O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Poulenc aprendeu piano com a sua mãe e começou a compor com sete anos de
idade. Aos quinze anos estudou com Ricardo Vinhes, que encorajou a
sua ambição de compor e o apresentou a Satie, Casella, Auric e outros. Em 1917 a sua Rapsodie Nègre deu-lhe uma proeminência notável em Paris, como um dos compositores encorajados por Satie e Cocteau, que os designava como "Les Nouveaux Jeunes" (Os novos jovens).
Mesmo assim os seus conhecimentos técnicos eram escassos - Poulenc
nunca frequentou o Conservatório - pelo que em 1920 decidiu estudar
harmonia durante três anos com Charles Koechlin, mas nunca estudou Contraponto nem Orquestração, pelo que parte dos seus conhecimentos eram intuitivos. Em 1920 um crítico musical, Henri Collete escolheu 6 destes "Nouveaux Jeunes" e chamou-lhes "Les Six";
Poulenc fazia parte deste grupo. Deram concertos juntos, sendo um
dos seus artigos de fé que se inspiravam no «folclore parisiense»,
isto é, nos músicos de rua, nos teatros musicais, nas bandas de
circo.
A vida de Poulenc foi uma vida de constante luta interna ("meio monge, meio mau rapaz"). Tendo nascido e sido educado na religião católica,
Poulenc debatia-se com a conciliação dos seus desejos sexuais pouco
ortodoxos à luz das suas convicções religiosas. Poulenc referiu a
Chanlaire que "Sabes que sou sincero na minha fé, sem excessos de messianismo, tanto como sou sincero na minha sexualidade parisiense." Alguns autores consideram mesmo que Poulenc foi o primeiro compositor abertamente homossexual, embora o compositor tenha mantido relações sentimentais e físicas com mulheres e tenha sido pai de uma filha, Marie-Ange.
A sua primeira relação afectiva importante foi com o pintor Richard Chanlaire, a quem dedicou o seu Concert champêtre: "Mudaste a minha vida, és o sol dos meus trinta anos, uma razão para viver e trabalhar." Em 1926, Francis Poulenc conhece o barítono
Pierre Bernac, com o qual estabelece uma forte relação afectiva, e
para quem compõe um grande número de melodias. Alguns autores indicam
que esta relação tinha carácter sexual, embora a correspondência
entre os dois, já publicada, sugira fortemente que não. A partir de
1935 e até à sua morte, em 1963, acompanha Bernac ao piano em
recitais de música francesa por todo o mundo. Pierre Bernac é
considerado como "a musa" de Poulenc.
Poulenc foi profundamente afectado pela morte de alguns dos seus amigos
mais próximos. O primeiro foi a morte prematura de Raymonde
Linossier, uma jovem com quem Poulenc tinha esperanças de casar. Embora
Poulenc tivesse admitido que não tinha nenhum interesse sexual em
Linossier, eram amigos de longa data. Em 1923, Poulenc ficou chocado e
inanimado durante um par de dias depois da sua morte, aos 20 anos, na
sequência de febre tifóide, do seu amigo, o romancista Raymond Radiguet. Já em 1936, o seu grande amigo Pierre-Octave Ferroud morreu num acidente de automóvel na Hungria, na sequência do qual visitou a Virgem Negra de Rocamadour. Em 1949, a morte de outro grande amigo, o artista Christian Bérard, esteve na origem da composição do seu Stabat Mater.
O ambiente parisiense da época é fielmente representado na versão de
Poulenc de "Cocards" de Cocteau. Esta obra chamou a atenção de Stravinski que recomendou Poulenc a Sergei Diaguilev, sendo o resultado desta colaboração o ballet "Les Biches", no qual ele expressa a sofisticação frágil dos ano 20, uma compreensão verdadeira do idioma do jazz e (no adagietto) do lirismo romântico que cada vez mais influenciou a sua obra.
As suas obras mais conhecidas são talvez as canções para voz e piano,
em especial as escritas a partir de 1935, quando começou a acompanhar o
grande barítono francês Pierre Bernac. As suas versões de poemas de Apollinaire e do seu amigo Paul Eluard são particularmente boas, cobrindo uma vasta gama de emoções.
Compôs três óperas, sendo a mais conhecida "Les Dialogues des Carmélites" (1953-56), baseada em trágicos acontecimentos da Revolução Francesa, e as suas obras religiosas têm um toque de êxtase como o que apenas se encontra nas obras de Haydn. Das suas obras instrumentais, o concerto para órgão (1938) é muito original no tratamento do instrumento solista.
A sua música, eclética e ao mesmo tempo pessoal, é essencialmente diatónica
e melodiosa, embelezada com dissonâncias do século XX. Tem talento,
elegância, profundidade de sentimento e um doce-amargo que são
derivados da sua personalidade alegre e melancólica. A morte acidental
do seu grande amigo Pierre-Octave Ferroud conjugada com uma peregrinação à Virgem Negra de Rocamadour, em 1935, levaram Poulenc a regressar ao catolicismo, resultando em composições em tom mais austero e sombrio.
Poulenc aprendeu piano com a sua mãe e começou a compor com 7 anos de idade. Aos 15 anos estudou com Ricardo Vinhes, que encorajou a sua ambição de compor e o apresentou a Satie, Casella, Auric e outros. Em 1917 a sua Rapsodie Nègre deu-lhe uma proeminência notável em Paris, como um dos compositores encorajados por Satie e Cocteau, que os designava como "Les Nouveaux Jeunes" (Os novos jovens). Mesmo assim os seus conhecimentos técnicos eram escassos - Poulenc nunca frequentou o Conservatório - pelo que em 1920 decidiu estudar harmonia durante três anos com Charles Koechlin, mas nunca estudou Contraponto nem Orquestração, pelo que parte dos seus conhecimentos eram intuitivos. Em 1920 um crítico musical, Henri Collete escolheu 6 destes "Nouveaux Jeunes" e chamou-lhes "Les Six"; Poulenc fazia parte deste grupo. Deram concertos juntos, sendo um dos seus artigos de fé que se inspiravam no «folclore parisiense», isto é, nos músicos de rua, nos teatros musicais, nas bandas de circo.
A vida de Poulenc foi uma vida de constante luta interna ("meio monge, meio mau rapaz"). Tendo nascido e sido educado na religião católica, Poulenc debatia-se com a conciliação dos seus desejos sexuais, pouco ortodoxos à luz das suas convicções religiosas. Poulenc referiu a Chanlaire que "Sabes que sou sincero na minha fé, sem excessos de messianismo, tanto como sou sincero na minha sexualidade parisiense." Alguns autores consideram mesmo que Poulenc foi o primeiro compositor abertamente homossexual, embora o compositor tenha mantido relações sentimentais e físicas com mulheres e tenha sido pai de uma filha, Marie-Ange.
A sua primeira relação afectiva importante foi com o pintor Richard Chanlaire, a quem dedicou o seu Concert champêtre: "Mudaste a minha vida, és o sol dos meus trinta anos, uma razão para viver e trabalhar." Em 1926, Francis Poulenc conhece o barítono Pierre Bernac, com o qual estabelece uma forte relação afectiva, e para quem compõe um grande número de melodias. Alguns autores indicam que esta relação tinha carácter sexual, embora a correspondência entre os dois, já publicada, sugira fortemente que não. A partir de 1935 e até à sua morte, em 1963, acompanha Bernac ao piano em recitais de música francesa por todo o mundo. Pierre Bernac é considerado como "a musa" de Poulenc.
Poulenc foi profundamente afectado pela morte de alguns dos seus amigos mais próximos. O primeiro foi a morte prematura de Raymonde Linossier, uma jovem com quem Poulenc tinha esperanças de casar. Embora Poulenc tivesse admitido que não tinha nenhum interesse sexual em Linossier, eram amigos de longa data. Em 1923, Poulenc ficou chocado e inane durante um par de dias depois da morte aos 20 anos, na sequência de febre tifóide, do seu amigo, o romancista Raymond Radiguet. Já em 1936, o seu grande amigo Pierre-Octave Ferroud morreu num acidente de automóvel na Hungria, na sequência do qual visitou a Virgem Negra de Rocamadour. Em 1949, a morte de outro grande amigo, o artista Christian Bérard, esteve na origem da composição do seu Stabat Mater.
O ambiente parisiense da época é fielmente representado na versão de Poulenc de "Cocards" de Cocteau. Esta obra chamou a atenção de Stravinski que recomendou Poulenc a Sergei Diaguilev, sendo o resultado desta colaboração o ballet "Les Biches", no qual ele expressa a sofisticação frágil dos ano 20, uma compreensão verdadeira do idioma do Jazz e (no adagietto) lirismo romântico que cada vez mais influenciou a sua obra.
As suas obras mais conhecidas são talvez as canções para voz e piano, em especial as escritas a partir de 1935, quando começou a acompanhar o grande barítono francês Pierre Bernac. As suas versões de poemas de Apollinaire e do seu amigo Paul Eluard são particularmente boas, cobrindo ums vasta gama de emoções.
Compôs três óperas, sendo a mais conhecida "Les Dialogues des Carmélites" (1953-56), baseada em acontecimentos da Revolução Francesa, e as suas obras religiosas têm um toque de êxtase como o que apenas se encontra nas obras de Haydn. Das suas obras instrumentais, o concerto para órgão (1938) é muito original no tratamento do instrumento solista.
A sua música, eclética e ao mesmo tempo pessoal, é essencialmente diatónica e melodiosa, embelezada com dissonâncias do século XX. Tem talento, elegância, profundidade de sentimento e um doce-amargo que são derivados da sua personalidade alegre e melancólica. A morte acidental do seu grande amigo Pierre-Octave Ferroud conjugada com uma peregrinação à Virgem Negra de Rocamadour, em 1935, levaram Poulenc a regressar ao catolicismo, resultando em composições em tom mais austero e sombrio.