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quinta-feira, fevereiro 23, 2012

A água é cara? Bebam vinho...

(imagem daqui)

Proposta
Parlamento rejeita beber água da torneira porque sai 30 vezes mais cara


O Conselho de Administração da Assembleia da República manifestou-se, mais uma vez, contra a introdução da água da torneira nas reuniões parlamentares, argumentando que o seu custo é quase 30 vezes superior ao da água engarrafada.

A ideia de acabar com as garrafas de água mineral no Parlamento tem vindo a ser defendida pelo Partido Socialista, como um exemplo contra a produção desnecessária de resíduos. Uma primeira tentativa, em 2010, aplicável a toda a Assembleia da República, recebera um parecer desfavorável do Conselho de Administração.

Em Novembro passado, o PS apresentou uma nova proposta, para servir água da torneira pelo menos nas reuniões da Comissão do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Poder Local. Mas a ideia foi chumbada pela maioria dos deputados na comissão, a qual solicitou, por proposta do PSD, uma avaliação dos custos e benefícios de diversas alternativas para o fornecimento de água.

A conclusão foi enviada há dias aos deputados e brevemente discutida nesta terça-feira na Comissão de Ambiente.

Num documento enviado aos deputados, o Conselho de Administração do Parlamento sustenta que a água engarrafada servida nas reuniões da comissão custa 259,20 euros por mês. Para a água da torneira, o valor a que se chegou foi muito maior. O cálculo incluiu os custos de pessoal “para o enchimento, limpeza, colocação e arrumo dos vasilhames” e chegou à cifra de 2730 euros – cerca de dez vezes o valor para a água mineral. O Conselho de Administração também considerou o custo dos jarros em si, avaliados em 4680 euros – o equivalente a 18 meses de água mineral.

“Face aos encargos evidenciados, o Conselho de Administração pronunciou-se favoravelmente à utilização de água engarrafada, considerando que o respectivo uso, enquanto recurso geológico nacional distribuído por empresas portuguesas, assegura as melhores condições aos utilizadores internos e aos convidados da Assembleia da República, a um custo sem significado financeiro”, conclui o documento.

Para o próximo concurso de fornecimento de água, previsto para Julho, o Conselho de Administração sugere que se exijam garrafas de vidro, reutilizáveis.

Quando apresentou a sua proposta, o PS citou números a dizer que, de Janeiro a Novembro de 2010, consumiram-se no Parlamento 35 mil litros de água mineral, em 45 mil garrafas plásticas de 330 mililitros, duas mil garrafas de litro e meio e 78 mil copinhos de plástico.

O deputado socialista Pedro Farmhouse, autor da iniciativa, estranhou os números agora apresentados pelo Conselho de Administração e levantou a questão na reunião da comissão. "Fiquei surpreendido", afirma, mencionando que não só não há uma explicação concreta de como se chegou àqueles valores, como eles chocam com outros apresentados em 2010 também pela administração da Assembleia da República. "Vou escrever uma carta a pedir esclarecimentos ao Conselho de Administração", refere Pedro Farmhouse.

Em pareceres elaborados em 2010, o custo com a aquisição de 100 jarros - para todas as comissões e para o plenário do Parlamento - estava orçado em 1300 euros. A mudança para a água da torneira implicaria uma redução dos custos directos de cerca de 8800 euros para pouco menos de 1400 euros. Mas a questão da necessidade de encher e lavar os jarros era já nessa altura apontada como um problema.

António Couto dos Santos, presidente do Conselho de Administração da Assembleia da República, explicou que para um serviço destes seria necessário alguém presente nas comissões do Parlamento. “Estas pessoas teriam que ser pagas para estar lá durante o tempo todo da comissão para ir buscar e trazer a água”, disse ao PÚBLICO.

As comissões no Parlamento duram várias horas. Actualmente a empresa que está de apoio às comissões coloca as garrafas e os copos antes de a reunião iniciar. O deputado do PSD referiu ainda as dificuldades práticas se o sistema fosse alterado. “Onde é que iam buscar a água?”, questionou. Naquela região do edifício a água canalizada só existe nas casas de banho, a cozinha está noutro lado da AR, uma terceira alternativa seria a construção de canalização de propósito para abastecer as salas de comissões. “É um absurdo populista que até custa a acreditar que venha de deputados”, resumiu Couto dos Santos. “Se isso é a resolução dos problemas do país? Temos tanto para nos ocupar.”

in Público - ler notícia

NOTA: é ridículo que nos tentem enganar com estas patacoadas - se a crise é para todos, quem está em cima deve começar por dar o exemplo e deixar-se destas desculpas esfarrapadas. E mais não digo para não me arrepender...

terça-feira, setembro 13, 2011

Natália Correia nasceu há 88 anos

Natália Correia retratada por Bottelho

Natália de Oliveira Correia (Fajã de Baixo, São Miguel, 13 de Setembro de 1923Lisboa, 16 de Março de 1993) foi uma intelectual, poetisa e activista social açoriana, autora de extensa e variada obra publicada, com predominância para a poesia. Deputada à Assembleia da República (1980-1991), interveio politicamente ao nível da cultura e do património, na defesa dos direitos humanos e dos direitos das mulheres. Autora da letra do Hino dos Açores. Juntamente com José Saramago (Prémio Nobel de Literatura, 1998), Armindo Magalhães, Manuel da Fonseca e Urbano Tavares Rodrigues foi, em 1992, um dos fundadores da Frente Nacional para a Defesa da Cultura (FNDC).
A obra de Natália Correia estende-se por géneros variados, desde a poesia ao romance, teatro e ensaio. Colaborou com frequência em diversas publicações portuguesas e estrangeiras. Foi uma figura central das tertúlias que reuniam em Lisboa nomes centrais da cultura e da literatura portuguesas nas décadas de 1950 e 1960. Ficou conhecida pela sua personalidade livre de convenções sociais, vigorosa e polémica, que se reflecte na sua escrita. A sua obra está traduzida em várias línguas.


Balada para um Homem na Multidão 

Este homem que entre a multidão
enternece por vezes destacar
é sempre o mesmo aqui ou no japão
a diferença é ele ignorar.


Muitos mortos foram necessários
para formar seus dentes um cabelo
vai movido por pés involuntários
e endoidece ser eu a percebê-lo.


Sentam-no à mesa de um café
num andaime ou sob um pinheiro
tanto faz desde que se esqueça
que é homem à espera que cresça
a árvore que dá dinheiro.


Alimentam-no do ar proibido
de um sonho que não é dele
não tem mais que esse frasco de vidro
para fechar a estrela do norte.
E só o seu corpo abolido
lhe pertence na hora da morte.


in O Vinho e a Lira - Natália Correia

sexta-feira, março 25, 2011

No meio de tanta porcaria, às vezes acontecem coisas úteis e boas

Parlamento revoga avaliação dos professores

Oposição revogou medida do Governo

A oposição parlamentar aprovou hoje a revogação do actual sistema de avaliação de desempenho dos professores, com os votos favoráveis de PSD, PCP, BE, PEV e CDS-PP e contra da bancada do PS e de um deputado social-democrata.

A votação foi antecedida por um debate marcado pelas críticas do PS ao PSD por este ter ontem anunciado que iria juntar-se à restante oposição para pôr um fim a esta medida do Governo

“Hoje cai a máscara do PSD e o que isso significa é o grau zero da responsabilidade e da decência”, acusou Paula Barros, PS. Jorge Lacão, ministro dos Assuntos Parlamentares, também não poupou críticas: “A posição do PSD é um caso de estudo do que pode a demagogia, o oportunismo, a ambição política que não olha a meios”.

A oposição, que esta manhã entregou um texto consensualizado para a revogação da avaliação de desempenho dos professores, congratulou-se com este passo. “Hoje é um bom dia para a escola pública”, disse Ana Drago, do BE.

“Hoje é um dia muito importante para o sistema de ensino. O parlamento tem condições para travar o inferno nas escolas”, afirmou, por seu lado, Pedro Duarte, do PSD.

O decreto-regulamentar governamental foi amplamente criticado durante o debate. Segundo José Manuel Rodrigues, do CDS, “o modelo de avaliação lançou a perturbação e instabilidade nas escolas”. “Um novo modelo só pode ser negociado com liberdade se não existir sobre as escolas a pressão desta avaliação”, considerou, por seu lado, Miguel Tiago, do PCP.

O texto hoje aprovado pelo Parlamento foi preparado pelo PCP, PSD, BE e PEV, sendo que os três primeiros partidos tinham apresentado projectos de lei para revogar o modelo de avaliação de desempenho em vigor.

Miguel Tiago indicou à Lusa que o texto negociado determina a revogação do decreto-regulamentar que define as regras da avaliação de desempenho e o início de negociações entre o Governo e os sindicatos de professores para a definição de um novo modelo, que deverá produzir efeitos a partir do começo do próximo ano lectivo.


NOTA: um intervalo na guerra civil que grassa em muitas escolas - celebremos com música:


ADENDA: o deputado do PSD que votou contra tem nome?

ADENDA 2: parece que foi um deputado chamado Pacheco Pereira:

sexta-feira, março 04, 2011

O chumbo das aldrabices da isabelinha e do lacão na Assembleia via TV


NOTA: folgo em saber que Isabel (Alçada) Vilar tem formação em Direito Constitucional, que os PS é especialista em contas mas não sabe fazer a prova dos nove das mesmas e que, depois de o Presidente tomar posse, há que malhar no ferro enquanto está quente.

Escola Pública & Dignidade: 1 - Governo & PS: 0 (parte 2)

Educação
CNE satisfeito com oposição parlamentar à revisão curricular do Governo

O Conselho Nacional de Educação (CNE) manifestou hoje satisfação por a Assembleia da República impedir a reorganização curricular aprovada pelo Governo e à qual havia dado parecer negativo.


“O CNE considera que a Assembleia da República, ao decidir na linha do parecer que o CNE tomou, de natureza pedagógica, abre um novo caminho para um debate alargado e essencial sobre o currículo”, disse à agência Lusa fonte deste órgão independente, com funções consultivas.

“O CNE fica satisfeito que o seu parecer tenha sido tido em conta”, acrescentou a fonte contactada pela Lusa.

A oposição parlamentar aprovou hoje a cessação de vigência do decreto-lei do Governo que introduz alterações curriculares no ensino básico, com os votos favoráveis de PSD, BE, PCP, PEV e a abstenção do CDS-PP.

O diploma em causa foi publicado em Diário da República a 02 de Fevereiro com entrada em vigor a 01 de Setembro e determinava a eliminação da área de projecto, limitava o estudo acompanhado a alunos com mais dificuldades e reduzia de dois para um o número de professores por turma a leccionar Educação Visual e Tecnológica.

Escola Pública & Dignidade: 1 - Governo & PS: 0

Parlamento
Oposição anula reorganização curricular do Governo

Uma coligação dos partidos da oposição anulou a reorganização curricular determinada pelo Governo. A apreciação parlamentar do PCP que pedia a cessação do decreto em causa foi aprovada, com os votos do PCP, PSD, BE, PEV e com a abstenção do CDS.

Votação idêntica tiveram as apreciações parlamentares apresentadas pelo CDS e BE, mas como sublinhou o Presidente da Assembleia da República a primeira aprovação determinou de imediato a cessação da vigência do decreto que reorganizava os tempos lectivos do segundo e terceiro ciclos do ensino básico.

A bancada do CDS propôs alterações ao diploma, mas já não foram votadas por ter sido aprovada a cessação da vigência do diploma que previa, já a partir do próximo ano lectivo, a extinção da disciplina da Área de Projecto, o fim do par pedagógico (dois professores na sala de aula) em Educação Visual e Tecnológica e a limitação ao estudo acompanhado a alunos com dificuldades.

Acaba assim, mesmo antes de entrar em vigor, o que deveria acontecer a partir de 1 de Setembro próximo. Ontem, durante todo o dia, o Governo acusou a oposição, e sobretudo o PSD, de estar a "sabotar" a "execução orçamental" e de contribuir para o "aumento da despesa pública", ao não permitir que aquele diploma venha a ser aplicado. Foram apresentadas contas pela primeira vez. De manhã, pela ministra Isabel Alçada, em conferência de imprensa. À tarde, na Assembleia da República, pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, e pelo secretário de Estado da Educação, Alexandre Ventura. Com a cessação de vigência, afirmaram, será provocado um acréscimo da despesa em 43 milhões de euros já este ano e de 120 milhões em 2012.

"É uma medida que terá sérias consequências financeiras no equilíbrio das contas públicas", avisou Lacão, durante o debate sobre os pedidos de apreciação parlamentar do diploma apresentados pelo CDS-PP, PCP e BE. Para o Governo, é também uma iniciativa "inconstitucional", uma vez que, argumentaram Alçada, Lacão e Ventura, implica um aumento da despesa, o que se encontrará vedado pelo artigo 167 da Constituição.

Segundo este artigo, os deputados "não podem apresentar projectos de lei, propostas de lei ou propostas de alteração que envolvam, no ano económico em curso, aumento das despesas ou diminuição das receitas do Estado previstas no Orçamento". Ouvido pelo PÚBLICO, o constitucionalista Tiago Duarte considerou que a disposição não se aplica aos pedidos de cessação de vigência que foram apresentados pelo PSD, PCP e BE. "Não é uma questão pacífica, mas neste caso penso que não existe inconstitucionalidade", disse.

Com uma tese de doutoramento precisamente sobre o Orçamento e a lei por detrás dele, Tiago Duarte explicou que os grupos parlamentares que requereram a cessação de vigência "não estão a tomar uma iniciativa legislativa", já que não apresentaram nenhum projecto ou proposta de lei ou de alterações. "Vão aprovar uma cessação de vigência, sem alterações ao diploma, e isso não é uma lei, mas sim apenas uma resolução da Assembleia da República", indicou. Por outro lado, afirmou, com esta iniciativa "não se está a aumentar a despesa, mas apenas a tentar que esta não diminua". Com a revogação do diploma, mantém-se em vigor a situação actual.

A apreciação parlamentar de diplomas aprovados pelo Governo para "efeitos de cessação de vigência ou de alteração" é uma das competências que a Constituição atribui à Assembleia da República. No caso da reorganização curricular, o único partido da oposição que apresentou uma proposta de alteração foi o CDS.


Despedir professores

Ao princípio da noite de ontem, o líder do CDS-PP, Paulo Portas, confirmou que os centristas iriam hoje garantir que a reorganização não fosse por diante. "Não concordamos com a extinção do chamado par pedagógico e defendemos que a Educação Visual e Tecnológica precisa de dois professores", justificou. "Por que é que o Governo não concorda com as nossas propostas? Porque esta reforma não tem como centro o aluno, não tem como fundamento o ensino, nem tem como objectivo o mérito. Se tivesse, o Governo substituía a Área de Projecto por Português e Matemática, mas não o faz porque o único objectivo é poupar 43 milhões de euros", acusou. "Quarenta e três milhões em poucos meses é muito dinheiro. Onde vão poupar?", questionou o deputado do PSD, Pedro Duarte, depois de Alexandre Ventura ter garantido que o seu ministério "vai despedir zero professores". De manhã, Isabel Alçada também garantira que os professores do quadro se irão manter na escolas, mas admitiu que as medidas previstas no diploma irão "naturalmente implicar uma alteração no número de horários que as escolas disponibilizam". Estes horários visam suprir as necessidades das escolas, sendo preenchidos por professores contratados. Actualmente estarão ao serviço cerca de 25 mil.

"Pela primeira vez, a ministra da Educação assumiu que vai despedir professores", frisou Pedro Duarte, acrescentando que as explicações apresentadas confirmam que a principal razão da reorganização curricular "é orçamental e não pedagógica". Quando anunciou, na quarta-feira, que também ia pedir a cessação de vigência do diploma, o PSD apresentou como principal motivo para tal o facto de o Governo se ter recusado a apresentar qualquer fundamentação pedagógica para as soluções defendidas, que se transformam por isso num conjunto de "cortes cegos". Uma acusação também feita pelos deputados Miguel Tiago, do PCP, e Ana Drago, do BE.

"A posição do Governo só pode ser uma: dizer, e dizer em particular ao grupo parlamentar do PSD, que não venha mais doravante exigir ao Governo com o mínimo de credibilidade a diminuição da despesa pública", afirmou Jorge Lacão. Um "aviso solene" que, segundo ele, é ignorado apesar das garantias dadas pelo Ministério da Educação de que a reorganização "não trará prejuízos didácticos".

A reorganização foi contestada por professores e directores e contou com o parecer negativo do Conselho Nacional de Educação, um órgão consultivo do Parlamento.

quarta-feira, janeiro 05, 2011

República das bananas e ética

(imagem daqui)
A ética dos boys

Sol:

O presidente do Conselho de Administração do BPN cancelou a audição que tinha agendado para a próxima sexta-feira, no Parlamento, para prestar esclarecimentos aos deputados sobre a situação do Banco Português de Negócios. Num mail enviado na manhã de hoje à comissão de Orçamento e Finanças, Francisco Bandeira diz que não poderá estar presente, dada a coincidência com um compromisso nos Açores, «há muito assumido».

O Parlamento há muito que deixou de ser uma casa de respeito. Mente-se por lá como quem come tremoços. Ontem, mentiu-se forte e feio e parece que poucos deram por isso.

Por isso não admira que estes "boys" se comportem desta forma.

in portadaloja - post de José

terça-feira, dezembro 21, 2010

José Sócrates, Teixeira dos Santos e um país adiado

(imagem daqui)










(imagem daqui)










quarta-feira, dezembro 08, 2010

A ética republicana e socialista - versão fiscalização dos boys do PS

(imagem daqui)

«Dito & Feito»

Por José António Lima

O PRESIDENTE da PT, Henrique Granadeiro, recusa entregar ao Parlamento o relatório da auditoria feita à actuação de Rui Pedro Soares e Paulo Penedos no caso TVI.

E recusa, sublinhe-se, faltando à palavra e ao compromisso assumido pelo CEO da PT, Zeinal Bava, de facultar essa auditoria à Comissão Parlamentar de Inquérito. Granadeiro alega agora, para sonegar os factos apurados, que são «questões do foro interno» da PT. Não, obviamente não são. São questões de interesse público. E do foro da sociedade portuguesa como um todo, pois ajudam a perceber até que ponto se desenvolveu uma malsã promiscuidade entre o poder político e o poder económico e financeiro. Uma promiscuidade que permitiu (ao que por enquanto se sabe) fazer ascender boys da clientela partidária, como estes Soares e Penedos, a altos cargos de grandes empresas, deixá-los manipularem milhões de euros a seu bel-prazer, porem em prática esquemas para controlar a comunicação social e a liberdade de expressão, etc., etc.

Questões de foro interno da PT?! Granadeiro está muito enganado. E ver-se-á obrigado a perceber que é insustentável manter o encobrimento num caso que exige absoluta transparência cívica. Que é inaceitável caucionar a insalubridade político-empresarial numa questão onde se impõe a mais profiláctica decência democrática.

ASSINALE-SE que a PT beneficiou nas últimas décadas de condições verdadeiramente privilegiadas, por parte do poder político, para exercer a sua actividade - tal como a EDP, a Galp e outras empresas do sector não transaccionável -, em situação de monopólio ou duopólio, impondo os seus preços, as suas taxas, as suas próprias regras de mercado ao país e aos consumidores. Acumularam milhares e milhares de milhões, chamaram a si os maiores talentos universitários e os melhores quadros (com condições de salário, de investigação e de carreira incomportáveis para a maioria das outras empresas - por exemplo, as exportadoras que enfrentam a concorrência internacional), distribuíram prémios milionários.

E, no momento em que se cortam salários, se aumenta a carga fiscal e redobram os sacrifícios para a maioria dos portugueses, a PT recorre à artimanha de antecipar os dividendos aos accionistas para, assim, fugir a pagar 70 ou 80 milhões em impostos.

Cabe, pois, perguntar: quanto valem, nesta altura, para a PT valores como a responsabilidade social, a ética empresarial ou a solidariedade nacional? Estes dois exemplos respondem por si.
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«SOL» de 3 Dez 10- via Blog Sorumbático

domingo, novembro 14, 2010

Uma solução para a maioria dos nossos políticos - e digo desde já que têm a minha benção...


NOTA: eu sabia que o Cântaro Magro iria servir muito mais para além do vale hoje para ambientalistas, escaladores, amantes da serra da Estrela, geólogos e geomorfólogos...

(imagem daqui)

A gaiola das doidas - versão par(a)lamentar




NOTA: noto, com preocupação, a descriminação da bancada parlamentar do Bloco de Esquerda e do Partido Ecologista Os Verdes...




NOTA: zangam-se as comadres, sabem-se as verdades, diz o Povo, e tem toda a razão...

quarta-feira, outubro 27, 2010

A ética republicana e socialista - versão ex-deputado e actual chefe de gabinete de governador civil

Ex-deputado do PS acusado de 19 crimes de corrupção

O Ministério Público acusou um ex-deputado do PS de 23 crimes, dos quais 19 são de corrupção passiva. Carlos Lopes é suspeito de prometer obras a troco de dinheiro para o partido.


Carlos Lopes, ex-deputado do PS pelo círculo de Leiria, foi acusado pelo Ministério Público de 23 crimes, dos quais 19 são de corrupção passiva. Em causa está uma investigação à campanha eleitoral para as eleições autárquicas de 2005 no concelho de Figueiró dos Vinhos. O antigo deputado é acusado pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) de ter invocado aquela qualidade de forma a angariar dinheiro para a campanha eleitoral junto de construtores civis.

Na investigação levada a cabo pela Unidade Nacional Contra a Corrupção da Polícia Judiciária (UNCC) foi apreendida a Carlos Lopes uma lista, escrita em papel timbrado da Assembleia da República, que discriminava os "doadores" e os "não doadores" para a campanha. Isto num esquema, segundo o Ministério Público, de pagamentos "por fora".

De acordo com informações recolhidas pelo DN, o Ministério Público acusa Carlos Lopes - que era dirigente local do PS - de se ter aproveitado do facto de ser deputado para, nos contactos com os construtores civis a quem pediria dinheiro, aludir futuras obras públicas e concursos que iriam ser abertos, como forma de aliciar os empreiteiros.

A investigação apurou ainda que, no final da campanha, os arguidos aperceberam-se de que as contas não batiam certo.

O PS perdeu a autarquia e nos últimos dias de mandato do socialista Fernando Manata, os arguidos terão levado a cabo um esquema que levou a que fosse a autarquia a pagar algumas despesas partidárias. Terá sido assim com despesas de tipografia e com a contratação de um grupo musical. Esta despesa, segundo a acusação, entrou nas contas da Câmara de Figueiró dos Vinho na rubrica "Festas do Concelho".

Contactado pelo DN, o ex-deputado Carlos Lopes, actualmente chefe de gabinete do governador civil de Leira, rejeitou "por inteiro" a acusação do Ministério Público. "Em 2005, não tinha qualquer responsabilidade que me permitisse prometer obras em troca de favores", justificou ainda o Carlos Lopes, manifestando-se "completamente tranquilo e sereno" com a situação. "Quando fui ouvido na Polícia Judiciária, garantiram-me que não havia nenhuma suspeita de que eu tivesse obtido qualquer vantagem pessoal e isso convém sublinhar", declarou, ontem, ao DN o ex-deputado.

quinta-feira, outubro 14, 2010

Vamos ajudar um deputado esfomeado...

O Banco Alimentar Parlamento é já no Sábado




É já no próximo Sábado, pelas 16.00 horas, na cidade do Porto (local a designar), que o Aventar vai promover o seu BANCO ALIMENTAR PARLAMENTO, destinado à recolha de alimentos para o deputado socialista Ricardo Gonçalves, que ainda recentemente confessou com inegável vergonha que o dinheiro não lhe chegava para comer.

Como todos sabem, o Aventar é um blogue de causas sociais. Não de causas fracturantes, como outros, mas de causas sociais. E todos nós, sejamos de Esquerda ou de Direita, preocupamos-nos com os mais pobres, os mais necessitados, aqueles a quem as carências deixam marcas iniludíveis e inultrapassáveis.

E no dia em que soubemos que havia no nosso País um deputado a passar fome, fomos os primeiros, de forma comovida, a mobilizar-nos. Porque um tribuno notável como Ricardo Gonçalves não pode fazer o seu trabalho se não se alimentar correctamente. Não pode exercer com a dignidade que o cargo exige. E quem sofre é Portugal.

Sabemos que os portugueses são solidários. E tudo o que entregarem no Sábado ao BANCO ALIMENTAR PARLAMENTO terá como destino a humilde residência do deputado Ricardo Gonçalves. Não custa muito ajudar. Quem tem alguma coisa deve ajudar quem não tem nada.

O Aventar convida desde já os seus leitores a juntarem-se, no Sábado à tarde, no Porto, a esta cruzada de solidariedade. Da mesma forma, o Aventar convida todos os blogues que se quiserem juntar a nós. Seremos 10, seremos 100, seremos 1000. E nas páginas do Aventar haverá espaço para agradecer a cada um.

No Sábado, vamos todos fazer o bem!

in Aventar - post de Ricardo Santos Pinto


ADENDA: a recolha mudou de local - ver AQUI.

2ª ADENDA: Ricardo Gonçalves (deputado...) deixou um curioso comentário no Aventar - ver AQUI.

domingo, outubro 03, 2010

CCC - Crise, Carros e Camaradas do PS


O novo Mercedes, cuja compra está a causar polémica em tempo de crise, está estacionado na garagem da Presidência do Conselho de Ministros


Miguel Freitas ia para o Algarve num BMW 330 quando o radar disparou entre os nós do Fogueteiro e Coina. Não pagou logo a coima de 120 euros.

NOTA: a crise, quando chega, é para funcionários públicos e pobres, diz Sócrates. Já o deputado do PS Miguel Freitas acha que isso de limites de velocidade é para os outros. Resumindo, todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que os outros.

A ética republicana e socialista - versão deputado do PS Ricardo "Esfomeado" Gonçalves

(imagem daqui)



NOTA: apetece dizer - dá uma esmolinha ao deputado, dá, dá...

 (imagem daqui)

domingo, junho 13, 2010

A ética republicana e socialista - versão Ricardo "Larápio" Rodrigues


Ricardo Rodrigues ainda é deputado

O deputado que furtou dois gravadores aos jornalistas que o entrevistavam continua a comunicar com o país.


Será que alguma vez chegou a passar pela cabeça dos jornalistas a ideia de um blackout a Ricardo Rodrigues? É que a tarefa de divulgar o que o senhor tem para dizer não é propriamente um serviço mínimo.

Na verdade, quem se der ao trabalho de ler o artigo 598 do Código do Trabalho sobre as obrigações durante uma greve reparará que a prestação de serviços mínimos deve assegurar a manutenção da "salubridade pública".

in Expresso - texto de Vasco M. Barreto

quarta-feira, junho 09, 2010

Não roubarás...!?!

Caso dos gravadores: DIAP pediu levantamento da imunidade parlamentar de Ricardo Rodrigues
Ricardo Rodrigues nunca apresentou um pedido de desculpas nem devolveu os gravadores

O pedido de levantamento da imunidade parlamentar de Ricardo Rodrigues já deu entrada no Parlamento. O deputado do PS está disponível para depor no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa no âmbito do caso dos gravadores. Francisco Assis não quer “revalorizar questões episódicas”.


Esta manhã, a comissão de Ética foi informada da entrada do pedido de levantamento de imunidade parlamentar, mas a discussão sobre o assunto foi adiada para a próxima semana. Hoje, os deputados limitaram-se a distribuir o relatório, que será feito por um parlamentar socialista.

O pedido para Ricardo Rodrigues ser ouvido no DIAP, na sequência da queixa-crime apresentada pela revista Sábado (por furto de dois gravadores e atentado contra a liberdade de informação e de imprensa) foi também confirmado pelo líder da bancada do PS, Francisco Assis. Que afirmou ainda que Rodrigues, vice-presidente do grupo socialista, já lhe manifestou a intenção de depor.

Apesar de classificar o acto do socialista como um “acontecimento lamentável”, Assis considera que “não é bom revalorizarmos questões episódicas”. Questionado pelo PÚBLICO sobre se considera o furto um “episódio”, o líder parlamentar afirmou não querer discutir se tratou ou não de um furto e respondeu, em tom indignado: “Interprete as minhas palavras como entender.”

Minutos antes, Assis tinha apontado que, apesar de Rodrigues ter cometido um acto “irreflectido”, é necessário “enquadrá-lo e compreendê-lo”. “Não corresponde a um padrão do comportamento do deputado, não houve premeditação e não corresponde à relação que os grupos parlamentares têm com os jornalistas”, argumentou.

As declarações de Assis foram feitas após uma reunião com membros do Conselho Deontológico (CD) do Sindicato de Jornalistas, na qual esteve também presente a deputada Inês de Medeiros. “Aproveitando este incidente, queremos sensibilizar os partidos para os atentados à liberdade de expressão e informação. Continuamos a deplorar o que aconteceu. Foi um acto completamente condenável”, afirmou Orlando César, presidente do CD, que, na passada sexta-feira, foi recebido pelo grupo parlamentar do CDS.

Esta tarde, o CD reúne ainda com o Bloco de Esquerda. No dia 15, está marcado um encontro com o PSD e resta ainda agendar reuniões com o PCP e com “Os Verdes”.

Na passada semana, refira-se, o CD entregou ao Provedor de Justiça uma queixa contra Rodrigues.

Recorde-se que os dois gravadores ainda não foram devolvidos à sua proprietária, a jornalista Maria Henriques Espada. Quatro dias depois do furto, Ricardo Rodrigues apensou os dois equipamentos a uma providência cautelar interposta contra à Sábado. A providência foi entretanto distribuída para uma das varas cíveis de Lisboa. Mais de um mês depois do incidente, a revista ainda não foi notificada, desconhecendo por isso a localização dos gravadores.