sábado, fevereiro 25, 2012

Renoir nasceu há 171 anos

Pierre-Auguste Renoir (Limoges, 25 de fevereiro de 1841 - Cagnes-sur-Mer, 3 de dezembro de 1919) foi um dos mais célebres pintores franceses e um dos mais importantes nomes do movimento impressionista.

Desde o princípio sua obra foi influenciada pelo sensualismo e pela elegância do rococó, embora não faltasse um pouco da delicadeza de seu ofício anterior como decorador de porcelana. Seu principal objetivo, como ele próprio afirmava, era conseguir realizar uma obra agradável aos olhos. Apesar de sua técnica ser essencialmente impressionista, Renoir nunca deixou de dar importância à forma - de fato, teve um período de rebeldia diante das obras de seus amigos, no qual se voltou para uma pintura mais figurativa, evidente na longa série Banhistas. Mais tarde retomaria a plenitude da cor e recuperaria sua pincelada enérgica e ligeira, com motivos que lembram o mestre Ingres, por sua beleza e sensualidade.
A sua obra de maior impacto é Le Moulin de la Galette, em que conseguiu elaborar uma atmosfera de vivacidade e alegria à sombra refrescante de algumas árvores, aqui e ali intensamente azuis. Percebendo que traço firme e riqueza de colorido eram coisas incompatíveis, Renoir concentrou-se em combinar o que tinha aprendido sobre cor, durante seu período impressionista, com métodos tradicionais de aplicação de tinta. O resultado foi uma série de obras-primas bem no estilo Ticiano, assim como de Fragonard e Boucher, a quem ele admirava. Os trabalhos que Renoir incluiu em uma mostra individual de 70, organizada pelo marchand Paul Durand-Ruel, foram elogiados, e seu primeiro reconhecimento oficial veio quando o governo francês comprou Ao Piano, em 1892.

Primeiros anos
Renoir nasceu em Limoges em 25 de fevereiro de 1841. Seu pai, Léonard, era alfaiate e sua mãe, Marguerite, costureira. Eram uma família de classe média e em 1844, mudaram-se para Paris para tentar uma vida melhor. Renoir estudou até os 13 anos, depois começou a trabalhar em uma fábrica de porcelana dos Irmãos Lévy onde pintava buquês e flores em artigos de porcelana. Ficou na fábrica até os 17 anos e depois foi trabalhar para M. Gilbert pintando temas religiosos vendidos a missionários e pintou em leques e tecidos que eram mais bem remunerados na época e que lhe permitiu juntar algumas economias.
Em 1862 após juntar dinheiro com seu trabalho, Renoir realiza seu sonho: aos 21 anos muda-se pra Parìs e entra para a École des Beaux-Arts de Paris ("Escola de belas artes"). Entrou também para o ateliê de Charles Gleyre. Assistindo às aulas no ateliê, além de aperfeiçoar a sua técnica, conquistou a amizade de Alfred Sisley, Monet e Bazille, com quem compartilhou dias de muita conversa e teorização em Paris e de árduo trabalho em Argenteuil, pintando ao ar livre.
Em 1863, Renoir abandonou a École des Beaux-Arts e passou a pintar ao ar livre em Fontainebleau. A sua primeira obra A Esmeralda entrou para o Salão em 1864, com ela Renoir conseguiu um certo sucesso. Porém após a exposição, Renoir destruiu-a. Em 1865, Renoir e seus amigos tornaram-se próximos de Manet depois, ele conseguiu uma certa noteriedade após expor as suas obras "Almoço na Relva" e "Olympia". legal
Com a guerra franco-prussiana, seus amigos pintores dispersaram-se e Renoir passou a se hospedar constantemente na casa do amigo Jules Le Couer. Foi na casa de Le Couer que Renoir conheceu Lise Trèhot que passou a ser sua modelo preferida durante um certo tempo. Entre as obras de destaque que Lise posou estão: "Mulher com a sombrinha" (de 1867), "A jovem Cigana" (de 1868) e seu último quadro como modelo que foi "Mulher com periquito" (de 1871).
Lise com a sombrinha é considerada sua primeira obra de destaque. Lise pousou para a tela em Fontainebleau entre as folhagens de uma floresta. Com um vestido todo branco onde poderia apreciar-se os jogos de luz e sombra. A obra era inspirada em Coubert. Apesar do relativo sucesso da obra na ocasião, Renoir atravessava dificuldades financeiras. Em 1869 morava com Lise, de dezanove anos, na casa de seus pais.
Em 1870, Renoir se alistou na cavalaria para lutar na guerra franco-prussiana, mas deu baixa um ano depois por causa de uma doença. Neste mesmo ano, morreria na guerra seu amigo Bazille.

Período impressionista
Entre 1870 à 1883, Renoir entra em seu período impressionista. Pinta várias paisagens mas suas obras são mais caracterizada ao retratar a vida social urbana.
No salão de 1872, ele expôs a tela "Mulheres parisienses vestidas como Argelinas" no Salão Oficial o que lhe conferiu grande sucesso. No ano seguinte, Renoir alugaria um apartamento em Montmartre onde pintou duas obras famosas: "O camarote" e "A bailarina". Em 1873, junto aos seus amigos impressionistas, Renoir expôs suas obras em um salão alternativo ao Salão Oficial de Paris que foi um fracasso. Neste salão alternativo, Renoir vendeu seu quadro "O camarote" por 425 francos.
No ano de 1875, Renoir vendeu "O passeio" por 1.200 francos. Com o dinheiro ele pode alugar um prédio maior em Montmartre onde ele pintou várias obras. Em 1876, Renoir pintou várias obras famosas: "Nu ao sol", "O balanço" e "Le moulin de la galette". A obra "Le moulin de la galette" foi exposto no terceiro salão alternativo dos impressionistas e trouxe-lhe grande reputação.

Período seco
Em 1881, Renoir passaria a buscar novas inspirações. Primeiro foi à Argélia depois à Itália. Na Itália, Renoir conheceu os grandes centros: Milão, Roma, Veneza, Nápoles. O que mais lhe impressionou na viagem foi ver de perto as obras de Rafael.
A viagem foi uma inspiração para buscar mais consistência em sua obra tentou tornar-se um artista em grande estilo renascentista. As figuras de suas obras tornaram-se mais imponentes e formais, e muitas vezes abordou temas da mitologia clássica. O contorno de seus personagens tornaram-se mais precisos, formas desenhadas com mais rigor e cores mais frias.
Além de Rafael, Renoir foi influenciado pela obra de Ingres, pintor neoclássico, que admirava e defendia em debates com os amigos impressionistas.
Esse novo período em sua arte, de 1883 a 1887, ficou conhecido como período seco. Nesta nova fase não houve mais espaço para pintura ao ar livre.
Renoir começaria a realizar estudos do qual surgiria uma de suas grandes obras: "As grandes banhistas" que só ficou pronta em 1887.

Período iridescente
Chamada pelo pintor de período iridescente, a partir de 1889 Renoir mudaria novamente de estilo. Era uma fase de recuperação da liberdade da juventude. Em 1890, ele pintou "Duas meninas colhendo flores" e "No prado". Passou também a pintar muitos nus e retratos (ainda uma das maiores fontes económicas do pintor).
Em 1894, Renoir teve mais um filho, Jean Renoir, que se tornaria um grande cineasta francês cuja maiores obras seriam A grande Ilusão e A Regra do jogo. Em 1901, Renoir e Aline tiveram mais um filho, Claude, apelidado de Coco.
Em 1903, Renoir ao piorar da artrite mudou-se para Cagnes. Passou a retratar Gabrielle, jovem contratada para servir seus pequenos filhos.
Sentindo cada vez mais dificuldades para segurar os pincéis e acabou tendo que amarrá-los às mãos. Começou também a esculpir, na esperança de poder expressar seu espírito criativo através da modelagem, mas até para isso ele precisou de ajuda, que veio na forma de dois jovens artistas, Richard Gieino e Louis Morel, que trabalhavam segundo suas instruções.
Apesar das graves limitações físicas, Renoir continuou trabalhando até o último dia de sua vida. Em 1908, ele pintou sua versão para "O julgamento de Paris".
Aline morreu em 1915 e Renoir em 1919 aos 78 anos.

Le bal du moulin de la galette - 1876




George Harrison nasceu há 69 anos

  
George Harrison (Liverpool, 25 de fevereiro de 1943 - Los Angeles, 29 de novembro de 2001) foi um artista inglês, cuja carreira abrangeu diversas áreas. Guitarrista, cantor, compositor, ator e produtor de cinema, Harrison atingiu fama internacional como guitarrista dos Beatles. Por vezes referido como "o Beatle calmo", Harrison, com o passar do tempo, tornou-se um admirador do misticismo indiano, introduzindo-o aos Beatles, assim como aos seus fãs do Ocidente. Após a dissolução da banda, ele teve uma bem-sucedida carreira solo; posteriormente, também obteve sucesso como membro do Traveling Wilburys e como produtor de cinema e musical. Harrison ocupa a 11ª posição da lista "Os 100 Maiores Guitarristas de Todos os Tempos", da revista Rolling Stone.
Ainda que a maioria das músicas dos Beatles tenham sido compostas por Lennon e McCartney, os álbuns do grupo, a partir de With the Beatles (1963), geralmente incluíam uma ou duas músicas de autoria de Harrison. Suas últimas composições com o grupo incluíram "Here Comes the Sun", "Something" e "While My Guitar Gently Weeps". À época do fim da banda, Harrison havia acumulado uma grande quantidade de material, lançado em seu aclamado álbum triplo All Things Must Pass, de 1970, do qual saíria o single "My Sweet Lord". Em complemento à sua carreira solo, Harrison co-escreveu, junto de Ringo Starr, duas músicas de sucesso, assim como músicas para os Traveling Wilburys - o supergrupo formado por ele, Bob Dylan, Tom Petty, Jeff Lynne e Roy Orbison, em 1988.
Harrison se envolveu com a cultura indiana e o hinduísmo no meio dos anos 60, ajudando a expandir e disseminar, pelo Ocidente, instrumentos como o sitar e o movimento Hare Krishna. Juntamente de Ravi Shankar, ele organizou um grande evento de caridade em 1971, o Concerto para Bangladesh.
Além de músico, Harrison também foi um produtor musical e co-fundador da HandMade Films. Em seu trabalho como produtor de cinema, ele colaborou com artistas como Monty Phyton e Madonna.
Casou-se duas vezes, com a modelo Pattie Boyd, de 1966 a 1974, e por 23 anos com Olivia Trinidad Arias, com quem teve um filho, Dhani Harrison. Era amigo íntimo de Eric Clapton. É o único Beatle a ter publicado uma autobiografia, I Me Mine, em 1980. Harrison morreu de cancro de pulmão, em 2001.


sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Hoje é dia de recordar o álbum Cerco dos Xutos


Barcos Gregos - Xutos & Pontapés
Letra de Tim e música de Xutos & Pontapés

Já estou farto de procurar
Um sítio para me encaixar
Mas não pode ser
Está tudo cheio, tão cheio, cheio
Mas o que é que eu vou fazer

Já estou farto de procurar
Um sítio para trabalhar
Mas não pode ser
Está tudo cheio, tão cheio, cheio
Mas o que é que eu vou fazer

Eu vou para longe, para muito longe
Fazer-me ao mar, num dia negro
Vou embarcar, num barco grego
Falta-me o ar, falta-me emprego
Para cá ficar

Já estou farto de descobrir
Tantas portas por abrir
Mas não pode ser, é tudo feio, tão feio, feio
Mas o que é que eu vou fazer

Eu vou para longe, para muito longe
Fazer-me ao mar, num dia negro
Vou embarcar, num barco grego
Falta-me o ar, falta-me emprego
Para cá ficar


Tim: Baixo e Voz
Kalú: Bateria e Voz
Zé Pedro: Guitarra
João Cabeleira: Guitarra
Gui: Saxofone e Voz

A última neta de um Rei de Portugal morreu hoje

Maria de Adelaide de Bragança van Uden integrou resistência aos nazis
Neta do Rei D. Miguel morre aos 100 anos

Maria Adelaide de Bragança tinha celebrado o 100.º aniversário em Janeiro

Maria Adelaide de Bragança van Uden, neta do rei D. Miguel, morreu esta sexta-feira na Caparica, aos 100 anos, disse à Lusa um dos seus filhos, que adiantou que as cerimónias fúnebres decorrerão "em ambiente familiar".

"Haverá, no entanto, missa de sétimo dia no Mosteiro dos Jerónimos, na próxima quinta-feira às 20h00", disse à Lusa Francisco de Bragança van Uden.

A infanta Maria Adelaide foi condecorada com o grau de Grande Oficial da Ordem de Mérito Civil pelo Presidente da República, num jantar realizado em Lisboa em sua homenagem a 31 de janeiro, quando completou 100 anos.

Maria Adelaide integrou a resistência austríaca aos nazis, esteve presa e veio viver para Portugal, onde criou a Fundação Nun'Álvares Pereira para apoio aos carenciados.

"É um exemplo de vida pela estatura moral", disse à Lusa Raquel Ochoa, autora de uma biografia da infanta editada em Maio de 2011.

Maria Adelaide de Bragança é tia do actual duque de Bragança, Duarte Pio de Bragança, filha do exilado D. Miguel, da linha dinástica banida de Portugal pela Convenção de Évora Monte, de 1834, após a derrota do rei D. Miguel pelas tropas liberais que apoiavam o irmão, D. Pedro IV, que proclamou a independência do Brasil, e sua filha, D. Maria II.

Detida pelas tropas nazis, tendo sido salva de fuzilamento 'in extremis' após várias diligências de António Oliveira Salazar, então presidente do Conselho de Ministros, que se indignou por terem prendido uma infanta portuguesa.

in CM - ler notícia

NOTA: tia-avó do atual Duque de Bragança, viveu uma longa e proveitosa vida, pensando primeiro nos outros do que em si própria, pondo em risco a própria vida para defender o seu país, os seus concidadãos e as ideias que lhe eram caras. Deixa um exemplo e um património de bem-fazer que nos levará a recordá-la por muitos e bons anos. Obrigado, Infanta Maria Adelaide de Bragança.

História do tempo em os cavalos eram pequeninos e o calor os fazia diminuir

Paleontologia
Calor fez diminuir tamanho de cavalos há 56 milhões de anos

A reconstrução de um cavalo da altura a tocar no nariz de um cavalo moderno  
(Danielle Byerley/Museu de História Natural da Florida)

Há mais de 50 milhões de anos, a Terra era um local mais quente do que hoje e cavalos do tamanho de gatos corriam nas florestas da América do Norte, descobriram cientistas dos Estados Unidos, que publicaram nesta quinta-feira um artigo na Science.

Estes cavalos primitivos, conhecidos como Sifrihippys, encolheram de tamanho ao longo de dezenas de milhares de anos para se adaptarem às temperaturas mais altas durante um período em que as emissões de metano atingiram um pico, provavelmente devido a uma série de erupções vulcânicas.

A investigação pode dar indicações de como é que os animais que vivem hoje no planeta vão adaptar-se ao aquecimento provocado pelas alterações climáticas de causa humana, defendem os cientistas.

Os investigadores fizeram esta descoberta depois de analisarem fósseis de dentes de cavalos descobertos no estado de Wyoming, EUA. Os fósseis mostraram que os espécimes mais antigos tinham dentes maiores, o que significa que a espécie diminuiu ao longo do tempo.

Muito animais acabaram por se extinguir durante um período de 175.000 anos conhecido pelo Máximo Térmico do Paleoceo–Eoceno, há cerca de 56 milhões de anos. Outros animais ficaram mais pequenos para sobreviverem num mundo com menos alimento.

“Por ser um período de tempo suficientemente longo, há um argumento forte de que estamos a olhar para a selecção natural e para a evolução – isso corresponde à mudança de temperatura como força motriz da evolução destes cavalos”, disse o co-autor Jonathan Bloch, do Museu de História Natural da Florida.

As temperaturas médias do globo subiram cerca de 5,7 ºC durante o período de tempo em que quantidades enormes de carbono entraram na atmosfera e nos oceanos. A superfície do mar do Árctico seria de cerca de 23 ºC, uma temperatura semelhante às águas subtropicais de hoje.

A investigação mostrou que o Sifrhippus diminui quase para um terço do tamanho original, alcançando o tamanho de um pequeno gato de quatro quilos nos primeiros 130.000 anos deste período. Depois, ao fim de um período de 45.000 anos, os cavalos foram aumentando de tamanho até aos sete quilos.

Durante este período, cerca de um terço dos mamíferos conhecidos também ficaram mais pequenos, alguns reduziram para metade do tamanho.

“Isto tem implicações para o que poderemos esperar que aconteça nos próximos dois séculos, pelo menos a partir de alguns modelos climáticos que prevêem um aumento de até 4 ºC na temperatura ao longo dos próximos 100 a 200 anos”, disse Ross Secord, outro autor do estudo, da Universidade de Nebrasca.

Já foi observada uma diminuição do tamanho de alguns pássaros quando são comparados com as versões que existiam no passado, quando o clima era mais frio, argumenta o cientista.

No entanto, estima-se que as previsões das mudanças do clima ocorram já nos próximos dois séculos. Este máximo térmico que aconteceu há 56 milhões de anos ocorreu muito mais gradualmente, demorando entre 10.000 e 20.000 anos para a temperatura subir os seis graus.

“Por isso há uma grande diferença na escala e a questão é: ‘Vamos ver o mesmo tipo de resposta?’ Será que os animais são capazes de responder às mudanças e reajustarem o tamanho dos seus corpos durante o próximo par de séculos?”, questionou o cientista. 

Floresta paleozóica encontrada perfeitamente preservada na China!

Descoberta floresta fossilizada com 298 milhões de anos

Uma representação da floresta encontrada na China
 
Na China desenterrou-se uma Pompeia do mundo natural com 298 milhões de anos. As cinzas de uma erupção cobriram uma floresta de fetos arbóreos, que ficou preservada até agora. O retrato deste pântano tropical está descrito na revista Proceedings of the Natural Academy of Sciences desta semana e permite compreender melhor a evolução das florestas da Terra numa altura em que ainda não havia flores.

“É como [a cidade romana] Pompeia”, disse em comunicado Herrmann Pfefferkorn, um dos autores do estudo, que pertence à Universidade de Pensilvânia, referindo-se à cidade situada na Itália que ficou cristalizada pelas cinzas do Vesúvio durante a erupção de 79 d.C. “Pompeia dá-nos um conhecimento profundo sobre a cultura romana, mas não nos diz nada sobre a história da [civilização] romana em si mesmo.”

Por outro lado, permite a comparação. Pompeia “elucida-nos o tempo que veio antes e que veio depois. Esta descoberta é semelhante. É uma cápsula do tempo, e desse ponto de vista permite-nos interpretar muito melhor o que aconteceu antes e depois”, disse o cientista.

E que tempo é este? Na cronologia da história geológica, há 298 milhões de anos, a Terra encontrava-se no início do período Pérmico, antes da era dos dinossauros. Nesta altura os mamíferos e as plantas com flor ainda não existiam e os répteis e as coníferas – o grupo de plantas a que os pinheiros pertencem – eram uma aquisição recente da evolução.

O mundo terrestre era dominado por anfíbios e por fetos com porte de árvore. E as placas tectónicas estavam a acabar de se juntar para formar a Pangeia. O local arqueológico que os cientistas da Academia de Ciência chinesa estudaram, na região da antiga Mongólia, no Norte da China, era na altura uma super ilha separada do continente, que se situava a latitudes tropicais, no Hemisfério Norte.

Os cientistas fizeram um verdadeiro trabalho de ecologia paleontológica com estratos soterrados que desenterraram, analisando 1000 metros quadrados de área florestal em três sítios diferentes. Se não tivesse havido erupção, ao longo de milhões de anos aquela paisagem ter-se-ia transformado em carvão no interior da Terra, como aconteceu em muitos locais semelhantes a norte a sul da formação.

Mas a cinza fez fossilizar a floresta, que ficou comprimida em 66 centímetros de solo e fez com que a equipa pudesse recriar um retrato detalhado da floresta. “Está maravilhosamente preservada”, disse Pfefferkorn. “Podemos estar ali a olhar e encontrar um ramo com folhas, e depois encontramos o outro ramo e o outro ramo. Depois encontramos um cepo da mesma árvore. É realmente emocionante.”

Os cientistas encontraram seis grupos de plantas diferentes com várias espécies em cada grupo. Há um estrato mais basal com fetos arbóreos, de onde de quando em vez saem árvores mais finas e altas que parecidas a um espanador de penas, com 25 metros de altura. Encontraram também um grupo de plantas extinto que libertava esporos e árvores que parecem ser antepassados das cicadófitas, plantas sem flores que fazem lembrar palmeiras.

"Isto agora é a base. Qualquer outra descoberta, normalmente muito menos completa do que esta, tem que ser avaliada com base no que determinámos aqui", disse Pfefferkon, referindo-se à evolução da flora daquela altura.


NOTA: há pequenas imprecisões na notícia - há 298 M.a. estávamos mesmo no limite entre Carbónico e o Pérmico e a cidade de Pompeia não ficou cristalizada (ficou, parcialmente, bem preservada...). Mas tirando isto e alguns termos de botânica que podiam ser melhor explanados, a notícia não está má...

Hoje o blog Geopedrados está, em espírito, no Estádio do Dragão



No ano em que celebram 33 anos de carreira, os Xutos reeditam "Cerco", o álbum que definiu a determinação e garra que levariam a banda a tornar-se matéria lendária da música portuguesa.

Em 1985, quando todas as editoras recusavam contratá-los, Tim e companhia foram para estúdio, canalizaram a revolta para os instrumentos e, em poucos dias, saíram de lá com uma rodela em que cabiam temas como "Homem do leme" ou "Conta-me histórias".

Essa rodela chamava-se "Cerco". Pode não ter sido o primeiro da discografia dos Xutos & Pontapés, mas foi o álbum decisivo. Foi o primeiro, isso sim, com a guitarra de Zé Cabeleira e com a participação do saxofonista Gui.

O resto é a história que se conhece: salas esgotadas, uma legião de fãs em crescimento constante e um extenso rol de canções tornadas hinos do rock nacional. 




XUTOS & PONTAPÉS editam «O CERCO CONTINUA» Lançamento no DRAGÃO CAIXA 24 de Fevereiro | 21h30

No ano em que os Xutos celebram o seu 33º aniversário, O CERCO CONTINUA…
Continua em palco no Dragão Caixa, no Porto.
Bilhetes à venda em exclusivo na FNAC e em www.bilheteiraonline.pt, ao preço único de 20,00 €
O bilhete inclui a oferta do CD a todos os espectadores no Dragão Caixa.
O CERCO CONTINUA… a provar que resistir é vencer!

Cover fantastico de Rolling in the Depp da artista britânica Adele.

O Rei D. José I morreu há 235 anos


D. José I de Portugal (nome completo: José Francisco António Inácio Norberto Agostinho de Bragança; 6 de junho de 1714 - 24 de fevereiro de 1777), cognominado O Reformador devido às reformas que empreendeu durante o seu reinado, foi Rei de Portugal da Dinastia de Bragança desde 1750 até à sua morte. Casou, em 1729, com D. Mariana Vitória de Bourbon, infanta de Espanha.

O reinado de José I é sobretudo marcado pelas políticas do seu primeiro-ministro, o Marquês de Pombal, que reorganizou as leis, a economia e a sociedade portuguesas, transformando Portugal num país moderno. A 1 de novembro de 1755, D. José I e a sua família sobrevivem à destruição do Paço Real no Terremoto de Lisboa por se encontrarem na altura a passear em Santa Maria de Belém. Depois desta data, José I ganhou uma fobia de recintos fechados e viveu o resto da sua vida num complexo luxuoso de tendas no Alto da Ajuda em Lisboa. Outro ponto alto do seu reinado foi a tentativa de regicídio que sofreu a 3 de setembro de 1758 e o subsequente processo dos Távoras. Os Marqueses de Távora, o Duque de Aveiro e familiares próximos, acusados da sua organização, foram executados ou colocados na prisão, enquanto que a Companhia de Jesus foi declarada ilegal e os jesuítas expulsos de Portugal e das colónias.
Quando subiu ao trono, D. José I tinha à sua disposição os mesmos meios de acção governativa que os seus antecessores do século XVII, apesar do progresso económico realizado no país, na primeira metade do século XVIII.
Esta inadaptação das estruturas administrativas, jurídicas e políticas do país, juntamente com as condições económicas deficientes herdadas dos últimos anos do reinado de D. João V, vai obrigar o monarca a escolher os seus colaboradores entre aqueles que eram conhecidos pela sua oposição à política seguida no reinado anterior.
Diogo de Mendonça, Corte Real Pedro da Mota e Silva e Sebastião José de Carvalho e Melo passaram a ser as personalidades em evidência, assistindo-se de 1750 a 1755 à consolidação política do poder central e ao reforço da posição do marquês de Pombal, com a consequente perda de importância dos outros ministros.
Uma segunda fase, de 1756 a 1764, caracteriza-se pela guerra com a Espanha e a França, pelo esmagamento da oposição interna - expulsão dos Jesuítas, reforma da Inquisição e execução de alguns nobres acusados de atentarem contra a vida do rei, entre os quais o duque de Aveiro e o marquês de Távora -, e pela criação de grandes companhias monopolistas, como a do Grão-Pará.
Uma terceira fase, até 1772 é marcada por uma grande crise económica e, até final do reinado, assiste-se à política de fomento industrial e ultramarino e à queda económica das companhias monopolistas brasileiras.
Todo o reinado é caracterizado pela criação de instituições, especialmente no campo económico e educativo, no sentido de adaptar o País às grandes transformações que se tinham operado. Funda-se a Real Junta do Comércio, o Erário Régio, a Real Mesa Censória; reforma-se o ensino superior, cria-se o ensino secundário (Colégio dos Nobres, Aula do Comércio) e o primário (mestres régios); reorganiza-se o exército. Em matéria de política externa, D. José conservou a política de neutralidade adoptada por seu pai. De notar ainda, o corte de relações com a Santa Sé, que durou 10 anos.

David Mourão-Ferreira nasceu há 85 anos

(imagem daqui)

David de Jesus Mourão-Ferreira (24 de fevereiro de 1927 - 16 de junho de 1996) foi um escritor e poeta lisboeta licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1951, onde mais tarde em 1957 foi professor, tendo-se destacado como um dos grandes poetas contemporâneos do Século XX.
Na sua obra, são famosos alguns dos poemas que compôs para a voz de Amália Rodrigues, como Sombra, Maria Lisboa, Nome de Rua, Fado Peniche e sobretudo Barco Negro, entre outros.
Mourão-Ferreira trabalhou para vários jornais, dos quais se destacam a Seara Nova e o Diário Popular, para além de ter sido um dos fundadores da revista Távola Redonda. Entre 1963 e 1973 foi secretário-geral da Sociedade Portuguesa de Autores. No pós-25 de abril, foi director do jornal A Capital e director-adjunto do O Dia.
No governo, desempenhou o cargo de Secretário de Estado da Cultura (de 1976 a janeiro de 1978 e em 1979). Foi por ele assinado, em 1977, o despacho que criou a Companhia Nacional de Bailado.
Foi autor de alguns programas de televisão de que se destacam "Imagens da Poesia Europeia", para a RTP.
Em 1981 é condecorado com o grau de Grande Oficial da Ordem de Santiago da Espada. Em 1996 recebe o Prémio de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores e, no mesmo ano, recebe a Grã-Cruz da Ordem de Santiago da Espada.
Do primeiro casamento, com Maria Eulália, sobrinha de Valentim de Carvalho, teve dois filhos, David João e Adelaide Constança, que lhe deram 11 netos.



Silêncio

Já o silêncio não é de oiro: é de cristal;
redoma de cristal este silêncio imposto.
Que lívido museu! Velado, sepulcral.
Ai de quem se atrever a mostrar bem o rosto!

Um hálito de medo embaciando o vidrado
dá-nos um estranho ar de fantasmas ou fetos.
Na silente armadura, e sobre si fechado,
ninguém sonha sequer sonhar sonhos completos.

Tão mal consegue o luar insinuar-se em nós
que a própria voz do mar segue o risco de um disco...
Não cessa de tocar; não cessa a sua voz.
Mas já ninguém pretende exp'rimentar-lhe o risco!

in
Tempestade de Verão (1954) - David Mourão-Ferreira

Pablo Milanés nasceu há 69 anos

(imagem daqui)

Pablo Milanés (Bayamo, 24 de fevereiro de 1943) é um cantor e guitarrista cubano.

Pablo Milanés Arias nasceu na cidade de Bayamo, a capital da Província de Granma, e estudou música no conservatório da cidade de Havana.
A sensação é um estilo de música que começou em Cuba, na década de 1940 e representou uma nova forma de abordar a canção, em que o sentido definido na interpretação foi influenciada pelo fluxo de jazz e música romântica americana. O sentimento foi acompanhada por uma guitarra no estilo dos antigos troubadours, para estabelecer a comunicação ou "sentimento" com o público.
Como intérprete, Pablo Milanés posteriormente aderiu ao quarteto Los Bucaneros, que trabalhou nos primeiros trabalhos.
Em 1965 Pablo Milanés publica Meus 22 anos, considerado por muitos o elo entre sentimento e a Nueva Trova Cubana, incluindo novos elementos musicais e vocais que seriam precursores da música cubana que viria mais tarde.
Colaboração com o Bucaneros estendeu-se até 1966. Em 1967, começou a trabalhar na conscrição. Era a época da Guerra do Vietname e Pablo Milanes posiciona-se por causas sociais.
Em 1968 ocorreu o primeiro concerto oferecido com Silvio Rodriguez na La Casa de las Américas. Este seria o primeiro sinal do que mais tarde, em 1972, emergiria como o movimento popular musical da Nueva Trova. No mesmo local conhecido como aos membros da elite da cultura e da música de outros países com os quais os americanos compartilharam preocupações sociais: Violeta Parra, Mercedes Sosa, Daniel Viglietti, Chico Buarque, Simone, Vinicius de Moraes, de Milton Nascimento, Victor Jara, e muitos outros, foi através da Casa de Las Américas.
Como compositor, Pablo Milanés tem desempenhado diferentes estilos, incluindo Cuba e filho a canção de protesto dos anos sessenta tarde. Ele pertencia ao grupo Experimentação Sonora e tem escrito canções para o filme. Através GESICAIC, Pablo Milanés e outros dirigentes cubanos músicos, incluindo Silvio Rodriguez, organizou um workshop criativo onde ele treinou jovens talentos cinematográfica cubana para lhes ensinar o melhor da música cubana, que mais tarde iria plasmar em uma geração de cineastas que fundiam a perfeição música e do cinema. Esta fase de Pablo Milanés vão desde finais dos anos sessenta e meados de setenta, e está cheio de bons tópicos para o artista.
No início dos anos oitenta, Pablo Milanés formar seu próprio grupo, com a ajuda de vários amigos que estavam com ele na GESICAIC. Esta fase caracteriza-se por uma riqueza de recursos musicais utilizados e da variedade de géneros, mas seu conteúdo permanece um forte background social.
Muitos artistas têm trabalhado com ele, incluindo Manah, Silvio Rodriguez, Joaquin Sabina, Ana Belen, Joan Manuel Serrat, Victor Manuel, Los Van Van, Lilia Vera, Caco Senante, Hark e Luís Represas, este ultimo com quem fez um fantástico dueto no tema Feiticeira.
Recentemente, Pablo Milanés ofereceu apoio e aderiram à longa lista de personalidades da América Latina que já manifestaram apoio à independência de Porto Rico através da sua adesão à Proclamação da Panamá aprovada por unanimidade no Congresso Latino-Americano e do Caribe, um congresso que reúne organizações políticas esquerdistas, algumas como a FARC, para a Independência de Puerto Rico realizada no Panamá em novembro de 2009.
Entre os autores que deram o seu apoio inequívoco ao direito de Porto Rico para exercer o seu direito à autodeterminação Pablo Armando Fernandez, Gabriel Garcia Marquez, Ernesto Sábato, Eduardo Galeano, Thiago de Mello, Mario Benedetti, Frei Betto Carlos Monsivais, Ana Lydia Vega, Mayra Montero e Luis Rafael Sanchez.
Em 2010, apresentou-se no Brasil, no Festival Música do Mundo, na cidade de Três Pontas (MG), ao lado do amigo Milton Nascimento, onde gravou um DVD de seu concerto.
Em uma entrevista dada ao site EL MUNDO, Pablo Milanés declarou "Quiero un cambio en Cuba cuanto antes", sendo entendido como uma crítica ao atual governo cubano.



Yo no te pido - Pablo Milanés
(Letra de Mario Benedetti e música de Pablo Milanés)

Yo no te pido que me bajes
una estrella azul
sólo te pido que mi espacio
llenes con tu luz.

Yo no te pido que me firmes
diez papeles grises para amar
sólo te pido que tú quieras
las palomas que suelo mirar.

De lo pasado no lo voy a negar
el futuro algún día llegará
y del presente
qué le importa a la gente
si es que siempre van a hablar.

Sigue llenando este minuto
de razones para respirar
no me complazcas no te niegues
no hables por hablar.

Yo no te pido que me bajes
una estrella azul
sólo te pido que mi espacio
llenes con tu luz.

Chris Fehn, dos Slipknot, faz hoje 40 anos!

Christopher Michael "Chris" Fehn (24 de fevereiro, 1972, Des Moines, Iowa) é um músico norteamericano integrante da banda de New Metal Slipknot.

Biografia
Fehn, nasceu em Des Moines, Iowa. Antes de entrar no Slipknot, ele jogou como jogador de futebol no time Wayne State University. Ele juntou-se a banda por volta de Abril de 1997, substituindo o percussionista Greg Welts, que foi forçado a sair do Slipknot após devido a conflitos pessoais com o baterista Joey Jordison, que resulta de Welts namorar a irmã Jordison.
Bem como emprestar seu talento a percussão na banda, Fehn é vocal de apoio no Slipknot e também é fundamental no apoio executados ao vivo nos palcos. Fora do Slipknot, Fehn é um jogador muito forte, e estava em evidências sobre a banda do DVD de 2006, Voliminal: Inside the Nine, onde ele é entrevistado enquanto jogava golfe. Fehn descreve-se como um "grande fã da banda", e diz do Slipknot, "o mundo precisava de algo assim."
Antes de entrar no Slipknot, em 1997, Fehn foi amigo íntimo dos caras do Slipknot e principalmente do percussionista Shawn Crahan. Segundo Fehn, Crahan perguntou se ele poderia ser baterista de tambor, o que ajudou Shawn a tocar na percussão também. Pouco tempo após o seu pedido foi feito, Fehn deu uma oferta personalizada para tocar percussão na banda. Fehn, em seguida, foi dado um rough demo que continha todas as músicas do Slipknot. Fehn disse que "Spit It Out" foi a canção que se destacou a ele e a mais importante. Fehn então experimentada a percussão e posteriormente é agora o membro do Slipknot. Nos primeiros anos do Slipknot antes da sua assinatura com a Roadrunner Records, além disso, ele tem um dom que sua voz dá um destaque na hora do back-vocal, muitos não percebem, mais se já ouviram Vermilion [Pt.2], Snuff, tem uma voz de fundo junto a Corey, sim, essa voz é a de Chris Fehn. Fehn foi um eletricista. Em uma recente entrevista com o Rosto Cultura, Fehn disse que os membros da banda deram-lhe um duro tempo em seus primeiros anos com a banda. Ele descreveu que o seu tempo durante o auto-intitulado álbum época era o seu "período hazing" com a banda. Chris Fehn começou a ter uma rivalidade com o Limp Bizkit. Quando Fred Durst, o vocalista do Limp Bizkit, declarou: "Eu realmente gosto muito de Slipknot e sou muito feliz quando eles nos odeiam, porque torna a sua música mais pesada, mais enraivecida e real!", Slipknot e principalmente Fehn ficaram zangados por isso. Mais tarde, Durst descreveu um sentido como sendo "... com medo de nós Slipknot, e que ele não sabia até então que Clown estava a ser seriamente sobre o que ele implícita." Shawn Crahan, foi igualmente furioso sobre Durst.

Máscara
Fehn usa um estilo de máscara, que tem sido visto em várias cores e estilos sempre com o nariz lembrante do Pinóquio, o nariz tem cerca de 19 cm de comprimento. Ele usa seis variações de máscara, a sua mais conhecida é uma de couro utilizada durante a época Iowa. Outra bem conhecida de Fehn é a vermelha, que foi utilizada principalmente durante o Vol. 3: (The Subliminal Verses) World Tour. Fehn atualmente usa duas variações para o All Hope Is Gone. A primeira é, como as outras máscaras, uma máscara com uma cabeça cheia e rosto vermelho. O segundo é uma, tal como os outros, mas ele só cobre o rosto, mostrando o seu longo cabelo loiro.
A máscara do Fehn tem um design muito provável com a base usado pelos médicos durante a Peste Negra no tempo medieval, onde o nariz estava cheio de ervas para proteger os médicos que a usavam contra a inalação da fumaça da morte. Outra influência é amplamente discutida a possibilidade da máscara a ser baseada no que foi adornada por Alex e seu "droogs" durante a cena do estupro em 1971 do filme A Clockwork Orange. Uma terceira ideia da origem da máscara também vem da Commedia dell'Arte, uma comédia italiana, que realizou a sua popularidade através dos séculos 15 e 18.. Chris diz que a máscara lembra uma versão do Pantaleão da fálicos de bico de máscara. A quarta idéia da origem da máscara é o personagem Pinóquio. Bastidores do segundo show do Slipknot no Ozzfest, Fehn falou características sobre a máscara para um local onde foi entrevistado, dizendo: "Esta máscara reflete a minha personalidade cómica. Eu a Escolhi para o fator do cativeiro. Quando você a coloca, leva você para um outro local. Muito quente, é muito apertado, e que até a dor vai junto com a agressão que criamos." Em mais uma recente entrevista em Londres, Fehn alegou que, "O cheiro fica pior, cheira a vómito, suor e mijo!" Em entrevista ao programa de TV britânico "Never Mind - Os Buzzcocks", Fehn também se tornou conhecido como Cockface McGinty após os comentários de Mark Lamarr.



David Mourão-Ferreira nasceu há 85 anos

(imagem daqui)

David de Jesus Mourão-Ferreira (24 de Fevereiro de 192716 de Junho de 1996) foi um escritor e poeta lisboeta licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1951, onde mais tarde em 1957 foi professor, tendo-se destacado como um dos grandes poetas contemporâneos do Século XX.
Na sua obra, são famosos alguns dos poemas que compôs para a voz de Amália Rodrigues, como Sombra, Maria Lisboa, Nome de Rua, Fado Peniche e sobretudo Barco Negro, entre outros.
Mourão-Ferreira trabalhou para vários periódicos, dos quais se destacam a Seara Nova e o Diário Popular, para além de ter sido um dos fundadores da revista Távola Redonda. Entre 1963 e 1973 foi secretário-geral da Sociedade Portuguesa de Autores. No pós-25 de Abril, foi director do jornal A Capital e director-adjunto do O Dia.
No governo, desempenhou o cargo de Secretário de Estado da Cultura (de 1976 a Janeiro de 1978, e em 1979). Foi por ele assinado, em 1977, o despacho que criou a Companhia Nacional de Bailado.
Foi autor de alguns programas de televisão de que se destacam "Imagens da Poesia Europeia", para a RTP.
Em 1981 é condecorado com o grau de Grande Oficial da Ordem de Santiago da Espada. Em 1996 recebe o Prémio de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores e, no mesmo ano, recebe a Grã-Cruz da Ordem de Santiago da Espada.





Recurso - Mariza
Letra de David Mourão-Ferreira e música de Tiago Machado

Apenas quando as lágrimas me dão
Um sentido mais fundo ao teu segredo
É que eu me sinto puro e me concedo
A graça de escutar o coração

Logo a seguir (porquê?), vem a suspeita
De que em nós os dois tudo é premeditado.
E as lágrimas então seguem o fado
De tudo quanto o nosso amor rejeita.

Não mais queremos saber do coração
Nem nos importa o que ele nos concede,
Regressando, febris, àquela sede
Onde só vale o que os sentidos dão.

Hoje é dia de recordar a língua galega e a sua musa


¡SOIA!

Eran dondal'as tardes,
Risoñas as mañáns,
I era a tristeza súa
Negra com'a orfandá.
...Iñase a amañecida
tornaba coa serán...
Mais que fora ou viñera
Ninguén llo iña a esculcar.
...Tomóu un día leve
Camiño do areal...;
Como naide a esperaba
Ela non tornou máis.
...Ó cabo dos tres días
Botouna fora o mar,
I alí onde o corvo pousa,
Soia enterrada está.

in
Follas Novas (1880) - Rosalía de Castro

Rosalia de Castro nasceu há 175 anos


Considerada como a fundadora da literatura galega moderna, o 17 de maio, Dia das Letras Galegas é feriado por causa de ser a data de edição da sua primeira obra em língua galega, Cantares Galegos.



 Cando era tempo de inverno

Cando era tempo de inverno
pensaba en donde estarías,
cando era tempo de sol
pensaba en donde andarías.
¡Agora... tan soio penso,
meu ben, si me olvidarías!

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

Os índios da Meia-Praia

Trovas Antigas, de Zeca Afonso, no aniversário da sua morte


Trovas Antigas - Zeca Afonso

O que mais me prende à vida
Não é amor de ninguém
O que mais me prende à vida
Não é amor de ninguém

É que a morte de esquecida
Deixa o mal e leva o bem
É que a morte de esquecida
Deixa o mal e leva o bem

Quem se vai casar ao longe
Ao perto tendo com quem
Quem se vai casar ao longe
Ao perto tendo com quem

Alva flor da laranjeira
Não a dará a ninguém
Alva flor da laranjeira
Não a dará a ninguém

Olha a triste viuvinha
Que anda na roca a fiar
Olha a triste viuvinha
Que anda na roca a fiar

É bem feito, é bem feito
Que não tem com quem casar
É bem feito, é bem feito
Que não tem com quem casar

No cimo daquela serra
Está um lenço de mil cores
No cimo daquela serra
Está um lenço de mil cores

Está dizendo viva, viva
Morra quem não tem amores
Está dizendo viva, viva
Morra quem não tem amores

O que mais me prende à vida
Não é amor de ninguém
O que mais me prende à vida
Não é amor de ninguém

É que a morte de esquecida
Deixa o mal e leva o bem
É que a morte de esquecida
Deixa o mal e leva o bem

Olha a triste viuvinha
Que anda na roca a fiar
Olha a triste viuvinha
Que anda na roca a fiar

É bem feito, é bem feito
Que não tem com quem casar
É bem feito, é bem feito
Que não tem com quem casar


Letra: Canção Popular
Música: José Afonso
Álbum: Baladas e Canções (1964)

Fazes-nos tanta falta, Zeca...


Minha Mãe - Zeca Afonso


O minha mãe minha mãe
O minha mãe minha amada
Quem tem uma mãe tem tudo
Quem não tem mãe não tem nada


Quem não tem mãe não tem nada
Quem a perde é pobrezinho
O minha mãe minha mãe
Onde estás que estou sozinho


Estou sozinho no mar largo
Sem medo à noite cerrada
O minha mãe minha mãe
O minha mãe minha amada

Hoje é dia de ouvir Handel


Os trogóblios mais profundos da Terra foram encontrados por equipa que incluiu a bioespeleóloga portuguesa Sofia Reboleira

Portuguesa ajuda a descobrir novas espécies na gruta mais profunda da Terra

Plutomurus ortobalaganensis, encontrado a 1980 metros de profundidade

Insectos primitivos sem asas e sem olhos foram encontrados a quase dois quilómetros de profundidade, na mais completa escuridão, na gruta mais funda do planeta, na Geórgia. A expedição, na qual participou a cientista portuguesa Sofia Reboleira, não esperava encontrar vida tantos metros abaixo do solo.
No Verão de 2010, uma expedição ibero-russa de 30 pessoas (CAVEX Team) esteve 30 dias no interior da gruta Krubera-Vorónia, na região da Abkhazia, no Norte da Geórgia e perto do Mar Negro, com os seus 2191 metros de profundidade.

Sofia Reboleira, investigadora do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, e o seu colega espanhol Alberto Sendra, do Museu Valenciano de História Natural, descobriram quatro novas espécies de colêmbolos, insectos primitivos sem asas e sem olhos, adaptados à vida subterrânea, na mais completa escuridão: Anurida stereoodorata, Deuteraphorura kruberaensis, Schaefferia profundisima e Plutomurus ortobalaganensis. Este último, encontrado a 1980 metros de profundidade, é o animal subterrâneo terrestre mais profundo até agora conhecido. Cada uma das espécies tem exemplares que medem entre um e quatro milímetros.

“Fomos surpreendidos por uma biodiversidade superior àquela que esperávamos a tão grandes profundidades. Não se conheciam animais cavernícolas a viver abaixo dos 1000 metros de profundidade”, diz a cientista ao PÚBLICO.

A gruta Krubera-Vorónia é a única no mundo que supera os dois quilómetros de profundidade. Apesar das várias expedições ao seu interior – entre as quais da CAVEX Team que a estuda há 10 anos – esta foi a primeira vez que se estudou a sua fauna.

Os animais encontrados adaptaram-se para sobreviverem em condições subterrâneas extremas, como a ausência total de luz e a pouca disponibilidade de alimentos. O zoólogo Enrique Baquero, da Universidade de Navarra, descreveu as espécies encontradas num artigo publicada na revista Terrestrial Arthropod Reviews. “Como resposta a estas condições, nenhum dos animais tem olhos e/ou pigmentação. Além disso, uma das espécies desenvolveu um quimioreceptor, uma espécie de antena parabólica química que lhe permite mover-se num local tão complicado”, disse o investigador citado num comunicado daquela universidade.

Com seis toneladas às costas

Sofia Reboleira, 31 anos, foi convidada pela CAVEX Team a participar na expedição à gruta Krubera-Vorónia, uma missão que “foi custeada na totalidade por cada um dos participantes, sem apoios externos ou patrocínios”, disse.

Mas chegar e descer à gruta mais profunda do planeta – com cavidades formadas quando o Mar Negro estava praticamente seco e com níveis freáticos muito mais baixos do que actualmente – foi uma missão exigente.

“Esta cavidade está situada na Abkhazia e é necessário passar pela Rússia e cruzar a fronteira a pé com todo o equipamento às costas. A subida à zona do acampamento é feita em camiões militares que carregam os espeleólogos e as cerca de seis toneladas de equipamento necessário para uma expedição desta magnitude”, conta. Este inclui equipamentos de espeleologia, de mergulho e comida para 30 pessoas durante 30 dias.

“Os camiões cruzam a zona de floresta e sobem às montanhas do Cáucaso, deixando-nos na base do vale do Ortobalagan, onde estão situadas várias grutas profundas, entre as quais a Krubera-Vorónia”.

Depois, “todo o material é carregado, pelos expedicionários, desde a base do vale até à zona da entrada da cavidade, onde se estabelece o campo espeleológico”. Este é um trabalho comunitário no qual todos ajudam e que dura cerca de quatro dias.

Uma vez no interior da gruta – onde as temperaturas oscilam entre 0.5ºC e 5ºC e a água fria é omnipresente, o que “dificulta todo o tipo de trabalho no seu interior” –, “é necessário instalar cordas por toda a cavidade, o que consome quase três quilómetros de corda, e instalar os acampamentos subterrâneos, onde os espeleólogos descansam, comem e dormem”.

O trabalho da CAVEX Team em Krubera-Vorónia não terminou. “A gruta é tão grande como o empenho das pessoas. Pensamos voltar em 2013”, disse Sofia Reboleira.

Esta investigadora já tem descoberto em Portugal novas espécies em grutas. Em dezembro de 2010 anunciou a descoberta de um pseudoescorpião (Titanobochica magna) e um escaravelho (Trechus tatai) no Algarve e em Montejunto. Um ano depois publicou na revista Zootaxa a descoberta de um insecto mais primitivo do que aqueles que se conhecem actualmente, o Litocampa mendesi, numa gruta algarvia.
in Público - ler notícia
NOTA:  a minha amiga Sofia Reboleira, principal responsável do blog espeleológico Profundezas... e nossa habitual presença aqui no blog, pelos seus feitos e descobertas cientificas, está outra vez de parabéns. Para quem quiser saber mais sobre este assunto, sugere-se as seguintes leituras:

Handel nasceu há 327 anos

Georg Friedrich Händel (Halle an der Saale, 23 de fevereiro de 1685 - Londres, 14 de abril de 1759) foi um célebre compositor da Alemanha, naturalizado cidadão britânico em 1726. Desde cedo mostrou notável talento musical, e a despeito da oposição de seu pai, que o queria um advogado, conseguiu receber um treinamento qualificado na arte da música. A primeira parte de sua carreira foi passada em Hamburgo, como violinista e maestro da orquestra da ópera local. Depois dirigiu-se para a Itália, onde conheceu a fama pela primeira vez, estreando várias obras com grande sucesso e entrando em contato com músicos importantes. Em seguida foi indicado mestre de capela do Eleitor de Hanôver, mas pouco trabalhou para ele, e esteve na maior parte do tempo ausente, em Londres. Seu patrão mais tarde se tornou rei da Inglaterra como Jorge I, para quem continuou compondo. Fixou-se definitivamente em Londres, e ali desenvolveu a parte mais importante de sua carreira, como autor de óperas, oratórias e música instrumental. Quando adquiriu cidadania britânica adotou uma versão anglicizada de seu nome, George Frideric Handel.
Tinha grande facilidade para compor, como prova sua vasta produção, que compreende mais de 600 obras, muitas delas de grandes proporções, entre elas dezenas de óperas e oratórios em vários movimentos. Sua fama em vida foi enorme, tanto como compositor quanto como instrumentista, e mais de uma vez foi chamado de "divino" pelos seus contemporâneos. Sua música se tornou conhecida em muitas partes do mundo, foi de especial importância para a formação da cultura musical britânica moderna, e desde a metade do século XX tem sido recuperada com crescente interesse. Hoje ele é considerado um dos grandes mestres do Barroco musical europeu.

Recordar Zeca Afonso

(imagem daqui)

(imagem daqui)
José Afonso morreu no dia 23 de Fevereiro de 1987, no Hospital de Setúbal, às 03.00 horas da madrugada, vítima de esclerose lateral amiotrófica, diagnosticada em 1982. O funeral realizou-se no dia seguinte, com mais de 30 mil pessoas, da Escola Secundária de S. Julião para o cemitério da Senhora da Piedade, em Setúbal, onde a urna foi depositada às 17h.30 horas na sepultura 1606 do quadro 19. O funeral demorou duas horas a percorrer 1.300 metros.