terça-feira, abril 23, 2013

Prokofiev nasceu há 122 anos

Serguei Sergueievitch Prokofiev, também conhecido pela transliteração anglófona Sergei Sergeievich Prokofiev (Sontsovka - atualmente Krasne, região de Donetsk, Ucrânia, 23 de abril de 1891Moscovo, 5 de Março de 1953) foi um compositor russo.
Um dos compositores mais celebrados do século XX, ele é conhecido mais conhecido por obras como o balé Romeu e Julieta, as óperas O Amor das Três Laranjas e Guerra e Paz, a composição infantil Pedro e o Lobo e duas trilhas sonoras para filmes de Sergei Eisenstein. Precoce, mostrou-se talentoso no piano e na composição. Prokofiev nasceu no Império Russo, viajou o mundo em turnês, e voltou à terra local, agora União Soviética. Em seus últimos anos, enfrentou dificuldades financeiras e de saúde. Junto com Shostakovitch, foi uma das figuras mais importantes da música soviética.

Prokofiev nasceu em 23 de abril de 1891 na vila rural de Sontsovka (actualmente é a localidade de Krasne, no Óblast de Donetsk), na Ucrânia, na altura fazendo parte do Império Russo. Foi filho único, sua mãe era pianista, o pai era engenheiro agrónomo e a família vivia com relativo desafogo económico.
Prokofiev demonstrou bem cedo invulgares dotes musicais. Aos nove anos ele compôs sua primeira ópera, O Gigante, assim como uma abertura e outras peças. Em 1902, sua mãe conseguiu uma audiência com Sergei Taneyev, diretor do Conservatório de Moscovo. Taneyev sugeriu que Prokofiev começasse a ouvir aulas de composição com Alexander Goldenweiser, que declinou, e Reinhold Glière. Glière visitou o jovem Prokofiev em Sontsovka duas vezes durante o verão para ensiná-lo. Paralelamente, Prokofiev aprendeu xadrez, uma paixão que se manteve por sua vida. Quando aprendeu a base teórica musical necessária, dedicou-se a experimentar, definindo o que seria o seu estilo musical.
Pouco tempo depois, ele sente que o isolamento de onde morava estava restringindo o seu desenvolvimento musical. Apesar de seus pais não apoiarem a entrada de seu filho na carreira musical tão cedo, em 1904 ele se mudou para São Petersburgo e se inscreveu no Conservatório de São Petersburgo, após encorajamento de Alexander Glazunov. Entre seus professores estavam Rimsky-Korsakov, Liadov e Tcherepnin. Nesse momento, ele já havia composto mais duas óperas, e já estava trabalhando na quarta. Ele passou nos testes introdutórios e começou seus estudos de composição no mesmo ano. Sendo muito mais jovem que seus colegas de classe, era visto como excêntrico e arrogante, e ele frequentemente se mostrava insatisfeito com a educação, a qual ele considerava entediante. Entretanto, tornou-se amigo de Boris Asafiev e Nikolai Myaskovsky. Em 1908 ele estreou-se como pianista. No ano seguinte, gradou-se em composição, e continuou no conservatório para focar-se na aprendizagem de piano e condução. Era visto como enfant terrible, uma imagem que ele próprio cultivava.
No ano seguinte, seu pai morreu, o que resultou no fim do seu suporte económico. Mas ele já tinha certa reputação como compositor, apesar de causar escândalos frequentemente com seus trabalhos. Seus dois primeiros concertos para piano foram compostos nessa época, o que lhe valeu má fama como músico, contra a linha nacionalista russa. Fez sua primeira excursão fora da Rússia em 1913, viajando a Londres e depois a Paris, onde encontrou o Ballets Russes de Sergei Diaguilev. No ano seguinte, terminou o curso do Conservatório em São Petersburgo com as mais altas classificações, um prémio Rubenstein, o que lhe rendeu um piano. Retornou a Londres, onde entrou em contacto com Sergei Diaguilev e Igor Stravinsky. Durante a Primeira Guerra Mundial, retornou a academia, agora estudando órgão. Ele compôs a ópera O Jogador, com base na obra homónima de Fiodor Dostoievski, um estudo sobre obsessão. A estreia foi cancelada devido à Revolução Russa de 1917.
No verão do mesmo ano compôs sua primeira sinfonia, a Sinfonia Clássica, desenvolvida ao estilo clássico em quatro andamentos. Após breve estadia com sua mãe em Kislovodsk, preocupado com a captura inimiga de Petrogrado (São Petersburgo), retornou em 1918. Ele estava determinado a deixar a Rússia, pelo menos temporariamente, percebendo nenhuma oportunidade para a música experimental. Em maio, mudou-se para os Estados Unidos, mas manteve contacto com bolcheviques como Anatoly Lunacharsky. Posteriormente, escreveu que o motivo da sua ausência era estritamente musical, e não uma oposição ao novo regime que seu país instalado.

No exterior
Prokofiev passou a viver em São Francisco, e ao chegar foi imediatamente comparado a outros exilados como Sergei Rachmaninoff. Ele começou bem em Nova Iorque, o que levou a diversas outras oportunidades. Entretanto, recebeu um contrato de produção de sua ópera O Amor das Três Laranjas, que teve sua estreia cancelada devido à doença e morte do diretor. Esse facto lhe custou a carreira a solo nos Estados Unidos.
Com problemas financeiros, mudou-se para Paris em abril de 1920, sem querer voltar à Rússia como um fracasso. Por lá, retomou contacto com Diaghilev e Stravinsky, e retornou a trabalhos antigos e inacabados como o Concerto para Piano nº 3. Para Diaguilev, compôs os bailados Chout (O Bufão, 1921, op.21), e O Passo de Aço (1927, op.41), apoteose da industrialização que estava a produzir-se nesse momento na Rússia. No fim do ano, O Amor das Três Laranjas finalmente estreou em Chicago, sob desaprovação do compositor. Trabalhou na ópera O Anjo de Fogo, ópera mística tirada dum romance de Valeri Briussov, que só foi encenada na íntegra depois da morte do compositor.
Em março de 1922, se mudou com sua mãe para a cidade de Ettal, nos Alpes da Baviera por mais de um ano, a fim de se concentrar completamente nas composições. Nessa época, sua música repercutiu na Rússia, mas apesar de receber convites para retornar, permaneceu na Europa. Em 1923, se casou com a cantora espanhola Lina Llubera, antes de retornar a Paris. Por volta de 1927, recebeu comissão de Diaguilev e realizou diversas turnês pela União Soviética, com uma apresentação bem sucedida de O Amor das Três Laranjas em Leningrado. Duas óperas mais antigas também foram tocadas na Europa, e no ano seguinte Prokofiev produziu sua Terceira Sinfonia.
Em 1929, sofreu um acidente de carro em Domrémy e magoou-se nas mãos. O acidente impediu-o de realizar uma turnê em Moscou; em contrapartida, ele teve a oportunidade de aproveitar a cena musical russa contemporânea. Após sua recuperação, ele tentou realizar turnê nos Estados Unidos novamente, e dessa vez foi calorosamente recebido, refletindo seu recente sucesso na Europa. No começo da década de 1930, ele começou a passar muito mais tempo na União Soviética, trabalhando cada vez mais por lá em favor de Paris. Uma das comissões foi Lieutenant Kije, trilha sonora dum filme russo. Outro exemplo foi o ballet Romeu e Julieta, para o Balé Kirov em Leningrado, que estreou somente em 1938, em Brno. Atualmente, este é um dos trabalhos mais conhecidos de Prokofiev. Entretanto, teve diversos problemas de coreografia, e a estreia foi adiada por diversos anos.
Prokofiev foi solista da Orquestra Sinfónica de Londres, conduzida por Piero Coppola, na primeira gravação de seu terceiro concerto para piano, em junho de 1932. Ele também gravou alguns de seus trabalhos para piano em Paris em fevereiro de 1935. Em 1938, ele conduziu a Orquestra Filarmónica de Moscovo na gravação da segunda suite de seu balé Romeu e Julieta. Outros países visitados em excursão durante seu período no exterior incluíram Itália, Alemanha, Canadá e Cuba.

Regresso à União Soviética
Em 1935, Prokofiev voltou à União Soviética permanentemente; a sua família voltou somente no ano seguinte. Na época, a política soviética referente a música havia mudado; uma agência havia sido criada para vigiar os artistas e suas criações. Limitando a influência externa, tais políticas gradualmente isolaram os compositores soviéticos do resto do mundo. Tentando se adaptar às novas circunstâncias, Prokofiev escreveu uma série de canções (Opp. 66, 79, 89), usando letras de poetas aprovados oficialmente pelo governo, além do oratório Zdravitsa (Op. 85), o que assegurou sua posição como um compositor soviético. Na mesma época, compôs para crianças, incluindo Pedro e o Lobo, para narrador e orquestra, uma obra realizada para agradar a Josef Stalin.
Em 1938, Prokofiev colaborou com o famoso cineasta russo Sergei Eisenstein no épico Alexander Nevsky. Apesar do filme ter baixa qualidade sonora, Prokofiev adaptou grande parte da obra numa cantata, que tem sido apresentada e gravada frequentemente. Em 1941, o compositor sofre o primeiro de uma série de ataques cardíacos, resultando numa piora gradual de saúde. por causa da Segunda Guerra Mundial, ele foi periodicamente evacuado para o sul junto com outros artistas. Isso trouxe diversas consequências para sua família em Moscou, e seu relacionamento com a poetisa Mira Mendelson resultou na sua separação com a esposa Lina, apesar de não terem se divorciado. Mira já havia o ajudado em libretos.
A guerra inspirou Prokofiev a mais uma ópera, Guerra e Paz, com a qual ele trabalhou por dois anos, junto com mais uma trilha sonora para Sergei Eisenstein, dessa vez Ivan, o Terrível. Entretanto, o governo soviético revisou a ópera diversas vezes. Em 1944, Prokofiev se mudou para fora de Moscou, para compor sua quinta sinfonia (Op. 100) que tornou-se a mais popular delas. Pouco depois, sofreu uma concussão e nunca se recuperou. Por causa disso, a sua produtividade diminuiu drasticamente nos anos seguintes.
Após a guerra, o compositor ainda teve tempo para de escrever sua sexta sinfonia e sua nona sonata para piano, antes do Partido Soviético mudar de opinião sobre sua música. As atenções pós-guerra estavam voltadas novamente a assuntos internos, e o governo estava regulando novamente a atividade dos artistas locais. Em 10 de fevereiro de 1948, uma resolução do Partido Comunista condenou supostas tendências antidemocráticas na música. A música de Prokofiev agora era vista como um exemplo do formalismo, um perigo para o povo soviético. Em 20 de fevereiro, sua esposa Lina foi presa por espionagem, ao tentar enviar dinheiro para sua mãe na Catalunha. Nesse mesmo ano, Prokofiev deixa a família por Mira. Lina foi sentenciada a vinte anos, mas foi solta após a morte de Estaline em 1953, deixando a União Soviética.
Seus últimos projetos de ópera foram rapidamente cancelados pelo Teatro Kirov, o que, em combinação com sua saúde cada vez pior, causou a queda cada vez maior da atividade musical do compositor. Seus médicos ordenaram a limitação de suas atividades, fazendo com que ele reservasse somente um ou duas horas diárias à composição. Sua última apresentação pública foi a estreia da sétima sinfonia em 1952, cuja música foi escrita para um programa de televisão infantil. A obra recebeu o prémio Estaline em 1947.
Igor Stravinsky classificou-o como o maior compositor russo de sua época, para além dele próprio.
Aos 61 anos, Prokofiev morreu em 5 de março de 1953, no mesmo dia que Estaline. Ele vivia próximo da Praça Vermelha, e em três dias, enquanto a multidão que se despedia de Estaline, estas cerimónias impossibilitaram a retirada do corpo de Prokofiev para o serviço funerário. No funeral, não havia flores nem músicos, todos reservados ao funeral do líder soviético. A sua morte é frequentemente atribuída a uma hemorragia cerebral, mas é sabido que ele já estava muito doente pelos últimos oito anos de sua vida. Ele havia apenas iniciado os ensaios para o seu bailado A Flor de Pedra, que foi levado à cena no ano seguinte.
Com Lina Llubera teve dois filhos, Sviatoslav e Oleg.


segunda-feira, abril 22, 2013

Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil há 513 anos

Nau de Pedro Álvares Cabral conforme retratada no Livro das Armadas, atualmente na Academia das Ciências de Lisboa

Pedro Álvares Cabral (Belmonte, 1467 ou 1468 - Santarém, c. 1520) foi um fidalgo, comandante militar, navegador e explorador português, creditado como o descobridor do Brasil. Realizou a primeira exploração significativa da costa nordeste da América do Sul, reivindicando-a para Portugal. Embora os detalhes da vida de Cabral sejam esparsos, sabe-se que veio de uma família nobre colocada na província interior e recebeu uma boa educação formal.
Foi nomeado para chefiar uma expedição à Índia em 1500, seguindo a rota recém-inaugurada por Vasco da Gama, contornando a África. O objetivo deste empreendimento era retornar com especiarias valiosas e estabelecer relações comerciais na Índia - contornando o monopólio sobre o comércio de especiarias, então nas mãos de comerciantes árabes, turcos e italianos. Aí sua frota, de 13 navios, afastou-se bastante da costa africana, talvez intencionalmente, desembarcando no que ele inicialmente achou tratar-se de uma grande ilha à qual deu o nome de Vera Cruz (Verdadeira Cruz) e a que Pêro Vaz de Caminha faz referência. Explorou o litoral e percebeu que a grande massa de terra era provavelmente um continente, despachando em seguida um navio para notificar El-Rei Manuel I da descoberta das terras. Como o novo território se encontrava dentro do hemisfério português de acordo com o Tratado de Tordesilhas, Reivindicou-o para a Coroa Portuguesa. Havia desembarcado na América do Sul, e as terras que havia reivindicado para o Reino de Portugal mais tarde constituiriam o Brasil. A frota reabasteceu-se e continuou rumo ao leste, com a finalidade de retomar a viagem rumo à Índia.
(...)
Carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei D. Manuel I, comunicando sobre o descobrimento da Ilha de Vera Cruz
A frota, sob o comando de Cabral, então com 32–33 anos de idade, partiu de Lisboa em 9 de março de 1500 ao meio-dia. No dia anterior, a tripulação tinha recebido uma despedida pública que incluíra uma missa e comemorações com a presença do rei, da corte e de uma enorme multidão. Na manhã de 14 de março, a frota passou pela Grã Canária, a maior das Ilhas Canárias. Em seguida, partiu rumo a Cabo Verde, uma colónia portuguesa situada na costa oeste da África, que foi alcançada em 22 de março. No dia seguinte, uma nau com 150 homens, comandada por Vasco de Ataíde, desapareceu sem deixar vestígios. A frota cruzou a Linha do Equador em 9 de abril e navegou rumo a oeste afastando-se o mais possível do continente africano, utilizando uma técnica de navegação conhecida como a volta do mar. Os marinheiros avistaram algas-marinhas no dia 21 de abril, o que os levou a acreditar que estavam próximos da costa. Provou-se estarem certos na tarde do dia seguinte, quarta-feira, 22 de abril de 1500, quando a frota ancorou perto do que Cabral batizou de Monte Pascoal (uma vez que aquela era a semana da Páscoa). O monte localiza-se no que hoje é a costa nordestina do Brasil.
Os portugueses detectaram a presença de habitantes na costa, e os capitães de todos os navios reuniram-se a bordo do navio de Cabral no dia 23 de abril. Cabral mandou Nicolau Coelho, capitão que havia viajado com Vasco da Gama à Índia, para desembarcar e estabelecer contato. Ele pisou na terra e trocou presentes com os indígenas. Após Coelho voltar, Cabral ordenou que a frota rumasse ao norte, onde, após 65 km de viagem, ancorou em 24 de abril no local que o capitão-mor chamou de Porto Seguro. O lugar era um porto natural, e Afonso Lopes (piloto do navio principal) trouxe dois índios a bordo para conversarem com Cabral.
Assim como no primeiro contacto, o encontro foi amistoso e Cabral ofereceu presentes aos nativos. Os habitantes eram caçadores-coletores da idade da pedra, a quem os europeus atribuiriam o rótulo genérico de "índios". Os homens obtinham alimento por meio da caça e da pesca, enquanto as mulheres se dedicavam à agricultura em pequena escala. Eles se dividiam em inúmeras tribos rivais. A tribo que Cabral encontrou foi a tupiniquim. Alguns deles eram nómadas e outros sedentários - tendo conhecimento do fogo, mas não dos metais. Algumas poucas tribos praticavam o canibalismo. Em 26 de abril (domingo de Páscoa), conforme cada vez mais nativos curiosos apareciam, Cabral ordenou aos seus homens a construção de um altar em terra, onde uma missa católica foi celebrada por Henrique de Coimbra - a primeira a sê-lo no solo do que mais tarde viria a ser o Brasil.
Foi oferecido vinho aos índios, que não gostaram da bebida. Os portugueses mal sabiam que estavam lidando com um povo que ostentava vasto conhecimento de bebidas alcoólicas fermentadas, obtendo-as de raízes, tubérculos, cascas, sementes e frutos, perfazendo mais de oitenta tipos.
Os dias seguintes foram gastos armazenando água, alimentos, madeira e outros suprimentos. Os portugueses também construíram uma enorme cruz de madeira - talvez com sete metros de altura. Cabral constatou que a nova terra estava a leste da linha de demarcação entre Portugal e Espanha que tinha sido estabelecida no Tratado de Tordesilhas. O território estava, portanto, dentro do hemisfério atribuído a Portugal. Para solenizar a reivindicação de Portugal sobre aquelas terras, ergueu-se a cruz de madeira e uma segunda missa foi celebrada em 1 de maio. Em honra à cruz, Cabral nomeou a terra recém-descoberta de Ilha de Vera Cruz. No dia seguinte, um navio de suprimentos sob o comando de Gaspar de Lemos ou André Gonçalves (há um conflito entre as fontes sobre quem foi enviado), retornou para Portugal para informar o rei da descoberta, por meio da carta escrita por Pero Vaz de Caminha.

Vianna da Motta morreu há 145 anos

Busto do compositor no Jardim do Torel, em Lisboa

José Vianna da Motta (São Tomé, São Tomé e Príncipe, 22 de abril de 1868 - Lisboa, 1 de junho de 1948 - 80 anos) foi um pianista e compositor português.

Biografia
Filho de José António da Motta e de sua mulher Inês de Almeida Vianna, estudou no Conservatório de Lisboa, sendo os seus estudos patrocinados pelo rei D. Fernando II e a sua esposa, a Condessa de Edla. Em 1882 parte para Berlim onde, custeado pelo real mecenas, continua durante três anos os estudos de piano e composição.
Em 1885 parte para Weimar onde é aluno de Franz Liszt, que mais tarde lhe oferece uma fotografia com a dedicatória: "A José Vianna da Motta, saudando os seus futuros sucessos. Fr. Liszt".
Dá concertos nos Estados Unidos da América, Paris, Inglaterra, Espanha, Itália, Dinamarca, Lisboa, Porto, Brasil e Argentina, numa série de recitais que são outros tantos triunfos.
Durante a Primeira Guerra Mundial foi director do Conservatório de Genebra. Em 1917 regressa a Portugal, onde foi director do Conservatório Nacional de Lisboa, de 1918 a 1938.
Entre as suas composições mais conhecidas está a Sinfonia "À Pátria" e as obras "Evocação dos Lusíadas" e "Cenas da Montanha", entre outras.
Casou primeira vez com Margarethe Marie Lemke (Karlsruhe, Heidelberg, 31 de março de 1858 - ?), filha de Juliua Lemke e de sua mulher Agnes Eckhardt, sem geração, casou segunda vez com Berta de Bívar, e casou uma terceira vez, com Irma Harden, sem geração.
Faleceu em 1948, em Lisboa, tendo vivido os últimos anos da sua vida na residência de sua filha Inês de Bivar Vianna da Motta e do seu genro, o psiquiatra Henrique João de Barahona Fernandes. A sua outra filha, Leonor Micaela de Bivar Vianna da Motta, nascida em Buenos Aires, casou com João Apolinário Sampaio Brandão, com geração.

José Vianna da Motta desde cedo revelou a sua grande proficiência para a música e particularmente para o piano.
Com 14 anos de idade concluiu os estudos no Conservatório Nacional. No mesmo ano (1882), partiu para Berlim, com os seus estudos financiados pelo Rei consorte, D. Fernando II, e pela sua esposa, a Condessa de Edla, que nele apostaram depois de o ouvir tocar. Em Berlim estudou com Xaver Scharwenka (piano) e com Philipp Scharwenka (composição). A sua primeira apresentação, no mesmo local, data de 1885 e foi um inegável êxito. Na mesma cidade, teve também aulas com Carl Schaeffer, membro da Sociedade Wagneriana. Em 1884 já Viana da Motta descobrira o encanto de Wagner, em Bayreuth. Tornou-se então membro da mesma Sociedade, e foi fiel a Wagner até ao fim da sua vida.
Em 1885, devido ao desejo de trabalhar com Liszt, parte para Weimar e foi um dos seus últimos alunos.
Dois anos depois, em Frankfurt, trabalhou com Hans Von Bullow, que o considerou um dos mais brilhantes discípulos de Liszt.
Fixou residência em Berlim e apresentou-se em várias cidades alemãs. Rússia, Paris, Estados Unidos, Inglaterra, Espanha, Itália, Dinamarca, Brasil, Argentina, foram países que presenciaram as suas actuações. Em 1893, no mês de abril, fez a sua primeira grande digressão em Portugal.
O público e a crítica sempre o aplaudiram e distinguiram a sua técnica, clareza, expressão, o rigor das suas interpretações dos mestres clássicos.
Foi considerado um brilhante intérprete de Liszt, Bach e Beethoven. A ele devemos a primeira apresentação da audição integral das 32 Sonatas para piano de Beethoven.
Anos antes de regressar definitivamente a Portugal, ao eclodir a 1ª Guerra Mundial, Vianna da Motta fixa-se em Genebra. Nesta cidade foi professor na Escola Superior de Música de Genebra.
Já em Portugal, manteve a sua actividade como pianista até 1945 a par com a sua acção pedagógica.

Importância
Dada a versatilidade e a profundidade da sua cultura, Vianna da Motta personificou em alto grau o ideal de "músico completo" que Liszt preconizou na sua directriz pedagógica. Assim se explicará também a razão dos diversos campos da sua actividade: pianista, pedagogo, compositor, musicógrafo, conferencista e regente de orquestra; tendo sido predestinado, no entanto, para ser um virtuoso de piano, ele destacou-se no quadro dos renomeados pianistas da sua época (foi amigo e colaborador de Ferruccio Busoni, entre muitos outros). Em 1885 frequentou, em Weimar, o último curso de verão dado por Liszt, do qual recebeu por escrito os melhores votos para a sua grande carreira, e foi o aluno dileto de Hans von Bülow nos cursos de Frankfurt a. M. em 1887.
José Vianna da Motta tocou por toda a Europa, Américas do Norte e do Sul, perante presidentes, Reis e Imperadores, recebeu altas condecorações e na Alemanha foi-lhe concedido o título de Hofpianist (pianista da Corte) por Carlos Eduardo de Saxe-Coburgo-Gota.
Conquanto Vianna da Motta tenha ficado sempre bem português e tenha marcado por todo o mundo a presença de Portugal, já através de si próprio, já através das suas composições e de outros compositores portugueses, como por exemplo de João Domingos Bomtempo, ele foi um afincado divulgador da cultura alemã e incorpora o fenómeno mais flagrante de simbiose das duas culturas ou seja: ele representa a ponte por excelência da cultura luso-alemã (especialmente na sua considerável obras de Lieder, em que musicou diversos poetas alemães!). Houve quem lhe chamasse "o português mais patriota e o alemão missionário".
Obrigado, pela Primeira Guerra Mundial, a abandonar a sua residência de Berlim em 1914, aceitou finalmente o convite para a regência da classe de virtuosismo de piano do Conservatório de Genebra, em 1915. Em 1917 regressou definitivamente a Lisboa, fundou a Sociedade de Concertos e realizou o seu objectivo de proceder à reforma do Conservatório Nacional de Lisboa, assumindo o cargo de director desta instituição de 1919 a 1938. A sua orientação pedagógica operou uma completa viragem no nível técnico/artístico e na intelectualidade do meio musical lisbonense. Fez inúmeras primeiras audições de obras há muito consagradas, como a integral das 32 sonatas de Beethoven, no centenário da sua morte, em 1927 (cuja receita reverteu a favor dos alunos pobres do Conservatório, tendo instituído o prémio Beethoven) e, também, de compositores seus contemporâneos.
Como compositor, cuja actividade se confinou ao período da sua vida com residência em Berlim, José Vianna da Motta foi importante para a História da Música em Portugal no âmbito da "música de concerto", por lhe caber o mérito da primeira procura e criação consciente de "música culta" de carácter nacional. São disso testemunho a sua obra mais relevante a Sinfonia "À Pátria" (que apresenta também a inovação entre nós do conceito lisztiano de música programática e em que, ao que parece, um compositor português usa pela primeira vez numa sinfonia, temas genuínos do folclore do nosso país), as suas composições pianísticas, as suas canções para canto e piano.
Sem dúvida, das personagens mais versáteis do mundo da música portuguesa na primeira metade do século XX. Exemplar na sua capacidade de trabalho e perseverança, no domínio absoluto da técnica pianística, no equilíbrio da forma e do conteúdo. Intérprete excepcional, notável pedagogo, admirável compositor…mas terá recebido sempre o valor que merece?
Como tantos outros artistas portugueses dos maiores, Vianna da Motta foi uma vítima da incompreensão, da maldade e da pequenez de um meio com o qual a sua invulgar estatura não podia ter medida comum. Negaram-lhe o talento, disputaram-lhe a glória, moveram-lhe campanhas ultrajantes, dificultaram-lhe a vida, regatearam misérias nos seus modestos cachets de concertista, esforçaram-se por fazer cair sobre o seu nome e a sua obra a pedra vil do esquecimento, deixaram-no morrer num isolamento e numa solidão terríveis, e mesmo depois de morto se procurou evitar que a sua vera fisionomia de artista e de intelectual pudesse ser revelada em toda a sua luz. 
Fernando Lopes Graça, 1949, in In Memoriam de Viana da Motta


O Papa São Gregório VII foi eleito há 940 anos

O Papa São Gregório VII, nascido Hildebrando, (Sovana, Itália, circa 1020/1025 - Salerno, 25 de maio de 1085) foi Papa da Igreja Católica Apostólica Romana de 22 de abril de 1073 até à sua morte. Foi um dos Papas mais influentes da História.
Nascido na Toscana italiana no seio de uma família de baixa condição social, cresceu no ambiente da Igreja Romana, ao ser confiado a seu tio, abade do mosteiro de Santa Maria em Aventino, onde fez os votos monásticos. Pertencia assim à Ordem Beneditina (OSB). Em 1045 Hildebrando foi nomeado secretário do Papa Gregório VI, cargo que ocuparia até 1046 quando acompanhou este Papa no seu desterro em Colónia, depois de ser deposto num concílio, realizado em Sutri, e acusado de simonia na sua eleição.
Em 1046 morre Gregório VI, e Hildebrando ingressou como monge no mosteiro de Cluny onde adquiriu as ideias reformistas que regeram o resto da sua vida e que o fariam encabeçar a conhecida reforma gregoriana.
Até 1049 não regressou a Roma, mas é então chamado pelo Papa Leão IX para actuar como legado pontifício, o que lhe permitiu conhecer os centros de poder da Europa. Actuando como legado estava em 1056 na corte alemã, para informar da eleição como Papa de Vítor II quando este faleceu e se escolheu, como seu sucessor, o antipapa Bento X. Hildebrando opôs-se a esta eleição e conseguiu que se elegesse Papa Nicolau II.
Em 1059 é nomeado por Nicolau II, arquidiácono e administrador efectivo dos bens da Igreja, cargo que o levou a alcançar tal poder que se chegou a dizer que dava de comer a Nicolau "como a um asno no estábulo".

Eleição
A sua eleição é considerada fora do padrão habitual. Não era sacerdote quando foi eleito Papa, por aclamação popular, em 22 de abril de 1073. Sendo uma transgressão da legalidade, estabelecida em 1059 pelo concílio de Melfi, que decretou que na eleição papal só podia intervir o colégio cardinalício, nunca o povo romano. Não obstante, obteve a consagração episcopal em 30 de junho de 1073.
Muito combativo em favor dos direitos da Igreja, enfrentou galhardamente o imperador Henrique IV do Sacro Império Romano, em defesa da superioridade do Poder Espiritual sobre o Poder Temporal; emprestou o seu nome, um tanto ou quanto excessivamente, ao maior programa de reforma da cristandade católica em toda a sua história: a reforma gregoriana. Foi monge na Abadia de Cluny, considerada a alma da Idade Média. A pedido da Condessa Matilde, perdoou Henrique IV que, entretanto, voltou a rebelar-se contra a Santa Sé. Devido ao seu carácter combativo granjeou inimigos que o exilaram. Ao morrer, fora de Roma, disse a frase que se tornaria famosa: "Amei a justiça e odiei a iniquidade, por isso morro no exílio".

Reformas
Teve sua vida e obra conduzidas pela convicção da Igreja como obra divina e encarregada de abraçar toda a humanidade, para a qual a vontade de Deus é a lei única, e que, na faculdade de instituição divina, a Igreja coloca-se sobre todas as estruturas humanas, em particular sobre o estado secular. A superioridade da Igreja era para Gregório VII um fato indiscutível.
Em 1075, Gregório VII publica o Dictatus Papae, que são 27 axiomas onde expressa as suas ideias sobre o papel do Pontífice na sua relação com os poderes temporais, especialmente com os Imperadores do Sacro Império. Estas ideias poderão resumir-se em três pontos principais: o Papa é senhor absoluto da Igreja, estando acima dos fiéis, dos clérigos e dos bispos, e acima das Igrejas locais, regionais e nacionais, e acima dos concílio; o Papa é senhor único e supremo do mundo, todos lhe devem submissão incluindo os príncipes, reis e imperadores. A Igreja romana não cometeu nunca erros.
Gregório centralizava em Roma todas as querelas importantes para intermediação, coincidindo naturalmente numa diminuição do poder dos bispos locais, o que motivou algumas lutas contra as esferas mais altas do clero.
Esta batalha pelos fundamentos da supremacia papal tem o seu apogeu na obrigatoriedade do celibato do clero e no ataque à simonia. Gregório VII não introduziu o celibato mas conduziu a batalha por tal com maior energia do que os seus antecessores. Em 1074 publicou uma encíclica dispensando da obediência aos bispos que permitiam o casamento dos sacerdotes. No ano seguinte, sob fortes protestos e resistência, encoraja medidas contra estes, privando-os dos rendimentos.
O seu pontificado decorreu até 25 de maio de 1085, dia em que morreu em Salerno, abandonado pelos romanos e pela maior parte dos seus apoiantes.

Porque hoje é o Dia da Terra...!

Google Doodle do Dia da Terra - 22.04.2013

O Dia da Terra foi criado pelo senador americano Gaylord Nelson, no dia 22 de abril de 1970.
Tem por finalidade criar uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra.

domingo, abril 21, 2013

O ditador haitiano François Duvalier, o Papa Doc, morreu há 42 anos

François Duvalier, mais conhecido como Papa Doc (Porto Príncipe, 14 de abril de 1907 - Porto Príncipe, 21 de abril de 1971, Haiti) foi um médico e ex-ditador do Haiti. Foi eleito presidente daquele país em 1957, onde instaurou um governo baseado no terror promovido pelos tontons macoutes, que significa bichos-papões, em português, que pertenciam à sua guarda pessoal; e também na exploração do vodu, uma prática mística muito popular no Haiti e proveniente da África.
Na década de 1960, Papa Doc exterminou as suas oposições e desafetos e começou a sua perseguição à igreja Católica, que perdurou até à sua morte. Em 1964, quando reescreveu a constituição, decretou a sua presidência vitalícia.
Antes de chegar à presidência, em 1957, era tido na política como um sujeito passivo e brando, a tal ponto que os que lhe apelidaram com Papa Doc o fizeram porque notaram o quanto ele era afetivo ao cuidar de pacientes camponeses (como um papá doutor). Mas logo que assumiu o poder, para a surpresa de todos, logo se transformou num vingativo ditador e massacrou aqueles que poderiam tirá-lo de alguma forma de poder. A oposição que sobrou era nitidamente controlada por Papa Doc.
Os editores dos principais jornais e donos de emissoras de rádio daquele país foram presos logo que Papa Doc assumiu o poder. Em dois anos de governo, conseguiu castrar completamente qualquer foco de oposição ou resistência provenientes da polícia e do exército , criando o seu próprio exército, a guarda Draconiana.
Deu ordens para a produção regular de panfletos informativos, onde, dentre outras informações, designava-se Deus.
Criou também uma taxa obrigatória para a população para a construcão da Duvalierville, a cidade de Duvalier, altamente ostentatória. O dinheiro desta taxa foi irrisoriamente aplicado na construção daquela cidade, indo parar mesmo nos cofres de Duvalier.
Expulsou todos os Bispos e outros representantes católicos do país, colocando em seus lugares aliados do seu governo, o que acabou gerando conflitos com o Vaticano. As grandes propriedades de terra foram expropriadas por Papa Doc e grande parte serviu para a construção de academias dos Tontons Macoutes.
No final do seu governo, o Haiti era a nação mais pobre das Américas, o índice de analfabetismo estava entre os primeiros e a saúde pública estava em estado caótico.
Ao morrer (em 1971) foi substituído pelo seu filho, Jean-Claude Duvalier, que recebeu a alcunha de Baby Doc.


(imagem daqui)

Robert Smith - 54 anos

Robert Smith em 1985

Robert James Smith (Blackpool, 21 de abril de 1959) é um músico britânico. É o vocalista, guitarrista e compositor da banda inglesa The Cure, líder e único membro da banda a permanecer desde a sua formação. Tornou-se um ícone e uma referencia para a música alternativa.
Mais de trinta anos após o seu primeiro concerto com os The Cure, Robert Smith elevou esta banda ao estatuto de banda de culto, apesar de, na década de 90, este reconhecimento quase nunca tenha sido feito, sendo constantemente negligenciado e esquecido por aqueles que faziam e seguiam as novas modas e tendências da música da década. O novo século deu-lhe finalmente o reconhecimento devido, com um sem número de bandas a declararem reverência aos The Cure e a Robert Smith, para além de várias publicações a agora lhe reconhecerem méritos no desenvolvimento da música alternativa, entre as quais a revista Q que lhes atribuiu o prémio "The Most Inspiring Band."
Em 2005 foi distinguido individualmente com um prémio Ivor Novello, que se destina a compositores, pelo seu estatuto internacional (International Achievement).
Robert Smith é também famoso pela sua imagem de marca: lábios esborratados de batom, olhos pintados e, essencialmente, o seu cabelo no ar completamente despenteado.


O Barão Vermelho morreu há 95 anos

Manfred Albrecht Freiherr von Richthofen (Breslau, 2 de maio de 1892 - Vaux-sur-Somme, 21 de abril de 1918) foi um piloto alemão e é considerado ainda hoje como o "ás dos ases". Foi um piloto de combate bem-sucedido, um líder militar e um ás do voo que venceu oitenta combates aéreos durante a Primeira Guerra Mundial. A sua morte foi creditada ao australiano Cedric Popkin.
Richthofen foi conhecido como der rote Kampfflieger (guerreiro-voador vermelho) pelos alemães, Petit Rouge (pequeno vermelho) e Le Diable Rouge (diabo vermelho) pelos franceses, e Red Knight (Cavaleiro Vermelho) e Red Baron (Barão Vermelho) pelos ingleses.

Juventude
Nascido em Breslau, Silésia, no então Império alemão (agora Wrocław, também chamada em português de Breslau ou Breslávia, Polónia), Richthofen mudou-se com sua família para Schweidnitz (agora Swidnica, Polónia), quando tinha nove anos de idade. Na sua juventude, Richthofen apreciava caçar a cavalo e a equitação e foi estudar na Inglaterra no Lincoln College, Oxford. Depois disso ingressou na escola militar. Após terminar o treinamento de cadete, juntou-se ao Regimento nº 1 de Uhlan como membro da cavalaria em 1911.
Quando começou a Primeira Guerra Mundial, era um oficial da cavalaria e foi chamado ao dever nas frentes ocidental e oriental, servindo de escolta para o exército alemão. Perto de maio de 1915, entediado com essa função, Richthofen pediu para ser transferido à Força Aérea. Transformou-se num observador aéreo.

Réplica do triplano Fokker Dr. I, um dos aviões utilizados por Richthofen

Aviação
Inspirado pela oportunidade de conhecer o grande piloto de combate Oswald Boelcke, Manfred decidiu tornar-se ele próprio um piloto. Mais tarde, Boelcke selecionou von Richthofen para juntar-se ao grupo de elite Jagdstaffel ("grupo de caça"), JASTA 2. Von Richthofen ganhou seu primeiro combate aéreo sobre Cambrai, França, no ano de 1916.
Manfred, como muitos de seus companheiros pilotos, era muito supersticioso. Ele nunca saia em missão sem ser beijado por alguém querido. Isto tornou-se rapidamente um hábito difundido entre todos os pilotos de combate.
Depois de sua 18ª vitória, von Richthofen recebeu o Pour le Mérite, a honraria militar mais elevada da Alemanha na época. Antes disso, em 23 de novembro de 1916, ele derrubou o ás da aviação britânico Lanoe Hawker, chamado às vezes de "o Boelcke Britânico". Isto aconteceu quando von Richthofen ainda voava num Albatros D.II. Entretanto, após esta batalha, foi convencido de que necessitava de um avião com maior capacidade de manobra, embora isto implicasse perda de velocidade. Infelizmente para ele, o Albatros foi o avião padrão da Força Aérea Alemã até ao fim de 1917, e o barão voou num Albatros modelo D.III e depois num D.V. Em setembro daquele ano Richthofen estava pilotando um Fokker Dr. I, o avião triplano ao qual ficou mais associado e que foi projetado por Anthony Fokker. Entretanto, das 80 vitórias em combates aéreos, apenas 20 ocorreram quando o Barão utilizava o triplano. Após a sua morte o seu corpo foi velado pelo exercito aliado, mesmo sendo alemão, ele recebeu todas as honras militares pela sua grande atuação em combate e um exemplo a ser seguido.


NOTA: Richthofen foi homenageado por uma banda de rock brasileira, que usa o nome por que ficou conhecido o piloto: Barão Vermelho.

Iggy Pop nasceu há 66 anos

Em outubro de 1977 no State Theatre, Minneapolis, Minnesota

Iggy Pop, nome artístico de James Newell Osterberg (Muskegon, 21 de abril de 1947), é um músico de rock dos Estados Unidos, além de ator ocasional.
Em meados dos anos 60, ele tocou bateria num grupo de jovens da sua escola, The Iguanas. O nome artístico, aliás, surgiu devido o nome da primeira música da banda do ensino secundário. Em 1969, surgiam os The Stooges, com Ron Asheton na guitarra, Scott Asheton na bateria e Dave Alexander no baixo (que saiu após o segundo álbum, dando o lugar a James Williamson, guitarrista, enquanto Ron assumia o baixo), banda que liderou durante cinco anos. No fim da banda, Iggy Pop decidiu partir para carreira a solo.
Em 1977, recebeu a ajuda do seu amigo David Bowie para produzir os seus dois primeiros álbuns a solo: The Idiot, em março, e Lust for Life, em setembro. O primeiro disco incluiu a música "China Girl", que mais tarde seria um sucesso de Bowie no álbum Let's Dance, de 1983.


Anthony Quinn nasceu há 98 anos

Anthony Quinn, nascido Antonio Rudolfo Oaxaca Quinn (Chihuahua, 21 de abril de 1915 - Boston, 3 de junho de 2001) foi um premiado ator norte-americano nascido no México.

Pai de treze filhos, naturalizou-se cidadão dos Estados Unidos nos anos 1940. Antes de iniciar sua carreira como ator trabalhou como talhante e boxer. Chegou também a estudar arquitetura. Ganhou o seu segundo Óscar por uma participação de apenas 8 minutos, tempo de todas as suas cenas em Sede de Viver. É o vencedor do Óscar que mais filmes fez ao lado de outros ganhadores do Óscar de actuação. Foram 46 no total, sendo 28 com atores vencedores do Óscar e 18 com atrizes vencedoras do prémio. Possui uma estrela no Passeio da Fama, localizado em 6251 Hollywood Boulevard.

Anthony Quinn talvez seja o ator que mais papéis diversificados fez, e caracterizou-se por representar personalidades famosas: foi Barrabás e o magnata grego Onassis. Dentre outros gregos que interpretou está talvez o seu papel mais carismático: Zorba. Outros gregos foram o pai de família problemático em "Um sonho de reis" e o combatente de "Canhões de Navarone". Foi esquimó (Sangue sobre a neve, 1960) e toureiro (Sangue e Areia, 1941).
No filme A Vigésima Quinta Hora, que demonstra o absurdo das ideias nazis, ele faz o papel de um romeno católico que foi preso como judeu, cigano, revoltoso e até como um dos modelos perfeitos da genética ariana. Ainda interpretou os papéis de índio norte-americano, mexicano condenado ao linchamento (Consciências Mortas) e mafioso italiano. A sua versatilidade em cena e a extensa carreira tornaram-no um dos maiores atores do cinema.

A Rainha Isabel II faz hoje 87 anos

A rainha Isabel II é também a chefe da Comunidade de Nações (Commonwealth), governante suprema da igreja da Inglaterra (também denominada Igreja Anglicana), comandante-em-chefe das Forças Armadas do Reino Unido, Lorde de Mann, Duque de Lancaster e Duque da Normandia; ela reina com esses títulos desde a morte de seu pai, o rei Jorge VI, em 6 de fevereiro de 1952. Atualmente é a chefe de Estado que está no poder há mais tempo na Europa, nas Américas, África e Oceânia, sendo a segunda no mundo, superada apenas pelo rei Rama IX da Tailândia. Isabel II é a mais velha monarca britânica de todos os tempos. O recorde pertencia à rainha Vitória, que viveu 81 anos, sete meses e 29 dias, vindo a falecer em 1901; um marco que a sua trineta alcançou no dia 20 de dezembro de 2007. Para superar sua trisavó, Vitória, no recorde do mais longo reinado, terá de reinar até 9 de setembro de 2015.
Cerca de 125 milhões de pessoas vivem em países onde o soberano do Reino Unido é o chefe de estado. Só no Reino Unido o seu reinado passou pelo governo de doze primeiros-ministros diferentes. Isabel II é casada com Filipe, Duque de Edimburgo, e é mãe do herdeiro ao trono, o Príncipe de Gales, Carlos. Foi a primeira monarca do Reino Unido a ter primeiros-ministros nascidos no seu reinado (Tony Blair e David Cameron).
Em 2009, foi considerada pela Forbes a 23ª mulher mais poderosa do planeta. Nos dois anos seguintes, nas listas compiladas novamente pela revista, atingiu a 41ª e 49ª posição, respectivamente.
Em 29 de dezembro de 2010 foi bisavó pela primeira vez, pois Peter Phillips - filho da princesa real, Ana - e a sua mulher, Autumn Kelly, foram pais de uma menina.
Aos 87 anos, Isabel II tem quatro filhos, oito netos e duas bisnetas.

Nina Simone morreu há 10 anos

Eunice Kathleen Waymon mais conhecida pelo seu nome artístico, Nina Simone (Tryon, 21 de fevereiro de 1933Carry-le-Rouet, 21 de abril de 2003) foi uma grande pianista, cantora e compositora americana. O nome artístico foi adotado aos 20 anos, para que pudesse cantar Blues, a "música do diabo", nos cabarés de Nova Iorque, Filadélfia e Atlantic City, escondida dos seus pais, que eram pastores metodistas. "Nina" veio de pequena ("little one") e "Simone" foi uma homenagem à grande atriz do cinema francês Simone Signoret, sua preferida.
Nina Simone, que quando jovem foi impedida de ingressar em um conservatório de música na Filadélfia, também se destacou e foi perseguida por abraçar publicamente todo tipo de combate ao racismo. O seu envolvimento era tal, que chegou a cantar no enterro do pacifista Martin Luther King. Casada com um polícia nova-iorquino, Nina também sofreu com a violência do marido, que a espancava. E tudo isso, dizia ela, que tinha acontecido, as portas tinham se fechado, por ser negra.
Depois de fracassar na tentativa de ser uma grande concertista clássica, Nina ficou algum tempo em Nova Yorque até ir para Atlantic City, e lá trabalhou como pianista num bar, onde foi obrigada a cantar para não perder o emprego, e tocar piano era o que ela fazia. Então ela tornou-se Nina Simone, como escolheu chamar-se naquela ocasião. Depois, cantou músicas hoje clássicas e imortalizou hits como "Aint Got No - I Got Life", "I Wish I Know How It Would Feel To Be Free", e "Here Comes The Sun", além de "My Baby Just Cares For Me" que gravou e apareceu num anúncio de um perfume francês.
Em um breve contacto com sua obra, aqueles que não conhecem percebem logo a diversidade de estilos pelos quais Nina Simone se aventurou, desde o gospel, passando pelo soul, blues, folk e jazz. Foi uma das primeiras artistas negras a ingressar na renomada Juilliard School of Music, em Nova Iorque. A sua canção “Mississippi Goddamn” tornou-se um hino dos ativistas dos direitos dos negros, e fala sobre o assassinato de quatro crianças negras numa igreja de Birmingham em 1963.
Nina esteve duas vezes no Brasil, gravou com Maria Bethania e o seu último show ocorreu, em 1997, no Metropolitan. Era uma intérprete visceral, compositora inspirada e tocava piano com energia e perfeição. Morreu, enquanto dormia, em Carry-le-Rouet, em 21 de abril de 2003.


sábado, abril 20, 2013

Joan Miró nasceu há 120 anos

Joan Miró, fotografia de Carl van Vechten, junho de 1936

Joan Miró i Ferrà (Barcelona, 20 de abril de 1893 - Palma de Maiorca, 25 de dezembro de 1983) foi um importante escultor e pintor surrealista catalão.
Quando jovem frequentou a Escola de Belas Artes da capital catalã e a Academia de Gali. Em 1919, depois de completar os seus estudos, visitou Paris, onde entrou em contacto com as tendências modernistas como os fauvismo e dadaísmo.
No início dos anos 20, conheceu o fundador do movimento em que trabalharia toda a vida, André Breton, entre outros artistas surrealistas. A pintura O Carnaval de Arlequim, 1924-25, e Maternidade, 1924, inauguraram uma linguagem cujos símbolos remetem a uma fantasia naïf, sem as profundezas das questões psicanalistas surrealistas. Participou na primeira exposição surrealista em 1925.
Em 1928, viajou para a Holanda, tendo pintado as duas obras Interiores holandeses I e Interiores holandeses II. Em 1937, trabalhou em pinturas-mural e, anos depois, em 1941, concebeu a sua mais conhecida e radiante obra: Números e constelações em amor com uma mulher. Mais tarde, em 1944, iniciou-se em cerâmica e escultura. Em suas obras, principalmente nas esculturas, utiliza materiais surpreendentes, como a sucata.
Três anos depois, rumou pela primeira vez aos Estados Unidos. Já nos anos seguintes; durante um período muito produtivo, trabalhou entre Paris e Barcelona.
No fim da sua vida reduziu os elementos de sua linguagem artística a pontos, linhas, alguns símbolos e reduziu a cor, passando a usar basicamente o branco e o preto, ficando esta ainda mais naïf.

Joan Miró nasceu em Barcelona, na Espanha, em 20 de abril de 1893. Mesmo com o pai insistindo em vê-lo formado, não completou os estudos. Frequentou uma escola comercial e trabalhou num escritório durante dois anos, até sofrer um esgotamento nervoso. Em 1912, quando tinha 19 anos, seus pais finalmente aprovaram que entrasse numa escola de arte em Barcelona. Estudou com Francisco Galí, que o apresentou às escolas de arte moderna de Paris, transmitiu-lhe sua paixão pelos afrescos de influência bizantina das igrejas da Catalunha e o introduziu à fantástica arquitetura de Antonio Gaudí. Algumas obras revelam grande espontaneidade, enquanto em outras se percebe a técnica feita com muito cuidado, e esse contraste também aparece em suas esculturas. Miró tornou-se mundialmente famoso e expôs seus trabalhos, inclusive ilustrações feitas para livros, em vários países. Em 1954, ganhou o prémio de gravura da Bienal de Veneza e, quatro anos mais tarde, o mural que realizou para o edifício da UNESCO em Paris ganhou o Prémio Internacional da Fundação Guggenheim. Em 1963, o Museu Nacional de Arte Moderna de Paris realizou uma exposição de toda a sua obra. Joan Miró morreu em Palma de Maiorca, Espanha, em 25 de dezembro de 1983.