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quinta-feira, agosto 22, 2024

Leni Riefenstahl nasceu há cento e vinte e dois anos...


   
Helene Bertha Amalie "Leni" Riefenstahl  (Berlim, 22 de agosto de 1902 - Pöcking, 8 de setembro de 2003) foi uma cineasta alemã da era nazi, conhecida pela sua estética e forma inovadora de filmar. As suas obras mais famosas são os filmes de propaganda que ela realizou para o Partido nazi alemão. Submetida ao ostracismo na indústria cinematográfica após a guerra, ela tornou-se uma fotógrafa e mergulhadora.
   
   
(...)

De acordo com algumas fontes, Leni ouviu Adolf Hitler discursar num comício em 1932 e ofereceu-lhe os seus serviços como cineasta, porque teria ficado fascinada pelas habilidades oratórias do líder. Já outras, como a própria diretora, afirmam que ela é que foi procurada por Hitler, depois que este assistiu e adorou o filme A Luz Azul. De todo modo, já em 1933 ela dirigiu um curta-metragem sobre um comício do Partido nazi. Hitler, então, pediu a Leni que filmasse a convenção anual do Partido em Nuremberga em 1934. A princípio, ela recusou, sugerindo que Hitler contratasse Walter Ruttmann para dirigi-lo em seu lugar. Mais tarde, Leni Riefenstahl voltou atrás e realizou O Triunfo da Vontade, um documentário considerado por muitos como uma das melhores obras de cinema já produzidas. Ela prosseguiu, realizando um filme sobre a Wehrmacht (exército alemão), intitulado O Dia da Liberdade.
Em 1936, Leni Riefenstahl qualificou-se para representar a Alemanha em esqui nos Jogos Olímpicos de 1936, mas, em vez disso, preferiu filmar o evento. O material captado deu origem ao filme Olympia, celebrado pelas suas inovações técnicas e estéticas até hoje influentes em toda a cobertura desportiva da televisão. Podemos dizer que o desporto, como conhecemos hoje, nasceu e glorificou-se na Alemanha nazi, o primeiro país do mundo a popularizar o desporto desde as camadas mais pobres até às mais ricas.
Após a Segunda Guerra Mundial, ela passou quatro anos presa num campo de concentração francês. Foi acusada de usar prisioneiros nos sets de filmagens, mas tais acusações nunca foram provadas em tribunal. No final do julgamento, sem conseguir encontrar nenhuma imputabilidade no apoio de Leni aos nazis, o tribunal considerou-a apenas "simpatizante". Em entrevistas posteriores, Leni Riefenstahl insistiu que tinha sido fascinada pelos nazis, mas que era politicamente ingénua e ignorava as falhas cometidas na guerra; uma posição que vários de seus críticos consideram ridícula.
Leni tentou produzir outros filmes no pós-guerra, mas cada tentativa foi boicotada por resistências, protestos e duras críticas. O boicote impediu Leni de financiar as suas produções. Os poucos filmes que conseguiu realizar foram curtas e pagos pessoalmente, e novamente, obras de grande engenhosidade. Após isto, ela tornou-se fotógrafa. Leni se interessou pela tribo Nuba do Sudão e publicou dois livros com fotos dos guerreiros da tribo em 1974 e 1976. Ela sobreviveu a uma queda de helicóptero no Sudão em 2000.
Perto dos seus 80 anos, Leni Riefenstahl começou a praticar fotografia submarina. Ela lançou um novo filme, intitulado Impressionen unter Wasser (Impressões Subaquáticas), um documentário da vida sob os mares, no seu centésimo aniversário, a 22 de agosto de 2002.
A despeito de seus polémicos filmes de propaganda, Leni Riefenstahl ficou na História do Cinema por ter desenvolvido novas estéticas e métodos de filmar, especialmente em relação a ângulos de câmara, enquadramentos, movimentos de massas e nus. Ainda que a propaganda em seus filmes provoque rejeição por várias pessoas, a sua estética é indubitavelmente singular e é citada por vários outros cineastas.
      

terça-feira, agosto 22, 2023

Leni Riefenstahl nasceu há cento e vinte e um anos


   
Helene Bertha Amalie "Leni" Riefenstahl  (Berlim, 22 de agosto de 1902 - Pöcking, 8 de setembro de 2003) foi uma cineasta alemã da era nazi, conhecida pela sua estética e forma inovadora de filmar. As suas obras mais famosas são os filmes de propaganda que ela realizou para o Partido nazi alemão. Submetida ao ostracismo na indústria cinematográfica após a guerra, ela tornou-se uma fotógrafa e mergulhadora.
   
   
(...)

De acordo com algumas fontes, Leni ouviu Adolf Hitler discursar num comício em 1932 e ofereceu-lhe os seus serviços como cineasta, porque teria ficado fascinada pelas habilidades oratórias do líder. Já outras, como a própria diretora, afirmam que ela é que foi procurada por Hitler, depois que este assistiu e adorou o filme A Luz Azul. De todo modo, já em 1933 ela dirigiu um curta-metragem sobre um comício do Partido nazi. Hitler, então, pediu a Leni que filmasse a convenção anual do Partido em Nuremberga em 1934. A princípio, ela recusou, sugerindo que Hitler contratasse Walter Ruttmann para dirigi-lo em seu lugar. Mais tarde, Leni Riefenstahl voltou atrás e realizou O Triunfo da Vontade, um documentário considerado por muitos como uma das melhores obras de cinema já produzidas. Ela prosseguiu, realizando um filme sobre a Wehrmacht (exército alemão), intitulado O Dia da Liberdade.
Em 1936, Leni Riefenstahl qualificou-se para representar a Alemanha em esqui nos Jogos Olímpicos de 1936, mas, em vez disso, preferiu filmar o evento. O material captado deu origem ao filme Olympia, celebrado pelas suas inovações técnicas e estéticas até hoje influentes em toda a cobertura desportiva da televisão. Podemos dizer que o desporto, como conhecemos hoje, nasceu e glorificou-se na Alemanha nazi, o primeiro país do mundo a popularizar o desporto desde as camadas mais pobres até às mais ricas.
Após a Segunda Guerra Mundial, ela passou quatro anos presa num campo de concentração francês. Foi acusada de usar prisioneiros nos sets de filmagens, mas tais acusações nunca foram provadas em tribunal. No final do julgamento, sem conseguir encontrar nenhuma imputabilidade no apoio de Leni aos nazis, o tribunal considerou-a apenas "simpatizante". Em entrevistas posteriores, Leni Riefenstahl insistiu que tinha sido fascinada pelos nazis, mas que era politicamente ingénua e ignorava as falhas cometidas na guerra; uma posição que vários de seus críticos consideram ridícula.
Leni tentou produzir outros filmes no pós-guerra, mas cada tentativa foi boicotada por resistências, protestos e duras críticas. O boicote impediu Leni de financiar as suas produções. Os poucos filmes que conseguiu realizar foram curtas e pagos pessoalmente, e novamente, obras de grande engenhosidade. Após isto, ela tornou-se fotógrafa. Leni se interessou pela tribo Nuba do Sudão e publicou dois livros com fotos dos guerreiros da tribo em 1974 e 1976. Ela sobreviveu a uma queda de helicóptero no Sudão em 2000.
Perto dos seus 80 anos, Leni Riefenstahl começou a praticar fotografia submarina. Ela lançou um novo filme, intitulado Impressionen unter Wasser (Impressões Subaquáticas), um documentário da vida sob os mares, no seu centésimo aniversário, a 22 de agosto de 2002.
A despeito de seus polémicos filmes de propaganda, Leni Riefenstahl ficou na História do Cinema por ter desenvolvido novas estéticas e métodos de filmar, especialmente em relação a ângulos de câmara, enquadramentos, movimentos de massas e nus. Ainda que a propaganda em seus filmes provoque rejeição por várias pessoas, a sua estética é indubitavelmente singular e é citada por vários outros cineastas.
      

segunda-feira, agosto 22, 2022

Leni Riefenstahl nasceu há cento e vinte anos


   
Helene Bertha Amalie "Leni" Riefenstahl  (Berlim, 22 de agosto de 1902 - Pöcking, 8 de setembro de 2003) foi uma cineasta alemã da era nazi, conhecida pela sua estética e forma inovadora de filmar. As suas obras mais famosas são os filmes de propaganda que ela realizou para o Partido Nazi alemão. Submetida ao ostracismo na indústria cinematográfica após a guerra, ela se tornou uma fotógrafa e mergulhadora.
   
   
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De acordo com algumas fontes, Leni ouviu Adolf Hitler discursar num comício em 1932 e ofereceu-lhe os seus serviços como cineasta, porque teria ficado fascinada pelas habilidades oratórias do líder. Já outras, como a própria diretora, afirmam que ela é que foi procurada por Hitler, depois que este assistiu e adorou o filme A Luz Azul. De todo modo, já em 1933 ela dirigiu um curta-metragem sobre um comício do Partido Nazi. Hitler, então, pediu a Leni que filmasse a convenção anual do Partido em Nuremberga em 1934. A princípio, ela se recusou, sugerindo que Hitler contratasse Walter Ruttmann para dirigi-lo em seu lugar. Mais tarde, Leni Riefenstahl voltou atrás e realizou O Triunfo da Vontade, um documentário considerado por muitos como uma das melhores obras de cinema já produzidas. Ela prosseguiu, realizando um filme sobre a Wehrmacht (exército alemão), intitulado O Dia da Liberdade.
Em 1936, Leni Riefenstahl qualificou-se para representar a Alemanha em esqui nos Jogos Olímpicos de 1936, mas, em vez disso, preferiu filmar o evento. O material captado virou o filme Olympia, celebrado por suas inovações técnicas e estéticas até hoje influentes em toda a cobertura desportiva da televisão. Sendo que o desporto como conhecemos hoje, nasceu e se glorificou na Alemanha nazi, o primeiro país do mundo a popularizar o desporto nas camadas mais pobres até as mais ricas.
Após a Segunda Guerra Mundial, ela passou quatro anos presa num campo de concentração francês. Foi acusada de usar prisioneiros nos sets de filmagens, mas tais acusações nunca foram provadas em tribunal. No final do julgamento, sem conseguir encontrar nenhuma imputabilidade no apoio de Leni aos nazis, o tribunal considerou-a apenas "simpatizante". Em entrevistas posteriores, Leni Riefenstahl insistiu que tinha sido fascinada pelos nazis, mas que era politicamente ingénua e ignorava as falhas cometidas na guerra; uma posição que vários de seus críticos consideram ridícula.
Leni tentou produzir outros filmes no pós-guerra, mas cada tentativa foi boicotada por resistências, protestos e duras críticas. O boicote impediu Leni de financiar as suas produções. Os poucos filmes que conseguiu realizar foram curtas e pagos pessoalmente, e novamente, obras de grande engenhosidade. Após isto, ela tornou-se fotógrafa. Leni se interessou pela tribo Nuba do Sudão e publicou dois livros com fotos dos guerreiros da tribo em 1974 e 1976. Ela sobreviveu a uma queda de helicóptero no Sudão em 2000.
Perto dos seus 80 anos, Leni Riefenstahl começou a praticar fotografia submarina. Ela lançou um novo filme, intitulado Impressionen unter Wasser (Impressões Subaquáticas), um documentário da vida sob os mares, no seu centésimo aniversário, a 22 de agosto de 2002.
A despeito de seus polémicos filmes de propaganda, Leni Riefenstahl ficou na História do Cinema por ter desenvolvido novas estéticas e métodos de filmar, especialmente em relação a ângulos de câmara, enquadramentos, movimentos de massas e nus. Ainda que a propaganda em seus filmes provoque rejeição por várias pessoas, a sua estética é indubitavelmente singular e é citada por vários outros cineastas.
      

domingo, agosto 22, 2021

Leni Riefenstahl nasceu há 119 anos

   
Helene Bertha Amalie "Leni" Riefenstahl  (Berlim, 22 de agosto de 1902 - Pöcking, 8 de setembro de 2003) foi uma cineasta alemã da era nazi, conhecida pela sua estética e forma inovadora de filmar. As suas obras mais famosas são os filmes de propaganda que ela realizou para o Partido Nazi alemão. Submetida ao ostracismo na indústria cinematográfica após a guerra, ela se tornou uma fotógrafa e mergulhadora.

(...)

De acordo com algumas fontes, Leni ouviu Adolf Hitler discursar num comício em 1932 e ofereceu-lhe os seus serviços como cineasta, porque teria ficado fascinada pelas habilidades oratórias do líder. Já outras, como a própria diretora, afirmam que ela é que foi procurada por Hitler, depois que este assistiu e adorou o filme A Luz Azul. De todo modo, já em 1933 ela dirigiu um curta-metragem sobre um comício do Partido Nazi. Hitler, então, pediu a Leni que filmasse a convenção anual do Partido em Nuremberga em 1934. A princípio, ela se recusou, sugerindo que Hitler contratasse Walter Ruttmann para dirigi-lo em seu lugar. Mais tarde, Leni Riefenstahl voltou atrás e realizou O Triunfo da Vontade, um documentário considerado por muitos como uma das melhores obras de cinema já produzidas. Ela prosseguiu, realizando um filme sobre a Wehrmacht (exército alemão), intitulado O Dia da Liberdade.
Em 1936, Leni Riefenstahl qualificou-se para representar a Alemanha em esqui nos Jogos Olímpicos de 1936, mas, em vez disso, preferiu filmar o evento. O material captado virou o filme Olympia, celebrado por suas inovações técnicas e estéticas até hoje influentes em toda a cobertura desportiva da televisão. Sendo que o desporto como conhecemos hoje, nasceu e se glorificou na Alemanha nazi, o primeiro país do mundo a popularizar o desporto nas camadas mais pobres até as mais ricas.
Após a Segunda Guerra Mundial, ela passou quatro anos presa num campo de concentração francês. Foi acusada de usar prisioneiros nos sets de filmagens, mas tais acusações nunca foram provadas em tribunal. Ao final do julgamento, sem conseguir encontrar nenhuma imputabilidade no apoio de Leni aos nazis, o tribunal considerou-a apenas "simpatizante". Em entrevistas posteriores, Leni Riefenstahl insistiu que tinha sido fascinada pelos nazis, mas que era politicamente ingénua e ignorava as falhas cometidas na guerra; uma posição que vários de seus críticos consideram ridícula.
Leni tentou produzir outros filmes no pós-guerra, mas cada tentativa foi boicotada por resistências, protestos e duras críticas. O boicote impediu Leni de financiar as suas produções. Os poucos filmes que conseguiu realizar foram curtas e pagos pessoalmente, e novamente, obras de grande engenhosidade. Após isto, ela se tornou fotógrafa. Leni se interessou pela tribo Nuba do Sudão e publicou dois livros com fotos dos guerreiros da tribo em 1974 e 1976. Ela sobreviveu a uma queda de helicóptero no Sudão em 2000.
Perto dos seus 80 anos, Leni Riefenstahl começou a praticar fotografia submarina. Ela lançou um novo filme, intitulado Impressionen unter Wasser (Impressões Subaquáticas), um documentário da vida sob os mares, no seu centésimo aniversário, a 22 de agosto de 2002.
A despeito de seus polémicos filmes de propaganda, Leni Riefenstahl ficou na História do Cinema por ter desenvolvido novas estéticas e métodos de filmar, especialmente em relação a ângulos de câmara, enquadramentos, movimentos de massas e nus. Ainda que a propaganda em seus filmes provoque rejeição por várias pessoas, a sua estética é indubitavelmente singular e é citada por vários outros cineastas.
   

segunda-feira, maio 06, 2013

Marlene Dietrich morreu há 21 anos

Marlene Dietrich, nome artístico de Marie Magdelene Dietrich von Losch, (nascida em Berlin-Schöneberg, em 27 de dezembro de 1901; falecida em Paris, França, 6 de maio de 1992) foi uma atriz e cantora alemã, naturalizada norteamericana.

Marie Magdalene Dietrich nasceu em 27 de dezembro de 1901 em Schöneberg, um distrito de Berlim, Alemanha. Ela era a mais nova das duas filhas (a irmã Elisabeth era um ano mais velha) de Louis Erich Otto Dietrich e Wilhelmina Elisabeth Josephine Dietrich. A mãe de Dietrich era de uma família abastada de Berlim que tinha uma fábrica de relógios e seu pai era um tenente da polícia. O seu pai morreu em 1911. O seu melhor amigo, Eduard von Losch, um aristocrata primeiro tenente dos Granadeiros cortejou Wilhelmina e mais tarde se casou com ela em 1916, mas morreu logo depois, como resultado de ferimentos sofridos durante a Primeira Guerra Mundial.
Dietrich fez escola de artes cénicas e participou de filmes mudos até 1930. Em 1921, casou-se com um ajudante de diretor chamado Rudolf Sieber, e teve uma única filha, Maria, nascida em 1924.
Estreou no teatro aos vinte e três anos de idade, fazendo cinco anos de carreira apagada até ser descoberta pelo diretor austríaco Josef von Sternberg, que a convidou para protagonizar o filme Der Blaue Engel (1930), conhecido como O Anjo Azul na língua portuguesa, e baseado no romance de Heinrich Mann, Professor Unrat. Foi o primeiro dos sete filmes nos quais Marlene Dietrich e o diretor Josef von Sternberg trabalharam juntos. Os demais foram Marrocos (1930), Desonrada (1931), O Expresso de Shangai (1932), A Vénus Loira (1932), A Imperatriz Galante (1934) e Mulher Satânica (1935). Depois de trabalhar com von Sternberg, ela foi para Hollywood, onde trabalhou em filmes mais profundos e mais marcantes.
Foi convidada por Hitler para protagonizar filmes pró-nazistas, mas ela recusou o convite e se tornou cidadã norteamericana, o que Hitler tomou como um desrespeito para com a pátria alemã, e chamou Dietrich de traidora.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Marlene foi ao encontro das tropas aliadas, onde cantava para divertir e aliviar a dor dos soldados. Condecorada após a guerra, Marlene descobriu um dom que poderia explorar: a sua voz. Assim ela começou a cantar além de atuar. A partir de 1951, começa a apresentar-se em espetáculos em Las Vegas, no Sahara Hotel.
Em 1961, Marlene protagonizou um filme que quebraria barreiras e chocaria o mundo com um assunto que ainda assustava. O filme era Julgamento em Nuremberg, que tratava do holocausto, dos nazis, e do tumultuoso julgamento que condenou os grandes líderes nazis.
Em turnês mundiais, ela visitou inúmeros países, porém voltou para a sua pátria, a Alemanha, apenas em 1962, e o seu regresso não agradou a todos, pois os nazis remanescentes chamaram-na de traidora em pleno aeroporto. Marlene tinha em Berlim uma de suas melhores amigas, a também talentosa cantora e atriz Hildegard Knef.
Em 1978, Marlene protagonizou o seu último filme, Apenas um Gigolô, onde contracenou com David Bowie. Porém, nesse meio tempo, ela fez várias participações em rádio e programas de televisão. Finalmente, escondeu-se no seu apartamento em Paris, onde morreu aos noventa anos de idade, de causas naturais. Porém, existem comentários de que Marlene se matou com calmantes, pois não suportava o facto de envelhecer. Outros dizem que ela tinha doença de Alzheimer e, por isso, suicidou-se, mas não existe nada que comprove esses comentários.
Em 2001, foi realizado um filme biográfico sobre a diva, dirigido pelo seu neto e com comentários de várias pessoas que conviveram com Dietrich, como sua a filha Maria Riva, o seu sobrinho, Hildegard Knef, Burt Bacharach e o filho de von Sternberg, entre outros.
Maria Riva escreveu um livro sobre sua mãe, no qual dizia ser uma pessoa fria e autoritária.
Foi a primeira mulher a usar calças publicamente, nos anos 1920.
Encontra-se sepultada em Berlin-Schöneberg (Friedhof Schöneberg III), Friedenau, Berlim na Alemanha.


quarta-feira, agosto 22, 2012

Leni Riefenstahl nasceu há 110 anos

Helene Bertha Amalie "Leni" Riefenstahl  (Berlim, 22 de agosto de 1902 - Pöcking, 8 de setembro de 2003) foi uma cineasta alemã da era nazi, conhecida pela sua estética e forma inovadora de filmar. As suas obras mais famosas são os filmes de propaganda que ela realizou para o Partido Nazi alemão. Submetida ao ostracismo na indústria cinematográfica após a guerra, ela se tornou uma fotógrafa e mergulhadora.

(...)

De acordo com algumas fontes, Leni ouviu Adolf Hitler discursar num comício em 1932 e ofereceu-lhe os seus serviços como cineasta, porque teria ficado fascinada pelas habilidades oratórias do líder. Já outras, como a própria diretora, afirmam que ela é que foi procurada por Hitler, depois que este assistiu e adorou o filme A Luz Azul. De todo modo, já em 1933 ela dirigiu um curta-metragem sobre um comício do Partido Nazi. Hitler, então, pediu a Leni que filmasse a convenção anual do Partido em Nuremberga em 1934. A princípio, ela se recusou, sugerindo que Hitler contratasse Walter Ruttmann para dirigi-lo em seu lugar. Mais tarde, Leni Riefenstahl voltou atrás e realizou O Triunfo da Vontade, um documentário considerado por muitos como uma das melhores obras de cinema já produzidas. Ela prosseguiu, realizando um filme sobre a Wehrmacht (exército alemão), intitulado O Dia da Liberdade.
Em 1936, Leni Riefenstahl qualificou-se para representar a Alemanha em esqui nos Jogos Olímpicos de 1936, mas, em vez disso, preferiu filmar o evento. O material captado virou o filme Olympia, celebrado por suas inovações técnicas e estéticas até hoje influentes em toda a cobertura desportiva da televisão. Sendo que o desporto como conhecemos hoje, nasceu e se glorificou na Alemanha nazi, o primeiro país do mundo a popularizar o desporto nas camadas mais pobres até as mais ricas.
Após a Segunda Guerra Mundial, ela passou quatro anos presa num campo de concentração francês. Foi acusada de usar prisioneiros nos sets de filmagens, mas tais acusações nunca foram provadas em tribunal. Ao final do julgamento, sem conseguir encontrar nenhuma imputabilidade no apoio de Leni aos nazis, o tribunal considerou-a apenas "simpatizante". Em entrevistas posteriores, Leni Riefenstahl insistiu que tinha sido fascinada pelos nazis, mas que era politicamente ingénua e ignorava as falhas cometidas na guerra; uma posição que vários de seus críticos consideram ridícula.
Leni tentou produzir outros filmes no pós-guerra, mas cada tentativa foi boicotada por resistências, protestos e duras críticas. O boicote impediu Leni de financiar suas produções. Os poucos filmes que conseguiu realizar foram curtas e pagos pessoalmente, e novamente, obras de grande engenhosidade. Após isto, ela se tornou fotógrafa. Leni se interessou pela tribo Nuba do Sudão e publicou dois livros com fotos dos guerreiros da tribo em 1974 e 1976. Ela sobreviveu a uma queda de helicóptero no Sudão em 2000.
Perto dos seus 80 anos, Leni Riefenstahl começou a praticar fotografia submarina. Ela lançou um novo filme, intitulado Impressionen unter Wasser (Impressões Subaquáticas), um documentário da vida sob os mares, no seu centésimo aniversário, a 22 de agosto de 2002.
A despeito de seus polémicos filmes de propaganda, Leni Riefenstahl ficou na História do Cinema por ter desenvolvido novas estéticas e métodos de filmar, especialmente em relação a ângulos de câmara, enquadramentos, movimentos de massas e nus. Ainda que a propaganda em seus filmes provoque rejeição por várias pessoas, a sua estética é indubitavelmente singular e é citada por vários outros cineastas.

sábado, abril 16, 2011

A propósito de um Congresso-Comício

(imagem daqui)

AINDA O CONGRESSO LENI RIEFENSTAHL DE MATOSINHOS

«Muitos chamaram a atenção para as bandeiras de Portugal no congresso Leni Riefenstahl do PS em Matosinhos. Nas cenas de apoteose de Sócrates, a televisão obteve no pavilhão planos fantásticos, com força plástica, boa encenação, cheios de figurantes agitando bandeiras nacionais. Como imagem política em televisão, é do melhor que se tem visto em construção ideológica, encenação e efeito estético. Há vários anos que venho analisando situações como essa, que juntam a multidão, como símbolo de um colectivo maior, à bandeira, símbolo do que une esse colectivo. Num artigo de 2008 para a revista online Observatório (OBS*) Journal analisei a ligação visual entre a multidão e a bandeira enquanto símbolos nacionais (http://obs.obercom.pt/index.php/obs/article/view/168/137). Ao substituir as bandeiras partidárias pelas bandeiras nacionais, a central de propaganda de Sócrates deu o passo lógico, final, da ideologia socratista. Primeiro, inculcou a identificação do partido com o seu meneur ou líder. As duas perguntas de Sócrates aos congressistas e figurantes — “Está comigo este Partido Socialista? Vocês estão comigo?” — ficarão para a história política desta época. Depois, sugeriu pelas bandeiras nacionais a identificação do chefe e do partido com a Pátria (com exclusão dos outros). Nunca, desde Salazar, se processara esta identificação do país com o chefe indiscutível. O final frenético do congresso, por entre bandeiras, ruído da multidão e máquinas de filmar, recordou-me as últimas linhas da História de Portugal para Meninos Preguiçosos (1943), de Olavo d’Eça Leal:
“- Paulo Guilherme!, quem vive?
E o rapaz, a rir, respondeu:
- PORTUGAL!
- Paulo Guilherme!, quem manda?
E ele, meio surdo com o silvo da máquina, gritou:
- SALAZAR!”
O mito de Salazar “casado com a Pátria” era o corolário desta estratégia de propaganda. O congresso de Sócrates sugeriu visualmente o mesmo casamento. A bandeira nacional acrescenta o símbolo visual à propaganda e à ideologia autoritária encenada em Matosinhos, a mesma que Salazar definiu no discurso de Braga em 1936: “Não discutimos a Pátria e a sua História; não discutimos a autoridade e o seu prestígio”. No congresso de Sócrates também não se discutiu. A bandeira nacional de Matosinhos sugerem o partido como o único que desfralda a bandeira de todos. Nos últimos anos, a publicidade usou-a em anúncios de bancos, telecomunicações, bebidas alcoólicas ou supermercados. Trata-se de propaganda pura, e é isso que se pode esperar de Sócrates até 5 de Junho. Ele não tem nada para propor e muito menos tem passado para invocar. Resta-lhe a desinformação e a propaganda pela propaganda. A desinformação e a propaganda surreal, afastando os eleitores da realidade, são as suas tábuas de salvação.»

Eduardo Cintra Torres, Público (via portugal dos pequeninos)