domingo, março 12, 2023

Graham Coxon - 54 anos

      
Graham Coxon, nascido Graham Leslie Coxon (Rinteln, 12 de março de 1969) construiu a sua carreira tocando guitarra numa das principais bandas inglesas da sua época, os Blur. Atuando como guitarrista a solo e vocalista secundário da banda, Coxon participou em todos os oito álbuns de estúdio do Blur, ainda que ausente do grupo de 2002 a 2008 devido a desentendimentos com os outros membros. Em carreira a solo desde 1998, após o seu retorno aos Blur concilia as atividades de ambas, além de também atuar como artista visual, tendo realizado a capa de todos os seus álbuns a solo bem como do sexto álbum do Blur: 13. Coxon é por vezes considerado um dos melhores guitarristas de sua época, figurando numa lista de 40 melhores guitarristas dos últimos trinta anos, compilada pela BBC em 2010, onde apareceu em décimo quinto lugar.
     
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Stromae - 38 anos


Paul Van Haver (Etterbeek, 12 de março de 1985), mais conhecido pelo nome artísticoStromae, é um cantor e compositor belga. Stromae é conhecido pela sua música que combina hip hop, eletrónica e chanson.

 

Biografia

Filho de pai ruandês e de mãe belga, Paul Van Haver nasceu em Bruxelas (na comuna de Etterbeek) e teve contacto com seu pai apenas vinte vezes na sua vida, o que é bem exemplificado na sua música "Papaoutai" (corruptela de "Papa, où t'es" que significa "Pai, onde estás"). Ele foi criado pela sua mãe, devido ao pai ser uma das vítimas do genocídio em Ruanda de 1994.

Aos onze anos, ele já mostrava interesse pela música e frequentou l'Académie Musicale de Jette, onde estudou história da música e aprendeu a tocar bateria.

Em 2000, Stromae apareceu como um rapper chamado "Opmaestro", mas depois mudou seu nome artístico para Stromae (uma inversão silábica de "Maestro", uma prática em francês chamada verlan). Seria com esse nome que Stromae conheceria mais tarde o sucesso no mundo da música.

Aos 18 anos, ele fundou um grupo de rap chamado Suspicion, junto com o rapper Jedi, em Eichof. Eles produziram o vídeo da canção e da música Faut qu't'arrêtes le rap (Tens que parar o rap), embora mais tarde, Jedi decidiu deixar a dupla de rap.

Para financiar sua educação numa escola de cinema, Stromae trabalhou a tempo parcial num restaurante de comida pronta (Fast-food belga Quick) mas o seu desempenho escolar não foi satisfatório. Foi apenas mais tarde, quando ele se registou no L'Institut National de Radioélectricité et Cinématographie conhecido como INRACI na secção "cinema" aonde ele acabou por formar-se como engenheiro de som. Em 2007, ele lançou o seu primeiro álbum "Juste un cerveau, un flow, un fond et un micro…", contendo 4 canções.

Em 2008 assinou um contrato de quatro anos com as gravadoras Because Music e Kilomaître. Em 2009, Van Haver empregou uma jovem estagiária no musical das emissoras de rádio NRJ em Bruxelas. Vincent Verbelen, Music Manager, ficou impressionado com o talento de Stromae no primeiro single "Alors on danse" e decidiu pô-lo ao ar pela primeira vez na NRJ. A resposta dos ouvintes foi de extremo entusiasmo e a carreira de Stromae foi lançada. As vendas rapidamente subiram para o topo na Bélgica, em apenas uma questão de semanas.

Vertigo, um selo da Mercury France (Universal Music Group) assinou com ele um acordo de licenciamento em todo o mundo logo depois disso.

Em maio de 2010, a faixa "Alors on danse" chegou em primeiro lugar como a mais tocada na Bélgica, França, Roménia, Holanda, Grécia, Alemanha, Áustria, Turquia, Suíça, Itália, Dinamarca e República Checa.

Em 2 de setembro de 2010, um remix do seu sucesso, "Alors on danse," foi feita por Kanye West e por ele próprio.

De sua música e suas influências, ele disse: "Eu estava em um pequeno grupo fazendo rap, eu pensei que ao invés de copiar o som do francês, eu deveria focar mais em um estilo americano, mas dar-lhe um jeito europeu. E então eu redescobri o estilo de música Eurodance 90. Por muito tempo nós ficamos envergonhados desse som, mas na verdade há muito para descobrir, pois ela tem suas raízes em tudo de "house music" à salsa. Eu também admiro muito Jacques Brel - ele teve sido uma enorme influência sobre mim — mas também todo tipo de coisas, son cubano, rumba congolesa que ouvia quando criança, aquela música mexeu com toda a África". O crítico Molloy Woodcraft diz: "Ele combina sintetizadores e batidas electro dos anos 90 com um jeito descontraído para dar um efeito hipnótico".

Namorou com a modelo belga de origem cabo-verdiana Tatiana Silva Braga Tavares. A relação terminou em setembro de 2012.

No dia 12 de dezembro de 2015, Stromae casou com a sua estilista Coralie Barbier em Mechelen com a bênção do excêntrico padre Guy Gilbert diante de apenas 170 convidados numa igreja restaurada em um hotel. Juntos, o casal tem uma marca de roupas chamada Mosaert. O nome da marca, por sua vez, também é um anagrama de Stromae.

Também em 2015, Stromae sofreu com uma grave reação ao medicamento Lariam (anti-malária). Após a sua saúde ter se deteriorado, Stromae passou por um longo processo de recuperação. Desde então, o músico investiu na sua marca de roupas Mosaert. Permaneceu inativo em sua carreira musical até 2018, ao publicar o single Défiler (que promove justamente a sua marca de roupas) e lançar uma música em colaboração com o artista francês Orelsan, La Pluie.

Em 2022, após hiato na carreira musical, lançou o álbum Multitude. Atualmente, Stromae está em turnê com datas confirmadas até dezembro de 2023.

 

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Danny Jones, um dos vocalista dos McFly, faz hoje 37 anos

 
Daniel "Danny" Alan David Jones, (Bolton, Greater Manchester, Inglaterra, 12 de março de 1986) é um dos vocalistas e guitarristas da banda de pop rock britânica McFly, ao lado de Dougie Poynter (baixista, vocalista de apoio), Tom Fletcher (guitarrista, vocalista) e Harry Judd (baterista).

 


Yehudi Menuhin morreu há vinte e quatro anos...

      
Yehudi Menuhin, Barão Menuhin de Stoke d'Abernon, (Nova Iorque, 22 de abril de 1916 - Berlim, 12 de março de 1999) foi um violinista e maestro norte-americano que passou a maior parte de sua carreira no Reino Unido. Apesar de ter nascido em Nova Iorque, ele naturalizou-se suíço em 1970 e britânico em 1985. É considerado um dos maiores virtuosos do violino do século XX.

   

(...)

  

Após perder sua mãe, em 1998, quando ela tinha cem anos de idade, Yehudi vem a falecer no ano seguinte, em Berlim, quando estava na cidade, apresentando-se com a Orquestra Sinfónica de Varsóvia.
 

 


Lyn Collins faleceu há dezoito anos...

   
Gloria Lavern Collins, better known as Lyn Collins (Lexington, Texas, June 12, 1948 – Pasadena, California, March 13, 2005), was an African-American soul singer best known for working with James Brown in the 1970s and for the influential 1972 funk single "Think (About It)". Contrary to some reports, she is not related to Bootsy and Catfish Collins.
   
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Shortly after returning from her European tour, Collins died aged 56 in Pasadena, California from cardiac arrhythmia.
   

 


O geólogo russo Vladimir Vernadsky nasceu há cento e sessenta anos

 
Vladimir Ivanovich Vernadsky (São Petersburgo, 12 de março de 1863 - Moscovo, 6 de janeiro de 1945) foi um mineralogista e geoquímico russo, cujas ideias de noosfera foram uma contribuição fundamental para o cosmismo russo.
Foi aluno de Dmitri Mendeleiev (criador da primeira versão da tabela periódica dos elementos químicos) e de Vasily Dokuchaev, fundador da pedologia, a ciência que estuda os solos. Antecedeu em meio século a teoria de Gaia de James Lovelock, pois Vernadsky foi o primeiro a reconhecer o planeta Terra como um sistema esférico auto-regulado, onde a vida é a força geológica que forma o planeta.
É mais conhecido por seu livro A Biosfera, de 1926, no qual inadvertidamente trabalhou para popularizar o termo biosfera do geólogo vienense Eduard Suess, de 1885, formulando a hipótese de que as feições geológicas da Terra são influenciadas biologicamente. Vernadsky postulou que a influência da matéria viva torna-se cada vez mais importante com o passar do tempo, porque mais partes da Terra são incorporadas na Biosfera através de reações químicas e da energia luminosa do Sol.
Foi o fundador de diversas disciplinas científicas, incluindo a geoquímica, a biogeoquímica e a radiogeologia.
É considerado um dos mentores teóricos da Semiótica da Cultura, com a proposição da Biosfera como um mecanismo cósmico. Uma fina camada desenvolvida na superfície de um planeta, vivente da transformação de energia da luz solar em energia química. Este processo culminou na evolução das espécies que se encontram nesta categoria de metabolismo, que através da evolução desenvolveram a consciência e o pensamento dialógico. Esta consciência por sua vez, caracteriza-se por uma nova esfera que se distingue da biosfera, e pode ser chamada de logosfera (esfera dos significados) ou Noosfera.
A cultura é, segundo Vernadsky, a síntese consciente da biosfera, e tem uma função modificadora considerável sobre os elementos naturais e a transformação do todo, não podendo ser considerada apenas uma abstração superficial.
      

Ratko Mladic, genocida sérvio, faz hoje oitenta anos - na prisão onde irá morrer...

     
Ratko Mladić (Božanovići, Kalinovik, 12 de março de 1943) é um criminoso e ex-militar sérvio, chefe do Exército da República Sérvia durante a Guerra da Bósnia entre 1992-1995.
Mladić comandou diretamente o Massacre de Srebrenica em julho de 1995, que causou a morte de oito mil muçulmanos bósnios e o cerco de 43 meses a Sarajevo, onde milhares de civis foram mortos por fogo de artilharia e de franco-atiradores instalados nas colinas ao redor da cidade.
O Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia manteve por mais de quinze anos uma ordem internacional de captura e detenção contra ele, baseada na sua regra 61, que considera o ex-general sérvio-bósnio como provável perpetrador de crimes de guerra e crimes contra a Humanidade. A Sérvia e os Estados Unidos chegaram a oferecer cinco milhões de euros por informações que levassem à captura de Mladić. Em outubro de 2010, o governo sérvio intensificou os seus esforços pela captura do fugitivo, dobrando a recompensa por informações para 10 milhões de euros. A prisão de Mladić era uma condição fundamental exigida pela União Europeia para possibilitar uma candidatura da Sérvia à UE.
Depois de desaparecido durante mais de uma década, Mladić foi finalmente preso na Sérvia, em 26 de maio de 2011, com o anúncio da sua prisão feito em Belgrado pelo presidente do país, Boris Tadić, que declarou que a prisão do ex-general "removia um fardo pesado dos ombros da Sérvia e fechava uma página infeliz da história do país." Em 2017 foi condenado a prisão perpétua, por crimes de guerra cometidos durante o conflito na Bósnia (1992–1995).

O último conclave da Igreja Católica começou há dez anos

  
O conclave de 2013 foi uma reunião dos cardeais eleitores de Igreja Católica Apostólica Romana, para a eleição do sucessor do Papa Bento XVI, ocorrido entre 12 de março de 2013 e 13 de março de 2013
  

Clive Burr morreu há dez anos...

  
Clive Burr (Londres, 8 de março de 1957 - Londres, 12 de março de 2013) foi um baterista inglês, famoso por participar da banda de heavy metal Iron Maiden no qual ficou entre 1979 e 1982, gravando os três primeiros álbuns da banda. Ficou em 20° lugar na lista dos "50 melhores bateristas de hard rock e metal de todos os tempos" do site Loudwire.
Foi diagnosticado com esclerose múltipla, o que resultou na realização de uma turnê de concertos beneficentes, promovidos pela banda Iron Maiden, para arrecadar dinheiro para o tratamento de outras pessoas que padecem dessa doença. Burr andava de cadeira de rodas, devido à doença, e dedicava a sua vida a eventos como o Clive Aid, com o intuito de arrecadar fundos para pessoas que sofrem com o mesmo problema.
Em 2005, Clive doou ao Hard Rock Cafe o seu kit de bateria utilizado na sua época de membro dos Iron Maiden.

Clive Burr também tocou na banda Elixir durante um breve período, onde, inclusive, gravou os álbuns Lethal Potion e Sovereign Remedy.

  

(...)

 

Clive Burr entrou para os Iron Maiden em 1979 e saiu em 1982. Burr deixou a banda devido a problemas pessoais e dificuldades em acompanhar o ritmo na época. Burr escreveu duas músicas gravadas pelo Iron Maiden que foram lançadas no álbum The Number of the Beast: "Gangland" e "Total Eclipse". Após sair da banda, Clive foi para uma banda chamada Trust, que era a antiga banda do baterista Nicko McBrain que trocou de lugar com ele e foi para os Iron Maiden. Faleceu a 12 de março de 2013, tranquilamente, durante o sono, em sua casa, de insuficiência cardíaca. 


 


Música de aniversariante de hoje...!

O astronauta Walter Schirra nasceu há um século...!

   
Walter 'Wally' Marty Schirra Jr. (Nova Jérsei, 12 de março de 1923 - La Jolla, 3 de maio de 2007) foi um astronauta norte-americano, integrante do grupo dos sete astronautas pioneiros do Projeto Mercury, o primeiro programa de exploração espacial humana feito pelos Estados Unidos. Foi o único americano a participar dos três programas destinados a levar o homem ao espaço e à Lua (projetos Mercury, Gemini e Apollo) e passou 295 horas em órbita.
Piloto militar de caças, Schirra lutou na Guerra da Coreia como líder de esquadrão e participou de mais de noventa missões entre 1951 e 1952. Após a guerra, tornou-se piloto de testes até ser escolhido, pela NASA, para o grupo inicial de astronautas da agência espacial.
Em 3 de outubro de 1962, ‘Wally’ Schirra foi ao espaço pela primeira vez, na nave Sigma 7, para uma missão de seis órbitas em volta de Terra durante nove horas e treze minutos. Em dezembro de 1965 realizou o seu segundo voo, na Gemini VI, ao lado de Thomas Stafford, para um encontro em órbita com a Gemini VII, no que se tornou o primeiro encontro de duas naves especiais na órbita terrestre.
A sua última missão aconteceu em outubro de 1968, como comandante da Apollo VII, o primeiro voo tripulado do Programa Apollo após o incêndio da Apollo I, quase dois anos antes, no complexo de lançamento na Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, ficando no espaço onze dias em companhia dos astronautas Donn Eisele e Walter Cunningham, um voo de teste, em órbita da Terra, da nova cápsula espacial que iria à Lua nas missões posteriores.
Em maio de 2007, aos 84 anos de idade, Walter Schirra morreu, de enfarte, num hospital militar em La Jolla, na Califórnia, após enfrentar uma doença durante algumas semanas.
   

sábado, março 11, 2023

A première da ópera Rigoletto foi há 172 anos

  
Rigoletto is an opera in three acts by Giuseppe Verdi. The Italian libretto was written by Francesco Maria Piave based on the play Le roi s'amuse by Victor Hugo. It was first performed at La Fenice in Venice on March 11, 1851. It is considered by many to be the first of the operatic masterpieces of Verdi's middle-to-late career.
  
Estátua de Rigoletto (Mântua, Casa di Rigoletto)
 

 


Gonçalves Crespo nasceu há 177 anos

 

 

António Cândido Gonçalves Crespo (Rio de Janeiro, 11 de março de 1846 - Lisboa, 11 de junho de 1883) foi um jurista e poeta português, de influência parnasiana, membro das tertúlias intelectuais portuguesas do último quartel do século XIX. Nascido nos arredores da cidade do Rio de Janeiro, filho de mãe escrava, fixou-se em Lisboa aos 14 anos de idade e estudou Direito na Universidade de Coimbra. Dedicou-se essencialmente à poesia e ao jornalismo.

 

in Wikipédia


 

ALGUÉM

Para alguém sou o lírio entre os abrolhos,
E tenho as formas ideais de Cristo;
Para alguém sou a vida e a luz dos olhos,
E, se na Terra existe, é porque existo.

Esse alguém, que prefere ao namorado
Cantar das aves minha rude voz,
Não és tu, anjo meu idolatrado!
Nem, meus amigos, é nenhum de vós!

Quando, alta noite, me reclino e deito,
Melancólico, triste e fatigado,
Esse alguém abre as asas no meu leito,
E o meu sono desliza perfumado.

Chovam bênçãos de Deus sobre a que chora
Por mim além dos mares! esse alguém
É de meus olhos a esplendente aurora;
És tu, doce velhinha, ó minha mãe!

 

Gonçalves Crespo

O vulcão Merapi está em erupção...


Um dos vulcões mais ativos do mundo entrou em erupção na Indonésia

O realizador F. W. Murnau morreu há 92 anos


Friedrich Wilhelm Murnau, ou simplesmente F. W. Murnau, nascido Friedrich Wilhelm Plumpe (Bielefeld, 28 de dezembro de 1888 - Santa Bárbara, 11 de março de 1931), foi um dos mais importantes realizadores do cinema mudo, do cinema expressionista alemão e do movimento Kammerspiel.

Antes de ser cineasta, Murnau estudou filosofia, literatura, música e história das Artes nas universidades de Heidelberg e Berlim. Frequentou a escola de arte dramática de Max Reinhhardt, que exerceu grande influência no seu estilo cinematográfico.

Iniciou a carreira no cinema em 1919. Em 1920, realizou uma versão do O Médico e o Monstro de Robert L. Stevenson, Der Januskopf. Em 1922, filmou Nosferatu, um dos clássicos do expressionismo no cinema. Em 1924, realizou o filme “O último Homem” e Fausto, baseado na obra do escritor Goethe, em 1926. A obra-prima de Murnau foi o filme Aurora, em 1927, considerado um dos pontos altos do cinema ocidental.

Morreu, aos 42 anos, num acidente de carro na Califórnia, e foi sepultado no Südwestkirchhof Stahnsdorf

 

O Padre Felicidade nasceu há 98 anos


Cidadão de uma enorme coragem, o Padre Felicidade (como era conhecido também nos meios antifascistas não católicos), foi uma das figuras centrais da oposição dos católicos à ditadura, sobretudo a partir de meados da década de 60.

Nas suas homilias abordava temas incómodos ao regime do Estado Novo e às hierarquias eclesiásticas, tais como a guerra colonial, a perseguição política e problemas sociais. Envolveu-se militantemente nos combates contra a Ditadura e na renovação da Igreja Católica, o que determinou a sua prisão e julgamento. Foi afastado das funções de pároco pelo então cardeal patriarca de Lisboa, Cardeal Cerejeira e, mais tarde, tomou conhecimento da sua excomunhão.

José da Felicidade Alves nasceu em 11 de março de 1925 em Vale da Quinta, freguesia de Salir de Matos, Caldas da Rainha, sendo filho de Joaquim Alves e Maria Felicidade.

Após a instrução primária entrou para o seminário, com 11 anos. Em 1948 foi ordenado sacerdote. Destacando-se desde logo pela sua inteligência, foi colocado como professor no Seminário de Almada, e depois no Seminário dos Olivais.

Em 1956 foi nomeado pároco de Santa Maria de Belém, em Lisboa, onde se evidenciou pelo conteúdo das suas homilias. Foi no trabalho da paróquia que se foi dando conta de que o país real era muito diferente do que pensava e, a partir de 1967, as suas intervenções começaram a causar incómodo ao regime e à Igreja Católica.

Solidário com o grupo de católicos mais progressistas, o percurso de Felicidade Alves ficou definitivamente marcado após a comunicação que proferiu ao Conselho Paroquial de Belém, em 19 de abril de 1968, na presença de muitas dezenas de pessoas.

Sob o tema «Perspetivas atuais de transformação nas estruturas da Igreja», a comunicação de Felicidade Alves punha em causa a forma como a Igreja se apresentava à sociedade, a sua organização, e o modo como eram transmitidos os ensinamentos cristãos e era abordada a própria figura de Deus.

Defendendo uma profunda renovação da Igreja e das suas estruturas, as ideias de Felicidade Alves desagradaram ao cardeal Cerejeira. Em consequência, foi-lhe movido um longo processo que determinou, em Novembro de 1968, o afastamento das suas funções de pároco em Santa Maria de Belém, e, mais tarde, a suspensão das suas funções sacerdotais, terminando, em 1970, com a sua excomunhão.

Após o afastamento da paróquia de Belém, Felicidade Alves tornou-se o grande impulsionador, em conjunto com Nuno Teotónio Pereira e o padre Abílio Tavares Cardoso, da publicação dos Cadernos GEDOC, de que saíram onze números, entre 1969 e 1970. Abordando criticamente questões ligadas à hierarquia católica e à guerra colonial, a publicação foi condenada pelo Cardeal Cerejeira e considerada ilegal pela PIDE, sendo instaurado um processo aos seus responsáveis, de que resultará, em 19 de maio de 1970, a prisão de Felicidade Alves por «atividades contrárias à segurança do Estado». Acusado de incitar à violência e à luta armada, foi julgado e absolvido. Porém, para lá da questão do colonialismo, para a qual acordara lentamente, havia a situação da Igreja em Portugal, com que se confrontava diariamente.

Em 1969 Felicidade Alves publicou a obra «Católicos e Política - de Humberto Delgado a Marcello Caetano», na qual coligiu inúmeros documentos sobre as relações entre os católicos, a Igreja e o Estado, desde a campanha do general Humberto Delgado, em 1958, até à chegada ao poder de Marcello Caetano (1969).

Em 1970 redigiu as obras «Pessoas Livres» e «É Preciso Nascer de Novo». Nesta última Felicidade Alves reflete sobre o casamento, pouco antes de tomar a decisão de se casar civilmente. Em 1 de Agosto daquele ano casou com Maria Elisete Alves, nas Caldas da Rainha.

Depois do 25 de abril de 1974, Felicidade Alves aderiu ao PCP, partido em que se manteve até morrer. Nunca deixou de ser católico, tivera de casar civilmente em 1970, mas pôde realizar o seu casamento pela Igreja em 10 de Junho de 1998, a poucos meses do seu falecimento Foi na sequência de longo processo junto do Vaticano que o ato foi celebrado pelo Cardeal Patriarca de então, D. José Policarpo.

A produção literária de José da Felicidade Alves é ampla e variada. De entre as publicações de natureza teológica e pastoral avultam: Católicos e Política (1969), Pessoas Livres (1970), É Preciso Nascer de Novo (1970) e, sobretudo, Jesus de Nazaré (Livros Horizonte, 1994). Foi também em Livros Horizonte que publicou a extensa bibliografia premiada pela Academia Nacional de Belas Artes, que o fez académico em 1994. Redigiu uma série de estudos originais sobre o Mosteiro dos Jerónimos (três volumes publicados entre 1989 e 1994); coordenou e anotou a coleção «Francisco de Holanda» (seis obras entre 1984 e 1989) e a coleção «Cidade de Lisboa» (cinco obras, entre 1987 e 1990).

Afastado da Igreja, Felicidade Alves irá trabalhar em diversas empresas, como o Anuário Comercial e a editora Livros Horizonte, e prossegue a sua produção literária, publicando estudos de natureza teológica e pastoral, mas também de carácter histórico: coordenou uma coleção relativa à obra de Francisco de Holanda e uma outra edição de textos históricos sobre a cidade de Lisboa. A sua atividade bibliográfica foi premiada pela Academia Nacional de Belas Artes, que o tornou seu académico em 1994.

Em 10 de junho de 1994, foi agraciado com a Comenda da Ordem da Liberdade pelo então Presidente da República Mário Soares. No ano seguinte recebeu o prémio Júlio de Castilho de Olisopografia, atribuído pela Câmara Municipal de Lisboa.

José da Felicidade Alves morreu no dia 14 de dezembro de 1998, com 73 anos.

 

in Memorial as Presos e Perseguidos

Sebastião Alba nasceu há 83 anos...

(imagem daqui)
     
Dinis Albano Carneiro Gonçalves, cujo pseudónimo é Sebastião Alba (Braga, 11 de março de 1940 - Braga, 14 de outubro de 2000 - 60 anos), foi um escritor naturalizado moçambicano. Pertenceu à jovem vaga de autores moçambicanos que vingaram na literatura lusófona.
Nasceu em Braga, onde viveu durante alguns anos. Radicou-se, juntamente com a sua família, em 1950, em terras moçambicanas e só voltou a Portugal em 1984, voltando novamente para a «Cidade dos Arcebispos», Braga. Mas foi em Moçambique que se formou em jornalismo, lecionou em várias escolas e contraiu matrimónio com uma moçambicana.
Publicou, em 1965, Poesias, inspirado na sua própria biografia. Um dos seus primeiros poemas foi Eu, a canção. Os seus três livros colocaram-no numa posição cimeira no ambiente cultural bracarense.
Faleceu, com 60 anos, atropelado numa rodovia. Deixa um bilhete dirigido ao irmão: «Se um dia encontrarem o teu irmão Dinis, o espólio será fácil de verificar: dois sapatos, a roupa do corpo e alguns papéis que a polícia não entenderá».
         

   

  

Como os outros
  
  
Como os outros discípulo da noite
frente ao seu quadro negro que é
exterior à música dispo o reflexo
sou um e baço
 
dou-me as mãos na estreita
passagem dos dias
pelo café da cidade adoptiva
os passos discordando
mesmo entre si
 
As coisas são a sua morada
e há entre mim e mim um escuro limbo
mas é nessa disjunção o istmo da poesia
com suas grutas sinfónicas
no mar.

 
  
  
Sebastião Alba

Rosevelt começou a ajudar os Aliados há 82 anos - há fazer agora o mesmo com países vítimas de invasões...

    
Lend-Lease (Direito Público 77-11) foi o programa através do qual os Estados Unidos da América forneceram, por empréstimo, ao Reino Unido, a União Soviética, China, França Livre e outras nações aliadas, armas e outros suprimentos, entre 1941 e 1945.

O programa foi assinado em lei em 11 de março de 1941, um ano e meio após a eclosão da Segunda Guerra Mundial na Europa, mas nove meses antes de os EUA entrarem na guerra, em dezembro de 1941. Formalmente intitulado "Um Ato Para promover ainda mais a Defesa dos Estados Unidos", a lei terminou a "pretensão" de neutralidade dos Estados Unidos.

Um total de US$ 50,1 mil milhões (equivalente a 647 mil milhões de dólares de hoje) no valor de suprimentos foram enviados: 31,4 mil milhões de dólares à Grã-Bretanha, 11,3 mil milhões de dólares para a União Soviética, US$ 3,2 mil milhões para a França, e US$ 1,6 mil milhões para a China. Nos termos do acordo, o material podia ser usado por essas nações sem pagamento até o momento da sua devolução ou destruição. Após a data de encerramento do programa, o material que não tinha sido destruído foi vendido à Grã-Bretanha com desconto como empréstimos de longo prazo dos Estados Unidos.

O Canadá realizou um programa semelhante, que enviou US$ 4,7 mil milhões em suprimentos para o Reino Unido e para a União Soviética.

Este programa foi um passo decisivo para o afastamento da política não-intervencionista, que tinha dominado as relações externas dos Estados Unidos desde o fim da Primeira Guerra Mundial, para uma participação internacional

 

Bobby McFerrin faz hoje 73 anos

    

Bobby McFerrin
(New York, 11 de março de 1950), é um cantor com forte influência de jazz.
Gravou vários clássicos do jazz e da música erudita, além de outros géneros. Fez grande sucesso a sua canção "Don't Worry, Be Happy", de 1988, ano em que venceu um Grammy.
Nascido no Reino Unido, mas radicado em Nova Iorque, é filho do barítono operístico de renome Robert McFerrin (o primeiro cantor negro de prestígio na ópera) trabalhou também com instrumentistas como Chick Corea, Herbie Hancock, Joe Zawinul, Richard Bona e Yo-Yo Ma.
É muito conhecido por sua enorme extensão vocal de quatro oitavas e pela sua habilidade de usar a voz para criar efeitos diversos.
Além das performances ao vivo, McFerrin criou álbuns em que é o único músico, cantando e simulando instrumentos. É também capaz de entoar canto difónico - prática muito comum em países asiáticos como Tuva - em que o cantor produz intervalos harmónicos e acordes a partir de uma só voz.
Em 1987 cantou a música tema de The Cosby Show e pouco depois também forneceu a música para um comercial dos chocolates Cadburys.
Em1989, ele compôs e executou uma música para o curta-metragem Knick Knack da Pixar. O corte brusco ao qual McFerrin gravou tinha as palavras "blá blá blá", em lugar dos créditos finais (para indicar que ele improvisou). McFerrin espontaneamente decidiu cantar "blá blá blá", como letras, e a versão final do curta-metragem inclui estas letras durante os créditos finais.
Em 1993, ele também cantou "Henry Mancini's Pink Panter", música tema do filme O Filho da Pantera Cor-de-Rosa

Além da sua carreira vocal do espectáculo, McFerrin foi nomeado em 1994 como presidente criativo da Saint Paul Chamber Orchestra. Ele faz visitas regulares como regente convidado de orquestras sinfônicas nos Estados Unidos e Canadá. Nas suas aparições em concertos, ele combina a realização de peças clássicas com seu próprio e único estilo de improvisação vocal, muitas vezes com a participação do público e da orquestra. Por exemplo, os seus concertos terminam muitas vezes com McFerrin a regir a orquestra numa versão a capella de "William Tell Overture", na qual os membros da orquestra cantam as suas partes musicais no estilo vocal de McFerrin, em vez de tocar as suas partes nos seus instrumentos.

McFerrin também participa de vários programas de educação musical, e faz aparições voluntárias como professor de música convidado e palestrante em escolas públicas de todo os Estados Unidos. McFerrin tem um filho, Taylor, e pai e filho têm colaborado em diversas iniciativas musicais.

Filho de cantores de ópera, McFerrin foi treinado para ser pianista, mas em 1977 ele optou pelo canto. Ele trabalhou durante algum tempo com Jon Hendricks e realizou sua primeira gravação para o selo Elektra Musician em 1982.

No ano seguinte ele começou a realizar apresentações como solista desacompanhado e em 1984 realizou o álbum The Voice. Em 1988, McFerrin teve um grande sucesso com "Don't Worry, Be Happy" e ganhou três Grammys, "Best Male Pop Vocalist", "Best Song" e "Record of the Year".

Depois, manteve-se discreto, conduzindo orquestras clássicas, criando o conjunto "Voicestra" com outros cantores e gravando de forma irregular para os selos EMI e Blue Note.

Na metade dos anos 90 em diante, McFerrin realizou várias gravações para o selo Sony, só retornando para a Blue Note em 2002 quando lançou Beyond Words.

    
   

 


Douglas Adams nasceu há setenta e um anos...

  
Douglas Noël Adams (Cambridge, 11 de março de 1952 - Santa Bárbara, 11 de maio de 2001) foi um escritor e comediante britânico, famoso por ter escrito textos humorísticos para a série televisiva Monty Python's Flying Circus, juntamente com os integrantes desse grupo de humor nonsense, e pela série de rádio, jogos e livros The Hitchhiker's Guide to the Galaxy.
Os fãs e amigos de Adams descreviam-no também como um ativista ambiental, um assumido ateu radical e amante dos automóveis possantes, câmaras, computadores Macintosh e outros 'apetrechos tecnológicos'. O biólogo Richard Dawkins dedicou-lhe o seu livro The God Delusion e nele descreve como Adams compreendeu a teoria da evolução e se tornou-se ateu. Adams era um entusiasta de novas tecnologias, tendo escrito sobre email e usenet antes de tornarem-se amplamente conhecidos. Até o fim de sua vida, Adams foi um procurado palestrante em tópicos que incluíam ambiente e tecnologia.
Em 11 de março de 2013, dia em que Adams completaria 61 anos, a Google criou um Google Doodle especial para comemorar pelo seu aniversário.   
  
   

Adams morreu de um ataque cardíaco em 11 de maio de 2001, aos 49 anos, depois de descansar de seus exercícios regulares numa academia particular em Montecito, na Califórnia. O seu funeral foi realizado em 16 de maio em Santa Bárbara. As suas cinzas foram colocadas no Cemitério de Highgate, no norte de Londres, em junho de 2002. Um serviço memorial foi realizado em 17 de setembro de 2001 na igreja de St. Martin-in-the-Fields, em Trafalgar Square, Londres.

Em maio de 2002, o livro O Salmão da Dúvida foi publicado, contendo muitos contos, ensaios e cartas, bem como elogios de Richard Dawkins, Stephen Fry (na edição do Reino Unido), Christopher Cerf (na edição dos EUA) e Terry Jones (na edição de bolso dos EUA). Ele também inclui onze capítulos de seu romance inacabado, O Salmão da Dúvida, que foi originalmente planeado para se tornar um novo romance de Dirk Gently, mas poderia ter se tornado o sexto romance do Hitchhiker.

Outros eventos após a morte de Adams incluíram uma produção webcast de Shada, permitindo que a história completa fosse contada, dramatizações de rádio dos três últimos livros da série Hitchhiker e a conclusão da adaptação cinematográfica de À Boleia pela Galáxia. O filme, lançado em 2005, postumamente creditado a Adams, como produtor, e vários elementos de design - incluindo um planeta em forma de cabeça visto perto do final do filme - incorporaram os recursos de Adams.

Uma série de rádio de 12 partes baseada nos romances de Dirk Gently foi anunciada em 2007.

Em 25 de maio de 2001, duas semanas após a morte de Adams, os seus fãs organizaram uma homenagem conhecida como Dia da Toalha, que tem sido lembrada todos os anos desde então.