quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Divulgação científica - o contributo de uma minha ex-aluna da Universidade de Aveiro (UA)

Em prol da alfabetização científica
Estudante de Biologia da UA dá contributo para levar ciência a todos os públicos


Vera Ferreira, 23 anos, é aluna da Universidade de Aveiro e está a realizar um estágio profissionalizante (4º ano opcional da licenciatura em Biologia) na área da comunicação de ciência, no Parque de Las Ciencias, em Granada. O gosto por comunicar ciência levou-a a querer saber mais sobre a iniciativa «Jovem Jornalista de Ciência», promovida pelo «Ciência Hoje» mas o contacto com este jornal online português de ciência resultou num compromisso mais sério: a colaboração regular numa secção criada à sua medida.


@ua_online - Como surgiu o convite para ser colaboradora do Ciência Hoje?
Vera Ferreira (VF) - Após ter pedido informações sobre a nova iniciativa Jovem «Jornalista» de Ciência, promovida pelo jornal. A iniciativa não se adequava à minha faixa etária mas foi-me proposto pelo director do jornal, Jorge Massada, que escrevesse um pequeno artigo sobre a minha experiência no mundo da comunicação de ciência. O convite foi uma surpresa, ainda mais pelo facto de o director ter visto nesta participação a oportunidade de criar uma secção no jornal dedicada a colaboradores externos.

@ua_online - O que a levou a aceitar o desafio?
VF - Do meu ponto de vista, o Ciência Hoje desempenha um papel muito importante na divulgação da actividade científica desenvolvida em Portugal e no estrangeiro. Para alguém que está a começar a trilhar os caminhos da divulgação científica, a oportunidade que me foi dada não poderia ser recusada.

@ua_online - Que reflexo espera venha a ter esta colaboração?
VF - Espero vir a aumentar a minha (ainda pouca) experiência na área com o apoio de uma equipa qualificada, desenvolver não só as minhas capacidades comunicativas mas também contribuir para a alfabetização científica, levando a ciência a todos os públicos.


Biologia: uma formação atractiva

@ua_online - Quais os motivos que a levaram a estudar Biologia na Universidade de Aveiro?
VF - Foi a minha primeira opção. Dentro do conjunto de universidades que oferecem o curso de Biologia, o programa da UA era o mais atractivo, por ser muito diverso e com forte ligação à investigação. A disciplina de Pesquisa (3º ano) e o Estágio (4º ano opcional) proporcionam uma integração no mundo da investigação e até funcionam, de uma forma transitória e acompanhada, como uma via para o mercado de trabalho; uma mais valia do curso, sem dúvida!

@ua_online - O curso e a UA corresponderam às suas expectativas?
VF - O Departamento de Biologia é bastante acessível. Os professores são muito cooperantes e interessados no bom desempenho dos seus alunos. Os laboratórios de aulas proporcionam todas as condições para uma boa aprendizagem, com todas as condições e equipamentos necessários. A Biologia é um campo muito amplo e o curso faz um apanhado de todas as áreas. O facto de termos muitas cadeiras de opção permite que os alunos delineiem o seu próprio percurso consoante as suas preferências.
A UA é uma universidade jovem, moderna, com um ambiente informal e com um grande espírito académico. Bastante informatizada e com elevadas preocupações em termos de acessibilidade. Não poderia estar mais satisfeita com as condições que nos são dadas.

@ua_online - Que competências adquiriu ao longo do curso e que adequabilidade entende terem para o bom desempenho da sua profissão?
VF - A apresentação de trabalhos é uma parte importante da avaliação das disciplinas e há uma grande preocupação por parte dos professores do Departamento em desenvolver as capacidades de comunicação dos seu alunos. Somos constantemente solicitados a expor oralmente trabalhos de investigação/pesquisa, o que fez com que a minha capacidade de comunicação oral e o à vontade com a assistência se desenvolvessem.
Depois, a licenciatura em Biologia conjuga outras áreas como a química e a física, competências que agora me permitem colaborar em projectos multidisciplinares.

@ua_online - É uma formação que o mercado de trabalho precisa/procura?
VF - Há cada vez mais cientistas a fazerem parte de equipas multidisciplinares de comunicação ou consultadoria. É importante que não só pedagogos ou comunicadores sociais façam parte destes grupos, mas que haja uma colaboração próxima com os investigadores para que se mantenha uma das características principais da ciência: o rigor.
Portugal está no bom caminho para a promoção da cultura científica pois o programa Ciência Viva tem-na fomentado de forma correcta. E a procura deste tipo de equipas vem dos mais diversos tipos de instituições: universidades, centros de ócio e museus de educação informal de ciência, câmaras municipais...


Estágio no Parque de las Ciencias

@ua_online - O que a levou ao exercício da sua actual actividade no Parque de las Ciencias
VF - Tudo aconteceu porque, no ano lectivo passado (2009-2010), estava apenas a fazer a Pesquisa do 3º ano da licenciatura (24 ECTS) e, por isso, pude preencher os restantes créditos com disciplinas de mestrado. Fiz, então, a disciplina de Exposição, Divulgação e Comunicação em Biociências.
Este ano lectivo decidi fazer o estágio profissionalizante (4º ano opcional) na área da comunicação de ciência. Queria dar os primeiros passos nesta área mas desconhecia a existência do Parque. A escolha do local para a realização do estágio foi da responsabilidade ao meu actual orientador da UA, Prof. Paulo Trincão, que já conhecia de perto o trabalho que o Parque desenvolve.
O Parque de las Ciencias oferece um conjunto de actividades educativas a escolas e professores contribuindo para o ensino não-formal da ciência através de ateliês, formação, guias e cadernos didácticos. Em Novembro do ano passado fui integrar o Departamento de Educação e Actividades. O meu compromisso era o de conhecer os espaços museológicos e aprender o máximo sobre as actividades desenvolvidas no Departamento para que, numa segunda fase, possa desenvolver o meu próprio projecto.

@ua_online - Como pode descrever exactamente o seu trabalho e o seu dia a dia
VF - O meu estágio está dividido em duas fases: na primeira tomei conhecimento da estrutura interna do Parque e das actividades que se promovem dentro e fora do museu. Neste momento, na segunda fase, o dia-a-dia é passado entre dois trabalhos paralelos: a participação activa na construção, desenvolvimento e acompanhamento de actividades educativas e o desenvolvimento do meu próprio projecto de estágio. Sempre que há oportunidade é-me dada a possibilidade de assistir aos ateliers educativos, às conferências ou outra actividade que seja promovida no/pelo Parque.

@ua_online - Como está a decorrer a experiência em Granada. As relações profissionais e hábitos diários são muito diferentes?
VF - Em relação à rotina diária há duas diferenças bastante grandes, uma das quais requereu (e ainda requer) grande esforço adaptativo: a hora de almoço começa às três da tarde! A cultura desportiva dos granadinos é muito marcante pois não se acomodam só com as inúmeras actividades culturais que a cidade oferece, mas também passam, muito tempo a passear e a fazer desporto.
As relações profissionais são muito pouco burocratas e muito agradáveis. Todos os colegas do Departamento de Educação (na maioria professores) contribuíram para a minha rápida integração. Não me foram impostas quaisquer restrições na utilização das ferramentas que o museu possui e a interacção com outros departamentos (Comunicação, Infografia, etc.) é muito acessível. Pela semelhança com a nossa, também a língua não se revelou uma dificuldade: basta conhecer as palavras que são efectivamente diferentes.

@ua_online - Regressar a Portugal continua nos seus planos? Quando?
VF - Voltarei ainda antes do final do ano lectivo para terminar a parte escrita do projecto de estágio, sendo que ainda não está definido o local da sua apresentação. Regressar definitivamente é uma incerteza. Em grande parte dependerá do local onde venha a realizar a tese de mestrado, algo que também não está definido. 


NOTA:  já tinhamos aqui falado desta experiência da Vera - ler AQUI.

Continua a procura de hidrcarbonetos na zona de Aljubarrota e Alcobaça

Empresa quer fazer ‘ecografia’ ao subsolo
Petróleo ou gás sob o Mosteiro de Alcobaça

Nesta fase, os trabalhos de prospecção estão a decorrer nas zonas de Aljubarrota e Alpedriz

A empresa norte-americana Mohave Oil & Gas Corporation, que está a fazer prospecção de petróleo e gás natural na região de Alcobaça, já tem autorização da autarquia local para fazer testes sísmicos a 500 metros do Mosteiro, classificado pela UNESCO como Património da Humanidade. O avanço dos trabalhos está no entanto dependente de autorização do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR).

A Câmara de Alcobaça autorizou os trabalhos na cidade, com a salvaguarda de "haver uma área de protecção ao Mosteiro e ao centro histórico, autorizada pelo IGESPAR", revelou ontem o presidente, Paulo Inácio, adiantando que a operação se justifica "para bem da Nação". Os trabalhos deverão prolongar-se por uma semana e constam de "uma ‘ecografia' ao subsolo, para traçar a cartografia da sua superfície e identificar a existência de petróleo ou gás natural", explicou ao Correio da Manhã Rui Vieira, geólogo da Mohave Oil & Gas.

Actualmente, os trabalhos decorrem nas zonas de Aljubarrota e Alpedriz, que estão a ser alvo de "varrimentos" para detectar indícios de existência de petróleo ou gás natural, de forma a depois serem feitas sondagens que permitam avaliar a qualidade da jazida e a rentabilidade da sua exploração.

O projecto global da petrolífera já está cumprido a trinta por cento, e envolve a colocação, ao longo de 160 quilómetros quadrados, de 8500 estações de emissão e dez mil de recepção da informação do sinal sísmico gerado por máquinas que fazem vibrar o solo. "É uma grande agitação de máquinas", conta Américo Ribeiro, morador em Alpedriz. "Não sei se seria bom encontrarem alguma coisa. É uma localidade muito tranquila, a população não ia gostar de muito barulho com as movimentações, mas também podia ser bom para a economia."

As equipas que fazem os testes sísmicos são acompanhadas por militares da GNR, que garantem a realização dos trabalhos em segurança e sem condicionar o trânsito.

PROPRIETÁRIOS DOS TERRENOS TÊM COLABORADO

"Começámos por pedir permissão a todos os proprietários de terrenos onde temos de colocar as caixas para onde é transmitida a informação destas vibrações. Os ‘vibradores' têm placas que encostam ao chão quatro vezes, 12 segundos cada, a terra treme e a informação é recolhida. Tudo é registado, medido e monitorizado, para o caso de haver reclamações", disse ontem uma fonte ligada às operações, adiantando que tem havido boa colaboração dos proprietários, que se mostram "interessados" no projecto. 

in CM - ler notícia

Como um governo pode obter imprensa amiga em situação de crise




(imagem daqui)


Descontentamento
Salários milionários na RTP

Presidente da RTP vai ser chamado ao Parlamento pelo BE para explicar “ajustamentos de remunerações” a alguns cargos de chefia.

El-Rei D. José morreu há 234 anos


D. José I de Portugal (nome completo: José Francisco António Inácio Norberto Agostinho de Bragança; 6 de Junho de 1714 - 24 de Fevereiro de 1777), cognominado O Reformador devido às reformas que empreendeu durante o seu reinado, foi Rei de Portugal da Dinastia de Bragança desde 1750 até à sua morte. Casou em 1729 com Mariana Vitória de Bourbon.

Coimbra - versão rapper


MC M - Tudo isto é Coimbra (proposta da Téu...)

Pablo Milanés nasceu há 68 anos


ADENDA: outra versão, desta vez só com a voz de Pablo Milanés e ilustrada com bonitas flores:

Amália cantando Mourão-Ferreira (que nasceu há 84 anos...)

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Há 30 anos o Rei de Espanha consolidou a democracia e acabou definitivamente com os fantasmas do franqiuismo

(RTVE - imagem daqui)

(M. Pérez Barriopedro -Agencia Efe: imagem daqui)

O frustrado golpe de Estado de 23 de Fevereiro de 1981 na Espanha, também conhecido como 23-F, foi uma tentativa de golpe de estado perpetrada por certos militares, sendo o acontecimento mais representativo o assalto ao Congresso dos Deputados por um numeroso grupo de guardas civis, comandado pelo tenente-coronel Antonio Tejero. O assalto ocorreu durante a votação do candidato para Presidente do Governo da Espanha, Leopoldo Calvo-Sotelo, da UCD.

(...)
Às seis em ponto da tarde de 23 de Fevereiro começava a votação nominal para a investidura de Leopoldo Calvo-Sotelo como Presidente do Governo da Espanha.
Às 18:21 horas, quando ia emitir o seu voto o deputado socialista Juan Manuel Núñez Encabo, um grupo de guardas civis, encabeçados pelo tenente-coronel Antonio Tejero, irrompeu com a metralhadora na mão no hemiciclo do Congresso dos Deputados. Tjero, desde a tribuna, gritou "Quieto todo el mundo!" e mandou que todos se deitassem no chão.
Instintivamente, como o militar de mais alta graduação ali presente e como vice-presidente do governo, o general Gutiérrez Mellado ergueu-se e, dirigindo-se ao tenente-coronel Tejero, repreendeu os assaltantes, pedindo explicações e ordenando-lhes a deposição das armas. Após uma breve discussão e para reafirmar a sua ordem, Tejero efectua um disparo que foi seguido por umas rajadas das carabinas dos assaltantes. O deputado Santiago Carrillo permanece no seu assento, o presidente Suárez tentou ajudar Gutiérrez Mellado e o resto dos deputados obedeceram à ordem de Tejero.
Pedro Francisco Martín, operador de Televisão Espanhola, gravou quase meia hora do momento, chegando ao mundo um documento audiovisual sobre a tentativa de golpe de estado. Com a tomada do hemiciclo e o sequestro dos poderes executivo e legislativo, tentava-se conseguir o chamado "vazio de poder", sobre o qual se planeava gerar um novo poder político. Mais tarde, quatro dos deputados foram separados do resto: o ainda presidente do Governo, Adolfo Suárez González, o ministro de Defesa, Agustín Rodríguez Sahagún, o líder da oposição, o socialista Felipe González Márquez, o segundo na lista do PSOE, Alfonso Guerra, e o líder do Partido Comunista de Espanha, Santiago Carrillo.
Pouco depois, e seguindo o plano previsto, sublevou-se em Valência o capitão-general da III Região Militar, Jaime Milans del Bosch, levando algumas companhias de carros de combate para a rua, do porto de Valência até o centro da cidade, onde apontaram as armas aos edifícios institucionais. Declarou o estado de excepção e tentou convencer outros militares a secundar a acção. Às nove da noite, um comunicado do Ministério do Interior informava da constituição de um governo provisório com subsecretários de diferentes instâncias ministeriais, presidido por Francisco Laína, para assegurarem a governação do Estado e em estreito contacto com a Junta de Chefes do Estado-Maior. Entretanto, outro general golpista, Torres Rojas, fracassava na sua tentativa de retirar o comando da Divisão Couraçada Brunete ao general Juste, chefe da mesma, abortando a pretensão de ocupar os pontos estratégicos da capital, entre eles a sede de Rádio e Televisão, e da difusão de um comunicado relatando o sucesso do golpe.
A recusa do rei em apoiar o golpe ajudou a abortá-lo ao longo da noite. Também destacou a atitude do presidente da Generalitat de Catalunha Jordi Pujol, que pouco antes das dez da noite transmitia a toda Espanha pelas emissoras de Rádio Nacional e Rádio Exterior uma alocução onde apelava à tranquilidade. Até a uma da madrugada tiveram lugar diligências a partir do Hotel Palace, nas cercanias do Congresso, lugar eleito como centro de operações pelo general Aramburu Topete, então Director Geral da Guarda Civil e o general Sáenz de Santa Maria, pela sua vez Director Geral da Polícia Nacional. Por ali também passou o general Alfonso Armada, parte do plano golpista, que pretendia, simulando negociar com os assaltantes, propor-se como solução. O seu secreto plano de golpe emulando o general francês De Gaulle fracassou perante a recusa de Tejero a que este presidisse um governo do qual também fariam parte socialistas e comunistas. Mais tarde, descobertos os seus planos, seria removido do seu posto de 2º Chefe do Estado-Maior do Exército pela sua implicação na conspiração golpista.
À meia-noite, Alfonso Armada apresentou-se no Congresso com um duplo objectivo: convencer o tenente-coronel Tejero para depor as armas e assumir ele próprio o papel de chefe do Governo sob as ordens do rei, em atitude claramente anticonstitucional. Mas Armada não era a "autoridade competente" esperada e foi despachado por Tejero.
Por volta da uma da manhã de 24 de Fevereiro, o rei interveio na televisão, vestido com uniforme de capitão-general para se situar contra os golpistas, defender a Constituição espanhola, chamar à ordem as Forças Armadas na sua qualidade de comandante-em-chefe e desautorizar Milans del Bosch. A partir desse momento o golpe dá-se por fracassado. Milans del Bosch, isolado, cancelou os seus planos às cinco da manhã e foi detido, enquanto Tejero resistiu até o meio-dia. Seria, porém, durante a manhã do dia 24 que os deputados foram libertos.

Somos filhos da madrugada mas, Zeca, hoje estamos um pouco órfãos...


Zeca Afonso - Canto Moço (Filhos da Madrugada)

Somos filhos da madrugada
Pelas praias do mar nos vamos
À procura de quem nos traga
Verde oliva de flor nos ramos
Navegamos de vaga em vaga
Não soubemos de dor nem mágoa
Pelas praia do mar nos vamos
À procura da manhã clara

Lá do cimo de uma montanha
Acendemos uma fogueira
Para não se apagar a chama
Que dá vida na noite inteira
Mensageira pomba chamada
Mensageira da madrugada
Quando a noite vier que venha
Lá do cimo de uma montanha

Onde o vento cortou amarras
Largaremos p'la noite fora
Onde há sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Vira a proa minha galera
Que a vitória já não espera
Fresca, brisa, moira encantada
Vira a proa da minha barca.

Lições do sismo de CHRISTCHURCH

Comportamento diferencial dos edifícios ao nível de resistência sísmica (foto daqui)

O destruidor sismo de ontem com 6,3 na escala de Richter em Christchurch foi significativamente menor que o ocorrido em 4 de Setembro de 2010 com uma magnitude de 7.1, que praticamente não fez estragos na zona nem mortos.

Todavia, o sismo de ontem, pelo contrário, além de deixar pelo menos largas dezenas de mortos, provocou danos muito avultados em numerosos edifícios da cidade e nem tudo é explicado pelo facto do seu epicentro ter sido mais próximo da Christchurch e o seu hipocentro mais superficial.

Um conjunto extenso de razões para este facto está magnificamente justificado neste texto do "The Landslide blog" uma página mais frequentemente relacionada com movimentos de massa do que com sismos.

Para os que dispensam a leitura do documento ou não sabem inglês, onde são referidas outras razões, chamo apenas à atenção para a importância da introdução de técnicas de resistência sísmica nos edifícios mais antigos, em vez de limitar a respectiva recuperação a meras operações de cosmética como tenho assistido nalgumas ilhas e, inclusive, em Lisboa.

Sobre descontrolos e outras coisas com piada


Study case
- caso 1

Governo




Study case - caso 2


Humor político

BE acusa Governo de admirar «tiranos»
PS, na resposta, diz que recusa lições de um partido «inspirado» em regimes que provocaram sofrimento

O Bloco de Esquerda acusou esta quarta-feira Governo de admirar «tiranos» e de se remeter a «silêncios» em matéria de política externa, tendo o PS recusado lições de um partido «inspirado» em regimes que provocaram o sofrimento de muitas pessoas.

Numa declaração política no plenário da Assembleia da República, o deputado bloquista José Manuel Pureza começou por condenar as «exibições de barbárie» verificadas na Líbia e acusou a Europa de «desertar da luta pelos direitos humanos», referindo-se depois especificamente ao Governo português.

«Mas que os nossos governantes declarem a sua admiração pelos tiranos, que façam de figurantes nas suas operações de relações públicas, que enviem Forças Armadas para abrilhantarem o cerimonial do regime, que contribuam para ocultar a realidade da pobreza que é imposta a estas populações, isso é totalmente insuportável», afirmou o deputado, lembrando que José Sócrates qualificou o líder da Líbia, Khadafi, como um «líder carismático».

O líder parlamentar do Bloco criticou ainda o ministro dos Negócios Estrangeiros, por Luís Amado ter advertido primeiro «contra os riscos de extremismo islâmico por trás das manifestações populares que exigiam a democracia», antes de condenar os «massacres», afirmando depois que o Governo «coloca-se sempre do lado dos silêncios» e da «obediência a interesses particulares».

PS recusa lições de partido «inspirado» em regimes que provocaram sofrimento

Na resposta, o líder parlamentar do PS começou por concordar com a condenação da situação daquele país, mas acusou o Bloco de aproveitar a Líbia para «mais uma vez» atacar a Europa, o Governo, o PS e o primeiro-ministro «de uma forma totalmente inaceitável».

«Há uma coisa que nós não aceitamos, que é receber qualquer valorização dos direitos humanos, de respeito pelos princípios fundamentais da liberdade e da democracia vindos da bancada do Bloco de Esquerda. Por uma razão muito simples: Por respeito pelo nosso passado e por respeito pelo passado de muitos que sofreram por esse planeta fora o resultado de muitas políticas que também inspiraram o Bloco de Esquerda», afirmou Francisco Assis.

O líder da bancada socialista acusou Pureza de fazer uma «verdadeira declamação», «vazia e sem sentido», sem enunciar «um único princípio válido de politica externa aplicável» àquele país ou a qualquer outro.

«O que é que resultaria se dessa declamação resultassem consequências de ordem prática. Com quem manteríamos nós relações diplomáticas. Que tipo de relações diplomáticas manteríamos com a maior parte dos países do mundo, nomeadamente onde subsistem regimes que inspiraram muito tempo os partidos que estiveram na base da constituição do próprio Bloco de Esquerda», reiterou, acusando o deputado bloquista de ir «além da irreal politik».


NOTA: As fotos de Sócrates com Kadafi, Ben Ali, José Eduardo dos Santos, Chávez, Mugabe ou Teodoro Obiang, todos afamados democratas, parecem contrariar o texto do BE - aliás um grupo  político com conhecidos seguidores de Lenine, Stalin, Mao Tsé Tung ou Ever Hoxa não devia fazer tal acusação...

Acautelai-vos dos idos de Março, diz a Alemanha a Sócrates





NOTA: no dia em que Sócrates cair, este blog irá celebrar o facto de nos termos livrado do lixo e do peso morto e podermos finalmente ir à raiz dos nossos problemas, doa a quem doer.

Hoje até o Fernando Pessoa vem celebrar o Zeca

Ná...!

 (imagem daqui)



O que importa é calar Medida Carreira e outras vozes incómodas - quando a CENSURA se chama estratégia de renovação

(Imagem daqui)

Director do canal fala de "estratégia de renovação"
SIC Notícias suspende Plano Inclinado de Mário Crespo

Plano Inclinado era apresentado por Mário Crespo ao sábado à noite

A SIC Notícias decidiu suspender o programa Plano Inclinado em que Mário Crespo contava com o comentador da estação Medina Carreira para debater a situação económica do país. O canal não avança nada em concreto sobre o futuro do programa, que ia para o ar ao sábado à noite.

“Estamos a ponderar uma nova estratégia para o programa, como já aconteceu noutras situações. Estamos a pensar o que queremos para o programa no futuro”, disse ao PÚBLICO António José Teixeira, director do canal.

Para o responsável a suspensão do programa faz parte de "uma estratégia de renovação”. Teixeira não diz se o programa volta. “Mas não há nenhum programa novo para aquele lugar de grelha”, confirma.

Plano Inclinado estreou em Novembro de 2009.

O princípio da guerra civil no PS - em casa que não há pão todos ralham e ninguém tem razão

(imagem daqui)


Notícia sobre Paleontologia portuguesa no Público

Fóssil com 145 milhões de anos
É a tartaruga de água doce mais antiga da Europa. E é de Torres Vedras

Escudo ventral do fóssil de tartaruga com 145 milhões de anos

Vivia numa zona de pântanos e linhas de água sinuosas. O seu fóssil pertence a um género e a uma espécie novos para a ciência. Não muito longe do local onde nadava, o Atlântico Norte começava a formar-se e a separar a Europa da América do Norte.

Estavam a escavar os ossos de um dinossauro num morro junto à foz do rio Alcabrichel, perto de Torres Vedras, quando um deles, Bruno Teodoso, literalmente tropeçou numa tartaruga jurássica. Escorregou e, ao roçar com um braço por cima dos sedimentos, destapou acidentalmente o fóssil de uma tartaruga com 145 milhões de anos.

Nessa altura, em 2003, a Associação Leonel Trindade (ALT) - Sociedade de História Natural, de Torres Vedras, continuou por mais três anos a escavação do dinossauro que ficou encravado durante 145 milhões de anos na colina que agora dá para a praia de Santa Rita e para um Atlântico a perder de vista.

A equipa de escavação percebeu logo que tinha em mãos uma tartaruga, recorda Bruno Camilo Silva, director do Laboratório de Paleontologia e Paleoecologia da ALT. "Mas estava muito danificada e não dava para perceber que tipo de tartaruga seria. Só quando se fez o trabalho de preparação em laboratório e a colagem dos fragmentos e se analisou a sistemática filogenética [a relação evolutiva com outras tartarugas] é que percebemos que estávamos perante um animal novo."

Este mês, a revista norte-americana Journal of Vertebrate Paleontology trouxe a descrição da tartaruga de Torres Vedras num artigo de dois paleontólogos espanhóis, Adán Pérez Garcia e Francisco Ortega, ambos da ALT. Segundo o artigo, além de ser a tartaruga de água doce mais antiga da Europa, do Jurássico Superior, pertence a um género e espécie novos para a ciência. Selenemys lusitanica é o nome científico que lhe deram.

"Em Portugal, Espanha, Alemanha, França e Inglaterra, já se tinham encontrado placas soltas desta tartaruga, mas ninguém sabia que tartaruga era. Sabia-se que eram de tartaruga, mas não de que tipo", refere Bruno Camilo Silva. "Como esta é a mais completa e articulada, deu para estudá-la e definir que todas as placas que se apanharam na Europa pertencem a um novo género e espécie."

A descrição baseou-se nos restos da carapaça e do escudo ventral (plastrão) encontrados na colina. Mas na colecção da Sociedade de História Natural há mais quatro indivíduos deste animal até agora desconhecido dos cientistas.

Nascia o Atlântico

Ter uma tartaruga de água doce com esta idade ajuda a completar o puzzle geográfico dos continentes, neste caso no Jurássico Superior. Há 145 milhões de anos, a Europa e a América do Norte começavam a afastar-se uma da outra e, entre as duas, ia nascendo o Atlântico Norte. Não era um oceano a perder de vista, como agora. Com o início da sua abertura, formava-se na faixa oeste da Península Ibérica, em águas pouco profundas, a Bacia Lusitânica. Era a maior das bacias portuguesas interiores de então, que se estendeu desde o Triásico (235 milhões de anos) até ao Cretácico Inferior (que terminou há 99 milhões de anos), estando o Jurássico entre aqueles dois períodos geológicos.

Os fósseis encontrados nos sedimentos da Bacia Lusitânica permitem conhecer os grupos de animais que povoaram a Europa no momento em que ocorria a sua separação da América do Norte. "Temos apanhado em Torres Vedras espécies de dinossauros, e não só, que se pensava que só apareciam na América do Norte", diz Bruno Camilo Silva. Um dos exemplos de dinossauros partilhados pelos dois continentes é o Allosaurus, um carnívoro temível. Outras espécies de dinossauros só tinham uma distribuição europeia ou ibérica. "Um dos nossos objectivos na costa portuguesa é conhecer o processo de abertura do Atlântico Norte no final do Jurássico a partir da análise da semelhança da fauna entre os dois lados", acrescenta Francisco Ortega, também da Universidade Nacional de Educação à Distância, em Madrid. "Até ao momento, a maior parte das análises centrava-se nos dinossauros, porque a informação sobre outros vertebrados, embora existisse, era muito escassa."

Mas e o que se passava com grupos de répteis de menor tamanho? Será que também viviam em ambos continentes ou, estando separados, teriam dado origem a novas formas? "Temos grupos de répteis que parecem ser próprios da Península Ibérica, que é o caso desta tartaruga. Com o processo de abertura do Atlântico, podia haver uma ligação terrestre, mas as barreiras naturais impediam as formas mais pequenas de passar de um lado para o outro." Por isso, os fósseis de tartarugas dão pistas importantes para o estudo das descontinuidades geográficas. No caso da Selenemys lusitanica, ela pertence a um grupo de tartarugas que estava presente tanto na América do Norte como na Europa, um grupo que ainda hoje existe, chamado pleurosternídeo. Mas é mais aparentada com outras tartarugas europeias do que com formas da América do Norte suas contemporâneas. Esta evolução separada nos dois continentes, gerando espécies próprias em cada um, deveu-se provavelmente à capacidade de dispersão limitada das tartarugas. "Podemos concluir - remata Francisco Ortega - que existiam tartarugas deste grupo para as quais o Atlântico era uma barreira intransponível no final do Jurássico."

A Selenemys lusitanica era pequena, com cerca de 40 centímetros de comprimento. O local onde foi descoberta estava perto do mar da Bacia Lusitânica, mas, pelo tipo de sedimentos, sabemos que era ainda uma zona continental. Era um ambiente fluvial, com linhas de água sinuosas, em forma de meandros, e que seria muito propício à preservação e fossilização de restos de animais do Jurássico Superior.

Agora, a nova tartaruga é umas das preciosidades da colecção de referência da Sociedade de História Natural, criada em 1998. "Neste momento, temos uma das maiores colecções de referência de vertebrados do Jurássico do país", realça Bruno Camilo Silva. "É uma colecção de interesse internacional, com milhares de peças."

Além de dinossauros e tartarugas, tem fósseis de crocodilos, peixes ou plantas, resultantes quer dos trabalhos de campo da Sociedade de História Natural, quer da aquisição, pela Câmara Municipal de Torres Vedras, da colecção de José Joaquim dos Santos, paleontólogo amador que recolheu fósseis na orla costeira da Região Oeste ao longo de 25 anos.

Nos planos imediatos não está a abertura de um museu, mas as visitas à Sociedade de História Natural, que tem a coordenação científica de Francisco Ortega, são bem-vindas. "Costumamos ter visitantes no laboratório e na área de armazenamento, desde escolas, a empresas, associações ou outras pessoas que gostam de ver de perto como trabalhamos com os fósseis", conta Bruno Camilo Silva. "Não existindo um museu, no sentido convencional, o laboratório funciona como tal, onde os visitantes nos vêem trabalhar - em muitos casos, até participam - e onde lhes são explicados vários aspectos da vida e evolução dos dinossauros e de outros animais que pertencem ao nosso acervo."
 

Mais Zeca


PS - Com a curiosidade de um cantautor que eu tanto aprecio (o Fausto, meu conterrâneo, e cuja mãe foi professora de meu pai antes de irem viver para Angola, onde eram amigos de uma minha tia-avó...) tocar nesta música, do último espectáculo do Zeca. Note-se ainda o Júlio Pereira, que tive o prazer de rever este fim de semana, aparecer a tocar nas duas canções anteriores aqui colocadas...

Os mortos do sismo de ontem da Nova Zelândia

Números oficiais apontam ainda 75 mortos e 300 desaparecidos
Autoridades de Christchurch temem mais de cem mortos debaixo de edifício da TV local

As autoridades alertam para a pouca segurança que alguns edifícios oferecem para as buscas de sobreviventes

As autoridades de Christchurch continuam a avançar com o número oficial de 75 mortos provocados pelo sismo de terça-feira. Mas temem que o edifício da televisão local, totalmente destruído, esconda um cenário negro com uma centena de mortos por baixo dos escombros. “Impossível de sobreviver”, dizem sobre o edifício.

Na altura do terramoto, que atingiu 6.3 na escala de Richter estavam naquele edifício, para além da equipa de televisão local, um grupo de estudantes japoneses. Todos são dados entre os cerca de 300 desaparecidos relatados às equipas de socorro em toda a cidade. O estado do edifício levou a que as equipas de salvamento tivessem de parar as buscas por razões de segurança. Dave Lawry, inspector da polícia local disse ao New Zealand Herald que tem “cem por cento de certeza” que não há sobreviventes.

“Não vou arriscar a vida do meu pessoal onde eu acredito que não existem sobreviventes. Ocorreram durante as últimas horas vários incêndios no edifício e as câmaras e detectores de som instalados não encontraram qualquer sinal de vida, disse Lawry.

As autoridades também não acreditam já encontrar sobreviventes por baixo dos escombros da catedral de Christchurch, um monumento com 130 anos que desabou. Há informação de 22 pessoas que estavam dentro da catedral quando ocorreu o sismo.

Nas últimas horas foram salvas cerca de 120 pessoas dos escombros, num dos casos uma mulher esteve presa mais de 26 horas mas sobreviveu. Muitas das vítimas tiveram de ser amputadas nos resgates.

Francisco Caldeira Pires, um português a viver há seis anos em Christchurch contou esta manhã às rádios da Media Capital que as autoridades pedem às pessoas para não saírem de casa e que o grau de destruição é enorme: “Há bastantes danos nas casas e estradas, está tudo destruído, as saídas e entradas da cidade estão impossíveis”, diz o português que se voluntariou para ajudar na limpeza da cidade que só nas últimas horas recuperou a electricidade. Francisco Caldeira Pires fala ainda de filas para gasolina e uma escassez de alimentos nos supermercados.

Cerca de 80 por cento da cidade permanece sem água.

Os líderes mundiais têm oferecido ajuda. Barack Obama vai mandar uma equipa de busca e salvamento e o Reino Unido também vai enviar uma equipa de 62 especialistas de busca e resgate com mais de nove toneladas de equipamento.

Mais uma notícia sobre o sismo da Ilha do do Sul na Nova Zelândia

Glaciar Tasman
Sismo soltou 30 milhões de toneladas de gelo do maior glaciar neozelandês

O glaciar fica a 200 quilómetros de Christchurch

O sismo que atingiu hoje a segunda maior cidade neozelandesa, Christchurch, fez ruir 30 milhões de toneladas de gelo do glaciar Tasman, o maior do país.

A magnitude do sismo fez desprender um bloco de gelo que caiu no lago terminal do glaciar, a 200 quilómetros de Christchurch, formando pequenos icebergs. Segundo o jornal “The Guardian”, que cita a agência AP, a queda dos 30 milhões de toneladas de gelo provocou ondas de 3,5 metros de altura que varreram o lago durante cerca de meia hora.

Este glaciar, na ilha Sul, desce as encostas da montanha Cook e é o maior da Nova Zelândia, com uma extensão de 29 quilómetros e 2,5 quilómetros de largura.

Fazes-nos tanta falta, Zeca...

Recordar o Zeca - música do seu último concerto

Zeca Afonso morreu há duas dúzias de anos

(imagem daqui)
José Afonso morreu no dia 23 de Fevereiro de 1987, no Hospital de Setúbal, às 03.00 horas da madrugada, vítima de esclerose lateral amiotrófica, diagnosticada em 1982. O funeral realizou-se no dia seguinte, com mais de 30 mil pessoas, da Escola Secundária de S. Julião para o cemitério da Senhora da Piedade, em Setúbal, onde a urna foi depositada às 17h.30 horas na sepultura 1606 do quadro 19. O funeral demorou duas horas a percorrer 1.300 metros. 


Poema para geopedrados

A ESPERANÇA E OS DINOSSAUROS



Revolvíamos sem parar o pedregoso leito do rio


sem saber que os magarefes nos espiavam,


muito antes que as palavras doces


se convertessem em ameaças inflamadas. Cheios de impedernida glutonaria


satisfazíamos os nossos apetites, comíamos com bocas ávidas


o que estava destinado a ser a nossa Páscoa.


Estas serão as recordações que deixaremos à nossa passagem:


a maldição para os pacíficos, vidas destroçadas,


por mais que, de novo, era possível,


como ocorreu às extintas criaturas, aspirar a uma vida melhor.






Depois da carnificina, onde estão os verdes pastos


que nos prometeram na manhã em que, impacientes,


como cadáveres sedentos, corremos a entronizar o novo imperador,


que só pensava em dar rédea solta às suas vis ambições?






Mas, ainda assim, houve quem dissesse que um novo rei merece


virgens vestais, galos brancos e a flor das colheitas,


uma coroa na cabeça entrançada pelas nossas mãos


escolhendo as folhas mais preciosas e o vinho antigo


que se oferece a um Messias, mas isso só serviu


para que, uma vez derrotados os bárbaros,


nos enganasse com a falsidade do seu sorriso.






Poderíamos ter sido os escolhidos,


mas só temos uma história para contar, que tanto se refere à Atenas da África Ocidental


como se canta aos pobres da terra;


na fonte dos nossos segredos, ali onde trocámos


o nome de Cristo com as nossas vozes descrentes,


sempre em busca de um ridículo viático,


imaginemos agora a face de um novo Messias


e sobre a sua túnica as nossas mãos ensanguentadas.


in Autodafé - Syl Cheney-Coker

terça-feira, fevereiro 22, 2011

A guerra contra os professores, alunos e comunidades educativas continua, disse o ME aos sindicatos

Ministério vai criar novos mega-agrupamentos e encerrar mais escolas

O secretário-geral da Fenprof saiu hoje da reunião com a tutela "com as mesmas preocupações" com que entrou e com a certeza de que vão ser criados mais mega-agrupamentos e fechadas mais escolas com menos de 21 alunos.

A reunião de hoje foi pedida pela Federação Nacional de Professores (Fenprof) para pedir esclarecimentos ao secretário de Estado da Educação, João Trocado da Mata, sobre a rede escolar e sobre os mega-agrupamentos.

No final da reunião, em declarações à Agência Lusa, o secretário-geral da Fenprof disse ter saído "com as mesmas preocupações" com que entrou e revelou que da parte da tutela se mantém a intenção de criar novos mega-agrupamentos apesar de não existir um estudo de impacto em relação aos já criados.

"O Ministério da Educação o que nos disse foi que está a preparar esses estudos para no terreno ir então avançar com novos mega-agrupamentos e isto é preocupante porque, como se sabe, os movimentos de rede, nomeadamente encerramentos e mega-agrupamentos no ano passado, foram 84 e permitiram reduzir cinco mil docentes do sistema", adiantou Mário Nogueira.

O líder da Fenprof alertou que esta medida, juntamente com alterações curriculares ou novas regras para a organização das escolas, serviu para convencer a estrutura sindical de que vão ser eliminados 30 mil horários.

"Mesmo quando os governantes dizem que não, que é um número exagerado, também confessam que não contavam que os cinco mil deste ano tivessem sido conseguidos e se chegasse a um número tão elevado na redução de docentes e, por outro lado, não têm outro número como alternativa", apontou Nogueira.

No que diz respeito à rede escolar, o líder da Fenprof adiantou que o Ministério da Educação vai manter o encerramento das escolas com menos de 21 alunos.

"Havia 1.100 escolas (no ano letivo de 2009/2010), destas encerraram 700, podem não ter sobrado exatamente 400 porque podem algumas ter ultrapassado entretanto ou outras terem reduzido, mas as referências em termos de números estão aí e a intenção de continuar a encerrar está presente", garantiu o sindicalista.

Como consequência, Mário Nogueira aponta uma "redução brutal" de professores que vão ficar sem horário de trabalho.

"Mesmo onde os centros educativos vão ser construídos, em escolas com mais de 21 [alunos], em que os alunos são transferidos para os centros educativos, levam também à eliminação de horários de trabalho nessa concentração grande de alunos", alertou.

Juntamente com isto e contribuindo para a eliminação de horários de trabalho estão ainda, na opinião de Mário Nogueira, as alterações curriculares ou as novas regras para a organização do próximo ano escolar, que "praticamente acabam com as horas de redução para o exercício de cargos nas escolas".


NOTA: para mim está tudo dito, é altura de fazer greve por tempo indeterminado. E, para os Sindicatos, era tempo de pedirem desculpa aos professores pelos acordos que fizeram com esta gentinha mentirosa, pondo em causa a Escola Pública e as relações inter pares dentro dos estabelecimentos de ensino..

O sismo e sismograma da Nova Zelândia no IM

No dia 21 de Fevereiro de 2011, pelas 23.51 horas UTC (às 12.51 de 22 de Fevereiro, hora local da Nova Zelândia) ocorreu na Ilha do Sul da Nova Zelândia um sismo de magnitude 6.3. O sismo teve foco muito superficial e epicentro próximo da cidade de Christchurch, com uma população a rondar as 400 mil pessoas. Segundo as agências noticiosas, há a reportar 65 vítimas mortais e elevados danos materiais. O sismo ocorre num contexto tectónico dominado pela interacção entre as placas australiana e do pacífico. Este evento poderá estar associado ao sismo ocorrido a 2 de Setembro de 2010 com Magnitude 7.0. Este sismo foi detectado em todas as estações da rede sísmica nacional tendo as primeiras ondas do sismo sido registadas às 00.11 horas UTC. Até este momento ocorreram 6 réplicas com magnitude superior a 4, sendo 2 delas acima de 5.

Sismogramas registados do evento em Portugal:


(clicar para aumentar)

No money for...

(imagem daqui)


Epicentro do sismo neo-zelandês de ontem no GoogleMaps

Cortesia da USGS:

O Anel de Fogo do Pacífico inquieta-se na Nova Zelândia

Magnitude de 6,3 na escala de Richter
Sismo na Nova Zelândia faz pelo menos 65 mortos




Um sismo de magnitude 6,3 na escala de Richter abalou esta segunda-feira a cidade de Christchurch, no sul da Nova Zelândia, e já fez pelo menos 65 mortos. Centenas de pessoas estão soterradas debaixo dos escombros.

O sismo foi sentido às 12h51 locais (23h51 em Portugal) e o epicentro situou-se a cinco quilómetros de Christchurch, a apenas quatro quilómetros de profundidade, avançou o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos. Foram já sentidas várias réplicas (a mais forte de 5,6 na escala de Richter).

O primeiro-ministro, John Key, citado pela AFP, confirmou pelo menos 65 mortos, não descartando que o número venha a aumentar. Este "poderá mesmo ser o dia mais negro da Nova Zelândia", considerou. O número de mortos já fez deste o segundo pior sismo do país, só ultrapassado por um tremor-de-terra de magnitude 7,9 em 1931 na Baía Hawke. Morreram 286 pessoas.

Bob Parker, mayor da cidade, citado pela Reuters, alertou que, pelo menos, 200 pessoas podem estar ainda debaixo dos escombros. Várias dezenas estarão soterradas debaixo do edifício Pyne Gould Guinness, de vários andares, que ruiu como um "baralho de cartas", avança o jornal "New Zealand Herald".

Mas as operações de resgate estão a ser dificultadas por causa da chuva que entretanto começou a cair na cidade, pelo anoitecer e pela descida acentuada das temperaturas.

A tutela assegura que o principal hospital de Christchurch está operacional, mas apela a que apenas os feridos mais graves acorram à unidade, já que também parte do edifício precisou de ser evacuado. Para facilitar as operações, foram montadas algumas zonas de triagem de campanha.

Há registos de estragos significativos em alguns edifícios da segunda maior cidade do país. Parker informou que 25 prédios de dimensão significativa já não terão recuperação possível. O sismo levou ainda ao corte de estradas e a quebras de energia e de telecomunicações em diversas áreas. Grande parte da cidade terá a situação eléctrica normalizada dentro de 24 a 36 horas mas nas áreas mais gravemente atingidas pelo sismo tal só deverá acontecer no espaço de uma ou duas semanas.

No seu site, a polícia neozelandesa informa que o centro da cidade está a ser evacuado para evitar mais danos que advenham dos efeitos do sismo nas infra-estruturas. A polícia refere “múltiplos incidentes foram reportados de várias localizações do centro da cidade, incluindo um acidente com dois autocarros na sequência de edifícios que ruíram”.

As autoridades garantem que estão a trabalhar no terreno e a tentar dar resposta a todas as emergências. A polícia apela a todos os que tiveram de sair das suas casas que informem o posto de defesa mais próximo. A maioria das pessoas abrigou-se num estádio da cidade.

A polícia local pediu já ajuda das forças de emergência nacionais para evacuar a cidade e procurarem mais vítimas e feridos. De acordo com informações avançadas pelo jornal local "Christchurch Press", 35 militares estão no local a prestar os primeiros socorros nas zonas mais afectadas e outros 250 deverão chegar dentro de horas.

O Ministério da Protecção Civil neozelandês, no seu site, aconselha as pessoas a utilizarem mensagens escritas para comunicar e diz estar a preparar instalações provisórias para albergar todos os que necessitarem.

O primeiro-ministro convocou já uma reunião do gabinete de emergência.

Segundo David Coetzee, da protecção civil da Nova Zelândia, citado pela rádio nacional, este sismo terá causado mais estrados que o de quatro de Setembro do ano passado, que foi de magnitude 7,1 e que não causou qualquer vítima mortal. O sismo de Setembro aconteceu durante a noite, pelo que quase não circulavam pessoas na rua, ao contrário deste.

A Nova Zelândia, situada entre as placas tectónicas do Pacífico e Indo-australiana, regista em média mais de 14 mil sismos por ano; apenas cerca de 20 ultrapassam a magnitude 5.

Christchurch, com pouco mais de 390 mil habitantes, é a maior cidade da ilha Sul da Nova Zelândia e a segunda maior área urbana do país, depois de Auckland (1.354.900), na ilha Norte. Wellington, também na ilha Norte, é a capital neozelandesa mas tem apenas cerca de 389 mil habitantes.Situada na costa Este, Christchurch foi elevada a cidade a 31 de Julho de 1856, tornando-a oficialmente a mais antiga cidade da Nova Zelândia.

in Público - Notícia em actualização

Formação sobre Exploração Espacial em Leiria


No âmbito da comemoração dos 50 anos do primeiro voo espacial tripulado, protagonizado por Yuri Gagarin, em Abril de 1961, irá realizar-se no Centro de interpretação Ambiental de Leiria, uma formação intitulada “Exploração Espacial”.
Formador: Astrónomo José Augusto Matos

Público-alvo: maiores de 14 anos

Nº de inscrições: Mínimo de inscrições 15 e máximo de 30

Custo: €30,00

Inscrição: no Centro de Interpretação Ambiental, até ao dia 11 de Abril de 2011.

Temáticas do Curso
- Conceitos e definições sobre o espaço;
- Órbitas e satelização;
- Sistemas de propulsão;
- Os pioneiros da Astronáutica;
- História do voo espacial tripulado;
- A colonização do espaço;
- Sistemas espaciais reutilizáveis;
- A vida no espaço.


Calendarização
  • 15 de Abril – das 20.00 às 23.00 horas
  • 16 de Abril – das 14.30 às 19.30 e 21.00-23.00 horas

Ficheiros de Apoio:

Local


Centro de Interpretação Ambiental de Leiria
Telefone: 244 845 651

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Formação em Leiria sobre Flores Comestíveis


(CLICAR PARA AUMENTAR)


Flores Comestíveis

12 de Março de 2011

Centro de Interpretação Ambiental (CIA) - Leiria


Ficheiros de Apoio:

Localização do CIA Leiria:

Centro de Interpretação Ambiental

Divisão de Ambiente e Serviços Urbanos

Câmara Municipal de Leiria

Telefone: 244 845 651 (extensão 694)

Notícia no Público sobre o núcleo terrestre

Estudo publicado na revista “Nature Geoscience”
Núcleo da Terra gira mais devagar do que se pensava

Uma equipa de geofísicos descobriu que o núcleo da Terra gira muito mais devagar do que se pensava, afectando o nosso campo magnético, segundo um artigo publicado na revista “Nature Geoscience”.

Investigações anteriores mostraram que o núcleo da Terra girava mais depressa do que o resto do planeta. Agora, cientistas do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, descobriram que as estimativas anteriores de 1 grau "de avanço" por ano (em relação ao resto do planeta) são imprecisas. Na verdade, dizem, o núcleo gira muito mais devagar - o avanço acumulado será de aproximadamente 1 grau a cada milhão de anos.

O núcleo interno cresce muito devagar ao longo do tempo, através da solidificação do fluído das camadas externas que se acumula à sua superfície. Durante este processo, uma diferença na velocidade nos hemisférios Este-Oeste do núcleo fica registada na sua estrutura . “Uma rotação mais rápida seria incompatível com a estrutura dos hemisférios que observámos no núcleo interno”, explicou Lauren Waszek, autor do estudo, em comunicado. “O nosso estudo é o primeiro em que os hemisférios e a rotação são compatíveis”, acrescentou.

Para obter estes resultados, os cientistas utilizaram ondas sísmicas que atravessaram o núcleo interno do planeta, 5200 quilómetros abaixo da superfície da Terra, e compararam-nas com o tempo de viagem das ondas reflectidas na superfície do núcleo.

Apesar de o núcleo interno do planeta estar a 5200 quilómetros abaixo dos nossos pés, o efeito da sua presença é especialmente importante à superfície. À medida que o núcleo interno cresce, o calor que liberta durante a solidificação conduz a convecção do fluído nas camadas externas do núcleo. Estes fluxos de calor dão origem aos campos magnéticos que protegem a superfície terrestre da radiação solar e sem os quais não haveria vida na Terra.

Lauren Waszek acredita que os resultados da sua investigação trazem uma perspectiva adicional para compreender a evolução do nosso campo magnético.

Música dos anos 60 para geopedrados


Hit the road Jack - Ray Charles


(Hit the road Jack and don't you come back no more, no more, no more, no more.)
(Hit the road Jack and don't you come back no more.)
What you say?
(Hit the road Jack and don't you come back no more, no more, no more, no more.)
(Hit the road Jack and don't you come back no more.)


Woah Woman, oh woman, don't treat me so mean,
You're the meanest old woman that I've ever seen.
I guess if you said so
I'd have to pack my things and go. (That's right)


(Hit the road Jack and don't you come back no more, no more, no more, no more.)
(Hit the road Jack and don't you come back no more.)
What you say?
(Hit the road Jack and don't you come back no more, no more, no more, no more.)
(Hit the road Jack and don't you come back no more.)


Now baby, listen baby, don't ya treat me this-a way
Cause I'll be back on my feet some day.
(Don't care if you do 'cause it's understood)
(you ain't got no money you just ain't no good.)
Well, I guess if you say so
I'd have to pack my things and go. (That's right)


(Hit the road Jack and don't you come back no more, no more, no more, no more.)
(Hit the road Jack and don't you come back no more.)
What you say?
(Hit the road Jack and don't you come back no more, no more, no more, no more.)
(Hit the road Jack and don't you come back no more.)


Well
(don't you come back no more.)
Uh, what you say?
(don't you come back no more.)
I didn't understand you
(don't you come back no more.)
You can't mean that
(don't you come back no more.)
Oh, now baby, please
(don't you come back no more.)
What you tryin' to do to me?
(don't you come back no more.)
Oh, don't treat me like that
(don't you come back no more.)