sábado, setembro 28, 2024

Hubble morreu há setenta e um anos...

  

Edwin Powell Hubble (Marshfield, 20 de novembro de 1889 - San Marino, 28 de setembro de 1953) foi um astrónomo dos Estados Unidos da América, famoso por ter descoberto que as até então chamadas nebulosas eram, na verdade, galáxias fora da Via Láctea, e que estas se afastam umas das outras a uma velocidade proporcional à distância que as separa.
O seu nome foi dado ao primeiro telescópio espacial, posto em órbita em 1990, para estudar o espaço sem as distorções causadas pela atmosfera.
   
Biografia
Aluno promissor, embora não excecional na adolescência, destacou-se mais na época por feitos atléticos, como quando bateu o recorde de salto em altura do estado de Illinois. Como o seu pai (o advogado e agente de seguros John Powell Hubble) queria, formou-se em Direito em 1910, na Universidade de Chicago, e chegou a exercer a profissão de advogado, mas acabou por abandoná-la, para seguir o seu interesse pela astronomia, pela matemática e pela astrofísica.
Em 1914 foi aceite como pesquisador no Observatório Yerkes, em Williams Bay, Wisconsin, e dedicou-se ao estudo das nebulosas, que começou a dividir como pertencentes ou não à Via Láctea. Depois da I Guerra Mundial, em 1919, voltou aos Estados Unidos e começou a trabalhar no Observatório do Monte Wilson, perto de Pasadena, na Califórnia, onde trabalharia até à sua morte. Continuou a trabalhar com as nebulosas, utilizando um telescópio refletor recém-construído.
A partir da relação conhecida entre período e luminosidade das cefeidas, em geral, e do brilho aparente das cefeidas de Andrómeda, em 1923 Hubble pode calcular a distância entre esta e a Via Láctea, obtendo um valor de quase 1 milhão de anos-luz. Mesmo obtendo um valor errado para a distância de Andrómeda, pois atualmente o valor aceite é de um pouco mais de 2 milhões de anos-luz, Hubble mostrou que ela estava para além dos limites de nossa galáxia, que tem cem mil anos-luz de diâmetro. Assim ficou provado que Andrómeda era uma galáxia independente. A descoberta não foi explorada pela imprensa, mas, no ano seguinte, dividiu com um pesquisador de saúde pública um prémio de mil dólares dado pela Academia Americana para o Avanço da Ciência. Hubble provou a existência de nebulosas extragalácticas constituídas de sistemas estelares independentes. No ano seguinte descobriu diversas galáxias e mostrou que várias delas são semelhantes à Via Láctea. A mancha luminosa no céu era na verdade um sistema estelar tão grandioso quanto aquele em que o Sol e a Terra estão situados. Elas passaram a ser chamadas de galáxias, por analogia com a denominação de nossa Via Láctea.
Depois dessas descobertas, passou a pesquisar a estrutura das galáxias e a classificá-las pelo formato, como espiral ou elíptica. Posteriormente começaria a estudar as distâncias que as galáxias se encontram da Via Láctea e suas velocidades no espaço. Em 1929 demonstrou que as galáxias se afastam em grande velocidade e que essa velocidade aumenta com a distância. A relação entre a velocidade e a distância da Terra é conhecida como a Lei de Hubble e a razão entre os dois valores é conhecida como Constante de Hubble.
Este deslocamento das galáxias serviria como base, em 1946, para George Gamow estabelecer a teoria do Big Bang. Analisando o desvio para o vermelho nas suas observações, desenvolveu a teoria da expansão do universo e anunciou que a velocidade de uma nebulosa em relação a outra é proporcional à distância entre elas (a chamada constante de Hubble). Ou seja, Hubble estudou a luz emitida pelas galáxias distantes, observando que o comprimento de onda em alguns casos era maior que aquele obtido no laboratório. Esse fenómeno ocorre quando a fonte e o observador se movem: quando se afastam um do outro, o comprimento de onda visto pelo observador aumenta, diminuindo quando a fonte e o observador se aproximam. Se uma galáxia estiver se aproximando, a luz desloca-se para a cor azul e se estiver se afastando a luz desloca-se para a cor vermelha (Efeito Doppler). Em cada caso, a variação relativa do comprimento é proporcional à velocidade com que a fonte se move.
Depois ser condecorado com a medalha de ouro da Real Sociedade de Astronomia de Londres, em 1940, e com a medalha presidencial do mérito dos Estados Unidos, em 1946, Hubble passou a utilizar o telescópio Hale, concluído em 1948, no Monte Palomar, em Pasadena, para estudar objetos estelares fracos.
Faleceu em 1953, antes de completar 64 anos, vitima de um acidente vascular cerebral, que o matou, instantaneamente e sem dor, como garantiu o antigo médico da família à sua esposa, Grace Hubble. Ela recusou-se a fazer um funeral e a dar satisfações com o que havia feito com o corpo do seu marido (alguns acham simplesmente que Hubble voltou para casa).
O astrónomo seria homenageado, em 1990, quando um telescópio espacial  (o Telescópio Espacial Hubble - HST) foi batizado com o seu apelido. Após apresentar problemas relativos à qualidade das imagens, foi consertado por astronautas. Por situar-se fora da atmosfera da Terra, que distorce e enfraquece as imagens do Universo, tem sido utilizado na recolha de dados sobre objetos muito distantes.
   
   

Jennifer Rush - 64 anos

 

Jennifer Rush, born Heidi Stern, (Queens, New York, September 28, 1960) is an American pop and rock singer. She achieved success during the mid-1980s around the world, with the release of a number of singles and albums including the million-selling single "The Power of Love", which she co-wrote and released in 1984. She saw her greatest success in Europe, particularly Germany.

        

 


O pintor Bernardo Marques morreu há 62 anos...

 

Bernardo Loureiro Marques (Silves, 21 de novembro de 1898 - Lisboa, 28 de setembro de 1962) foi um pintor, ilustrador e artista gráfico português.

Figura destacada da 2ª geração de pintores modernistas portugueses, Bernardo Marques participou no movimento renovador das artes em Portugal nas primeiras décadas do século XX. Foi autor de uma obra vasta e multifacetada, centrada sobretudo no desenho, artes gráficas e decoração.

Sem título,1922

   

A Rainha D.ª Amélia nasceu há 159 anos...

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Maria Amélia Luísa Helena de Orleães (Twickenham, 28 de setembro de 1865 - Le Chesnay, 25 de outubro de 1951) foi a última Rainha de facto de Portugal.
Durante a sua vida, Amélia perdeu todos os seus familiares diretos: defrontou-se com o assassinato do marido, o Rei D. Carlos I, e do filho mais velho, D. Luís Filipe (episódio conhecido como regicídio de 1908); vinte e quatro anos mais tarde, recebeu a notícia da morte do segundo e último filho, o futuro rei Manuel II; e também ficou de luto com a morte de sua filha, a infanta Maria Ana de Bragança, nascida de parto prematuro, e, em 1920, com a morte do cunhado, o infante Afonso, Duque do Porto, único irmão do rei D. Carlos I.
Ela foi o único membro da família real portuguesa exilada após a implantação da república - facto ocorrido a 5 de outubro de 1910 - que visitou Portugal em vida, bem como o último membro a morrer, aos oitenta e seis anos. Amélia de Orleães viveu sofridas décadas de exílio, entre Inglaterra e França, onde aguentou a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Esta frase estava entre as suas últimas palavras:
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Quero bem a todos os portugueses, mesmo àqueles que me fizeram mal.
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Reconciliação familiar
Pouco antes da sua visita a Portugal, D. Amélia aceitara ser madrinha de batismo de Duarte Pio de Bragança, confirmando a reconciliação dos dois ramos da família Bragança.
   
Morte
No dia 25 de outubro de 1951, a rainha D. Amélia faleceu na sua residência em Versalhes, aos oitenta e seis anos. Tinha sido atingida por um fatal ataque de uremia, morrendo às 09.35 horas da manhã. O corpo da rainha foi então trasladado, pela fragata Bartolomeu Dias, para junto do marido e dos filhos, no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora. Esse foi o seu último desejo na hora de sua morte. O funeral teve honras de Estado e foi visto por grande parte do povo de Lisboa, numa multidão nunca vista.
   
  
Títulos
  • 1865-1886: Sua Alteza Real a princesa Amélia de Orleães
  • 1886-1889: Sua Alteza Real a Princesa Real D. Amélia, Duquesa de Bragança
  • 1889-1908: Sua Majestade a Rainha
  • 1908-1910: Sua Majestade a rainha D. Amélia
  • 1910-1951: Sua Majestade a rainha D. Amélia de Portugal
Brasão da Rainha Dona Amélia
         

Pasteur morreu há 129 anos...

 
  
Louis Pasteur (Dole, 27 de dezembro de 1822 - Marnes-la-Coquette, 28 de setembro de 1895) foi um cientista francês. A suas descobertas tiveram enorme importância na história da química e da medicina.
É lembrado por suas notáveis descobertas das causas e prevenções de doenças. Entre seus feitos mais notáveis pode-se citar a redução da mortalidade por febre puerperal, e a criação da primeira vacina contra a raiva. As suas experiências deram fundamentação à teoria microbiológica da doença. Foi mais conhecido do público em geral por inventar um método para impedir que leite e vinho causem doenças, um processo que veio a ser chamado pasteurização. Ele é considerado um dos três principais fundadores da microbiologia, juntamente com Ferdinand Cohn e Robert Koch. Pasteur também fez muitas descobertas no campo da química, principalmente a base molecular para a assimetria de certos cristais. O seu corpo está enterrado sob o Instituto Pasteur em Paris, num mausoléu decorado por mosaicos em estilo bizantino que lembram as suas realizações.
Louis Pasteur nasceu em Dole no dia 27 de dezembro de 1822. O seu pai foi sargento da Armada Napoleónica. Pasteur não foi um aluno especialmente aplicado ou brilhante na escola e nem mesmo na universidade. Quando era jovem, tinha um gosto especial pela pintura e fez diversos retratos de sua família. Aos dezanove anos abandonou a pintura para se dedicar à carreira científica, que perdurou por toda a sua vida. Em 1847 ele completou os seus estudos na escola de física e química em Paris.
Iniciou os seus estudos no Colégio Royal em Besançon, transferindo-se para a Escola Normal Superior em 1843 de Paris estudando química, física e cristalografia. Foi na cristalogia que Pasteur fez suas primeiras descobertas. Descobriu em 1848 o dimorfismo do ácido tartárico, ao observar no microscópio que o ácido racémico apresentava dois tipos de cristais, com simetria inversa. Foi portanto o descobridor das formas dextrógiras e levógiras, comprovando que desviavam o plano de polarização da luz no mesmo ângulo porém em sentido contrário. Esta descoberta valeu ao jovem químico, com apenas 26 anos de idade, a concessão da "Légion d'Honneur" Francesa. Após licenciar-se e assistir às aulas do grande químico francês Jean-Baptiste Dumas, começou a se interessar pela química.
Exerceu o cargo de professor de química em Dijon e depois em Estrasburgo. Casou-se com Marienne Laurente, filha do reitor da Academia. Em 1854 foi nomeado decano da Faculdade de Ciências na Universidade de Lille.
A pedido dos vinicultores e cervejeiros da região, começou a investigar a razão pela qual azedavam os vinhos e a cerveja. De novo, utilizando o microscópio, conseguiu identificar a bactéria responsável pelo processo. Propôs eliminar o problema aquecendo a bebida lentamente até alcançar 48° C, matando, deste modo, as bactérias, e encerrando o líquido posteriormente em cubas hermeticamente seladas para evitar uma nova contaminação. Este processo originou a atual técnica de pasteurização dos alimentos. Demonstrou, desta forma, que todo processo de fermentação e decomposição orgânica ocorre devido à ação de organismos vivos.
Na Inglaterra, em 1865, o cirurgião Joseph Lister aplicou os conhecimentos de Pasteur para eliminar os micro-organismos vivos em feridas e incisões cirúrgicas. Em 1871, o próprio Pasteur obrigou os médicos dos hospitais militares a ferver os instrumentos cirúrgicos e os pensos que seriam utilizados nos procedimentos médicos.
Expôs a "teoria germinal das enfermidades infecciosas", segundo a qual toda enfermidade infecciosa tem sua causa (etiologia) num micróbio com capacidade de propagar-se entre as pessoas. Deve-se buscar o micróbio responsável por cada enfermidade para se determinar um modo de combatê-lo.
Pasteur passou a investigar os microscópicos agentes patogénicos, terminando por descobrir vacinas, em especial a anti-rábica. Fundou em 1888 o Instituto Pasteur, um dos mais famosos centros de pesquisa da atualidade.
Pasteur foi quem derrubou definitivamente a ideia da abiogénese, com a utilização material em vidro chamado pescoço de cisne. Pasteur colocou um caldo nutritivo em um balão de vidro, de pescoço curvo. Ferveu o caldo existente no balão, o suficiente para matar todos os possíveis microrganismos que poderiam existir nele. Cessado o aquecimento, vapores da água proveniente do caldo condensaram-se no pescoço do balão e se depositaram, sob forma líquida, na sua curvatura inferior.
Como os frascos ficavam abertos, não se podia falar da impossibilidade da entrada do "princípio ativo" do ar. Com a curvatura do gargalo, os micro-organismos do ar ficavam retidos na superfície interna húmida e não alcançavam o caldo nutritivo. Quando Pasteur quebrou o pescoço do balão, permitindo o contacto do caldo existente dentro dele com o ar, constatou que o caldo se contaminou com microrganismos provenientes do ar.
Morreu em Villeneuve-L'Etang, no dia 28 de setembro de 1895. Encontra-se sepultado no Instituto Pasteur, em Paris.
    

André Breton morreu há 58 anos...

  

André Breton (Tinchebray, 19 de fevereiro de 1896 - Paris, 28 de setembro de 1966) foi um escritor francês, poeta e teórico do surrealismo.

De origem modesta, iniciou sem entusiasmo estudos em Medicina sob pressão da família. Mobilizado para o exército na qualidade de enfermeiro para a cidade de Nantes em 1916, travou ali conhecimento com Jacques Vaché, filho espiritual de Alfred Jarry, um jovem sarcástico e niilista que viveu a vida como se de uma obra de arte se tratasse e que morreu aos 24 anos em circunstâncias bastante suspeitas (a tese do suicídio é controversa). Jacques Vaché, que não mais deixou do que cartas de guerra, teve uma enorme influência no espírito criativo de Breton: enfraquecendo a influência de Paul Valéry e, deste modo, determinando tanto a sua conceção de "Poète" (Le Pohète segundo Vaché) como a de humor e de arte.

Em 1919, Breton funda com Louis Aragon e Philippe Soupault a revista Littérature e entra também em contacto com Tristan Tzara, fundador do Dadaismo.

Em Les Champs magnétiques (escrito em colaboração com Soupault), coloca em prática o princípio da escrita automática. Breton publica o Primeiro Manifesto Surrealista, em 1924.

Um grupo se constitui em torno de Breton: Philippe Soupault, Louis Aragon, Paul Éluard, René Crevel, Michel Leiris, Robert Desnos, Benjamin Péret. No afã de juntar a ideia de «Mudar a vida» de Rimbaud e a de «Transformar o mundo» de Marx, Breton adere ao Partido Comunista em 1927, do qual será excluído em 1933.

Viveu sobretudo da venda de quadros na sua galeria de arte. Sob seu impulso, o surrealismo torna-se um movimento europeu que abrange todos os domínios da arte e coloca profundamente em questão o entendimento humano e o olhar dirigido às coisas ou acontecimentos. Inquieto por causa do governo de Vichy, Breton refugia-se em 1941 nos Estados Unidos da América e retorna a Paris em 1946, onde permaneceu até à sua morte, a animar um segundo grupo surrealista, sob a forma de exposições ou de revistas (La Brèche, 1961-1965). 

 

A Manifestação da Maioria Silenciosa foi proíbida pela extrema-esquerda há cinquenta anos...

(imagem daqui)

 

Maioria silenciosa é a designação pela qual ficou conhecida em Portugal a iniciativa política de alguns sectores conservadores da sociedade portuguesa, civil e militar, que decidiram organizar uma manifestação, em 28 de setembro de 1974, de apoio ao então Presidente da República General Spínola. A manifestação visava o reforço de posição política deste militar.

Dia 9 de Setembro reúnem-se para preparar a manifestação da “maioria silenciosa”, elementos dos partidos PP/MFP, PDC e PL, tendo sido escolhidos para a comissão organizadora José Filipe Rebelo Pinto, António Sousa Macedo, Manuel Sá Coutinho, Francisco de Bragança van Uden, António da Costa Félix e Manuel João Ramos de Magalhães, que viria a ser presidida por Fernando José Pereira Marques Cavaleiro, na sequência de contactos entre o Tenente-coronel António Figueiredo e o general Kaúlza de Arriaga.

No dia 10 de Setembro, nas instalações da SINASE, o tenente-coronel Figueiredo, Almeida Araújo e António Ávila reúnem-se com os membros da Comissão Organizadora da manifestação, distribuindo tarefas. A 13 de Setembro, o Partido Liberal distribui uma carta-circular apelando à participação na manifestação de apoio ao Presidente da República que seria denominada de “maioria silenciosa” e a realizar em data a anunciar.

Dia 23 o Governador Civil de Lisboa autoriza a manifestação.

Na tarde de 26 tem lugar o Concurso Hípico Internacional de Lisboa em que Spínola recebe um cartaz da “maioria silenciosa” entre os aplausos dos presentes. Nessa ocasião, Galvão de Melo, trajado de cavaleiro, declara o seu apoio à manifestação. Passados dois dias, estando ele enquanto chefe de Estado numa corrida de touros no Campo Pequeno, será a vez do cavaleiro tauromáquico José João Zoio fazer o mesmo.

No dia 27, o Brigadeiro Otelo Saraiva de Carvalho do COPCON e o Ministro da Defesa Mário Firmino Miguel reagem, com o conhecimento de Costa Gomes. Otelo monta uma operação visando a prisão de antigos membros da Legião Portuguesa, de pessoas ligadas ao Estado Novo e dos envolvidos na preparação da manifestação.

O Ministro da Comunicação Social lê um comunicado do Governo Provisório na Emissora Nacional, emitido de meia em meia hora. A manifestação é interditada pelo MFA. Os partidos políticos de esquerda distribuem entretanto comunicados apelando “à vigilância popular” e denunciam as tentativas contra-revolucionárias dessa minoria tenebrosa. São levantadas barricadas populares nos acessos a Lisboa e noutras localidades. Durante a noite, grupos de militares tomam o lugar dos ativistas civis. São detidas várias figuras políticas afetas ao velho regime, quadros da Legião Portuguesa e alguns manifestantes.

António de Spínola tenta, entretanto, reforçar o poder da Junta de Salvação Nacional, que comanda, e, em vão, estabelecer o estado de sítio. Em consequência disso, a Comissão Coordenadora do MFA impõe-lhe a demissão dos três generais mais conservadores do grupo: Galvão de Melo, Manuel Diogo Neto e Jaime Silvério Marques. Derrotado, Spínola demite-se, a 30 de setembro, do cargo de Presidente da República, sendo substituído pelo general Costa Gomes. No seu discurso de renúncia, Spínola denuncia certas políticas do governo e prenuncia o caos, a anarquia e “novas formas de escravatura”.

Com a “vitória sobre a reação” e a derrota da direita civil, declaradas pelo então Primeiro Ministro Vasco Gonçalves, fecha-se assim o que seria considerado o primeiro ciclo do PREC. Vários apoiantes militares de Spínola fogem para o estrangeiro.

 

O Papa João Paulo I morreu há 45 anos...

   

João Paulo I, nascido Albino Luciani (Forno di Canale, 17 de outubro de 1912Vaticano, 28 de setembro de 1978) e oriundo de família humilde, foi Papa da Igreja Católica. Governou a Santa Sé durante apenas 33 dias, entre 26 de agosto de 1978 até a data da sua morte. Tornou-se rapidamente conhecido na Cúria Romana pela alcunha de "Papa do Sorriso", pela sua afabilidade. Foi proclamado venerável na sessão ordinária da Congregação para a Causa dos Santos no dia 7 de novembro de 2017 sendo a última etapa antes da beatificação. Foi beatificado, no dia 4 de setembro de 2022, pelo Papa Francisco, na Praça de São Pedro.

Foi o primeiro Papa desde Clemente V a recusar uma coroação formal, cerimónia não oficialmente abolida, ficando a cargo do eleito escolher como quer iniciar o seu pontificado. Contudo, desde então, os papas eleitos têm optado por uma cerimónia de "início do pontificado", com a respetiva entronização e o juramento de fidelidade. Não aceitava ser carregado numa liteira como os outros papas, por uma questão de humildade. Também foi pioneiro ao adotar um nome papal duplo. Foi, também, o último papa italiano.

Antes de ser Papa, Luciani foi Patriarca de Veneza e não tinha ambição alguma, nunca tendo sonhado em ser papa. Foi o primeiro Papa a nascer no século XX. O seu nome papal duplo foi uma homenagem aos seus dois antecessores, Paulo VI e João XXIII.

O Papa Francisco reconheceu, em 13 de outubro de 2021, um milagre atribuído à sua intercessão, sendo beatificado em 4 de setembro de 2022.


HVMILITAS
Lema e Brasão do Papa João Paulo I
     

Miles Davis morreu há trinta e três anos...

    
Miles Dewey Davis Jr (Alton, 26 de maio de 1926Santa Mónica, 28 de setembro de 1991) foi um trompetista, compositor e bandleader de jazz norte-americano.
Considerado um dos mais influentes músicos do século XX, Davis esteve na vanguarda de quase todos os desenvolvimentos do jazz desde a II Guerra Mundial até à década de 90. Ele participou de várias gravações do bebop e das primeiras gravações do cool jazz. Foi parte do desenvolvimento do jazz modal, e também do jazz fusion que originou-se do trabalho dele com outros músicos, no final da década de 60 e no começo da década de 70.
Miles Davis pertenceu a uma classe tradicional de trompetistas de jazz, que começou com Buddy Bolden e desenvolveu-se com Joe "King" Oliver, Louis Armstrong, Roy Eldridge e Dizzy Gillespie. Ao contrário desses músicos ele nunca foi considerado com tendo um alto nível de habilidade técnica. O seu grande êxito como músico, entretanto, foi ir mais além do que ser influente e distinto no seu instrumento, e moldar estilos inteiros e maneiras de fazer música através dos seus trabalhos. Muitos dos mais importantes músicos de jazz fizeram o seu nome na segunda metade do século XX nos grupos de Miles Davis, incluindo Joe Zawinul, Chick Corea e Herbie Hancock, os saxofonistas John Coltrane, Wayne Shorter, George Coleman e Kenny Garrett, o baterista Tony Williams e o guitarrista John McLaughlin.
Como trompetista Davis tinha um som puro e claro, mas também uma pouco comum liberdade de articulação e altura. Ele ficou conhecido por ter um registo baixo e minimalista de tocar, mas também era capaz de conseguir alta complexidade e técnica com o seu trompete.
Em 13 de março de 2006, Davis foi postumamente incluído no Rock and Roll Hall of Fame. Ele foi também incluído no St. Louis Walk of Fame, Big Band and Jazz Hall of Fame, e no Down Beat's Jazz Hall of Fame.
        
    
   

 


O ferry boat Estonia naufragou há trinta anos...

   
MS Estonia, previously Viking Sally (1980–1990), Silja Star (−1991), and Wasa King (−1993), was a cruise ferry built in 1979/80 at the German shipyard Meyer Werft in Papenburg. The ship's sinking on 28 September 1994, in the Baltic Sea between Sweden, Åland, Finland and Estonia, was one of the worst maritime disasters of the 20th century, claiming 852 lives.

The official report concluded that the bow door had separated from the vessel, pulling the ramp ajar. The ship was already listing because of poor cargo distribution, and the list increased rapidly, flooding the decks and the cabins. Shortly, power failed altogether, inhibiting search and rescue, and a full-scale emergency was not declared for 90 minutes. Of the 989 on board, 138 were rescued. The report criticised the passive attitude of the crew, failing to notice that water was entering the vehicle deck, delaying the alarm, and providing minimal guidance from the bridge.

  

El-Rei D. Carlos I nasceu há 161 anos...


D. Carlos I de Portugal, de nome completo: Carlos Fernando Luís Maria Vítor Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis José Simão de Bragança Saboia Bourbon e Saxe-Coburgo-Gotha (Palácio da Ajuda, Lisboa, 28 de setembro de 1863 - Terreiro do Paço, Lisboa, 1 de fevereiro de 1908) foi o penúltimo Rei de Portugal.
     
    
Nascido em Lisboa, era filho do rei Luís I de Portugal e da rainha Maria Pia de Sabóia, tendo subido ao trono em 1889. Foi cognominado O Diplomata (devido às múltiplas visitas que fez a Madrid, Paris e Londres, retribuídas com as visitas a Lisboa dos Reis Afonso XIII de Espanha e Eduardo VII do Reino Unido, do Kaiser Guilherme II da Alemanha e do presidente da República Francesa Émile Loubet), O Martirizado e O Mártir (em virtude de ter morrido assassinado), ou O Oceanógrafo (pela sua paixão pela oceanografia, partilhada com o pai e com o príncipe do Mónaco).
D. Carlos era um apreciador das tecnologias que começavam a surgir no princípio do século XX. Instalou luz elétrica no Palácio das Necessidades e fez planos para a eletrificação das ruas de Lisboa. Embora fossem medidas sensatas, contribuíram para a sua impopularidade visto que o povo as encarou como extravagâncias desnecessárias. Foi ainda um amante da fotografia e autor do espólio fotográfico da Família Real. Foi ainda um pintor de talento, com preferências por aguarelas de pássaros que assinava simplesmente como "Carlos Fernando". Esta escolha de tema refletia outra das suas paixões, a ornitologia. Recebeu prémios em vários certames internacionais e realizou ensaios notáveis na área de cerâmica.
Para além da ornitologia, era um apaixonado pela oceanografia, tendo adquirido um iate, o Amélia, especificamente para se dedicar a campanhas oceanográficas. Estabeleceu uma profunda amizade com Alberto I, Príncipe do Mónaco, igualmente um apaixonado pela oceanografia e as coisas do mar. Desta relação nasceu o Aquário Vasco da Gama, que pretendia em Portugal desempenhar papel semelhante ao Museu Oceanográfico do Mónaco. Alguns trabalhos oceanográficos realizados por D. Carlos, ou por ele patrocinados, foram pioneiros na oceanografia mundial. Honrando esta faceta do monarca, a Armada Portuguesa opera atualmente um navio oceanográfico com o nome de D. Carlos I.
D. Carlos foi também um excelente agricultor, tendo tornado rentáveis as seculares propriedades da Casa de Bragança (património familiar destinado a morgadio dos herdeiros da Coroa), produzindo vinho, azeite, cortiça, entre outros produtos, tendo também organizado uma excelente ganadaria e incentivado a preservação dos prestigiados cavalos de Alter.
  


Jaz no Panteão dos Braganças, no mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa, ao lado do filho que, com ele, foi assassinado. As urnas, com tampas transparentes, ficaram aí depositadas durante 25 anos. Só em 1933 é que uma comissão privada abriu uma subscrição nacional que levou à inauguração de dois belos túmulos, concebidos pelo arquiteto Raúl Lino, junto dos quais está uma figura feminina, representando "A Dor", esculpida por Francisco Franco, conjunto esse que ainda hoje pode ser visto.
     
O Sobreiro (1905), pintura de D. Carlos I
    
in Wikipédia

Víctor Jara nasceu há noventa e dois anos...


     
Víctor Lidio Jara Martínez (San Ignacio, 28 de septiembre de 1932 - Santiago, 16 de septiembre de 1973) fue un músico, cantautor, profesor, director de teatro, activista político y militante del Partido Comunista de Chile.
La figura de Víctor Jara es un referente internacional de la canción protesta y de cantautor, y uno de los artistas más emblemáticos del movimiento músico-social llamado «Nueva Canción Chilena». Su ideología comunista se refleja en su obra artística, de la que fue pieza central.
Tras el golpe de Estado que derrocó al gobierno de Salvador Allende el 11 de septiembre de 1973, Jara fue detenido por las fuerzas represivas de la dictadura militar recién establecida. Fue torturado y posteriormente asesinado en el antiguo Estadio Chile, que con el retorno de la democracia fue renombrado «estadio Víctor Jara».

Muerte
El golpe de Estado encabezado por el general Augusto Pinochet contra el presidente Salvador Allende, el 11 de septiembre de ese año, lo sorprende en la Universidad Técnica del Estado. Fue detenido junto a profesores y alumnos. Lo llevaron al Estadio Chile (actualmente estadio Víctor Jara, lugar en el que hay una placa en su honor con su último poema), donde permaneció detenido durante cuatro días. Lo torturaron durante horas (entre otras torturas le realizaron quemaduras con cigarrillo y simulacros de fusilamiento), le cortaron los dedos y la lengua, y finalmente el 16 de septiembre lo acribillaron junto al director de la Empresa de Ferrocarriles del Estado. El cuerpo fue encontrado el día 19 del mismo mes con 44 impactos de bala.
Estando preso escribió su último poema y testimonio «Somos cinco mil», también conocido como «Estadio Chile».
Somos cinco mil
en esta pequeña parte de la ciudad.
Somos cinco mil
¿Cuántos seremos en total
en las ciudades y en todo el país?
Solo aquí
diez mil manos siembran
y hacen andar las fábricas.
¡Cuánta humanidad
con hambre, frío, pánico, dolor,
presión moral, terror y locura!

Víctor Jara, «Somos cinco mil»

 


Brigitte Bardot nasceu há noventa anos...!

  
Brigitte Anne-Marie Bardot (Paris, 28 de setembro de 1934) é uma atriz e cantora francesa. Conhecida mundialmente pelas suas iniciais, BB, é considerada o grande símbolo sexual dos anos 50 e 60. Tornou-se ativista dos direitos dos animais, após se retirar do mundo do entretenimento e se afastar da vida pública.
Foi eleita pela revista americana TIME um dos cem nomes mais influentes da moda.
  

 


Tim Maia nasceu há oitenta e dois anos...

     
Tim Maia (nome artístico de Sebastião Rodrigues Maia; Rio de Janeiro, 28 de setembro de 1942 - Niterói, 15 de março de 1998), foi um cantor, compositor, produtor, maestro, multi-instrumentista e empresário brasileiro, responsável pela introdução do estilo soul na música popular brasileira e reconhecido mundialmente como um dos maiores ícones da música no Brasil. As suas músicas eram marcadas pela rouquidão de sua voz, sempre grave e carregada, conquistando grandes vendas e consagrando muitos sucessos. Nasceu e cresceu na cidade do Rio de Janeiro, onde, na sua infância, já teve contacto com pessoas que viriam a ser grandes cantores, como Jorge Ben Jor e Erasmo Carlos. Em 1957, fundou o grupo The Sputniks, onde cantou com Roberto Carlos. Em 1959, emigrou para os Estados Unidos, onde teve seus primeiros contactos com o soul, vindo a ser preso e deportado por roubo e posse de drogas. Em 1970, gravou o seu primeiro disco, intitulado Tim Maia, que, rapidamente, se tornou um sucesso no Brasil com músicas como "Azul da Cor do Mar" e "Primavera".
Nos três anos seguintes, lançou vários discos homónimos, fazendo sucesso com canções como "Não Quero Dinheiro" e "Gostava Tanto de Você". De 1975 a 1977, aderiu à doutrina filosófico-religiosa conhecida como Cultura Racional, lançando, nesse período, as músicas "Que Beleza" e "Rodésia". Pela decadência das suas músicas, influenciadas por essa escola filosófica, desiludiu-se com a doutrina e voltou ao seu estilo de música anterior, lançando sucessos como "Descobridor dos Sete Mares" e "Me Dê Motivo". Muitas de suas músicas foram gravadas sob a editora Seroma e a gravadora Vitória Régia Discos, sendo um dos primeiros artistas independentes do Brasil. Ganhou o cognome de "síndico do Brasil" do seu amigo Jorge Ben Jor na música W/Brasil. Na década de 90, diversos problemas assolaram a vida do cantor: problemas com as Organizações Globo e a sua saúde precária, devido ao uso constante de drogas e ao agravamento da sua obesidade. Sem condições para realizar uma apresentação no Teatro Municipal de Niterói, saiu em ambulância e, após duas paragens cardiorrespiratórias, faleceu a 15 de março de 1998. É amplo o seu legado à história da música brasileira, e a sua obra veio a influenciar diversos artistas, como seu sobrinho Ed Motta. A revista Rolling Stone classificou Tim Maia como o maior cantor brasileiro de todos os tempos, e também como o 9º maior artista da música brasileira.
    

 


Música para recordar Tim Maia...

Saudades de Ben E. King...

O ator Michael Gambon faleceu há um ano...

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Sir Michael John Gambon (Dublin, 19 de outubro de 1940 - Witham, 28 de setembro de 2023) foi um ator irlandês. É mais conhecido por interpretar Albus Dumbledore a partir do terceiro filme da saga Harry Potter, após a morte de Richard Harris, que interpretou essa personagem nos dois primeiros filmes.

Nasceu em Dublin, capital da Irlanda, e emigrou para o Reino Unido em 1945 com cinco anos. Ele estudou numa escola católica. 

     

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Por suas atuações, recebeu da Rainha Isabel II o título de "Sir".     

    

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Gambon morreu num hospital, em 28 de setembro de 2023, aos 82 anos, após uma tentativa de tratamento de uma pneumonia.

 

sexta-feira, setembro 27, 2024

Morreu a atriz Maggie Smith...

  

Margaret Natalie "Maggie" Smith (Ilford, 28 de dezembro de 1934Londres, 27 de setembro de 2024) foi uma atriz britânica. Com uma extensa carreira no teatro, cinema e televisão, Smith participou  em mais de 60 filmes e de 70 peças, e era uma das atrizes mais reconhecidas da Grã-Bretanha. Ela recebeu o título de Dama da Ordem do Império Britânico em 1990, e em 2014 recebeu a Ordem dos Companheiros de Honra, por serviços prestados ao teatro.

Smith começou a sua carreira no teatro, atuando no Oxford Playhouse em 1952, e fez sua estreia profissional na Broadway, na peça New Faces of '56. Ela recebeu nomeações para o Tony Award por Private Lives (1975) e Night and Day (1979), antes de ganhar o prémio em 1990 por Lettice and Lovage. Ela também apareceu nas produções de A Tragédia de António e Cleopatra (1976) e Macbeth (1978), e em A Delicate Balance (1997) e The Breath of Life (2002) de West End. Em 2010, recebeu o Prémio Especial de Teatro da Sociedade de Londres.

No cinema, Smith recebeu elogios pelo filme Sem Saida (1958), pelo qual recebeu a sua primeira nomeação para o prémio da Academia Britânica de Cinema e Televisão (BAFTA). Ela ganhou dois Óscares, como melhor atriz por Primavera de uma Solteirona (1969) e de melhor atriz coadjuvante por Califórnia Suite (1978). Ela é uma das sete atrizes vencedoras nas duas categorias. Smith detém um recorde de quatro prémios BAFTA de melhor atriz, incluindo por Meu Reino Por um Leitão (1984) e Paixão Solitária (1988), o BAFTA de melhor atriz coadjuvante por Chá com Mussolini (1999) e três Globos de Ouro. Ela recebeu outras quatro nomeações para o Óscar por Othello (1965), Viagens com Minha Tia (1972), Uma Janela para o Amor (1985) e Assassinato em Gosford Park (2001).

Ela também é conhecida por interpretar a professora Minerva McGonagall na série de filmes Harry Potter (2001–2011). Seus outros papéis de destaque no cinema incluem Amor e Dor (1973), Morte Sobre o Nilo (1978), Fúria de Titãs (1981), Assassinato num Dia de Sol (1982), Hook - A Volta do Capitão Gancho (1991), Mudança de Hábito (1992), e a sua sequela, Jardim Secreto (1993), O Exótico Hotel Marigold (2012) e A Senhora da Van (2015).

Na televisão, ela ganhou um Prémio Emmy em 2003 por Minha Casa na Úmbria, tornando-se uma das poucas atrizes a ter alcançado a Tríplice Coroa de Atuação e estrelou como Lady Violet Crawley, condessa viúva de Grantham, em Downton Abbey (2010-2015), pelo qual ela ganhou três Emmys, um SAG de melhor atriz em série de drama e seu terceiro Globo de Ouro.

 

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