through

We are mirrors in the sun and we brightly shine
We are singing and dancing in perfect time
There is nothing in the world that we can do
To stop the light of love come shining through

domingo, novembro 15, 2009

Música adequada à época

Como a época é própria para mentiras e estórias infantis romanceadas, aqui fica uma canção da minha infância que me faz lembrar o folhetim diário em que nosso PM (reparem no pormenor do cavalo que falava inglês técnico) e os seus amigos estão envolvidos:


sábado, novembro 14, 2009

Fartar vilanagem...


(imagem daqui)

Recebido por correio electrónico:

Um grande empresário português marca uma audiência com José Sócrates, na Residência Oficial do Primeiro-Ministro.
Enquanto aguarda, encontra Armando Vara que o recebe com muitos abraços.
Quando é recebido pelo Primeiro-Ministro, sente falta da carteira e resolve abordar o assunto com o PM:
- Não sei como lhe hei-de dizer, Senhor Primeiro-Ministro, mas a minha carteira acabou de desaparecer!

E continuou:
- Tenho a certeza de que estava com ela ao entrar na sala de espera.
Tive o cuidado de a guardar bem, após apresentar o BI ao segurança.
Não quero fazer nenhuma insinuação, mas a única pessoa com quem estive depois disso foi o Dr. Armando Vara, que está aqui na sala de espera ao lado.

O Primeiro-Ministro retira-se do gabinete. Pouco tempo depois, regressa com a carteira na mão.
Reconhecendo a sua carteira, o empresário comenta:
- Espero não ter causado nenhum problema pessoal entre o Senhor Primeiro-Ministro e o Dr. Armando Vara.
Ao que José Sócrates responde:
- Não se preocupe! Ele nem percebeu!...

Nisto, nas anedotas instantâneas e oportunas, não há quem nos bata. Mas não tiramos as devidas ilações que as mesmas comportam...

in Blog portadaloja - post de José

sexta-feira, novembro 13, 2009

O Infante de Sagres morreu há 549 anos



(Representação iconográfica do Infante, no Portugal dos Pequenitos, em Coimbra - imagem daqui)


O Infante Dom Henrique, Duque de Viseu, (Porto, 4 de Março de 1394 – 13 de Novembro de 1460) foi um príncipe português e a mais importante figura do início da era das Descobertas, também conhecido na História como Infante de Sagres ou Navegador.




O INFANTE

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,

E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.

Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!

in Mensagem - Fernando Pessoa

Os azares de um menino traquinas

O Nelito azarado

Todos nós já tivemos aquele aluno que, por artes mágicas e divinatórias, tem sempre o malfadado azar de aparecer em todas as confusões armadas na sala de aula e arredores.

Para todas as situações tem sempre uma razão, uma desculpa, uma justificação, um apontar de dedo ao vizinho do lado, uma teoria da conspiração feita para o tramar.

Nós interrogamo-nos e interrogamo-lo: Nelito, caramba, sempre tu? Mas que diabo de azar tu tens para estares sempre onde o vidro é partido, onde a pedra acerta no colega, onde o palavrão é dito, onde desaparecem os lápis do parceiro, onde a grafitagem se destaca da parede antes imaculada.

Em todas as situações o ar de inocência ofendida, de mártir seleccionado pela mal intencionada providência, a atitude de perseguido pelos maus humores do Olimpo.

E nós até queremos acreditar. Afinal, o miúdo é bem parecido, quando quer é bem falante e há momentos em que a inocência parece estampada e estampilhada.

Até ao momento em que aparece outra vez mesmo ao lado do caldo entornado.

in Blog A Educação do meu Umbigo - post de Paulo Guinote


It´s a Long Way

Confesso que ando um bocadinho desanimado...




Woke up this morning
Singing an old, old Beatles song
We're not that strong, my lord
You know we ain't that strong
I hear my voice among others
In the break of day
Hey, brothers
Say, brothers
It's a long long long long way

Os olhos da cobra verde
Hoje foi que arreparei
Se arreparasse a mais tempo
Não amava quem amei

Arrenego de quem diz
Que o nosso amor se acabou
Ele agora está mais firme
Do que quando começou

A água com areia brinca na beira do mar
A água passa e a areia fica no lugar

E se não tivesse o amor
E se não tivesse essa dor
E se não tivesse sofrer
E se não tivesse chorar
E se não tivesse o amor

No Abaeté tem uma lagoa escura
Arrodeada de areia branca

A tragédia do Prestige foi há 7 anos



O Prestige foi um navio petroleiro monocasco, que afundou na costa galega, produzindo uma imensa maré negra, que afetou uma ampla zona compreendida entre o norte de Portugal e as Landas ou Vendée em França, tendo especial incidência na Galiza.

(...)

Em 13 de Novembro de 2002 um dos tanques do navio abriu-se durante uma tormenta nas costas de Galiza. Naquele momento derramaram-se 5.000 toneladas de fuel-oil.

Em 19 de Novembro o barco partiu-se em dois às 8 da manhã, a uns 250 km da costa, provocando um incremento da mancha negra.

Em 1 de Dezembro, 200.000 pessoas manifestaram-se em Santiago de Compostela com o lema "Nunca mais".


Uma música bonita para recordar um dia triste:


terça-feira, novembro 10, 2009

Português Técnico

No Blog De Rerum Natura li um delicioso texto (de um engenheiro verdadeiro, de seu nome Norberto Pires) de que gostaria de partilhar com os nossos amigos e leitores um excerto:

Parece que a "Face Oculta" está para durar. Mas não era sobre isso que queria falar. Queria só que jogassem comigo ao "descubra os erros".

Armando Vara enviou um carta ao conselho superior de supervisão do BCP pedindo "suspenção"/suspensão dos seus mandatos no banco. Mas teve o cuidado de dizer: é uma "suspenção"/suspensão e não uma "renuncia"/renúncia, pois isso poderia ser interpretado como "assumpção"/assunção* de culpa.

Veja a carta aqui e descubra os erros de ortografia do administrador do BCP que pelos vistos também suspendeu o Português.

:-(

É a vida.


*assumpção é uma variante de assunção

(clicar para aumentar)

Assim sendo, continuo a não perceber porque fecharam a Universidade Independente - uma prestigiada instituição que diplomou Armando Vara (licenciatura no Curso de Relações Internacionais) ou José Sócrates (licenciatura em Engenharia Civil) e que tão bom ensino de línguas fazia (basta ver o Inglês Técnico do nosso PM e o português escorreito de Vara...) merecia melhor sorte...



PS - li, há pouco, que o ilustre Presidente do Supremo Tribunal de Justiça do nosso país irá declarar nulas as escutas às conversas (de amigo...) entre Armando Vara e José Sócrates - tudo está bem quando tudo acaba bem...

ADENDA - Para perceberem a que ponto isto chegou, eis um naco saboroso do que o blogger José, Procurador do Ministério Público, colocou no seu Blog portadaloja:
O nível de garantias e de imunidades práticas que esta cambada política arranjou para si mesma, atinge as raias do escândalo, mas um dia destes as pessoas em geral e que votaram em maioria, irão aperceber-se do logro e darão pela aldrabice.

Nem em Itália, Berlusconi, arranjou tantas garantias de impunidade. Nem em Itália!

segunda-feira, novembro 09, 2009

O Muro de Berlim caiu há 20 anos

Hoje é dia de comemorar a queda do Muro de Berlim, pese embora o facto de alguns revisionistas ainda o defenderem...!

Há ainda que recordar os mortos, as heróicas fugas, o descalabro final e que a reunificação alemã ainda não acabou, mas só ainda passaram 20 anos...




Parabéns Carl Sagan!

CANÇÃO DE HOMENAGEM A CARL SAGAN






No You Tube encontra-se esta canção de homenagem a Carl Sagan, que a 9 de Novembro, precisamente hoje, teria completado mais um aniversário, o 75.º, não fora a sua morte prematura por doença. O autor é John Boswell.


Parabéns Carl Sagan!

"[Sagan]
If you wish to make an apple pie from scratch
You must first invent the universe

Space is filled with a network of wormholes
You might emerge somewhere else in space
Some when-else in time

The sky calls to us
If we do not destroy ourselves
We will one day venture to the stars

A still more glorious dawn awaits
Not a sunrise, but a galaxy rise
A morning filled with 400 billion suns
The rising of the milky way

The Cosmos is full beyond measure of elegant truths
Of exquisite interrelationships
Of the awesome machinery of nature

I believe our future depends powerfully
On how well we understand this cosmos
In which we float like a mote of dust
In the morning sky

But the brain does much more than just recollect
It inter-compares, it synthesizes, it analyzes
it generates abstractions

The simplest thought like the concept of the number one
Has an elaborate logical underpinning
The brain has its own language
For testing the structure and consistency of the world

[Hawking]
For thousands of years
People have wondered about the universe
Did it stretch out forever
Or was there a limit

From the big bang to black holes
From dark matter to a possible big crunch
Our image of the universe today
Is full of strange sounding ideas

[Sagan}
How lucky we are to live in this time
The first moment in human history
When we are in fact visiting other worlds

The surface of the earth is the shore of the cosmic ocean
Recently we've waded a little way out
And the water seems inviting."



Post de Carlos Fiolhais, roubado ao Blog De Rerum Natura

domingo, novembro 08, 2009

Música para Vara, Sócrates & Associados

Uma canção dos Xutos & Pontapés, aqui na versão dos Clã, para dedicar às mãos limpas e face oculta de alguns políticos:




Conta-me Histórias

Agora, que pousas a cabeça
na almofada e respiras satisfeito
quero o teu amor
sem sentido nem proveito

Agora que repousas
lentamente sigo a curva do teu peito
procuro o segredo, do teu cheiro
... do teu cheiro

Juntos fomos, correndo lado a lado
Juntos fomos, sofrendo ter amado
Amas a vida
e eu amo-te a ti

Conta-me histórias daquilo que eu não vi...
Conta-me histórias...
que eu não vi...

Logo juntas, a tua roupa
e dizes, que a vida está la fora
passou a minha hora...
passou a minha hora...
passou a minha hora...

Juntos fomos, correndo lado a lado
Juntos fomos, sofrendo ter amado...
Amas a vida
e eu amo-te a ti...

Conta-me histórias daquilo que eu não vi...
Conta-me histórias...
que eu não vi...
que eu não vi...
que eu não vi...
que eu não vi...

Uma democracia condicionada

socrates-e-vara-bonnie-and-clyde

Depois da destruição de documentos do processo dos Aterros Sanitários da Cova da Beira, depois de parada a investigação aos projectos arquitectónicos guardenses de um ilustre "engenheiro" (que, curiosamente, nunca fez um projecto assinado por amigos no concelho onde residia), depois de eliminada a Universidade Independente e os seus perturbadores papéis, depois de silenciadas as cabeças pensantes da TVI e do Público, depois de manietadas várias instituições (uma inglesa, a Serious Fraud Office, na dependência política do amigo Prime Minister Brown, outra portuguesa, com uma Procuradora sempre muito simpática e que tudo faz para nada fazer e ainda uma europeia, com o juiz amigo Lopes da Mota, escolhido a dedo para chefiar o Eurojust) que poderiam cooperar para deslindar o caso Freeport, agora vem nova mão amiga a preparar para limpar mais branco as conversas (quase cantares de amigo...) escutados por causa dos negócios do ex-sócio Armando Vara:


PS - será que em Portugal não temos direito a votar com base no conhecimento de todos os dados de carácter dos nossos políticos? Porque motivo votamos primeiro e só depois vêm os despedimentos, a crise, o deficit ou as trapalhadas de um político que, governando-nos, se vai governando e governando os seus amigos?

sábado, novembro 07, 2009

O Muro de Berlim caiu há 20 anos

O Muro de Berlim ("Berliner Mauer" em alemão) foi uma barreira física, construída pela República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) durante a Guerra Fria, que circundava toda a Berlim Ocidental, separando-a da Alemanha Oriental, incluindo Berlim Oriental. Este muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou partes: República Federal da Alemanha (RFA), que era constituído pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados Unidos; e República Democrática Alemã (RDA), constituído pelos países socialistas simpatizantes do regime soviético. Construído na madrugada de 13 de Agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas electrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. Este muro provocou a morte a 80 pessoas identificadas, 112 ficaram feridas e milhares aprisionadas nas diversas tentativas de o atravessar.

O Muro de Berlim começou a ser derrubado no dia 9 de Novembro de 1989, acto inicial da reunificação das duas Alemanhas, que formaram finalmente a República Federal da Alemanha, acabando também a divisão do mundo em dois blocos. Muitos apontam este momento também como o fim da Guerra Fria.

O governo de Berlim incentiva a visita do muro derrubado, tendo preparado a reconstrução de trechos do muro. Além da reconstrução de alguns trechos está marcado no chão o percurso que o muro fazia quando estava erguido.


in Wikipédia

Uma grande data, que merece ser recordada. Para a relembrar, uma música nacional com referência ao Muro:


Os 3 Pilares da Economia

Com os nossos agradecimento ao amigo Rui:



A Condessa de Sabrosa (Maria Teresa de Noronha) nasceu há 91 anos

sexta-feira, novembro 06, 2009

Avaliação e estudo dos riscos vulcanológicos açoreanos

Projecto tem uma duração de três anos
Cientistas avaliam perigos vulcânicos nos Açores


Os principais vulcões potencialmente activos nos Açores vão ser estudados durante os próximos três anos, num projecto de investigação que permitirá melhorar o sistema de resposta rápida em caso de erupção.


“Vamos estudar alguns dos vulcões mais importantes dos Açores e assim aumentar o conhecimento sobre o seu comportamento para melhorar o sistema de resposta rápida em caso de erupção”, disse Vittorio Zanon, coordenador científico responsável pelo projecto do Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos (CVARG) da Universidade dos Açores, em declarações à agência Lusa.

Segundo o investigador, o estudo vai centrar-se nos vulcões das Sete Cidades (São Miguel), Pico e Flores e Caldeiras do Faial e da Graciosa. “São importantes vulcões em relação aos quais não temos muita informação do funcionamento do sistema em profundidade que possa ser utilizada em caso de possível reactivação da actividade magmática”, referiu.

Vittorio Zanon explicou que o projecto PLUSYS vai traçar o percurso do magma e a sua desgaseificação desde o manto até a superfície “com a finalidade de obter um modelo da estrutura interna de cada um desses vulcões”.

Vão ser colhidas, nomeadamente, informações sobre as condições de génese e evolução dos basaltos.

“As diferentes temperaturas, pressão e conteúdo em gases são parâmetros fundamentais para a modelação das erupções e para uma correcta parametrização do risco vulcânico”, explicou.

O estudo permitirá indicar a quantidade de Flúor, Cloro, Iodo e Bromo, elementos gasosos presentes nos basaltos que podem ser libertados durante uma erupção e causar contaminção dos pastos e das águas, acrescentou.

Assim, durante três anos investigadores das Universidades dos Açores, de Perugia e Siena (Itália) e da Agência para as Ciências da Terra e Tecnologia (Japão) vão realizar vários trabalhos de campo e análises laboratoriais, com base nas amostras colhidas.

O projecto PLUSYS está orçado em 190 mil euros, financiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

O Blitz faz 25 anos



Hoje, dia 6 de Novembro, celebram-se os 25 anos passados desde a primeira edição do jornal Blitz (na foto - para as páginas interiores desta e de outras edições do primeiro ano do jornal, aconselha-se vivamente uma visita a ovelhoblitz.blogspot.com). O jornal semanal, enquanto tal, sobreviveu pouco mais de duas décadas. Em 2006, mudou de sexo (transformou-se em revista), passou a mensal, abraçou definitivamente o mainstream e as agendas comerciais dos principais agentes do mercado musical português, redefiniu de forma a sua presença na web (de forma notável, diga-se) e afastou, assim parece, as piores tempestades que pairavam sobre a publicação.


Fonte: Blog Juramento sem Bandeira

Mais um poema de Sophia cantado por Fanhais


Parabéns Sophia!

Luar

Toma-me ó noite em teus jardins suspensos
Em teus pátios de luar e de silêncio
Em teus adros de vento e de vazio.

in Mar Novo (1958) - Sophia de Mello Breyner Andresen



PS - a Sophia nunca morreu - apenas foi descansar no mar que tanto amava. O filme aqui apresentado é um pedaço de uma ópera sobre textos da nossa amada poetisa: SAGA - Ópera Extravagante.

Sophia nasceu há 90 anos

Uma poetisa nunca morre - fica na voz da criança que memoriza os seus versos, no coração do leitor que ainda a chora, na voz do cantor que deu nova cor às suas palavras...


quinta-feira, novembro 05, 2009

Música adequada à época

Ao ouvir parte do debate do Programa do Governo na Assembleia da República (e com a família doente - uma de baixa, por exaustão total, e outro de quarentena por suspeita de Gripe A, enquanto eu aperto a queixada para aguentar...), não sei porquê mas lembrei-me desta velha canção:




Depeche Mode - Master and servant (1984)

It's a lot
It's a lot
Like life

There's a new game
We like to play you see
A game with added reality
You treat me like a dog
Get me down on my knees

We call it master and servant
We call it master and servant

It's a lot like life
This play between the sheets
With you on top and me underneath
Forget all about equality

Let's play master and servant
Let's play master and servant

It's a lot like life
And thats what's appealing
If you despise that throwaway feeling
From disposable fun
Then this is the one

Domination's the name of the game
In bed or in life
They're both just the same
Except in one you're fulfilled
At the end of the day

Let's play master and servant
Let's play master and servant

Let's play master and servant
Come on master and servant.

domingo, novembro 01, 2009

Uma forma simpática de dizer as coisas...




PS - este Valter, um dos mestres de Boston que arruinaram a Educação em Portugal, depois de ter feito um valente estrago nas escolas portuguesas, vai agora gerir o emprego. Como especialista em melhorar estatísticas, será muito útil no próximo ano em Portugal - pelo menos para os senhores que dizem haver hoje 9,2 % de desempregados...

sábado, outubro 31, 2009

Ali Farka Touré nasceu há 70 anos

Ali Ibrahim "Farka" Touré (Kanau, Mali, 31 de Outubro de 1939Bamako, 7 de Março de 2006) foi um cantor e guitarrista malinês e um dos músicos mais internacionalmente reconhecidos do continente africano.

Sua música é amplamente considerada como representando um ponto de intersecção da tradicional música de Mali e seu primo estado-unidense, o blues. A crença de que este último é, de facto, historicamente derivado da primeira reflecte-se nas frequentes citações de Martin Scorsese caracterizando a tradição de Touré como constituindo "o DNA dos blues". Ele foi classificado como o número 76 dos "Cem Melhores Guitarristas de Todos os Tempos" pela revista de música Rolling Stone.





sexta-feira, outubro 30, 2009

A propósito de negócios escuros que os moços do partido do governo fazem

Mãos sujas, alma limpa

Como sucede habitualmente quando, como agora, vêm a público os negócios sujos que, um pouco por todo o país, envolvem lixo e tratamento de resíduos, os envolvidos são quase sempre gente (empresários, autarcas, políticos…) lavada e educada, da do género que não entra em casa sem limpar cuidadosamente os pés.

O problema é não haver tapete de entrada onde se limpe a sujidade das mãos. De qualquer modo, quando os jornais conseguem enfim chegar à fala com eles, estão todos de consciência limpa. O lixo e o dinheiro são, com efeito, matérias com a singular propriedade de sujarem as mãos e raramente sujarem a consciência (e mais raramente ainda o cadastro, pelo menos entre nós, onde as leis penais e processuais penais lavam mais branco que em qualquer outra parte do mundo), de tal modo que o capítulo moral da democracia portuguesa que vier um dia a ser dedicado ao assunto não poderá deixar de levar o sugestivo título de "Mãos sujas, alma limpa". Não se percebe é que a PJ se dê a tanto trabalho para desvendar a "Face oculta" de tais negócios, se ela e o MP é que acabam sempre por sair sujos dos tribunais.

segunda-feira, outubro 26, 2009

Música para os noivos do dia - II


As minhas despedidas à Ministra da Educação

Vai-se embora hoje um estafermo que esteve quase a acabar com a sanidade mental e a dignidade dos professores portugueses.

Vai com quatro anos e meio de atraso. Para ela e para os seus moços de recados (os execráveis secretários, as popotas das DRE's e os albinoides das CONFAP's) aqui fica uma cópia de uma notícia de 15 de Outubro deste mês, do jornal Público:

Imagem 004
Para a nova Ministra da Educação, apenas um conselho: o seu melhor activo são os professores - não o desperdice. E varra a porcaria legislativa que emperra as escolas para os arquivos mortos do ministério...

Música para os noivos do dia


Músicas para um triste dia


Poder - Jose Mario Branco



Inquietação - José Mário Branco

domingo, outubro 25, 2009

O Príncipe Perfeito morreu há 514 anos

JoaoII-P.jpg

Faz hoje 514 anos que morreu aquele que o povo e muitos historiadores consideraram um dos melhores chefes de Estado na longa História de Portugal.

Abriu as portas aos Descobrimentos e acabou radicalmente com as intrigas e privilégios da classe política que estava no poder. Diz-se que, ao saber da sua morte, Isabel a Católica de Espanha terá exclamado: "Murió el Hombre!".

Chamam-lhe o Príncipe Perfeito.

Música a prepósito da tomada de posse de amanhã


Elogio da Corporação - José Mário Branco

Amanhã começa uma nova Aventura no Ministério da da Educação

A Rainha D.ª Amélia morreu há 58 anos

A nossa última Rainha morreu há exactamente 58 anos, no seu país natal.

Dona Maria Amélia Luísa Helena de Orleães (Twickenham, 28 de Setembro de 1865 — Chesnay, 25 de Outubro de 1951) foi a última rainha de facto de Portugal.

Durante a sua vida, D. Amélia perdeu todos os seus familiares directos: defrontou-se com o assassinato do marido, o rei D. Carlos I, e do filho mais velho, D. Luís Filipe (episódio conhecido como Regicídio de 1908); vinte e quatro anos mais tarde, recebeu a notícia da morte do segundo e último filho, o futuro D. Manuel II; e também ficou de luto com a morte de sua filha, a infanta D. Maria Ana de Bragança, nascida em um parto prematuro.

Ela foi o único membro da família real portuguesa exilada pela República que visitou Portugal em vida, bem como o último membro a morrer, aos oitenta e seis anos. Amélia de Orleães viveu sofridas décadas de exílio, entre Inglaterra e França, onde aguentou a Segunda Guerra Mundial.

Esta frase estava entre as suas últimas palavras: "Quero bem a todos os portugueses, mesmo àqueles que me fizeram mal".

in Wikipédia

sábado, outubro 24, 2009

Esta noite muda a hora...

Segurar as rédeas do tempo tem muito que se lhe diga
Por Ana Rita Faria

Com o atraso dos relógios esta noite, os pais não terão de levar os filhos para a escola de noite e os empresários perderão uma hora para negociar com a Europa. Afinal por que muda a hora (e o que acontecia, se não mudasse?)

Deixemo-nos de ilusões. Este é um assunto em que não parece possível chegar a consenso para saber quem sofre mais: se o funcionário público que sente que o dia já acabou quando chega a casa às 18h e é noite, ou a criança que vai para a escola antes do raiar do sol. Ou seja, o que é que custa mais: continuar a mudar a hora para o Inverno (logo à noite os relógios atrasam uma hora, das 2h para a 1h) ou deixar os ponteiros como estão, para alinhar pelo horário da Europa Central, como já aconteceu na década de 90. Resta, pois, fazer o mesmo que se tenta fazer com outros mistérios insolúveis da vida: tentar perceber por que acontece assim e não ao contrário.

Se bastasse ler a história para entender a razão da mudança da hora, a resposta seria fácil. Tudo começou com Benjamin Franklin, o político e inventor do pára-raios e das lentes bifocais. Em 1784, num artigo publicado num jornal francês, Franklin sugeria que a França adiantasse uma hora no Verão, alegando que Paris poderia poupar anualmente 32 mil toneladas de cera de vela. Só mais de um século depois é que a sugestão seria tida em conta, no contexto da Primeira Guerra Mundial, para economizar energia.

Os governos europeus decidiram, assim, adiantar os seus relógios uma hora, inaugurando a chamada "hora de Verão". Consequentemente, os dias passaram a acabar mais tarde e menos energia era consumida. Mas, com o desenvolvimento das sociedades, o pretexto de poupança energética perdeu força e deixou de justificar por si só mudanças no compasso do tempo. Por isso, se hoje quisermos explicar por que muda a hora em Portugal, teríamos de partir de um palavrão - a cronobiologia, ciência que estuda os ritmos biológicos.

"Ao atrasarmos agora uma hora vamos regressar ao ponto mais próximo da hora solar, da qual estamos actualmente desfasados 1h37, devido ao horário de Verão", explica Rui Agostinho, director do Observatório Astronómico de Lisboa, instituição responsável pela hora legal do país. Portugal, ao alinhar-se pelo meridiano de Greenwich tal como acontece com a Grã-Bretanha e Irlanda, está sempre pelo menos 37 minutos desfasado em relação à hora solar e é esta pequena diferença que passaremos a ter a partir de amanhã.

"Se agora não fizéssemos a transição para a hora de Inverno, manter-se-ia um desfasamento de 1h37, mas teríamos os relógios alinhados com a restante Europa Central", que se guia pelo meridiano de Berlim, adianta Rui Agostinho. Isso faria com que só amanhecesse por volta das 9h00 e que sol se pusesse uma hora mais tarde do que amanhã.

Além disso, quando chegasse o Verão e fizéssemos o normal adiantamento da hora, ficaríamos ainda mais desfasados em relação à hora solar (2h37). "Só ficaria céu mesmo escuro à uma da manhã", resume o director do Observatório. Portugal viveu essa experiência entre 1992 e 1996, durante o Governo de Cavaco Silva, mas acabou por voltar atrás devido a um turbilhão de protestos. O problema, invocaram na altura cientistas e médicos, era o facto de o desfasamento em relação à hora solar trocar as voltas ao nosso relógio biológico.

A ligação ao sol

Localizado no cérebro, o relógio biológico do ser humano dita ao organismo os ritmos que afectam o sono, o apetite, os níveis de energia e atenção e outros aspectos da nossa fisiologia. Mas tem um senão. "O nosso ciclo interno tem mais de 24 horas e, para se manter alinhado com o ciclo de rotação da Terra, precisa de um sinal: a luz solar", explica Susana Salgado Pires, especialista em cronobiologia.

"Ora, se durante o Inverno acordarmos antes do nascer do sol, fizermos a nossa rotina matinal quase às escuras e chegarmos ao trabalho ainda de noite, dificilmente o nosso cérebro vai aceitar que é de dia", diz a investigadora, que se doutorou em Biomedicina com o professor inglês Russell Foster, um dos mais conhecidos cientistas na área da cronobiologia.

A contribuir para essa dormência está a melatonina. A chamada "hormona do sono" é segregada por uma glândula cerebral à medida que anoitece, atinge o seu pico na primeira parte da noite (até às duas da manhã) e começa a inibir-se a partir do momento em que a luz aparece.

Ao mudar a hora no Inverno, acrescentamos uma hora de luz a cada manhã, o que, segundo Susana Pires, é "crucial para informar o cérebro de que é dia e, portanto, que deve regular o organismo para fazer face às exigências das 24 horas seguintes". As crianças e os idosos são as faixas da população mais "escravas" destes ritmos biológicos, pois são as mais fiéis ao seu relógio interno, tendendo a acordar quando o sol nasce e a dormir quando se põe.

Contudo, segundo Mário Durval, presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública (ANMSP), o impacto de mudar ou manter a hora actual é relativamente pequeno e seria apenas mais uma adaptação, visto que o ser humano já cortou a sua ligação à hora solar. "Neste momento, estamos completamente escravizados pelo relógio e desregulados em relação ao ritmo do nascer e pôr do sol", constata o presidente da ANMSP.

Também Susana Pires considera que a mudança de hora no Inverno poderia deixar de existir, se houvesse "flexibilidade de horários nas escolas e empresas, de modo a acompanharmos o ciclo solar". Além disso, alguns países europeus, sobretudo os do Norte, que têm muito menos luz solar diária do que Portugal, encontraram formas de compensar a situação - as chamadas "caixas de luz". Compostas por lâmpadas que emitem luz com a mesma intensidade de um dia de sol de Primavera, estas caixas são geralmente usadas ao início do dia para fazer uma espécie de terapia solar.

Por outro lado, zonas como a Galiza aprenderam também a contornar o problema de ter os relógios alinhados com a Europa Central. Embora tenham a mesma hora solar de Portugal, os nossos vizinhos galegos tiveram de alinhar com a hora espanhola e, por extensão, com o resto da Europa. Alguns movimentos nacionalistas da região reivindicaram já uma hora igual à portuguesa, mas nada mudou até agora. "As pessoas adaptaram-se e, apesar de o relógio marcar uma coisa, fazem a sua vida em função do ciclo solar, almoçando às 14h ou 15h e fazendo a sesta a seguir", realça o director do Observatório Astronómico de Lisboa. A experiência do passado

Mas se haveria impactos para o organismo, caso Portugal alinhasse a sua hora com a Europa Central, também há problemas que surgem com a mudança para a hora de Inverno. Ao acordamos uma hora antes do habitual, o nosso organismo é apanhado de surpresa e podem surgir sintomas de fadiga, falta de energia e de atenção e alterações subtis do ritmo cardíaco e da tensão arterial.

Segundo Susana Pires, há vários estudos que mostram que o número de ataques cardíacos, acidentes de trânsito e suicídios aumenta nas semanas seguintes à mudança da hora. Mário Durval reconhece também que o facto de anoitecer mais cedo no Inverno propicia situações de depressão. Contudo, ambos são unânimes em afirmar que se trata de casos excepcionais, que não afectam a generalidade da população. O mesmo parece não ter acontecido quando se ensaiou o alinhamento com a hora central europeia, há mais de uma década.

Entre 1992 e 1996, por sugestão do então ministro do Planeamento e Administração do Território Valente de Oliveira e decisão do executivo de Cavaco Silva, Portugal esteve adiantado uma hora no Inverno e duas horas no Verão em relação ao Tempo Universal Coordenado (que equivale ao tempo indicado pelo meridiano de Greenwich). Só durante a Segunda Guerra Mundial tinha acontecido o mesmo.

As alterações introduzidas nesses anos tinham por objectivo alinhar a hora portuguesa com a dos seus parceiros comunitários, favorecendo os negócios. E, segundo Francisco van Zeller, presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), foi isso que aconteceu: "Nesses anos os negócios com a Europa foram mais fáceis e foi muito mau quando se regressou ao modelo anterior."

Os empresários deixaram de conseguir ir no próprio dia às reuniões matinais em Bruxelas e voltaram a lembrar-se que os telefones dos escritórios europeus deixavam de ser atendidos a partir das 18h portuguesas. "Ficámos novamente com uma janela de negociação diminuída com a Europa", destaca Van Zeller. Mas reconhece: "O que era melhor para os negócios não era para as pessoas."

Aos relatórios que apontavam para uma escala do consumo de medicamentos para o stress somou-se a contestação de pais, professores e pediatras. "As crianças não conseguiam adormecer antes das 22h e, quando deviam estar a dormir, pois ainda era de noite, tinham de ser arrancadas da cama para ir para a escola", lembra Albino Pinto de Almeida, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap).

João Grancho, presidente da Associação Nacional de Professores, recorda que a mudança gerou irritabilidade e desatenção nos mais jovens, e muitos chegavam a adormecer nas aulas. E nem o argumento da poupança energética que o Governo de então foi buscar à história do "nascimento" da mudança horária salvaria a ideia de Valente de Oliveira.

"Uma empresa contratada pela Comissão Europeia mostrou na altura que a poupança de energia que se ganhava ao final do dia se perdia com o aumento do gasto de manhã, porque os trabalhadores esqueciam-se de apagar as luzes nos escritórios, e também pela maior actividade das pessoas ao final do dia, com recurso aos transportes, o que também consumia energia", revela Rui Agostinho.

A experiência de ter a hora portuguesa igual à da Europa Central acabaria por conhecer o seu fim em 1996, com o Governo socialista de António Guterres. E, apesar de as empresas continuarem a querer mais tempo para negociar com a Europa e de os portugueses repetirem todos os anos, por esta altura, a queixa de que perdem horas de sol, ainda ninguém voltou a atrever-se a congelar os ponteiros do relógio.

sexta-feira, outubro 23, 2009

As guerras de Deus e Saramago

Bartoon, Público, 22-10-2009

quinta-feira, outubro 22, 2009

As nossas poéticas despedidas para o trio maravilha

Untitled-200

(c) Maurício Brito

E agora um poema para o trio fantástico, com direito a efígie da sua Anarquista-Mor que deixa o Ministério da Educação...

Chaves na mão, melena desgrenhada

Chaves na mão, melena desgrenhada,
Batendo o pé na casa, a mãe ordena
Que o furtado colchão, fofo e de pena,
A filha o ponha ali ou a criada.

A filha, moça esbelta e aperaltada,
Lhe diz coa doce voz que o ar serena:
- «Sumiu-se-lhe um colchão? É forte pena;
Olhe não fique a casa arruinada…

- «Tu respondes assim? Tu zombas disto?
Tu cuidas que, por ter pai embarcado,
Já a mãe não tem mãos?» E, dizendo isto,

Arremete-lhe à cara e ao penteado.
Eis senão quando (caso nunca visto!)
Sai-lhe o colchão de dentro do toucado!…

Nicolau Tolentino

A nossa despedida ao Ministro da Agricultura



Queríamos dedicar este fantástico soneto ao ex-ministro da Agricultura - adivinhe o leitor porquê...

Vai, mísero cavalo lazarento

Vai, mísero cavalo lazarento,
Pastar longas campinas livremente;
Não percas tempo, enquanto to consente
De magros cães faminto ajuntamento.

Esta sela, teu único ornamento,
Para sinal da minha dor veemente,
De torto prego ficará pendente,
Despojo inútil do inconstante vento.

Morre em paz, que, em havendo algum dinheiro,
Hei-de mandar, em honra de teu nome,
Abrir em negra pedra este letreiro:

«Aqui piedoso entulho os ossos come
Do mais fiel, mais rápido sendeiro,
Que fora eterno, a não morrer de fome».

Nicolau Tolentino

Dia da criação

Para alguns senhores a Terra faz hoje anos - mais exactamente 6.012 anos...

Poema da interrogação

«Deus abençoou o sétimo dia e santificou-o, visto ter sido nesse dia que Ele repousou de toda a obra da criação.»

Génesis

Deus de tudo e do nada, se existes,
uno e trino, suprema omnisciência,
trabalhaste seis dias e resistes
impassível no céu, com paciência;

se em vez da criação numa semana
tivesses operado um mês a eito,
esculpisses o barro com mais gana
e fizesses um mundo mais perfeito;

(repara, por exemplo, vê o homem
que se diz ser à tua semelhança
e que mata e devasta e cria a fome,
em nome do poder e da abastança);

perdoa-me a pergunta impertinente:
existes como O Ser, ou como ente?

Domingos da Mota- Blog Fogo Maduro


ADENDA: recebemos o seguinte comentário do autor deste belo poema:

Caríssimo Fernando Martins,

Vejo que publicou aqui o meu "Poema da interrogação", numa alusão ao Dia da criação, e nos marcadores escreveu:"aldrabices, criacionismo, Domingos da Mota, Fogo Maduro, poesia".
Se ler bem o poema, a começar pelo título e a acabar no seu último verso, verá que ele é atravessado por uma forte carga de ironia, e, ainda que tenha como epígrafe uma passagem do Génesis, é mesmo um poema de interrogação sobre a existência de Deus e sobre o criacionismo, e não de afirmação da sua existência e desse acto criador.
Daí que considero que para defender o que afirma, o poema foi mal escolhido. E mesmo que um poema não precise de explicações, já o poeta não é um desses «senhores» que defende que a Terra só tem a idade que aqui refere.
Com estima,

Domingos da Mota

Queremos assim deixar bem claro que partilhamos os pontos de vista do autor do poema e que a sua brilhante e fina ironia é que nos levou a escolher o poema - não podia ser de outro modo... Os marcadores escolhidos são para a data e para quem nela acredita, não para o Poema.

terça-feira, outubro 20, 2009

O Ildo Lobo dos Tubarões morreu há 5 anos

Ildo Lobo (November 25, 1953October 20, 2004) was a famous Cape Verdean singer. His versatile and melodic voice, commanding stage presence and trademark beret hats made him one of the all time great performers of Cape Verde. Always well-known throughout the Cape Verde Islands, Lobo rose to international fame with his first solo work, “Nôs Morna”, following it with another album “Intelectual”.



segunda-feira, outubro 19, 2009

As comemorações esquecidas pelos republicanos





A infame "camioneta fantasma" usada na Noite Sangrenta para recolher gente a executar...


Hoje passam 88 anos sobre um interessante e revelador episódio sobre o que foi, verdadeiramente, a I República - a Noite Sangrenta. Assim, na leva da morte dessa noite pereceu o chefe do Governo, António Granjo, fuzilado no Arsenal da Marinha, bem como Machado dos Santos, Carlos da Maia e outras personalidades do regime republicano.

Para os que quiserem conhecer este triste evento ou desejarem, de facto, celebrar o regime nascido a 5 de Outubro de 1910, aqui fica uma sugestão de leitura:

domingo, outubro 18, 2009

Espeleomergulho em Portugal - um novo record de distância e profundidade!


Via Blog Profundezas..., aqui fica o link para site (em francês...) com descrição e fotos da aventura...!

Plano de Ordenamento do PNSAC (revisão)

Entre 20 de Março e 03 de Maio de 2007 decorreu o período de Discussão Pública da revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros.

Os interessados puderam, durante esse período, apresentar as observações e sugestões que julgaram pertinentes acerca da proposta de revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros.

Durante o período da discussão pública realizaram-se sete sessões públicas de esclarecimento

Documentos que estiveram disponíveis para consulta durante a Discussão Pública:


Regulamento

(PDF 177Kb) >

Planta de Síntese
A0 - Escala 1:25 000 - Este (PDF 14Mb) >
A0 - Escala 1:25 000 - Oeste (PDF 11Mb) >
A3 - Escala 1:120 000 - (PDF 2Mb) >
Websig * >


Planta Complementar
A0 - Escala 1:25 000 - Este (PDF 12Mb) >
A0 - Escala 1:25 000 - Oeste (PDF 9Mb) >
A3 - Escala 1:120 000 - (PDF 513kb) >
Websig * >

Planta de Condicionantes
A0 - Escala 1:25 000 - Este (PDF 13Mb) >
A0 - Escala 1:25 000 - Oeste (PDF 12Mb) >
A3 - Escala 1:120 000 - (PDF 810kb) >
Websig * >

Plano de Execução (PDF 119kb) >
Relatório Final (PDF 603kb)>
Relatório de Caracterização e Diagnóstico (PDF 538kb)>
Relatório de conformidade com os objectivos da
Rede Natura (PDF 32kb)>

2.ª DISCUSSÃO PÚBLICA DA REVISÃO DO PLANO DE ORDENAMENTO DO PARQUE NATURAL DAS SERRAS DE AIRE E CANDEEIROS - 09.10.2009 A 20.11.2009

A revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros - (POPNSAC) foi concluída em 2007, tendo-se realizado a Discussão Pública no período compreendido entre 20 de Março e 3 de Maio de 2007. A proposta de Plano com o respectivo Relatório de Ponderação foi enviada, durante o ano de 2008, para apreciação da Secretaria de Estado do Ambiente.

Deste processo de apreciação resultaram profundas alterações na proposta de POPNSAC, as quais se verificaram quer ao nível do zonamento (com a redução concertada com o ICNB, I.P., de 9 para 4 áreas de protecção e com a ampliação da área de intervenção específica da indústria extractiva), quer ao nível da regulamentação (fruto da concertação parcialmente realizada em processo legislativo), modificações que representam uma alteração significativa de aspectos que caracterizavam a anterior versão e que, à luz dos critérios enunciados pela jurisprudência administrativa portuguesa, conforme Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo n.º 01159/05 de 21-05-2008, motivam a renovação da fase de discussão pública para garantia do direito dos interessados à pronúncia sobre a mesma e legitimação das opções ora firmadas.


Neste contexto irá realizar-se a 2.ª Discussão Pública do Plano de Ordenamento do PNSAC no período de 09 de Outubro a 20 de Novembro de 2009.


DOCUMENTOS DISPONÍVEIS PARA CONSULTA:

Regulamento

Cartografia Anexo I Regulamento

Planta de Síntese - W

Planta de Síntese - E

Planta de Condicionantes - W

Planta de Condicionantes - E

Parecer da Comissão Técnica de Acompanhamento

Ficha de Participação


Info: ICNB (via Blog Profundezas...)

sábado, outubro 17, 2009

I like Chopin

Para recordar que o compositor polaco Frédéric Chopin morreu há 160 anos (e daqui a meses comemora-se o duplo centenário do seu nascimento...) aqui fica uma música da minha adolescência (roei-vos iconoclastas...):