sábado, fevereiro 22, 2014

James Blunt - 40 anos

James Blunt (nome artístico de James Hillier Blount, Tidworth, 22 de fevereiro de 1974) é um cantor, compositor e instrumentista britânico.
Ele também é um ex-capitão do exército.

Biografia
James vem de uma família de forte tradição militar. O cantor serviu por seis meses em Kosovo e depois fez parte dos Guardas da Rainha. Além da carreira no exército britânico, Blunt fez o curso de Engenharia Aeroespacial. Antes de embarcar na carreira musical, Blunt foi oficial da Life Guards, um reconhecido regimento do exército britânico e serviu, no âmbito da NATO, no Kosovo, durante o conflito em 1999. Enquanto esteve destacado em Kosovo, Blunt foi apresentado aos Médicos sem Fronteiras (MSF), um grupo de ajuda humanitária mais conhecido pelo seu tratamento médico de emergência em regiões de conflitos. Desde então, Blunt tem apoiado os MSF, mantendo leilões beneficentes em muitos dos seus concertos.

Primeiros anos de vida
Blunt nasceu num hospital do exército, em Tidworth, Hampshire, Inglaterra, primeiro filho de Jane e Charles Blunt. Blunt passou a sua infância vivendo na Inglaterra, Hong-Kong, Chipre, e na Alemanha, onde seu pai, coronel do exército britânico da Air Corps, e piloto de helicóptero militar, foi designado em vários momentos. Ele tem dois irmãos mais jovens. O seu pai incutiu-lhe o amor por voar, e Blunt ganhou seu brevet de piloto aos 16 anos.

Carreira militar
Como o exército britânico patrocinou a sua educação universitária, Blunt foi obrigado a servir um mínimo de quatro anos nas forças armadas do país. Formou-se na Academia Militar Real de Sandhurst. Uma das suas primeiras missões foi no Canadá, onde a sua esquadra foi colocada durante um período de seis meses, em 1998, para atuar como o exército oponente em exercícios de treino.
Em 1999 serviu com as forças da OTAN no Kosovo. Inicialmente designado para operações de reconhecimento ao longo da fronteira Macedónia-Iugoslávia, Blunt e a sua unidade trabalharam diante da linha de frente, indicando as posições sérvias para os bombardeamentos. Liderou a primeira esquadra de tropas a entrar em Priština, e foi o primeiro militar britânico a entrar na capital do Kosovo. A sua unidade recebeu a missão de vigiar o aeroporto de Priština. Houve momentos menos intensos durante a missão no Kosovo, no entanto; Blunt tinha trazido junto a sua viola, e nalguns lugares, ao compartilhar uma refeição com os locais, Blunt acabava por tocar. Foi lá que, enquanto em serviço, ele escreveu a canção "No Bravery".
Bom esquiador, Blunt foi capitão da Equipe de Esqui da Cavalaria Alpina, em Verbier, Suíça, e acabou tornando-se campeão de todo o Corpo Real blindado. Estendeu o seu serviço militar, em novembro de 2000, e após um intenso período de seis meses de um curso de equitação no exército, foi destacado para o regimento de Cavalaria Montada Doméstica, em Londres, Inglaterra. Durante este destacamento, Blunt foi entrevistado sobre as suas responsabilidades no programa de televisão Women on Top, que mostra uma série de escolhas profissionais incomuns; Blunt fez a guarda do caixão da Rainha Mãe e fez parte do seu cortejo fúnebre, a 9 de abril de 2002. Blunt finalmente deixou o exército a 1 de outubro de 2002, após ter servido seis anos.
Discografia - Álbuns de estúdio


Há três anos um sismo afetou gravemente a capital da Ilha do Sul da Nova Zelândia

Edifício destruído em Christchurch

O Sismo de Canterbury de 2011 (também conhecido como sismo de Christchurch) foi um sismo de 6,3 graus de magnitude e hipocentro a 5 quilómetros de profundidade que atingiu a Ilha Sul da Nova Zelândia às 12.51 horas de 22 de fevereiro de 2011 (hora local), que corresponde às 23.51 horas de 21 de fevereiro UTC. O número de mortes provocadas pelo sismo foi inicialmente estimado em 159 (em 2 de março de 2011), passando depois para 185.
A região mais afectada foi província de Canterbury, em particular a cidade de Christchurch, situada a 10 km do epicentro do sismo. Essa mesma região já tinha sido atingida por um sismo de 7,1 MW, a 4 de setembro de 2010 (mais forte mas, dada a localização do epicentro, sem causar vítimas mortais).

Mapa de intensidade do terremoto, mostrando o epicentro, próximo de Christchurch, a capital da Ilha do Sul

Há quarenta anos um livro abalou profundamente o país e preparou a queda da II República

(imagem daqui)

Portugal e o Futuro foi um livro publicado pela Editora Arcádia no dia 22 de fevereiro de 1974, assinado pelo general António de Spínola.
Nesse livro, o ex-governador da Guiné-Bissau advogava, após 13 anos de Guerra do Ultramar, uma solução política e não militar como sendo a única saída para o conflito.
As acções do governo marcelista, a demissão dos generais António de Spínola e Francisco da Costa Gomes dos cargos que ocupavam no Estado-Maior General das Forças Armadas, e a organização de cerimónia de apoio ao regime, a Brigada do Reumático, dado ser maioritariamente constituída por idosos oficiais-generais dos três ramos das Forças Armadas, vieram ainda mais mostrar quanto o regime se sentia ameaçado pelas ideias contidas no livro.
No rescaldo da publicação Marcelo Caetano pede a demissão ao Presidente da República, que não a aceita.

sexta-feira, fevereiro 21, 2014

Spinoza morreu há 337 anos

Bento Espinosa: Amesterdão, 24.11.1632 - Haia, 21.02.1677 
(imagem daqui)

Homenagem a Spinoza

Lentes poliu para de Holanda os míopes
que delas precisavam para a escrita
comercial do açúcar e saborearem
os cantos delicados das pinturas.
Judeu sem sinagoga e sem península
ibérica de avós, moral geómetra
os ângulos mediu aos teoremas
da vida humana em lentes tão convexas
que até o latim lhe é como hebraico morto.
E sem de deus teólogo traçou
as linhas da cidade constituída
segundo as leis dos anjos da razão.
E Bento se chamava este coitado
da suma gentileza de existir-se
e de pensar-se em glória a paciência triste
de polir lentes sem ter deus nem pátria.
Mas só assim é que os cristais flamejam
em pura transparência apavorada.



in Exorcismos (1972) - Jorge de Sena

A cantora Rihanna faz hoje 26 anos

Robyn Rihanna Fenty (Saint Michael, 20 de fevereiro de 1988), conhecida simplesmente por Rihanna, é uma cantora de Barbados, de ascendência barbadiana, guianense e irlandesa. Assinou contrato com a editora Def Jam Recordings após uma audição, que despertou o interesse do produtor Evan Rogers e do vice-presidente na altura da editora, Jay-Z, para a jovem artista.
Em 2005 gravou o seu primeiro álbum de estúdio, Music of the Sun, que alcançou o top 10 da Billboard 200. Um ano depois lançou o seu segundo trabalho de originais, A Girl like Me, obtendo a quinta posição da tabela musical norte-americana, incluindo a canção que foi o seu primeiro topo norte-americano em single, "SOS". Em 2007, o álbum Good Girl Gone Bad é lançado e atinge a segunda posição na tabela de álbuns da Billboard, sucedendo-se os álbuns Rated R em 2009 que obteve o quarto lugar, Loud em 2010 que alcançou a terceira posição e Talk That Talk em 2011 que alcançou a terceira. No mesmo ano, foi nomeada Embaixadora da Cultura e da Juventude do seu país.
Vendeu mais de 50 milhões de álbuns e 180 milhões de singles, e em 2011 foi considerada a artista de todos os tempos que mais vendeu a nível digital. A cantora conseguiu colocar treze singles no topo da Billboard Hot 100 - "SOS", "Umbrella", "Take a Bow", "Disturbia", "Live Your Life", "Rude Boy", "Love the Way You Lie", "What's My Name?", "Only Girl (In the World)", S&M", "We Found Love", "Diamonds e "The Monster" - sendo a artista feminina com mais topos atingidos desde no início da década de 2000 e do século XXI na tabela musical americana Billboard Hot 100, que avalia as cem músicas mais vendidas. Foi, até agora, a vencedora de oito Grammy, quatro VMA, dois EMA, seis AMA, doze BMA, cinco TCA, e dois WMA, entre outros. É também uma das intérpretes musicais que mais alcançaram a primeira posição nas tabelas da Billboard desde da década de 2000 até ao momento.
Rihanna, como os Beatles e Elvis Presley, bateu o recorde de liderar as paradas do Reino Unido em sete anos consecutivos, com sete músicas diferentes. O recorde foi atingido na primeira semana de novembro de 2013, com a música The Monster, ao lado de Eminem.
Além de cantora, é compositora, co-produtora, dançarina, modelo, designer de moda, autora e actriz, tendo feito ainda a sua própria marca de guarda-chuvas, Rihanna Umbrellas, após o lançamento do single "Umbrella". Também foi convidada para desempenhar personagens no cinema, nomeadamente em Mama Black Widow, embora o projecto tenha sido cancelado. Foi ainda indicada para o remake de The Last Dragon, protagonizado por Samuel L. Jackson. A 26 de julho de 2010 foi confirmado que a sua estreia no cinema seria com a participação no filme Battleship, que foi lançado em 2012.


O ditador que destruiu o Zimbábue faz hoje 90 anos

Robert Gabriel Mugabe (Kutama, Harare, 21 de fevereiro de 1924) é um político e actual presidente do Zimbábue. Lidera o país desde 1980, primeiro como primeiro-ministro e, desde 1986, como Presidente com poderes executivos.
Pertencente à etnia shona, filho de um fazendeiro local, foi educado numa escola de jesuítas. Foi professor primário na antiga Rodésia, Zâmbia e Gana entre os anos 1942-1949 e 1955-1960. Possui diplomas de Inglês, História e Educação nas mais prestigiadas universidades africanas e obteve uma licenciatura em Economia (por correspondência) na Universidade de Londres.
Participou no movimento de Joshua Nkomo, a União Popular Africana do Zimbábue (ZAPU), em 1960 e três anos mais tarde funda a União Nacional Africana do Zimbábue - Frente Patriótica (ZANU-PF).
É preso em 1964 devido às suas actividades políticas, sendo libertado em 1974, altura em que parte para Moçambique, onde lidera uma guerrilha que se opõe ao Governo de minoria branca de Ian Smith. Com o acordo de paz de Lancaster House, assinado em Londres em 1979, após meses de negociações, Mugabe voltou para a ex-Rodésia e foi calorosamente recebido pela maioria negra.
Torna-se primeiro-ministro da ex-Rodésia (já depois do fim do governo liderado por Ian Smith) em 1980, ao vencer as primeiras eleições democráticas. Em abril do mesmo ano, é declarada a independência do país que passou a ser designado por Zimbabwe ("Zimbábue" em português).
Em 1982 passa a liderar o país sozinho, rompendo a coligação de Unidade Nacional de dois anos com Joshua Nkomo e pondo termo a uma ligação que imperava, desde 1976, com a União Popular Africana do Zimbábue (ZAPU) de Joshua Nkomo, em que votava a maioria dos membros da etnia ndeble. Este processo de separação despoletou violentos confrontos entre as duas fações, originando uma onda de repressão contra os membros da ZAPU e os ndeble.
Passando a centralizar o poder e obtendo cada vez mais autoridade, termina com o sistema parlamentar, instaurando um sistema com um maior pendor presidencialista. É eleito Presidente em 1984, 1990, 1996 e 2002 em eleições consideradas, por muitos, ilegais e fora do controlo democrático, habitual de um estado de direito.
A derrota no referendo de 2000, que possibilitaria uma revisão constitucional, foi um dos únicos reveses do regime ditatorial de Robet Mugabe, contudo isso não impediu o seu governo de concretizar em pleno os seus objectivos de Reforma Agrária por ele preconizados, retirando terras a agricultores brancos e entregando-as a membros do seu partido. Com isto, a produção agrícola caiu para valores muito baixos e o país, antes exportador de produtos agrícolas, passou a importador, a haver fome nas cidades e a um clima de hiperinflação, que tornou a moeda local com valores ridiculamente elevados e ao seu posterior desaparecimento. Actualmente, estima-se que o Zimbabwe seja um dos países com maior número de pessoas a viverem abaixo do limiar de pobreza.
Nos anos dos seus mandato, Mugabe, sendo um marxista que se afastou completamente dos seus ideais com o fim da URSS, deu seguimento a um conjunto de políticas de carácter socializante, nacionalizando várias indústrias ao mesmo tempo que expropriava várias terras dos seus proprietários originais e seguia os seus planos de aumento de impostos e de controlo de preços, alastrando assim o controle do estado sobre os diversos setores da economia. Promoveu investimentos no setor educacional e elevou a qualidade de vida do Zimbábue a níveis anormais para países emergentes. Em 1991, promoveu um programa de austeridade visando absorver os profissionais graduados do seu então brilhante sistema educacional, com o auxílio logístico e financeiro do FMI, o que resultou em uma queda brusca no estilo de vida da maioria pobre. Resultando em uma marginalização crescente da população, o programa foi cancelado pelo FMI. A economia está em grave declínio e a população severamente afetada pelo desemprego, fome e SIDA, e mesmo assim a oposição ao regime de Mugabe dificilmente conseguiu ter apoio político para um governo de coligação.
Surgiram vários casos de violência e de intimidação, perpetuados contras os opositores políticos de Robert Mugabe. O seu governo é considerado um dos mais corruptos de todo o continente africano, sendo suspeito de vários esquemas paralelos de venda de diamantes e outros minerais do país. Governando num regime de caráter autoritário e antidemocrático, Robert Mugabe, um exacerbado nacionalista, é responsabilizado por aprovar polémicas restrições ao direito de voto e uma lei que permite o afastamento dos observadores independentes, além de uma severa perseguição à imprensa interna. Da mesma forma, limita os direitos civis dos cidadãos do seu país.
Robet Mugabe venceu as eleições convocadas para o dia 28 de junho de 2008, sendo reconduzido mais uma vez ao poder, desta feita pela sexta vez consecutiva, por desistência de Morgan Tsvangirai, que tinha ganho a primeira volta, após vários dos seus apoiantes terem sido assassinados. Com o apoio internacional, houve uma partilha de poder que durou cerca de quatro anos, mas o Governo de Unidade Nacional revelou-se ineficaz para acabar com as fortes tensões e evitar confrontos sangrentos entre os apoiantes de Mugabe e Tsvangirai. Em 31 de junho de 2013 Robert Mugabe foi novamente reeleito, apesar da oposição e observadores considerarem fraudulenta a eleição.


Nina Simone nasceu há 81 anos

Eunice Kathleen Waymon mais conhecida pelo seu nome artístico, Nina Simone (Tryon, 21 de fevereiro de 1933Carry-le-Rouet, 21 de abril de 2003) foi uma grande pianista, cantora e compositora americana. O nome artístico foi adotado aos 20 anos, para que pudesse cantar blues, nos cabarés de Nova Iorque, Filadélfia e Atlantic City, às escondidas dos seus pais, que eram pastores metodistas. "Nina" veio de pequena ("little one") e "Simone" foi uma homenagem à grande atriz do cinema francês Simone Signoret, sua preferida.
Nina Simone, quando jovem foi impedida a ingressar em um conservatório de música na Filadélfia também se destacou e foi perseguida por abraçar publicamente todo tipo de combate ao racismo. O seu envolvimento era tal, que chegou a cantar no enterro do pacifista Martin Luther King. Casada com um polícia nova-iorquino, Nina também sofreu violência do marido, que a espancava. E tudo isso, dizia ela, que tinha acontecido, as portas tinham se fechado, por ser negra.
Depois de fracassar na tentativa de ser uma grande concertista através do conservatório, Nina ficou algum tempo em Nova Yorque até ir para Atlantic City, e lá, trabalhando como pianista num bar, foi obrigada a cantar para não perder o emprego, e tocar piano era o que ela fazia. Então se tornou Nina Simone, como escolheu se chamar naquela ocasião. Cantou músicas clássicas e imortalizou hits como "Feeling Good", "Aint Got No - I Got Life", "I Wish I Knew How It Would Feel To Be Free", e "Here Comes The Sun", além de "My Baby Just Cares For Me" que gravou e apareceu numa propaganda de perfume francês.
Em um breve contato com sua obra, aqueles que não conhecem percebem logo a diversidade de estilos pelos quais Nina Simone se aventurou, desde o gospel, passando pelo soul, blues, folk e jazz. Foi uma das primeiras artistas negras a ingressar na renomada Juilliard School of Music, em Nova Iorque. A sua canção “Mississippi Goddamn” tornou-se um hino ativista da causa negra, e fala sobre o assassinato de quatro crianças negras numa igreja de Birmingham em 1963.
Nina esteve duas vezes no Brasil, chegando a gravar com Maria Bethânia, e o seu último show ocorreu em 1997, no Metropolitan. Era uma intérprete visceral, compositora inspirada e tocava piano com energia e perfeição. Morreu, enquanto dormia, em Carry-le-Rouet, em 2003.


Sandino foi assassinado há 80 anos

Sandino na moeda de 1 córdoba

Augusto César Sandino (Niquinohomo, 18 de maio de 1895 - Manágua, 23 de fevereiro de 1934) foi um revolucionário nicaraguense, líder da rebelião contra a presença militar dos Estados Unidos na Nicarágua entre 1927 e 1933. Rotulado como bandido pelo governo dos Estados Unidos, as suas ações torná-lo-iam um herói em grande parte da América Latina, onde é considerado um símbolo da resistência à dominação americana. Levando os Fuzileiros Navais dos Estados Unidos a uma guerra não declarada, a sua organização guerrilheira sofreu duras derrotas. Ainda assim, escapou a diversas tentativas de captura. As tropas dos Estados Unidos retiraram do país após controlarem a eleição e a tomada de posse do presidente Juan Bautista Sacasa. Sandino foi executado pelo general Anastasio Somoza García, que subiu ao poder através de um golpe de estado dois anos mais tarde, estabelecendo uma dinastia hereditária que comandou a Nicarágua durante mais de quarenta anos. O legado de Sandino foi seguido pela Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), que derrubou o governo de Somoza em 1979.


El 21 de febrero de 1934 Sandino en compañía de su padre, Gregorio Sandino, el escritor Sofonías Salvatierra (ministro de Agricultura de Sacasa) y sus lugartenientes generales Francisco Estrada y Juan Pablo Umanzor acudían a una cena en La Loma (Palacio Presidencial), invitados por Sacasa la salida de dicho evento el coche en el que viajaban fue detenido justo a la par del Campo de Marte, en un punto ubicado al sur de la Imprenta Nacional (donde se edita e imprime el diario oficial La Gaceta). El cabo de guardia que les detuvo era en realidad un mayor disfrazado, Lisandro Delgadillo, que les condujo a la cárcel de El Hormiguero (destruida por el terremoto que azotó a Managua en 1972). Los detenidos pidieron que llamaran a Somoza, pero les respondieron que no podían localizarlo, por otro lado la hija de Sacasa le comunicó a su padre la detención, ya que la había visto, y Sacasa se puso en contacto con la embajada de EE. UU. para intentar impedir el asesinato.
Sandino, Estrada y Umanzor fueron llevados al monte llamado La Calavera en el campo de Larreynaga y allí, a la señal de Delgadillo, el batallón que custodiaba a los prisioneros abrió fuego matando a los tres generales. Eso ocurría a las 11 de la noche. Según testimonio de Salvatierra, al oír los disparos, Gregorio Sandino dijo:
Ya los están matando. Siempre será verdad que el que se mete a redentor, muere crucificado.
En la misma noche el hermano menor de Sandino, Sócrates (quien era coronel del EDSN), muere en un enfrentamiento con efectivos de la Guardia Nacional que atacaron la casa del ministro Salvatierra, ubicada por el sector de la Iglesia El Calvario, en Managua. En este enfrentamiento resultó herido el coronel Santos López, quien logra abrirse pasos a balazos y tomar rumbo hacia Honduras.
Al día siguiente (22 de febrero de 1934) la Guardia Nacional destruyó la cooperativa que Sandino había establecido en el poblado de Wiwilí, matando o haciendo prisioneros a sus integrantes.
Dos años después, Anastasio Somoza García - quien llegó a afirmar que recibió las órdenes del asesinato de Sandino del embajador estadounidense Arthur Bliss Lane -, se haría con el poder del país, derrocando para ello al presidente Sacasa, quien era su tío político.
 

Malcolm X foi assassinado há 49 anos

Malcolm X numa conferência em 1964

Al Hajj Malik Al-Shabazz, mais conhecido como Malcolm X (originalmente registado Malcolm Little; Omaha, 19 de maio de 1925 - Nova Iorque, 21 de fevereiro de 1965), foi um dos maiores defensores dos direitos dos negros nos Estados Unidos. Fundou a Organização para a Unidade Afro-Americana, de inspiração socialista. Ele era um defensor dos direitos dos afro-americanos, um homem que conseguiu mobilizar os brancos americanos sobre seus crimes cometidos contra os negros. Em 1998, a influente revista Time nomeou a Autobiografia de Malcolm X um dos 10 livros não fictícios mais importantes do século XX.

(...)

Viagem a Meca e morte
Patrocinado pela sua meia-irmã Ella, Malcolm viajou para Meca com o objetivo de conhecer melhor o Islão. Agora admitia que Elijah Muhammad havia deturpado esta religião nos Estados Unidos. Ao voltar de sua viagem, estava para iniciar uma nova fase em sua vida. Em uma entrevista coletiva, perguntaram-lhe: “Você ainda acredita que os brancos são demónios?” E ele respondeu: “Os brancos são seres humanos na medida em que isto for confirmado em suas atitudes em relação aos negros”.
Movido pelas suas novas ideias, Malcolm fundou a Organização da Unidade Afro-Americana: grupo não religioso e não sectário – criado para unir os afro-americanos –, contudo, em 21 de fevereiro de 1965, na sede da sua organização, Malcolm recebeu 16 tiros de balas de calibre 38 e 45, com a maioria deles a atingi-lo no coração. Malcolm foi assassinado – com apenas 39 anos – em frente da sua esposa Betty, que estava grávida, e das suas quatro filhas, por três membros da Nação do Islão. Escreveu MS Handler: “Balas fatais acabaram com a carreira de Malcolm X antes que ele tivesse tempo para desenvolver as suas novas ideias”.


Andrés Segovia nasceu há 121 anos

Andrés Segovia, primeiro Marquês de Salobreña (Linares, Espanha, 21 de fevereiro de 1893 - Madrid, 3 de junho de 1987) foi um guitarrista espanhol. Considerado o pai da guitarra clássica moderna pela maioria dos estudiosos de música, muitos diziam que ele "resgatou a guitarra clássica das mãos dos ciganos flamencos" e construiu um reportório clássico para dar lugar ao instrumento em salas de concerto. Muitos compositores fizeram obras especificamente para ele, como Turina, Villa-Lobos, Castelnuovo-Tedesco e Pedrell. Pablo Casals foi um grande admirador e apoiante de Segovia.

(...)

Segovia ganhou o prémio Grammy pelo Melhor Trabalho Erudito - Instrumental em 1958, pela sua gravação Segovia Golden Jubilee.
Em reconhecimento pela sua enorme contribuição cultural, foi elevado à nobreza espanhola em 1981, com o título de Marquês de Salobreña.
Andrés Segovia continuou a apresentar-se, já idoso e vivendo uma semi-reforma, durante os anos 70 e 80, na Costa del Sol. Dois filmes foram feitos sobre a sua vida e obra - um quando tinha 75 anos e outro 9 anos depois, que estão disponíveis no DVD Andres Segovia - in Portrait.



quinta-feira, fevereiro 20, 2014

Às vezes um Museu vem abaixo... e a culpa é da Geologia...

Cratera em museu engole oito Corvettes

O National Corvette Museum “abriu um novo espaço” com 12 metros de largura por 10 metros de profundidade 

O Museu do Corvette fica situado no Kentucky, a cerca de uma hora de viagem do Mammoth Cave National Park, o maior complexo de grutas do mundo, formado principalmente sobre rochas calcárias. É esse mesmo tipo de rocha que está presente sobre o solo do National Corvette Museum. O problema deste tipo de terreno é que pode formar dolinas, espaços em que as rochas calcárias corroídas abrem buracos no solo, como ocorrido na sala de exposições Skydome do Museu Nacional do Corvette.

Eram 05.44 horas da manhã quando os responsáveis do Museu receberam um telefonema da equipa de segurança a indicar que os sensores de movimento do espaço tinham sido accionados, mas nada os podia preparar para a imagem que os esperava no Salão Skydome, onde se encontrava um enorme buraco, mesmo no centro da sala de exposições. Entre os carros que foram engolidos pela cratera com 10 metros de profundidade e 12 de largura estão alguns dos modelos mais históricos da casa, como os modelos 1 milhão e 1,5 milhões. Passaram para baixo de terra o Corvette 1962, o PPG Pace Car 1984, o Corvette nº 1 milhão de 1992, o Corvette 40th Anniversary de 1993, o Mallet Hammer Z06 de  2001 e o Corvette nº 1,5 milhão de 2009. Além disso, também dois modelos emprestados pela GM acabaram debaixo do chão, um ZR-1 Spyder de 1993 e um ZR1 “Blue Devil” de 2009.

Os restantes modelos que se encontravam expostos no Salão Skydome foram removidos para evitar possíveis novos abatimentos de terra. Entre as viaturas retiradas encontra-se o único exemplar existente do Corvette de 1983. Após o acidente foram chamados ao local técnicos para avaliar a integridade da estrutura e estudar a possível existência de novas dolinas por baixo do Museu, possibilidade que foi afastada. Após esta vistoria o National Corvette Museum foi considerado seguro e já reabriu ao público, com todas as áreas de exposição acessíveis, com exceção do Salão Skydome.
Créditos das fotos e dos vídeos: National Corvette Museum

Veja aqui vários vídeos do abatimento de terra no National Corvette Museum:

Filmagem ao nível do solo:

Vista de helicóptero:
Vídeo da Segurança 1:
Vídeo da Segurança 2:


Mais fotos:

Património Geológico de Portugal - inventário de geossítios de relevância nacional

Aqui fica, retirado do site, um resumo do local que pretende ser o inventário de geossítios de relevância nacional. Embora ainda incompleto (e certamente que muitos leitores deste blog poderão dar contributos para o mesmo) é de salientar esta nova base de dados dos geossítios portugueses:
Encontra-se em testes finais a base de dados do património geológico português. Trata-se do primeiro inventário sistemático dos geossítios de valor científico e relevância nacional e internacional.
  
O que é este inventário
O inventário nacional de geossítios reúne os principais locais em Portugal (geossítios) onde ocorrem elementos da geodiversidade (minerais, fósseis, rochas, geoformas) com elevado valor científico. Este inventário é um dos resultados do projecto de investigação “Identificação, caracterização e conservação do património geológico: uma estratégia de geoconservação para Portugal” (PTDC/CTE- GEX/64966/2006), o qual foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia entre 2007 e 2010.
O projecto, liderado pela Universidade do Minho, contou com representantes das Universidades dos Açores, Algarve, Aveiro, Coimbra, Évora, Lisboa, Madeira, Nova de Lisboa, Porto, Trás-os-Montes e Alto Douro, da Associação Portuguesa de Geomorfólogos, do Museu Nacional de História Natural e com um bolseiro de pós-doutoramento.
Este inventário integrará o Sistema de Informação do Património Natural e o Cadastro Nacional dos Valores Naturais Classificados, da responsabilidade do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, conforme prevê o Decreto-Lei nº 142/2008, de 24 de julho.

Vitorino Nemésio morreu há 36 anos

Vitorino Nemésio Mendes Pinheiro da Silva (Praia da Vitória, 19 de dezembro de 1901 - Lisboa, 20 de fevereiro de 1978) foi um poeta, escritor e intelectual de origem açoriana que se destacou como romancista, autor de Mau Tempo no Canal, e professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Biografia
Filho de Vitorino Gomes da Silva e Maria da Glória Mendes Pinheiro, na infância a vida não lhe correu bem em termos de sucesso escolar, uma vez que foi expulso do Liceu de Angra, e reprovou o 5.º ano, facto que o levou a sentir-se incompreendido pelos professores. Do período do Liceu de Angra, apenas guardou boas recordações de Manuel António Ferreira Deusdado, professor de História, que o introduziu na vida das Letras.
Com 16 anos de idade, Nemésio desembarcou pela primeira vez na cidade da Horta para se apresentar a exames, como aluno externo do Liceu Nacional da Horta. Acabou por concluir o Curso Geral dos Liceus, em 16 de julho de 1918, com a qualificação de dez valores.
A sua estadia na Horta foi curta, de maio a agosto de 1918. A 13 de agosto o jornal O Telégrafo dava notícia de que Nemésio, apesar de ser um fedelho, um ano antes de chegar à Horta, havia enviado um exemplar de Canto Matinal, o seu primeiro livro de poesia (publicado em 1916), ao director de O Telégrafo, Manuel Emídio.
Apesar da tenra idade, Nemésio chegou à Horta já imbuído de alguns ideais republicanos, pois em Angra do Heroísmo já havia participado em reuniões literárias, republicanas e anarco-sindicalistas, tendo sido influenciado pelo seu amigo Jaime Brasil, cinco anos mais velho (primeiro mentor intelectual que o marcou para sempre) e por outras pessoas tal como Luís da Silva Ribeiro, advogado, e Gervásio Lima, escritor e bibliotecário.
Em 1918, no final da Primeira Guerra Mundial, a Horta possuía um intenso comércio marítimo e uma impressionante animação nocturna, uma vez que se constituía em porto de escala obrigatória, local de reabastecimento de frotas e de repouso da marinhagem. Na Horta estavam instaladas as companhias dos Cabos Telegráficos Submarinos, que convertiam a cidade num "nó de comunicações" mundiais. Esse ambiente cosmopolita contribuiu, decisivamente, para que ele viesse, mais tarde a escrever a obra mítica que dá pelo nome de Mau Tempo no Canal, trabalhada desde 1939 e publicada em 1944, cuja acção decorre nas quatro principais ilhas do grupo central açoriano: Faial, Pico, São Jorge e Terceira, sendo que o núcleo da intriga se desenvolve na Horta.
Este romance evoca um período (1917-1919) que coincide em parte com a sua permanência na ilha do Faial e nele aparecem pessoas tais como o Dr. José Machado de Serpa, senador da República e estudioso, o padre Nunes da Rosa, contista e professor do Liceu da Horta, e Osório Goulart, poeta.
Em 1919 iniciou o serviço militar, como voluntário na arma de Infantaria, o que lhe proporcionou a primeira viagem para fora do arquipélago. Concluiu o liceu em Coimbra, em 1921, e inscreve-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Três anos mais tarde, Nemésio trocou esse curso pelo de Ciências Histórico Filosóficas, da Faculdade de Letras de Coimbra, e, em 1925, matriculou-se no curso de Filologia Românica da mesma Faculdade.
Na primeira viagem que faz a Espanha, com o Orfeão Académico, em 1923, conhece Miguel Unamuno, escritor e filósofo espanhol (1864-1936), intelectual republicano, e teórico do humanismo revolucionário antifranquista, com quem trocará correspondência anos mais tarde.
A 12 de fevereiro de 1926 desposou, em Coimbra, Gabriela Monjardino de Azevedo Gomes, de quem teve quatro filhos: Georgina (novembro de 1926), Jorge (abril de 1929), Manuel (julho de 1930) e Ana Paula (dezembro de 1931).
Em 1930 transferiu-se para a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa onde, no ano seguinte, concluiu o curso de Filologia Românica, com elevadas classificações, começando desde logo a lecionar literatura italiana. A partir de 1931 deu inicio à carreira académica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde leccionou Literatura Italiana e, mais tarde, Literatura Espanhola.
Em 1934 doutorou-se em Letras pela Universidade de Lisboa com a tese A Mocidade de Herculano até à Volta do Exílio. Entre 1937 e 1939 leccionou na Universidade Livre de Bruxelas, tendo regressado, neste último ano, ao ensino na Faculdade de Letras de Lisboa.
Em 1958 leccionou no Brasil. A 19 de julho de 1961 foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e, a 17 de abril de 1967, Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. A 12 de setembro de 1971, atingido pelo limite legal de idade para exercício de funções públicas, profere a sua última lição na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde ensinara durante quase quatro décadas, passando a ser Catedrático Jubilado.
Foi autor e apresentador do programa televisivo Se bem me lembro, que muito contribuiu para popularizar a sua figura e dirigiu ainda o jornal O Dia, entre 11 de dezembro de 1975 a 25 de outubro de 1976.
Foi um dos grandes escritores portugueses do século XX, tendo recebido em 1965, o Prémio Nacional da Literatura e, em 1974, o Prémio Montaigne.
Faleceu a 20 de fevereiro de 1978, em Lisboa, no Hospital da CUF, e foi sepultado em Coimbra. Pouco antes de morrer, pediu ao filho para ser sepultado no Cemitério de Santo António dos Olivais, em Coimbra. Mas pediu mais: que os sinos tocassem o Aleluia em vez do dobre a finados. O seu pedido foi respeitado.
A 30 de agosto de 1978 recebeu a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, a título póstumo.
Obra
Vitorino Nemésio foi ficcionista, poeta, cronista, ensaísta, biógrafo, historiador da literatura e da cultura, jornalista, investigador, epistológrafo, filólogo e comunicador televisivo, para além de toda a actividade de docência.
Levou a cabo, na sua obra, uma transformação das tendências da Presença (que de certa forma precedeu), que garantiu a eternidade dos seus textos. Fortemente marcado pelas raízes insulares, a vida açoriana e as recordações da sua infância percorrem a obra do escritor, numa espécie de apelo, revelado pela ternura da sua inspiração popular, pela presença das coisas simples e das gentes, e pela profunda humanidade face à existência e ao sofrimento da vida humana.


A Árvore do Silêncio

Se a nossa voz crescesse,onde era a árvore?
Em que pontas,a corola do silêncio?
Coração já cansado, és a raiz:
Uma ave te passe a outro país.
Coisas de terra são palavra.
Semeia o que calou.
Não faz sentido quem lavra
Se o não colhe do que amou.
Assim,sílaba e folha,porque não
Num só ramo levá-las
com a graça e o redondo de uma mão?
(Tu não te calas? Tu não te calas?!)


in
Canto de Véspera (1966) - Vitorino Nemésio

Kurt Cobain nasceu há 47 anos

Kurt Donald Cobain, conhecido internacionalmente por Kurt Cobain (Aberdeen, 20 de fevereiro de 1967 - Seattle, 5 de abril de 1994), foi um cantor, compositor e músico dos Estados Unidos, famoso por ter sido o fundador, vocalista e guitarrista da banda Nirvana.
De entre as suas principais composições, o single Smells Like Teen Spirit, do segundo álbum dos Nirvana, "Nevermind", foi o responsável pelo início do sucesso do grupo e do próprio Kurt, popularizando um subgénero do rock alternativo que a imprensa passou a chamar de grunge. Outras bandas grunge de Seattle, como os Alice in Chains, Pearl Jam e Soundgarden, ganharam também um vasto público e, como resultado, o rock alternativo tornou-se um género dominante no rádio e na televisão nos Estados Unidos, de início até metade da década de 90. Os Nirvana foram considerados a banda "porta-voz da Geração X" e o seu vocalista, Kurt Cobain, viu-se ungido pelos media como porta-voz da geração, mesmo contra a sua vontade. Cobain estava desconfortável com a atenção que recebeu, e colocou a sua atenção na música da banda, acreditando que a mensagem da banda e a sua visão artística tinham sido mal-interpretadas pelo público, desafiando a audiência da banda com o seu terceiro álbum In Utero. Desde a sua estreia, a banda Nirvana, com Cobain como compositor, vendeu mais de vinte e cinco milhões de álbuns nos Estados Unidos, e mais de cinquenta milhões em todo o mundo.
Durante os últimos anos de sua vida, Cobain lutou contra o vício da heroína, doenças, depressão, a fama e a imagem pública, bem como as pressões ao longo da vida profissional e pessoal em torno dele e da sua esposa, a cantora Courtney Love. Em 8 de abril de 1994, Cobain foi encontrado morto na sua casa em Seattle, três dias após a sua morte, vítima do que foi oficialmente considerado um suicídio com um tiro de espingarda na cabeça. As circunstâncias da sua morte, por vezes, tornam-se um tema de fascínio e debate.
A vida do cantor já foi retratada de várias maneiras e diversas vezes após a sua morte, seja no cinema, em livros ou em documentários televisivos. A primeira delas foi em 1998, com o documentário Kurt & Courtney, em seguida, em 2005, foi produzido o filme "Últimos Dias", um filme dramático que narrava, de forma fictícia, os últimos dias de vida de Kurt, e o documentário Kurt Cobain - Retrato de uma Ausência, lançado em 2006, que continha entrevistas de amigos, parentes e do próprio Cobain. Em 2006, doze anos após a sua morte, a revista Forbes listou as treze celebridades mortas que mais dinheiro geraram para os seus herdeiros nos últimos doze meses do respectivo ano. O cantor ficou em primeiro lugar da lista, com ganhos estimados em cinquenta milhões de dólares.

Àcerca de um post do blogue De Rerum Natura em que o blog Geopedrados é citado...



“Haja ou não frutos, pelo sonho é que nós vamos. Basta a fé que nós temos. Basta a esperança naquilo que talvez nós teremos” (Sebastião da Gama, 1924-1952).

A republicação do meu post, Suspeitas sobre os colégios do grupo GPS (11/02/2014), no blogue Geopedrados, do Colega Fernando Oliveira Martins, leva a interrogar-me, de quando em vez, se valerá a pena defender questões que já não dizem directamente respeito à minha situação de aposentado, mas que me dão, por outro lado, o direito de continuar a defender, sem benefício pessoal, causas de que me ocupei durante 12 anos como presidente da Assembleia Geral do Sindicato Nacional dos Professores Licenciados. Ou seja, lavrar o meu veemente protesto contra a destruição sistemática, pedra por pedra, do multissecular edifício da Escola Pública ao serviço valioso de gerações escolares passadas, actuais e futuras.

Mas talvez seja sina minha, ou destino cruel, de que me não consigo (nem quero) libertar. Remonta ele a idos de 1972, altura em que um grande amigo e biólogo, Augusto Cabral, na apresentação de um dos meus livros, "Sem Contemporizar" (1972), escreveu:

“Mas, para além de tudo, existe a pessoa, o indivíduo, como elemento de uma classe e de uma sociedade e o que realmente conta são os aspectos positivos e válidos e o que também poderei afirmar, sem desmentido seja a de quem for, é que Rui Baptista é um homem que tirou um curso, não para ter um canudo e à sombra deste se instar acomodaticiamente numa secretária à espera do fim do mês, mas sim para, tão-somente, exercer uma profissão que desempenha com honestidade e incontroverso êxito. Não é de admirar, pois, que tenha defendido, desde que o conheço (e já lã vão um ror de anos), a sua posição em particular e da sua classe em geral. Defesa essa em que tem sido intransigente, mesmo quando fica sozinho e luta até ao último alento: até quando lhe falta o apoio daqueles que sobre estes assuntos se deveriam pronunciar, e o não fazem., limitando-se a colher os benefícios, quando os há, da luta que ele tem travado”. 

Por isso, sempre com muito apreço li os comentários publicados (o do colega Oliveira Martins e outros) ao meu post supracitado por constituírem um arrimo precioso numa altura em que a docência não constitui um corpus devidamente organizado, ao contrário de outras profissões de igual ou menor exigência académica, organizados numa Ordem Profissional. Contenta-se ela com um aglomerado de docentes proletarizados e pulverizado em mais de uma dezena de sindicatos docentes de diversas tendências políticas), como se a sublime função docente se pudesse circunscrever a meras questões de natureza laboral: vencimentos e horários de trabalho, por exemplo.

O prezado colega Oliveira Martins, com os seus comentários, a anteriores textos meus, tem dado, de há muitos anos para cá, um auxílio precioso e constante a um combate sem tréguas a uma situação em que, como diria Pessoa, o exercício docente é uma arrabalde de uma profissão que exigia ser devidamente dignificada com o título profissional de Professor, devidamente tipificado em deveres e direitos. Em conselho de Santo Agostinho: “Nunca estejas satisfeito com o que és, se queres conseguir aquilo que não és”!






Caro Amigo Rui Baptista: agradeço a atenção dispensada neste post, que não mereço, pois apenas faço o que posso, e é bem pouco, pela Escola Pública, pela Docência e pelos seus atores principais, os Professores. Partilhamos muitos pontos de vista, pese embora o facto de eu ser muito mais novo (sou um jovem de 46 anos...), de não ter a "experiência de saber feito" que dá muitos mais anos de trabalho e muitos mais dados recolhidos, e de não estar ao seu nível (sou um simples professor, embora com experiência em formação de professores e com uma passagem muito gratificante no Ensino Superior). Não sou contra os Sindicatos (embora, não me revendo nos atuais, não seja sindicalizado) nem sou contra o Ensino não público (o meu filho estudou num Jardim Escola João de Deus, dos 3 aos 10 anos, embora eu pagasse na íntegra os custos de tal opção, enquanto muitos colegas seus, com menos possibilidades, fossem apoiados pelo Estado, e aceito que assim há justiça na escolha de escola). Tenho agora o meu filho numa Escola Pública e acho estas muito melhores para preparar um aluno para a vida real e para o acesso ao Ensino Superior - conheço algumas das escolas do grupo GPS que citou no seu artigo e dá-me a volta ao estômago aquilo que lá se faz, o que estado lhes dá e aquilo que eles fazem com o (nosso) dinheiro, bem como a promiscuidade entre políticos/decisores e os seus dirigentes (ou onde terminam uns e começam outros). Acho que algo vai podre no reino da Dinamarca quando não há dinheiro para pagar abaixo do salário mínimo uma tarefeira para apoiar crianças com deficiência profunda, como acontece na minha Escola, e há dinheiro para apoiar a aquisição de Mercedes, autocarros e aulas de equitação em colégios com filhos de gente rica - mas um dia destes as pessoas irão aperceber-se disso. Finalmente, queria agradecer-lhe o facto de continuar a lutar pela criação de uma Ordem dos Professores - o acesso à profissão e as questões éticas são fundamentais para termos uma classe dignificada, que volte a ter o prestígio que no passado teve e que merece, tal como noutros países, ter. O seu esforço é também o meu e enquanto puder estarei consigo nesta luta, até que esta frutifique. Obrigado pelo seu esforço e pelas suas palavras amáveis - o amigo Fernando Oliveira Martins e o blog de geólogos formados em Coimbra entre 85 e 90, os Geopedrados, estarão sempre na primeira linha da luta consigo...!