quinta-feira, julho 26, 2012

Roger Taylor, o baterista dos Queen, faz hoje 63 anos

Roger Meddows-Taylor, mais conhecido como Roger Taylor, (King´s Lynn, Norfolk, 26 de julho de 1949) é um músico, multi-instrumentista e backing vocal britânico, foi baterista e membro da banda Queen. É considerado um dos melhores e mais influentes bateristas de rock da década de 1970 e 80. Como compositor, Taylor contribuiu com diversas músicas para os álbuns da banda, começando a compor pelo menos uma faixa em cada álbum e geralmente cantando os vocais das suas próprias composições. Ele também escreveu quatro sucessos da banda, "Radio Ga Ga", "A Kind of Magic","The Invisible Man" e "These Are The Days of Our Lives".
Roger toca vários instrumentos, incluindo guitarra, baixo e teclado, como pode ser ouvido em seu álbum de estreia a solo, em que ele tocou todos os instrumentos e cantou todos os vocais. Ele já tocou com artistas como Eric Clapton, Roger Waters, Roger Daltrey, Robert Plant, Phil Collins, Genesis, Jimmy Nail, Elton John, Gary Numan, Shakin' Stevens, Foo Fighters, Al Stewart, Steve Vai, Yoshiki Hayashi, Cherie e Bon Jovi. Como produtor, ele produziu álbuns de Virginia Wolf e Magnum.

A história musical de Roger inicia-se aos oito anos quando ganhou uma Ukelele, uma guitarra havaiana, onde aprendeu sozinho os primeiros acordes.
Em maio de 1960, em troca de uma bolsa de estudos, Roger começou a cantar no coro da escola. No natal de 1961 o pai ofereceu-lhe um bombo e um tambor. Depois de ter tocado em algumas bandas, em 1967, Roger foi para Londres estudar biologia e conheceu Brian May e Tim Staffell formando o grupo Smile.
Ele é mais conhecido como baterista/percussionista da banda de rock Queen. Ele escreveu músicas para todos álbuns do grupo, contribuindo com, pelo menos, uma faixa de cada álbum, tais como: "I'm In Love With My Car", "Radio Ga Ga", "A Kind Of Magic", "Innuendo", "The invisible Man", entre outras famosas canções.
Roger foi o primeiro integrante do Queen a desenvolver uma carreira a solo em 1979 com o compacto "I Wanna Testify/Turn on the TV".
Após a morte de Freddie Mercury, em 1994 Roger gravou o single "Foreign Sand" com o ex-X japonês Yoshiki, e regravou "Final Destination" do The Cross.
Roger Taylor foi considerado um dos melhores bateristas de todos os tempos.



Born in King's Lynn, Norfolk, Roger Taylor moved to Truro, Cornwall, south west England, with his mother Winifred, father Michael and younger sister Clare. When he was seven years old he and some friends formed his first band, the Bubblingover Boys, in which he played the ukulele. He briefly attended Truro Cathedral School, then at the age of thirteen joined Truro School as a day boy. At the age of 15 Taylor became a member of The Reaction, a very busy semi-pro rock band formed mainly of boys from Truro School. In 1967, he went to London to study dentistry at the London Hospital Medical College.
By the time News of the World came out, Taylor met his future girlfriend Dominique Beyrand. She was working for Richard Branson at the time, who was at the helm of Queen's free concert at Hyde Park. They lived together from 1980–1987, raising their two children, Felix Luther and Rory Eleanor. They decided to get married for reasons relating to his estate, to protect his children's interest in the future. At the time, Taylor was seeing another girl, Debbie Leng (also seen in the "Breakthru" video); he moved in with her a month after his marriage of convenience to Dominique. Before Freddie Mercury's death, Roger and Debbie had their first child, Rufus Tiger, who was born in March 1991. He ended up having two more children with Debbie: Tiger Lily (1994), and Lola Daisy May (2000). In late 2002, they decided to break up. Taylor remarried on 3 October 2010, to Sarina Potgieter, his girlfriend of six years.

Evita morreu há 60 anos

María Eva Duarte de Perón, conhecida como Evita, (província de Buenos Aires, 7 de maio de 1919 - Buenos Aires, 26 de julho de 1952) foi uma atriz e líder política argentina. Tornou-se primeira-dama da Argentina quando o general Juan Domingo Perón foi eleito presidente.

(...)

O mais impressionante na história da vida de Eva foi o caminho meteórico que ela percorreu na vida pública. Entre a total obscuridade ao mais absoluto resplendor pessoal e político da vida e em seguida a morte, tudo ocorreu em apenas 7 anos. Nesse curto período ela saiu do anonimato para se tornar uma das mulheres mais importantes e poderosas do mundo. Na breve existência (morreu aos 33 anos de idade) há muitos mistérios, muitos factos obscuros mas há, principalmente, uma personalidade tragicamente marcante.
Figura chave de um regime ancorado no paternalismo e na demagogia, Evita resiste, no entanto, como uma imagem ao mesmo tempo alheia e superior ao mesmo. Mais do que uma estadista, mais do que um pivô ou um esteio sobre o qual o governo de Perón se apoia, Evita ganha voz própria porque ela encarnou em si uma série de ambições e de pretensões sociais. Sua transcendência está consubstanciada na sua fantástica ascensão sócio-política. Uma bela mulher, que venceu na vida através dos mecanismos próprios a uma mulher, só poderia espelhar um sistema de poder centrado na sedução. É só através da sedução coletiva das massas, e do fascínio, da ascese que esta sedução acarreta, que pode firmar-se um regime deste tipo.

Sir Mick faz hoje 69 aninhos...

Sir Mick Jagger, nascido Michael Philip Jagger, (Dartford, 26 de julho de 1943) é o vocalista dos The Rolling Stones, uma das bandas inglesas de rock mais famosas do século XX.

Jagger não foi um sucesso imediato como vocalista dos The Rolling Stones. Para o guitarrista e fundador da banda Brian Jones, Mick apenas fazia o que qualquer um podia fazer, que era cantar. Com o passar do tempo, o garoto que apenas balançava a cabeça enquanto cantava clássicos de Chuck Berry, foi ganhando cada vez mais espaço na banda. Jagger aprendeu com outros cantores como obter audiência e rapidamente desenvolveu o seu estilo único e pessoal. Abandonou a London School of Economics, para ser vocalista dos Stones, e é ele quem gere os negócios da banda. Os Stones são uma das maiores bandas de rock'n'roll do mundo (tendo ganho 414,3 milhões de dólares só na turnê A Bigger Bang).
Ele foi uma das vozes mais expressivas do famoso 60's e uma das peças mais importantes da emblemática Swinging London. Em 1965, chegaram a dizer que ele era o ídolo de uma geração.

Mick Jagger também se tornou famoso pelos seus casos extra-conjugais e relacionamentos. Foi casado duas vezes e teve sete filhos, com quatro mulheres: Karis (com Marsha Hunt, nascido em 1970); Jade, (com Bianca Jagger, nascida em 1971); com Jerry Hall: Elizabeth (1984), James (1985), Georgia (1992) e Gabriel (1997), e Lucas (com Luciana Gimenez, nascido em 1999), e atualmente namora L´wren Scott, stylist americana. Ele já disse em diversas entrevistas que não acredita em monogamia. Duas das suas mais famosas frases são: "Eu nunca saí com donas-de-casa, e nunca sairei." "Quando minha filha (Jade) ficar mais velha, vou mandar ela ter cuidado com homens como eu."
A filha mais velha de Jagger e Jerry Hall - Elizabeth (mais conhecida como Lizzy Jagger) é uma das modelos mais famosas da Inglaterra.
Em 12 de dezembro de 2003, Jagger foi condecorado com o título de Cavaleiro do Império Britânico.
O seu pai morreu em 11 de novembro de 2006 aos 93 anos.


quarta-feira, julho 25, 2012

A Batalha de Ourique foi há 873 anos

 O Milagre de Ourique - Domingos Sequeira

A Batalha de Ourique desenrolou-se muito provavelmente nos campos de Ourique, no actual Baixo Alentejo (sul de Portugal) em 25 de julho de 1139 - significativamente, de acordo com a tradição, no dia do provável aniversário D. Afonso Henriques e de São Tiago, que a lenda popular tinha tornado patrono da luta contra os mouros; um dos nomes populares do santo, era precisamente "Matamouros".
Foi travada numa das incursões que os cristãos faziam em terra de mouros para apreenderem gado, escravos e outros despojos. Nela se defrontaram as tropas cristãs, comandadas por D. Afonso Henriques, e as muçulmanas, em número bastante maior.
Inesperadamente, um exército mouro saiu-lhes ao encontro e, apesar da inferioridade numérica, os cristãos venceram. A vitória cristã foi tamanha que D. Afonso Henriques resolveu autoproclamar-se Rei de Portugal (ou foi aclamado pelas suas tropas ainda no campo de batalha), tendo a sua chancelaria começado a usar a intitulação Rex Portugallensis (Rei dos Portucalenses ou Rei dos Portugueses) a partir 1140 - tornando-o rei de facto, sendo o título de jure (e a independência de Portugal) reconhecido pelo rei de Leão em 1143 mediante o Tratado de Zamora e, posteriormente o reconhecimento formal pela Santa Sé em Maio de 1179, através da bula Manifestis probatum, do Papa Alexandre III.
A primeira referência conhecida ao milagre ligado a esta batalha é do século XIV, depois da batalha. Ourique serve, a partir daí, de argumento político para justificar a independência do Reino de Portugal: a intervenção pessoal de Deus era a prova da existência de um Portugal independente por vontade divina e, portanto, eterna.
A tradição narra que, naquele dia, consagrado a Santiago, o soberano português teve uma visão de Jesus Cristo e dos anjos, garantindo-lhe a vitória em combate. Contudo, esse detalhe da narrativa, é semelhante ao da narrativa da Batalha da Ponte Mílvio, opondo Maxêncio a Constantino o Grande, segundo a qual Deus teria aparecido a este último dizendo IN HOC SIGNO VINCES (latim, «Com este sinal vencerás!»).
Este evento histórico marcou de tal forma o imaginário português, que o referencia como um milagre e se encontra retratado no brasão de armas da nação de Portugal: cinco escudetes (cada qual com cinco besantes), representando as Cinco Chagas de Jesus e os cinco reis mouros vencidos na batalha.

O álbum Back in Black, dos AC/DC, foi lançado há 32 anos

Back in Black foi o sétimo álbum de estúdio da banda australiana AC/DC; lançado em 25 de julho de 1980 e, até hoje, já vendeu 50 milhões de cópias, sendo o álbum de rock mais vendido de todos os tempos e o segundo mais vendido da história, atrás apenas de Thriller, de Michael Jackson. O álbum até hoje já vendeu mais de 22 milhões de cópias nos Estados Unidos. Este álbum está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.
Depois do sucesso de Highway to Hell, a banda começou a desenvolver o álbum, após a morte de seu vocalista, Bon Scott, cuja causa oficial da morte foi de "intoxicação alcoólica aguda". Quando Scott foi substituído por Brian Johnson, o álbum foi totalmente refeito, com hits como "Hells Bells", "You shook me All Night Long" e a faixa que dá título ao álbum, "Back in Black". O álbum se tornou um enorme sucesso nos Estados Unidos e em outras partes do mundo. O álbum foi remasterizado, e relançado duas vezes no box bonfire de (1997), e em 2003, como parte da série de remasterizados da banda.


terça-feira, julho 24, 2012

Alphonsus Guimaraens nasceu há 142 anos

Alphonsus Guimaraens, pseudónimo de Afonso Henrique da Costa Guimarães (Mariana, 24 de julho de 1870 - Mariana, 15 de julho de 1921) foi um escritor brasileiro.
A poesia de Alphonsus de Guimaraens é marcadamente mística e envolvida com religiosidade católica. Seus sonetos apresentam uma estrutura clássica, e são profundamente religiosos e sensíveis na medida em que ele explora o sentido da morte, do amor impossível, da solidão e da inaptação ao mundo.
Contudo, o tom místico imprime em sua obra um sentimento de aceitação e resignação diante da própria vida, dos sofrimentos e dores. Outra característica marcante de sua obra é a utilização da espiritualidade em relação à figura feminina que é considerada um anjo, ou um ser celestial, por isso, Alphonsus de Guimaraens é neo-romântico e simbolista ao mesmo tempo, já que essas duas escolas possuem características semelhantes.
Sua obra, predominantemente poética, consagrou-o como um dos principais autores simbolistas do Brasil. Em referência à cidade em que passou parte de sua vida, é também chamado de "o solitário de Mariana", a sua "torre de marfim do Simbolismo".
Sua poesia é quase toda voltada para o tema da Morte da Mulher amada. Embora preferisse o verso decassílabo, chegou a explorar outras métricas, particularmente a redondilha maior (terminado em sete sílabas métricas).


O leito

Ontem, à meia-noite, estando junto
A uma igreja, lembrei-me de ter visto
Um velho que levava às costas isto:
Um caixão de defunto.

O caso nada tem de extraordinário.
Quem um velho a levar um caixão tal
Inda não viu? É um fato quase diário
Em qualquer bairro de uma capital.

Mas é que ia de modo tal curvado
Para o chão, e afalar tão baixo e tanto,
Que, manso e manso, e trêmulo de espanto,
Fui seguindo a seu lado.

Disse-lhe assim: “Talvez seja demência
Quem guie os passos todos que tu dês;
Ou és então, na mísera existência,
Um miserável bêbedo, talvez.”

O olhar fito no chão, como desfeito
Em sangue,o velho, sem me olhar, seguia.
E ouvi-lhe a única frase que dizia:
— “Vou levando o meu leito.”

Há 179 anos a cidade de Lisboa foi tomada pelo Duque da Terceira nas Guerras Liberais

António José de Sousa Manuel de Meneses Severim de Noronha (Lisboa, 18 de março de 1792 - Lisboa, 26 de abril de 1860), 7.º conde e 1.º marquês de Vila Flor e ainda 1.º duque da Terceira, foi um importante general e homem de Estado português do tempo do liberalismo, sendo uma das mais importantes figuras do tempo, tanto no plano político, como, e talvez sobretudo, no plano militar. De herói das guerras liberais tornou-se no líder incontestado dos cartistas, a facção mais conservadora do liberalismo português, embrião do futuro Partido Regenerador.
Pertencente à mais genuína alta nobreza portuguesa, teve múltiplos cargos e honrarias na corte, entre as quais, moço fidalgo da rainha D. Maria I, gentil-homem da câmara de el-rei D. João VI, copeiro-mor e estribeiro-mor. Exerceu as funções de marechal de campo, comandante-em-chefe do Exército Português, conselheiro de Estado, par do Reino, tendo por quatro vezes (1836, 1851, 1842-1846 e 1859-1860) exercido o cargo de Presidente do Conselho de Ministros. Foi o 10.º capitão-general dos Açores, ali presidindo à Regência de Angra durante a fase inicial das guerras liberais.

(...)

Quando os miguelistas atacaram no dia 24 de março de 1833, foram repelidos pelas tropas comandadas pelo duque da Terceira no combate das Antas. Mas, apesar disso, o cerco não fora levantado e era necessário transportar a guerra para outro ponto, sob pena do impasse levar à desmoralização e à derrota dos liberais. Depois de várias hesitações e contra a vontade do general Solignac, que se demitiu ao ser contrariado, propôs-se uma expedição ao Algarve, sendo escolhido para seu comandante o duque da Terceira.
Com esse objectivo, foi-lhe confiada uma divisão de 1 500 homens, que foi embarcada em navios da esquadra comandada por Charles Napier. A expedição saiu do Porto a 21 de junho de 1833, e a 24 desembarcava no Algarve, numa pequena praia entre Cacela e Monte Gordo.
Sem perder tempo, as forças comandadas pelo duque da Terceira marcharam sobre Olhão e tomaram logo em seguida São Bartolomeu de Messines, enquanto Charles Napier procedia a novo desembarque e se assenhoreava de Tavira.
Enquanto o duque da Terceira, em terra, se assenhoreava do Algarve, a esquadra de Charles Napier dava combate à esquadra miguelista que saíra de Lisboa, no que ficou conhecido pela batalha do Cabo de São Vicente, derrotando-a e pondo termo efectivo à capacidade naval dos miguelistas.
Planeava então o duque da Terceira, que tinha por chefe de estado-maior José Jorge Loureiro, marchar sobre Beja, onde as forças liberais se tinham levantado contra o miguelismo, numa insurreição que era necessário acalentar. Contudo, a notícia da vitória naval do Cabo de São Vicente fez com que ele fosse a toda a pressa a Lagos conferenciar com o almirante Charles Napier. Resolveram então que as forças do duque da Terceira marchariam de imediato sobre Lisboa ao longo do litoral alentejano, aproveitando a superioridade naval conseguida e o facto das forças miguelistas estarem a convergir sobre Beja, deixando aberto o caminho para a capital.
O duque da Terceira não quis, como primeiro tencionara, ir alentar a insurreição militar de Beja, porque entendeu que o principal fim da sua missão era tomar Lisboa. O general Francisco de Paula Vieira da Silva Tovar, 1.º barão e 1.º visconde de Molelos, comandante das forças miguelistas que tinham por missão principal cobrir aquela cidade pelo sul, não percebeu esta alteração e decidiu subjugar a insurreição constitucional de Beja, ponto para onde esperava que as forças liberais em operação no Algarve convergissem. Este erro custar-lhe-ia caro, sendo depois, face ao descalabro de Lisboa, acusado de pusilânime e mesmo de traição.
Molelos não soube seguir de perto e espiar com atenção os movimentos do inimigo, ou não o quis fazer, marchando para Beja. Enquanto isso acontecia, a 13 de julho, o duque da Terceira saía de São Bartolomeu de Messines para São Marcos da Serra, entrando no Alentejo no dia seguinte. A partir daí encetou uma marcha rápida para norte, chegando a 15 de julho a Gravão, onde descansou no dia 16 para esperar a artilharia. A 17 estava em Messejana, a 18 nos Bairros, atravessando o Sado no dia 19, indo nesse dia pernoitar a Vale de Ferreira.
Continuando a marcha para norte, no dia 20 de julho tomava de surpresa Alcácer do Sal, e ia, no dia 21, acampar diante de Setúbal, que tomou no dia 22 de Julho, numa operação conjunta com as forças navais de Charles Napier. Marchou logo em seguida sobre Azeitão e Cacilhas, encontrando nesse mesmo dia, na Cova da Piedade, a cavalaria miguelista e alguma infantaria do exército de reserva comandado pelo general Joaquim Teles Jordão. Aquelas tropas, comprimidas entre o rio e as forças liberais, foram completamente batidas, caindo prisioneiras nesse dia quase toda a cavalaria e infantaria que entrara no combate. No dia seguinte, morto o general Teles Jordão, o resto das tropas que ocupavam Almada renderam-se sem disparar um tiro.
Nessa noite, tomados de súbito pânico, Nuno Caetano Álvares Pereira de Melo, o 6.º duque de Cadaval, que encabeçava o ministério miguelista, e os restantes ministros decidiram abandonar Lisboa sem opor resistência. Num dos episódios mais estranhos de toda a guerra, o duque de Cadaval, comandante do exército miguelista em Lisboa, organizou uma grande parada militar que se dirigiu para norte, sem ter sequer entrado em combate. As forças do duque da Terceira entraram na cidade a 24 de julho, sendo entusiasticamente recebidas como libertadores. Dois dias depois, chegava Charles Napier com a esquadra que vinha bloquear o Tejo, operação feita desnecessária pela reviravolta entretanto ocorrida.
Apenas quatro dias mais tarde, a 28 de julho de 1833, chegava a Lisboa o ex-imperador D. Pedro, que deixara o governo do Porto entregue ao general Saldanha e tratava agora de pôr a capital em estado de defesa contra o provável regresso das forças miguelistas. Saldanha, consciente da necessidade de concentrar as operações em Lisboa, atacava as linhas miguelistas, obrigando as desmoralizadas tropas que o marechal Louis Auguste Victor de Ghaisne de Bourmont, o conde de Bourmont, então comandante-em-chefe das forças miguelistas, deixara na sua frente a levantar o cerco e partia também para sul, em direcção a Lisboa.

Adolfo Casais Monteiro morreu há 40 anos

(imagem daqui)

Adolfo Casais Monteiro (Porto, 4 de Julho de 1908 - São Paulo, 24 de Julho de 1972) foi um poeta, crítico e novelista português.

Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas na Universidade do Porto (Faculdade de Letras), onde foi colega de Agostinho da Silva e Delfim Santos, tendo-se formado em 1933. Foi também nessa cidade que começou por ser professor no Liceu Rodrigues de Freitas, até ao momento em que foi afastado da carreira por motivos políticos. Exilou-se em 1954 no Brasil, por motivos políticos e por lhe ser vedada a docência em Portugal.
Foi director, em 1931, da revista "Presença", depois da demissão de Branquinho da Fonseca, ainda que não tenha sido um dos seus fundadores. A revista viria ter o seu fim em 1940, tendo provavelmente contribuído para o seu encerramento as opções políticas de Casais Monteiro, que acabaria por se instalar no Brasil em 1954, após ter participado nas comemorações do 4º centenário da Cidade de São Paulo. Dele se afirma que, sendo um heterodoxo, tal como Eduardo Lourenço, é natural que viesse a exilar-se, já que a própria oposição ao regime se regia por normas (ortodoxias) que não se adequavam ao seu modo de ser.
Leccionou, então, Literatura Portuguesa em diversas universidades brasileiras, incluindo a da Bahia (Salvador), até se fixar em 1962 na Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Araraquara - São Paulo. Escreveu por essa altura vários ensaios, ao mesmo tempo que escrevia, como crítico, para vários jornais brasileiros, tendo deixado contributos para o estudo de Fernando Pessoa e do grupo da "Presença".
Entre os seus trabalhos de tradução conta-se "A Germânia", de Tácito, em 1941. O seu único romance, de 1945, intitulava-se "Adolescentes".
A sua obra poética, iniciada em 1929 com "Confusão", foi influenciada pelo primeiro modernismo português, aproximando-se estilisticamente do esteticismo de André Gide. As suas críticas ao concretismo baseavam-se na ideia de que esta corrente estética promovia a impessoalidade, partindo da "mais pura das abstracções" na construção de uma "uma linguagem nova ao serviço de nada, uma pura linguagem, uma invenção de objectos - em resumo: um lindo brinquedo". Enquanto alguns autores o descrevem como independente do Surrealismo outros acentuam a influência que esta corrente estética teve no autor, como se pode verificar nos seus ensaios sobre autores como Jules Supervielle, Henri Michaux e Antonin Artaud (designando o último como "presença insustentável). Muita da sua obra poética dedica-se ao período histórico específico por ele vivido, como acontece no poema "Europa", de 1945, que foi lido por António Pedro na BBC de Londres, no decorrer da Segunda Guerra Mundial.


Vem, Vento, Varre

Vem, vento, varre
sonhos e mortos.
Vem, vento, varre
medos e culpas.
Quer seja dia,
quer faça treva,
varre sem pena,
leva adiante
paz e sossego,
leva contigo
nocturnas preces,
presságios fúnebres,
pávidos rostos
só cobardia.


Que fique apenas
erecto e duro
o tronco estreme
de raiz funda.


Leva a doçura,
se for preciso:
ao canto fundo
basta o que basta.


Vem, vento, varre!


Adolfo Casais Monteiro

Amelia Earhart nasceu há 125 anos

Amelia Mary Earhart (Atchison, Kansas, 24 de julho de 1897 - desaparecida em 2 de julho de 1937) foi pioneira na aviação dos Estados Unidos, autora e defensora dos direitos das mulheres. Earhart foi a primeira mulher a receber a "The Distinguished Flying Cross", condecoração dada por ter sido a primeira mulher a voar sozinha sobre o oceano Atlântico. Estabeleceu diversos outros recordes, escreveu livros sobre suas experiências de voo, e foi essencial na formação de organizações para mulheres que desejavam pilotar.
Amelia desapareceu no oceano Pacífico, perto da Ilha Howland enquanto tentava realizar um voo em redor do globo, em 1937. Foi declarada morta no dia 5 de janeiro de 1939. O seu modo de vida, a sua carreira e o modo como desapareceu ainda hoje fascinam as pessoas.

ADENDA - aqui fica o Google Doodle de hoje, homenageando esta pioneira da aviação e dos direitos das mulheres:

segunda-feira, julho 23, 2012

Domenico Scarlatti morreu há 255 anos

Giuseppe Domenico Scarlatti (Nápoles, 26 de outubro de 1685 - Madrid, 23 de julho de 1757) foi um compositor italiano
Filho do também músico e compositor Alessandro Scarlatti, suas maiores contribuições para a música foram suas sonatas para teclado em um único movimento, em que empreendeu abordagens harmónicas bastante inovadoras, apesar de ter composto também obras para orquestra e voz. Embora tenha vivido no período que corresponde ao auge da música barroca europeia, suas composições, mais leves e homofónicas, têm estilo mais próximo daquele do início do período clássico.

Domenico Scarlatti nasceu no mesmo ano em que nasceram dois outros grandes mestres do barroco, Johann Sebastian Bach e Georg Friedrich Händel. Foi o sexto de dez filhos e o irmão mais novo de Pietro Filippo Scarlatti, também músico. O mais provável é que tenha recebido as primeiras lições de música com seu pai. Outros compositores que também podem ter sido seus professores foram: Gaetano Greco, Francesco Gasparini e Bernardo Pasquini, que parecem ter influenciado seu estilo musical.
Scarlatti se tornou compositor e organista na capela real de Nápoles em 1701. Em 1704, ele fez uma revisão à ópera Irene de Carlo Francesco Pollarolo para ser apresentada em Nápoles. Pouco depois seu pai o mandou para Veneza. Não existem registos a seu respeito nos próximos quatro anos. Em 1709, ele foi a Roma a serviço da rainha polaca, então no exílio, Marie Casimire, onde ele encontrou Thomas Roseingrave que liderou em Londres uma entusiástica recepção às sonatas do compositor. Já um cravista renomado, há uma história de que numa competição com Georg Friedrich Händel, no palácio do cardeal Ottoboni, em Roma, ele talvez tenha sido julgado superior a Händel naquele instrumento, embora inferior com relação ao órgão. Mais tarde, Scarlatti ficou conhecido pela veneração com que se referia às habilidades de Händel.
Também, enquanto em Roma, Scarlatti compôs várias óperas para o teatro particular da Rainha Casimire. Ele foi maestro di cappella em São Pedro, de 1715 a 1719 e, neste último ano, foi a Londres para dirigir sua ópera Narciso no King's Theatre.
Em 1720, ou 1721, Scarlatti foi a Lisboa, onde ensinou música à princesa portuguesa Maria Magdalena Bárbara (Maria Bárbara de Bragança). Esteve novamente em Nápoles, em 1725. Durante uma visita a Roma, em 1728, casou-se com Maria Caterina Gentili. Em 1729 mudou-se para Sevilha onde permaneceu por quatro anos. Ali veio a conhecer o flamenco. Em 1733, foi a Madrid para assumir o cargo de maestro de música da princesa Maria Bárbara, que se casara com o Príncipe Herdeiro de Espanha. D. Maria Bárbara tornou-se rainha da Espanha e ele permaneceu no país por cerca de vinte e cinco anos, tendo, ali, sido pai de cinco filhos. Depois da morte de sua esposa, em 1742, desposou uma espanhola, Anastasia Maxarti Ximenes. Durante o período que permaneceu na Espanha, Scarlatti compôs mais de quinhentas sonatas para teclado e é por esses trabalhos que ele hoje é lembrado.
Scarlatti foi amigo do cantor castrato Farinelli, um napolitano que estava sendo patrocinado pela casa real, em Madrid. O musicólogo Ralph Kirkpatrick reconhece que a correspondência de Scarlatti com Farinelli fornece "a informação mais direta sobre [o compositor] que foi deixada para os nossos dias".
Domenico Scarlatti faleceu em Madrid, com 71 anos. A sua casa na Calle Leganitos é identificada com uma placa histórica e seus descendentes ainda vivem naquela cidade.


Slash - 47 anos

Saul Hudson (Londres, 23 de julho de 1965), conhecido pelo seu nome artístico de Slash, é um guitarrista britânico-americano e compositor. Ele é o ex-guitarrista da banda norteamericana de hard rock Guns N' Roses, com quem ele alcançou sucesso mundial no final da década de 1980 e início dos anos de 1990. Durante os seus anos mais tarde com o Guns N' Roses, Slash formou o projeto paralelo Slash's Snakepit. Em seguida, ele co-fundou o supergrupo Velvet Revolver, que re-estabeleceu-o como um artista mainstream em meados da década de 2000. Em 2010, Slash lançou seu álbum solo homónimo de estreia, com uma lista de estrelas de músicos convidados. Seu segundo álbum, Apocalyptic Love, gravado com sua banda, foi lançado em 22 de maio de 2012.
Slash tem recebido enormes elogios da crítica como guitarrista. A revista Time nomeou-o vice-campeão em sua lista de "Os 10 Melhores Guitarristas Elétricos" ​​em 2009, enquanto a Rolling Stone o colocou no n.º 65 em sua lista de "Os 100 Maiores Guitarristas de Todos os Tempos" em 2011. A Guitar World classificou o seu solo em "November Rain" no n.º 6 da sua lista de "Os 100 Melhores Solo de Guitarra" em 2008 e a Total Guitar colocou o seu riff em "Sweet Child o' Mine" no 1º lugar na sua lista de "Os 100 Maiores Riffs" em 2004.
Em julho de 2012 recebeu uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood.


Carlos Paredes morreu há oito anos

Foi um dos grandes guitarristas e é um símbolo ímpar da cultura portuguesa. É um dos principais responsáveis pela divulgação e popularidade da guitarra portuguesa e grande compositor. Carlos Paredes é um guitarrista que para além das influências dos seus antepassados - pai, avô, e tio, tendo sido o pai, Artur Paredes, o grande mestre da guitarra de Coimbra - mantém um estilo coimbrão, a sua guitarra é de Coimbra, e própria afinação era do Fado de Coimbra. A sua vida em Lisboa marcou-o e inspirou-lhe muitos dos seus temas e composições. Ficou conhecido como O mestre da guitarra portuguesa ou O homem dos mil dedos.

Filho do famoso compositor e guitarrista, mestre Artur Paredes, neto e bisneto de guitarristas, Gonçalo Paredes e António Paredes, começou a estudar guitarra portuguesa aos quatro anos com o seu pai, embora a mãe preferisse que o filho se dedicasse ao piano; frequenta o Liceu Passos Manuel, começando também a ter aulas de violino na Academia de Amadores de Música. Na sua última entrevista, recorda: "Em pequeno, a minha mãe, coitadita, arranjou-me duas professoras de violino e piano. Eram senhoras muito cultas a quem devo a cultura musical que tenho".
Em 1934, a família muda-se para Lisboa, o pai era funcionário do BNU e vem transferido para a capital. Abandona a aprendizagem do violino para se dedicar, sob a orientação do pai, completamente à guitarra. Carlos Paredes fala com saudades desses tempos: "Neste anos, creio que inventei muita coisa. Criei uma forma de tocar muito própria que é diferente da do meu pai e do meu avô".
Carlos Paredes inicia em 1949 uma colaboração regular num programa de Artur Paredes na Emissora Nacional e termina os estudos secundários num colégio particular. Não chega a concluir o curso liceal e inscreve-se nas aulas de canto da Juventude Musical Portuguesa, tornando-se em 1949 funcionário administrativo do Hospital de São José.
Em 1958, é preso pela PIDE por fazer oposição a Salazar, é acusado de pertencer ao Partido Comunista Português, do qual era de facto militante, sendo libertado no final de 1959 e expulso da função pública na sequência de julgamento. Durante este tempo andava de um lado para o outro da cela fingindo tocar música, o que levou os companheiros de prisão a pensar que estaria louco - de facto, o que ele estava a fazer, era compor músicas na sua cabeça. Quando voltou para o local onde trabalhava no Hospital, uma das ex-colegas, Rosa Semião, recorda-se da mágoa do guitarrista devido à denúncia de que foi alvo: «Para ele foi uma traição, ter sido denunciado por um colega de trabalho do hospital. E contudo, mais tarde, ao cruzar-se com um dos homens que o denunciou, não deixou de o cumprimentar, revelando uma enorme capacidade de perdoar!»
Em 1962, é convidado pelo realizador Paulo Rocha, para compor a banda sonora do filme Os Verdes Anos: «Muitos jovens vinham de outras terras para tentarem a sorte em Lisboa. Isso tinha para mim um grande interesse humano e serviu de inspiração a muitas das minhas músicas. Eram jovens completamente marginalizados, empregadas domésticas, de lojas - eram precisamente essas pessoas com que eu simpatizava profundamente, pela sua simplicidade». Recebeu um reconhecimento especial por “Os Verdes Anos”.
Tocou com muitos artistas, incluindo Charlie Haden, Adriano Correia de Oliveira e Carlos do Carmo. Escreveu muitas músicas para filmes e em 1967 gravou o seu primeiro LP "Guitarra Portuguesa".
Quando os presos políticos foram libertados depois do 25 de Abril de 1974, eram vistos como heróis. No entanto, Carlos Paredes sempre recusou esse estatuto, dado pelo povo. Sobre o tempo que foi preso nunca gostou muito de comentar. Dizia «que havia pessoas, que sofreram mais do que eu!». Ele é reintegrado no quadro do Hospital de São José e percorre o país, actuando em sessões culturais, musicais e políticas em simultâneo, mantendo sempre uma vida simples, e por incrível que possa parecer, a sua profissão de arquivista de radiografias. Várias compilações de gravações de Carlos Paredes são editadas, estando desde 2003 a sua obra completa reunida numa caixa de oito CDs.
A sua paixão pela guitarra era tanta que, conta que certa vez, a sua guitarra se perdeu numa viagem de avião e ele confessou a um amigo que «pensou em se suicidar».
Uma doença do sistema nervoso central (mielopatia), impediu-o de tocar durante os últimos 11 anos da sua vida. Morreu em 23 de julho de 2004 na Fundação Lar Nossa Senhora da Saúde em Lisboa, sendo decretado Luto Nacional.

Amy Winehouse morreu há um ano

Amy Winehouse em 2004

Amy Jade Winehouse (Londres, 14 de setembro de 1983 - Londres, 23 de julho de 2011) foi uma cantora e compositora britânica conhecida por seu poderoso e profundo contralto vocal e sua mistura eclética de gêneros musicais, incluindo R&B , soul e jazz. Ingressou na carreira musical em 2003, lançando seu primeiro single, Stronger Than Me. A canção alcançou a 71ª posição na UK Singles Chart. O single foi produzido para promover seu primeiro álbum de estúdio, Frank, lançado em 20 de outubro de 2003.
Seu segundo single, Take the Box, foi lançado em 12 de janeiro de 2004 e alcançou boas posições nas tabelas musicais, assim como In My Bed, terceiro single da cantora. Meses depois, lançou seu quarto single, intitulado You Sent Me Flying, ficando em 60º lugar na UK Singles Chart. Para assim terminar seus trabalhos com o álbum Frank, Winehouse lançou mais dois singles: Pumps e Help Yourself. Ambos debutaram a 65ª posição na UK Singles Chart.
Após idas e vindas na carreira, Amy lançou seu segundo álbum de estúdio, intitulado Back to Black. O álbum foi lançado em 6 de outubro de 2006, ficando em 2º lugar na Billboard 200 e em 1º na UK Albums Chart. Ainda em países como Brasil e França, o álbum foi concedido pela ABPD e SNEP com certificação de diamante, respectivamente, com mais de 1.000.000 milhão de cópias vendidas nos dois países juntos, além de várias outras certificações como: ouro e platina.
Além de ser a mais conhecida da cantora, a canção ficou em 9º lugar na Billboard Hot 100 e em 1º na Los 40 da Espanha. Também ganhou certificação de platina por mais de 120.000 mil cópias vendidas.[38] Após o estrondoso sucesso de Rehab, Winehouse voltou com mais um hit, lançando como single You Know I'm No Good, alcançando a 87ª na Hot 100. Após lançar diversos singles para o álbum como: Back to Black e Tears Dry on Their Own, Amy se casou com Blake Fielder em Miami, na Flórida, no ano de 2007, quando lançou seu primeiro DVD, gravado durante um show em Londres, I Told You I Was Trouble: Live in London.
No ano seguinte, em 2008, Amy enfrentou sérios problemas com a saúde e a polícia. Foi vista em um vídeo, no site do jornal britânico The Sun, usando crack, em janeiro de 2008, e três dias depois foi internada numa clínica onde ficou vigiada vinte e quatro horas por dia. Também em 2008, foi presa duas vezes por agressão e dirigir bêbada. Em 2009, separou-se de Blake, iniciando um romance com o diretor Reg Traviss. E, em 2010, Winehouse voltou ao tratamento e afastou-se temporariamente da música. Aproximadamente onze meses depois, em 23 de julho de 2011, Winehouse foi encontrada morta em sua casa em Londres, Inglaterra.


O último Rei do Afeganistão morreu há 5 anos

Mohammed Zahir Xá (Cabul, 16 de outubro de 1914 - Cabul, 23 de julho de 2007) foi o segundo rei () do Afeganistão, sucedendo a seu pai Nadir Xá.
Nascido em Cabul em 1914, Zahir foi educado na França e assumiu o trono após o assassinato do seu pai por um estudante. Era da etnia pachtum, e membro do clã Durani, um dos principais ramos pachtuns do país.
Depois de manter o país neutro durante a Segunda Guerra Mundial, começou a modernizar o país, fundando uma nova universidade, estreitando os laços comerciais e culturais com a Europa e trazendo assessores estrangeiros para o acompanharem de perto neste processo de europeização.
Em 1973, foi deposto num golpe orquestrado pelo próprio primo, Mohammad Daoud, ministro da Defesa, que não aprovava a abertura e as relações com o Ocidente, instaurando a República.
Zahir foi o principal líder afegão num raro período de estabilidade política e relativa paz no país, entre 1933 e 1973.
Depois do golpe, o antigo monarca do Afeganistão mudou-se para Roma, de onde acompanhou à distância os períodos mais violentos da história recente de seu país - o confronto entre facções e tribos rivais, a guerra com os soviéticos, a tomada do poder pela milícia Talibã e a invasão americana depois do 11 de setembro. Em 1991, um português convertido ao islamismo, a pretexto de obter uma entrevista, tentou assassiná-lo, num dos prováveis primeiros atos públicos da Al-Qaeda.
Em 2002, com os Talibãs fora do poder, Zahir voltou ao país para participar de uma reunião tribal sobre o futuro do Afeganistão, onde lhe foi atribuído o título de pai da nação afegã. O ex-rei apoiava o presidente interino do país Hamid Karzai. Desde então, habitou no antigo palácio real, até à sua morte, sem qualquer poder político ou isenção fiscal.
O ex-monarca faleceu em seu palácio da capital afegã, informou Karzai em entrevista coletiva, na qual declarou três dias de luto nacional durante os quais as bandeiras em todo o país e nas missões diplomáticas afegãs no exterior foram hasteadas a meio mastro.

Hailé Selassié nasceu há 120 anos


Hailé Selassié  (Ejersa Goro, 23 de Julho de 1892Adis Abeba, 27 de Agosto de 1975), nascido Tafari Makonnen e posteriormente conhecido como Ras Tafari, foi regente da Etiópia de 1916 a 1930 e Imperador daquele país de 1930 e 1974. Herdeiro duma Dinastia cujas origens remontam historicamente ao século XIII e, tradicionalmente, até o Rei Salomão e a Rainha de Sabá, Hailé Selassié é uma figura crucial na História da Etiópia e da África.
É considerado o símbolo religioso do Deus encarnado, entre os adeptos do movimento rastafári, que conta com aproximadamente 600.000 seguidores actualmente. Os rastafáris também o chamam de H.I.M., sigla em inglês para "Sua Majestade Imperial" (His Imperial Majesty), Jah, Ras Tafari and Jah Rastafari.