sexta-feira, agosto 24, 2012

Léo Ferré nasceu há 95 anos

(imagem daqui)


Léo Ferré (Mónaco, 24 de Agosto de 1916 - Castellina in Chianti, Itália, 14 de Julho de 1993) foi um poeta, anarquista e músico franco- monegasco. Enquanto músico foi autor, compositor e intérprete de um grande número de canções. Viveu no Mónaco, Paris, departamento de Lot e na Toscana, onde terminou os seus dias.

Jorge Luis Borges nasceu há 113 anos

Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo (Buenos Aires, 24 de agosto de 1899 - Genebra, 14 de junho de 1986) foi um escritor, poeta, tradutor, crítico literário e ensaísta argentino.
Em 1914 sua família se mudou para Suíça, onde ele estudou e viajou para a Espanha. Em seu retorno à Argentina em 1921, Borges começou a publicar seus poemas e ensaios em revistas literárias surrealistas. Também trabalhou como bibliotecário e professor universitário público. Em 1955 foi nomeado diretor da Biblioteca Nacional da República Argentina e professor de literatura na Universidade de Buenos Aires. Em 1961, destacou-se no cenário internacional quando recebeu o primeiro prémio internacional de editores, o Prémio Formentor.
Seu trabalho foi traduzido e publicado extensamente no Estados Unidos e Europa. Borges era fluente em várias línguas.
Sua obra abrange o "caos que governa o mundo e o caráter de irrealidade em toda a literatura". Seus livros mais famosos, Ficciones (1944) e O Aleph (1949), são coletâneas de histórias curtas interligadas por temas comuns: sonhos, labirintos, bibliotecas, escritores fictícios e livros fictícios, religião, Deus. Seus trabalhos têm contribuído significativamente para o género da literatura fantástica. Estudiosos notaram que a progressiva cegueira de Borges ajudou-o a criar novos símbolos literários através da imaginação, já que "os poetas, como os cegos, podem ver no escuro". Os poemas de seu último período dialogam com vultos culturais como Spinoza, Luís de Camões e Virgílio.
Sua fama internacional foi consolidada na década de 1960, ajudado pelo "boom latino-americano" e o sucesso de Cem Anos de Solidão de Gabriel García Márquez. Para homenagear Borges, em O Nome da Rosa um romance de Umberto Eco, há o personagem Jorge de Burgos, que além da semelhança no nome é cego assim como Borges, foi ficando ao longo da vida. Além da personagem, a biblioteca que serve como plano de fundo do livro é inspirada no conto de Borges A Biblioteca de Babel (Uma biblioteca universal e infinita que abrange todos os livros do mundo).
O escritor e ensaísta John Maxwell Coetzee disse sobre ele: "Ele, mais do que ninguém, renovou a linguagem de ficção e, assim, abriu o caminho para uma geração notável de romancistas hispano-americanos".

Vida
Jorge Luis Borges nasceu em uma família de classe média com boa educação. A mãe de Borges, Leonor Acevedo Suárez, veio de uma tradicional família uruguaia. Seu livro de 1929 Cuaderno San Martín incluiu um poema, "Isidoro Acevedo", em homenagem a seu avô materno, Isidoro de Acevedo Laprida, um soldado do exército de Buenos Aires que era contra o ditador Juan Manuel de Rosas. Um descendente do advogado e político argentino Francisco Narciso de Laprida, Acevedo lutou nas batalhas de Cepeda em 1859, Pavón em 1861 e Los Corrales em 1880. Isidoro de Acevedo Laprida morreu de congestão pulmonar na casa onde seu neto Jorge Luis Borges nasceu.
Segundo um estudo de Antonio Andrade, Jorge Luis Borges tem ascendência portuguesa: o bisavô de Borges, Francisco, teria nascido em Portugal em 1770 e vivido na localidade de Torre de Moncorvo, situada no Norte de Portugal, antes de emigrar para a Argentina, onde teria casado com Cármen Lafinur.
Aos sete anos de idade, Borges já teria revelado ao pai que seria escritor. Aos nove, escreve seu primeiro conto, "La visera fatal", inspirado em um episódio de Dom Quixote. Em 1914, muda-se, com os pais, para a Europa, morando inicialmente em Genebra, na Suíça, onde conclui seus estudos, e depois na Espanha. Em 1921, retorna a Buenos Aires, onde participa ativamente da efervescente vida cultural da cidade. Em 1923, publica seu primeiro livro de poemas, "Fervor de Buenos Aires". Iniciava-se, assim, uma das mais brilhantes carreiras literárias do século XX. Borges morreu em Genebra por um câncer de fígado e um enfisema, onde está sepultado, por opção pessoal.
Borges foi um ávido leitor de enciclopédias. Em uma memorável palestra sobre O Livro em 1978, Borges comenta a felicidade em ganhar a enciclopédia alemã Enzyklopadie Brockhaus, edição de 1966. Lamenta não poder ver as letras góticas nem os mapas e ilustrações, entretanto sente uma relação amistosa com os livros. Sua preferida era a IX edição da Britânica, como disse em uma das inúmeras entrevistas que deu.

Obra
Sua obra se destaca por abordar temáticas como filosofia (e seus desdobramentos matemáticos), metafísica, mitologia e teologia, em narrativas fantásticas onde figuram os "delírios do racional" (Bioy Casares), expressos em labirintos lógicos e jogos de espelhos. Ao mesmo tempo, Borges também abordou a cultura dos Pampas argentinos, em contos como O morto, "Homem da esquina rosada" e "O sul". Lida com campanhas militares históricas, como a guerra argentina contra os índios durante a presidência, entre outros, do escritor Domingo Faustino Sarmiento; trata-as, porém, como pano de fundo para criações fictícias, como em História do Guerreiro e da Cativa. E rende homenagem à literatura pregressa de seu país em contos em que se apropria do mitológico Martín Fierro: Biografia de Tadeo Isidoro Cruz (1829-1874) e "O fim".
Entre seus contos mais conhecidos e comentados podemos citar A Biblioteca de Babel, O Jardim de Veredas que se Bifurcam, "Pierre Menard, autor do Quixote" (para muitos a pedra angular de sua literatura) e Funes, o Memorioso, todos do livro Ficções (1944) - além de "O Zahir", "A escrita do Deus" e O Aleph (que dá seu nome ao livro de que consta, publicado em 1949). A partir da década de 50, afetado pela progressiva cegueira, Borges passou a se dedicar a poesia, produzindo obras notáveis como "A cifra" (1981), "Atlas" (um esboço de geografia fantástica, 1984) e "Os conjurados" (1985), sua última obra. Também produziu prosa ("Outras inquisições", ensaios, 1952; "O livro de areia", contos, 1975), notando-se o claro influxo da cegueira.




A UN POETA MENOR DE LA ANTOLOGÍA

¿Dónde está la memoria de los días
que fueron tuyos en la tierra, y tejieron
dicha y dolor y fueron para ti el universo?

El río numerable de los años
los ha perdido; eres una palabra en un índice.

Dieron a otros gloria interminable los dioses,
inscripciones y exergos y monumentos y puntuales historiadores;
de ti sólo sabemos, oscuro amigo,
que oíste al ruiseñor, una tarde.

Entre los asfódelos de la sombra, tu vana sombra
pensará que los dioses han sido avaros.

Pero los días son una red de triviales miserias,
¿y habrá suerte mejor que la ceniza
de que está hecho el olvido?

Sobre otros arrojaron los dioses
la inexorable luz de la gloria, que mira las entrañas y enumera las grietas,
de la gloria, que acaba por ajar la rosa que venera;
contigo fueron más piadosos, hermano.

En el éxtasis de un atardecer que no será una noche,
oyes la voz del ruiseñor de Teócrito.
Jorge Luis Borges

quinta-feira, agosto 23, 2012

Os anarquistas Sacco e Vanzetti foram executados por um crime que não cometeram há 85 anos

 Bartolomeo Vanzetti (esquerda) e Nicola Sacco (direita)

Nicola Sacco (Torremaggiore, 22 de abril de 1891 - Charlestown, 23 de agosto de 1927) foi um anarquista italiano que, juntamente com Bartolomeo Vanzetti, foi preso, processado, julgado e condenado nos Estados Unidos da América, na década de 1920, sob a acusação de homicídio de um contador e de um guarda de uma fábrica de sapatos. Sobre sua culpa houve muitas dúvidas já à época dos acontecimentos.
Nem ele nem Vanzetti foram absolvidos nem mesmo depois que um outro homem admitiu em 1925 a autoria dos crimes. Foram condenados à pena capital e executados por eletrocução em 23 de Agosto de 1927.
Há uma citação sobre ambos no poema "América" de Allen Ginsberg.
Howard Fast, escritor de origem judaica e militante político, escreveu um livro que narra a história dos dois anarquistas, imigrantes, italianos condenados a morte, o nome do livro é "Sacco e Vanzetti".


Bartolomeo Vanzetti (Villafalletto, 11 de junho de 1888 - Charlestown, 23 de agosto 1927) foi um anarquista italiano que, juntamente com Nicola Sacco, foi preso, processado, julgado e condenado nos Estados Unidos da América, na década de 1920, sob a acusação de homicídio de um contador e de um guarda de uma fábrica de sapatos.

O vergonhoso Pacto Molotov-Ribbentrop foi assinado há 73 anos

Estaline e Ribbentrop na assinatura do pacto

O Pacto Molotov-Ribbentrop, também referido como Tratado Molotov-Ribbentrop, Pacto Nazi-Soviético, Tratado Nazi-Soviético, Pacto Hitler-Stalin, Pacto Ribbentrop-Molotov, Pacto Germano-Soviético, ou simplesmente Tratado de não-agressão Germano-Soviético, foi um tratado de não-agressão firmado às vésperas da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), entre a Alemanha Nazi e a União Soviética.


Antecedentes 
O resultado da Primeira Guerra Mundial foi desastroso tanto para o Reich alemão como para a República Socialista Federativa Soviética. Durante o conflito, os bolcheviques lutavam pela sobrevivência, e Lenine não teve alternativa a não ser reconhecer a independência da Finlândia, da Estónia, da Letónia, da Lituânia e da Polónia. Além disso, diante do avanço militar alemão, Lenine e Trotsky foram forçados assinar o Tratado de Brest-Litovsk, que retirava o país da guerra mas cedia alguns territórios ocidentais da Rússia ao Império Alemão. Após o colapso da Alemanha, tropas da Grã-Bretanha, da França e do Império Japonês intervieram na Guerra Civil Russa.
Em 16 de abril de 1922, a Alemanha e a União Soviética ingressaram no Tratado de Rapallo, por cujos termos renunciavam às reivindicações territoriais e financeiras contra os demais. As partes se comprometeram ainda à neutralidade na eventualidade de um ataque de um contra um outro pelo Tratado de Berlim (1926).
No início da década de 1930, a ascensão do Partido Nazi ao poder na Alemanha, aumentou as tensões entre estes países, a União Soviética e outros países de etnia eslava, que foram considerados "Untermenschen" ("sub-humanos") de acordo com a ideologia racial nazi. Além disso, os nazistas, anti-semitas, associavam a etnia judia com o comunismo e com o capitalismo financeiro, aos quais se opunham. Por conseguinte, a liderança nazi declarou que os eslavos na União Soviética estavam a ser governados por "judeus bolcheviques".
Em 1936, a Alemanha e a Itália fascista, apoiaram os nacionalistas espanhóis na Guerra Civil Espanhola, enquanto os soviéticos apoiaram a parcialmente socialista Segunda República Espanhola, sob a liderança do presidente Manuel Azaña. Naquele mesmo ano, a Alemanha e o Império Japonês entraram no "Pacto Anti-Comintern", e a que se juntou, um ano depois, a Itália.
A feroz retórica anti-soviética de Adolf Hitler foi uma das razões pelas quais a Grã-Bretanha e a França decidiram que a participação da União Soviética na Conferência de Munique, em 1938, acerca da Checoslováquia, seria perigosa e inútil. O Acordo de Munique, então assinado, marcou uma anexação parcial alemão da Checoslováquia no final de 1938, seguido da sua dissolução completa, em março de 1939, o que é visto como parte de um apaziguamento da Alemanha realizado pelos Gabinetes de Neville Chamberlain e Édouard Daladier. Esta política levantou de imediato a questão de saber se a União Soviética poderia evitar ser o próximo passo na lista de Hitler.
Nesse contexto, a liderança soviética acreditava que o Ocidente poderia querer incentivar a agressão alemã a Oriente, e que a Grã-Bretanha e a França poderiam ficar neutras no conflito iniciado pela Alemanha Nazi. Pelo lado da Alemanha, devido a que uma aliança com a Grã-Bretanha era impossível, tornava-se necessário estreitar relações mais estreitas com a União Soviética para a obtenção de matérias-primas. Além disso, um bloqueio naval britânico era esperado em caso de guerra, o que iria provocar uma escassez crítica de matérias-primas para o esforço de guerra da Alemanha. Depois do acordo de Munique, aumentaram as necessidades alemãs em termos de abastecimento militar, ao passo que, devido à implementação do terceiro plano quinquenal na URSS, eram essenciais investimentos maciços em tecnologia e equipamentos industriais.
Em 31 de março de 1939, em resposta ao desafio da Alemanha nazi do Acordo de Munique e da ocupação da Checoslováquia, a Grã-Bretanha garantiu o apoio da própria França para garantir a independência da Polónia, da Bélgica, da Roménia, da Grécia e da Turquia. Em 6 de abril, a Polónia e a Grã-Bretanha concordaram em formalizar a garantia de uma aliança militar. Em 28 de abril, Hitler denunciou o Pacto de Não-Agressão Polaco-Alemão de 1934 e o Acordo Naval Anglo-Germânico de 1935.

O Tratado e suas consequências
Foi assinado em Moscovo na madrugada de 24 de agosto de 1939 (mas datada de 23 de Agosto) pelo então Ministro do Exterior Soviético Vyacheslav Molotov e pelo então Ministro do Exterior da Alemanha Nazi Joachim von Ribbentrop. Em linhas gerais estabelecia que ambas as nações se comprometiam a manter-se afastadas uma da outra em termos bélicos. Nenhuma nação favoreceria os inimigos da outra, nem tão pouco invadiriam os seus respectivos territórios, além do que, a União Soviética não reagiria a uma agressão alemã à Polónia, e que, em contrapartida, a Alemanha apoiaria uma invasão soviética à Finlândia, entre outras concessões. De facto à invasão nazi seguiu-se a Invasão Soviética da Polónia e também da Finlândia ainda em 1939.
Em dois Protocolos secretos, os dois governos efectuaram a partilha dos territórios da Europa de Leste em zonas de influência, decidindo que a Polónia deveria deixar de existir (passando o seu território para a Alemanha e para a URSS), que a Lituânia ficaria sob alçada alemã (meses mais tarde a Alemanha trocou a Lituânia por outra zonas de influência, ficando a Lituânia sob alçada soviética), que a Estónia e a Letónia passariam para a URSS bem como grande parte da Finlândia e vastas zonas da Roménia e da Bulgária.
O Pacto estabelecia também fortes relações comerciais, vitais para os dois países, nomeadamente petróleo soviético da zona do Cáucaso e trigo da Ucrânia, recebendo em contrapartida ajuda, equipamento militar alemão e ouro.
Este novo facto nas relações internacionais alarmou a comunidade das nações, não só porque os nazistas eram supostos inimigos dos comunistas, mas também porque, secretamente, objetivava a divisão dos estados da Finlândia, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia e Roménia segundo as esferas de interesses de ambas as partes. O pacto era absolutamente vital para ambos os países: para os alemães assegurava que se poderiam concentrar apenas na sua frente ocidental para além de terem assegurado combustíveis que de outro modo impossibilitariam tais operações. Do lado soviético, a paz e a ajuda militar eram fundamentais, tanto mais que as forças militares não estavam preparadas para qualquer grande combate, como se comprovou na mal sucedida aventura finlandesa de novembro de 1939 (guerra de inverno).
O pacto durou até 22 de junho de 1941, quando a Alemanha, sem prévio aviso, iniciou a invasão do território soviético na Operação Barbarossa.

Georges Cuvier nasceu há 243 anos

Georges Cuvier, cujo verdadeiro nome era Jean Leopold Nicolas Fréderic Cuvier (Montbéliard, 23 de agosto de 1769 - Paris, 13 de maio de 1832), foi um dos mais importantes naturalistas da primeira metade do século XIX, tendo desenvolvido métodos e programas de pesquisas para várias áreas da História Natural.
Procurando atingir a compreensão das leis naturais que regem o funcionamento dos seres vivos ele formulou as leis da Anatomia Comparada, que possibilitaram as reconstruções paleontológicas. A partir daí, os fósseis poderiam passar a pertencer a um sistema de classificação biológica, único, em conjunto com os organismos vivos. Através da Anatomia Comparada, Cuvier pôde comprovar que as ossadas fósseis de mamutes e mastodontes diferiam das ossadas dos elefantes viventes, asiáticos e africanos, e que portanto pertenciam a espécies distintas. Desta forma estabeleceu, definitivamente, a ocorrência do fenómeno da extinção, visto que não haveria possibilidade de que aqueles enormes quadrúpedes fossem encontrados em alguma região remota do Globo, já bem explorado naquele momento.
Foi um dos mais influentes defensores do Catastrofismo, publicando a obra de divulgação principal desta teoria: Discurso sobre as Revoluções na Superfície do Globo (1812-1825). Georges Cuvier é frequentemente relacionado à figura de opositor das ideias transformistas, como por exemplo as de Lamarck e de portanto ter barrado o surgimento do evolucionismo na França.

quarta-feira, agosto 22, 2012

Ruy Guerra - 81 anos!

(imagem daqui

Ruy Alexandre Guerra Coelho Pereira (Maputo, antiga Lourenço Marques, 22 de agosto de 1931) é um realizador de cinema, poeta, dramaturgo e professor nascido em Moçambique, então território português que vive no Brasil desde 1958.
Estudou no Institut des hautes études cinématographiques (IDHEC) de Paris a partir de 1952. Até 1958, actuou como assistente de direcção, antes de se instalar no Brasil, onde dirigiu seu primeiro filme, Os cafajestes (1962).
Ingressando nas fileiras do Cinema Novo, em 1964 realizou seu melhor filme, Os fuzis, ao qual se seguiram obras notáveis como Tendres chasseurs (1969) e Os deuses e os mortos (1970).
A situação política brasileira durante a ditadura militar impôs-lhe uma pausa que terminaria em 1976 com A queda. Em 1980 regressou a Moçambique, onde rodou Mueda, Memória e Massacre, o primeiro longa-metragem desse país. Ainda em Moçambique, realizou diversos curtas e contribuiu para a criação do Instituto Nacional do Cinema. Viveu e trabalhou também em Cuba por alguns períodos.
Em 1982 rodou no México, Erêndira, baseado em A incrível e triste história da Cândida Erêndira e sua avó desalmada, de Gabriel García Márquez. Posteriormente dirigiu: o musical Ópera do malandro (1985), baseado em peça de Chico Buarque; Kuarup (1989), baseado no livro Quarup, de Antônio Callado; e o telefilme Fábula de la bella palomera, também baseado em Gabriel García Márquez.
Foi casado com a atriz Leila Diniz com quem teve uma filha, Janaína Diniz Guerra, nascida em 1971. Foi também casado com a atriz Cláudia Ohana com quem teve uma filha, Dandara Guerra, nascida em 1983.
Rui Guerra tem também um importante trabalho como letrista de canções compostas em parceria com Chico Buarque, Carlos Lira, Edu Lobo, Francis Hime e Sergio Ricardo.
   

FADO TROPICAL

Oh, musa do meu fado
Oh, minha mãe gentil
Te deixo consternado
No primeiro Abril

Mas não sê tão ingrata
Não esquece quem te amou
E em tua densa mata
Se perdeu e se encontrou
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal

"Sabe, no fundo eu sou um sentimental
Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dosagem de lirismo (além da sífilis*, é claro)
Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar
Meu coração fecha os olhos e sinceramente chora..."


Com avencas na caatinga
Alecrins no canavial
Licores na moringa
Um vinho tropical
E a linda mulata
Com rendas do Alentejo
De quem numa bravata
Arrebata um beijo
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal

"Meu coração tem um sereno jeito
E as minhas mãos o golpe duro e presto
De tal maneira que, depois de feito
Desencontrado, eu mesmo me contesto

Se trago as mãos distantes do meu peito

É que há distância entre intenção e gesto
E se o meu coração nas mãos estreito
Me assombra a súbita impressão de incesto

Quando me encontro no calor da luta

Ostento a aguda empunhadora à proa
Mas meu peito se desabotoa
E se a sentença se anuncia bruta
Mais que depressa a mão cega executa
Pois que senão o coração perdoa"


Guitarras e sanfonas
Jasmins, coqueiros, fontes
Sardinhas, mandioca
Num suave azulejo
E o rio Amazonas
Que corre Trás-os-Montes
E numa pororoca
Desagua no Tejo
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um império colonial
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um império colonial

*palavra censurada

Leni Riefenstahl nasceu há 110 anos

Helene Bertha Amalie "Leni" Riefenstahl  (Berlim, 22 de agosto de 1902 - Pöcking, 8 de setembro de 2003) foi uma cineasta alemã da era nazi, conhecida pela sua estética e forma inovadora de filmar. As suas obras mais famosas são os filmes de propaganda que ela realizou para o Partido Nazi alemão. Submetida ao ostracismo na indústria cinematográfica após a guerra, ela se tornou uma fotógrafa e mergulhadora.

(...)

De acordo com algumas fontes, Leni ouviu Adolf Hitler discursar num comício em 1932 e ofereceu-lhe os seus serviços como cineasta, porque teria ficado fascinada pelas habilidades oratórias do líder. Já outras, como a própria diretora, afirmam que ela é que foi procurada por Hitler, depois que este assistiu e adorou o filme A Luz Azul. De todo modo, já em 1933 ela dirigiu um curta-metragem sobre um comício do Partido Nazi. Hitler, então, pediu a Leni que filmasse a convenção anual do Partido em Nuremberga em 1934. A princípio, ela se recusou, sugerindo que Hitler contratasse Walter Ruttmann para dirigi-lo em seu lugar. Mais tarde, Leni Riefenstahl voltou atrás e realizou O Triunfo da Vontade, um documentário considerado por muitos como uma das melhores obras de cinema já produzidas. Ela prosseguiu, realizando um filme sobre a Wehrmacht (exército alemão), intitulado O Dia da Liberdade.
Em 1936, Leni Riefenstahl qualificou-se para representar a Alemanha em esqui nos Jogos Olímpicos de 1936, mas, em vez disso, preferiu filmar o evento. O material captado virou o filme Olympia, celebrado por suas inovações técnicas e estéticas até hoje influentes em toda a cobertura desportiva da televisão. Sendo que o desporto como conhecemos hoje, nasceu e se glorificou na Alemanha nazi, o primeiro país do mundo a popularizar o desporto nas camadas mais pobres até as mais ricas.
Após a Segunda Guerra Mundial, ela passou quatro anos presa num campo de concentração francês. Foi acusada de usar prisioneiros nos sets de filmagens, mas tais acusações nunca foram provadas em tribunal. Ao final do julgamento, sem conseguir encontrar nenhuma imputabilidade no apoio de Leni aos nazis, o tribunal considerou-a apenas "simpatizante". Em entrevistas posteriores, Leni Riefenstahl insistiu que tinha sido fascinada pelos nazis, mas que era politicamente ingénua e ignorava as falhas cometidas na guerra; uma posição que vários de seus críticos consideram ridícula.
Leni tentou produzir outros filmes no pós-guerra, mas cada tentativa foi boicotada por resistências, protestos e duras críticas. O boicote impediu Leni de financiar suas produções. Os poucos filmes que conseguiu realizar foram curtas e pagos pessoalmente, e novamente, obras de grande engenhosidade. Após isto, ela se tornou fotógrafa. Leni se interessou pela tribo Nuba do Sudão e publicou dois livros com fotos dos guerreiros da tribo em 1974 e 1976. Ela sobreviveu a uma queda de helicóptero no Sudão em 2000.
Perto dos seus 80 anos, Leni Riefenstahl começou a praticar fotografia submarina. Ela lançou um novo filme, intitulado Impressionen unter Wasser (Impressões Subaquáticas), um documentário da vida sob os mares, no seu centésimo aniversário, a 22 de agosto de 2002.
A despeito de seus polémicos filmes de propaganda, Leni Riefenstahl ficou na História do Cinema por ter desenvolvido novas estéticas e métodos de filmar, especialmente em relação a ângulos de câmara, enquadramentos, movimentos de massas e nus. Ainda que a propaganda em seus filmes provoque rejeição por várias pessoas, a sua estética é indubitavelmente singular e é citada por vários outros cineastas.

Debussy nasceu há século e meio

A música inovadora de Debussy agiu como um fenómeno catalisador de diversos movimentos musicais em outros países. Na França, só se aponta Ravel como influenciado, mas só na juventude, não sendo propriamente discípulo. Influenciados foram também Béla Bartók, Manuel de Falla, Heitor Villa-Lobos e outros. Do Prelúdio à Tarde de um Fauno, com que, para Pierre Boulez, começou a Música moderna, até Jogos, toda a arte de Debussy foi uma lição de inconformismo.
Por causa da sua importância foi dado o nome de Debussy a uma cratera do planeta Mercúrio, com mais de 80 km de diâmetro. A cratera foi formada possivelmente pela colisão de um meteorito e é caracterizada por sulcos que, a partir dela, se estendem por vários quilómetros, o que seria uma metáfora da influência do músico.

Origem
A vocação musical do jovem foi descoberta por Madame Fauté de Fleurville, que o preparou para o Conservatório, onde foi admitido em 1873. Em 1884 recebe o Grande Prémio de Roma de composição. Viaja para Moscovo, com Madame von Meck, protetora de Tchaikovsky, interessando-se pela obra do então desconhecido Mussorgsky, que o influenciará.
Após uma estada na Villa Médici, em Roma, retorna a Paris, em 1887, entrando em contato com a vanguarda artística e literária. Frequenta os mardis de Mallarmé. No mesmo ano conhece Brahms, em Viena. Em 1888 ouve, em Bayreuth, Tristão e Isolda, de Wagner, que lhe causa profunda impressão. Em Paris, na exposição de 1889, ouve música do Oriente.

Vida
A vida de Debussy corre sem grandes acontecimentos, excetuando-se o escândalo doméstico do seu divórcio (deixa Rosalie Texier para casar-se com Emma Bardac) e a estreia tumultuosa de Pelléas et Mélisande, em 1902. Com raros aparecimentos públicos, seus anos finais foram minados pela doença (cancro) e pelo desgosto das derrotas francesas na I Guerra Mundial. Debussy morreu em Paris, a 25 de março de 1918.

Obras
À exceção de algumas peças mais conhecidas, Debussy deixou obra pouco acessível, pelo caráter inovador. Para o grande público seu nome está ligado aos sketches sinfónicos de La Mer (1905), ao terceiro movimento da Suite bergamasque (1809-1905), Luar, aos noturnos para orquestra e algumas peças dos Prelúdios para piano. É o Debussy impressionista, autor de uma música vaga 'que se ouve com a cabeça reclinada nas mãos', segundo Cocteau. Tais conceitos foram, depois, reformulados. Mas, por algum tempo, Debussy foi vítima do equívoco de ser considerado autor de uma música 'literária' e 'pictórica', por causa de suas ligações com a poesia simbolista e com o Impressionismo nas artes plásticas. Sua inovação foi, entretanto, de ordem musical, e é em termos musicais que a sua obra passou depois a ser compreendida.
O impressionismo de Debussy residiria no caráter fluido e vago, de seus subtis jogos harmónicos, em que a melodia parecia dissolver-se. Mas essa fluidez era a aparência, como depois se viu. A melodia não se dissolveu propriamente, mas libertou-se dos cânones tradicionais, das repetições e das cadências rítmicas. Debussy não seguiu também as regras da harmonia clássica: deu uma importância excepcional aos acordes isolados, aos timbres, às pausas, ao contraste entre os registos. Trouxe uma nova concepção de construção musical, que se acentuou na sua última fase. Por isso foi incompreendido. O que não lhe desagradaria, pois ele mesmo propôs, certa vez, a criação de uma 'sociedade de esoterismo musical'.


John Lee Hooker nasceu há 95 anos

John Lee Hooker (22 de agosto de 1917 - 21 de junho de 2001) foi um influente cantor e guitarrista de blues norte-americano, nascido no condado de Coahoma próximo a Clarksdale, Mississipi.
A carreira de Hooker começou em 1948 quando ele alcançou sucesso com o compacto "Boogie Chillen", apresentando um estilo meio falado que tornaria-se sua marca registada. Ritmicamente, sua música era bastante livre, uma característica que ele tinha em comum com os primeiros músicos de delta blues. Sua entoação vocal era menos associada à música de bar em relação aos outros cantores de blues. Seu estilo casual e falado errado seria diminuído com o advento do blues elétrico das bandas de Chicago mas, mesmo quando não estava tocando sozinho, Hooker mantinha as características primordiais de seu som.
Ele o fez, entretanto, levando adiante uma carreira solo, ainda mais popular devido ao surgimento de aficionados por blues e música folk no começo dos anos 60 - ele inclusive passou a ser mais conhecido entre o público branco, e deu uma oportunidade ao iniciante Bob Dylan. Outro destaque de sua carreira aconteceu em 1989, quando se juntou à diversos astros convidados, incluindo Keith Richards e Carlos Santana, para a gravação de The Healer, que acabaria ganhando um Grammy.
Em 1994 Hooker passou por uma operação para a retirada de uma hérnia, o que acabou o afastando dos palcos por um tempo, depois das gravações de "Chill Out" (1995) parou de fazer shows regulares continuando apenas com aparições ocasionais.
Hooker gravou mais de 500 músicas e aproximadamente 100 álbuns, morreu de causas naturais enquanto dormia em 21 de junho de 2001 na sua casa em Los Altos, Califórnia. Foi casado e divorciado 4 vezes, teve oito filhos e era dono de um clube noturno em São Francisco chamado "Boom Boom Room", nome este inspirado em um de seus sucessos.

terça-feira, agosto 21, 2012

O longo braço de Estaline assassinou Trótski há 72 anos

Leon Trótski (Ianovka, 7 de novembro de 1879 - Coyoacán, 21 de agosto de 1940) foi um intelectual marxista e revolucionário bolchevique, fundador do Exército Vermelho e rival de Estaline na tomada do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) após a morte de Lenine.
Seu nome em ucraniano pode ser transliterado como Lev Davidóvitch Trótskii; todavia, o seu verdadeiro sobrenome era Bronstein. Pelo calendário juliano, utilizado nos países de tradição ortodoxa, nasceu em 26 de outubro de 1879.
Nos primeiros tempos da União Soviética desempenhou um importante papel político, primeiro como Comissário do Povo (Ministro) para os Negócios Estrangeiros; posteriormente como criador e comandante do Exército Vermelho, e fundador e membro do Politburo do Partido Comunista da União Soviética.
Afastado por Estaline do controle do partido, Trótski foi expulso deste e exilado da União Soviética, refugiando-se no México, onde veio a ser assassinado por Ramón Mercader, agente da polícia de Estaline. As suas ideias políticas, expostas numa obra escrita de grande extensão, deram origem ao trotskismo, corrente ainda hoje importante no marxismo.
 

Serj Tankian, vocalista da banda System of a Down, faz hoje 45 anos

Serj Adam Tankian (Beirute, 21 de agosto de 1967) é vocalista, compositor e teclista da banda System of a Down, além de realizar diversos trabalhos paralelos. Nasceu no Líbano e é descendente de arménios.

Todos os quatro avós de Serj eram arménios. Durante o genocídio arménio (perpetrado pela Turquia em 1915), eles tiveram de refugiar-se no Líbano.
Em 1975, foi com sua família para os Estados Unidos, devido aos problemas políticos e económicos no Líbano.
O seu avô, Stepan Haytayan, costumava lhe contar a respeito das atrocidades cometidas ao povo arménio durante genocídio. É por isso que Tankian sempre aborda esse tema e luta para que a Turquia reconheça o que fez.
Serj vem de uma família de artistas. Desde pequeno, cantava com seu pai, Katchadour.
Tankian começou a estudar numa escola pública arménia chamada Rose & Alex Pilibos Armenian School, em Los Angeles, e tinha de média A, o equivalente a 9 ou 10 no Brasil e 18 a 20 em Portugal.
Algum tempo depois, Tankian começou a trabalhar como lavador de carros. Trabalhou também como sapateiro. Entrou na Universidade de Northbridge, onde estudou comércio, artes visuais e música, tendo uma licenciatura em Marketing.
Teve aulas de canto durante quatro anos com Mark Goodman e também teve aulas de guitarra quando era pequeno.
Ele teve uma companhia de software chamada Ultimate Solutions.
Enquanto estava com os System of a Down, Tankian participou de diversos projetos com outros artistas, como o guitarrista Buckethead, a banda norteamericana Dog Fashion Disco, a dupla francesa Les Rita Mitsouko, o grupo Fair to Midland e vários outros músicos. Mais recentemente, ele colaborou com a banda arménia Viza, na canção Viktor.
Serj tem um projeto musical com Arto Tunçboyacıyan chamado Serart, com o qual lançou apenas um álbum homónimo. As músicas são de difícil classificação, mas pode-se dizer que saíram de uma mistura de diferentes batidas, ritmos e riffs, indo do rock até músicas folclóricas. Serart foi o primeiro lançamento da gravadora de Tankian, a Serjical Strike Records. Além disso, Serj é poeta, tendo lançado um livro de poesia, intitulado Cool Gardens, cuja ilustração foi feita por Sako Shahinian. O livro foi publicado pela MTV Books.
O cantor lançou seu primeiro álbum solo (Elect the Dead) em 23 de outubro de 2007, via Serjical Strike/Reprise Records. Serj atuou também na produção do álbum, além de tocar praticamente todos os instrumentos. Empty Walls, o single de lançamento do trabalho solo do músico, foi muito bem recebido pelos fãs da banda, estreando direto no topo das paradas de sucesso. Serj se tornou, nesse mesmo ano, cidadão da Nova Zelândia, depois de se apaixonar pelo país.
No início de 2009, realizou um concerto com a Orquestra Filarmónica de Auckland, onde tocou quase todas as faixas de seu álbum e mais algumas não lançadas. O CD/DVD do espetáculo foi lançado em março de 2010. Tankian também lançou em março de 2011, um novo livro de poesia, o Glaring Through Oblivion, cujas ilustrações foram feitas por Roger Kupelian, diretor do videoclip de Honking Antelope (Elect the Dead, 2007).
Além de outros projetos Serj está trabalhando numa banda sonora para a peça Prometheus Bound.
Tankian é vegetariano; em uma entrevista ao PETA, ele contou que se tornou vegetariano por causa da grande variedade de porcarias comestíveis encontradas durante as turnês e, também, porque sentiu que foi algo instintivo. Além disso, ele também sente a necessidade de respeito em relação à mãe terra.
Graças à sua voz poderosa, está em 26º na lista Os 100 Melhores Vocalistas de Heavy Metal de Todos os Tempos, segundo a revista norteamericana Hit Parade .
Serj tem 1,85 cm de altura e, entre seus poetas favoritos, estão T.S. Eliot e William Shakespeare.
Ele casou-se, no dia 9 de junho de 2012, com sua namorada de longa data Angela Madatyan (Vanadzor, Arménia - 20 de agosto de 1983), em uma cerimônia estritamente privada em um rancho em Los Angeles.
Em 15 de fevereiro de 2010, ele lançou seu novo single, intitulado The Charade, que é uma versão rock da música Charades, apresentada apenas no piano no Axis of Justice.
O single "Lie lie lie" é o tema de abertura da série de televisão Fear Itself.


Joe Strummer nasceu há 60 anos

Joe Strummer, nascido John Grahan Mellor (Ankara, 21 de agosto de 1952 - Somerset, 22 de dezembro de 2002) mais conhecido por seu trabalho como vocalista e guitarrista da banda The Clash. Antes era integrante da banda The 101ers. Foi ainda membro dos The Mescaleros e temporariamente dos The Pogues.

Strummer nasceu em Ankara na Turquia. Sua mãe, Anna Mackenzie, era enfermeira de origem escocesa. Seu pai, Ronald Mellor, um indiano que trabalhava como diplomata de serviços estrangeiros nas ilhas britânicas. Sua família gastava muito tempo se mudando de um lugar para outro, e Joe passou partes de sua infância em Cairo, Cidade do México e Bonn. Aos 9 anos, junto com seu irmão David (10 anos), começou a estudar na "City of London Freemen's School" em Surrey. Joe poucas vezes viu seus pais durante os sete anos seguintes à sua entrada na escola. Ele desenvolveu seu amor por Rock ouvindo gravações de Little Richard, Beach Boys e Woody Guthrie (Joe inclusive assumiu o apelido "Woody" por alguns anos).
Em 1970 o seu irmão, David, afastou-se da família e entrou para o British National Front. O seu suicídio, em julho do mesmo ano, afetou profundamente Joe, que precisou identificar o corpo após 3 dias de desaparecimento.

Em 22 de dezembro de 2002 morreu, vítima de defeito cardíaco congénito, conforme foi publicado no seu site oficial. Ele morreu tranquilamente em sua casa, em Somerset, deixando esposa, duas filhas e uma neta.



Alexandre O'Neill morreu há 26 anos

(imagem daqui)

A UM POETA QUE DEIXOU DE COMPARECER NAS ANTOLOGIAS

Tinha de suceder deixares de suceder
a ti próprio.

Já Bocage não és? - claro! -

e quem sabe se alguma vez o foste?

Digo-te mais: nunca o serás,
nem apocrifamente
Não almejavas tanto?
Bravo, rapaz, parece que caíste
em ti!

Como queres que uma antologia se acrescente
sem, tarde ou cedo, se diminuir?

Sabes por que se diz «gemem os prelos»?

Não penses que é por ti.

Sê razoável!
Teus versos hão-de espiritualizar muita família.
Entre netos, uma velha senhora esquecerá a meio
um soneto dos teus.

Se a sorte não te for de todo adversa,
um lusófilo, algures,
citará entre barras versos da tua lavra
uma elegante nota de rodapé


Alexandre O'Neill

Glenn Hughes - 70 anos!

Glenn Hughes (Cannock, Inglaterra, 21 de agosto de 1952) é um músico inglês conhecido pelos seus trabalhos em bandas como Trapeze, Deep Purple e Black Sabbath. Atualmente é vocalista e baixista da banda Black Country Communion.

Deixou a escola aos 15 anos para tocar guitarra em uma banda local antes de mudar para o baixo e começar a cantar. Ele é conhecido pelo seu trabalho em grupos como Trapeze e Deep Purple na primeira metade dos anos 70, ganhando o apelido de “The Voice Of Rock”. Hughes também trabalhou com Yngwie J. Malmsteen e Joe Lynn Turner no Rainbow. O baixista/vocalista do Trapeze, Glenn Hughes, deixa a banda em 1973 quando recebe um convite de Jon Lord e Ian Paice para substituir Roger Glover no baixo que havia deixado a banda ao lado do vocalista Ian Gillan. Hughes, que já tinha recusado o convite do Electric Light Orchestra, aceitou o convite dos Deep Purple deixando os Trapeze.
Em 1976 Glenn Hughes deixa os Deep Purple, vai morar para Los Angeles, e lança o primeiro disco a solo, Play Me Out. Com o sucesso e reconhecimento, passou a trabalhar com diversos artistas e a desenvolver parcerias em composições, como em Hughes/Thrall (1982) que não teve o sucesso comercial esperado e, em 1985, canta como convidado no Run for Cover, de Gary Moore. Já trabalhou também com Phenomena e Black Sabbath. Nos anos 90, Glenn obteve um grande sucesso participando da música "América: What Time Is Love?". Voltou a lançar vários discos a solo. Nos seus mais recentes discos a solo, Glenn está cantando melhor que nunca; basta ouvir o "Songs in the key of rock", os dois CD's do “HTP-Project”(ao lado de Joe Lynn Turner) e o novíssimo “Voodoo Hill” (com o incrível Dario Mollo nas guitarras). Hughes também já trabalhou com Tony Iommi (Black Sabbath) como vocalista. Recentemente, abriu a sua gravadora, a Pink Cloud Records.
Presentemente integra o projecto Black Country Communion, juntamente com Joe Bonamassa, Jason Bonham e Derek Sheriniam.