O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Foi galardoado com o Nobel de Literatura de 1998. Também ganhou, em 1995, o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa.
Saramago foi considerado o responsável pelo efectivo reconhecimento
internacional da prosa em língua portuguesa. A 24 de agosto de 1985 foi
agraciado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e a 3 de dezembro de 1998 foi elevado a Grande-Colar da mesma Ordem, uma honra reservada apenas a Chefes de Estado.
José Saramago foi conhecido por utilizar um estilo oral, coevo dos
contos de tradição oral populares em que a vivacidade da comunicação é
mais importante do que a correção ortográfica de uma linguagem escrita.
Todas as características de uma linguagem oral, predominantemente usada
na oratória, na dialéctica, na retórica e que servem sobremaneira o seu
estilo interventivo e persuasivo estão presentes. Assim, utiliza frases e períodos compridos, usando a pontuação de uma maneira não convencional; os diálogos das personagens são inseridos nos próprios parágrafos que os antecedem, de forma que não existem travessões nos seus livros. Este tipo de marcação das falas propicia uma forte sensação de fluxo de consciência,
a ponto do leitor chegar a confundir-se se um certo diálogo foi real ou
apenas um pensamento. Muitas das suas frases (i.e. orações) ocupam mais
de uma página,
usando vírgulas onde a maioria dos escritores usaria pontos finais. Da
mesma forma, muitos dos seus parágrafos ocupariam capítulos inteiros de
outros autores.
Estas características tornam o estilo de Saramago, único na
literatura contemporânea, sendo considerado por muitos críticos um
mestre no tratamento da língua portuguesa. Em 2003, o crítico norte-americano Harold Bloom, no seu livro Genius: A Mosaic of One Hundred Exemplary Creative Minds
("Génio: Um Mosaico de Cem Exemplares Mentes Criativas", tradução
livre), considerou José Saramago "o mais talentoso romancista vivo nos
dias de hoje",
referindo-se a ele como "o Mestre". Declarou ainda que Saramago é "um
dos últimos titãs de um género literário que se está a desvanecer".
Foi adotado pela família Lorenz e cresceu ao lado de outros dois irmãos. O nome "Flake" é uma alcunha, sendo o seu nome real Christian. Aos 15 anos obteve o seu primeiro piano. O primeiro trabalho foi num quiosque de imprensa.
Compartilhou a sua casa com Paul Landers. A sua profissão era manufaturar máquinas de ferramentas. O seu primeiro grupo era o Feeling B., antes de começar a tocar teclados na famosa banda alemã Rammstein.
Mensagem de Arecibo (a cor foi adicionada apenas para separar por partes a mensagem e facilitar a compreensão)
A mensagem de Arecibo foi enviada para o espaço, com o objetivo de transmitir a uma possível civilização extraterrestre, informações sobre o planeta Terra e a civilização humana em 1974, pelo SETI com o uso do radiotelescópioporto-riquenho de Arecibo. Algumas alterações foram efetuadas no transmissor do radiotelescópio, permitindo transmitir sinais com até 20 terawatts de potência. Como teste inaugural, foi decidido pelo SETI transmitir uma mensagem codificada para o universo. Este sinal foi direcionado para o agrupamento globular estelar M 13, que está a aproximadamente 25 mil anos-luz de distância, e possui cerca de 300 mil estrelas, na Constelação de Hércules. A mensagem foi transmitida exatamente a 16 de novembro de 1974 e consistia-se em 1679 impulsos de código binário que levaram três minutos para serem transmitidos, na frequência de 2.380 MHz.
Desempenhou vários cargos de liderança institucional. Chegou a ser
presidente do "Instituto Nacional de Investigação das Pescas" e do
"Instituto do Mar". Foi responsável pelo Laboratório Marítimo da Guia de 1974 a 1997, situado no Guincho, perto de Cascais, onde desenvolveu trabalhos pioneiros no domínio da Biologia Marinha. Liderou bastantes projectos de investigação de âmbito nacional e internacional.
Foi pioneiro no domínio da Biologia Marinha, tendo publicado vários trabalhos fundamentais para o desenvolvimento desta ciência em Portugal.
Foi responsável pela formação científica de inúmeros biólogos
marinhos, que mais tarde viriam a tornar-se responsáveis pela
investigação de várias Universidades e Institutos de Investigação portugueses. Ele próprio, em 1993, juntamente com outros especialistas norte-americanos e franceses, foi um dos responsáveis pela descoberta das primeiras fontes hidrotermais submarinas, no fundo do Oceano Atlântico, perto dos Açores.
Noutra vertente, Luiz Saldanha foi também um artista, os seu desenhos a lápis e aguarelas, com que ilustrava os seus diários de viagem, e outras campanhas oceanográficas em que participava, já foram requisitadas inúmeras vezes para exposições sobre oceanografia e outros temas.
Foi presidente do "Instituto Nacional de Investigação das Pescas" e mais tarde também do "Instituto do Mar", actual Instituto Português do Mar e da Atmosfera, como já referido anteriormente. No desempenho destas funções contribuiu de um modo decisivo para o desenvolvimento das Ciências e Tecnologias do Mar em Portugal.
Depois de um longo período de doença, faleceu no dia 16 de novembro de 1997.
Homenagens
Em 1998, já depois da sua morte, foi homenageado ao ser dado o seu nome ao primeiro parque marinho de Portugal continental, o "Parque Marinho Professor Luiz Saldanha", integrado no Parque Natural da Arrábida.
Ainda em 1998, outras homenagens de relevo com a atribuição do seu
nome à primeira operação organizada por investigadores portugueses às zonas hidrotermais junto aos Açores, a "Missão Saldanha", chefiada pelo cientista Fernando Barriga, ProfessorDoutor da Universidade de Lisboa, que resultaria na descoberta do Monte Saldanha.
No dizer de Otto Flake, Nantes fora "entregue ao furor de Carrier, sanguinário patológico, egresso diretamente dos romances de Sade".
Contexto
Vivia a Revolução uma fase de afirmação de qual das correntes predominaria sobre as demais. Em abril daquele ano o Clube dos Jacobinos, sob a direção de Maximilien de Robespierre,
principiou a tomada do poder, sob uma filosofia em que este seria
transferido ao povo (os próprios jacobinos), e com a derrota dos girondinos, a 3 de junho.
Várias das cidades comandadas por simpatizantes da Gironda se rebelaram, forçando a Convenção a enviar seus representantes para submetê-las. Para Lião seguiram Fouché e Collot d'Herbois; para Nantes seguiu Carrier.
Ali, na Vendeia,
havia os realistas tentado um golpe fracassado contra Nantes. Cerca de
oitenta mil homens tentaram romper o cerco em direção à fronteira, mas
foram impedidos em Le Mans e completamente batidos em Savenay.
Determinou então a Convenção que a Vendeia fosse assediada, enviando
para lá dezasseis acampamentos fortificados, tendo por pontos de apoio
as chamadas Colunas Infernais - uma dúzia de colunas volantes - que avançaram destruindo a ferro e fogo os seus adversários.
Nantes havia de pagar pela insubordinação, e Carrier foi o encarregado disto.
Afogamentos
A repressão fazia-se com execuções à guilhotina
mas, para Carrier, esta era muito demorada. Enquanto em Lião Fouché
criou o metralhamento em massa, em Nantes Carrier decidiu embarcar de
uma vez noventa sacerdotes e, estando a embarcação a meio do rio, era a mesma posta a pique.
Le canonnier Wailly, de faction sur le ponton La Samaritaine, dans la nuit du 16 au , laisse l’unique témoignage sur cette première noyade :
« Environ minuit et demi, huit particuliers de moi inconnus se sont
approchés du bord dudit pontons montés sur un canot ; je les ai hélés,
et, au mot de qui vive ! il m’a été répondu : Commandant, nous allons à
bord. En effet, ils se sont approchés et m’ont demandé la liberté de
passer avec un gabareau, qu’ils me dirent être chargé de 90 brigands,
que j’ai su depuis être 90 prêtres. Je leur ai répondu que la consigne
qui m’était donnée était de ne laisser passer aucun bâtiment, que l’on
ne m’apparaisse d’ordre supérieur. Sur ma réponse, l’un de ces
individus, nommé Fouquet, me menaça de me couper en morceaux, parce que,
ajouta-t-il, lui et sa troupe étaient autorisés à passer partout sans
qu’on pût les arrêter. Je leur demandai à voir leurs pouvoirs, ils
obéirent et me présentèrent un ordre conçu à peu près en ces termes, et
signé Carrier, représentant du peuple : « Permis aux citoyens Fouquet et
Lamberty de passer partout ou besoin sera avec un gabareau chargé de
brigands, sans que personne puisse les interrompre ni troubler dans ce
transport. » Muni de l’ordre du représentant Carrier que Fouquet et
Lamberty venaient de me présenter, je ne crus pas devoir insister
davantage ; en conséquence, les particuliers montant le canot et le
gabareau contenant les individus passèrent sous la batterie du ponton où
j’étais en faction, et un quart d’heure après j’entendis les plus
grands cris partir du côté des bateaux qui venaient de se séparer de
moi, et à la faveur du silence de la nuit, j’entendis parfaitement que
les cris de ceux que j’avais entendus auparavant étaient ceux des
individus renfermés dans le gabareau, que l’on faisait périr de la façon
la plus féroce. Je réveillai mes camarades du poste, lesquels, étant
sur le pont, ont entendu les mêmes cris, jusqu’à l’instant où tout fut
englouti. »
Environ 90 prêtres périssent victimes de la première noyade. On
compte cependant trois survivants qui sont recueillis par des matelots
de L’Imposant qui leur donnent de l’eau-de-vie pour les
réchauffer. Informé, le Comité révolutionnaire ordonne au capitaine
Lafloury, commandant du navire, de faire transférer les trois prêtres
dans une galiote hollandaise le , selon Fourier, directeur de l’hospice révolutionnaire« Ces prêtres furent repris et noyés le lendemain, le fait m’a été certifié par Foucault, qui était présent à la noyade ». Julien Landeau, curé de Saint-Lyphard
parvient à s'échapper et regagne sa paroisse où il vit en clandestinité
jusqu'en 1795. Il est l'unique survivant de la première des noyades de
Nantes.
Le , Carrier rend compte à la Convention nationale de l’opération en termes voilés :
« Un événement d’un genre nouveau semble avoir voulu diminuer le
nombre des prêtres ; 90 de ceux que nous désignons sous le nom de
réfractaires, étaient renfermés dans un bateau sur la Loire. J’apprends à
l’instant, et la nouvelle en est très-sûre, qu’ils ont tous péri dans
la rivière. »
A sua família aparentou-se com a família imperial quando a sua mãe, com
dezanove anos e grávida, se divorciou do seu pai e contraiu matrimónio
com Otaviano (38 a.C.), o futuro imperador Augusto. Mais tarde, casou-se com a filha de Augusto, Júlia, a Velha. Foi adotado formalmente por Augusto a 26 de junho de 4 d.C., passando a fazer parte da genteJúlia. Após a adoção, foram-lhe concedidos poderes tribunícios
por dez anos. Ao longo da sua vida, Tibério viu desaparecer
progressivamente todos os seus possíveis rivais na sucessão graças a uma
série de oportunas mortes.
Os descendentes de Augusto e Tibério continuariam a governar o Império Romano durante os quarenta anos seguintes, até a morte de Nero. Como tribuno, reorganizou o exército, reformando a lei militar e criando novas legiões. O tempo de serviço na legião passou para os vinte anos, para dezasseis anos na guarda pretoriana.
Após cumprir o tempo de serviço, os soldados recebiam um pagamento,
cujo valor provinha de um imposto de cinco por cento sobre as heranças.
Porém, posteriormente, perdeu a amizade com o imperador Augusto, e viu-se
obrigado a exilar-se em Rodes. Contudo, após a morte dos netos maiores de Augusto e previsíveis herdeiros do império, Caio César e Lúcio Júlio César, ambos desterrados por traição do seu neto menor, Agripa Póstumo, Tibério foi chamado pelo imperador e nomeado sucessor. Em 13 d.C.,
os poderes de Augusto e de Tibério foram prorrogados por dez anos.
Contudo, Augusto faleceu pouco depois, ficando Tibério como único
herdeiro. Tibério sucedeu a Augusto em 19 de agosto de "767ab urbe condita", correspondente ao ano 14 d.C.. Após a sua entronização, todos os poderes foram transferidos para Tibério.
Tibério converteu-se num dos maiores generais de Roma. Nas suas campanhas na Panónia, Ilírico, Récia e Germânia,
Tibério assentou as bases daquilo que posteriormente se tornaria a
fronteira norte do império. Contudo, Tibério chegou a ser recordado como
um obscuro, recluso e sombrio governante, que realmente nunca quis ser
imperador; Plínio, o Velho chamou-o de "tristissimus hominum" ("o mais triste dos homens"). Após a morte de seu filho, Júlio César Druso em 23 d.C., a qualidade do seu governo declinou e o seu reinado terminou em terror. Em 26 d.C., Tibério auto-exilou-se de Roma e deixou a administração nas mãos dos seus dois prefeitos pretorianosLúcio Élio Sejano e Quinto Névio Cordo Sutório Macro. Tibério adotou o seu sobrinho-neto Calígula para que o sucedesse no trono imperial.
Último de quatro filhos e sete filhas de José de Azevedo Pacheco (Loulé, São Clemente, 18 de Janeiro de 1864 - 1914), Comissário da Polícia de Loulé, e de sua mulher Maria do Carmo Pontes Bota (Loulé, São Clemente - 1905), doméstica, e sobrinho paterno de Marçal de Azevedo Pacheco.
Em 1928,
com apenas 29 anos, ocupa pela primeira vez um cargo político, ao ser
nomeado para Ministro da Instrução Pública, exercendo estas funções
apenas durante uns curtos meses. A 18 de abril toma posse e a 10 de
novembro demite-se. Era o primeiro governo de José Vicente de Freitas, estando Óscar Carmona na presidência da república.
Nesse tempo teve uma missão que se veio a revelar de uma
importância decisiva para o século XX português: vai a Coimbra convencer
Salazar a regressar à pasta das Finanças. Salazar encontrava-se
desiludido com a experiência anterior dos amargos cinco dias que
participou do Governo de Mendes Cabeçadas e pela desgraça política financeira do General João Sinel de Cordes,
com quem tinha tentado colaborar. É Duarte Pacheco que negoceia as
condições extraordinárias que Salazar pretende para voltar a ocupar o
cargo. A missão foi bem sucedida, tanto que Salazar toma posse a 28 de
abril desse mesmo ano.
É sob a orientação de Duarte Pacheco, que se dá início à construção dos edifícios do Instituto Superior Técnico em Lisboa, construindo-se aquele que viria a ser o primeiro campus universitário português.
Existe uma história curiosa quanto à origem dos vidros do edifício do
Instituto. Diz-se que foram enviados por diversas indústrias vidreiras
como amostras solicitadas pelo próprio Ministro, a fim de determinar o
de melhor qualidade, sendo utilizadas nas janelas do edifício sem se
terem informado as indústrias solicitadas e sem ter havido nenhum tipo
de remuneração dos vidros usados.
Mas é com 33 anos que Duarte Pacheco encontra o seu próprio
destino. Em 1932 volta a ser convidado por Salazar, que admirava o seu
carácter, para participar no seu Governo, na pasta de Ministro das Obras Públicas e Comunicações.
A 5 de julho assume pela primeira vez a pasta das Obras Públicas e
Comunicações no Governo de Salazar, até 18 de janeiro de 1936, altura em
que abandona as funções. Entretanto, a 1 de julho de 1933, é agraciado
com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Em 1936,
com uma reforma da corporação política, Duarte Pacheco é afastado do
Governo, regressando ao Instituto Superior Técnico, mas ferido
politicamente e profetiza que "hão de vir em peregrinação pedir-me desculpas e suplicar-me que regresse". Profecia que sai certa. Porque no dia 1 de janeiro de 1938 Duarte Pacheco é nomeado presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e meses depois, a 25 de maio, em acumulação, novamente ministro do Governo, passando a ocupar a pasta das Obras Públicas e Comunicações,
pasta que desta vez só abandonará com a morte ao serviço da Nação
Portuguesa. A 18 de dezembro de 1940 é agraciado com a Grã-Cruz da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico.
Na manhã de 15 de novembro de 1943, Duarte Pacheco foi a Vila Viçosa, inteirar-se dos trabalhos em curso para a construção da estátua de D. João IV,
mas queria chegar a tempo ao Conselho de Ministros, marcado para a
tarde. Ao regressar a Lisboa, na Estrada Nacional n.º 4, no lugar da
Cova do Lagarto, entre Montemor-o-Novo e Vendas Novas,
o veículo oficial seguia a alta velocidade e despistou-se, embatendo
com o lado direito num sobreiro. Um acompanhante teve morte imediata. Os
outros sofreram ferimentos relativamente ligeiros. Os de Duarte Pacheco
foram graves. O ministro foi transportado para o Hospital da
Misericórdia em Setúbal.
Mal foi informado, Salazar seguiu para lá, fazendo-se acompanhar de um
grupo de médicos reputados. De nada puderam valer e, na madrugada de 16,
era confirmado o óbito de Duarte Pacheco, devido a uma hemorragia
interna.
Ser doido-alegre, que maior ventura! Morrer vivendo p'ra além da verdade. É tão feliz quem goza tal loucura Que nem na morte crê, que felicidade! Encara, rindo, a vida que o tortura, Sem ver na esmola, a falsa caridade, Que bem no fundo é só vaidade pura, Se acaso houver pureza na vaidade. Já que não tenho, tal como preciso, A felicidade que esse doido tem De ver no purgatório um paraíso... Direi, ao contemplar o seu sorriso, Ai quem me dera ser doido também P'ra suportar melhor quem tem juízo.
in Este Livro que Vos Deixo... (1969) - António Aleixo
A 16 de novembro celebra-se o Dia Nacional do Mar, procurando assim destacar a importância que o mar tem para a história e identidade de Portugal, bem como para a economia e desenvolvimento do país.
A
data escolhida deve-se ao facto de a «Convenção das Nações Unidas sobre
o Direito do Mar» ter entrado em vigor a 16 de novembro de 1994, sendo
ratificada por Portugal em 1997.
El-Rei Longe da luz A que sonhou na infância Em vez de predomínio e de conquista Sonhos de amor Entre visões de artista Morreu de desconsolo e de distância. Caminho aberto À morte por essa ânsia Que mais se exalta Quanto mais contrista De quem recorda o lar que nunca avista E se consome em lúcida constância. Porque acima do trono e da realeza Havia o céu azul, a claridade Da sua amada Terra Portuguesa Havia a Pátria, e dizem, que impiedade Dizem que não se morre de tristeza Dizem que não se morre de saudade.
Venceslau
de Sousa Pereira de Lima, filho de José Joaquim Pereira de Lima,
capitalista e comendador, e de D. Isabel Amália Tallone de Sousa
Guimarães, nasceu no Porto a 15 de novembro de 1858. Oriundo de uma
abastada família portuense, foi enviado muito jovem para o estrangeiro,
tendo aí feito os seus estudos preparatórios e secundários. Terminados
esses estudos, regressou a Portugal com uma formação voltada para as
ciências naturais, bem distinta da formação que as escolas portuguesas
então propiciavam. Matriculou-se em Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, completando o curso com elevada classificação. Requereu exame de licenciatura, defendendo com brilhantismo uma tese sobre carvões. Logo de seguida, a 26 de novembro de 1882, doutorou-se pelas mesmas Faculdade e Universidade.
Em 1883 concorreu para uma vaga de lente da Academia Politécnica do Porto, tendo apresentado no respectivo concurso de provas públicas uma dissertação sobre a função clorofilina. Tendo a prova sido considerada brilhante e distinta,
foi nomeado para o lugar, iniciando uma carreira que duraria perto de
30 anos. Durante esse período regeu, com pequenas intermitências
causadas pela sua actividade política, a cadeira de geologia
daquele estabelecimento de ensino superior. Paralelamente, desenvolveu
ali um conjunto de trabalhos de investigação pioneiros no domínio da paleontologia vegetal.
À época, a paleontologia era uma ciência nova e o estudo dos fósseis
encontrados em território português era muito incipiente, devendo-se
essencialmente ao trabalho de alguns investigadores estrangeiros que
tinha colectado amostras em Portugal. Os únicos trabalhos publicados por
investigadores portugueses resumiam-se aos estudos sobre a flora fóssil
do Carbonífero feitos por Bernardino António Gomes.
Venceslau de Sousa Pereira de Lima teve o mérito de reunir os
trabalhos anteriormente publicados por estrangeiros, nomeadamente por Daniel Sharpe, Charles Bunbury e Oswald Heer,
e a partir dessa base incipiente desenvolver um profícuo estudo da
geologia e paleontologia vegetal de Portugal, com destaque para a
referente aos terrenos carboníferos.
A sua dedicação a estes estudos levaram, em 1886,
à sua nomeação como engenheiro da Secção dos Trabalhos Geológicos,
encarregado do estudo da flora fóssil portuguesa. Foi, nessas funções,
um dos colaboradores de Carlos Ribeiro, um dos pioneiros da geologia portuguesa.
Sendo uma personalidade multifacetada e com grande capacidade de
intervenção na vida social, Venceslau de Sousa Pereira de Lima não se
limitou à sua carreira científica: pouco depois de iniciar funções
docentes filiou-se no Partido Regenerador, tendo de seguida desempenhado o cargo de governador civil dos distritos de Vila Real, Coimbra e Porto. Foi também eleito deputado pelos círculos do norte de Portugal em diversas legislaturas. Em 1901 foi elevado a Par do Reino, tendo tomado assente na respectiva Câmara na sessão de 17 de março daquele ano.
As suas intervenções nas Cortes centraram-se nos temas relacionados com a instrução pública, pugnando pela reforma do Conselho Superior de Instrução Pública, órgão de que era membro.
Quando em 1903 coube a Ernesto Rodolfo Hintze Ribeiro assumir a presidência do Conselho de Ministros, convidou Venceslau para assumir o cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros, a que ele acedeu. Durante o seu mandato conseguiram-se notáveis progressos no relacionamento com o Reino Unido e celebrou-se um tratado comercial com a Alemanha. Voltou à pasta dos Negócios Estrangeiros em 1905.
Em 1909, já em pleno período de implosão da monarquia constitucional
portuguesa foi nomeado para formar governo, presidindo a um dos últimos
executivos do regime. Durante a sua efémera passagem pela presidência,
acumulou as funções de Ministro do Reino. Sendo Conselheiro de Sua Majestade Fidelíssima, Par do Reino, Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino foi, também, nomeado Conselheiro de Estado a 22 de dezembro de 1909 (Diário do Governo, n.º 292, 24 de dezembro de 1909). Ao longo da sua carreira política, foi também membro do Conselho de Estado, presidente da Câmara Municipal do Porto, director da Escola Médico-Cirúrgica do Porto e provedor da Santa Casa da Misericórdia da mesma cidade. Foi ainda vice-presidente da comissão executiva da Assistência Nacional aos Tuberculosos e vogal da comissão do Patronato Portuense.
Foi também um esclarecido viticultor, introduzindo nas suas
importantes propriedades vários melhoramentos técnicos, alguns pioneiros
em Portugal. Nesta área de actividade foi presidente da Comissão AntiFiloxérica do Norte, introduzindo nessas funções diversas inovações técnicas na luta contra aquela praga das vinhas.
Intransigente nas suas ideias políticas, com a implantação da República Portuguesa,
não querendo de forma alguma colaborar com um regime com que não
concordava, demitiu-se de todos os cargos públicos que desempenhava.
Afastado da actividade política, durante os últimos anos da sua
vida, a sua actividade intelectual orientou-se para os trabalhos de
investigação científica, preparando um estudo sobre os terrenos
carboníferos portugueses, que não pôde terminar por ter entretanto
falecido. Teve colaboração na revista A semana de Lisboa (1893-1895).
Casado desde 1879 com D. Antónia Adelaide Ferreira, filha de António Bernardo Ferreira (III) e neta da sua homónima D. Antónia Adelaide Ferreira (1811-1896), a famosa "D. Antónia" ou simplesmente "Ferreirinha",
Venceslau de Lima viveu os últimos anos de vida no exílio, na cidade de
Pau, em França, e morreu em Lisboa, a 24 de dezembro de 1919. Está
sepultado no Porto, no Cemitério da Lapa.
Obras publicadas
Durante
perto de 30 anos o Doutor Wenceslau de Lima publicou um conjunto vasto
de trabalhos sobre paleontologia e geologia dos depósitos carboníferos,
sendo dignos menção os seguintes:
Notícia sôbre os vegetais fósseis da flora neocomiana do solo português;
Monografia do gênero Dicranophillum (Sistema Carbónico);
Notice sur une algue palèozoique;
Notícia sôbre as camadas da série permo-carbónica do Bussaco;
Petula Sally Olwen Clark (Ewell, Surrey, 15 November 1932) is an English singer, actress, and composer. She has one of the longest serving careers of a British singer, spanning more than seven decades.
Frida ao lado de seu então marido, Benny Andersson,, também integrante do ABBA, em 1976
Anni-Frid Synni Lyngstad, também conhecida como Frida, (Ballangen, 15 de novembro de 1945) é uma cantorasueca nascida na Noruega, ex-integrante do grupo sueco ABBA. Formalmente, e pelo seu casamento com o príncipe soberano da Casa Real de Reuss (morto em 1999), tornou-se em Sua Alteza Sereníssima a Princesa Anni-Frid Synni Reuss, Condessa de Plauen.
Gustav Elijah Åhr (Allentown, 1 de novembro de 1996 – Tucson, 15 de novembro de 2017), mais conhecido pelo nome artísticode Lil Peep (às vezes estilizado como LiL PEEP), foi um músico
norte-americano que atuou na sua carreira como rapper, cantor,
compositor e modelo. Ele fez parte como um dos principais membros do
grupo coletivo de emo rapGothBoiClique, no qual fez diversos trabalhos notáveis com os rappers Lil Tracy e HorseHead. As suas canções "Awful Things", "Benz Truck", "Star Shopping", "Crybaby", "The Way I See Things", "Falling Down", "Save That Shit", entre outras ganharam muita aceitação no SoundCloud e YouTube.
(...)
Em 15 de novembro de 2017,
Gustav foi encontrado morto no autocarro onde seguia na sua turnê quando um
de seus empresários foi acordá-lo para uma apresentação. A possibilidade de assassinato foi descartada,
acreditando-se que sua morte teria sido resultado de uma overdose
acidental. Em alguns dias certificaram-se que a causa da morte foi
realmente overdose acidental devido aos efeitos combinados de fentanil e Xanax. No seu relatório de toxicologia, foram encontradas as seguintes substâncias: Alprazolam, cocaína, fentanil, di-hidrocodeína, hidromorfona, oxicodona, oximorfona, tramadol e cannabis. Não havia álcool em seu corpo..
Christoph Willibald Gluck (Berching, 2 de julho de 1714 – Viena, 15 de novembro de 1787) foi um compositor musical alemão. Juntamente com o seu principal libretista, Ranieri de' Calzabigi
(1714–1795), Gluck foi responsável pela “segunda reforma da ópera”. O
impacto dessa reforma ecoou durante muito tempo na história da música.
Por conta disso, durante mais de um século a obra de Gluck representou
uma fronteira intransponível. Nenhuma ópera séria anterior à sua
reforma era representada de forma regular.
D. Manuel II nasceu no Palácio de Belém, em Lisboa,
cerca de um mês depois da subida de seu pai ao trono de Portugal.
Batizado alguns dias depois, no mesmo Paço de Belém, teve por padrinho o
avô materno, o Conde de Paris, tendo participado na cerimónia o imperador do Brasil, D. Pedro II, deposto do seu trono exatamente no mesmo dia do seu nascimento. D. Manuel recebeu à nascença os títulos reais de Infante de Portugal e de Duque de Beja.
Teve o tratamento e a educação tradicionais dos filhos dos monarcas da
sua época, embora sem preocupações políticas, dado ser o filho segundo
do rei e, como tal, não esperar um dia vir a ser rei. Como tal, é de
notar que durante a infância e juventude posava para os fotógrafos com
uma atitude mais altiva que o irmão. Este divertia-se com os tiques snobes do
irmão mais novo, embora sempre tenham sido bons amigos.
Paradoxalmente, depois de subir inesperadamente ao trono, D. Manuel teve
uma atitude oposta, afastando-se regularmente dos costumes
protocolares: foi o primeiro rei de Portugal a não dar a mão a beijar ao
dignitários durante a cerimónia anual do beija-mão real, a 1 de janeiro.
Aos seis anos já falava e escrevia em francês. Estudou línguas, história e música (tendo como professor Alexandre Rey Colaço).
Desde cedo se mostrou a sua inclinação pelos livros e pelo estudo,
contrastando com o seu irmão, D. Luís Filipe, mais dado a atividades
físicas. Viajou em 1903 com a mãe, a Rainha Amélia de Orleães, e o irmão, ao Egito, no iate real Amélia, aprofundando assim os seus conhecimentos das civilizações antigas. Em 1907 iniciou os seus estudos de preparação para ingresso na Escola Naval, preparando-se para seguir carreira na Marinha.