terça-feira, fevereiro 18, 2014
A Batalha de Almoster foi há 180 anos
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Marcadores: absolutismo, Batalha de Almoster, guerras liberais, Marechal Saldanha, Monarquia Constitucional
O grande poeta popular algarvio, António Aleixo, nasceu há 115 anos
- O Liceu de Portimão passou a chamar-se Escola Secundária Poeta António Aleixo.
- Em Coimbra - Na zona de Santa Clara e em Brasfemes.
- Em Paço de Arcos, junto da Escola Náutica, também existe uma rua com o nome de António Aleixo.
- Em Odivelas foi dado o nome do poeta a um largo.
- Em Setúbal, o nome do poeta foi também atribuído a uma rua de um bairro da cidade, situado na zona do Centro Hospitalar.
- Em Camarate, no Bairro São José
- Em Albufeira, junto às praias no Algarve, e em muitas ruas espalhadas por esse Portugal fora e não só, pode-se ver e ouvir o nome do Poeta do Povo imortalizado em alguma placa.
- Há alguns anos também passou a existir a «Fundação António Aleixo», com sede em Loulé e que já usufrui do Estatuto de Utilidade Pública, o que lhe permite atribuir bolsas de estudo aos mais carenciados, facto que deve ser encarado como bastante positivo.
- O reconhecimento a este poeta tem-se repercutido noutros países de língua portuguesa, nos quais o nome de Aleixo foi imortalizado em instituições como, por exemplo, a Escola Poeta António Aleixo no Liceu Católico de São Paulo no Brasil.
- Quando começou a cantar (1943);
- Intencionais (1945);
- Auto da vida e da morte (1948);
- Auto do curandeiro (1949);
- Auto do Ti Jaquim (1969) - incompleto;
- Este livro que vos deixo (1969) - reunião de toda a obra do poeta;
- Inéditos (1979) - tendo sido, estes quatro últimos, publicados postumamente.
Outro livro mais distinto,
Lê estes versos que são
Filhos das mágoas que sinto
Forçam-me, mesmo velhote,
De vez em quando, a beijar
A mão que brande o chicote
Que tanto me faz penar.
Porque o mundo me empurrou,
Caí na lama, e então
Tomei-lhe a cor, mas não sou
A lama que muitos são.
Eu não tenho vistas largas,
Nem grande sabedoria,
Mas dão-me as horas amargas
Lições de filosofia.
Deixam-me sempre confuso
As tuas palavras boas,
Por não te ver fazer uso
Dessa moral que apregoas.
São parvos, não rias deles,
Deixa-os ser, que não são sós;
Às vezes rimos daqueles
Que valem mais do que nós.
À guerra não ligues meia,
Porque alguns grandes da terra,
Vendo a guerra em terra alheia,
Não querem que acabe a guerra
Vós que lá do vosso império
Prometeis um mundo novo,
Calai-vos, que pode o povo
Qu'rer um mundo novo a sério.
Que importa perder a vida
Em luta contra a traição,
Se a Razão mesmo vencida,
Não deixa de ser Razão?
P'ra mentira ser segura
E atingir profundidade,
Tem que trazer à mistura
Qualquer coisa de verdade.
Sei que pareço um ladrão...
Mas há muitos que eu conheço
Que, não parecendo o que são,
São aquilo que eu pareço.
Enquanto o homem pensar
Que vale mais que outro homem,
São como os cães a ladrar,
Não deixam comer, nem comem.
Eu já não sei o que faça
P'ra juntar algum dinheiro;
Se se vendesse a desgraça
Já hoje eu era banqueiro.
A vida na grande terra
Corrompe a humanidade.
Entre a cidade e a serra
Prefiro a serra à cidade.
O mundo só pode ser
Melhor do que até aqui,
- Quando consigas fazer
Mais p'los outros que por ti!
Eu já não sei o que faça
P'ra juntar algum dinheiro;
Se se vendesse a desgraça
Já hoje eu era banqueiro.
A vida na grande terra
Corrompe a humanidade.
Entre a cidade e a serra
Prefiro a serra à cidade.
O mundo só pode ser
Melhor do que até aqui,
- Quando consigas fazer
Mais p'los outros que por ti!
Para não fazeres ofensas
E teres dias felizes,
Não digas tudo o que pensas,
Mas pensa tudo o que dizes.
Num arranco de loucura,
Filha desta confusão,
Vai todo o mundo à procura
Daquilo que tem à mão.
Vinho que vai para vinagre
Não retrocede o caminho;
Só por obra de milagre,
Pode de novo ser vinho.
Entre leigos ou letrados,
Fala só de vez em quando,
Que nós, às vezes, calados,
Dizemos mais que falando.
Quando te vês mal, e dizes
Que preferias a morte,
Pensa que outros menos felizes
Invejam a tua sorte.
Mentiu com habilidade,
Fez quantas mentiras quis;
Agora fala verdade
Ninguém crê no que ele diz.
Vemos gente bem vestida,
No aspecto desassombrada;
São tudo ilusões da vida,
Tudo é miséria dourada.
Tem a música o poder
De tornar o homem feliz;
Nem há quem saiba dizer
Tanto quanto ela nos diz.
Quando os homens se convençam
Que a força nada faz,
Serão felizes os que pensam
Num mundo de amor e paz.
Gosto do preto no branco,
Como costumam dizer:
Antes perder por ser franco
Que ganhar por não ser.
Não sou esperto nem bruto,
Nem bem nem mal educado:
Sou simplesmente o produto
Do meio em que fui criado.
Queremos ver sempre à distância
O que não está descoberto,
Sem ligarmos importância
Ao que está à vista e perto.
Porque será que nós temos
Na frente, aos montes, aos molhos,
Tantas coisas que não vemos
Nem mesmo perto dos olhos?
Há pessoas muito altas
De nome ilustrado e sério,
Porque o oiro tapa as faltas
Da moral e do critério.
Quantas sedas aí vão,
Quantos colarinhos,
São pedacinhos de pão
Roubados aos pobrezinhos!
Julgam-me mui sabedor;
E é tão grande o meu saber
Que desconheço o valor
Das quadras que sei fazer.
Peço às altas competências
Perdão, porque mal sei ler,
P’ra aquelas deficiências
Que os meus versos possam ter.
Quem nada tem, nada come;
E ao pé de quem tem de comer,
Se alguém disser que tem fome,
Comete um crime, sem querer.
A quadra tem pouco espaço
Mas eu fico satisfeito
Quando numa quadra faço
Alguma coisa com jeito.
Nada direi, mas, enfim,
Vou ter a grande alegria
De a Arte dizer por mim
Tudo quanto eu vos diria.
Nos versos que se improvisem,
Os poetas sabem ler,
Para além do que eles dizem,
Tudo o que querem dizer.
Falemos sinceramente,
Como p'ra nós mesmos, a sós;
Lá longe de toda a gente,
Do mundo, e até de nós.
Após um dia tristonho
de mágoas e agonias
vem outro alegre e risonho:
são assim todos os dias.
Mentiu com habilidade,
Fez quantas mentiras quis;
Agora fala verdade,
Ninguém crê no que ele diz.
São parvos, não rias deles,
Deixa-os ser, que não são sós;
Às vezes rimos daqueles
Que valem mais do que nós.
Há luta por mil doutrinas.
Se querem que o mundo ande,
Façam das mil pequeninas
Uma só doutrina grande.
Quando os Homens se convençam
Que à força nada se faz,
Serão f'lizes os que pensam
Num mundo de amor e paz.
A arte em nós se revela
Sempre de forma diferente:
Cai no papel ou na tela
Conforme o artista sente.
Quem prende a água que corre
É por si próprio enganado;
O ribeirinho não morre,
Vai correr por outro lado.
Embora os meus olhos sejam
Os mais pequenos do mundo,
O que importa é que eles vejam
O que os Homens são no fundo.
Julgando um dever cumprir,
Sem descer no meu critério,
- Digo verdades a rir
Aos que me mentem a sério.!
Ser criada de um ricaço,
Desses que temos a rodos,
É dar o primeiro passo
P'ra ser criada de todos.
Este livro que vos deixo
E que a minha alma ditou,
Vos dirá como o Aleixo
Viveu, sentiu e pensou.
in Este livro que vos deixo (1969) - António Aleixo
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Marcadores: Algarve, António Aleixo, poesia, poeta popular
Música para geopedrados...
Letra e música: Zeca Afonso
Cidade
Sem muros nem ameias
Gente igual por dentro
Gente igual por fora
Onde a folha da palma
afaga a cantaria
Cidade do homem
Não do lobo, mas irmão
Capital da alegria
Braço que dormes
nos braços do rio
Toma o fruto da terra
É teu a ti o deves
lança o teu desafio
Homem que olhas nos olhos
que não negas
o sorriso, a palavra forte e justa
Homem para quem
o nada disto custa
Será que existe
lá para os lados do oriente
Este rio, este rumo, esta gaivota
Que outro fumo deverei seguir
na minha rota?
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Marcadores: Dulce Pontes, Geopedrados, música, Utopia, Zeca Afonso
Regina Spektor - 34 anos
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Marcadores: Acústico, Antifolk, blues, Don't Leave Me (Ne Me Quitte Pas), indie rock, judeus, música, piano, Regina Spektor, Rússia, URSS, USA
segunda-feira, fevereiro 17, 2014
Billie Joe Armstrong - 42 anos
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Marcadores: Billie Joe Armstrong, Green Day, guitarra, música, new wave, pop punk, punk rock, Rock alternativo, rock de garagem, Stray Heart
Pixinguinha morreu há 41 anos
Thelonious Monk morreu há 32 anos
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Marcadores: bebop, hard bop, jazz, música, piano, Straight No Chaser, Thelonious Monk
Música tradicional portuguesa para os nossos leitores...
Postado por Fernando Martins às 22:22 0 bocas
Marcadores: Alentejo, Foste foste, Moços d'uma cana, música, viola campaniça
O poeta romântico espanhol Gustavo Adolfo Bécquer nasceu há 178 anos
Podrá nublarse el sol eternamente;
Podrá secarse en un instante el mar;
Podrá romperse el eje de la tierra
Como un débil cristal.
¡todo sucederá! Podrá la muerte
Cubrirme con su fúnebre crespón;
Pero jamás en mí podrá apagarse
La llama de tu amor.
Gustavo Adolfo Bécquer
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Há 110 anos estreou no La Scala a ópera de Puccini Madame Butterfly
(litografia de Adolfo Hohenstein, 1904)
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O chefe índio a quem americanos e mexicanos chamavam Gerónimo morreu há 105 anos
O pai de Gerónimo chamava-se Tablishim e Juana era o nome da mãe. Ele foi educado de acordo com a tradição Apache. Casou com uma mulher Chiricauhua e teve três filhos. Em 5 de março de 1851, uma companhia de 400 soldados de Sonora, liderados pelo Coronel José Maria Carrasco atacou o acampamento de Gerónimo. No ataque foram mortos a esposa de Gerónimo, Alope, os seus filhos e a mãe. O chefe da tribo, Mangas Coloradas, juntou-se à tribo de Cochise, que estava em guerra contra os mexicanos. Foi nessa época que se acredita ter Gerónimo ganhado a sua famosa alcunha, que seria uma referência dos mexicanos a São Jerónimo, depois de ele matar vários soldados com uma faca numa batalha.
Antes dos mexicanos, os apaches da região de Sonora lutaram contra os espanhóis em defesa de suas terras. Em 1835, o México estabeleceu recompensas pelos escalpos dos Apaches. Mangas Coloradas começou a liderar os ataques aos mexicanos, dois anos depois. Na sua luta com ele, Gerónimo agia como um líder militar, sem ser chefe da tribo. Ele casou novamente, com Chee-hash-kish e teve mais dois filhos, Chappo e Dohn-say. Teve uma segunda esposa, Nana-tha-thtith, e teve outro filho. Depois teria anda mais esposas: Zi-yeh,She-gha, Shtsha-she e Ih-tedda. Algumas foram capturadas, como Ih-tedda, que estava com Gerónimo quando ele se rendeu.
Entre 1858 e 1886, Gerónimo atacou tropas mexicanas e americanas, e escapou a diversas tentativas de captura. No final da sua carreira de guerreiro, o seu bando contava com apenas 38 homens, mulheres e crianças. O seu bando tinha sido uma das maiores forças de índios renegados, ou seja, aqueles que recusaram acordos com o governo americano. Gerónimo rendeu-se a 4 de setembro de 1886 às tropas do General Nelson A. Miles, em Skeleton Canyon, Arizona, colocando um fim ao episódio que hoje é chamado de Guerras Apaches.
Gerónimo e outros guerreiros foram mantidos presos em Fort Pickens, Flórida, e as suas famílias enviadas para o Fort Marion. Reuniram-se em 1887, quando foram transferidos para Mount Vernon Barracks, Alabama. Em 1894, mudaram para Fort Sill, Oklahoma. No fim da vida, Gerónimo tinha-se tornado uma celebridade, aparecendo em eventos populares, como a Feira Mundial de 1904 em St. Louis, vendendo souvenirs e fotografias dele mesmo. Em 1905 Gerónimo contou sua história a S. M. Barrett, Superintendente de Educação de Lawton, Oklahoma. Barrett apelou ao Presidente Roosevelt para publicar o livro.
Gerónimo nunca pode regressar à terra onde nasceu; morreu de pneumonia em Fort Sill, em 1909, e foi enterrado como prisioneiro de guerra.
Thanks to a 1939 movie about Geronimo, US paratroopers traditionally shout "Geronimo" to show they have no fear of jumping out of an airplane. Other Native American-based traditions were also adopted in WWII, such as "Mohawk" haircuts, face paint and spears on their unit patches.
Postado por Fernando Martins às 01:05 0 bocas
Marcadores: apaches, Gerónimo, Guerras Apaches, índios, México, paraquedistas, USA
domingo, fevereiro 16, 2014
Carlos Paredes nasceu há 89 anos
Postado por Fernando Martins às 23:59 0 bocas
Marcadores: Carlos Paredes, Coimbra e o Mondego, comunistas, Fado de Coimbra, Guitarra Portuguesa, música
Gaspard de Coligny, o último grande líder dos huguenotes, nasceu há 495 anos
Postado por Fernando Martins às 23:49 0 bocas
Marcadores: calvinismo, França, Gaspard de Coligny, huguenotes, noite de São Bartolomeu
E, no entanto, move-se... (ou Mais um deslizamento de terras significativo no concelho de Leiria)
Leiria: Vivenda desliza em encosta e deixa família sem lar
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Marcadores: Cortes, deslizamento, deslizamento rotacional, Leiria, Lourais