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sexta-feira, agosto 23, 2024

Poema para recordar um erro judicial - e as suas vítimas...


 

“They Are Dead Now”: Eulogy for Sacco and Vanzetti

 

 
This isn’t a poem

This is two men in grey prison clothes.

One man sits looking at the sick flesh of his hands—hands that haven’t worked for seven years.

Do you know how long a year is?

Do you know how many hours there are in a day

when a day is twenty-three hours on a cot in a cell,

in a cell in a row of cells in a tier of rows of cells

all empty with the choked emptiness of dreams?

Do you know the dreams of men in jail?

They are dead now

The black automatons have won.

They are burned up utterly

their flesh has passed into the air of Massachusetts their dreams have passed into the wind.

“They are dead now,” the Governor’s secretary nudges the Governor,

“They are dead now,” the Superior Court Judge nudges

the Supreme Court Judge,

“They are dead now” the College President nudges

the College President

A dry chuckling comes up from all the dead:

The white collar dead; the silkhatted dead;

the frockcoated dead

They hop in and out of automobiles

breathe deep in relief

as they walk up and down the Boston streets.

they are free of dreams now

free of greasy prison denim

their voices blow back in a thousand lingoes

singing one song

to burst the eardrums of Massachusetts

Make a poem of that if you dare!

 

 

John Dos Passos

quarta-feira, agosto 23, 2023

Poema para recordar um erro judicial e as suas vítimas...


 

 

“They Are Dead Now”: Eulogy for Sacco and Vanzetti

 



This isn’t a poem

This is two men in grey prison clothes.

One man sits looking at the sick flesh of his hands—hands that haven’t worked for seven years.

Do you know how long a year is?

Do you know how many hours there are in a day

when a day is twenty-three hours on a cot in a cell,

in a cell in a row of cells in a tier of rows of cells

all empty with the choked emptiness of dreams?

Do you know the dreams of men in jail?

They are dead now

The black automatons have won.

They are burned up utterly

their flesh has passed into the air of Massachusetts their dreams have passed into the wind.

“They are dead now,” the Governor’s secretary nudges the Governor,

“They are dead now,” the Superior Court Judge nudges

the Supreme Court Judge,

“They are dead now” the College President nudges

the College President

A dry chuckling comes up from all the dead:

The white collar dead; the silkhatted dead;

the frockcoated dead

They hop in and out of automobiles

breathe deep in relief

as they walk up and down the Boston streets.

they are free of dreams now

free of greasy prison denim

their voices blow back in a thousand lingoes

singing one song

to burst the eardrums of Massachusetts

Make a poem of that if you dare!

 

 

John Dos Passos

terça-feira, agosto 23, 2022

Poema para recordar um erro judicial com duas vítimas...

   

“They Are Dead Now”: Eulogy for Sacco and Vanzetti

 



This isn’t a poem

This is two men in grey prison clothes.

One man sits looking at the sick flesh of his hands—hands that haven’t worked for seven years.

Do you know how long a year is?

Do you know how many hours there are in a day

when a day is twenty-three hours on a cot in a cell,

in a cell in a row of cells in a tier of rows of cells

all empty with the choked emptiness of dreams?

Do you know the dreams of men in jail?

They are dead now

The black automatons have won.

They are burned up utterly

their flesh has passed into the air of Massachusetts their dreams have passed into the wind.

“They are dead now,” the Governor’s secretary nudges the Governor,

“They are dead now,” the Superior Court Judge nudges

the Supreme Court Judge,

“They are dead now” the College President nudges

the College President

A dry chuckling comes up from all the dead:

The white collar dead; the silkhatted dead;

the frockcoated dead

They hop in and out of automobiles

breathe deep in relief

as they walk up and down the Boston streets.

they are free of dreams now

free of greasy prison denim

their voices blow back in a thousand lingoes

singing one song

to burst the eardrums of Massachusetts

Make a poem of that if you dare!

 

 

John Dos Passos

quinta-feira, janeiro 14, 2021

Poema de aniversariante de hoje...

 

   

“They Are Dead Now”: Eulogy for Sacco and Vanzetti

 



This isn’t a poem

This is two men in grey prison clothes.

One man sits looking at the sick flesh of his hands—hands that haven’t worked for seven years.

Do you know how long a year is?

Do you know how many hours there are in a day

when a day is twenty-three hours on a cot in a cell,

in a cell in a row of cells in a tier of rows of cells

all empty with the choked emptiness of dreams?

Do you know the dreams of men in jail?

They are dead now

The black automatons have won.

They are burned up utterly

their flesh has passed into the air of Massachusetts their dreams have passed into the wind.

“They are dead now,” the Governor’s secretary nudges the Governor,

“They are dead now,” the Superior Court Judge nudges

the Supreme Court Judge,

“They are dead now” the College President nudges

the College President

A dry chuckling comes up from all the dead:

The white collar dead; the silkhatted dead;

the frockcoated dead

They hop in and out of automobiles

breathe deep in relief

as they walk up and down the Boston streets.

they are free of dreams now

free of greasy prison denim

their voices blow back in a thousand lingoes

singing one song

to burst the eardrums of Massachusetts

Make a poem of that if you dare!

 

 

John Dos Passos

terça-feira, setembro 03, 2013

Vergonha!

(imagem daqui)

Hoje, quando saí da Escola, senti vergonha pelos que não a têm, como o Ministro Crato, que como comentador era um excelente Ministro da Educação e como Ministro da Educação é um bom executor da Escola Pública (e isto num país que acabou com a pena de morte tão precocemente). Senti a falta de imensos professores, que se foram embora, apesar das penalizações, quando ainda podiam render um pouco mais nas Escolas (e que tanta falta nos vão fazer...). Senti tristeza por ver colegas que ainda não sabem se ficam na Escola, porque as Turmas de Cursos de Educação e Formação (CEF's - cursos semi-profissionais) ainda não foram aprovados, apesar de terem alunos matriculados em número mais que suficiente, ou as turmas foram aumentadas (em número de alunos) e reduzidas (em número de turmas) nas Escolas Públicas (ao contrário dos Colégios, que nada perdem e tudo ganham...). Fiquei triste por saber que a minha Escola tem um custo por turma inferior ao que o estado paga aos colégios mas não tem as mesmas possibilidades que estes têm em fazer uma gestão criativa dos dinheiros.Vi as filas nos centros de desemprego de muitas caras conhecidas, alguns pela primeira vez na triste situação de tirar o ticket e ir para a fila.
Mas, no fim do dia, quando vi e soube de colegas mais velhos, de Quadro de Agrupamento, portanto com muitos anos de tarimba (e de estrada...) a ficarem mais longe de casa, porque no concurso os professores mais novos, de Quadro de Zona Pedagógica, lhes ficaram à frente, confesso que fiquei revoltado. Então uma professora com dois filhos, de 6 e 9 anos, que vive em Coimbra e que tem mais de 15 anos de vínculo a uma Escola (e à Função Pública...) tem de ir para a sua longínqua Escola, em Mangualde, enquanto um professor mais novo, com menos tempo de serviço e com um vínculo a uma zona (Quadro de Zona Pedagógica) vive em Coimbra e desta vez fica mesmo no centro da cidade?!?

Há justiça nesta situação? E onde estão os Sindicatos a defender a justiça e os Professores?

Eu até percebo o objetivo - vamos dar cabo dos professores mais velhos (e mais caros...) até eles não aguentarem e pedirem a miséria da reforma (com penalizações brutais) ou se despeçam, por tuta e meia, como hoje a patroa e comissária política da ex-DREC (e candidata a Presidenta - Lagarto, lagarto, lagarto...! - no concelho de Oliveira do Hospital) veio pregar aos Diretores das Escolas do Centro.

Se o objetivo é esse, não se esqueçam que com esses professores vai a qualidade do ensino e as Escolas Públicas, que tanto trabalho nos deram a fazer - as Escolas são instituições vivas, não são só edifícios e equipamento, são pessoas, histórias, funcionários, professores, alunos, com um legado de passado misturado com um presente complicado e um futuro incerto - vão ter um previsível prejuízo, sobretudo para os alunos mais pobres e para as nossas comunidades.

Vergonha, Senhor Ministro!

(imagem daqui)

quinta-feira, agosto 23, 2012

Os anarquistas Sacco e Vanzetti foram executados por um crime que não cometeram há 85 anos

 Bartolomeo Vanzetti (esquerda) e Nicola Sacco (direita)

Nicola Sacco (Torremaggiore, 22 de abril de 1891 - Charlestown, 23 de agosto de 1927) foi um anarquista italiano que, juntamente com Bartolomeo Vanzetti, foi preso, processado, julgado e condenado nos Estados Unidos da América, na década de 1920, sob a acusação de homicídio de um contador e de um guarda de uma fábrica de sapatos. Sobre sua culpa houve muitas dúvidas já à época dos acontecimentos.
Nem ele nem Vanzetti foram absolvidos nem mesmo depois que um outro homem admitiu em 1925 a autoria dos crimes. Foram condenados à pena capital e executados por eletrocução em 23 de Agosto de 1927.
Há uma citação sobre ambos no poema "América" de Allen Ginsberg.
Howard Fast, escritor de origem judaica e militante político, escreveu um livro que narra a história dos dois anarquistas, imigrantes, italianos condenados a morte, o nome do livro é "Sacco e Vanzetti".


Bartolomeo Vanzetti (Villafalletto, 11 de junho de 1888 - Charlestown, 23 de agosto 1927) foi um anarquista italiano que, juntamente com Nicola Sacco, foi preso, processado, julgado e condenado nos Estados Unidos da América, na década de 1920, sob a acusação de homicídio de um contador e de um guarda de uma fábrica de sapatos.

quinta-feira, setembro 22, 2011

Barbárie nos Estados Unidos da América


 (imagem daqui)

Troy Davis executado em penitenciária da Geórgia

A execução de Troy Davis, acusado de ter morto um polícia em 1989, aconteceu quatro horas depois de o Supremo Tribunal norte-americano ter autorizado esta morte.

Troy Davis, que tinha sido condenado à morte em 1991, foi executado na penitenciária de Jackson, na Geórgia, após o Supremo Tribunal norte-americano ter rejeitado o recurso dos seus advogados que defendiam a sua inocência.

A execução deste afro-americano de 42 anos foi objecto de uma forte contestação internacional e de várias manifestações à porta da prisão onde acabou por ser executado com uma injecção letal.

Quatro horas antes da execução, o Supremo Tribunal norte-americano autorizou esta execução, apesar de os advogados de Troy Davis ter alegado a existência de «novas provas» que inocentavam o seu cliente.

Davis foi condenado à morte depois de alegadamente ter morto um polícia branco num parque de estacionamento de Savannah, na Geórgia, em 1989, uma tese apoiada então por nove testemunhas.

Sete destas nove testemunhas acabaram por mudar a sua versão dos acontecimentos e acusaram mesmo a polícia de os ter incentivado a acusar Troy Davis.

Davis voltou a reclamar a sua inocência na hora em que lhe foi administrada a injecção letal, num caso em que a arma do crime nunca apareceu e em que nunca apareceram vestígios de ADN ou impressões digitais.

Segundo um dos advogados que assistiu à execução, Troy Davis, dirigindo-se à família do polícia morto, lamentou o sofrimento pela qual estavam a passar, mas lembrou que «não tinha uma arma».

«Disse à família que lamentava a sua perda, mas também afirmou que não foi ele que lhes levou o filho, o pai e irmão», afirmou o condenado à morte, de acordo com este advogado.

Troy Davis pediu ainda à sua família para continuar a lutar pela verdade e para que tenha fé no futuro e dirigiu-se depois aos guardas prisionais que lhe estavam a tirar a vida.

«Que Deus tenha misericórdia das vossas almas», acrescentou o afro-americano de 42 anos, antes de ser ser administrada a injecção letal, processo que terminou em cerca de 15 minutos, acrescentou o advogado.

No exterior da prisão, um protesto silencioso juntou centenas de pessoas que consideraram que estar a assistir a um momento trágico.

in TSF

terça-feira, agosto 23, 2011

Sacco e Vanzetti foram injustamente executados há 84 anos

Bartolomeo Vanzetti (direita) e Nicola Sacco (esquerda)

Nicola Sacco (Torremaggiore, 22 de Abril de 1891Charlestown, 23 de Agosto de 1927) foi um anarquista italiano que junto com Bartolomeo Vanzetti foi preso, processado, julgado e condenado nos Estados Unidos da América na década de 1920, sob a acusação de homicídio de um contador e de um guarda de uma fábrica de sapatos. Sobre sua culpa houve muitas dúvidas já à época dos acontecimentos.
Nem ele nem Vanzetti foram absolvidos nem mesmo depois que um outro homem admitiu em 1925 a autoria dos crimes. Foram condenados à pena capital e executados na cadeira eléctrica em 23 de Agosto de 1927.
Há uma citação sobre ambos no poema "América" de Allen Ginsberg.
Howard Fast, escritor de origem judaica e militante político, escreveu um livro que narra a história dos dois anarquistas, imigrantes, italianos condenados a morte, o nome do livro é "Sacco e Vanzetti".


Bartolomeo Vanzetti (Villafalletto, 11 de Junho de 1888Charlestown, 23 de Agosto 1927) foi um anarquista italiano que junto com Nicola Sacco foi preso, processado, julgado e condenado nos Estados Unidos da América na década de 1920, sob a acusação de homicídio de um contador e de um guarda de uma fábrica de sapatos. Sobre sua culpa houve muitas dúvidas já à época dos acontecimentos.

domingo, fevereiro 27, 2011

O Triunfo dos Porcos e da sua Vara

(imagem daqui)

Outro dia foi um tal de Armando Vara que teve direito de passar à frente de todos num Centro de Saúde - ontem foi um tal de Alberto Martins (dizem que é ministro...) que fez isto:

Esta gente tem andado a ler O Triunfo dos Porcos (todos os animais são iguais mas uns são mais do que outros) e, a partir de hoje, quem pertencer à vara (de porcos...) correcta pode fazer o que lhe apetecer - o resto dos comuns viventes passam a ser conhecidos como mexilhão...

E há ainda que referir que a famosa árvore das patacas, ao contrário da mirrada economia autóctone, revela-se ainda pujante para os eleitos da vara socrática.

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

O Triunfo dos Porcos e dos Encubridores

(imagem daqui)

Correio Político
Suprema vergonha

Segundo o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, um primeiro-ministro como José Sócrates pode conversar à vontade com um alto administrador de um banco do Estado, no caso o ex-ministro Armando Vara, sobre a aquisição de um canal privado de televisão incómodo para o poder. Como era a TVI de José Eduardo Moniz e Manuela Moura Guedes.

Para o dr. Noronha do Nascimento, a intervenção directa de altos representantes do Estado em negócios privados, é apenas mais uma das muitas "pequenas estórias" que ocorrem todos os dias em Portugal. Talvez tenha alguma razão.

É também verdade que, segundo os dicionários de língua portuguesa, o tráfico de influências consiste "na prática ilegal de uma pessoa se aproveitar da sua posição privilegiada dentro de uma empresa ou entidade", que pode ser o Estado, "ou das suas conexões com pessoas em posição de autoridade, para obter favores ou benefícios para terceiros, geralmente em troca de favores ou pagamento."

Não foi certamente o que aconteceu no caso do negócio da TVI. Mas quando a Justiça não é aplicada, o Estado perde autoridade e o ‘fartar vilanagem’ é institucionalizado.