sexta-feira, janeiro 29, 2021

O sogro da Europa morreu há 115 anos

 
Cristiano IX
(Gottorp, Schleswig, 8 de abril de 1818 - Copenhaga, 29 de janeiro de 1906) foi Rei da Dinamarca desde 1863 a 1906.

Era o quarto filho de Frederico Guilherme, Duque de Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg e da Princesa Luísa Carolina de Hesse. Através da mãe, era bisneto do rei Frederico V da Dinamarca, trineto de Jorge II do Reino Unido e descendente de vários outros monarcas, embora sem pretensões directas a nenhum trono europeu.
Através do pai, Cristiano era um membro de um ramo menor da Casa de Oldenburg, descendente directo por via masculina de Cristiano III da Dinamarca e um descendente de Helwig de Schauenburg, condessa de Oldenburg, mãe de Cristiano I da Dinamarca, a herdeira (através da lei semi-sálica) do seu irmão Adolfo, o último Schauenburg Duque de Scheleswig e conde de Holstein. Portanto, Cristiano era passível de suceder nos ducados de Schleswig-Holstein, embora ocupasse um lugar remoto na sucessão.
Cristiano cresceu na Dinamarca e foi educado na Academia Militar de Copenhaga. Foi pretendente à mão da Rainha Vitória do Reino Unido, e em 1842 acabou por casar com Luísa de Hesse-Kassel, uma sobrinha do Rei Cristiano VIII da Dinamarca.
Em 1847 foi escolhido, com a bênção das grandes potências europeias, como herdeiro presuntivo do trono dinamarquês ocupado por Cristiano VIII, já que o seu filho (o futuro Frederico VII da Dinamarca) parecia incapaz de produzir descendência. O seu casamento foi importante nesta escolha, já que a sua mulher, enquanto sobrinha do rei, estava mais próxima do trono do que o marido. Sucedeu no trono em 15 de novembro de 1863, após a morte de Frederico VII.
Depois de se tornar rei, enfrentou uma crise sobre a posse e o estatuto de Schleswig e Holstein, duas províncias no sul da Dinamarca, quando assinou, sob pressão, a Constituição de Novembro, um tratado que fez de Schleswig parte da Dinamarca. Isto resultou numa breve guerra entre a Dinamarca e a aliança Austro-Prussiana em 1864. Esta guerra foi desfavorável à Dinamarca e levou à anexação de Schleswing e Holstein à Prússia em 1865.
Devido à Lei Sálica, a sucessão de Frederico VII, que não tinha filhos, tornou-se uma questão complicada que levou a vários conflitos.
As tendências nacionalistas na parte germanófona de Schleswig-Holstein fizeram com que nenhuma solução que mantivesse a união dos dois ducados com a Dinamarca fosse satisfatória para eles e para vários elementos na Alemanha. Estes ducados haviam sido herdados através da lei sálica por descendentes de Helwig de Schauenburg, sendo que a seguir a Frederico VII na linha de sucessão estava Frederico, Duque de Augustenburg (1829-1880). Este auto proclamou-se Frederico VIII de Schleswig-Holstein em 1863 e tornou-se o símbolo da independência pró-alemã nos ducados. No entanto, depois de o seu pai ter abdicado dos direitos sucessórios por dinheiro após o Protocolo de Londres em 1852, não era considerado elegível como rei pela a maioria dos Dinamarqueses.
Na Dinamarca também vigorava a Lei Sálica, mas apenas entre os descendentes de Frederico III da Dinamarca, o primeiro rei a suceder por via hereditária (anteriormente os monarcas eram oficialmente eleitos). A sua descendência por via masculina extinguiu-se após a morte de Frederico VII, a partir de quando passou a vigorar uma lei sucessória semi-sálica promulgada por Frederico III. Havia no entanto dúvidas de interpretação da lei relativamente a quem herdaria a coroa. O problema foi resolvido com uma eleição e uma nova lei a confirmar o sucessor.
As parentes femininas mais próximas de Frederico VII eram as descendentes da sua tia paterna, Luísa, que casara na família de Hesse. Contudo, não eram descendentes agnáticos da família real e eram portanto não elegíveis para a sucessão em Schleswig-Holstein.
A herdeira dinástica de acordo com a antiga primogenitura de Frederico III era Carolina da Dinamarca (1793-1881), a filha mais velha de Frederico VI da Dinamarca, e depois a sua irmã Guilhermina (1808-1891). Nenhuma tinha filhos. Ter-se-ia seguido Luísa, a irmã de Frederico VI, cujo descendente era o acima referido Frederico de Augustenborg.
Alguns direitos pertenciam ainda a um ramo menor da família real, descendentes de uma filha de Frederico V, elegíveis para suceder em Schleswig-Holstein. Entre estes estavam o próprio Cristiano e os seus dois irmãos mais velhos, um deles sem filhos e o outro com descendência masculina.
O Príncipe Cristiano tinha sido adoptado como "neto" pelo rei Frederico VI e Rainha Maria Sofia Frederica de Hesse, que não tinham filhos varões. Ele estava por tanto familiarizado com a corte e as tradições dos monarcas mais recentes. Cristiano era sobrinho-neto da rainha Maria e descendia de uma prima direita de Frederico VI. Fora criado Dinamarquês e não estava ligado ao nacionalismo alemão, o que fazia dele um bom candidato aos olhos dinamarqueses. No entanto, apesar de ser elegível para suceder, estava numa posição afastada na linha de sucessão.
Cristiano casou com Luísa de Hesse-Kassel, a filha mais velha do filho mais velho da parente feminina mais próxima de Frederico VII. O pai e os irmãos de Luísa renunciaram aos seus direitos sucessórios em favor dela e do seu marido. A mulher do príncipe Cristiano era agora a herdeira mais próxima de Frederico VII. Este casamento cimentou a sua posição como herdeiro do trono dinamarquês.
  
O sogro da Europa
Cristiano IX e Luísa de Hesse tiveram um casamento bem sucedido, e os seus seis filhos realizaram casamentos notáveis em várias casas reais europeias, sendo avós de cinco monarcas europeus. Hoje em dia, a maioria das casas reais, reinantes e não reinantes, descendem de Cristiano IX.
Os seus filhos foram:
     


  

Gomes Leal morreu há um século

 
António Duarte Gomes Leal
(Lisboa, 6 de junho de 1848 - Lisboa, 29 de janeiro de 1921) foi um poeta e crítico literário português.
  
 
(...)
    
Nasceu na praça do Rossio, freguesia da Pena, em Lisboa, filho natural de João António Gomes Leal (m. 1876), funcionário da Alfândega, e de Henriqueta Fernandina Monteiro Alves Cabral Leal.
Frequentou o Curso Superior de Letras, mas não o concluiu, empregando-se como escrevente de um notário de Lisboa. Durante a sua juventude assumiu pose de poeta boémio, satânico e janota, mas com a morte da sua mãe, em 1910, caiu na pobreza e converteu-se ao catolicismo. Vivia da caridade alheia, chegando a passar fome e a dormir ao relento, em bancos de jardim, como um vagabundo, tendo uma vez sido brutalmente agredido pela canalha da rua. No final da vida, Teixeira de Pascoaes e outros escritores lançaram um apelo público para que o Estado lhe atribuísse uma pensão, o que foi conseguido, apesar de diminuta.
Foi um dos fundadores do jornal "O Espectro de Juvenal" (1872) e do jornal "O Século" (1880), tendo colaborado também na Gazeta de Portugal, Revolução de Setembro e Diário de Notícias. Tem ainda colaboração na revista ilustrada Nova Silva (1907) e outras publicações periódicas, nomeadamente: a Revista de arte e de crítica (1878-1879), O Berro (1896), Branco e Negro (1896-1898), Brasil-Portugal (1899-1914), A Corja (1898), Galeria republicana (1882-1883), A imprensa (1885-1891), Jornal de domingo (1881-1888) A leitura (1894-1896), A Mulher (1879), As Quadras do Povo (1909), Ribaltas e Gambiarras (1881), O Thalassa (1913-1915), Argus (1907), O Xuão (1908-1910), Lusitânia (1914), Revista de turismo iniciada em 1916, no periódico O Azeitonense (1919-1920) e no jornal Miau! (1916). A sua obra insere-se nas correntes ultra-romântica, parnasiana, simbolista e decadentista
Em 1933 a Câmara Municipal de Lisboa homenageou o poeta dando o seu nome a uma rua no Bairro do Arco do Cego, na freguesia do Areeiro.
   

   

  

A Rainha de Kachmir

O vestido de noivado
da rainha de Kachmir
era a diamantes bordado,
como luar num terrado!...
Parecia o Céu estrelado,
ou a visão de um faquir,
o vestido de noivado
da rainha de Kachmir.

Se é a Via Láctea, em suma,
não há olhar que destrince!...
Nenhuma vista, nenhuma
jurará se é neve ou pluma,
se é leite, ou astro, ou espuma,
nem o próprio olhar do Lince...
Se é a Via Láctea, em suma,
não há olhar que destrince!

Levava, nas mãos patrícias,
leque de rendas e sândalo...
Oh! que mãozinhas... delícias
para amimar com blandícias,
para beijar com carícias
,que adorariam um Vândalo...
Levava, nas mãos patrícias,
leque de rendas e sândalo.

Cor da lua, os sapatinhos
eram mais subtis que o leque!...
Seu manto, púrpura e arminhos,
não rojava nos caminhos,
pois sua cauda, aos saltinhos,
levava-a um núbio muleque.
Cor da lua, os sapatinhos
eram mais subtis que o leque!

Eis que, no meio da boda,
entrou um moço estrangeiro...
Calou-se a alegria doida
da grande assembleia, em roda!
E a brilhante sala toda
fitou o jovem romeiro.
Eis que, no meio da boda,
entrou um moço estrangeiro...

Pegou no copo, com graça,
e brindou, em língua estranha...
E a rainha, a vista baça,
como a um punhal que a trespassa,
encheu de prantos a taça,
e o seu lenço de Bretanha...
Chorou baixinho, ao ouvir, com graça,
esse brinde, em língua estranha!

Encheu de pranto o vestido,
encheu de pranto os anéis...
E, sem soltar um gemido,
chorou, num pranto sumido,
o seu passado perdido,
os seus amores tão fiéis!...
Encheu de pranto o vestido,
encheu de pranto os anéis.

Quem era o moço viajante
Que fez turbar a rainha?...
Era o seu primeiro amante,
tão leal e tão constante,
que, do seu reino distante,
brindar ao Passado vinha...
Tal era o moço viajante,
que fez turbar a rainha.

Saudades de amor quebrado
fazem lágrimas cair!
Por um brinde ao amor passado,
ficou de pranto alagado
o vestido de noivado
da rainha de Kachmir.
Saudades de amor quebrado
fazem lágrimas cair!...
 
   
Gomes Leal

O ator e diretor Edward Burns faz hoje 53 anos

  
Edward J. Burns Jr. (Woodside, Queens County, 29 de janeiro de 1968) é um ator e diretor americano. Trabalhou no programa de TV norte-americano Entertainment Tonight antes de iniciar a sua carreira como ator e diretor.

Álex Ubago faz hoje quarenta anos

  
Alejandro Martínez de Ubago Rodríguez (Vitoria, 29 de enero de 1981), conocido como Álex Ubago, es un cantautorespañol de música pop, quien se dio a conocer en 2001 con la publicación de su álbum debut ¿Qué pides tú? del cual se desprende el tema «Sin miedo a nada» a dueto con Amaia Montero. También fue integrante del trío musical Alex, Jorge y Lena, también conformado por los cantantes Jorge Villamizar y Lena Burke, y cuyo primer sencillo fue el tema «Estar contigo».
  

 


Adam Lambert faz hoje 39 anos

  
Adam Mitchel Lambert (Indianápolis, 29 de janeiro de 1982) é um cantor, compositor e ator dos Estados Unidos. Em maio de 2009 ele terminou no segundo lugar na oitava temporada do famoso programa American Idol. Lambert lançou o seu primeiro disco, For Your Entertainment, em 23 de novembro de 2009, vendendo 198 mil cópias só na primeira semana. Em 15 de maio de 2012, Lambert lançou o seu segundo álbum de inéditas, Trespassing, que estreou no primeiro lugar da lista Billboard 200, tornando-se o primeiro homossexual assumido a conseguir este feito.
Desde 2011 Adam participa de shows ao lado dos músicos remanescentes da banda Queen, Brian May e Roger Taylor onde formam o grupo "Queen + Adam Lambert".
Em 2014 e 2015 o supergrupo esteve em turnê mundial que começou pela América do Norte, em 2014, e que se estendendo até à Austrália, Nova Zelândia e Ásia. Em 2015 a turnê chegou à Europa e no dia 18 de setembro de 2015, o supergrupo apresentou-se a um público de 100 mil pessoas relembrando os maiores sucessos do Queen, após 30 anos da apresentação da banda no primeiro festival de música Rock in Rio, no Brasil. 
   

  


Zeca Afonso despediu-se do seu público há 38 anos

(imagem daqui)
  
Foi no dia 29 de janeiro de 1983 - passam hoje 38 anos sobre o último grande concerto de Zeca Afonso, já fortemente debilitado pela doença degenerativa que o matou, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. Com todos os amigos a ajudar (os manos Salomé, Fausto, Júlio Pereira, Sérgio Godinho e muitos outros...) fez história nessa noite.

Recordemos a data com uma sua música, um Fado de Coimbra que foi usado como uma pungente e triste despedida:
 

 

Balada do Outono - José Afonso

 
Aguas passadas do rio
Meu sono vazio
Não vão acordar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
 
Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Águas das fontes calai
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
 
Águas das fontes calai
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Águas das fontes calai
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
 
Águas do rio correndo
Poentes morrendo
P'ras bandas do mar
Águas das fontes calai
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
 
Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Águas das fontes calai
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
 
Águas das fontes calai
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Águas das fontes calai
Óh, ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar

Willie Dixon morreu há 29 anos

  
Willie Dixon (Vicksburg, Mississippi, 1 de julho de 1915 - Burbank, Califórnia, 29 de janeiro de 1992) foi um baixista, cantor, compositor e produtor musical norte-americano, sendo um dos nomes mais importantes do blues, foi uma das inspirações para uma nova geração de músicos, surgida com o rock and roll.
As suas canções foram interpretadas por bandas e músicos como Led Zeppelin, Bob Dylan, The Rolling Stones, The Doors, The Allman Brothers Band, Grateful Dead e Megadeth.
  

  


O poeta Egito Gonçalves morreu há vinte anos...

    
José Egito de Oliveira Gonçalves (Matosinhos, 8 de abril de 1920 - Porto, 29 de janeiro de 2001), mais conhecido por Egito Gonçalves, foi um poeta, editor e tradutor. Publicou os primeiros livros na década de 1950. Teve como actividade profissional a administração de uma editora. A sua intensa actividade de divulgação cultural e literária concretizou-se, a partir dos anos 50, na fundação e/ou direcção de diversas revistas literárias, como A Serpente (1951), Árvore (1952-54), Notícias do Bloqueio (1957-61), Plano (1965-68, publicada pelo Cineclube do Porto) e Limiar. Em 1977 foi-lhe atribuído o Prémio de Tradução Calouste Gulbenkian, da Academia das Ciências de Lisboa pela selecção de Poemas da Resistência Chilena e, em 1985, recebeu o Prémio Internacional Nicola Vaptzarov, da União de Escritores Búlgaros. Em 1995 obteve o Prémio de Poesia do Pen Clube, o Prémio Eça de Queirós e o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores com o livro E No Entanto Move-se. A sua obra encontra-se traduzida em francês, polaco, búlgaro, inglês, turco, romeno, catalão e castelhano. Faleceu em 2001, e o seu último livro, Entre Mim e a Minha Morte Há Ainda um Copo de Crepúsculo, foi editado cinco anos depois.
 

Notícias do Bloqueio
  
  
Aproveito a tua neutralidade,
o teu rosto oval, a tua beleza clara,
para enviar notícias do bloqueio
aos que no continente esperam ansiosos.

Tu lhes dirás do coração o que sofremos
nos dias que embranquecem os cabelos...
tu lhes dirás a comoção e as palavras
que prendemos – contrabando – aos teus cabelos.

Tu lhes dirás o nosso ódio construído,
sustentando a defesa à nossa volta
- único acolchoado para a noite
florescida de fome e de tristezas.

Tua neutralidade passará
por sobre a barreira alfandegária
e a tua mala levará fotografias,
um mapa, duas cartas, uma lágrima...

Dirás como trabalhamos em silêncio,
como comemos silêncio, bebemos
silêncio, nadamos e morremos
feridos de silêncio duro e violento.

Vai pois e noticia com um archote
aos que encontrares de fora das muralhas
o mundo em que nos vemos, poesia
massacrada e medos à ilharga.

Vai pois e conta nos jornais diários
ou escreve com ácido nas paredes
o que viste, o que sabes, o que eu disse
entre dois bombardeamentos já esperados.

Mas diz-lhes que se mantém indevassável
o segredo das torres que nos erguem,
e suspensa delas uma flor em lume
grita o seu nome incandescente e puro.

Diz-lhes que se resiste na cidade
desfigurada por feridas de granadas
e enquanto a água e os víveres escasseiam
aumenta a raiva
 ..........................e a esperança reproduz-se



   
Egito Gonçalves

quinta-feira, janeiro 28, 2021

António Feliciano de Castilho nasceu há 221 anos

 

  
António Feliciano de Castilho, 1.º Visconde de Castilho, (Lisboa, 28 de janeiro de 1800 - Lisboa, 18 de junho de 1875) foi um escritor romântico português, polemista e pedagogista, inventor do Método Castilho de leitura. Em consequência de sarampo perdeu a visão quase completamente aos 6 anos de idade. Licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra. Viveu alguns anos em Ponta Delgada, Açores, onde exerceu uma grande influência entre a intelectualidade local. Contra ele se rebelou Antero de Quental (entre outros jovens estudantes coimbrões) na célebre polémica do Bom-Senso e Bom-Gosto, vulgarmente chamada de Questão Coimbrã, que opôs os jovens representantes do realismo e do naturalismo aos vetustos defensores do ultra-romantismo.
   
     
OS TREZE ANOS
(Cantilena)


Já tenho treze anos,
que os fiz por Janeiro:
Madrinha, casai-me
com Pedro Gaiteiro.

Já sou mulherzinha,
já trago sombreiro,
já bailo ao Domingo
com as mais no terreiro.

Já não sou Anita,
como era primeiro;
sou a Senhora Ana,
que mora no outeiro.

Nos serões já canto,
nas feiras já feiro,
já não me dá beijos
qualquer passageiro.

Quando levo as patas,
e as deito ao ribeiro,
olho tudo à roda,
de cima do outeiro.

E só se não vejo
ninguém pelo arneiro,
me banho co’as patas
Ao pé do salgueiro.

Miro-me nas águas,
rostinho trigueiro,
que mata de amores
a muito vaqueiro.

Miro-me, olhos pretos
e um riso fagueiro,
que diz a cantiga
que são cativeiro.

Em tudo, madrinha,
já por derradeiro
me vejo mui outra
da que era primeiro.

O meu gibão largo,
de arminho e cordeiro,
já o dei à neta
do Brás cabaneiro,

dizendo-lhe: «Toma
gibão, domingueiro,
de ilhoses de prata,
de arminho e cordeiro.

A mim já me aperta,
e a ti te é laceiro;
tu brincas co’as outras
e eu danço em terreiro».

Já sou mulherzinha,
já trago sombreiro,
já tenho treze anos,
que os fiz por Janeiro.

Já não sou Anita,
sou a Ana do outeiro;
Madrinha, casai-me
com Pedro Gaiteiro.

Não quero o sargento,
que é muito guerreiro,
de barbas mui feras
e olhar sobranceiro.

O mineiro é velho,
não quero o mineiro:
Mais valem treze anos
que todo o dinheiro.

Tão-pouco me agrado
do pobre moleiro,
que vive na azenha
como um prisioneiro.

Marido pretendo
de humor galhofeiro,
que viva por festas,
que brilhe em terreiro.

Que em ele assomando
co’o tamborileiro,
logo se alvorote
o lugar inteiro.

Que todos acorram
por vê-lo primeiro,
e todas perguntem
se ainda é solteiro.

E eu sempre com ele,
romeira e romeiro,
vivendo de bodas,
bailando ao pandeiro.

Ai, vida de gostos!
Ai, céu verdadeiro!
Ai, Páscoa florida,
que dura ano inteiro!

Da parte, madrinha,
de Deus vos requeiro:
Casai-me hoje mesmo
com Pedro Gaiteiro.

Roberto Ivens morreu há 123 anos

   
Roberto Ivens (São Pedro, Ponta Delgada, 12 de julho de 1850 - Dafundo, Oeiras, 28 de janeiro de 1898), filho de pai inglês e de mãe açoriana, foi um oficial da Armada, português, administrador colonial e explorador do continente africano.
   
(...)
    
Concluiu o curso de Marinha em 1870, com apenas 20 anos, com as mais elevadas classificações. Frequentou, em 1871, a Escola Prática de Artilharia Naval, partindo em setembro desse ano para a Índia, pelo Canal do Suez, integrado na guarnição da corveta Estefânia, onde é feito guarda-marinha.
A partir de 1872 inicia contactos regulares com Angola. A 10 de outubro de 1874, completa os três anos de embarque nas colónias. Regressando a Portugal, em janeiro de 1875 faz exame para segundo tenente fora da barra de Lisboa. Em abril de 1875, segue na corveta Duque da Terceira para São Tomé e Príncipe e daqui para os portos da América da Sul. Regressando em abril de 1876, parte no mesmo mês, no Índia, para Filadélfia, com produtos portugueses para a Exposição Universal daquela cidade.
Após o regresso da grande viagem de exploração, Roberto Ivens, por motivos de saúde, abandona o mar, passando a prestar colaboração cartográfica na Sociedade de Geografia de Lisboa e na execução de trabalhos relacionados com África, sobretudo Angola, no Ministério da Marinha e Ultramar.
Foi nomeado, por Decreto de 8 de maio de 1890, oficial às ordens da Casa Militar de El-Rei D. Carlos. Em 1891 colabora na constituição de um instituto ultramarino do qual viria a ser vogal da direcção. Por Decreto de 20 de dezembro 1892, foi colocado no quadro da Comissão de Cartografia, como vogal permanente. Por Decreto de 27 de abril de 1893, foi transferido para o cargo de ajudante-de-campo do rei.
Em 1895 foi feito Oficial da Ordem Militar de Avis e por Decreto de 17 de outubro nomeado secretário da Comissão de Cartografia, cargo que manterá até ao ano seguinte. O topo da sua carreira na Marinha foi alcançado a 7 de dezembro de 1895, com a promoção a capitão-de-fragata.
   
Explorações em África
Ao regressar a Lisboa, soube do plano governamental de exploração científica no interior africano, destinado a explorar os territórios entre as províncias de Angola e Moçambique e, especialmente, a efectuar um reconhecimento geográfico das bacias hidrográficas do Zaire e do Zambeze. Foi, de imediato, oferecer-se para nela tomar parte. Como, porém, a decisão demorasse, pediu para ir servir na estação naval de Angola. Aproveitou esta estadia para fazer vários reconhecimentos, principalmente no rio Zaire, levantando uma planta do rio entre Borud e Nóqui.
Por Decreto de 11 de maio de 1877 foi nomeado para dirigir a expedição aos territórios compreendidos entre as províncias de Angola e Moçambique e estudar as relações entre as bacias hidrográficas do Zaire e do Zambeze. Na mesma data foi promovido a primeiro tenente.
De 1877 a 1880, ocupou-se com Hermenegildo Capelo e, em parte, com Serpa Pinto, na exploração científica de Benguela às Terras de Iaca. No regresso, é feito Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e é nomeado a 19 de agosto de 1880 vogal da Comissão Central de Geografia. Por Decreto de 19 de janeiro de 1882, foram-lhe concedidas honras de oficial às ordens e a 28 de julho foi nomeado para proceder à organização da carta geográfica de Angola.
Em 19 de abril de 1883, é nomeado vogal da comissão encarregada de elaborar e publicar uma colecção de ca  rtas das possessões ultramarinas portuguesas. Por portaria de 28 de novembro do mesmo ano foi encarregado de proceder a reconhecimentos e explorações necessários para se reunirem os elementos e informações indispensáveis a fim de se reconstruir a carta geográfica de Angola.
Face às mais que previsíveis decisões da Conferência de Berlim era preciso demonstrar a presença portuguesa no interior da África austral, como forma de sustentar as reivindicações constantes do mapa cor-de-rosa entretanto produzido. Para realizar tão grande façanha, são nomeados Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens.
Feitos os preparativos, a grande viagem inicia-se em Porto Pinda, no sul de Angola, em Março de 1884. Após uma incursão de Roberto Ivens pelo rio Curoca, a comitiva reúne-se, de novo, desta vez em Moçamedes, para a partida definitiva, a 29 de abril daquele ano.
Foram 14 meses de inferno no interior africano, durante os quais, a fome, o frio, a natureza agreste, os animais selvagens, a mosca tsé-tsé, puseram em permanente risco a vida dos exploradores e comitiva. As constantes deserções e a doença e morte de carregadores aumentavam o perigo e a incerteza. Só de uma vez, andaram perdidos 42 dias, por terrenos pantanosos, sob condições meteorológicas difíceis, sem caminhos e sem gente por perto. Foram dados como mortos ou perdidos, pois durante quase um ano não houve notícias deles.
Ao longo de toda a viagem, Roberto Ivens escreve, desenha, faz croquis, levanta cartas; Hermenegildo Capelo recolhe espécimes de plantas, rochas e animais.
A 21 de junho 1885, a expedição chega finalmente a Quelimane, em Moçambique, cumpridos todos os objectivos definidos pelo governo.
Na viagem foram percorridas 4500 milhas geográficas (mais de 8.300 km), 1.500 das quais por regiões ignotas, tendo-se feito numerosas determinações geográficas e observações magnéticas e meteorológicas.
Estas expedições, para além de terem permitido fazer várias determinações geográficas, colheitas de fósseis, minerais e de várias colecções de história natural, tinham como objectivo essencial afirmar a presença portuguesa nos territórios explorados e reivindicar os respectivos direitos de soberania, já que os mesmos se incluíam no famoso mapa cor-de-rosa que delimitava as pretensões portuguesas na África meridional.
   
Honra e glória
Finda a viagem de exploração, Roberto Ivens e Hermenegildo Capelo foram recebidos como heróis em Lisboa, a 16 de setembro de 1885. O próprio rei D. Luís dirigiu-se ao cais para os receber em pessoa e os condecorar à chegada. O rio Tejo regurgitava de embarcações. Nunca se havia visto tamanho cortejo fluvial. Acompanhados pelo rei foram conduzidos ao Arsenal da Marinha para as boas vindas, com Lisboa a vestir-se das suas melhores galas para os receber. Foram oito dias de festas constantes, com colchas nas varandas, iluminação, fogos de artifício, recepções, almoços, jantares e discursos sobre a heróica viagem.
Mais tarde, o Porto não quis ficar atrás, excedendo-se em manifestações de regozijo e recepções. E no estrangeiro, Madrid esmerou-se em festas, conferências, recepções e condecorações; em Paris é-lhes conferida a Grande Medalha de Honra.
Em Ponta Delgada, por iniciativa de Ernesto do Canto sucederam-se as manifestações em honra do herói. O dia 6 de dezembro de 1885 foi o escolhido para as solenidades. As ruas da cidade encheram-se de gente de todas as condições sociais. Cada profissão, cada instituição se incorporou no cortejo cívico com os seus pendões. Não faltaram as bandas de música e os discursos. Expressamente para esse dia foi composto o número único do jornal Ivens e Capelo e foi executado um Hino a Roberto Ivens, com letra de Manuel José Duarte e música de Quintiliano Furtado.
Roberto Ivens faleceu no Dafundo, Oeiras, em 28 de janeiro de 1898, deixando viúva e três filhos que, por decreto de D. Carlos, continuariam a receber o subsídio que havia sido atribuído ao pai. O enterro, a 29 de janeiro, foi uma grande manifestação de pesar nacional. A urna, de mogno, estava coberta com a bandeira nacional. O segundo tenente Ivens Ferraz conduzia o bicórnio e a espada do falecido, envolta em crepe. Sobre a urna, três coroas de flores. No largo do Cemitério de Carnaxide prestou as honras fúnebres uma força de 160 praças do corpo de marinheiros, com a respectiva charanga, e junto do jazigo, o Ministro da Marinha proferiu o elogio fúnebre.
Por todo Portugal existem dezenas de ruas com o nome de Roberto Ivens. Ponta Delgada prestou-lhe também a devida homenagem, erguendo um busto inicialmente colocado no Relvão e transferido, por decisão camarária de 1950, para a "Avenida Roberto Ivens", que começou a ser aberta com a demolição do muro da cerca do Convento da Esperança, em 7 de abril de 1886. Em Ponta Delgada, bem próximo do lugar do seu nascimento, funciona a Escola Básica Integrada Roberto Ivens.
    

Há 113 anos houve uma tentativa de golpe de estado republicana

  
O Golpe do Elevador da Biblioteca, ou a Intentona do Elevador, ou ainda o Golpe de 28 de janeiro de 1908, foi uma tentativa de golpe de estado, visando a proclamação da República, levada a cabo pelo Partido Republicano Português de parceria com a Dissidência Progressista, como reação contra o anunciado fim da ditadura administrativa de João Franco e a consequente ameaça de ascensão política do Partido Regenerador-Liberal daquele. Embora o golpe tenha sido gorado por ação preventiva do governo, este falhou em eliminar todos os focos de conspiração, do que resultou, em questão de dias, a execução da ação que previa a eliminação física do monarca: o Regicídio, em consequência do qual, embora a mudança de regime em si não tenha sido efetuada, o afastamento do rei e de João Franco puseram termo à reforma da monarquia, mantendo a mesma instabilidade até aí crescente e que levaria à proclamação da República em consequência do golpe seguinte.
   

William Butler Yeats morreu há 81 anos

 
William Butler Yeats, muitas vezes apenas designado por W.B. Yeats, (Dublin, 13 de junho de 1865 - Menton, França, 28 de janeiro de 1939) foi um poeta, dramaturgo e místico irlandês. Atuou ativamente no Renascimento Literário Irlandês e foi co-fundador do Abbey Theatre.
As suas obras iniciais eram caracterizadas por uma tendência romântica, exuberante e fantasiosa, que transparece no título da sua colectânea de 1893, The Celtic Twilight ("O Crepúsculo Celta"). Posteriormente, por volta dos seus 40 anos, e como resultado da sua relação com poetas modernistas, como Ezra Pound, e também do seu envolvimento activo no nacionalismo irlandês, o seu estilo torna-se mais austero e moderno.
Foi também senador irlandês, cargo que exerceu com dedicação e seriedade. Foi galardoado com o Prémio Nobel de Literatura de 1923. O Comité de entrega do Prémio justificou a sua decisão pela "sua poesia sempre inspirada, que através de uma forma de elevado nível artístico dá expressão ao espírito de toda uma nação." Em 1934 compartilhou o Prémio Gothenburg para poesia com Rudyard Kipling.

  

  
Two Songs of a Fool
 
 
I

A speckled cat and a tame hare
Eat at my hearthstone
And sleep there;
And both look up to me alone
For learning and defence
As I look up to Providence.

I start out of my sleep to think
Some day I may forget
Their food and drink;
Or, the house door left unshut,
The hare may run till it’s found
The horn’s sweet note and the tooth of the hound.

I bear a burden that might well try
Men that do all by rule,
And what can I
That am a wandering witted fool
But pray to God that He ease
My great responsibilities?
 
 
II
  
I slept on my three-legged stool by the fire,
The speckled cat slept on my knee;
We never thought to enquire
Where the brown hare might be,
And whether the door were shut.
Who knows how she drank the wind
Stretched up on two legs from the mat,
Before she had settled her mind
To drum with her heel and to leap:
Had I but awakened from sleep
And called her name she had heard,
It may be, and had not stirred,
That now, it may be, has found
The horn’s sweet note and the tooth of the hound.
 
  
William Butler Yeats

Fernando Carvalho Rodrigues faz hoje 74 anos

Retrato de Carvalho Rodrigues por Bottelho
   
Fernando Carvalho Rodrigues (Casal de Cinza, Guarda, 28 de janeiro de 1947) é um físico português, licenciado em física na Universidade de Lisboa e doutorado em engenharia electrónica pela Universidade de Liverpool.
Foi Professor catedrático do Instituto Superior Técnico (1985), coordenador do Laboratório Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial (1984) e director da Faculdade de Tecnologia da Universidade Independente (1995) em Lisboa, sendo conhecido como o «pai» do satélite português, sendo o responsável máximo pelo consórcio PoSAT que constituiu e lançou o primeiro satélite português, a 26 de setembro de 1993.
Carvalho Rodrigues recebeu diversos prémios e condecorações, dos quais se destacam o Pfizer (1977), a comenda da Ordem Militar de Santiago da Espada (1995) e doutor Honoris Causa (1995) pela Universidade da Beira Interior.
É também autor de diversas obras publicadas em Portugal e nos Estados Unidos, encarregou-se da direcção do Projecto Educativo DIDACTA, à frente de uma vasta equipa de especialistas, investigadores e pedagogos.
Também gosta de cantar, ironicamente pela relativa semelhança fisionómica com o tenor Luciano Pavarotti.

Charles Taylor, ex-presidente da Liberia condenado por crimes contra a humanidade, faz hoje 73 anos


Charles McArthur Ghankay Taylor
(Arthington, 28 de janeiro de 1948) é um economista e político que foi presidente da Libéria de 1997 a 2003. Era um líder militar proeminente na guerra civil liberiana da década de 90, foi eleito presidente, preso, foragido com apoio americano e forçado a exilar-se. Pelas suas ações, consideradas cruéis dentro do seu próprio país, e também pela sua participação na violenta Guerra Civil de Serra Leoa, Taylor passou a ser considerado um criminoso de guerra e foi posteriormente detido pela ONU e acusado formalmente de perpetrar crimes contra a humanidade.
  
Biografia
Nasceu em 1948, filho de libero-americanos, estudou nos Estados Unidos. Voltou à Libéria quando ocorreu o golpe de Estado de Samuel Kanyon Doe em 1980, que foi bem sucedido, sendo encarregado de controlar o orçamento de Estado. Todavia, desviou cerca de um milhão de dólares e, assim, Taylor regressou aos Estados Unidos, mesmo enfrentando um pedido de extradição do governo da Libéria.
Charles Taylor foi exilado para a Serra Leoa, depois de ter sido capturado na Nigéria, próximo dos Camarões, de onde se preparava para fugir, com duas malas cheias de dólares e euros.
O Tribunal Especial para a Serra Leoa foi criado para "julgar todos os que têm grande responsabilidade pelos crimes contra a Humanidade e de Guerra". Charles Taylor foi acusado por 17 crimes de guerra e contra a humanidade, incluindo aterrorizar a população, assassinatos ilegais, violência sexual e física, recrutamento forçado de crianças-soldado, sequestros (raptos), trabalho forçado e ataques ao pessoal da ONU, entre outros.

Julgamento e condenação 
Taylor foi condenado por um órgão ligado às Nações Unidas e à Serra Leoa, tornando-se o primeiro ex-chefe de nação a ser condenado pela justiça internacional. Charles Taylor foi condenado a 50 anos de prisão pelo Tribunal Especial para Serra Leoa, sendo o seu julgamento realizado em Haia, nos Países Baixos.
   

A última grande batalha naval na II Guerra Mundial foi há 78 anos

  
A Batalha da Ilha Rennell teve lugar entre 29 e 30 de janeiro de 1943 e foi a última grande batalha naval entre a Marinha dos Estados Unidos e da Marinha Imperial Japonesa durante a longa campanha de Guadalcanal, nas Ilhas Salomão, durante a Segunda Guerra Mundial. A batalha ocorreu no Pacífico Sul entre a ilha Rennell e Guadalcanal, no sul das Ilhas Salomão. Nos combates, a marinha japonesa conseguiu forçar os americanos a recuar temporariamente, protegendo a operação para evacuar as suas forças terrestres de Guadalcanal.
  
  

Maitê Proença faz hoje 63 anos

   
   

Jackson Pollock nasceu há 109 anos

   
Paul Jackson Pollock (Cody, Wyoming, January 28, 1912 – Springs, New York, August 11, 1956), known professionally as Jackson Pollock, was an American painter and a major figure in the abstract expressionist movement. He was well known for his unique style of drip painting.
During his lifetime, Pollock enjoyed considerable fame and notoriety; he was a major artist of his generation. Regarded as reclusive, he had a volatile personality, and struggled with alcoholism for most of his life. In 1945, he married the artist Lee Krasner, who became an important influence on his career and on his legacy.
Pollock died at the age of 44 in an alcohol-related single-car accident when he was driving. In December 1956, four months after his death, Pollock was given a memorial retrospective exhibition at the Museum of Modern Art (MoMA) in New York City. A larger, more comprehensive exhibition of his work was held there in 1967. In 1998 and 1999, his work was honored with large-scale retrospective exhibitions at MoMA and at The Tate in London.
  
 

Vergílio Ferreira nasceu há 105 anos

(imagem daqui)
  
Vergílio António Ferreira (Melo, 28 de janeiro de 1916 - Lisboa, 1 de março de 1996) foi um escritor português.
Embora formado como professor (veja-se a referência aos professores de Manhã Submersa e Aparição), foi como escritor que mais se distinguiu. O seu nome continua actualmente associado à literatura através da atribuição do Prémio Vergílio Ferreira. Em 1992, foi galardoado com o Prémio Camões.
A sua vasta obra, geralmente dividida em ficção (romance, conto), ensaio e diário, costuma ser agrupada em dois períodos literários: o neo-realismo e o existencialismo. Considera-se que Mudança é a obra que marca a transição entre os dois períodos.

Vergílio Ferreira nasceu em Melo, aldeia do concelho de Gouveia, na Beira Alta, a meio da tarde do dia 28 de janeiro de 1916, filho de António Augusto Ferreira e, de Josefa Ferreira que, em 1927, emigraram para os Estados Unidos da América, em busca de melhores condições de vida. Então, o pequeno Vergílio é deixado mais os irmãos, ao cuidado de tias maternas. Esta dolorosa separação é descrita em Nitido Nulo. A neve - que virá a ser um dos elementos fundamentais do seu imaginário romanesco é o pano de fundo da infância e adolescência passadas na zona da Serra da Estrela. Aos dez anos, após uma peregrinação a Lourdes, entra no seminário do Fundão, que frequentará durante seis anos. Esta vivência será o tema central de Manhã Submersa.
Em 1932, deixa o seminário e acaba o Curso Liceal no Liceu da Guarda. Entra para a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, continuando a dedicar-se à poesia, nunca publicada, salvo alguns versos lembrados em Conta-Corrente e, em 1939, escreve o seu primeiro romance, O Caminho Fica Longe. Licenciou-se em Filologia Clássica em 1940. Concluiu o Estágio no Liceu D.João III (1942), em Coimbra. Começa a leccionar em Faro. Publica o ensaio "Teria Camões lido Platão?" e, durante as férias, em Melo, escreve "Onde Tudo Foi Morrendo". Em 1944, passa a leccionar no Liceu de Bragança, publica "Onde Tudo Foi Morrendo" e escreve "Vagão "J"" que, publicou em 1946; no mesmo ano em que se casou, com Regina Kasprzykowsky, professora polaca que se encontrava refugiada em Portugal da guerra e com quem Vergílio ficaria até à sua morte. Após uma passagem pelo liceu de Évora (onde escreveu o mundialmente conhecido romance Manhã Submersa, corria o ano de 1953), fixa-se como docente em Lisboa, leccionando o resto da sua carreira no Liceu Camões.
Em 1980, o realizador Lauro António adapta para o cinema, o romance Manhã Submersa e, Vergílio Ferreira interpreta um dos principais papéis, o de Reitor do Seminário, contracenando assim com outros grandes vultos da cena portuguesa, tais como Eunice Muñoz, Canto e Castro, Jacinto Ramos e Carlos Wallenstein. Vergílio morreu no dia 1 de março de 1996, na sua casa, em Lisboa, na freguesia de Alvalade. O funeral foi realizado no cemitério de Melo, sua terra-natal e, a seu pedido, o caixão fora enterrado na ala do cemitério com vista para a Serra da Estrela.

O Rei Henrique VII de Inglaterra nasceu há 564 anos

  
Henrique VII (Pembroke, 28 de janeiro de 1457Londres, 21 de abril de 1509) foi o Rei da Inglaterra de 1485 até à sua morte. Ele obteve o trono depois de derrotar o rei Ricardo III na Batalha de Bosworth Field, que encerrou a Guerra das Rosas.
  
   

Sarah McLachlan - 53 anos

  

Sarah McLachlan (Halifax, 28 de janeiro de 1968) é uma cantora e compositora canadiana.

Ainda criança aprendeu a tocar piano clássico e teve aulas de viola e canto, mas o seu primeiro instrumento foi um ukulele. Entrou na escola de arte na mesma época que começou a fazer parte do grupo "October Game". A gravadora Nettwerk Records percebeu o talento de Sarah e convidou-a para assinar um contrato. No início, ela preferiu continuar os estudos, mas em 1987, aceitou e mudou-se para Vancouver. O álbum de estreia, “Touch”, saiu em 1988 e teve distribuição da Arista Records.

“Touch” tornou-se sucesso no Canadá e foi lançado mundialmente em 1989. Dois anos depois, Sarah colocou nas lojas “Solace”, que mostrou o amadurecimento profissional da cantora e compositora. Foram 14 meses de promoção do disco, interrompidos pela participação de Sarah em um documentário sobre prostituição infantil e pobreza no Camboja e na Tailândia.

A experiência nos dois países serviu de inspiração para escrever o próximo disco, “Fumbling Towards Ecstasy”. Alguns singles foram para as paradas alternativas norte-americanas, como “Possession” e “Good Enough”, mas o grande sucesso estava por vir, com o disco “Surfacing”, que chegou ao segundo lugar da parada pop em 1997.

Embalado pelas músicas “Angel”, “Adia” e “Building a Mistery”, o disco chegou a vender mais de 10 milhões de cópias e fez com que Sarah recebesse dois prémios Grammy em 1998, por melhor performance feminina de pop/rock com a canção Building a Mistery e melhor canção instrumental com Last Dance. Em 1997, Sarah criou e comandou o festival itinerante Lilith Fair, que reuniu apenas cantoras, como Sheryl Crow, Jewel, Meredith Brooks, Shawn Colvin, Indigo Girls, Paula Cole e Lauryn Hill. Em três anos de shows, teve um público total de 2 milhões de pessoas.

Ocupada com o sucesso, Sarah conseguiu lançar apenas um disco ao vivo dois anos depois, “Mirrorball”. A música “I Will Remember You”, que entrou na banda sonora do filme “Os Irmãos McMullen”, fez Sarah levar o Grammy 1999 de melhor performance feminina de Pop/Rock. No ano seguinte, ela interpretou a canção “When She Loved Me” no Oscar, onde concorria pelo filme “Toy Story 2”.

Sarah chegou a colocar nas lojas um disco de remix, mas afastou-se dos palcos para se casar, com o seu baterista, Ashwin Sood, em 1997 na Jamaica, e ter a filha, India Ann Sushil Sood, em 6 de abril de 2002. Foram seis anos longe do estúdio, até que surgiu “Afterglow”, que significa “brilho ou luz que permanece depois do pôr do sol”. Em setembro de 2003, a cantora comemorou três anos de Sarah McLachlan Music Outreach Program, instituição que promove educação musical gratuita a crianças. A comemoração continuou em 2004, com cinco indicações ao Juno Award, o Grammy canadiano.

Em outubro de 2006, Sarah lançou um disco de canções natalícias, Wintersong, onde figuram regravações de John Lennon, Happy Christmas (War is over), e Joni Mitchell (River), bem como composições próprias (Wintersong). Esse disco foi indicado para o Grammy 2007 na categoria de Melhor Álbum Vocal de Pop Tradicional. Neste mesmo ano, Sarah ainda gravou a canção Ordinary Miracle para a banda sonora do filme Charlotte's Web.

Em 22 de junho de 2007, nasce a segunda filha de Sarah e Ashwin, que recebeu o nome de Taja Summer, que significa coroa no idioma hindi. Já com mais de 40 milhões de discos vendidos, Sarah mantém uma instituição voltada ao ensino de música a crianças que, de outra forma, não possuiriam acesso à educação musical, denominada Sarah McLachlan Music Outreach Project.

Em 15 de junho de 2010, é lançado o álbum Laws of Illusion, o primeiro de canções inéditas em sete anos. O ano de 2010 também marca a volta do festival Lilith Fair, sucesso da década de 90 nos anos de 1997, 1998 e 1999 e que está percorrendo cidades do Canadá e Estados Unidos com a participação de diversas cantoras de sucesso.