O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Filho de D. Afonso III e de D. Beatriz de Castela , foi aclamado em Lisboa em 1279, tendo subido ao trono com 17 anos. Em 1282 desposou Isabel de Aragão, que ficaria conhecida como Rainha Santa. Ao longo de 46 anos a governar os Reinos Portugal e dos Algarves foi um dos principais responsáveis pela criação da identidade nacional e o alvor da consciência de Portugal enquanto estado-nação: em 1297, após a conclusão da Reconquista pelo seu pai, definiu as fronteiras de Portugal no Tratado de Alcanizes, prosseguiu relevantes reformas judiciais, instituiu a língua Portuguesa como língua oficial da corte, criou a primeira Universidade portuguesa, libertou as Ordens Militares no território nacional de influências estrangeiras e prosseguiu um sistemático acréscimo do centralismo régio. A sua política centralizadora foi articulada com importantes ações de fomento económico - como a criação de inúmeros concelhos e feiras. D. Dinis ordenou a exploração de minas de cobre, prata, estanho e ferro e organizou a exportação da produção excedente para outros países europeus. Em 1308 assinou o primeiro acordo comercial português com a Inglaterra. Em 1312 fundou a Marinha Portuguesa, nomeando primeiro Almirante de Portugal, o genovês Manuel Pessanha, e ordenando a construção de várias docas.
Foi grande amante das artes e letras. Tendo sido um famoso trovador, cultivou as Cantigas de Amigo, de Amor e a sátira, contribuindo para o desenvolvimento da poesia trovadoresca na península Ibérica. Pensa-se ter sido o primeiro monarca português verdadeiramente alfabetizado, tendo assinado sempre com o nome completo. Culto e curioso das letras e das ciências, terá impulsionado a tradução de muitas obras para português, entre as quais se contam os tratados de seu avô Afonso X, o Sábio. Foi o responsável pela criação da primeira Universidade portuguesa, inicialmente instalada na zona do actual Largo do Carmo, em Lisboa e por si transferida, pela primeira vez, para Coimbra, em 1308. Esta universidade, que foi transferida várias vezes entre as duas cidades, ficou definitivamente instalada em Coimbra em 1537, por ordem de D. João III.
Entre 1320 e 1324 houve uma guerra civil que opôs o rei ao futuro Afonso IV. Este julgava que o pai pretendia dar o trono a Afonso Sanches. Nesta guerra, o rei contou com pouco apoio popular, pois nos últimos anos de reinado deu grandes privilégios aos nobres. O infante contou com o apoio dos concelhos. Apesar dos motivos da revolta, esta guerra foi no fundo um conflito entre grandes e pequenos. Após a sua morte, em 1325 foi sucedido pelo seu filho legítimo, Afonso IV de Portugal, apesar da oposição do seu favorito, o filho natural Afonso Sanches.
Catedral verde e sussurrante, aonde a luz se ameiga e se esconde e onde ecoando a cantar se alonga e se prolonga a longa voz do mar, ditoso o Lavrador que a seu contento por suas mãos semeou este jardim; ditoso o Poeta que lançou ao vento esta canção sem fim... Ai flores, ai flores do Pinhal louvado, que vedes no mar? Ai flores, ai flores do Pinhal louvado, são as caravelas, teu corpo cortado, é lo verde pino no mar a boiar, Pinhal de heróicas árvores tão belas foi teu corpo e da tua alma também que nasceram as nossas caravelas ansiosas de todo o Além; foste tu que lhes deste a tua carne em flor e sobre os mares andaste navegando, rodeando a Terra e olhando os novos astros, oh gótico Pinhal navegando, em naus erguida levando tua alma em flor na ponta alta dos mastros!... Ai flores, ai flores do Pinhal florido, que vedes no mar? Ai flores, ai flores do Pinhal florido, que grande saudade, que longo gemido ondeia nos ramos, suspira no ar.
Coroação póstuma de Inês de Castro - pintura de Pierre-Charles Comte (1849)
Morte
Depois de alguns anos no Norte de Portugal, Pedro e Inês tinham regressado a Coimbra e instalaram-se no Paço de Santa Clara. Mandado construir pela avó de D. Pedro, a Rainha Santa Isabel,
foi neste Paço que esta Rainha vivera os últimos anos, deixando
expresso o desejo que se tornasse na habitação exclusiva de Reis e
Príncipes seus descendentes, com as suas esposas legítimas.
Havia boatos de que o Príncipe tinha se casado secretamente com D.
Inês. Na Família Real um incidente deste tipo assumia graves implicações
políticas. Sentindo-se ameaçados pelos irmãos Castro, os fidalgos da
corte portuguesa pressionavam o rei D. Afonso IV para afastar esta
influência do seu herdeiro. O rei D. Afonso IV decidiu que a melhor
solução seria matar a dama galega. Na tentativa de saber a verdade o Rei
ordenou a dois conselheiros seus que dissessem a D. Pedro que ele
podia se casar livremente com D. Inês se assim o pretendesse. D. Pedro
percebeu que se tratava de uma cilada e respondeu que não pensava
casar-se nunca com D.ª Inês.
A 7 de janeiro de 1355, o rei cedeu às pressões dos seus conselheiros e aproveitando a ausência de D. Pedro, numa excursão de caça, foi com Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves, Diogo Lopes Pacheco e outros para executarem Inês de Castro em Santa Clara, conforme fora decidido em conselho. Segundo a lenda, as lágrimas derramadas no rio Mondego pela morte de Inês teriam criado a Fonte dos Amores da Quinta das Lágrimas, e algumas algas avermelhadas que ali crescem seriam o seu sangue derramado.
A morte de D. Inês provocou a revolta de D. Pedro contra D. Afonso IV. Após meses de conflito, a Rainha D. Beatriz conseguiu intervir e fez selar a paz, em agosto de 1355.
D. Pedro tornou-se no oitavo rei de Portugal como D. Pedro I em 1357. Em junho de 1360 fez a declaração de Cantanhede, legitimando os filhos de Inês ao afirmar que se tinha casado, secretamente, com ela em 1354, em Bragança, «em dia que não se lembrava». A palavra do rei, do seu capelão e de um seu criado foram as provas necessárias para legalizar esse casamento.
De seguida perseguiu os assassinos de D. Inês, que tinham fugido para o Reino de Castela. Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves foram apanhados e executados em Santarém (segundo a lenda o Rei mandou arrancar o coração de um pelo peito e o do outro pelas costas, assistindo à execução enquanto se banqueteava). Diogo Lopes Pacheco conseguiu escapar para a França e, posteriormente, seria perdoado pelo Rei, no seu leito de morte.
D. Pedro mandou construir os dois esplêndidos túmulos de D. Pedro I e de D. Inês de Castro no mosteiro de Alcobaça, para onde trasladou o corpo da sua amada Inês, em 1361 ou 1362. Juntar-se-ia a ela em 1367.
A posição primeira dos túmulos foi lado a lado, de pés virados a
nascente, em frente da primeira capela do transepto sul, então dedicada a
São Bento. Na década de 80 do século XVIII os túmulos foram mudados
para o recém construído panteão real, onde foram colocados frente a
frente. Em 1956 foram mudados para a sua atual posição, D. Pedro no
transepto sul e D. Inês no transepto norte, frente a frente. Quando os
túmulos, no século XVIII, foram colocados frente a frente, apareceu a
lenda que assim estavam para que D. Pedro e D. Inês «possam olhar-se nos olhos quando despertarem no dia do juízo final».
A tétrica cerimónia da coroação e do beija mão à Rainha D. Inês, já
morta, que D. Pedro pretensamente teria imposto à sua corte e que
tornar-se-ia numa das imagens mais vívidas no imaginário popular, terá
sido inserida pela primeira vez nas narrativas espanholas do final do século XVI.
Corpos feitos de pedra - para sempre aqui nesta nave de gelo e de sombra, no incandescente sono a que chamamos eternidade. Quem desperta o teu rosto? Quem move as tuas mãos no gesto com que iludes a distância dos vivos? Não sabemos morrer e repetimos hoje o mesmo abraço fiel à órbita dos astros e a esta certeza de que fomos e somos e seremos um do outro. É assim o amor - uma palavra sonâmbula, uma bênção que os séculos não apagam sob as pequenas asas de alguns anjos guardando e protegendo o nosso imenso segredo. Corpos feitos de pedra - ainda e sempre aqui até ao fim do mundo, até ao fim.
in Pena Suspensa (2004) - Fernando Pinto do Amaral
Poulenc aprendeu piano com a sua mãe e começou a compor com sete anos de
idade. Aos quinze anos estudou com Ricardo Vinhes, que encorajou a
sua ambição de compor e o apresentou a Satie, Casella, Auric e outros. Em 1917 a sua Rapsodie Nègre deu-lhe uma proeminência notável em Paris, como um dos compositores encorajados por Satie e Cocteau, que os designava como "Les Nouveaux Jeunes" (Os novos jovens).
Mesmo assim os seus conhecimentos técnicos eram escassos - Poulenc
nunca frequentou o Conservatório - pelo que em 1920 decidiu estudar
harmonia durante três anos com Charles Koechlin, mas nunca estudou Contraponto nem Orquestração, pelo que parte dos seus conhecimentos eram intuitivos. Em 1920 um crítico musical, Henri Collete escolheu 6 destes "Nouveaux Jeunes" e chamou-lhes "Les Six";
Poulenc fazia parte deste grupo. Deram concertos juntos, sendo um
dos seus artigos de fé que se inspiravam no «folclore parisiense»,
isto é, nos músicos de rua, nos teatros musicais, nas bandas de
circo.
A vida de Poulenc foi uma vida de constante luta interna ("meio monge, meio mau rapaz"). Tendo nascido e sido educado na religião católica,
Poulenc debatia-se com a conciliação dos seus desejos sexuais pouco
ortodoxos à luz das suas convicções religiosas. Poulenc referiu a
Chanlaire que "Sabes que sou sincero na minha fé, sem excessos de messianismo, tanto como sou sincero na minha sexualidade parisiense." Alguns autores consideram mesmo que Poulenc foi o primeiro compositor abertamente homossexual, embora o compositor tenha mantido relações sentimentais e físicas com mulheres e tenha sido pai de uma filha, Marie-Ange.
A sua primeira relação afectiva importante foi com o pintor Richard Chanlaire, a quem dedicou o seu Concert champêtre: "Mudaste a minha vida, és o sol dos meus trinta anos, uma razão para viver e trabalhar." Em 1926, Francis Poulenc conhece o barítono
Pierre Bernac, com o qual estabelece uma forte relação afectiva, e
para quem compõe um grande número de melodias. Alguns autores indicam
que esta relação tinha carácter sexual, embora a correspondência
entre os dois, já publicada, sugira fortemente que não. A partir de
1935 e até à sua morte, em 1963, acompanha Bernac ao piano em
recitais de música francesa por todo o mundo. Pierre Bernac é
considerado como "a musa" de Poulenc.
Poulenc foi profundamente afectado pela morte de alguns dos seus amigos
mais próximos. O primeiro foi a morte prematura de Raymonde
Linossier, uma jovem com quem Poulenc tinha esperanças de casar. Embora
Poulenc tivesse admitido que não tinha nenhum interesse sexual em
Linossier, eram amigos de longa data. Em 1923, Poulenc ficou chocado e
inanimado durante um par de dias depois da sua morte, aos 20 anos, na
sequência de febre tifóide, do seu amigo, o romancista Raymond Radiguet. Já em 1936, o seu grande amigo Pierre-Octave Ferroud morreu num acidente de automóvel na Hungria, na sequência do qual visitou a Virgem Negra de Rocamadour. Em 1949, a morte de outro grande amigo, o artista Christian Bérard, esteve na origem da composição do seu Stabat Mater.
O ambiente parisiense da época é fielmente representado na versão de
Poulenc de "Cocards" de Cocteau. Esta obra chamou a atenção de Stravinski que recomendou Poulenc a Sergei Diaguilev, sendo o resultado desta colaboração o ballet "Les Biches", no qual ele expressa a sofisticação frágil dos ano 20, uma compreensão verdadeira do idioma do jazz e (no adagietto) do lirismo romântico que cada vez mais influenciou a sua obra.
As suas obras mais conhecidas são talvez as canções para voz e piano,
em especial as escritas a partir de 1935, quando começou a acompanhar o
grande barítono francês Pierre Bernac. As suas versões de poemas de Apollinaire e do seu amigo Paul Eluard são particularmente boas, cobrindo uma vasta gama de emoções.
Compôs três óperas, sendo a mais conhecida "Les Dialogues des Carmélites" (1953-56), baseada em trágicos acontecimentos da Revolução Francesa, e as suas obras religiosas têm um toque de êxtase como o que apenas se encontra nas obras de Haydn. Das suas obras instrumentais, o concerto para órgão (1938) é muito original no tratamento do instrumento solista.
A sua música, eclética e ao mesmo tempo pessoal, é essencialmente diatónica
e melodiosa, embelezada com dissonâncias do século XX. Tem talento,
elegância, profundidade de sentimento e um doce-amargo que são
derivados da sua personalidade alegre e melancólica. A morte acidental
do seu grande amigo Pierre-Octave Ferroud conjugada com uma peregrinação à Virgem Negra de Rocamadour, em 1935, levaram Poulenc a regressar ao catolicismo, resultando em composições em tom mais austero e sombrio.
Surveyor 7 was the seventh and last lunar lander of the American unmanned Surveyor program sent to explore the surface of the Moon. A total of 21,091 pictures were transmitted to Earth.
Surveyor 7 was the fifth and final spacecraft of the Surveyor series to achieve a lunar soft landing.
The objectives for this mission were to perform a lunar soft landing
(in an area well removed from the maria to provide a type of terrain
photography and lunar sample significantly different from those of other
Surveyor missions); obtain postlanding TV pictures; determine the
relative abundances of chemical elements; manipulate the lunar material;
obtain touchdown dynamics data; and obtain thermal and radar
reflectivity data. This spacecraft was similar in design to the previous
Surveyors, but it carried more scientific equipment including a
television camera with polarizing filters, a surface sampler, bar
magnets on two footpads, two horseshoe magnets on the surface scoop, and
auxiliary mirrors. Of the auxiliary mirrors, three were used to
observe areas below the spacecraft, one to provide stereoscopic views
of the surface sampler area, and seven to show lunar material deposited
on the spacecraft. The spacecraft landed on the lunar surface on January 10, 1968, on the outer rim of the crater Tycho.
Operations of the spacecraft began shortly after the soft landing and
were terminated on January 26, 1968, 80 hours after sunset. On January
20, while the craft was still in daylight, the TV camera clearly saw
two laser beams aimed at it from the night side of the crescent Earth,
one from Kitt Peak National Observatory, Tucson, Arizona, and the other
at Table Mountain at Wrightwood, California.
Operations on the second lunar day occurred from February 12 to 21,
1968. The mission objectives were fully satisfied by the spacecraft
operations. Battery damage was suffered during the first lunar night and
transmission contact was subsequently sporadic. Contact with Surveyor 7
was lost on February 21, 1968.
It was planned to be visited by the cancelled Apollo 20 mission,
however Skylab and subsequent budget cuts stopped this from happening.
Photomosaic of a panorama taken by Surveyor 7 of its landing site
Surveyor 7 was the first probe to detect the faint glow on the lunar
horizon after dark that is now thought to be light reflected from
electrostatically levitated moon dust.
Hirohito, também conhecido como Imperador Showa ou O Imperador Shōwa (Tóquio, 29 de abril de 1901 - Quioto,7 de janeiro de 1989), foi o 124º imperador do Japão,
de acordo com a ordem tradicional de sucessão, reinando de 25 de
dezembro de 1926 até à sua morte, em 1989. Apesar de ser muito conhecido
fora do Japão pelo seu nome pessoal, Hirohito, no Japão é atualmente
reconhecido pelo seu nome póstumo, Imperador Shōwa.
O seu reinado foi o mais longo de todos os imperadores japoneses, e
coincidiu com um período em que ocorreram grandes mudanças na sociedade
japonesa. Foi sucedido por seu filho, o imperador Akihito.
Por imposição dos Aliados,
que ficam no Japão até 1950, toma medidas democratizantes, entre elas a
negação do caráter divino do seu cargo, que transforma o Japão numa monarquia constitucional. Economicamente destruída pela guerra, a nação transforma-se em potência industrial no período seguinte. Hirohito abandona os rituais da corte, deixa de usar o quimono, permite a publicação de fotos da família imperial e assume publicamente sofrer de cancro. Morre em Tóquio, depois de reinar durante 63 anos (e ter sido regente 5 anos), sendo sucedido pelo seu filho Akihito.
Lunar Prospector was the third mission selected by NASA for full development and construction as part of the Discovery Program. At a cost of $62.8 million, the 19-month mission was designed for a low polar orbit investigation of the Moon, including mapping of surface composition including polar ice deposits, measurements of magnetic and gravity
fields, and study of lunar outgassing events. The mission ended July
31, 1999, when the orbiter was deliberately crashed into a crater near the lunar south pole after the presence of water ice was successfully detected.
Data from the mission allowed the construction of a detailed map of
the surface composition of the Moon, and helped to improve understanding
of the origin, evolution, current state, and resources of the Moon.
Several articles on the scientific results were published in the journal
Science.
Lunar Prospector was managed by NASA Ames Research Center with the prime contractor Lockheed Martin. The Principal Investigator for the mission was Alan Binder. His personal account of the mission, Lunar Prospector: Against all Odds, is highly critical of the bureaucracy of NASA overall, and of its contractors.
No mesmo dia, outro francês muçulmano, Amedy Coulibaly, ligado aos atacantes do jornal (conhecia bem Chérif Kouachi) matou a tiros uma polícia em Montrouge, na periferia de Paris, e no dia seguinte invadiu um supermercado kosher(judeu) perto da Porta de Vincennes, fazendo reféns, quatro deles mortos
pelo Coulibaly no novo ataque, que terminou após a invasão do
estabelecimento pela polícia francesa.
No dia 11 de janeiro, após as acções e a morte de Coulibaly, um vídeo é
publicado na Youtube a reivindicar os atos: A. Coulibaly confirma a
sua responsabilidade no ataque a Montrouge; também se afirma como membro do Estado Islâmico do Iraque e do Levante. No total, durante os eventos entre 7 a 9 de janeiro, ocorreram 17 mortes em atentados terroristas na região de Île-de-France, em Paris.
Centenas de pessoas e personalidades manifestaram o seu repúdio aos ataques orquestrados contra o jornal. O presidente da França, François Hollande, decretou luto nacional no país no dia seguinte ao atentado. Em 11 de janeiro, cerca de três milhões de pessoas em toda a França, incluindo mais de 40 líderes mundiais, fizeram uma grande manifestação de unidade nacional para homenagear as 17 vítimas dos três dias de terror. A frase "Je suis Charlie"
(em francês, significando "Eu sou Charlie") transformou-se num sinal comum, em
todo o mundo, para mostrar solidariedade contra os ataques e com a
liberdade de expressão.
No processo de transição democrática subsequente ao 25 de abril de 1974 Mário Soares afirmou-se como líder partidário no campo democrático, contra o Partido Comunista,
batendo-se pela realização de eleições. Foi ainda Ministro de alguns
dos governos provisórios - Ministro dos Negócios Estrangeiros, logo no I Governo Provisório,
ficou associado ao processo de descolonização, defendendo de forma
intransigente a independência e autodeterminação das províncias
ultramarinas.
Vencedor das primeiras eleições legislativas realizadas em democracia,
foi Primeiro-Ministro dos dois primeiros governos constitucionais, o I e II governos constitucionais, este último de coligação com o CDS. A sua governação foi marcada pela instabilidade democrática - nomeadamente, pela tensão entre o Governo e o Presidente da República - Conselho da Revolução - pela crise financeira e pela necessidade de fazer face à paralisação da economia ocorrida após o 25 de abril, que levou o Governo a negociar um grande empréstimo com os EUA.
Ao mesmo tempo, foi um período em que o Governo, e Soares em
particular, se empenhou em desenvolver contactos com outros líderes
europeus, tendentes à adesão de Portugal às Comunidades Europeias.
Foi, de novo, Primeiro-Ministro do IX governo, do chamado Bloco Central, num período marcado por uma nova crise financeira e pela intervenção do FMI em Portugal.
Posteriormente, foi Presidente da República durante dois mandatos, entre 1986 e 1996, vencendo de forma tangente, e à segunda volta, as eleições presidenciais de 1986, e com larga maioria as de 1991, em que contou não só com o apoio do PS como do PSD, de Cavaco Silva. Sendo o primeiro civil a exercer o cargo de Presidente da República, deixou patente um novo estilo presidencial, promovendo a proximidade com as populações e a projeção de Portugal no estrangeiro; sendo marcado ao mesmo tempo pela tensão política com os governos de Cavaco Silva e pelo polémico caso TDM (Teledifusão de Macau).
Retrato ficcional de D. Dinis - Quinta da Regaleira
D. Dinis
Dorme na tua glória, grande rei Poeta! Não acordes agora. A hora Não te merece. A pátria continua, Mas não parece A mesma que te viu a majestade. Dorme na eternidade Paciente De quem num areal Semeou um futuro Portugal, Confiado na graça da semente.
Choram ainda a tua morte escura Aquelas que chorando a memoraram; As lágrimas choradas não secaram Nos saudosos campos da ternura. Santa entre as santas pela má ventura, Rainha, mais que todas que reinaram; Amada, os teus amores não passaram E és sempre bela e viva e loira e pura. Ó Linda, sonha aí, posta em sossêgo No teu muymento de alva pedra fina, Como outrora na Fonte do Mondego. Dorme, sombra de graça e de saudade, Colo de Garça, amor, moça menina, Bem-amada por toda a eternidade!
in Cancioneiro de Coimbra (1920) - Afonso Lopes Vieira
Peart recebeu inúmeros prémios pelas suas performances musicais e era conhecido pela sua agilidade, proficiência e energia.
Peart cresceu em Port Dalhousie, Ontário no Canadá (agora parte de St. Catharines)
trabalhando em serviços ocasionais. Com 13 anos, Neil recebeu um par
de baquetas, algumas almofadas de aprendizagem e lições de bateria, com
a promessa de que se estudasse durante um ano com afinco, os seus pais
lhe comprariam uma bateria. Como prometido, recebeu a sua primeira
bateria aos 14 anos e passou a praticar rigorosamente.
Durante a adolescência, ele tocou em bandas regionais e eventualmente
acabou por desistir dos estudos para dedicar-se a tempo integral à sua
carreira de baterista. Após uma temporada desencorajadora na Inglaterra, Peart retornou a casa, onde ingressou numa banda regional de Toronto, Rush, no verão de 1974.
No começo da carreira, o estilo de tocar de Peart foi desenvolvido com base no hard rock. Assim tirou a maioria da sua inspiração de bateristas como Keith Moon e John Bonham,
que estavam no destaque nesta área musical no Reino Unido. Entretanto,
conforme o tempo foi passando, começou a absorver a influência de
músicos de jazz e das big bands como Gene Krupa e Buddy Rich.
Em 1994, Peart tornou-se amigo e pupilo do instrutor de jazz Freddie
Gruber. Foi durante esse tempo que decidiu renovar o seu estilo de
tocar, incorporando componentes do swing e do próprio jazz. Gruber foi também responsável por lhe mostrar produtos da Drum Workshop, a companhia que fornecia os produtos da bateria do músico.
Além de ser músico, Peart também foi um escritor prolífico,
havendo produzido diversas memórias e anotações sobre suas viagens.
Peart também era o letrista
principal dos Rush. Ao escrever letras para a banda, Peart utilizava
temas universais como ficção científica, fantasia e filosofia, assim
como temas seculares, humanitários e libertaristas.
Todos os seus cinco livros são relatos de viagens não-ficcionais, nos
quais recorria a temas da sua vida também. Peart morava em Santa Mónica, na Califórnia, com a sua esposa, Carrie Nuttall, e sua filha, Olivia Louise. Também possuía uma casa no Quebec e passava tempo em Toronto por causa das gravações.
Em termos musicais, Peart recebeu vários prémios pelas suas performances e gravações e foi extensivamente considerado pela
sua resistência, força, habilidade e virtude.
Em termos de influência, ele foi um dos mais importantes bateristas da
história, e constantemente classificado como um dos maiores bateristas
de todos os tempos. Morreu a 7 de janeiro de 2020, vítima de um cancro no cérebro, com o qual lutava há três anos.
Max Christian Friedrich Bruch, também conhecido como Max Karl August Bruch (Colónia, 6 de janeiro de 1838 - Berlim, 2 de outubro de 1920), foi um compositor e regente alemão do período romântico de música erudita. Max Bruch escreveu mais de 200 obras musicais, incluindo três concertos para violino, um dos quais é considerado "pièce de résistance" do reportório violinístico.
O seu pai era um inspetor de polícia e a sua mãe era uma soprano. Desde pequeno, Bruch já demonstrava talento musical, conforme atestou Ignaz Moscheles, e por isso recebeu uma educação voltada para a área. O seu primeiro professor foi o compositor e pianista Ferdinand Hiller, a quem Robert Schumann dedicou o seu "Concerto para Piano".
Por esta razão, aos 11 anos já tinha composto algumas obras, que eram interpretadas em público. Em 1852,
quando tinha somente 16 anos de idade, compôs a sua primeira sinfonia
e um quarteto para cordas que lhe valeu um prémio da Fundação Mozart
em Frankfurt e uma bolsa de estudos.
No ano seguinte Bruch iniciou os seus estudos musicais em Frankfurt, continuando-os mais tarde em Leipzig. Após cinco anos passaria a trabalhar durante três anos em Colónia como professor de música. Entre 1861 e 1865 fez numerosas viagens pela Alemanha, Áustria, França e Bélgica, onde deu recitais. No fim desse período aceitou o cargo de diretor de música em Coblenz (onde ficou até 1867) e mais tarde de maestro na Turíngia.
Em 1870, Bruch estabeleceu-se em Berlim, aonde retornou ao trabalho como o professor de música. Em 1880, aos 42 anos, casou com uma cantora, com quem teve quatro filhos. Neste mesmo ano foi nomeado diretor da Orquestra Filarmónica de Liverpool, na Inglaterra, onde permaneceu durante três anos. Em seguida dirigiu a Orquestra da cidade de Breslau (já na Alemanha), até que, em 1891,
se tornou diretor da Escola de Composição de Berlim. Nos anos
seguintes, Bruch é reconhecido em repetidas ocasiões. Recebe o título de
"Professor Honoris Causa" pelas Universidades de Cambridge e Berlim. Em Berlim, ingressa na Academia de Belas Artes como diretor.
Nos dez últimos anos da sua vida Bruch renuncia a todas as suas
funções e dedica-se inteiramente à composição. Entre as suas obras mais
importantes estão os seus concertos para violino, o qual o "Concerto
n.º 1 em Sol menor para Violino e Orquestra" continua tendo no ainda
hoje uma aceitação extraordinária, comparado ao Concerto para o
violino de Mendelssohn.
Também são muito conhecidas hoje em dia sua "Fantasia Escocesa", para
Violino e Orquestra, as "Danças Suecas" e as suas "Variações sobre o
Kol Nidrei", para violoncelo e orquestra, baseadas em melodias
litúrgicas judaicas.
O sucesso de Kol Nidrei levou a uma assunção generalizada de que
Bruch era de origem judaica, embora isso fosse refutado pelo músico e
não houvesse evidências a favor dessa hipótese. Mesmo assim, apesar das
repetidas negações da origem judaica por parte da família remanescente,
enquanto os nazis estiveram no poder (1933–1945), as performances da sua
música eram raras porque era considerado como "provavelmente de origem
judaica", por ter escrito música inspirada em temas judaicos. Por causa
disso, a sua música foi largamente esquecida nos países de língua oficial
alemã.
Bruch compôs muitas outras obras que foram populares no seu tempo,
como as suas três sinfonias, as suas óperas (entre elas especialmente
"Loreley") e os seus corais e cantatas.