domingo, março 12, 2023

O geólogo russo Vladimir Vernadsky nasceu há cento e sessenta anos

 
Vladimir Ivanovich Vernadsky (São Petersburgo, 12 de março de 1863 - Moscovo, 6 de janeiro de 1945) foi um mineralogista e geoquímico russo, cujas ideias de noosfera foram uma contribuição fundamental para o cosmismo russo.
Foi aluno de Dmitri Mendeleiev (criador da primeira versão da tabela periódica dos elementos químicos) e de Vasily Dokuchaev, fundador da pedologia, a ciência que estuda os solos. Antecedeu em meio século a teoria de Gaia de James Lovelock, pois Vernadsky foi o primeiro a reconhecer o planeta Terra como um sistema esférico auto-regulado, onde a vida é a força geológica que forma o planeta.
É mais conhecido por seu livro A Biosfera, de 1926, no qual inadvertidamente trabalhou para popularizar o termo biosfera do geólogo vienense Eduard Suess, de 1885, formulando a hipótese de que as feições geológicas da Terra são influenciadas biologicamente. Vernadsky postulou que a influência da matéria viva torna-se cada vez mais importante com o passar do tempo, porque mais partes da Terra são incorporadas na Biosfera através de reações químicas e da energia luminosa do Sol.
Foi o fundador de diversas disciplinas científicas, incluindo a geoquímica, a biogeoquímica e a radiogeologia.
É considerado um dos mentores teóricos da Semiótica da Cultura, com a proposição da Biosfera como um mecanismo cósmico. Uma fina camada desenvolvida na superfície de um planeta, vivente da transformação de energia da luz solar em energia química. Este processo culminou na evolução das espécies que se encontram nesta categoria de metabolismo, que através da evolução desenvolveram a consciência e o pensamento dialógico. Esta consciência por sua vez, caracteriza-se por uma nova esfera que se distingue da biosfera, e pode ser chamada de logosfera (esfera dos significados) ou Noosfera.
A cultura é, segundo Vernadsky, a síntese consciente da biosfera, e tem uma função modificadora considerável sobre os elementos naturais e a transformação do todo, não podendo ser considerada apenas uma abstração superficial.
      

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