sexta-feira, março 04, 2022

Os serviços secretos de um ditador que envergonha a Rússia tentaram assassinar Sergei Skripal há quatro anos

Uma tenda forense cobre o banco onde Sergei e Yulia Skripal caíram inconscientes

   

Sergei Viktorovich Skripal (em russo: Сергей Викторович Скрипаль; Kaliningrado, 23 de junho de 1951) é um ex-oficial de inteligência militar russo que atuou como um agente duplo para os serviços de inteligência britânicos durante a década de 90 e início de 2000. Em dezembro de 2004, ele foi preso pelo Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) e mais tarde foi preso, condenado por alta traição e a 13 anos de prisão. Ele estabeleceu-se no Reino Unido em 2010, após uma troca de espiões do Programa Ilegais.

Em 4 de março de 2018, ele e a sua filha Yulia, que veio de Moscovo para visitá-lo, foram envenenados com um agente nervoso Novichok, em Salisbury, Reino Unido. Até 15 de março de 2018, as vítimas permaneciam em condições críticas no Hospital Distrital de Salisbury. O envenenamento está sendo investigado como uma tentativa de assassinato. Pouco depois do incidente, o governo russo disse que não tinha informações sobre a nacionalidade de Sergei Skripal; a polícia britânica disse que ele era cidadão britânico. Em 14 de março, o governo britânico anunciou que expulsaria 23 diplomatas russos em resposta ao envenenamento.
  
 

O caso do envenenamento do ex-agente russo Sergei Skripal e de sua filha Yulia é uma tentativa de assassinato, através de um ataque químico, ocorrida às 16.15 horas, no dia 4 de março de 2018, na cidade de Salisbury, no condado de Wiltshire, na Inglaterra, Reino Unido.

Em 4 de março de 2018, o ex-oficial de inteligência militar russo Sergei Skripal e sua filha Yulia foram supostamente envenenados em Salisbury, Inglaterra, com um agente nervoso Novichok.

Em 26 de março, as vítimas ainda estavam no hospital em estado crítico e os médicos disseram que talvez não se recuperariam completamente. Um polícia que realizou a investigação também ficou seriamente doente e recebeu alta do hospital em 22 de março. Funcionários da inteligência britânica e da polícia identificaram 38 pessoas como sendo afetadas pelo gás nervoso.

Em 14 de março, após acusar a tentativa de homicídio da Rússia, autoridades do governo britânico anunciaram medidas contra a Rússia, incluindo a expulsão de numerosos diplomatas acusados ​​de serem agentes secretos. O Reino Unido recebeu apoio dos Estados Unidos e de outros aliados, enquanto a Rússia negou as alegações. A União Europeia, a OTAN e muitos outros países tomaram medidas semelhantes contra a Rússia.

Em 26 de março, os Estados Unidos ordenaram a expulsão de 60 funcionários diplomáticos russos e o encerramento do consulado russo em Seattle. No mesmo dia, 31 países anunciaram a expulsão de mais de 140 diplomatas russos.

 
Expulsão de diplomatas e oficiais de inteligência russos 

No final de março de 2018, vários países e outras organizações expulsaram diplomatas russos em uma demonstração de solidariedade ao Reino Unido, no que foi chamado de "a maior expulsão coletiva de oficiais de inteligência russa da história":

  • Reino Unido – 23
  • Estados Unidos – 60
  • Ucrânia – 13
  • OTAN – 7
  • Canadá – 4
  • França – 4
  • Alemanha – 4
  • Polónia – 4
  • República Checa – 3
  • Lituânia – 3
  • Moldávia – 3
  • Albânia – 2
  • Dinamarca – 2
  • Países Baixos – 2
  • Itália – 2
  • Espanha – 2
  • Austrália – 2
  • Estónia – 1
  • Croácia – 1
  • Finlândia – 1
  • Geórgia - 1
  • Hungria – 1
  • Letónia – 1
  • Roménia – 1
  • Suécia – 1
  • Noruega – 1
  • Macedónia do Norte – 1
  • Irlanda – 1
  • Bélgica – 1
  • Montenegro – 1
Bulgária, Luxemburgo, Malta, Portugal, Eslováquia, Eslovénia e a própria União Europeia não expulsaram diplomatas russos mas chamaram os seus embaixadores na Rússia de volta. Além disso, a Islândia decidiu boicotar diplomaticamente o Campeonato do Mundo de Futebol de 2018, realizada na Rússia.

quinta-feira, março 03, 2022

Bulhão Pato nasceu há 194 anos

Retrato de Bulhão Pato, por Columbano Bordalo Pinheiro
     
Raimundo António de Bulhão Pato (Bilbau, 3 de março de 1828 - Monte da Caparica, 24 de agosto de 1912), conhecido como Bulhão Pato, foi um poeta, ensaísta e memorialista português, sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa. As suas Memórias, escritas em tom íntimo e nostálgico, são interessantes pelas informações biográficas e históricas que fornecem, retratando o ambiente intelectual português da última metade do século XIX.
   
Biografia
Filho de Francisco de Bulhão Pato, poeta e fidalgo português, e da espanhola María de la Piedad Brandy, o poeta nasceu em Bilbau, no País Basco, e passou os seus primeiros anos no distrito de Deusto, na época dos dois primeiros cercos de Bilbau (em 1835 e 1836), durante a Primeira Guerra Carlista. Em 1837, depois de sofrer grandes transtornos, a sua família decide retirar-se para Portugal.
Em 1845, o jovem Raimundo António matricula-se na Escola Politécnica, mas não completaria o curso. Ganhou a vida como 2º oficial da 1ª repartição da Direcção-Geral do Comércio e Indústria. Bon vivant, era apreciador de caçadas, viagens, da gastronomia e dos saraus literários, na companhia de intelectuais, como Alexandre Herculano, Almeida Garrett, Andrade Corvo, Latino Coelho, Mendes Leal, Rebelo da Silva e Gomes de Amorim. Com outras personalidades importantes da sociedade portuguesa da época, forneceu receitas para a obra O cozinheiro dos cozinheiros, editada em 1870 por Paul Plantier.
Aderiu à literatura ultrarromântica então em voga, acrescentando elementos folclóricos e descrições de cenas e tipos populares, em linguagem viva e coloquial. O poema narrativo Paquita, sucessivamente reeditado de 1866 a 1894 e que o tornou célebre, parece já prenunciar um certo realismo, enquanto a sua poesia satírica reflete uma certa preocupação social.
Em 1850, publica o seu primeiro livro, Poesias de Raimundo António de Bulhão Pato; em 1862 aparece o segundo, Versos de Bulhão Pato, e, em 1866, o poema Paquita. Publicaram-se depois, em 1867 as Canções da Tarde; em 1870 as Flôres agrestes; em 1871 as Paizagens, em prosa; em 1873 os Canticos e satyras; em 1881 o Mercador de Veneza; em 1879 Hamlet, traduções das tragédias de William Shakespeare e do Ruy Blas de Victor Hugo. Em 1881 seguindo-se outras publicações: Satyras, Canções e Idyllios; o Livro do Monte, em 1896.
Para o teatro, escreveu apenas uma comédia em um acto, Amor virgem n'uma peccadora, encenada no Teatro D. Maria II em 1858 e publicada nesse mesmo ano.
Foi colaborador em diferentes jornais: Pamphletos (1858), a Semana, Revista Peninsular, Revista Contemporanea e Revista Universal, entre outros.
Pelo seu ultrarromantismo, influenciado por Lamartine e Byron, e os seus dotes culinários, Bulhão Pato acreditou ter servido de inspiração a Eça de Queirós na composição do personagem - algo caricatural - do poeta "Tomás de Alencar", que aparece em Os Maias (1888). Ao se crer retratado no romance - o que Eça negou, numa deliciosa carta ao jornalista Carlos Lobo d'Ávila -, Bulhão Pato parece ter ficado furioso e, em resposta, escreveu as sátiras "O Grande Maia" (1888) e "Lázaro Cônsul" (1889).
   
  
  
   
Amêijoas à Bulhão Pato é um prato típico da culinária portuguesa, de origem da região de Estremadura. Alega-se que o nome deste petisco é um tributo ao poeta português Raimundo António de Bulhão Pato após este ter mencionado um cozinheiro nos seus escritos.
É um prato muito comum em marisqueiras e cervejarias, a par com a salada de polvo, salada de ovas e camarão. O prato é confeccionado com amêijoas, azeite, alho, coentros, sal, pimenta e limão (para temperar antes de servir). Algumas receitas podem adicionar uma pequena porção de vinho branco.
As Amêijoas à Bulhão Pato foram um dos candidatos finalistas às 7 Maravilhas da Gastronomia portuguesa.
  
 
Improviso 


Porque lânguida essa frente
Descai, quando a tarde expira?
Porque nesse olhar dormente
Tua alma ingénua suspira?

Porquê? ai! porquê? responde;
Que se amor do ceu procura,
Ei-lo; em meu peito se esconde;
Vive, é teu, tens a ventura!

Verás como então brilhante,
Seduz, toma vida, inspira,
Esse teu belo semblante,
Que apenas hoje se admira!
 
 
Bulhão Pato

Giovanni Battista Viotti morreu há 198 anos

  
Giovanni Battista Viotti (Fontanetto Po, 12 de maio de 1755Londres, 3 de março de 1824) foi um compositor, maestro e violinista da Itália.
Revelando talento musical desde cedo, foi recebido pelo príncipe Alfonso dal Pozzo della Cisterna em Turim para estudar, aperfeiçoando-se mais tarde com Gaetano Pugnani. Serviu na corte de Saboia e deu concertos itinerantes como virtuoso do violino pela Itália até se mudar para Paris. Ali sua primeira aparição pública foi nos Concerts Spirituels de 1782, conhecendo sucesso imediato, sendo contratado pela corte de Versalhes. Depois entrou no serviço do conde de Artois, irmão do rei, para quem trabalhou como diretor do teatro de ópera, onde montou várias obras de Luigi Cherubini.
Com a Revolução Francesa suas ligações com a realeza tornaram perigosa sua permanência na França, e ele foi para a Inglaterra em 1792, onde o seu sucesso foi ainda maior, dando concertos e recitais como solista e atuando como empresário de óperas. Quando as relações entre a Inglaterra e a França se deterioraram, foi acusado de jacobinismo e expulso do país. Mais tarde foi-lhe permitido voltar, mas então abandonou a carreira de solista para se dedicar aos negócios. Foi um dos fundadores da Royal Philharmonic Society, mas os seus negócios faliram, e ele voltou para Paris, trabalhando ente 1819 e 1821 como diretor musical da Académie Royale de Musique. Voltando a Londres para visitar amigos, ali faleceu.
Viotti foi um grande violinista, mas deixou poucos alunos, entre eles Pierre Rode, August Duranowski e Pierre Baillot, e foi uma influência para Rodolphe Kreutzer. Tocava num violino Stradivarius, hoje conhecido como Stradivarius Viotti. Entre as suas composições mais notáveis estão os concertos para o seu instrumento, que influenciaram Beethoven. Também deixou quartetos de cordas, canções, sonatas e música de câmara em várias formações.

 


Notícia sobre Meteoritos, Metalurgia e História...

 A gloriosa adaga de ferro de Tutankhamon foi feita a partir de um meteorito

   

   

Tutankhamon, o príncipe egípcio que subiu ao trono ainda muito jovem, é mais conhecido pelos artefactos encontrados no seu túmulo do que pelas suas capacidades administrativas. A mais recente descoberta está relacionada com a sua adaga de ferro dourada, que foi feita a partir de um meteorito.

O Rei Tutankhamon foi o último governante da 18.ª dinastia do Egito. O seu túmulo foi encontrado há quase um século, mas os mais de 5.000 artefactos recuperados ainda estão a ser analisados.

A adaga de ferro dourada é um dos poucos pertences feito de ferro. Os arqueólogos acreditam que, naquela época, o ferro era um símbolo de alto estatuto na sociedade.

Em 2016, uma investigação analisou a composição do material e encontrou vestígios elevados de níquel no componente principal do ferro. Enquanto os vestígios de níquel no ferro terrestre não excedem 4%, o teor de 11% de níquel na lâmina apontava para a origem extraterrestre, muito provavelmente um meteorito.

Uma equipa de cientistas do Chiba Institute of Technology, no Japão, obteve uma imagem ótica de alta resolução da adaga e, além dos vestígios de níquel e cobalto encontrados em 2016, foram descobertos vestígios de enxofre, cloro, cálcio e zinco sob a forma de manchas negras na lâmina.

Segundo o Ars Technica, a distribuição destes elementos segue um padrão conhecido como padrão Widmanstatten, visto regularmente em meteoritos de ferro.

   

Adaga encontrada no túmulo do Rei Tutankhamon

 

A partir das baixas quantidades de enxofre nos pontos escurecidos, os investigadores concluíram que o punham foi forjado a uma temperatura relativamente baixa de 950 graus Celsius.

O artigo científico com os resultados foi publicado, em fevereiro, na Meteorites and Planetary Science. 


in ZAP

Maria Manuela Couto Viana nasceu há 103 anos

(imagem daqui)
 
Maria Manuela Couto Viana (Viana do Castelo, 3 de março de 1919 - Lisboa, 4 de janeiro de 1983), foi uma atriz, declamadora e escritora portuguesa.
Irmã de António Manuel Couto Viana, Maria Viana muito cedo começou a interessar-se pelas letras. Aos treze anos de idade já colaborava na imprensa de Viana do Castelo. Aos dezasseis anos de idade estreou-se no cinema.
   
   

 
Rimance do rapaz de veludo

O mar de Afife levou-o
E trouxe-o de volta à praia.
Foram três dias de argaço,
Três noites de verde raiva.
Quando o vulto da Estadeia
Se ergueu das bandas de Espanha,
O vento espalhou a angústia
E a lua escondeu a cara.
Em sudário de crespelho
(Cor de sangue e viva brasa)
Jaz o rapaz de veludo
À espera da madrugada.
Sobre o olhar ambarino
Cortinas de longa franja;
Sua boca é uma ferida,
Amarga flor de genciana
- Flor da Senhora das Neves
A da Sagrada Montanha;
Sobre o seu peito redondo
Fio e coração de prata;
O cabelo é palha milho,
Folhelho na desfolhada.
A onda que o embalou
Aconchegado nas algas
Deu-lhe ao corpo de veludo
Um movimento de dança:
A gota de Gondarém
Ou Verde-Gaio da Armada.
Todo o seu corpo macio
Rebrilha como uma chama
Ou espelho de aço fino
Frente ao Sol que se alevanta.
Quem vela e chora esse corpo?
Quem o beija? Quem o canta?
Quem é que o acaricia,
Quem sofregamente o enlaça?
Que vulto o círculo mágico
Silenciosamente traça?
Poetas do mar de Afife
E fandangueiros das Argas,
Boieiras da verde veiga,
Resineiros da Estorranha,
De meio-lenço amarelo,
Cochiné cor de laranja
E o avental vermelho
Com saia de vergastada.
Por isso grito: - Presente!
Como poeta e amada,
Poeta dos mares de Afife,
Amante das noites claras,
A sombra da sua sombra,
A alma da sua alma,
O eco do seu gemido,
O lençol da sua cama.
Viva-morta em mortos-vivos
A responder à chamada
Com o grito da Pieira
De lobos na noite trágica.
Frementes, meus pés desnudos
Pedem terreiro de dança.
Abraçado à concertina,
O Marco Rocha comanda.
Cantava a encomendação
Deolinda da Castelhana,
Enquanto com seus cabelos
Enxugava as minhas lágrimas
E vi que o Nelson de Covas
Já tinha a madeixa branca
E que o bailador perdera
A sua estranha arrogância;
Que era de velhos e mortos
Essa velada macabra.
Só o rapaz de veludo
Tinha sua face intacta
Brilhando no amanhecer
Como concha nacarada.
Fugi gritando nas brumas,
Nas dunas de areia branca.
Em leito de camarinhas
Acordei na manhã alta.
Ai, o rapaz de veludo
Minha noite de ameaça
O meu punhal de ciúme,
Minha constante lembrança!
Só não sei se foi o mar,
Se fui eu que o matara.
  
  
Maria Manuela Couto Viana

O cientista Mário Ruivo nasceu há 95 anos


Mário João de Oliveira Ruivo (Campo Maior, 3 de março de 1927Lisboa, 25 de janeiro de 2017), mais conhecido por Mário Ruivo, foi um cientista e político português, pioneiro na defesa do oceano e no lançamento das temáticas ambientais em Portugal. Deixa como legado o compromisso com uma relação mais harmoniosa entre a sociedade e o oceano, através das ciências oceânicas.

 

Vida

Mário Ruivo foi um cientista e humanista português, precursor na defesa dos oceanos, das questões ambientais e de cidadania.

Foi dirigente da Direção Universitária de Lisboa, do MUD Juvenil, na década de 40, tendo estado preso em 1947 por atividades contra a ditadura. Formado em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa no ano de 1950, especializou-se em oceanografia biológica e gestão de recursos vivos na Universidade Paris-Sorbonne (1951-54), tendo desenvolvido a sua investigação em Portugal e em diversos países europeus. Regressado a Portugal, integrou o conselho editorial da Revista Seara Nova.

Foi diretor da Divisão de Recursos Aquáticos e do Ambiente do Departamento de Pescas da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (1961-74), sediado em Roma.

Foi Ministro dos Negócios Estrangeiros no V Governo Provisório (1975) e Secretário de Estado das Pescas nos II, III e IV Governos Provisórios (1974-75).

Entre 1975 e 1979 foi Diretor-Geral dos Recursos Aquáticos e Ambiente do Ministério da Agricultura e Pescas e Chefe da Delegação Portuguesa à Conferência das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (1974-78). Foi Secretário da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO (1980-88), membro do Conselho Consultivo da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica - SFCT (1986-95) e presidente da Comissão de Avaliação e Controle Independente - Projeto COMBO, MEPAT (1996-97). Foi também coordenador da Comissão Mundial Independente para os Oceanos (1995-98) e membro da Comissão Estratégica dos Oceanos (2003-2004), bem como conselheiro científico da Expo 98, dedicada ao tema “Os Oceanos, um Património para o Futuro”.

Foi membro do Board of Trustees do International Ocean Institute e vice-presidente da Associação Europeia da Ciência e Tecnologia do Mar.

Esteve na criação e presidiu à Eurocean – European Centre for information on Marine Science and Technology, em 2002, organização que procura promover a troca de informação na área das ciências e tecnologias do mar, com sede em Lisboa.

Foi membro da Direção do Centro Nacional de Cultura, membro da Sociedade de Geografia de Lisboa e membro vitalício do Conselho Geral da Fundação Mário Soares, entre outros cargos relevantes.

Foi, até ao seu falecimento em 2017, presidente da Comissão Oceanográfica Intersetorial do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável e presidente do Fórum Permanente para os Assuntos do Mar.

Morreu a 25 de janeiro de 2017, em Lisboa, aos 89 anos de idade.

Em 2012, a Eurocean lançou o Prémio Mário Ruivo com o objetivo de chamar a atenção para a importância do oceano e dos serviços que presta à humanidade. 

Em 2018, o Ministério do Mar lançou o prémio “Mário Ruivo – Gerações Oceânicas”, para promover o conhecimento sobre o oceano entre os jovens, alertando para a sua importância no quotidiano e no futuro da humanidade.

 

in Wikipédia

Teixeirinha nasceu há 95 anos

Estátua em homenagem a Teixeirinha, em Passo Fundo
     
Vítor Mateus Teixeira (Rolante, 3 de março de 1927 - Porto Alegre, 4 de dezembro de 1985), mais conhecido pelo seu nome artístico Teixeirinha ou o "Rei do Disco" (pelos recordes de vendas), foi um cantor, compositor e ator brasileiro.
 
O cantor nasceu na cidade de Rolante, no Rio Grande do Sul, a 3 de março de 1927, filho de Saturnino Teixeira e Ledurina Mateus Teixeira, e teve um irmão e duas irmãs. Com seis anos perdeu o pai, e com nove anos perdeu a mãe, ficando órfão, indo morar com parentes, mas estes não tinham condições de sustentá-lo e saiu da sua terra ainda menino, seguindo a sua caminhada pelo mundo. Aprendeu a ler, nos poucos meses que frequentou a escola, fez sua morada nas muitas cidades por onde passou (Taquara, Santa Cruz do Sul, Soledade, Passo Fundo, Porto Alegre), para sobreviver trabalhou em quintas no interior. O seu primeiro emprego foi em Porto Alegre, na pensão de Dona Aide, carregando malas, vendendo doces como ambulante, entregador de viandas, vendedor de jornais, enfim fazia qualquer atividade para poder sobreviver. Aos dezoito anos se alistou no exército, mas não chegou a servir. Nesta ocasião foi trabalhar no DAER (Departamento Estadual de Estradas e Rodagem) como operador de máquinas durante seis anos. Dali saiu para tentar a carreira artística, cantando nas rádios do interior nas cidades: Lajeado, Estrela, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul.
Com o coração voltado para a música, nas horas vagas já era solicitado para animar festas, iniciando assim a sua carreira com shows. Sem estudar canto nem música, pois sua voz era um dom natural que trouxe de berço, possuía muita capacidade de improvisação e repentismo. A beleza simples de suas letras e a melodia comunicativa das suas músicas são frutos de inspiração espontânea, geradas por sua vivência, o seu amor à vida e aos seus semelhantes. Teixeirinha e Mazzaropi foram os maiores fenómenos populares do cinema sul-americano regional. No caso do cantor gaúcho, os seus filmes chegaram a superar 1,5 milhões de espetadores, obtidos apenas nos três estados do sul do país. Eram co-produzidos por distribuidores e exibidores locais, que lhes asseguravam a permanência em cartaz. A sua última produção, "A Filha de Iemanjá" foi distribuída pela Embrafilme com fracos resultados. Uma análise mais detalhada dos resultados de exibição pode conduzir a uma melhor compreensão da relação regional da distribuição e da exibição. Teixeirinha teve um recorde de venda de discos sendo que até 1983, lançou 70 LPS e vendeu 88 milhões de cópias. Estima-se que até aos dias atuais tenha ultrapassado a marca de 120 milhões de cópias em todo o mundo. Teixeirinha teve 7 filhas e 2 filhos: Sirley, Liria Luisa, Victor Filho, Margareth, Elizabeth, Fátima, Márcia Bernadeth, Alexandre e Liane Ledurina.
Teixeirinha faleceu em 4 de dezembro de 1985, vítima de cancro, e está enterrado no Cemitério da Santa Casa de Misericórdia em Porto Alegre.
  

 


The Star-Spangled Banner é oficialmente o Hino Nacional dos Estados Unidos há 91 anos

  
The Star-Spangled Banner
("A Bandeira Estrelada") é o hino nacional dos Estados Unidos da América. A letra da canção foi escrita em 1814 por Francis Scott Key, um advogado e poeta amador com 35 anos de idade. Key escreveu a canção depois de testemunhar o bombardeamento de Fort McHenry, em Baltimore (Maryland) pela frota britânica, em Chesapeake Bay, durante a Guerra de 1812. Cantada com a música da tradicional canção de pub inglesa "To Anacreon in Heaven", tornou-se popular nos Estados Unidos. Foi declarada hino nacional por uma resolução do Congresso dos Estados Unidos a 3 de março de 1931.
  

 


Doc Watson nasceu há 99 anos

   
Arthel Lane "Doc" Watson (Deep Gap, North Carolina, March 3, 1923 – Winston-Salem, North Carolina, May 29, 2012) was an American guitarist, songwriter, and singer of bluegrass, folk, country, blues, and gospel music. Watson won seven Grammy awards as well as a Grammy Lifetime Achievement Award. Watson's flatpicking skills and knowledge of traditional American music were highly regarded. He performed with his son, guitarist Merle Watson, for over 15 years until Merle's death in 1985 in an accident on the family farm.
  

 


Eugen d'Albert morreu há 89 anos

 
Eugen Francis Charles d'Albert
(Glasgow, 10 de abril de 1864 - Riga, 3 de março de 1932) foi um pianista e compositor alemão.
  

 


Snowy White - 74 anos

   
Snowy White (Devon, 3 de março de 1948) é um guitarrista de blues, mais conhecido por ter tocado com os Thin Lizzy (1979 a 1981) e como músico convidado nos Pink Floyd. A sua colaboração com ambas as bandas foi complicada; o convite para ensaiar para os shows de The Wall veio na mesma época que ele foi chamado para ser integrante oficial dos Thin Lizzy, com o quais compôs os álbuns Chinatown e Renegade.
A conexão com os Pink Floyd permaneceria com o passar dos anos e chegou até a ser convidado por Roger Waters para tocar outra versão de The Wall em 1990, nas ruínas do Muro de Berlim. Em 1978, gravaria com o teclista da banda, Richard Wright.
   

 


Jards Macalé, músico e ator, faz hoje 79 anos


Jards Anet da Silva
(Rio de Janeiro, 3 de março de 1943), conhecido como Macalé, é um ator, cantor e compositor brasileiro.
   

 


O futebolista e treinador Zico nasceu há 69 anos

 
Arthur Antunes Coimbra, mais conhecido como Zico (Rio de Janeiro, 3 de março de 1953), é um treinador, ex-futebolista e ex-dirigente brasileiro, que possui também a nacionalidade portuguesa e que atuava como centro-campista.
 
(...)
  
É um dos quatro brasileiros a figurar no Hall da fama da FIFA (os outros são Pelé, Garrincha e Didi). Foi eleito pela própria Federação Internacional de Futebol (FIFA), o oitavo maior jogador do século, o nono maior jogador do século XX pela revista France Football, o nono Brasileiro do Século no desporto, segundo pesquisa realizada pela revista IstoÉ, e o décimo maior jogador de todos os tempos pela revista inglesa World Soccer. Em julho de 2012, foi eleito um dos "100 maiores brasileiros de todos os tempos" em concurso realizado pelo SBT com a BBC de Londres

(...)

ico descende de portugueses tanto pelo lado materno como pelo lado paterno. O seu avô materno, Arthur Ferreira da Costa Silva era de Oliveira de Azeméis e emigrou para o Rio de Janeiro nos últimos anos do século XIX. Estabeleceu-se com uma fábrica de cerâmica no bairro de Quintino. A mãe de Zico, Matilde Ferreira da Costa Silva (19 de janeiro de 1919 — 17 de novembro de 2002), nasceu já no Brasil. O avô paterno, Fernando Antunes Coimbra, nasceu e viveu a maior parte da sua vida em Tondela. É aí que nasce José Antunes Coimbra (10 de junho de 1901 — 12 de novembro de 1986), que viria ser o pai do jogador. José Antunes Coimbra, aos 10 anos de idade, juntamente com a sua família, emigra para o Brasil. Ainda que tenha saído de Portugal muito jovem, José sempre guardou uma grande ligação ao seu país de origem. Era, aliás, adepto do Sporting Clube de Portugal, portanto seguiu durante grande parte de sua vida os relatos dos jogos do seu clube através da rádio.
   

Robert Hooke morreu há 319 anos

      
Robert Hooke (Freshwater, Isle of Wight, 28 July 1635 – London, 3 March 1703) was an English natural philosopher, architect and polymath.
His adult life comprised three distinct periods: as a scientific inquirer lacking money; achieving great wealth and standing through his reputation for hard work and scrupulous honesty following the great fire of 1666, and eventually becoming ill and party to jealous intellectual disputes (the latter may have contributed to his relative historical obscurity).
At one time he was simultaneously the curator of experiments of the Royal Society, a member of its council, Gresham Professor of Geometry, and Surveyor to the City of London after the Great Fire of London (in which capacity he appears to have performed more than half of all the surveys after the fire). He was also an important architect of his time – though few of his buildings now survive and some of those are generally misattributed – and was instrumental in devising a set of planning controls for London whose influence remains today. Allan Chapman has characterised him as "England's Leonardo".
Robert Gunther's Early Science in Oxford, a history of science in Oxford during the Protectorate, Restoration and Age of Enlightenment, devotes five of its fourteen volumes to Hooke.
Hooke studied at Wadham College, Oxford during the Protectorate where he became one of a tightly knit group of ardent Royalists led by John Wilkins. Here he was employed as an assistant to Thomas Willis and to Robert Boyle, for whom he built the vacuum pumps used in Boyle's gas law experiments. He built some of the earliest Gregorian telescopes and observed the rotations of Mars and Jupiter. In 1665 he inspired the use of microscopes for scientific exploration with his book, Micrographia. Based on his microscopic observations of fossils, Hooke was an early proponent of biological evolution. He investigated the phenomenon of refraction, deducing the wave theory of light, and was the first to suggest that matter expands when heated and that air is made of small particles separated by relatively large distances. He performed pioneering work in the field of surveying and map-making and was involved in the work that led to the first modern plan-form map, though his plan for London on a grid system was rejected in favour of rebuilding along the existing routes. He also came near to an experimental proof that gravity follows an inverse square law, and hypothesised that such a relation governs the motions of the planets, an idea which was independently developed by Isaac Newton. Much of Hooke's scientific work was conducted in his capacity as curator of experiments of the Royal Society, a post he held from 1662, or as part of the household of Robert Boyle.
     

Pachelbel morreu há 316 anos

       
Johann Christoph Pachelbel (Nuremberga, 1 de setembro de 1653 - Nuremberga, 3 de março de 1706) foi um músico, organista, professor e compositor alemão do estilo barroco. Compôs um grande acervo de música sacra e secular e as suas contribuições para o desenvolvimento do prelúdio coral e fuga dão-lhe lugar entre os mais importantes compositores da época barroca. Entre as obras mais célebres do compositor estão o Cânone em Ré Maior e Fugas para Magnificat.
  
Pachelbel escreveu outras peças e trabalhos livres como tocatas, fantasias e fugas, bem como peças para corais. A sua música para órgão inclui 70 corais e 95 fugas para o Magnificat. Compôs considerável número de cantatas para a igreja Luterana e sonatas para vários instrumentos, especialmente o violino. 
    
Túmulo de Pachelbel no Cemitério de São Roque, em Nuremberga
 
    

 


Nicola Porpora morreu há 254 anos

   
Nicola Antonio Giacinto Porpora (Nápoles, 17 de agosto de 1686  - Nápoles, 3 de março de 1768) foi um compositor italiano de óperas do barroco e professor de canto, tendo como estudantes mais famosos Farinelli e Haydn.
Foi um dos principais professores de canto italianos no século XVIII e compositor notável de óperas de estilo lírico napolitano.
   

 


Charles Ponzi, o inventor dos esquemas em pirâmide, nasceu há cento e quarenta anos

    
Charles Ponzi, nascido Carlo Pietro Giovanni Guglielmo Tebaldo Ponzi (Lugo, Itália, 3 de março de 1882 - Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 1949), o inspirador da maior fraude do século, foi um burlão italiano que emigrou para os Estados Unidos em 1903 depois de abandonar os estudos na Universidade La Sapienza, em Roma. Mudou-se para o Canadá onde foi condenado a três anos de prisão por falsificação de cheque bancário. Regressou aos Estados Unidos onde se tornou um dos maiores aldrabões de toda a história.
Usou diversos nomes durante suas vida de burlas: Carlo Ponzi, Charles Ponei, Charles P. Bianchi e Carl.
      
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A insustentável progressão geométrica de um esquema em pirâmide clássico
     
A fraude por ele inventada, o "esquema Ponzi", continua a ser aplicada em versões ligeiramente alteradas, como, por exemplo, o esquema Telexfree, o "ganhe dinheiro rápido na Internet", "ganhe dinheiro com imóveis na planta", "ganhe dinheiro lendo e-mails", etc.
Em Portugal, o caso Dona Branca foi o mais famoso exemplo deste esquema, com múltiplas vítimas.
No Brasil, três casos famosos foram: Avestruz Master, de 1998, Fazendas Reunidas Boi Gordo, de 2004 e TelexFree de 2013.
Depois de ser deportado para a Itália, Ponzi emigrou novamente, desta vez para o Brasil, onde terminou os seus dias na miséria.
  

há 131 anos os Estados Unidos deram proteção legal a uma floresta

 
A Floresta Nacional de Shoshone (em inglês: Shoshone National Forest) tem uma superfície de cerca de 2,4 milhões de acres (9.700 km²) no estado norte-americano de Wyoming e foi a primeira floresta protegida a nível federal nos Estados Unidos. Originalmente parte da reserva da Área Florestal de Yellowstone, a floresta foi criada por um ato do Congresso dos Estados Unidos da América e assinada como lei pelo então presidente dos Estados Unidos, Benjamin Harrison, em  3 de março de 1891. Um total de quatro áreas de selva são localizadas dentro da floresta, protegendo mais da metade da área de terra dirigida ao desenvolvimento. De planícies de artemísia cobertas de densas florestas de abetos a picos de montanhas, a Floresta Nacional de Shoshone tem uma biodiversidade bastante elevada, raramente combinada em qualquer área protegida. 

Três cadeias de montanhas principais são parcialmente localizadas na floresta, as montanhas Absaroka, as Beartooth e as Wind River Range. O Parque Nacional de Yellowstone é parte do limite florestal ao oeste, enquanto ao sul de Yellowstone, a Divisão Continental separa a floresta da sua vizinha, a Floresta Nacional Bridger-Teton. O limite oriental inclui propriedades privadas, terras dirigidas pelo Escritório de Gestão de Terras dos Estados Unidos (U.S Bureau of Land Management) e a Reserva Indígena Wind River (Wind River Indian Reservation), que pertence aos Índios Shoshone e aos Índios Arapahoe. A Floresta Nacional de Custer ao longo da fronteira de Montana é o limite ao norte.

Toda a floresta é parte do Grande Ecossistema de Yellowstone, uma expansão de terras protegidas a nível federal que abrangem aproximadamente 20 milhões de acres (80.937 km²). 

 

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O Tratado de Brest-Litovski foi assinado há 104 anos

As primeiras páginas do Tratado de Brest-Litovsk, escrito em alemão, húngaro, búlgaro, turco otomano e russo

O Tratado de Brest-Litovski (ou de Brest-Litovsk) foi um tratado de paz assinado entre o governo bolchevique russo e as Potências Centrais (Império Alemão, Império Austro-Húngaro, Bulgária e Império Otomano) em 3 de março de 1918, em Brest (antigamente Brest-Litovski), na atual Bielorrússia, pelo qual era reconhecida a saída do Império Russo da Primeira Guerra Mundial.
A retirada da Rússia da guerra foi um dos principais objetivos da Revolução Russa de 1917 e uma das prioridades do recém-criado governo bolchevique. A guerra tornara-se impopular entre o povo russo, devido às imensas perdas humanas (cerca de quatro milhões de mortos). Leon Trotsky, no exercício das relações exteriores do governo bolchevique, pressionou França e Reino Unido para que iniciassem em conjunto o processo de paz, encerrando a Primeira Guerra Mundial. Porém, sem obter resposta, ameaçou iniciar esse processo de forma solitária, o que de facto ocorreu.
Os termos do Tratado de Brest-Litovski eram humilhantes, mesmo Lenine, defendendo a paz, chamou-a de "paz vergonhosa". Através deste, a Rússia desistia do controle da Finlândia, Países Bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia), Polónia, Bielorrússia e Ucrânia, bem como dos distritos turcos de Ardaham e Kars, e do distrito georgiano de Batumi, antes sob o seu domínio. Estes territórios continham um terço da população da Rússia, 50% da sua indústria e 90% das suas minas de carvão.
A maior parte desses territórios tornar-se-iam, na prática, partes do Império Alemão, sob a tutela de reis e duques. Entretanto, a derrota da Alemanha na guerra, marcada pelo armistício com os países aliados em 11 de novembro, em Compiègne, permitiu que Finlândia, Estónia, Letónia, Lituânia e Polónia se tornassem estados verdadeiramente independentes e os monarcas indicados tiveram que renunciar aos seus tronos. Por outro lado, a Bielorrússia e a Ucrânia envolveram-se na Guerra Civil Russa, e acabaram por ser novamente anexadas, agora sob o nome de União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
As negociações de paz tinham sido iniciadas em 22 de dezembro de 1917, uma semana após o armistício entre a Rússia e as Potências Centrais, em Brest-Litovsk.
   
Delegação bolchevique em Brest-Litovsk. Sentados, desde a esquerda: Lev V. Kamenev, Adolff.A.Ioffe e Anastasia A.Bitzenko. De pé: V. V. Lipskiy, P. Stučka, Lev D. Trotsky e Lev M.Karakhan
  
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