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quinta-feira, novembro 19, 2020

quinta-feira, novembro 01, 2012

Sobre um famoso político, a fome, a senilidade e o humor

(imagem daqui)

Mário Soares, o desmemoriado agitador

Mário Soares no D.N.:

Num tempo tão difícil em que os desempregados são imensos - e há, pela primeira vez, miséria desde a Revolução dos Cravos -, a Igreja não pode estar calada. Sei que há muitos e bons sacerdotes que protestam e fazem tudo o que podem para ajudar os pobres e os desempregados, bem como as associações cristãs de caridade social.

Retomemos a memória dos tempos idos de 1985 quando Mário Soares era interpelado por causa da...fome em Setúbal, denunciada por um bispo de Barcelos.
Como é que Mário Soares respondia então a tal coisa? Muito simples:
"Há pessoas em Portugal que vivem mal? Pois há! E não houve sempre? Há pessoas que passam necessidades? Pois há! E não passaram sempre?"

A revista é a Grande Reportagem de 14.03.1985 e, já em tempos, o bastonário Marinho e Pinto, então jornalista, lhe tinha traçado um retrato impiedoso:
"Em minha opinião, Mário Soares nunca foi um verdadeiro democrata. Ou melhor é muito democrata se for ele a mandar. Quando não, acaba-se imediatamente a democracia."


in portadaloja - post de josé

E os americanos ficaram com a melhor parte...

(imagem daqui)



Com José Sócrates, a dívida pública portuguesa passou de 80.000 M€ para 160.000 M€. Um aumento de cerca de $100.000 milhões de dólares (USA - para compararmos).

Comentário: A governação de José Sócrates custou a Portugal cerca de cinco vezes o valor dos prejuízos causados pelo furacão Sandy. É destruição! 

in Portugal Contemporâneo - post de Joaquim Couto

terça-feira, maio 31, 2011

Humor - Best of Sócrates (via 31 da Armada)

Uma compilação divertida sobre declarações de Sócrates e seus apaniguados que pode ajudar alguns com dúvidas sobre o seu voto, feito pelo 31 da Armada (a mesma que pôs o Vader de Fraque a cobrar dívidas ao Primeiro Ministro e ao PS e que parou, por problemas de saúde - quem se mete com o PS leva...):

domingo, abril 17, 2011

Fartar, vilanagem - versão bancos portugueses...

A fina flor do entulho


Imagem do Sol de 15.4.2011

Estes são os banqueiro portugueses. Estão à rasca porque se endividaram demais, empanturrando-se em alavancagens. Agora precisam de 37 mil milhões (pelo menos) nos próximos três anos.
Estes cinco banqueiros enterraram-se em dívidas, à semelhança dos portugueses dirigidos por um Partido Socialista que governou praticamente nesta última dúzia de anos.

Há um deles que descende de banqueiros que lidaram com Salazar e Caetano: Ricardo Salgado. Os pais e avós souberam lidar com a ditadura mas não impunham regras à ditadura como este descendente impõe à democracia, incentivando despesa pública para a financiar. Parte dos nossos problemas a ele se devem. À sua cupidez natural e falta de ética de responsabilidade social e nacional. Provas?

O comunista António Vilarigues apresenta-as hoje no Público:
"Contas feitas pelo economista Eugénio Rosa (uma espécie de Medina Carreira alternativo e sem projecção mediática, mas com maior rigor matemático - nota minha) indicam que segundo os dados do Banco de Portugal, no período 2000-2010, a dívida total líquida do país aumentou 269 por cento. A dívida líquida externa do Estado cresceu 122,6, por cento, menos de metade do crescimento da dívida do país. Mas a dívida líquida da banca e das empresas ao estrangeiro aumentou 629,2 por cento(!!!). Isto é, cinco vezes mais que o aumento percentual da dívida externa do Estado."
E continua:
"Uma das características da actual crise é a transformação da dívida privada, contraída pelo sistema financeiro com as suas trampolinices e "lixos tóxicos", em dívida pública a ser paga por todos nós. No caso de Portugal, os dados são esclarecedores. Desde 2008 (em euros) a banca portuguesa recebeu quatro mil milhões dados pelo Governo; 20 mil milhões em avales; cerca de 7,7, mil milhões (ou quase cinco por cento do PIB de Portugal) enterrados no BPN, dos quais dois mil milhões já aparecem nas contas públicas; cerca de 450 milhões no BPP; cerca de quatro mil milhões (2008 a 2010) só em juros roubados dos nossos impostos no esquema de "eu (banco português) vou ao BCE pedir a um por cento e empresto-te a 4, 5 a 6 a 7, a 8 a 9...por cento"; para pagamento do IRC a rondar em média os 10 por cento (quando a taxa é de 25 por cento); no OE para 2011 avales no valor de 20,181 milhões e ajudas para aumentos de capital de 9,146 milhões; lucros líquidos em 2010 iguais aos de 2009 - cinco milhões de euros por dia - pagando metade dos impostos."
E pergunta o articulista comunista:
"E dizem que já não aguentavam mais sacrifícios?" E acrescenta ainda: "o comissário europeu para os assuntos económicos revelou que "é quase certo" que parte dos 80 mil milhões da chamada ajuda para Portugal será canalizado para a banca portuguesa."


Dito isto talvez valha a pena acrescentar que aquela fina flor do lixo em que transformaram os seus bancos, assim considerados pelas agências de rating, merecem um castigo nacional. Não deveriam ficar impunes nesta desgraça porque são autores, co-autores e cúmplices do desgoverno da última dúzia de anos.

O dito Ricardo Salgado ainda nem há muito tempo, numa daquelas entrevistas de quem sente o rei na barriguinha cheia dizia que o primeiro-ministro Inenarrável que ainda temos, era um político aceitável e
E disse também que eram precisos os tais mega investimentos. E não foi assim há tanto tempo...
Tal como não foi assim há tanto tempo - Outubro de 2009 - que em entrevista à TSF disse isto:

Ricardo Salgado considerou Teixeira dos Santos «dos melhores ministros das Finanças que Portugal jamais teve».«Na minha opinião pessoal, é muito bom para o nosso país» que continue à frente do Ministério das Finanças, no novo Governo apresentado por José Sócrates, defendeu.
Entulho, disse? É pouco. Talvez responsável directo pelo "lixo tóxico".

in portadaloja - post de José

sexta-feira, abril 15, 2011

O Comício-Circo na TV visto por blogger

«A TELEVISÃO UNIVERSAL DO REINO DE SÓCRATES»



De um leitor. «Há pouco na SICN eram três seres vivos a debitar som, mais o apresentador. Todos frontalmente contra o conhecimento da verdade. Mas pareciam ser do "género" que quer propostas (na linguagem de esquerda, "milagres") concretas do PPC. E mais: sem se rir, a senhora afirmou que não se percebe para que quer PPC aquilo, mas que essa avaliação é exactamente o que já está a fazer o FMI, BCE e CE. E eles conhecem os truques todos que os países fazem, dizia! Conclusão: o FMI deve e vai avaliar exactamente o estado das contas em Portugal, mas deve escondê-lo de PPC, ou seja, da oposição, ou seja, do país. A televisão da missa universal do reino de Sócrates parece um curso da Tele-escola da RTP na especialidade de doutoramento em imbecilização da carneirada. Não há um que queira saber a verdade e todos parecem pensar que vamos tapar o sol com a peneira durante mais 30 anos. E mais: votar às escuras, que é o mais grave. Esta gente terá mesmo neurónios foto-sensíveis cuja actividade é inversamente proporcional à potência dos holofotes dos estúdios ou serão apenas excelentes actores?»

in portugal dos pequeninos - post de João Gonçalves

terça-feira, abril 12, 2011

Teixeira dos Santos? Mentiroso!


Percebi bem?


Segundo revela agora Teixeira dos Santos o só estão garantidas as necessidades de financiamento até Maio (*). Portanto, quando o o governo garantia que não ia ser preciso ajuda externa (até há poucas semanas) estava a mentir. Certo?

(*) Para quem não percebeu o que são "necessidades de financiamento", esclareço que a partir de Junho não há dinheiro que chegue para para pagar todos os funcionários, fornecedores, credores, etc.
in O Cachimbo de Magritte - post de Miguel Noronha

domingo, abril 10, 2011

Está comigo todo o Partido Socialista? Vocês estão comigo??

Canção de uma Girl em fim-de-festa (*)

Chegaste como um vencedor
E o ar de quem nos vai dar
muito mais a ganhar

Antes não era tão bom
A vida não tinha tom
Mas tu fizeste a vida apetecer

Mandaste a minha solidão embora
Nomeaste-me para administradora
Com o teu discurso seguro
E a aldrabice no teu olhar

Eu fiquei louca por ti
Logo rejuvenesci
E comecei a gastar
Dispondo a meu favor
do dinheiro sem cor
Ali mesmo à mão de semear

Aumentaste de um modo perverso
Todos os impostos do universo
Com o teu discurso seguro
E a aldrabice no teu olhar

Dá-me tacho, dá-me tacho
Deixa o meu conforto manter-se
Até o mandato acabar
Dá-me tacho, não deixes o FMI entrar
Atira as culpas para os outros e talvez
a gente consiga escapar

Bati recordes de despesa
Agora já estou tesa
não há mais pra gastar
Já não temos mais colchões
Caímos aos trambolhões
A situação está cada vez pior
.
Por ti o cofre está cada vez mais leve
E eu sei que essencialmente isso se deve
Ao teu discurso seguro
e à aldrabice no teu olhar

Dá-me tacho, dá-me tacho
Deixa o meu conforto manter-se
Até o mandato acabar
Dá-me tacho, não deixes o PSD entrar
Atira as culpas para os gajos e talvez
a gente consiga escapar

Se eu fosse compositora
compunha à bancarrota
um hino triunfal
se eu fosse uma tipa honesta
havia de declarar-te
incompetente à escala mundial

Mas eu não passo duma bem-falante
que teve a sorte de ser militante
com cargo bem remunerado,
com Mercedes e Visa dourado

Dá-me tacho, dá-me tacho
Deixa o meu conforto manter-se
Até o mandato acabar
Dá-me tacho, não deixes o FMI entrar
Atira as culpas para os outros e talvez
a gente consiga escapar

(*) para entoar com a música de Dá-me Lume, de Jorge Palma.

in Blasfémias - post de jcd

ADENDA: a música do Palma referida no post é esta e merecia uma versão com a nova letra:


ADENDA II: para perceber o título do texto, aconselha-se a leitura deste post d'O Cachimbo de Magrite:



Há qualquer coisa de insuportavelmente repugnante naquele esganiçamento histérico com que Sócrates se vira para os congressistas berrando: 'Está comigo todo o Partido Socialista? Vocês estão comigo??'

Livra, até o outro tarado, lá nos Parteitage de Nuremberga, berrava 'Hinter uns kommt Deutschland!' - e não hinter mich...

terça-feira, abril 05, 2011

Sócrates? Nem mais um cêntimo, dizem os banqueiros portugueses



Bancos não emprestam mais dinheiro ao Estado
Nem mais um euro. Única saída é pedir ajuda externa

Os banqueiros portugueses reuniram-se ainda na segunda-feira no Banco de Portugal e decidiram cortar o crédito ao Estado. Ora, sem conseguir dinheiro emprestado e com os mercados financeiros a exigirem juros já acima dos 10%, a única saída é pedir ajuda externa.

São precisos 15 mil milhões de euros para Portugal se conseguir aguentar até ao Verão, uma verba que os banqueiros entendem que deve ser pedida através de um empréstimo intercalar à Comissão Europeia, algo também ontem foi aconselhado pelo presidente do BCP, em entrevista à TVI. Só assim Portugal conseguirá fazer face a todos os compromissos de dívida no prazo em que vencem os empréstimos mais importantes, ou seja, em Junho.

A posição dos banqueiros faz manchete na edição do «Jornal de Negócios» desta terça-feira que levanta o véu de uma reunião secreta entre os presidentes dos grandes bancos portugueses - leia-se BCP, BES, BPI, CGD e Santander - com o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.

Já não são só os mercados a deixar de dar tréguas a Portugal. O braço-de-ferro faz-se agora sentir também dentro de fronteiras: os bancos vão deixar assim de comprar dívida pública portuguesa. E os investidores dizem que a probabilidade de o Estado entrar em incumprimento é já de 40%.

O mesmo jornal lembra até à data os bancos nacionais acudiram recorrentemente o Estado, financiando-o directamente através dos leilões dívida ou como «intermediários» do Banco Central Europeu.

Mas o saco encheu e está prestes a rebentar. A banca deixou de ter margem para poder financiar o Estado. O líder do maior banco privado português, Carlos Santos Ferreira, não tem dúvidas de que a ajuda a Portugal é «urgente e deve ser pedida já».

Um ultimato a que se junta agora outro da Moody`s. A agência de notação financeira cortou hoje o rating de Portugal em um nível, pelo que a classificação da República está agora a três passos do «lixo». O novo Governo vai ter mesmo de pedir ajuda, avisa a Moody`s, uma vez que «o custo actual do financiamento está a aproximar-se de um nível insustentável, mesmo no curto prazo».

Os juros da dívida soberana nacional logo reagiram a mais este «ataque», com as Obrigações do Tesouro a cinco anos a ultrapassarem, pela primeira vez desde que Portugal entrou no euro, os 10%.

Questionados por esta decisão da banca nacional, alguns economistas contactados pela Agência Financeira são unânimes: Este é um sinal «alarmante».

sábado, março 26, 2011

Arrependei-vos, que o fmi está próximo

fmi

Governar com a tutela do FMI não pode ser tão desprestigiante como se está a fazer crer. As duas vezes que o Fundo esteve em Portugal, em 1977 e 1983, veio a pedido de governos chefiados por Mário Soares, então líder do PS. O mesmo partido que agora se recusa a governar nessas condições.

in Blasfémias - post de rui a.

NOTA:  gosto mais deste FMI do José Mário Branco, mas parece-me que o outro está mesmo a chegar - e se for para sabermos realmente a situação financeira do país, então acho bem...


quarta-feira, janeiro 12, 2011

Hoje é dia de dinheiro fresco para Sócrates torrar - venha a massa da China e BCE...


Depeche Mode - Just Can't Get Enough


When I'm with you baby, I go out of my head
And I just can't get enough, I just can't get enough
All the things you do to me and everything you said
And I just can't get enough, I just can't get enough


We slip and slide as we fall in love
And I just can't seem to get enough of


We walk together, we're walking down the street
And I just can't get enough, I just can't get enough
Every time I think of you I know we have to meet
And I just can't get enough, I just can't get enough


It's getting hotter, it's a burning love
And I just can't seem to get enough of


I just can't get enough


And when it rains, you're shining down for me
And I just can't get enough, I just can't get enough
Just like a rainbow you know you set me free
And I just can't get enough, I just can't get enough


You're like an angel and you give me your love
And I just can't seem to get enough


I just can't get enough

terça-feira, dezembro 21, 2010

Grão a grão...

Novidades

A nota da Moody's, de hoje, ao contrário das outras, rotineiras, pode ter impacto severo no nível das taxas de juro, pois traz novidades. É a primeira vez que uma agência de rating chama a atenção para a possibilidade da «métrica» da dívida pública vir a ser afectada pela necessidade do Estado ter de vir a socorrer os bancos. O resto é conhecido: pressões deflacionárias, problemas de financiamento e refinanciamento, incapacidade do Governo de reduzir as novas necessidades de financiamento sem recurso a fundos de pensões da PT & Cª.
Por memória: há já 1.200 milhões de euros, que deveriam ser abatidos à dívida, com receitas de privatizações, um equivalente a 0,73% do PIB, em 2010, que não vão ser encaixados. O BPN, uma das privatizações agendadas, não só falhou, como vai requerer, para se manter, uma nova injecção de capital (cf. Relatório do Orçamento 2011, p. 165). Naturalmente que estes desaires são irrisórios face àquilo para que a Moody's alerta. 

in O Cachimbo de Magritte - post de Jorge Costa

domingo, dezembro 19, 2010

Santa FMI in coming...

(imagem daqui)

O Pai Natal de José Sócrates

José Sócrates inaugurou uma nova linguagem em época de Natal. A União Europeia exigiu a Portugal uma maior flexibilidade nas leis laborais e o primeiro-ministro encontrou uma forma de obedecer às instruções da chanceler alemã Angela Merkel, embrulhando a coisa com papel colorido para português ver: arranjou um nome pomposo e optimista, chamando-lhe ‘Iniciativa para a Competitividade e o Emprego’.

O Natal é tempo de amor ao próximo e esperança no futuro, mas não convém exagerar e muito menos acreditar em tudo o que nos dizem. Aliás, é sempre perigoso acreditar em José Sócrates quando se trata de políticas de emprego. Desde a célebre promessa de criação de 150 mil postos de trabalho nas eleições legislativas de 2005 que o desemprego só tem crescido, ultrapassando a fasquia psicológica dos 10%.

Ainda em Janeiro deste ano, o Governo criava a ‘Iniciativa Emprego 2010’ que deveria abranger 760 mil portugueses. Como também foi notícia esta semana, Portugal conseguiu ser o país onde mais aumentou o desemprego no terceiro trimestre.

Em nova entrevista ao ‘Financial Times’ na terça-feira, o primeiro-ministro garantiu que os mercados estão "a começar a reconhecer" as reformas do Governo. É evidente que os "mercados" não podem acreditar em reformas que não existem. A resposta das agências internacionais às sucessivas promessas de José Sócrates tem sido invariável: mais tarde ou mais cedo, Portugal vai ter de recorrer ao fundo de emergência da União Europeia.

Por tudo isto, é melhor não acreditar se Sócrates disser que o Pai Natal vem aí para a semana – o mais certo é que seja o Fundo Monetário Internacional a chegar. 

sábado, dezembro 18, 2010

O país da vergonha


… caso contrário alinharia.

Expresso, 18 de Dezembro de 2010

in A Educação do meu Umbigo - post de Paulo Guinote

sexta-feira, dezembro 10, 2010

A Bancarrota Sócrates bem explicada

(imagem daqui)

Opinião - O Cronista Indelicado
Senhor FMI - é este o novo nome de Sócrates

Se o caro leitor quiser saber hoje aquilo que se vai passar no país nos tempos mais próximos, não precisa de consultar as secções de astrologia dos jornais portugueses – basta-lhe consultar as secções de economia dos jornais estrangeiros.

O anúncio da revisão do Código do Trabalho é a prova definitiva de que já não é José Sócrates e os seus ministros quem manda em Portugal: essa notícia já tinha sido dada pela imprensa internacional há um par de semanas. Neste momento, o ministro das Finanças alemão tem mais informações sobre o nosso futuro do que Teixeira dos Santos. Até porque, indirectamente, é ele quem anda a pagar parte das nossas contas.

Mas atenção: se este primeiro parágrafo lhe deu vontade de correr para a estante à procura da biografia da Padeira de Aljubarrota, peço-lhe caridosamente que pare um pouco e pense duas vezes. Esta não é a melhor altura para defender a independência da pátria, até porque nós já deixámos de ser independentes há muito tempo – e foi isso, aliás, que nos permitiu passar a ir para o Algarve de auto-estrada. Assim sendo, a transformação de José Sócrates numa versão light do FMI não só não é nenhuma tragédia, como é bem capaz de ser a grande prenda de Natal de 2010. Quanto menos o primeiro-ministro pensar pela sua pobre cabecinha e mais fizer aquilo que a Europa e o mundo lhe ordenam, melhor.

O cinto apertou em todo o lado e os nossos credores fecharam a torneira. A única forma de continuarmos a viver como nos últimos 20 anos era se o proletário da Baviera continuasse a subsidiar o proletário do Barreiro. Só que o proletário da Baviera cansou-se disso. E agora temos o Cobrador do Fraque a bater-nos à porta. José Sócrates é hoje apenas o mordomo que roda a fechadura e faz o que lhe mandam – e o papel assenta-lhe na perfeição. 

segunda-feira, novembro 22, 2010